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Capítulo 1 – Visão Geral do Projeto

QOS aplicado a redes IP

Este trabalho visa analisar o trafego entre redes IPV6 e IPV4, verificando
questões de segurança, confiabilidade e performance.

1.1.1 - Descrição do projeto

O cenário possui duas redes uma toda configurada em IPV6 e outra toda em
IPV4 com parâmetros de QOS Aplicados em ambas as redes.

Analisaremos em laboratório qual o desempenho das redes e verificar se há


diferenças de desempenho entre elas.

1.1.2 - Justificativa (oportunidade de negócio)

Devido ao esgotamento de endereços IPV4 e a inevitável migração para IPV6 e


da necessidade de comunicação por vídeo e voz em tempo real, problemas de
deslocamentos nas grandes cidades principalmente em São Paulo onde estão focadas a
maioria das empresas do país e a péssima infraestrutura de transporte se faz cada vez
mais necessária a utilização e a garantia de comunicação de dados vídeo e voz
utilizando a rede.

1.1.3 - Objetivo do projeto

Aplicaremos técnicas de QOS no ambiente proposto visando minimizar


impactos causados na convergência entre tecnologias mais modernas como o IPV6
interagindo diretamente com tecnologia mais antiga em IPV4.

Visão Geral do Projeto

A não disponibilidade por empresas brasileiras de links IPV6.

Aplicações de QOS onde a rede opera em IPV4.


Minimizando ou anulando perda de qualidade quando a rede comutar por tecnologias
mais antigas.

Existe perda de qualidade nas redes quando comutam de IPV6 que já tem nativo QOS
para a rede IPV4.

Os usuários finais são afetados diretamente a perda de qualidade geral no processo da


comutação, ex: perda de dados, desempenho, interrupção em chamadas de voz e vídeos.

Ferramentas utilizadas

Utilizaremos para analisar a rede;

GNS3

Virtual box

Wireshark

Netmeeting

Packet tracer

Etc.....

TECNOLOGIA

O IPv4 foi inventado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos para interligar
meios de dispositivos de fornecedores diferentes foi especificado na RFC 791 .

Chowdhury, Dhiman, Projetos avançados de redes ip pag. 21

O IPV4 os endereço do Ip são formados por 4 blocos de 8 bits (32 bits no total), que são
representados através de números de 0 a 255. As faixas de endereços começadas com
"10", com "192.168" ou com de "172.16" até "172.31" são reservadas para uso em redes
locais e por isso não são usados na internet.

Os endereços começam com 10, com 192 ou 172.16 até 172.31 são de uso para redes
locais . Os roteadores são configurados para ignorar lós assim convivem juntos.

Retirado do site ipv6.br - introdução sobre ipv4 – colapso. 18/03/2013 ás 16:44

O IPv4 foi dividido no inicio em três classes :

 Classe A: definia o bit mais significativo como 0, utilizava os 7 bits restantes do


primeiro octeto para identificar a rede, e os 24 bits restantes para identificar o host.
Esses endereços utilizavam a faixa de 1.0.0.0 até 126.0.0.0;
 Classe B: definia os 2 bits mais significativo como 10, utilizava os 14 bits seguintes
para identificar a rede, e os 16 bits restantes para identificar o host. Esses endereços
utilizavam a faixa de 128.1.0.0 até 191.254.0.0;
 Classe C: definia os 3 bits mais significativo como 110, utilizava os 21 bits
seguintes para identificar a rede, e os 8 bits restantes para identificar o host. Esses
endereços utilizavam a faixa de 192.0.1.0 até 223.255.254.0;

http://ipv6.br/entenda/introducao/>. Acesso em : 20 de março de 2013.)

Essas divisões foi feita para tornar os endereçamentos flexíveis , mais com o passar do
tempo houve uma edificais do sistemas , no ano de 1990 já se observava há existência
de ao menos 310 mil hosts, profissionais da área já tinham em mente uma grande
escassez de IP, já em 1993 já havia mais de 2 milhões de hosts conectados a rede.

Dois anos anterior a esse acontecimento há havia discussões de estratégias para eliminar
os esgotamentos de IP, foi formando um grupo ROAD( Routing and Addressing), que
trouze o CIDR( Class less Inter-domain Routing), foi pautado que não utilizariam mais
claesses de endereçamento IP, somente a sua utilização na real necessidade da rede e
agregar rotas afim de diminuir o tamanho da tabela de roteamento.

http://ipv6.br/entenda/introducao/>.Acesso em : 18 de março de 2013.)


O cabeçalho do IP é formado por uma parte fixa e uma variável.

A parte fixa é de 20 bytes.

A variável pode haver no Maximo 40 bytes, seu tamanho é definido em função do


campo IHL( Internet Header Length) que é de 4 bits.

Citação indireta http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Introducao-ao-Protocolo-Internet-


IP?pagina=8 no dia 19/03/2013 ás 2:17 am

O campo IHL representa o número de palavras de 32 bits encontradas no cabeçalho.


Uma palavra de 32 bits é formada por 4 octetos. Com 4 bits é possível representar no
máximo 15 unidades maiores que zero. Em função disto, o tamanho total do cabeçalho
fica limitado a 60 bytes. Como 20 bytes já são usados pela parte fixa, sobram 40 bytes
para a parte variável.

O cabeçalho IP segue uma ordem de representação de bits denominada "Big Endian".


Nesta notação o bit de mais alta ordem está à esquerda do octeto.

Citação direta http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Introducao-ao-Protocolo-Internet-


IP?pagina=8 no dia 19/03/2013 ás 2:26 am

O cabeçalho IP segue uma ordem de representação de bits denominada "Big Endian".


Nesta notação o bit de mais alta ordem está à esquerda do octeto.

Surgimento do IPv6

Em 1993 a IETF formalizou na RFC 1550, algumas pesquisas sobre a nova versão do
protocolo IP. Foi uma das primeiras atitudes do grupo da IETF que denominaram
Internet Protocol next generation (IPng). As questões que eram abordadas na nova
versão seria:

 Escalabilidade;
 Segurança;
 Configuração e administração de rede;
 Suporte a QoS;
 Mobilidade;
 Políticas de roteamento;
 Transição.

Protocolo ICMPv6

ICMPv6 é a versão atualizada do ICMPv4 que será utilizada juntamente com o IPv6,
sendo assim sua implementação é obrigatória em toda a rede IPv6 para haver
comunicação.

Tanto o ICMPv4 e versão 6 tem as mesmas funcionalidades, porem não são compatíveis
e tem diferenças que são significativas.
No IPv4 tinham protocolos que acabavam trabalhando em duplicidade e com isso
dificultava nas implementações e na coerência de alguns protocolos. Já o ICMPv6
assume essas funções para reduzir essa duplicidade. E os protocolos que antes operavam
isoladamente, mas completando o IPv4, agora operam junto com o IPv6.
Os protocolos que agora trabalham juntos ao IPv6 são:

 ARP (Address Resolution Protocol), que mapeia endereçamento físico, através


do endereçamento lógico.
 RARP (Reverse Address Resolution Protocol), que ao contrario do ARP, mapeia
os endereços lógicos para os físicos.
 IGMP (Internet Group Management Protocol) gerenciamento de membros de
grupos multicast
Os protocolos ARP e RARP, no IPv4 trabalham entre as camadas 2 e 3 e não dependem
de pacotes IP.
O protocolo ICMPv6 age na camada 3, porem ele é encapsulado no pacote IP, com isso
firewalls que agem na camada de rede IPv6, bloqueiam funções básicas, como a
descoberta de vizinhos e a auto-configuração.
Levando em consideração que no IPv6 o ICMPv6 é fundamental para o funcionamento
do IPv6, diferente de quando a rede era IPv4 e utilizava ICMPv4.

O IPv6 tem a característica principal de aumentar o numero de endereçamentos IP e


com isso as redes continuarem crescendo, pois hoje no IANA (Internet Assigned
Numbers Authority) não existem mais endereços IPv4 disponíveis no mercado para
mais redes se conectarem.
Com tudo isso a rede terá um grande processo de migração para o novo protocolo IPv6
que tem como objetivo liberar mais endereços IP e será necessário reconhecer a sintaxe
dos endereços IPv6 e conhecer os tipos de endereço IPv6 existentes.
No protocolo IPv4, o cabeçalho reservado para endereçamento possui 32 bits que
permite no maximo a criação de 4.294.967.296 de endereços distintos, porem quando
foi desenvolvido, era uma quantidade suficiente para endereçar todos os hosts e criar
novas sub-redes. Mas com o crescimento da internet a escassez de endereços IPv4
chegou e assim motivou a utilização do Ipng.

Diferente do IPv4 que separava em seu cabeçalho 32 bits, o IPv6 utiliza 128 bits, sendo
assim podendo obter 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 de
endereços IPv6 distintos. Esta quantidade de IPs, por alguns profissionais e estudiosos,
é considerado, praticamente impossível de se esgotar agora, sendo que este pode ser o
fim da preocupação com a escassez de IP.

Representação de endereços

 No IPv4 os endereços são divididos da seguinte forma


o 32 bits divididos em quatro grupos de 8 bits cada, separados por “.”
(ponto) Sendo que são escritos com dígitos decimais.
 123.120.12.10/252
Na representação de endereçamento IPv6, os zeros a esquerda de cada grupo de 16 bits
podem ser omitidos, podendo também substituir uma grande sequência de zeros por “::”
(dois pontos, dois pontos)

 No IPv6 os endereços são divididos da seguinte forma


o 128 bits divididos em oito grupos de 16 bits cada, separados por “:” (dois
pontos) Sendo que são escritos com dígitos hexadecimais (0-F)
 2001:0DB8:AD1F:25E2:CADE:CAFE:F0CA:84C1

 Representação onde os zeros a esquerda são omitidos.


o 2001:00DB:00AB:0350:130F:0010:0200:140B
 2001:DB:AB:350:130F:10:200:140B

 Representação de substituição de uma grande sequências de zeros.


o 2001:00DB:0000:0000:130F:0000:0000:140B
 2001:DB::130F:0:0:140B
OU
 2001:DB:0:0:130F::140B

 Representação de zeros apenas nos primeiros ou últimos grupos.


o 2001:00DB:140B:130F:0000:0000:0000:0000
 2001:00DB:140B:130F:0:0:0:0
OU
 2001:00DB:140B:130F::
o 0000:0000:0000:0000:2001:00DB:140B:130F
 0:0:0:0:2001:00DB:140B:130F
OU
 :: 2001:00DB:140B:130F

Com nas representações acima podemos observar que quando temos grandes sequências
de zeros separadas, como esta por exemplo que tem um grupo “130F” que separa os
grupos de zeros “2001:00DB:0000:0000:130F:0000:0000:140B” então neste caso um
dos grandes grupos de zeros são abreviados por “::” e os demais podendo apenas
identificar “0000” por apenas um numero “0”, por exemplo:
“2001:00DB:0000:0000:130F:0000:0000:140B”, abreviado fica:
“2001:DB:0:0:130F::140B”.

1. Qualidade de Serviço

O termo QoS é o acrônimo de Quality of Service (Qualidade de Serviço), ele passou a


ser considerado a partir das necessidades de melhor Gerenciamento e Disponibilidade
para alguns serviços dentro da Rede Local e da Internet. Serviços de Multimidia hoje
amplamente difundido são sensíveis ao atraso e variação do mesmo, dai temos a
necessidade de Gerencia dos pacotes destes serviços quando introduzidos na rede.

Segundo Tanenbaum (2011) uma resolução simples para disponibilizar boa qualidade
de serviço seria montar uma rede com capacidade suficiente para suportar qualquer tipo
de trafego que fosse trabalhado nela. O nome para esta solução é sobreprovisão.
Disponibilizar equipamentos de rede de ultima geração, com uma configuração de
roteamento perfeita, ampliar a largura de banda de forma que não aconteçam perdas
significativas são soluções fáceis, porém, de alto custo.

A Qualidade de Serviço possui dispositivos que garantem a uma rede com capacidade
de trafego reduzida que atenda as solicitações das aplicações da mesma maneira, com
um custo bem menor. A sobreprovisão é baseada no trafego esperado, esta propício a
um congestionamento caso o trafego mude em relação à perspectiva inicial de quando
foi projetado a respectiva solução. No caso da Qualidade de Serviço isso (a
sobreprovisão) não ocorre pois os mecanismos de QoS levam em consideração os níveis
de serviços acordados para trafego de missão crítica, mesmo quando o trafego atinge o
pico, as aplicações criticas são atendidas em detrimento do trafego de menor prioridade,
que fica para segundo plano, garantindo assim a entrega(Tanenbaum, 2011).
Segundo Tanenbaum (2011), quatro aspectos devem ser levados em consideração
para garantir a qualidade de serviço:

 Que aplicações da rede são necessárias.


 Como regular o trafego que entra na rede.
 Como reservar recursos nos roteadores para garantir o desempenho.
 Se a rede pode aceitar mais trafego com segurança.

Nenhum método sozinho pode responder e garantir que todas essas questões possam ser
resolvidas. Para resolvermos essas questões podemos utilizar diversos métodos para
uma boa qualidade de serviço. As principais versões de qualidade de serviço são o
Integrated Services (Serviços Integrados) e Differentiated Services (Serviços
Diferenciados).

1.1. Requisitos da Aplicação

Segundo Clark (1988), apud (Tanenbaum, 2011, p. 254): “Uma sequencia de pacotes de
uma origem ate um destino é chamada fluxo.” Em redes orientadas a conexão, os dados
que estão em um mesmo fluxo seguem para o destino seguindo o mesmo caminho, onde
ocorre o estabelecimento de conexão (Tree Way Handshake) entre um ponto e seu
destino, o que garante a entrega; isso não ocorre em redes não orientadas à conexão,
pois neste tipo de rede não a estabelecimento de conexão, isso torna o envio mais
rápido, porem não garante a entrega para este fluxo de dados (pacotes).

Os assuntos críticos e que devem ser tratados em redes com serviços multimídia, são os
parâmetros listados abaixo:

 Ausência de Largura de Banda: Trafego de dados, voz e vídeo aumentaram


muito os problemas de disponibilidade de banda em redes de dados.
 Latência (Atraso fim-a-fim, fixo e variável): Atraso é o período em que um
pacote de dados será transportado do seu ponto de partida ate o seu destino.
 Variação do Atraso (jitter): É a variação do atraso durante a transmissão de um
pacote de dados.
 Perda de Pacotes: Pode ser causada pelo congestionamento de tráfegos diversos
na rede, atraso em demasia, e falhas na transmissão. (Em:
<http://cisco.sunderland.ac.uk/CISCO_CCNP/en_CCNP_OCN_v5010/ch3/3_1_
2/index.html>. Acesso em: 17 março de 2013.)

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