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Siquismo

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O Templo de Ouro, em Amritsar, Índia, um santuário do siquismo.


O sikhismo ou siquismo (em panjabi: ਸਿੱਖੀ no abugida gurmukhi; romaniz.: Sikkhī, IPA: [ˈsɪkːʰiː] (
escutar?·info)) é uma religião monoteísta fundada em fins do século XV no Punjab (região dividida
entre o Paquistão e a Índia) por Guru Nanak (1469-1539).[1]
É por vezes retratado como o resultado de um sincretismo entre elementos do hinduísmo e do
Islamismo e Sufismo.[2]
O termo «sikh» tem sua origem no idioma sânscrito śiṣya /ziyia/ ‘discípulo, o que aprende’ ou śikṣa
/zikshá/ ‘instrução’.[3]
Principais crenças

Texto do Mul Mantar, a oração principal do siquismo, em alfabeto gurmukhi.


A história do Sikhismo começa com Nanak, um filho da casta governante/guerreira, que viveu entre
1469-1539 e nasceu no norte da Índia. Ele foi influenciado por homens santos dos ramos
místicos Bhakti, do Hinduísmo, e Sufi, do Islã. O Guru Nanak afirmava haver um ser supremo, e
defendeu que todas as religiões utilizavam nomes diferentes para a mesma divindade, a qual ele
chamou de Sat Nam ("Nome Verdadeiro"). Há muitas semelhanças entre o Sikhismo, o Hinduísmo e o
Sufismo (um ramo do Islã). Sikh, por exemplo, é o termo hindu para discípulo. Para os Sikhs, a razão
para isso é muito simples: a verdade não está limitada a uma só crença.
A palavra Guru é a combinação de duas pequenas palavras Gu e Ru. Gu significa escuridão e Ru
significa luz. Os sikhs entendem, assim, que guru significa "a Luz que dissipa as trevas".
O termo sikh significa, em língua punjabi, "discípulo forte e tenaz". A doutrina básica do siquismo
consiste na crença em um único Deus e nos ensinamentos dos Dez Gurus do siquismo, recolhidas no
livro sagrado dos siques, o Guru Granth Sahib, considerado o décimo-primeiro e último Guru.
Para o siquismo, Deus é eterno e sem forma, sendo impossível captá-lo em toda a sua essência. Ele foi
o criador do mundo e dos seres humanos e deve ser alvo de devoção e de amor por parte dos humanos.
O siquismo ensina que os seres humanos estão separados de Deus devido ao egocentrismo que os
caracteriza. Esse egocentrismo (haumai) faz com que os seres humanos permaneçam presos no ciclo
dos renascimentos (samsara) e não alcancem a libertação, que no siquismo é entendida como a união
com Deus. Os siques acreditam no karma, segundo o qual as acções positivas geram frutos positivos e
permitem alcançar uma vida melhor e o progresso espiritual; a prática de acções negativas leva à
infelicidade e ao renascer em formas consideradas inferiores, como em forma de planta ou de animal.
[4]
Deus revela-se aos homens através da sua graça (Nadar), permitindo a estes alcançar a salvação. O
Divino dá-se a ouvir, revelando-se enquanto nome. Segundo os ensinamentos do Guru Nanak e dos
outros gurus, apenas a recordação constante do nome (nam simaram) e a repetição murmurada do nome
(nam japam) permitem os seres humanos libertar-se do haumai.

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