Você está na página 1de 36

Os Corpos do ser Humano

Classificação
Existem tantas maneiras de classificar e dividir a manifestação da consciência no universo quanto
à capacidade de observação e imaginação do ser humano. Praticamente cada escola filosófica e
cada linhagem ou ramo de yôga classifica de uma maneira diferente. Abordaremos nesta obra a
visão presente nos tantras e no Saṁkhya procurando fazer correlações com algumas outras escolas
presentes no hinduísmo a titulo de conhecimento sem, no entanto, nos delongarmos em demasia.
Praticamente não há erros nestas abordagens tão diferentes, uma vez que o absoluto não é dividido
em partes, mas um fluxo continuo de energia e consciência. As divisões são didáticas e facilitam
a compreensão do estudante. Elas normalmente casam como chave e fechadura para as técnicas
que aquela escola professa.
É mais comum abordar o estudo dos corpos sutis utilizando o vêdanta devido à simplicidade e a
fácil correlação feita com as dimensões do universo. Por outro lado, o sámkhya possui uma
abordagem mais complexa a respeito deste assunto e a sua correlação com as dimensões não é tão
fácil. No entanto a abordagem SámkhyaTantra1 leva em consideração o funcionamento dos corpos
sutis, principalmente os órgãos dos sentidos e a maneira que agem com os elementos materiais
em cada plano.
Há também outra abordagem muito forte no hinduismo. É a abordada no Yôga de Pátañjali e que
leva em consideração a densidade do corpo.

Logo temos:

No Tantra tÙ – Saṁkhya sa—Oy : não se fala necessariamente em corpo pois o enfoque é


dado nas ferramentas de manifestação da consciência. São estas ferramentas e a sua relação com
os objetos materiais que definem a classificação.

No Vêdánta vedaNt: O plano dimensional no qual ele atua é que determina o conceito do corpo

No Pátañjali Yôga patÃlyaeg: a Densidade do veiculo é que determina a classificação.

Antes da Classificação conheçamos um pouco destas filosofias e como elas se correlacionam


entre si.

1
Daqui para frente eu não separarei mais o tantra do Saṁkhya, mesmo que para a maioria dos autores
sejam filosofias diferentes elas se complementam e casam tão poderosamente que percebo que elas
nunca deveriam ter sido separadas.

Para maiores informações vejam o livro Yôga Saṁkhya e Tantra do Mestre Sérgio Santos
O Saṁkhya sa—Oy (Enumeração ou cálculo)
O Saṁkhya é uma filosofia especulativa naturalista que parte o seu estudo no conhecimento da
dor, a forma de extingui-la e na constituição do universo em tattwas (atributos evolutivos). A
criação deste sistema filosófico é atribuída ao sábio Kapila. Pouco se sabe sobre o homem
histórico. Chegou até nós somente lendas e citações. Citações sobre este sábio aparecem no
MahaBharata, Bhagavad Gita e no Bhagavata Purana. Historicamente sabemos que Kapila viveu
um pouco antes do nascimento de buddha no século VI a.c. Os textos Sāṁkhyapravacana Sūtra
e o Tattvasamāsa são referidos como dele, mas não há nenhuma prova histórica deste fato. No
Gita Kapila é chamado de sábio e Kṛṣhṇa identifica-se com ele. Este fato é um grande elogio para
o fundador da escola Saṁkhya. O texto clássico mais antigo é o Saṁkhya Karika de Íshwara
Kṛṣhṇa o qual foi escrito em 200ªA.C.2 e possui 70 aforismos. Íshwara Kṛṣhṇa é um discípulo
indireto de Kapila pertencendo à linhagem sucessória através de Asuri e Pañchashikha. Este texto
possui três grandes comentários, um de Gaudapada, o tattwa kaumudi de Vachaspati Mishra
e por ultimo o sámkhyachandriká de Narada. Um detalhe muito interessante na leitura do livro
de Íshwara Kṛṣhṇa é no sutra 70 ele citar o texto como um tantra3. Além disto, o alinhamento do
texto do Saṁkhya karika com a literatura e o sádhana tantrico. Esta observação também foi
identificado nos autores da nota 4.
A proposta do Saṁkhya é prover o conhecimento através do qual poderíamos romper com a
causa do triplo infortunio existencial e assim liberar o Homem (Si mesmo ou Purus ̣ha) da roda da
vida condicionada.
De acordo com este sistema o infortunio existencial é de três tipos.
1. Ádhyátmika: Proveniente de causa intrínsecas proveniente de disordens do corpo ou da
mente como aquelas advindas de nossas carências físicas, emocionais ou mentais.
2. Ádhybhautika: São aquelas provenientes de problemas externos da nossa relação com
outros seres vivos sejam animais marco ou microscópicos ou objetos inanimados.
3. Ádhidaivika: Proveniente do que eles chamvam de causa sobrenaturais, mas que hoje
conhecemos sua origem. São aquelas produzidos pela relação do Homem com as forças
da natureza! São os desastres atmosféricos, terrmotos ou grandes cataclisma em nosso
planeta

2
Este dado é muito interessante uma vez que o livro mais antigo de Saṁkhya foi escrito em uma época
posterior ao Yôga sutra (360 A.C.) e que se fundamenta no Saṁkhya. A conclusão é que ou yôga sutra foi
escrito depois como afirmam alguns estudiosos (séc.II D.C.) ou o reafirma o conceito de que o Saṁkhya é
antiqüíssimo ainda que, não tenham chegado textos até a nossa época. Eu pessoalmente reafirmo a
segunda teoria.

3
P.C. Bagchi, Evolution of the Tantras, Studies on the Tantras, Ramakrishna Mission Institute of
Culture, Kolkata, 1989, ISBN 81-85843-36-8, pp.6bbb
4
P.C. Bagchi, Evolution of the Tantras, Studies on the Tantras, Ramakrishna Mission Institute of
Culture, Kolkata, 1989, ISBN 81-85843-36-8, pp.10
O Saṁkhya pode ser dividido em diferentes escolas conforme esta escola aproxime-se do
ensinamento original de Kapila ou não. A principal diferença diz respeito à presença ou não de
Íshwara (Senhor) na fundamentação filosófica da escola. Dai temos o aparecimento de duas
grandes escolas.

O Niríshwara Saṁkhya inrIñr sO<y


O niríshwara saṁkhya , o mais antigo e que mantém a fundamentação próxima a de
Kapila na qual a presença de qualquer divindade ou criador não participa das
especulações filosóficas. Por isto alguns críticos procuram chamar, “acusar”, esta escola
de ateísta. No entanto a meu ver faz parte da natureza do saṁkhya e do niríshwara
saṁkhya em particular não negar a presença ou a ausência da divindade, mas
simplesmente não especular sobre o que está alem da capacidade lógica de nossa
compreensão.
O niríshwara Saṁkhya não é ateísta e nem teísta, ele simplesmente não trata deste assunto
deixando muito claro que questões a respeito da divindade ou da religiosidade devem ser
discutidas com os sacerdotes e em sua respectiva religião e não participam do escopo de
sua argumentação.

O Sêshwara Saṁkhya
O sêshwara saṁkhya é mais recente, pois aparece pela primeira vez no Yôga sutra de
Pátañjali. Pátañjali descreve em seus aforismos uma estrutura similar ao do niríshwara
saṁkhya. No entanto nos aforismos I – 24 a I-27 Pátañjali introduz a presença de Íshwara,
não como um Deus criador do universo ou como uma divindade dentro do panteão hindu,
mas como um Puruṣha (Self, si mesmo) especial pois sempre foi livre e nunca foi afetado
pelo tempo, espaço ou dualidade, Íshwara é também o mestre mais antigo, mestre de todos
os outros é nele onde culmina a totalidade do conhecimento do Yôga. Portanto Íshwara
no Yôga sutra tem o papel de ícone ou arquétipo da força, do poder e liberdade absoluta
do Yôgi. Este arquétipo é o símbolo ou ícone da meta suprema desta filosofia, na qual os
demais tomam como modelo para identificar o próprio avanço. Íshwara aparece também
em outro momento dentro do Yôga sutra. É no Íshwara Pranidhana (Entrega ao Senhor)
em que Íshwara ganha um papel importantíssimo, pois é entregando os seus atos e os
frutos dos atos ao arquétipo do Yôgi perfeito que geramos uma identificação profunda
com a perfeição da qual Íshwara é portador. Assim rompemos a escravidão que é imposta
pelo valor agregado aos objetos e pessoas e nos tornamos tão livres quanto Íshwara. Logo
mesmo no sêshwara saṁkhya de Pátañjali o papel de Íshwara é muito técnico, pratico e
limitado a uma mudança de paradigma do individuo, este papel é bem diferente do que
alguns comentadores modernos colocam sobre Íshwara.
Vêdánta vedaNt(O fim dos Vêdas. Uma referencia as upanishadas) ou Uttara
mimansa (Interpretação sobre o fim dos vêdas - as Upanishadas)

O vêdánta é uma filosofia especulativa espiritualista5 místico e não raro quase religioso criado,
ou talvez compilado6 por Bádarayana que viveu provavelmente entre o séc.500 e 200 a.c., segundo
Surendranath Dasgupta por volta do séc.200 a.c.. Esta filosofia é baseada nas upanishadas que
são os comentários dos vedas. Estas upanishadas que serviram de base para o vêdánta são
chamadas de vêdanta upanishadas. Teve como principal divulgador Adi Shankarachárya que
viveu no século VIII d.C (788 – 820d.C) divulgou esta filosofia pela Índia de uma forma muito
interessante. Ele fundou mosteiros nos quatro cantos da Índia. Ao Norte temos em Jyotirmath o
Uttarāmnāya matha, ao sul em Shringeri temos o Dakshināmnāya matha, a leste em Puri
temos o Pūrvāmnāya matha e ao oeste em Dwarka temos o Paśchimāmnāya matha. Assim
ele podia viajar atravessando a índia por todos os lados e divulgando a filosofia do vêdanta de
uma forma tão poderosa que modificou o pensamento de toda a Índia e influenciou o Yôga
profundamente. É importante lembrar que atualmente o termo Shankaracharya é um titulo usado
pelos lideres dos mathas (mosteiros de vêdanta) e sempre que quisermos nos referir ao primeiro
chamamo-lo de Adi Shankaracharya.
Esta filosofia pretende descrever as mais altas metas da aspiração humana, e mostrar o caminho
através do qual qualquer individuo pudesse realiza-las.
Os principais textos desta escola são:
Badarayana:
 Os Brahma sútra também conhecido por vêdanta sútras. Composto por 560 sútras
divididos em quatro Livros e cada Livro é dividido em quatro partes chamadas de pádas.
Adi Shankaracharya
 Vivêka Chudamani (a jóia da sabedoria ou discernimento). É de longe a Principal
obra de Adi Shankarachárya assim como provavelmente a principal do século VIII d.C
ou até podemos dizer a principal do período medieval7 do Yôga. Ela consiste de 580
Versos sânscrito, mas ao contrário de outras Escrituras, não é dividido em capítulos e
secções. Tem a forma de diálogo entre o Mestre e o discípulo, onde o professor explica
ao discípulo a natureza do Átman e as formas de investigação para conhecê-lo. O livro
traz ao discípulo passo a passo instruções para chegar ao Brahman

5
Entenda espiritualista como a filosofia que atribui causas sobrenaturais a todos os fenômenos.

6
Digo compilado, pois a antiguidade destas filosofias não pode ser determinada assim como a certeza de
seus idealizadores. Isto se deve ao fato de antes de serem escritos a maior parte destes textos foram
transmitidos de forma oral através do Parampara (transmissão oral). Até mesmo a forma de verso que a
maior parte dos textos são escritos tem a função mnemônica de facilitar a memorização

7
Para entender melhor as divisões e períodos do Yôga , assim como a época em que ocorreram consulte
a obra as Origens do Yôga do Mestre DeRose ou O Livro Tratado de Yôga no capitulo Cronologia histórica
do Yôga também do mesmo autor
 Upadesasahasri,

 Comentário sobre o Brahma Sutra,

 Comentário sobre o Brihadaranyaka Upanishad,

 Comentário sobre o Taittiriya Upanishad,


 Comentário sobre o Vishnu Sahasranama,
 Um hino a Kṛṣhṇa (Bhaja Govindam), e
 Uma bênção invocatória a Shiva e Shakti, respectivamente Sivanandalahari e
Saundaryalahari
O Tantra (Teia, tecido, urdidura de instrumento de cordas, também é aquilo
que é regido por uma regra geral. Definido por shivánadana como o
conhecimento relativo ao tattwa e ao Mantra)
O tantra é uma filosofia comportamental matriarcal sensorial e desrepressora. Apesar de possuir
também uma forte tendência especulativa quanto às origens do universo estas especulações são
alicerçadas no comportamento matriarcal e desrepressor. As origens do tantra são antiqüíssimas
não sendo possível determinar uma data de inicio, no entanto é comumente associado ao povo
dravídico e pré-ariano que habitava o vale do rio indo a pelo menos 2000 A.C. O tantra quanto
especulação segue o mesmo raciocino do Saṁkhya dando - nos a impressão que o Saṁkhya e o
tantra são uma coisa só e enquanto o Saṁkhya fala pelo individuo (microcosmo) o tantra fala
pelo coletivo (Universo - Macrocosmo). Mais abaixo veremos a cosmogonia universal completa
unindo o Saṁkhya e o tantra.

Gênesis 1:26

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;”

Vishvasára Tantra

“Yad ihásti tadanyatra, yan nêhásti na tat kvachit”

O que está aqui está em todos os lugares, o que não está aqui não está em lugar algum.

Hermes Trimegisto

Como encima também embaixo

Uma vez tendo uma boa noção sobre as filosofias que se associam ao Yôga vejamos como
funciona a classificação dos corpos do Homem
A Classificação baseada nos Guṇas gu[
Iniciamos o nosso estudo sobre a classificação da manifestação do ser Humano no universo
inicialmente pela divisão tríplice do universo presente no Yôga clássico que inspirou a divisão
deste livro.

Esta divisão é muito cômoda para o Yôga principalmente para o Yôga de linhagem Saṁkhya .
Esta classificação é baseada nos três guṇas (fio, cordão ou qualidade. São os princípios ou cordões
de diferenciação do universo e no qual todo o universo se estrutura, guṇas literalmente quer dizer
trança, pois somente é possível tecer uma trança se você possui três fios, os guṇass são os três
fios ou cordões a partir do qual se desenrola a criação). O corpo de densidade mais sutil chama-
se Karaṇa sharíra(Corpo causal) relaciona-se com o guṇas Sattwa (pureza, realidade), sukshma
sharíra(corpo sutil) relaciona-se com o guṇas Rajas (Dinamismo e movimento) e Sthula
sharíra(Corpo grosseiro) com o guṇas tamas (inércia e obscuridade).
Vejamos melhor:

Karaṇa sharíra Kr[ zrIr : Sharíra de shara que significa ser destruído e Karaṇa de Kara que
é aquele que faz, ou seja, a diretriz a partir da qual os corpos são criados. Este nome leva a muita
confusão, pois passamos achar que este corpo na realidade é a essência do individuo. Mas na
realidade chama-se corpo causal, pois trás aderido a ele as tendências ou programações que geram
os demais corpos. Ele também é destruído como a própria nomenclatura afirma, no entanto
diferentemente dos outros corpos a sua destruição somente ocorre durante o fim do processo
evolutivo do ser humano.

Sukshma sharíra sUK:m zrIr: Sukshma que significa sutil ou intangível. Também é muito
usado o termo Liñga que significa sinal, signo ou insígnia. Este corpo designa a manifestação da
consciência situada entre a matéria em seu estado tridimensional e a causa que de tão sutil
titubeamos ao chama - lá de matéria. Este corpo é efeito ou produzido pelo corpo anterior. É
chamado de Linga, pois é nele que passamos a ter percepção das demais dimensões do universo
e vemos a nossa consciência como a essência que transcende todas as dimensões e, no entanto
pode se manifestar em cada uma delas.

Sthula sharíra SwUl zrIr: Sthula da raiz verbal sthul que significa tornar-se grande, ou melhor,
pesado, maciço ou grosseiro. É o corpo físico denso. Tridimensional formado a partir dos átomos
e das moléculas.

Façamos antes de continuar a classificação uma diferenciação entre o que conhecemos como
corpo causal desta nomenclatura e o que é realmente a causa primeira da manifestação.

O Inicio
Nos vêdas a criação do universo e do homem foi definida de uma maneira curta e grossa com
apenas duas palavras as aikshta (Ele viu). Talvez para não especular sobre o assunto da criação
do universo e do homem, que está acima da lógica e do pensamento. No entanto entre o absoluto
tomar de sua própria consciência e manifestar o ato criativo a ponto de poder ver algo que é
externo a ele mesmo há uma infinidade de acontecimentos. O que quero dizer é que; até O Homem
(Self, absoluto, onipresente, onipotente, onisapiente) poder dizer, eu vi ou ele viu, muita coisa
aconteceu. Estudamos este assunto para que estes arquétipos possam servir de luminárias e
mostrar o caminho para aquele que ousou enxergar-se novamente como completo.
Defino como Causa ou O Inicio aquele responsável pela ideação e pré-execução da criação como
um todo. Ao definir este arquétipo aqui nesta obra percebemos que a ele associamos símbolos
que sintetizam vivencias complexas. Estes símbolos ensinam mais como fatores indutores de
intuição e hiper-consciência do que pelo entendimento lógico e racional. Eles, os símbolos, são
arquétipos e pistas do caminho que somente fazem sentido a pessoa que vivencia aquele estágio
em especial. É de fundamental importância entender que mesmo sendo percebidos inicialmente
como símbolos eles são, na realidade, os alicerces sobre o qual se fundamenta todos os fenômenos
do universo.
É importante frisar que A Causa não é um corpo da maneira que nós compreendemos. Um corpo
é um veículo ou invólucro que alberga a consciência permitindo a sua manifestação em diversos
planos dimensionais. A Causa é a fonte da manifestação das dimensões e dos veículos (corpos)
e será neles que irá se manifestar nestas dimensões.
Uma vez criados a partir Da Causa os corpos mais grosseiros serão uma reprodução, menos
complexa, do corpo de uma dimensão acima. É como se o corpo grosseiro fosse uma abstração
do corpo acima de modo a simplificar a complexidade, adequando-o a um padrão mais grosseiro
de manifestação. A sua manifestação no universo obedece aos critérios de:
1. de abstração: Façamos uma associação com a tecnologia. O endereço de um site, por
exemplo www.uni-yoga.org é um a abstração do endereço ip (internet protocol)
(192.168.0.1 ou 201.6.245.1) que é uma abstração do endereço físico da placa de rede do
computador (00-11-5B-14-47-4A). Imagine se para acessar uma página da internet ou um
computador na rede você tivesse que digitar o endereço físico da placa de rede do
computador? Isto geraria uma grande confusão e problemas para os usuários de
computadores. Da mesma forma imagine-se tentar viver experiências de um plano
tridimensional estando em uma dimensão ou duas acima. Logo o corpo físico denso é
uma abstração do corpo de quarta dimensão e assim sucessivamente até A Causa onde o
conceito de dimensão e corpo deixa de existir.
2. de diminuição complexidade: pensemos em planos inferiores ao nosso. Um plano que
somente possua 2 dimensões (a profundidade e a largura). Uma vez vivendo no mundo
bidimensional somente conseguiríamos enxergar planos sempre sem a noção de altura.
Logo uma linha em nosso caminho seria uma barreira intransponível. Agora pensemos
como seria uma visão de um plano acima do nosso, o de 4D. Nós não só conseguiríamos
enxergar as três dimensões básicas (largura, profundidade e altura), mas também teríamos
uma nova, o tempo. Com um corpo que não é limitado pelo tempo, nós poderíamos
enxergar em todas as direções (para frente, para cima, para baixo para os lados e para
trás) assim como poderíamos enxergar a superfície de um objeto assim como o seu
interior. Também poderíamos enxergar o passado dele e um futuro provável.
3. de projeção e continuidade da consciência: Pegue um objeto de terceira dimensão e
projete sobre ele uma luz. O objeto que conseguimos (a sombra) é de segunda dimensão.
Da mesma forma o nosso corpo tridimensional é uma projeção da luz da consciência
sobre os corpos acima do nosso. Esta Luz (energia) e consciência a priori não é um
veículo. Esta luz é A Causa, que criam as dimensões e os demais corpos e a mesma
consciência - energia se mantém presente nestes corpos mais grosseiros.
4. de semelhança: No corpo físico denso nós temos a presença de plexos nervoso que são
semelhantes a outra estrutura que aparece no corpo físico energético (os chakras). Estes
mesmos chakras são reproduzidos no corpo de quarta dimensão e no de quinta dimensão
como os chakras do corpo emocional (astral) e mental. Eles não são iguais, pois a
complexidade aumenta a cada dimensão, mas semelhantes.
Podemos resumir o texto acima em algumas diretrizes básicas para o entendimento da
diferença entre o Corpo Causal da classificação baseada nos Guṇass e a Causa do Universo.
1) A Causa não é um veículo que alberga a consciência, mas a própria consciência o
corpo causal é um veiculo que traz a programação (Samskáras s<Skar) para a
manifestação e este deriva daquele.
2) A Causa é indivisível, referir-lhe como partes é apenas uma questão de didática. O
corpo causal é uma parte da Causa.8
3) É Dela que provém à ideação, a energia e a consciência para a manifestação do
universo. É Dela que provem o tempo, o espaço, as leis da natureza e as dimensões
do Universo.
4) Uma vez o universo em manifestação, este (o corpo causal) passa a ser uma parte
Dela (A Causa).
5) A lógica e o raciocínio são ferramentas imprecisas para tentar compreende-la, o que
nos leva a criar mitos e símbolos para retratar os estágios de sua manifestação.
6) Ao criar as dimensões e os corpos notam-se os seguintes critérios: de abstração,
diminuição da complexidade, projeção, continuidade e redução da consciência, e por
ultimo semelhança.

8
Brhadáranyaka upanishad: “Purnamada purnamida purnat purnaudachyate. Purnasya purnadaya purna
evavashyshyate”. Do todo pleno e completo e tiro o todo pleno e completo e resta o todo pleno e
completo.
Uma vez que deixamos muito claro o que entendemos como A Causa do Universo e a sua
diferença do corpo causal vamos ilustrar o que eu disse.
Na Tabela 1 temos a comparação entre o corpo físico denso e o energético. Notem a semelhança
de localização do plexo nervoso com o chakra no energético.

Quadro comparativo entre os chakras e os plexos.


Tabela 1

Corpo físico denso Corpo físico energético


Telencéfao(Cortex cerebral) Sahasrara
Diencéfalo (Cérebro sem o córtex) Ajña
Plexo laríngeo Vishuddha
Plexo cardíaco Anáhata
Plexo celíaco Manipura
Plexo sacro Swadhisthana
Plexo coxigeo Muládhara
Da mesma forma procure perceber neste diagrama o como se relacionam os chakras do corpo
energético emocional e mental
A classificação segundo o Vêdánta vedaNt
A descrição dos corpos do Homem segundo o vêdanta aparece inicialmente na taittirya
Upanishad. Inicialmente não era dividida em seis corpos mais a essência chamada Átman.
Originalmente o corpo emocional (Kama Máyá Kôsha) não foi citado. O primeiro raciocínio que
vem a nossa mente é que originalmente ele não existia e que o acréscimo deste corpo foi uma
incorporação tardia. No entanto o conceito do Kama Máyá Kôsha já estava presente nas
entrelinhas no Mano Máyá Kôsha do Taittirya. Estes dois corpos são tão unidos que são
normalmente chamados de kama-manas. Logo, temos na Tabela 2:

Tabela 2

Corpo Definição Dimensão


Átman Mônada Além das dimensões
Ananda Máyá Kôsha Corpo Intuicional 7D
Vijñana Máyá Kôsha Corpo mental 6D
abstrato
Mano Máyá Kôsha Corpo mental 5D
concreto
Corpo emocional 4D
Kama Máyá Kôsha
Prán ̣a Máyá Kôsha Corpo fisico 3D
Anna Máyá Kôsha

No vêdanta cada corpo é associado a uma dimensão e eles estão encasulados tal qual as lamelas
que compõem uma cebola. O foco é dado não na funcionalidade, mas a manifestação da
consciencia no universo.

Os nomes Saṁskritos s—Sk&t são descritivos do corpo.

Assim temos:

Kôsha kaˆz : que significa ânfora, jarro ou mala. É o envoltório da consciência. Este termo é
muito interessante, pois dá-nos a impressão de que cada um dos corpos são jarros que tem como
conteúdo os demais corpos e a consciência, semelhante ao que ocorre com as matrioskas. No
entanto também é equivocado, pois os corpos de dimensões mais sutis são maiores do que o corpo
mais denso até mesmo transpassando-o.

Máyá maya: Literalmente significa injuria, dor ou como em Máyás é traduzido literalmente como
deleite, gozo e prazer. No vêdanta tomou a conotação de Ilusão e no caso do corpo de ilusório e
perecível.
Anna máyá kôsha AÚ maya kaˆz: Anna é comida, logo para o primeiro corpo temos; corpo
ilusório feito de comida ou criado e mantido por comida, ou também conhecido como corpo físico
denso. Como uma definição tão simples pode dizer tanto sobre nosso corpo físico? Ainda mais
em uma época em que não existia bioquímica nem fisiologia, pois todo este corpo foi criado a
partir das moléculas presentes em nosso alimento e da mesma forma induz a perceber que o bom
funcionamento, criação e manutenção deste corpo dependerão da matéria prima com a qual
trabalhamos. Daí pode-se concluir que alimentar-se de morte e sofrimento de outros seres leva ao
mau funcionamento do corpo físico. Também conseguimos inferir que os exercícios físicos não
são suficientes para a manutenção da vitalidade e da forma física.

Prán ̣a máyá Kôsha àa[ maya kaˆz: Práná é a Bio-energia. É neste segundo momento que temos
o corpo ilusório formado, ou construído por energia. Como veremos a seguir esta energia tem
origem solar e a qualidade da energia assimilada por este corpo determina a força biológica do
individuo e, portanto, a sua vitalidade juventude e saúde. Este corpo é inseparável do anterior pois
se retirarmos este corpo do anterior ele morrerá e este corpo se dissipará no universo. É por isto
que ele é também chamado de corpo físico energético.

Káma máyá kôsha kam maya kaˆz. Káma literalmente que dizer desejo, normalmente de cunho
sexual, mas neste contexto caracteriza-se pelo conjunto das emoções de um indivíduo. Assim
como os corpos anteriores o corpo emocional é alimentado e construído a partir dos sentimentos,
desejos e emoções do indivíduo. Logo assim como para os corpos anteriores os alimentos que
ofertamos são responsáveis pela saúde, vitalidade, bom funcionamento deste corpo os nossos
sentimentos e os sentimentos dos grupos aos quais nos vinculamos são responsáveis pela saúde,
vitalidade e beleza de nossas emoções. Para o nosso cérebro e para o nosso corpo emocional não
há diferença se estas emoções foram produzidas por causas verdadeiras ou não. O
condicionamento do sentimento fica armazenado no inconsciente. Provavelmente é por isto que
os Mestres de Yôga preocupam-se tanto com a qualidade do que os seus pupilos assistem, ouvem,
ou até com o grupo social que eles freqüentam. Para este corpo sentir ódio, ciúmes, inveja,
infelicidade ou estar em ambientes onde estas emoções viscosas são cultivadas é o mesmo que
administrar estricnina para o corpo físico denso. Estes sentimentos geram verdadeiras favelas em
nosso inconsciente dificultando muito o progresso na filosofia do Yôga e a descoberta de nossa
plena felicidade.

Mano máyá kôsha mnae maya kaˆz. Este é o corpo mental, ou melhor dizendo o corpo ilusório
criado ou alimentado por pensamentos9. Logo os nossos pensamentos são a primeira causa de
quem é a nossa personalidade. Eles constroem este corpo, o corpo mental, e assim como no corpo
emocional a qualidade daquilo que pensamos, do que vemos ou das pessoas com quem andamos
está constantemente estruturando o corpo mental. O corpo emocional e o mental estão
constantemente influenciando-se. Os pensamentos geram emoções e as emoções nos induzem a
termos certos tipos de pensamentos. É por isto que estes dois corpos são unidos em um só
chamado de Kama-Manas e no taittrya Upanishada eles não são separados.

9
Os Pensamentos são como as pedras: Constroem, soterram e matam.

DeRose
Vijñána máyá kôsha iv}an maya kaˆz.O corpo ilusório feito de conhecimento profundo. Do
termo Sânscrito Vi que pode ser usado tanto como oposição quanto indicativo de aumento de
intensidade e Jñána que significa conhecimento verdadeiro ou do Si mesmo. Logo temos a
tradução conhecimento profundo, ou discernimento. Devido ao fato de o termo vi também ser
usado como oposição a palavra vijñana também é usado no sentido de conhecimento mundano
ou profano, ciência ou doutrina. Eu prefiro a interpretação associada com o termo vi como
aumento de intensidade. É neste corpo também que transcendemos a personalidade e penetramos
no conhecimento radiante da Individualidade e do si mesmo. É neste panorama mais leve e
otimista com relação a este corpo que eu prefiro traduzir o nome deste corpo como corpo Ilusório
feito de conhecimento profundo.

Ánanda máyá kôsha AanNd maya kaˆz Corpo ilusório feito ou alimentado por bem aventuraça.
O sânscrito por ser uma lingua elaborada descreve perfeitamente as caracteristicas deste corpo. É
o momento no qual o práticante vivencia uma felicidade inefável. É neste corpo que se vivencia
o conhecimento intuitivo chamado de prajñá à}a e que leva a mutios práticantes a confundir o
estado de consciecia provindo da meditação com o próprio samádhi (hiperconsciencia).

Átman AaTmn! O si mesmo, o Self, a essência, o Eu. Esta entidade não é um corpo e o seu nome
ja deixa muito claro isto. Para todos os demais corpos do vêdanta a nomenclatura possuia os
termos Máyá e Kôsha (corpo ilusório), mas para o Átman temos somente o seu nome.
Literalmente Átman quer dizer espírito, esta palavra deu origem ao termo anima no latin e
finalmetne alma em portugues, o que reafirma a tendencia espiritualista desta escola filosofica
uma vez que reforça a dicotomia entre matéria e espírito.
Classificação Segundo o Saṁkhya s<Oy e o tantra tÙ
Aqui nesta classificação o foco não é dado na manifestação do corpo em uma dimensão, mas na
funcionalidade, ou seja, o que este corpo realiza naquela dimensão. Por ser esta proposta algo
mais elaborado que a das escolas anteriores e assim facilitar a compreensão do iniciante, preferi
explicar esta proposta na forma de tabela.
Nesta primerira tabela temos uma visão geral desta classificação e de como o tantra e o sámkhya
se relacionam. Temos então que os termos que se localizam a partir do Puruṣha se referem ao
Sámkhya e os que estão acima são exclusivos do tantra. Segundo shivánanda em seu livro nada
Yôga, kriya Yôga e Tantra Yôga aonde termina o tantra começa o sámkhya. No entanto ambas as
filosofias tornam se incoscistentes quando não estão reunidas. Nos textos tantricos não exite a
classificação sem a presença do Saṁkhya justamente devido a lacuna que se formaria na ausência
da filosofica Saṁkhya. O Saṁkhya por outro lado postula que tanto O Puruṣha como a prakṛti
são inifinitos, reais e eternos, e que o Puruṣha é consciencia pura sem atributos e incapaz de
realizar ou fazer algo e no entato a prakṛti é totamente inconciente, mas capaz de produzir tudo
ou fazer tudo. Esta dicotomia ou paradoxo que ao meu ver é uma uma inconcistencia é resolvida
pela união com o tantra. Desta união desaparece este dois princípios são novamente reunidos ao
confluirem em uma entidade comum, são reunidos novamente em uma unidade.
Vejamos a Tabela 3 e após a sua explicação.
Tabela 3

Shabda (Fases da Criação dos Sons palavras e


Artha (Fases de criação das dimensões) Pratyaya (Fases da criação da percepção do Universo)
mantras)

Kalá(Divisão ou
Kala - Siginificado Tattwa(Atributo) Tattwa(significado) Shakti(Energia) Shakti - significado
fase)

Niskalá (sem partes) Shiva


Coalescencia de Shiva
Devido ao abraço amoroso a
ParaSamvit e Shakti na indivisível Parama Shiva Pará Vák O supremo verbo
energia (Shakti) torna-se o
Unidade
coração de Shiva

Shiva e shakti como SaKalá (com partes) De olhos fechados


Shantatita consciênca Shiva.”Param” Acima dele não há
Shiva Unmana
Alem da paz trancedental não Shiva em seu aspecto nada. É imutável
manifestada Criativo e imanente iluminação

De olhos abertos Ela


mostra a si própria
como a criadora do
universo iniciando no
Samana
vazio e terminando em
seus fundamentos.
Aqui idealiza o novo
universo
A Energia como um aspecto
de shiva nega a sua própria Out- spreading(Em
consciência para poder gerar expansão).Ela
Shakti o Eu e o Isto. Também utilizando-se de seu
chamada de Pará poder de velamento
Vyapnini
incorpora em si
mesma toda a ideação
que é a sua própria
criação.

Nesta fase a shakti é


essencialmente
Shanta Anjani ou shakti criativa com relação a
Shiva e shakti em
sua própria ideação do
Paz manifestação.
universo

Criação do Shabda
Brahman. O primeiro
“Eternamente Prospero”.
som fundamental.
O primeiro estágio na Semelhante a vibração
formação do universo e o Nadanta ou MahaNada de um sonoro sino. É
ultimo a se extinguir. É a identificado no palno
razão para o fenômeno da grosseiro a
SadaShiva universal manifestação. É Vocalização do
neste estágio onde a relação mantra Ôm
entre sujeito ( Aham) e o
Quando a totalidade
objeto (Idam) gera o
Nada do universo é
predomínio do primeiro.10
preenchido com o som

Nirodhini (Cessação ou Quando Nada se


extinção) extingue no universo.

“Senhor” O mesmo Íshwara Quando nada age


Ardha chandra (Meia
Íshwara dos Yôga sútra. É nesta fase fracamente a formação
lua)
onde a consciência se da pronuncia.

10
É este estágio que é reconhecido pelos vishnuítas como MahaVishinu e pelos budistas como
Avalokiteshwara (O buda da compaixão) que desce ao nosso plano como o Dalai Lama. É também deste
estágio que provém a seqüência de avataras de Vishnu
reconhece como parte dos A Shakti é inseparável
objetos. Logo a ênfase é dada luminosidade, pois é
para isto (objetos) sou Eu. quando o som atinge
Bindu
todo o seu potencial
sobre o que pode ser
por ele pronunciável.

“Puro Conhecimeto”. ´É o
tattwa no qual o sujeito
(aham) e o objeto (Idam)
Sadavidya
coincidem na condição de
completo reconhecimento
sem envase em nenhum deles.

A manifestação de Máyá e os kañchukas Poder de velamento


Vidya Máyá e o
Causa a diversidade
aparecimento da Ma-kara
Conhecimento Puruṣha Consciência individual para a criação
dualidade e dos
Puruṣha

Cria os objetos como


Prakṛti Natureza(matéria) U-kara existência isolada

Formação das
Pratishta dimensões, leis,
Buddhi Intelecto
A Base da existência princípios e das
fenomenal realidades físicas e Ahaṅkára Ego
psíquicas.
Manas Mente

Akasha Éther Revela-se


completamente a
Vayu Ar A-kara objetividade
completando a criação
Agni Fogo
dos tattwas.
Apas Água

Nivritti É o limite da criação a


partir da qual ela Prithivi Terra
Voltando para trás retorna a sua origem
A Classificação Mostrada na tabela acima possui 36 tattvas (Atributos). Sendo que alguns foram
simplesmente omitidos, mas serão mostrados na figura abaixo. Na tabela estes princípios
aparecem como tres colunas. A primeira mostra as dimensões e estados de consiciencia
diferenciados, a segunda nos conta a história da evolução da percepção desta consciência desde o
absoluto até a personalidade limitada, e na terceira o desenvolvimento do verbo ou palavra.
Podemos dizer melhor, como vibração que evolui criando as miríades de sons que são usadas na
confecção das palavras e que são condensadas e 52 fonemas que compõem o dêvanágarí (escrita
usada para o sânscrito).
Enxerque esta classificação como um cubo em cujas faces estão escritos os diversos aspectos
desta filosofia e que ocorrem de forma paralela e de ponto em ponto. Por exemplo:

D C
A

E
Face A: Artha: Momento da criação das dimensões e os estados de consciência vivenciados no
processo de progressão da prática.
Face B: Pratyáyá: A evolução da consciência durante a criação do universo e a sua percepção
do mundo criado. É aqui que aparecem termos como Purṣha (self), prakṛti, manas( mente) e
também os elementos matérias e órgãos de cognição( visão, paladar, etc) e de conação(locomoção
– pé, preensão – mãos, etc)
Face C: Shabda: Avibração universal que é compreendida por nós como som e reproduzidas por
fonemas. É o mantra shastra, ou também chamado de mantra vidya. É neste momento que
compreendemos a escrita dêvanágarí e como e porque o mantra deve ser executado de uma
determinada forma. Também da associação das faces do cubo, como a B e a C, entendemos o
porque certos mantras estão associados aos elementos da natureza, ao casal Puruṣha e prakṛti.
Face D: Yantra: Os símbolos estão reacionados a consciência e aos sons. Ao fazer a correlação
entre os sibolos e os mantras ou a pratyaya entendemos porque não há símbolo que represente
parmashiva assim como o ponto representa shiva e o casal shiva e shakti, assim como o triangulo
representa o Ôm e Íshwara e o porque de Íshwara ser conectado ao mantra Ôm no Yôga sútra
Face E: Chakras: Passamos a comrpender os chakras e seu simbolismo, assim como porque cada
um está associado a um elemento. Consequimos perceber porque os sons das pétalas dos chakras
estão associadas a escrita e como a execução combinada dos mantras afetam os chakras.
Cada uma destas faces daria um livro a parte, assim como cada item da tabela acima um capitulo!
Isto extrapolaria em muito o escolo desta obra que é voltado ao estudo do prán ̣áyáma . Logo nos
limitaremos ao entendimento da colona central (Pratyaya).
Figura 1
Entendendo a cosmogonia

Como dito nas upaniṣhadas. “No principio havia apenas o grande ser (Brahman) refletido na forma de uma pessoa. Refletindo-se
não encontrou nada, senão a si mesmo e sua primeira palavra foi: Isto sou eu! ”.

Paramashiva - prmizv

No inicio não existia nada, nem a matéria, nem o espaço ou o tempo e muito menos as leis da
física. Este momento não pode nem ser chamado de vazio e somente os símbolos e as metáforas
podem nos dar uma idéia deste momento. O primeiro tattwa chama-se paramashiva e de todos os
tattwas o tantra não o nomeia. Descreve-o como paramashiva, ou seja, aquele que está além de
Shiva que é o primeiro tattwa. Se fossemos usar um número para descreve-lo paramashiva é o
numero 0! Inexistencia, todavia total potencialidade. Cabe o universo inteiro no numero 0, desde
que em dualidade +1 e -1, +2 e -2, +1.000.000 e -1.000.000, etc. Por um motivo que a
compreensão humana não possui a capacidade de atingir dele emana o numero 1 que é shiva.

Máyá - maya

Máyá significa ilusão, mas também sabedoria. Neste contexto o melhor significado é poder de
ocultamento ou velação. Normalmente na cosmogonia ela aparece na parte central, bem no centro
do diagrama, como mostado na Figura 1. Todo este quadro é uma poesia, uma verdadeira metáfora
em forma de mapa! Máyá está na região central não por se o momento de aparecimento deste
poder, mas para inferir que esta shakti esta no centro do processo de criação agindo em todos os
tattwas. Desde Shiva até pṛithiví. Se existe manifestação existe máyá. Elá se divide em 5 forças
chamadas de kañchuka - kÂuk(envelope) e estes envelopam a consciência em véus limitando o
seu poder e a sua expressão conforme a Tabela 4. Os envelopes são respectivamente:

Kála - kal : Significa tempo ou período de tempo e limitao absoluto criando a limitação
temporal. É um peródo de tempo baseado nas fases lunares. A lua ao passar ao passar da lua cheia
à lua nova possui 16 fases, uma parte destas dezesseis é 1 kála. Logo 1/16 avos de tempo ou de
qualquer coisa.

Niyati - inyit : Traduzido como restrição, pois produz a restrição espacial gerando um individo
limitado a um ente preso a um determinado local e corpo

Rága - rag : Paixão, amor ou desejo. Esta palavra também é usada para condimento e reduz como
kañchuka limita o sentimento de integridade e completude do absoluto, gerando um individuo
aonde algo falta uma parte e por ser incompleto deseja restabecer a ordem de tudo buscando nos
objetos, prazeres ou indivíduos algo que preencha o vazio.

Vidyá - iv*a: Conhecimento, filosofia, ciência ou encantamento. Este kañchuka age limitando a
sabedoria encantando o absoluto e fazendo que ele que outrora era onisciente torne-se ignorante
de sua própria identidade. A partir deste momento ele passa a se perceber como uma consciência
limitada.
Kalá - kla : Kalá significa uma pequena parte de alguma coisa. Provindo da base indo-europeia
gele ( bater, cortar ou romper). É o poder que limita a onipotências gerando um limitado poder.
Outrora poderia criar ou realizar tudo! Agora é capaz de fazer pequenas coisas.

Tabela 4 – A ação dos kañchukas no processo de envelopar a consciência evoluindo os tattwas

Tattwa Shakti Experiencia Kañchuka Experiencia


Universal Limitada
Shiva Cit (Seidade) Nityatva Kála Imperpétuo
Perpétuo Tempo Limitação
temporal
Shakti Ánanda (Bem Vyápakatva Niyati Limitação de
Aventurança) Onipresença Restringir espaço
Sadáshiva Iccha (Desejo) Púrnatva Rága Incompleto
Pleno e Paixão Desejo
completo
Íshwara Jñana Sarvajñátva Vidyá Ignorancia,
(Conhecimento) Onisapiencia Conhecimento conhecimento
limitado
Sadvidyá Kriyá Sarvakartrtva Kalá Fraqueza, Poder
(Acão) Onipotencia Pequena parte limitado

Shiva - izv e Shakti - zi-

Entre as escolas de tendência shaiva e as de tendência shakta há sempre uma disputa sobre de
quem é supremancia. Se é dela (Shakti) ou dele (Shiva). Interrogam-se quem veio primeiro, ou
quem é mais poderoso. Se Ele ou Ela! Mas de fato, um não existe sem o outro e ambos nasceram
juntos e são inseparáveis. Tal qual a casca e o núcleo do sezamo. Ele é consciência e ela é o poder
e a matéria. Chamamo-lo de numero 1 e ela de numero 2. Não por ordem de progressão, mas
simplesmente para demonstrar que em seu abraço amoroso apesar de parecerem um, eles são dois.
É neste abraço apertado, fundido como um único espirito, como diríamos de olhos nos olhos, e
repleto de desejo que provém todo o universo. Assim, através do amor nesta dança e cantos
mágicos (máyá- poder de ilusão) ocultam a sua verdadeira face e sopram a energia e consciência
em toda criação.

Eles não são uma emanação, mas uma manifestação, portanto são eternos e não desaparecem a
cada dissolução do universo.
Sadáshiva - sdaizv ou Sadakhya - sdOy

Sadáshiva significa eternamente benevolente, prospero, ou eternamente shiva, também podendo


ser chamado de sadakhya que é o estado onde aparece a primeira nossão de sendo um ser com
parte. Portanto, ele é o primeiro estágio realmente florescido ou emanado, pois é o primeiro a ser
criado e o último a desaparecer na dissolução do universo. É neste momento em que surgem as
primeiras idéias subjetivas. Neste estagio a parte objetiva, ou o isto, é visto de uma forma rarefeita,
desfocada e nebulosa, pois há uma forte ênfase no lado Eu neste estágio. De acordo com a
tradição, é deste estagio que aparecem os avatáras11, sendo por isto chamado pelas linhagens
viṣhṇuítas de Mahaviṣhṇu

Íshwara - $ñr

Literalmente quer dizer capaz de fazer ou realizar também Senhor. Agora a consciência não é
mais rarefeita, mas “tem o bordo do barco” voltado para o isto. Logo a ênfase é dada ao isto e não
ao Eu A frase que interpreta melhor a percepção deste estado é Isto sou Eu. É o momento que a
consciência (Aham) reconhece o isto (idam) ressem criado e se vincula a ele como se fosse uma
tomada de consciência do universo como um ser dormente que é despertado por um ruído. Este
Íshwara é o mesmo do Yôga sutrá, confissão de Pátañjali da origem tântrica do Yôga antigo12,
assim com o mesmo das upanishadas. Graficamente é representando pelo ponto. Pronto para
explodir e de sua eclosão dar a vida ao universo. Para o Mantra ele é a vibração que antecede o
nascimento do verbo (ÔM). É, portanto, A consciência que observa e do qual surge o big bang
nos milésimos de segundo prévia á eclosão do universo

Sadavidyá - sdiv*a

Literalmente conhecimento verdadeiro. Sad – verdadeiro e vidyá conhecimento. Neste ponto da


evolução do universo que ocorre a completa unidade da relação dual. Aqui há o completo
reconhecimento do eu e do isto sem a ênfase dada ao um ou outro. Processa-se então o poder de
ação chamado de Kriyá shakti e o universo eclode. Graficamente é o aparecimento do tribindu ou
do triangulo. É neste momento que aparece a trindade como Brahma, Vishnu e Shiva e junto com
eles os guṇas nascem em equilibiro. Vendo com os olhos do mantra o verbo aparece no universo
como o ÔM e dele todas as letras do alfabeto dêvanágarí. Nos outros tattwas não exsitia um
movimento real para a criação, mas o processo ocorria internamente como uma maturação, agora
há o movimento da unicidade em direção a pluralidade.

11
Avtar – Avatára - literalmente o descenço.

12
Yôga sutra aforimos I-23 a I 29
A grande diferença entre a relação dual entre o Eu e o isto no estado de Sadavidyá e o que ocorre
no plano abaixo entre puruṣha e prakṛti é que no primeiro a consciência obseva a si mesma e não
há nada no universo que não faça parte dela. Da mesma forma que quando ao observarmos os
nossos membros temos uma consciência de unidade, por exemplo as nossas mãos fazem parte de
nós! Quando o ultimo kañchuka atua sobre sadavidya há a clivagem plena entre o Eu e o Isto.
Neste momento aparecem os vários puruṣhas. A partir do momento em que O Eu e o Isto passam
a ter identidades diferentes, o contato da consciência com a natureza ou matéria criam os vários
puruṣhas individuais, e que apesar de serem múltiplos, trazem dentro de si a mesma similaridade.
Logo a consciência está imersa em toda a matéria desde a partícula subatômica até os planetas,
estrelas ou o universo, todavia esta consciência se manifesta conforme a complexidade do
agregado material que a envolve.

Aqui termina o tantra e começa o Saṁkhya


Puruṣha - pué; Prakṛti - àk«it

(O si mesmo - O Homem) (A matéria – A natureza)

Buddhi – buiÏ
(O Intelecto)

Ahaṅkára - Ah»ar
(A Individualidade – “ Ego”)

Manas – mn!
(A atenção ou mente)

kmeRiNÔy }aneiNÔy tNmaÇ -Ut


karmêndriyas Jñánêndriya Tanmátra Bhúta
Órgãos de conação Órgãos de congnição Essencia sutil Elemento material
vak! ïaeÇ zBd Aakaz
Vák Shrôtra Shabda Ákásha
Fala/Boca Orelha Som/audição Éter
%pSw Tvc! SpzR vayu
Upastha Twach Sparsha Váyu
Procriar/Genitais Pele Tato Ar
c]u êp Ai¶
Páyu
Excretar/Ânus Chakṣhu Rúpa Agni
Olho Forma/visão Fogo

pi[ rsn rs Aaps!


Paṇi Rasana Rasa Ápas
Preender/mão Lingua Paladar/sabor Água
pad ºa[ gNx p&iwvI
Páda Ghráṇa Gandha Pṛthiví
Locomoção/pé Nariz Olfação/Odor Terra

Figura 2 - Cosmogonia do Samkhya


Puruṣha – pué;

Simplesmente O Homem! É este o nome do primeiro principio do saṁkhya. É a consciência pura,


sem atributos, inativa, imperecível e inabalável. A verdadeira consciência testemunha do universo
que apesar de tudo observar não é afetado pela dualidade.
Pátañjali refere-se a ele como “a mais eleveada consciência do Homem” (I-16)
Esta consciência plenamente livre e que não é em nunhum momento afetado pelas ocorrências da
natureza cria o pano de fundo consciente do universo. Logo, a diferença entre nós e os objetos
não é a ausência de consciência, mas o como ela pode se expressar. Assim sendo, se exitisse uma
maquina com a mesma complexidade que cada um de nós, ela seria capaz de expressar este
principio consciente com a mesma luminosidade que qualquer ser humano.
É aí que aparece em toda a sua luz o entendimento do paradoxo da multiplicidade do Purusha ̣ que
mesmo sendo único aparece como múltiplo quando abraçado a natureza. O univererso é uma teia
trançado pela consciência e pela natureza, este tecido é tingido com muitas cores e cada cor uma
forma de manifestação.
Outra belíssima analogia é a das pequenas garrafas cheias de agua do mar e mergulhadas no mar.
Apesar de estarem aparentemente separadas em excencia são idênticas as aguas de dentro das
outras agarrafas e externo a elas.

Prakr ̣ti – àk«it

Conhecida como a Natureza. Esta palavra é composta pela união do prefixo pra, antes ou
primeiro, e a raiz kṛ, fazer ou produzir. Aqui o termo indica que ela é aquilo que exite antes de
qualquer coisa ser produzida, a origem primeira dde todas as coisas, a substancia original de tudo
o que existe de onde tudo provem e para onde tudo retorna. Por isto a Naturez também é chamada
de pradhána “material primal” e avyakta “ matéria não manivestada”.
Logo a melhor definição para ela é substância cósmica ou Natureza primal.
A prakṛti possui três poderes através da qual o universo evolui chamados de guṇa. Eles são em
numero de três e normalmente estão em equilíbrio, mas quando o Puruṣha e a Prakṛti se unem
estes poderes entre em desequilíbrio e o universo evolui e diferencia.

Guṇa gu[ significa corda, cordão e também qualidade. É o fio ou cordão condutor a partir do qual
o universo evolui e se diferencia. São três guṇas e os três estão presentes em todos os objetos e
seres, mas sempre predominando um. Dependendo da intensidade da presença dos três guṇas
temos a multiplicidade de seres, objetos e estados de manifestação da consciência no universo
Tabela 5 - Os Gunas

Sattwa - sÅv Rajas – rjs! Tamas – tms!

Tradução Aquilo que é real ou Colorido por, paixão emoção, Escuridão, ignorância,
existente movimento melancolia
Definição O poder da natureza que Poder da natureza que motiva Poder da natureza que
ilumina obscurece
Cor Dourado/Branco Vermelho Azul/Negro
Efeito físico Estabilidade e precisão Agitação Rigidez e Dureza
Predominio nos tecidos Tecido nervoso Tecido muscular Tecido ósseo
Tipos de alimentos Frutas e sementes Condimentos Carnes
Efeitos psquicos Clareza e lucidez Paixão, raiva, desejo e Ódio, preguiça, letargia
egocentrismo e nescidade
Influência dos gun ̣as nos Aakaz vayu Ai¶ Aaps! p&iwvI
13

bhutas
Ákásha Váyu Agni Ápas Pr ̣thiví
Éter Ar Fogo Água Terra

Buddhi - buiÏ

O primeiro filho do casal purus ̣ha e prakr ̣ti é chamado buddhi. Este termo pode ser traduzido
como intelecto, razão, discernimento e talento. O nome buddhi é comumente usado como
inteligência quanto a capacidade de lógica, associação de idéias e discernimento, mas estes são
apenas expressões no plano humano do que vem a ser este tattwa, como se fosse uma imagem
distorcida em um espelho. Por isto buddhi é mais corretamente chamado de Mahat mht! (O
Grande, largo ou imenso) que é o poder supra-intelectual ou intuicional das experiências. Tal qual
o mundo das idéias de platão ou uma inteligência cósmica que prenche todo o universo aonde
todas as possibilidades ou ideações do que é ou será este universo já está criado. Todas as teorias
até mesmo as alterações evolutivas ocorridas no passado, presente ou futuro já estão plenas neste
momento.

Assim todas as descobertas inferidas a inteligência humana nada mais são que a descoberta do
tecido que impedia à nossa inteligência limitada a acessar este poder supraindividual gerando o
fenômeno chamado de Dhi (Intuição ou meditação).

Como não exite uma palavra melhor para descrever este fenômeno utilizamos a palavra intuição
que é um flash de conhecimento obtido em milésimos de segundos e no qual entendemos e

13
Os bhútas são formados pela atuação dos guṇ as sendo que em Ákásha predomina somente Sattwa, em
agni o rajas e em pṛthivi tamas. Já em apas temos a influencia de tamas e rajas, assim como em váyu a de
sattwa e rajas. Quanto maior o predomínio de tamas mais rígido e solido, na mesma medida quanto maior
a presena as sattwa mais etéreo.
passamos a saber algo que não era um patrimônio nosso. Obtemos por “via direta” sem o uso da
lógica, observação, dedução leitura ou contato com reconhecida autoridade.

No entanto o que vem a ser este conhecimento intuitivo?

Ele pode vir pelas seguintes vias:

 Pelo fenômeno de Dhi.

É o processo no qual através da atenção retida podemos trancender os limites da consciência


limitada e atuar por este poder supra intelectual. Este processo nos assemelha a uma fusão, uma
vez que a consciência ao pousar em um objeto sem se dispersar por tempo suficiente se expande
e o objeto observado o ato da observação assim como o observador se fundem um uma coisa só.
Esta coisa só, é Buddhi. Neste estado superamos o tempo e espaço assim como temos uma
sensação de bem-aventurança associado ao conhecimento sobre o objeto em questão. A este
fenomeno o leigo chama de meditação.

 Pela absorção dos pensamentos de pessoas de frequências compatives.

Isso pode se dar de duas formas

1) Ao longo de nossas vidas estabelecemos conecções profundas com outras pessoas


chegando ao pono de podermos sentir o que elass sentem e perceber o pensam.
2) Vivemos imerso em um oceano de matéria, energia, sentimentos e pensamentos. Assim
da mesma forma que uma pressão exercida em um liquido se transfere para todo o liquido
os pensamentos e emoções influenciam todo o universo ao redor

 Pela conecção com um grande banco de dados presente no éter e chamado de inconsciente
coletivo ou Registro akáshiko

Tudo o que foi pensado, criado ou realizado no universo por todos os seres fica armazenado neste
grande banco de dados. O melhor exemplo é o google. Se você precisa fazer você precisa de algo
então faça a pergunta correta comm as chaves adequadas e ele vai te trazer um monte de
informações algumas fezes precisas outras truncadas e algumas ainda alucinadas. A pergunta ou
shave correta é fundamental para o resultado, mas se a coisa nunca foi criada ou postada não
existira no banco de dados.

Por ser o filho mais sutil da natureza14 buddhi recebe um código de barras aonde é escrito as
tendências inatas e hereditárias. Os condicionamentos mais profundos e tendências são chamadas
samskaras e o código de barras karmáshaya kmRazy, o receptáculo do karma

Portanto, o Puruṣha ao agir envolvido pela natureza (buddhi), está põem no agrilhoado peas
algemas do karma escrevendo no agregado mais sutil da matéria chamada buddhi. E de fato, não
poderia ser em outro local da psique! Os nossos impulsos mais profundos e quem mantem a nossa

14
Se este código fosse colocado em qualquer outro local abaixo as nossas tendências e condicionamentos
mais profundos poderiam ser perdidos com o simples desaparecimento da personalidade, logo é
necessária uma estrutura supra individual para guardar estas memórias profundas.
exisntencia fenomênica não pode ser escrito em areia mole, mas na rocha uma fez que todos os
tattwas abaixo de buddhi são extremamente voláteis e sofrem profudas modificações.

Ahaṅkára - Ah»ar

Aquele que faz o ser! Também podendo ser traduzido como individuação, egotismo, orgulho ou
autoconceito e ego.
Sem a presença deste mecanismo, seria impossível distinguir a multiplicidade de seres e objetos,
e tudo seria uma massa homogenea de energia e consciência. A presença de ahaṅkára determina
que eu sou um individuo independente do resto do universo e que tenho a capacidade de interagir
com ele como uma entidade única.
Comumenete escolas de tendência Vêdánta constumam identificar este momento da crição como
a causa do problema das relações entre o ser humano e o universo, sendo a causa da existência
condicionada e da dor ou sofrimento. Sendo assim boa parte do trabalho destas escolas é pautada
na aniquilação ou destruição do ego.
Já o Swásthya Yôga, tanto quanto boa parte das escolas de tendência naturalista, não enxergam
desta forma. O ego é mais uma ferramenta que devemos levar ao máximo e perfeito
funcionamento afim de expressar a beleza e luminosidade do sol que ele colore. Assim sendo, o
ego não é simplesmente um empecilho, mas uma ferramenta a favor da emancipação da
consciência.
É como a cúpula de um abajur que perminte a passagem de a luz da lâmpada de uma forma única
e especial. A cúpula pode estar rota, suja e feia, ou todavia, linda, perfeita e as vezes translúcida.
Nosso ego pode ser como um cavalo andaluz poderoso e viril ou se comportar como um pangaré
castrado e cabisbaixo. Como é possível alguém sem auto estima chegar ao sucesso! Ainda mais
em uma empreitada tão exigente quando a de esvaziar o oceano com uma colherinha.
Por isso reforcemos o nosso ego e utilizemo-lo como um aliado no autoconhecimento.

Manas - mn

Da raiz man que significa pensar, sendo traduzido também como cognição, pensamento e atenção.
Manas é antes de tudo um termo técnico e que não deveria ser traduzido, mas compreendido. O
mesmo para todos os demais termos sânscritos usados nesta sessão uma vez que as traduções sem
a compreençao técnica mais atrapalham que ajudam.
Enquanto ahaṅkára fala para a relação da consciência com ela mesma ou para o eu criando a
personalidade individual manas fala da relação da consciência com o isto, recriando o mundo
externo internamente rico e plenamente carregados de valores e reinterpretado a luz do ego e da
consciência.
Manas funciona como uma grande tela aonde o mundo externo é recriado ao mesmo tempo que
seleciona desta tela qualo que é realmente einportante para ser apresentado a consciência.
Contudo está tela vai além da impressão visual, mas agrega a experiência multissensorial
proporcionada pelos nossos sentidos.
Assim sendo manas tem duas funções:
1. Recriar o mundo externo internamente.
2. A função de atenção seletiva.
A realidade não esta mais externamente, mas encontra-se dos olhos para traz colorida pelos
matizes dos nossos sentidos e como o perfume de nossas interpretações.

Indriyas – #iNÔy

Na mitologia Hindu tal qual a greco-romana existe uma divindade que reina soberana e coordena
as demais. No Hinduisma ele chama-se Indra (O primeiro, chefe ou alma humana). Estás
divindades ou em sânscrito devata devt se relacionam a poderes e forças universais como o sol, a
lua, o ar a terra o amor, etc. Assim como todo rei humano este rei divino possui servos (indriyas)
que executam as suas ordens (Karma) ou que lhe trazem informações (Jñana) o rei divino também
as tem, são os indriyas.
Esta analogia é muito importante pois elucida bem o funcionamento destas estruturas da psique
as quais são inocentemente chamadas de órgãos do sentido. Contudo, elas não representam os
órgãos do sentido grosseiros, mas a nossa capacidade de apreender um conhecimento e executar
uma ação. Melhor dizendo, o órgão de ação responsável pelo nosso movimento pode ser
obviamente associado aos pés e em sânscrito recebe o nome de pada (pés) mas se o individuo não
possui os pés ou pérnas o sentido de locomoção continua preservado. Ele se locomove seja através
do auxilio das mãos, clúneos ou cadeira de rodas. Isto também é valido para os órgãos de
cognição, mesmo que o individuo seja cego, ele ainda é capaz de reconhecer as formas.
É importantíssimo então reconhecer que:
1. Estes “órgãos dos sentidos” não são os órgãos físicos, mas uma qualidade inerente aos
seres.
2. A percepção é promovida por este poder (indriya) e não pelo objeto. Explicando melhor
é o órgão que vai ao objeto e transporta a propriedade deste para a tela mental. Sem este
conceito claro o pratyáhára àTyahar (Abstração ou retirada dos sentidos) não seria
possível.
Karmêndriyas – kmeRiNÔy
Os Karmêndriyas são os órgãos de conação responsáveis pela conecção ativa da consciência com
o mundo exterior. È a partir destes órgãos que os mundos da ideação podem ser através do uso da
matéria prima grosseira cristalizados no mundo material.
É aqui que nossos pensamentos e desejos são projetados no mundo de relação.
A tabela abaixo contém cada um dos órgãos de conação com uma definição de suas ações. Eles
estão elencados do mais sutil para o Mais grosseiro.

Tabela 6 - Karmêndriya - órgãos de conação

kmeRiNÔy
karmêndriyas Definição Verbos
Órgãos de
conação
Traduzido como fala ou voz, mas é mais do
que isto. Este órgão é o responsável por
vak! gerar a modificação do elemento éter a
Vibrar ou
partir da vibração. Logo não é somente a
Vák transmitir
palavra falada, mas também as ondas
Fala/Boca
geradas pelos nossso pensamento que
marcam o elemento e nele se impregna.
O termo upastha é usado para os
órgãos genitais e literalmente significa
aquilo que está embaixo ou também
%pSw
estar ao lado do de. Assim sendo mais
Gerar
Upastha do que o órgão genital ele representa a
Procriar/Genitais união dos opostos com a finalidade de
ao extinguirem a dualidade estarem
aptos a criarem um novo ser
Páyu é ânus e denota não só a ação de
excretar o material não utilizado, mas
Páyu Transformar
todo o processo de transformação
Excretar/Ânus
associado ao processo digestivo.
Paṇi significa apanhar, interessante
pi[ mente este termo é usado até hoje,
prender ou
Paṇi mesmo em hindi com o significado de
apreender
Preender/mão apanhar a agua. Pani é o ato de
preender e reter.
pad Páda ou pés evidencia a nossa Locomover
capacidade de se locomover e de nos ou
Páda
transportar de um local ao outro. transladar
Locomoção/pé

jñanêndriyas - }aneiNÔy
Os Jñanêndriyas são os órgãos de cognição e responsáveis pela condução das ocorrências do
muno externo a fim de que possamos recrialas a partir de manas internamente logo, são como os
pincéis de mãos abeis do pintor que ao deitar a tinta sobre manas recria internamente o universo
baseado nos valores agregados pelo individuo.
No quadro abaixo, como é representado comumente os indriyas são colocados do mais sutil para
o mais groceiro lembrando que o ógão mais sentil é capas de apreender os objetos mais grosseiros,
mas o órgão mais grosseiro é incapaz de acessar o mais sutil.
Por exemplo o indriya da audição é capaz de perceber todos os elementos. Ele percebe o éter que
é a sua principal função o ar que que semanifesta como o som do vento, o crepitar do fogo, o
murmuiro da água e o retubar da percurssão de objetos sólidos, todavia o olfato que é o órgão
mais grosseiro é capaz de perceber somente o elemento terra, ficando os demais ocultos a ele.

Tabela 7´- jñánêndriya - Órgãos de cognição

}aneiNÔy
Jñánêndriya Definição Verbos
Órgãos de
congnição
Normalmente usado é utilizado o órgão que realiza
ïaeÇ
ação para representar o ato. Assim o o orgão vira o
símbolo ou centro da ação. No entanto este ato é a
Ouvir
Shrôtra capacidade de perceber as vibrações do éter e de
Orelha interpreta-las. Seja como vibração do ar,da água,
ondas eletromagnéticas ou de pensamento.
É admirável perceber a poderosa influência que o
Tvc!
sânscrito teve sobre as línguas contemporâneas
assim Twach que representa a pele se transforma em
Sentir/tocar
Twach Touch o contato ou sensação tátil. É exatamente isto
Pele que este órgão traz a consciência a percepção do
reconhecimento do mundo externo pela nossa pele.
Mais do que o ato da visão este órgão de cognição
c]u está associado à nossa capacidade de perceber as
Chakṣhu formas e cores. É neste momento que aparece a Ver
forma no universo e a nossa capacidade de percebela
Olho
é dada por esta ferramenta
Rasa é o termo que pode ser utilizado para sabor,
rsn
paladar e língua. É o órgão associado a percepção do
Degustar
Rasana sabores.
Lingua
Traduzido como Nariz ou cheirar, portanto associado
ºa[
a percepção do odor. É o órgão do sentido mais
Ghráṇa denso e associado ao elemento terra. A água não tem Cheirar
Nariz cheiro, mas os elementos sólidos diluídos ou
espargidos no ar é que confere o odor

Tanmatras – tNmaÇ
Provindo do pronome tad que quer dizer isto + mátra com o significado de elemento e derivado
da Raiz Má que significa medir. A melhor tradução é meramente isto. Outro termo técnico que
indica que qualquer elemento material pode ser reduzido a meramente isto, as forças elementares
da natureza. Temos, portanto, a essência do som, do tato, da forma do sabor e do odor. São forças
metamaterias e que fazem a conexão entre o plano material denso e material sutil e que podem
ser manipuladas pelos pensamentos e emoções cristalizando-se nos elementos materiais.
Comumente são descritos como raios de luz que podem ser percebidos pelos sentidos.
Entendendo de uma outra forma, quanto utilizamos os nossos órgãos dos sentidos físicos
precisamos assionar os receptores corporais específicos, afim de que o cérebro traduza esta
informação. No entanto existe um poder de percepção que é independente dos receptores físicos
e determinados pelos corpos mais sutis, como o energético, o emocional e o mental e que não
possuem olhos ou ligua como um receptor orgânico. Mesmo assim ainda possuem a capacidade
de ouvir, ver, enxergar, tocar e cheirar. Assim os tanmátra são estes atributos que existem nos
elementos como um poder ou força que vibra e que se associam ao Prán ̣a. Eles existem e se
condençam nos corpos criando os mahabhútas e são emitidos destes como raios de luz que são
pecebidos pelos chakras sejam eles pertencentes aos corpos, energéticos, emocionais e mentais.

Tabela 8 - Tanmátra- Essência sutil

tNmaÇ
Tanmátra Definição
Essência sutil
zBd
Shabda Poder meta material que permite o elemento ser audivel
Som/audição
SpzR
Poder meta material que permite o elemento ser tangivel
Sparsha
Tato
êp
Poder meta material que permite o elemento ser visivel
Rúpa
Forma/visão
rs
Poder meta material que permite o elemento ser saboreado
Rasa
Paladar/sabor
gNx
Gandha Poder meta material que permite o elemento ser cheirado
Olfação/Odor

Mahábhútas - mha-Ut
Composto pela palavras Mahá que significa grande e bhúta que é o particípio passado de bhú
(Trasnformar ou vir a ser). São os elementos materiais, mas não devem ser entendidos no sentido
lateral, mas como princípios ou forças que ao serem aglutinados darão os átomos como nós
conhecemos. São em numero de 5 e são dependentes dos tanmátras sendo gerados pela proporção
aglutinada de cada um deles. Sendo princípios seu entendimento não deve ser tomado ao pé da
letra, mas compreendidos. Por exemplo se fossemos compreende-los levando em consideração ao
átomo teríamos que o espaço vazio entre um átomo e ou outro é o ákáṣha, a força que regula o
movimento dos elétrons na eletrosfera bem como a sua entrada, saída em combinações
interatomicas é o elemento ar. Já a energia potencial quardada dentro do átomo e liberada na sua
fissão é o elemento fogo, A característica do elemento água é a coesão aparecendo como as forças
que mantem o átomo coeso. Já os prótons, elétrons e nêutrons são a parte densa relacionado a
terra.

Tabela 9 - Mahábhútas - Os Elemtendos materiais e seus símbolos

-Ut Propriedades

dos
Bhúta Definição
Yantra elementos
Elemento
Símbolo
material
Formado pela preposição á, para + kásha, ̣ aparecer que provem da raiz kás ̣ a qual
Aakaz significa brilhar no sentido de aparecer. Ele é o principio da vacuidade, aonde
Macio, leve, frio,
caminham e se impregnam as ondas eletromagnéticas e de pensamento. No momento
sutil, seco,
Ákásha da criação de cada elemento e entidade no universo exite uma vibração primordial
delicado, volátil.
Éter que o define sendo o seu nome verdadeiro. O símbolo é o circulo que indica a
infinitude o espaço infinito aonde toda a matéria é urdida e trançada
Provindo da Raiz sanskrita vá que significa soprar. É o principio do movimento e sua
vayu função e impactar e regular. Por ser mais denso possui como propriedades especias o
Áspero, leve, frio,
ouvir e o tocar. E por isto ele pode ser ouvido e tocado. É representado pela estrela
sutil, seco, móvel,
Váyu de seis pontas significa a anulação dos opostos pela reprodução a qual é intimamente
instável, insidioso
Ar relacionado ao toque. O triangulo com o vértice para cima e seu oposto é a mulher. A
união de ambos é a reprodução
Também comumente usado o termo tejas para este elemento e que deriva da raiz tij
Ai¶ significando ser agudo. É o principio da luminosidade tendo como função a expansão.
Leve, quente,
Isto no sentido da energia potencial armazenada e que é liberada repentinamente. Nos
sutil, seco,
Agni elementos anteriores não existia a forma no universo. A partir deste ponto surge algo
picante, agudo
Fogo que pode ser captado pelos olhos. A forma do fogo é triangular o que explica o seu
símbolo.
Da Raiz verbal áp que significa água. É o principio da liquidez tendo como função a
coesão e contração. Tal qual ocorre quando a agua adere as supervicies e tende a unir
Aaps!
Macio, líquido,
dois vidros devido a tensão supervicial das moléculas. O elemento água tem como
frio, oleoso,
símbolo a lua. A mesma que influencia as águas do oceano e ass marés. Se levarmos
Ápas letárgico,
e consideração que entre 80 a 90% dos nossso corpos ssão feitos de água
Água possivelmente a lua nos influencia profundamente, mesmo que não tenhamos muita escorregadio
consciência deste processo.
Da base indo europeia *plēte que significa amplo, plano e disceminado compardo a
p&iwvI
Duro, frio,
raiz sanskrita prath com significado semelhante de espalhado, disceminado e
estável, pesado,
extenso. O principio da Solidez com a função de coesão no sentido de densidade e
Pṛthiví denso, grosseiro,
solidez e robustez. É simbolizado pelo quadrado que é um face do cubo o qual é o
Terra verdadeiro símbolo deste elemento. É o plano tridimensional físico denso letárgico

Tabela 10 - Relação entre elemento material e órgão do sentido

-Ut
Órgãos dos sentidos quanto o aparecimento e o
Bhúta especificidade por elemento
Elemento material
Aakaz Ákásha - Éter
Audição

vayu Váyu - Ar
Audição Tato

Ai¶ Agni - Fogo


Audição Tato Visão

Aaps! Ápas - Água


Audição Tato Visão Paladar

p&iwvI Pṛthiví - Terra


Audição Tato Visão Paladar Olfação
Nesta tabela vemos os elementos materiais relacionados com os ógãos dos sentidos e percebemos
que conforme descemos para os planos mais densos no sentido do éter para a terra os órgãos do
sentido vão se somando como se els fossem nascensdo ou aparecendo conforme o principio se
densifica caminhando para o mudo de relação e de multiplicidade. A cada sentido novo que
aparece ele mostra-se como sendo o especifico ou o próprio para a percepção daquele elemento
material.
Relação entre chakras e os tattwas do saṁkhya
A relação abaixo é fundamental para que poçamos entender a aplicação da localização da atenção
e do manaskryia (mentalização) durante os prán ̣áyáma s, assim como as principais técnicas para
ativa-los. Cada chakra é o centro de força em que poder de um elemento se manifesta ou é sediado
assim como as essências sutis, e os indriyas com eles associados. A distribuição dos elementos e
chakras não é aleatória mas condicionado também a presença destes elementos no corpo físico.
Por exemplo o elemento éter associado a vishuddha chakra. Nesta região há o espaço vazio
(laringe) que através das pregas vocais nasce a voz. Para o elemento ar há o anáhata chakra,
situado no précordio na região dos pulmões em que abunda o ar. Logo mais abaixo na altura do
plexo solar o maṇipúra está casado com o fígado e os intestinos. O fígado é a principal usina
metabólica corporar, se nosso corpo fosse uma locomotiva o fígado é a fornalha. Com o corpo em
repouso é a ragião mais quente do corpo. Já o swádhiṣhṭhána sentado sobre a bexiga, local onde
fisicamente se armazena água antes de ser eleminada. O swádhiṣhṭhána é a sede no elemento
água. Por ultimo, mas não menos importante está o múládhara de fronte do reto onde existe o
adubo, a terra que ao retornar a terra reinicia o ciclo da criação.

kmeRiNÔy }aneiNÔy -Ut tNmaÇ


c³ yÙ
karmêndriyas Jñánêndriya Bhúta Tanmátra
Chakra Yantra
Órgãos de Órgãos de Elemento Essencia
Centro Símbolo
conação congnição material sutil
vak! ïaeÇ Aakaz zBd ivzuÏ
Vák Shrôtra Ákásha Shabda Vishuddha
Fala/Boca Orelha Éter Som/audição O muito puro
%pSw Tvc! vayu SpzR Anaht
Upastha Twach Váyu Sparsha Anáhata
Procriar/Genitais Pele Ar Tato Não percurtido
c]u Ai¶ êp mi[pUr
Páyu Chakṣhu Agni Rúpa Maṇipúra
Excretar/Ânus Fogo Forma/visão
Olho Cidade da Jóia
pi[ rsn Aaps! rs Svaixóan
Paṇi Rasana Ápas Rasa Swádhiṣhṭhána
Preender/mão Lingua Água Paladar/sabor Próprio lugar
ºa[ mUlaxar
pad p&iwvI gNx
Ghráṇa Múládhára
Páda Pṛthiví Gandha
Nariz Suporte da raiz
Locomoção/pé Terra Olfação/Odor
Paramáṇu – prma[u

Composto de parama que é o superlativo de para e quer dizer o que é o mais distante, o mais
proeminente ou o mais excelente, supremo, de alto grau ou o o mais alto ponto e Aṇu derivado
hipoteticamente da lingua indo europeia alnu da raiz ale significando aquilo que é diminuto,
indivisível, atômico.
Paramánu é o átomo como nos conhecemos atualmente. Assim não importava seguir o estudo da
matéria a partir daqui, uma vez que o que interessava conhecer do ponto de vista de transcender
a dualidade já havia sido enumerado, pois qualquer conhecimento que não levasse a emancipação
do ser humano não era valido de ser estudado.

Você também pode gostar