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Capítulo 01
Capítulo 2
Capitulo 03
Logo que se viu longe do restaurante, Gisele estacionou
próximo a um bar e contatou Arthur. Cerca de vinte minutos depois,
o colega chegou e retornaram à imediações do restaurante,
procurando o assaltante.
— Tem um beco no final dessa rua, – Arthur lembrou, ao virar
o carro – mas temos que tomar cuidado. É um ponto de droga e os
caras estão sempre bem armados.
— Vamos lá! Devia ter detido aquele imbecil lá mesmo! –
Gisele se arrependeu, sacando a arma.
— Você precisa contar pra Donatela que é policial. Se você
quer um relacionamento com ela, tem que jogar limpo. Até mesmo
para segurança dela!
— Eu não quero assustá-la. Preciso contar isso com calma,
não sacando uma arma da bota na frente de um restaurante! –
Gisele observava o lugar, ao passo que Arthur estacionava o carro.
— Estou curtindo ficar com ela! – os dois desceram, armas em
punho.
— Tem alguma coisa ali. – Arthur apontou e a parceira olhou
ao redor, cautelosa.
Gisele se aproximou dos dois corpos e verificou a pulsação,
confirmando o óbvio: mortos, com um tiro certeiro na cabeça.
Enquanto Arthur ligava para central, a ruiva analisava a cena do
crime. Pela altura, constatou que o atirador estava distante e pegou
os dois homens de surpresa. Mais adiante, encontrou um revólver
calibre trinta e oito, cápsulas de balas e uma mancha de sangue.
— Arthur, – gritou – foi daqui!
Gisele se abaixou e, sem tocar nas cápsulas, observou a
disposição da cena. Arthur veio ao seu encontro.
— Eram três! – a ruiva apontou as cápsulas. — Dois tiros nos
nossos amigos ali e um terceiro aqui, no dono desse sangue, que foi
levado daqui.
— Os pingos são pra lá, – Arthur caminhou, seguindo o
rastro de sangue – param aqui. Olha as marcas de pneus. Aqui ele
entrou em um carro.
— Nosso atirador? – Gisele apontava para arma.
— Acho que não. Por que ele deixaria a arma? As cápsulas
são de calibre quarenta e cinco e aquele é um trinta e oito. Tinha
uma quarta pessoa aqui.
— O que será que aconteceu? – Gisele indagou, ao lado da
poça de sangue de sangue. Olhou para os corpos, posicionou-se de
lado, como se estivesse vindo do carro, sacou a arma e simulou um
tiro.
— Ele atirou daqui. Dois tiros perfeitos, sem sequer fazer
mira! – concluiu.
— Um profissional. Pode ter sido acerto de contas. – Arthur
arriscou.
— E o terceiro?
— Vai aparecer boiando por aí!
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Capitulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
As viaturas rodearam a chácara, cobrindo todos os pontos de
saída. Os policiais usavam coletes à prova de balas e portavam
armas de grosso calibre, cientes da periculosidade do grupo. Torres,
consultando uma planta geográfica da região, orientou os policiais,
sob o olhar de Gisele.
— Você espera aqui.
— Nem pensar, Torres!
— Isso não está em discussão, Gisele. Não lhe darei uma
arma até conferir, em detalhes, sua história. Mas, também, não farei
de você um alvo fácil, entrando desarmada. Já estou passando dos
limites permitindo sua presença e você sabe muito bem disso!
— Ok, Torres, – desistiu, pois sabia o quanto a loira era
intransigente – eu espero aqui.
Os policiais iniciaram a incursão no mais absoluto silêncio.
Cercaram a casa e Torres ordenou, com gestos, a entrada da
primeira equipe. Pela porta do fundo, outra equipe também havia se
posicionado. Gisele observava a ação de longe e tão logo Torres
sumiu na penumbra do fim do dia, buscou se aproximar, passando
por dentro da vegetação. Escondeu-se num arbusto e esperou
alguns minutos até que os agentes confirmassem que a casa estava
vazia e a área livre de perigo.
— Qual é o seu problema em obedecer ordens? – Torre a
surpreendeu.
— Você não manda em mim, Torres. Você não é minha chefe!
— Não vou perder tempo discutindo com você, Gisele. Quero
que venha aqui fazer um reconhecimento.
Irritada com a grosseria de Torres, Gisele a mandou para o
inferno mentalmente, seguindo-a casa adentro. Observou tudo ao
redor, estacando ao se deparar com um corpo no chão.
— Danilo! Meu Deus!
— Esse é Danilo? – Torres indagou.
— Sim! – lastimou, sem conseguir conter uma lágrima. — Me
fala que ela...
— Sem sinal de Donatela, – respondeu, conduzindo-a para
cozinha e mostrando o fogão – mas as panelas ainda estavam no
fogo. Sem dúvida, saíram apressados.
— Onde será que ela se meteu?
— Eles foram avisados da nossa chegada, Gisele. Estou
comandando essa operação, Paulo e Marcos, os únicos que sabiam
nosso destino, vieram conosco no carro. Você não saiu de perto de
mim. Então, só resta Raquel. Qual o endereço dela?
— Ela não faria isso! Ela não se aliou a eles! – caminharam
até a varanda, encontrando Paulo e outros policiais.
— Para, chega! Pode parar e vê se me responde! Para de ficar
defendendo as pessoas, porque até agora, você só defendeu
bandidos! – cortou, impaciente.
— Raquel não é uma bandida...
— Quer ser presa por obstrução de justiça?
— Você é uma estúpida! – exclamou, desviando-se da loira e
chamando atenção do moreno. — Paulo, anota aí o endereço.
Paulo entregou o papel a uma dupla de policiais e pediu que
convidassem Raquel a prestar esclarecimento na delegacia.
Comedido, o investigador sabia que não havia tempo para os
trâmites legais e contava com a colaboração da garota. Torres
observou, em silêncio, a conversa entre Gisele e seu parceiro,
olhando demoradamente para a teimosa ruiva. Suspirou, ciente de
que a noite seria longa.
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