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Protocolos de

Redes
Redes de Alta Velocidade

Prof. Dr. Gilberto Fernandes Junior


• Unidade de Ensino: 4

• Competência da Unidade: Compreender os padrões Ethernet,


Fast Ethernet e Gigabit Ethernet e conhecer as suas aplicações;
Conhecer o padrão Internet; e estudar as redes que possibilitam
o desenvolvimento das aplicações em alta velocidade.

• Resumo: Compreender os princípios de Ethernet e redes de alta


velocidade

• Palavras-chave: redes, comunicação, ethernet, internet

• Título da Teleaula: Redes de Alta Velocidade

• Teleaula nº: 4
Contextualização
• Ethernet e Fast Ethernet
• Gigabit Ethernet
• Internet
• Aplicações de alta velocidade
Ethernet e Fast
Ethernet e Gigabit
Ethernet
Histórico
• Em 1972, o padrão Ethernet foi criado pelos
laboratórios da empresa Xerox: Network Alto Aloha
• 1908 houve a padronização da rede Ethernet pelo IEEE
(Padrão 802.3)

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.


Características do padrão Ethernet IEEE 802.3
• Elementos que constituem a rede Ethernet
• meio físico
• protocolos de controle de acesso ao meio
• quadro de dados
• Modos de transmissão
• Simplex
• Half-duplex
• Full-duplex
• Cabeamento utilizado: coaxiais finos ou grossos
Características do padrão Ethernet IEEE 802.3
• A frequência de operação do padrão é de 10 Mbps
(megabits por segundo) e o tamanho dos quadros está
entre 64 e 1518 bytes.

• Quadro Ethernet:

Fonte: livro da disciplina


O padrão Fast Ethernet
• Objetivo: aumentar as velocidades do padrão
Ethernet.
• Velocidade de transmissão: 100Mbps
• Cabeamento: fibras ópticas
• Aplicação: redes locais de alta velocidade.
• Modo de operação: half-duplex e full-duplex

A rede Fast Ethernet tem a mesma forma de endereçamento


e pacote, tamanho e forma de detectar erros quando é
comparada com a rede Ethernet !
Padrão Gigabit Ethernet
• Taxa de transmissão: 1Gbps
• Transmissão de voz e vídeo sob demanda
• Detecção de erros: CSMA/CD
• Modos de transmissão: half-duplex e full-duplex
(2Gbps).
• Cabeamento: cabo coaxial fino, par trançado sem
blindagem e fibras ópticas monomodo e multimodo
Padrão Gigabit Ethernet
• Processos criados para o padrão:
• Carrier extension (extensão do tempo da portadora para
um determinado slot de comunicação)
• transmissão de quadros em rajada
• Flow Control (Controle de fluxo)

As principais aplicações para Gigabit Ethernet


ocorrem principalmente em redes de alta

!
velocidade, acesso e transporte em redes
metropolitanas (MAN)
10 Gigabit Ethernet
• Evolução do padrão Gigabit Ethernet
• Modo de transmissão é apenas o full-duplex
• Utiliza apenas fibra óptica
• Abrangência: cerca de 40km
• interligação de redes metropolitanas.
Comparação entre os padrões Ethernet

Fonte: livro da disciplina


Características das redes Gigabit Ethernet
• demanda por maior largura de banda
• fornecimento de serviços ricos em recursos
• Integração e convergência
• padrões de acessibilidade e tráfego de conectividade
• Qualidade e confiabilidade de rede
IPv4
Internet protocol (IP)
• O Internet Protocol (IP) é o endereço lógico feito para
que um dispositivo possa se comunicar com qualquer
outro dispositivo, independentemente de sua
localização geográfica.
• RFC 791 (versão 4) – IPv4
• Possui 32 bits, sendo possível produzir 232 = 4,3
bilhões de endereços.
• O protocolo está definido na camada de rede, sendo o
seu pacote denominado datagrama
Datagrama Ipv4

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.


Notação do IPv4
• A notação de um endereço IP é separada por ponto,
fazendo com que uma parte identifique a rede e a
outra, o dispositivo (host).
• Exemplo
172.16.30.110
172.16 → identifica à qual rede o dispositivo
pertence (16 bits para rede = 216 redes).
30.110 → determina o endereço do dispositivo.
Representação: 172.16.30.110 /16
Classes de endereço
• Os endereçamentos utilizados nas redes foram divididos em classes
para utilização de acordo com o número de dispositivos da rede

Fonte: Retirado de: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011. Pág. 282
Sub-rede
• Quando um pacote entra no roteador principal de uma
rede classe B, como este sabe para qual sub-rede
(Ethernet) deve entregar o pacote?
• tabela com 65.536 entradas? Não!
• Alguns bits são retirados do número do host para criar
um número de sub-rede.
• Roteador precisa de uma máscara de sub-rede
Sub-rede
• Permitir que uma rede seja dividida em diversas partes
para uso interno, mas externamente continue a
funcionar como uma única rede.

Vantagens:
• Redução do tráfego de rede
• Simplificação no gerenciamento da rede
• Controle dos recursos da rede
Sub-rede: Exemplo
• Uma rede de classe B dividida em 64 sub-redes

Fonte: Adaptado de: TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 4 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997
Cálculo de sub-rede e máscara de sub-rede
• Rede de classe C: 192.168.0.0
• Máscara padrão: 255.255.255.0
• 255.255.255.0 → 11111111.11111111.11111111.00000000
• Rede: 2n = 22 = 4 ,
• Hosts por sub-rede: 2n = 26 64
• Nova máscara: 11111111.11111111.11111111.11000000
• = 255.255.255.192
• Notação CIDR: 192.168.0.3 /26
Cálculo de sub-rede e máscara de sub-rede
Rede 1º IP válido Último IP válido Broadcast
192.168.0.0 192.168.0.1 192.168.0.62 192.168.0.63
Tabela de
192.168.0.64 192.168.0.65 192.168.0.126 192.168.0.127 sub-redes
192.168.0.128 192.168.0.129 192.168.0.190 192.168.0.191
192.168.0.192 192.168.0.193 192.168.0.254 192.168.0.255

192.168.0.66 = 11000000.10101000.00000000.01000010
AND
255.255.255.192 = 11111111.11111111.11111111.11000000
= Endereço da REDE:
192.168.0.64 = 11000000.10101000.00000000.01000000
IPv6
IPv6 - Introdução
• Popularização da Internet – esgotamento do protocolo
IPv4
• IPv6 teve início em 1990
• Empresas como Google, Yahoo e Facebook iniciaram a
migração para o protocolo IPv6 em 2010
• Possui 128 bits (340 undecilhões de endereços)
• Notação:
• Oito grupos com quatro dígitos hexadecimais:
8000:0000:0010:0000:0123:4567:89AB
IPv6 - Objetivos
• Resolver a escassez de endereços.
• Informações sobre esgotamento do IPv4:
https://www.lacnic.net/
• Simplificar o cabeçalho, facilitando o processamento e
o aumento da velocidade do envio/recebimento.
• Tornar opcionais os campos obrigatórios do cabeçalho,
facilitando, assim, o roteamento dos pacotes.
• Garantir a segurança das transmissões, tornando o
IPsec obrigatório.
IPv6 - Cabeçalho

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011. pág. 287
IPv6 - Tipos de Endereçamento
Unicast
• Identifica uma única interface
• Global-Unicast, Link-Local (FE80:: /64) e Unique-Local
(FC00:: /7)

Unicast

Fonte: elaborado pelo autor


IPv6 - Tipos de Endereçamento
Anycast Anycast
• identificam um grupo de interfaces de nós diferentes
• O pacote alcança a interface mais próxima
Multicast
Fonte: elaborado pelo autor

• Identifica um grupo de Multicast


interfaces ou grupo de nós.
• O pacote alcança todas as
interfaces do grupo
Fonte: elaborado pelo autor
IPv4 vs IPv6
Versão / Itens IPv4 IPv6
Quantidade de endereços 232 2128
Quantidade de campos 14 8
MTU mínimo 576 bytes 1280 bytes
Representação do endereço 4 grupos de 8 bits 8 grupos de 16 bits
Tamanho do endereço 32 128
Roteamento Tabela de roteamento Efetuado pelo cabeçalho de
extensão
Segurança IPSec facultativo IPSec obrigatório
Qualidade de Serviço (QoS) Sem garantia Através dos campos, classe de
tráfego e identificação de
fluxo
Cabeçalho Uso do checksum Mais simplificado
Fonte: elaborado pelo autor
Descrição da SP
• A escola Escola 1_A, já utilizava em sua rede os
protocolos IPv4 e IPv6.
• Para gerenciar e arquivar o grande volume de
informações e documentos, foi adicionado um servidor
em sua topologia.
• Para sua utilização em todos os dispositivos, é
necessário configurar as duas versões do IP
• Você deverá utilizar a técnica de tradução NAT no IP
destinado ao servidor para que seja posteriormente
configurado no dispositivo.
Resolução da SP
• Endereço IPv4 = 172.16.31.55

1) Conversão do IPv4 para binário e separação em dois


grupos.
172 → 1010 1100
16 → 0001 0000
31 → 0001 1111
55 → 0011 0111
Resolução da SP
2) Passe-os para a base “8 – 4 – 2 - 1” na conversão de
cada grupo dos binários:
172 → 1010 = 10 1100 = 12
16 → 0001 = 1 0000 = 0
31 → 0001 = 1 1111 = 15
55 → 0011 = 3 0111 = 7
Resolução da SP
3) Transforme os valores encontrados em hexadecimal.
172 → 1010 = 10 = A 1100 = 12 = C
16 → 0001 = 1 = 1 0000 = 0 = 0
31 → 0001 = 1 = 1 1111 = 15 = F
55 → 0011 = 3 = 3 0111 = 7 = 7

4) Agrupe-os e adicione os complementos “0:0:0:0:0” e


“:FFFF”.
Resultado → 0:0:0:0:0:FFFF:AC10:1F37
A Internet e
aplicações de alta
velocidade
Internet
• Chamamos de Internet a rede mundial de
computadores que faz a ligação de centenas de
milhões de computadores espalhados pelo mundo.
• armazenamento de informações e transmissão
• páginas da web, e-mail, transferências de arquivos

• Histórico
Internet
• Roteadores são utilizados para fazer a conexão dos
equipamentos de forma indireta na Internet.
• Pode ser utilizada a técnica de comutação de pacotes
para a transmissão desses de forma fracionada.
• Protocolo IP utilizado no roteamento de cada pacote,
estabelecendo uma rota dentro da rede Internet.
• Endereçamento IP
Internet Banda Larga
• Convergência digital
• combinação de redes com alta qualidade de conexão e
das necessidades dos usuários
• Característica: envio e recebimento de dados com um
alto fluxo.
• Aspectos importantes:
• Usabilidade, velocidade, interatividade, fluxo e latência
Tecnologias para Internet banda larga
• Primeira tecnologia de Internet
• Internet discada (dial-up)
• Tentativa de melhorar o desempenho de transmissão e
recepção das redes fez com que surgissem novas
tecnologias (banda larga)
• Infraestrutura fixa: cabo, DSL, fibra óptica e rede
elétrica
• tecnologias sem fio: rede via rádio, Wi-Fi, Wimax e
satélite
Introdução
• O surgimento da banda larga permitiu que várias
tecnologias de conexões evoluíssem.

• Vamos estudar alguns tipos de conexão que


caracterizam aplicações de alta velocidade com
tecnologia cabeada
DSL (Digital Subscriber Lines)
• Tecnologia da telefonia fixa
• Os pares de fio usados na telefonia fixa fazem o
transporte de dados nas transmissões e nas recepções
de dados
• Desvantagens:
• Muitos acessos ao meio ao mesmo tempo
• Distância
Cabo-modem
• Infraestrutura existe: TV por assinatura
• Desvantagens:
• Fluxo de dados
• Segurança no compartilhamento de redes

Fonte: livro
da disciplina
Fibra óptica
• Vantagem: alta taxa de transmissão que ela suporta.
• Desvantagem: alto custo de implementação
• Infovias para interligação dos backbones das redes
entre as cidades, países e continentes.

Fonte: livro da disciplina


Introdução
• O surgimento da banda larga permitiu que várias
tecnologias de conexões evoluíssem.

• Vamos estudar alguns tipos de conexão que


caracterizam aplicações de alta velocidade com
tecnologia sem fio (wireless)
Rádio, Wi-Fi e Wimax
• Infraestrutura sem fio (radiodifusão)
• Banda larga via rário
• Tecnologia WiFi
• Wimax: aprimoramento do alcance e a sensibilidade a
interferências da tecnologia WiFi
• Limitações:
• Taxa de transmissão restrita
• Áreas não cobertas
• Barreiras físicas e condições climáricas
Rádio, Wi-Fi e Wimax

Fonte: livro da disciplina


Tecnologia Móvel 3G/4G/5G
• Transmissão por radiofrequência
• Fazem uso do espectro licenciado e permitem o serviço
de voz de maneira integrada à tecnologia.
• Vantagem:
• disponibilidade do serviço em uma grande região.
• Alcance da ordem de quilômetros de distância
• Diferenças entre 3G e 4G:
• velocidade de transmissão
• convergência digital total
Satélite
• Banda larga via satélite utiliza o espectro de
frequência.
• É composto por estações, satélites e receptores.
• Aplicação em áreas distantes, em zonas rurais ou em
arquipélagos. Fonte: livro da disciplina

• Desvantagens:
• Taxas de transmissão baixas
• Tecnologia cara
• Interferência atmosférica
Recapitulando
Recapitulando
• Ethernet e Fast Ethernet
• Gigabit Ethernet
• IPv4 e IPv6
• Aplicações de alta velocidade

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