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Pexauar

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34° 00′ 52″ N, 71° 34′ 03″ L


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pexauar

Geografia
País Paquistão
Province of Pakistan Khyber Pakhtunkhwa
Division of Pakistan Peshawar Division (en)
Distrito Peshawar District (en)
Khyber Pakhtunkhwa
Capital de
Peshawar District (en)
Área 1 257 km2
Altitude 359 m
Coordenadas 34° 00′ 52″ N, 71° 34′ 03″ L

Demografia
Peshawari
Gentílico
Peŝavarano
Funcionamento
capital
entidade territorial administrativa
Estatuto
cidade grande
cidade com mais de 1 milhão de habitantes (d)
Presidente Haji Ghulam Ali (en)
Geminação Ürümqi
Identificadores
Código postal 25000
Prefixo telefônico 091

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Pexauar[1][2] (Peshawar[3]) é uma cidade do Paquistão, capital da província Khyber Pakhtunkhwa e
centro administrativo (mas não capital) do Território federal das Áreas Tribais. É uma cidade muito
antiga (era conhecida como Purushapura na Antiguidade),[4] tendo passado por vários impérios
dominantes: gregos, persas, afegãos, mongóis, siques e britânicos. É uma das mais antigas cidades da
Ásia continuamente habitadas. Atualmente, é uma das principais cidades do país, oitava em população,
com mais de 1 milhão de habitantes.

História
Primórdios
Pexauar é uma das cidades mais antigas da região Central, Sul e Oeste da Ásia, tendo sido por séculos
um centro de comércio entre o Afeganistão, Sul da Ásia, Ásia Central e o Oriente Médio. Como um
antigo centro de aprendizagem, a partir do século II a.C., o Bakhshali - um manuscrito antigo - foi
encontrado nas proximidades.[5]
A área que ocupa Pexauar foi tomada pelo rei Eucrátides I (170-159 a.C.), do reino Greco-Báctrio, e foi
controlada por uma série de líderes greco-bactrianos, e, mais tarde, por reis Indo-gregos, que
governavam um império que se estendeu geograficamente da área do atual Paquistão para o norte da
Índia. De acordo com o historiador Tertius Chandler, Pexauar possuía uma população de
120 000 habitantes no ano 100, tornando-se a sétima cidade mais populosa do mundo na época.[6]
Mais tarde, a cidade foi governada por vários governantes de Pártia e reis indo-partas, outro grupo de
povos iranianos pertinentes à região, o mais famoso dos quais foi Gondofares (Gandapur em pastó),
que governou a cidade e seus arredores a partir de cerca de 46 O período do governo por Gondofares
foi brevemente seguido por dois ou três dos seus descendentes, antes que eles foram deslocados pelo
primeiro da "Grande cuchana", Cujula Cadefises, por volta da metade do século I d.C. A cidade foi
invadida e transformada em capital dos cuchanas, uma tribo asiática Central de origem tocariana,
durante seu breve governo no século II.[7]
O rei Canisca I ( 127–150), do Império Cuchana, que governou-a por volta de 127, mudou a capital de
Puscalavati (agora chamada de Charsadda, no vale de Pexauar), para Puruxapura (Pexauar).[8]
Missionários budistas chegaram à região, assim como missionários do Zoroastrismo, Hinduísmo e
Animismo, em busca de conselhos com os governantes de Zoroastro cuchana. Seus ensinamentos
foram adotados pelos cuchanas zoroastristas, que se converteram ao budismo, atribuindo a religião com
um estatuto oficial na cidade. Seguindo este movimento pelos cuchanas, Pexauar se tornou um grande
centro de ensino budista, embora a maioria da população, particularmente nas áreas rurais, continuasse
a ser adepta do zoroastrismo e do animismo.
No entanto, Canisca, que se tornou um fervoroso adepto do budismo, construiu o que pode ter sido o
edifício mais alto do mundo na época - uma estupa gigante, para abrigar as relíquias budistas, que
foram localizadas fora do Ganj Gate, da antiga cidade de Pexauar. O estupa gigante foi dito ser uma
estrutura imponente, visto das montanhas do Afeganistão e das planícies gandarana. O primeiro relato
do famoso edifício foi documentado por Faxian, o peregrino budista chinês, que também era um
monge, que visitou a estrutura em 400, e descreveu-o como sendo de cerca de 120 metros de altura e
adornado com várias substâncias preciosas. Faxiã, em seu relato, afirmou ainda que todas as estupas e
templos vistos por ele não se comparavam com a beleza da forma e força deste edifício. A estupa foi
destruída por um raio, mas foi reparada várias vezes, sendo que ainda estava em operação na época da
visita de Xuanzang, em 634. Um caixão de joias contendo relíquias de Buda, e uma inscrição doada por
Canisca, existia na base arruinada desta estupa gigante. O caixão foi escavado, por uma equipe
supervisionada pelo Dr. DB Spooner, em 1909, a partir de uma câmara sob o centro da base do estupa.
[9]

Conquista muçulmana
Os pashtuns iniciaram uma conversão ao Islã na região, após a anexação desta pelo Império Árabe do
Grande Coração (no que é hoje o Afeganistão e o nordeste do Irã).[10] Em 1001, o emir Mamude de
Gásni do Império Gasnévida expandiu o império do Afeganistão para o subcontinente Indiano.
A morte de Sebuqueteguim ocorreu em 997 e foi sucedido como governador por seu filho, Mamude.
Mamude deixou subsequentemente a dependência dos príncipes Samani e assumiu o título de sultão no
ano de 999. Durante o início de seu reinado, travou grandes batalhas e expandiu o território do Império
Gasnévida para além do Afeganistão, adentrando nas planícies de Pexauar, a primeira das quais foi
travada na maira, entre Nowshera e os Indus, no ano de 1001. Mahmud foi oponente do rei hindu Shahi
Jaiapala, na Batalha de Pexauar (1001), tendo sido um esforço constante do Rei Jaiapala para recuperar
a região que tinha sido conquistada por ele e por Sebuqueteguim. O Rei foi ajudado por alguns Pathans
(também conhecido como pashtuns, ou afegãos), cuja lealdade ao governador muçulmano de Pexauar
não continuou a longo prazo.
A batalha Jayapala ocorreu durante o mês de novembro de 1001. O rei foi feito prisioneiro, e após a sua
libertação, Jayapala renunciou a coroa para seu filho, Anandepal. Nesta ocasião, Mahmud puniu os
pashtuns que haviam se aliado com o inimigo, e, como haviam se convertido inteiramente ao Islã, os
pashtuns mantiveram-se fiéis à sua nova aliança.[11]

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