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para Astrofotografia
Uma Abordagem Inicial
Ilidio Afonso
23/07/2011
Configurações Ópticas para Astrofotografia
Uma Abordagem Inicial
Assim, o modo mais simples de se fazer uma fotografia através do telescópio é substituindo
a ocular por uma câmera. Na prática, a câmera é utilizada sem a sua objetiva, isto é, se
utiliza apenas o corpo da câmera e esta tem que prover desta capacidade. Para efeito,
utilizamos as câmeras SLR (Single Lens Reflex) e DSLR (Digital Single Lens Reflex), esta última
sendo mais popular uma vez que utiliza como sensor uma pastilha de silício CCD ou CMOS.
Esse arranjo onde apenas o telescópio e o corpo da câmera são utilizados aparece no
primeiro esquema superior da figura 1.
Utilizam-se adaptadores para poder unir a câmera ao telescópio nas mais diversas
configurações. Existem adaptadores específicos para cada modelo de equipamento (Figura
2)
1
Figura 2. Anéis T para acoplar uma câmera Canon EOS (anel inferior) ao telescópio. O anel superior
permite acoplar uma Barlow Powermate Televue diretamente ao anel inferior e por conseguinte ã
câmera.
O telescópio é utilizado como lente da câmera. Em geral uma câmera necessita de cerca de
5 cm de "backfocus" a menos que uma ocular. Isso significa que ela será posicionada mais
próxima do tubo do de telescópio para possibilitar foco, ou vendo de outra maneira, você
precisa colocar o focalizador para dentro do tubo do telescópio de modo a aproximar o
plano focal do sensor da câmera. Com refratores e Schimidt-Cassegrains, em geral, isso não
é um problema, mas com telescópios newtonianos pode-se não ter backfocus suficiente
(Figura 3).
2
Com telescópios newtonianos, o backfocus disponível é de apenas um centímetro, em geral,
atingindo no máximo dois centímetros suficientes para as oculares, mas não para a câmera.
Para se elevar o backfocus de newtonianos, basta aproximar o espelho primário cinco
centímetros acima da sua posição original em direção ao espelho secundário (Figura 4).
Nesta posição será obtido backfocus suficiente para a câmera, mas, para se utilizar as
oculares, devem-se usar tubos extensores. Entretanto, não é aconselhável deixar o
telescópio na posição de acesso ao foco primário para outras aplicações que não
fotográficas.
Figura 4. Newtoniano 200 mm, F/6, da Meade Corporation. Os dois parafusos na foto prendem a
célula do espelho principal em sua posição. Para acessar o foco primário, a célula deve ser
colocada e presa na posição superior.
3
Figura 5. Fotografias no foco primário. Instrumental: Celestron SC 200 mm SGT e Nikon D70 (A),
Willian Optics 80ED e Canon 300D não modificada (B e C)
Em todo sistema óptico há limitações e não seria diferente com os telescópios. Os refratores
apresentam aberração cromática que pode ser minimizada com o uso de filtros especiais. Os
refletores apresentam coma, e como são os telescópios mais comuns entre os amadores,
vamos analisar mais detalhadamente este problema.
Assumindo-se que se utiliza um filme ou ccd full frame, isto é, de 35 mm; a área livre de
coma é bastante pequena em refletores com razões focais curtas. Em geral, para o formato
35 mm, a área livre de coma pode ser calculada por:
f2
D ; onde:
2
4
Razão focal (f) Área Livre de Coma (D) em mm
3 4.5
4 8
5 12
6 18
8 32
10 50
12 72
15 112
20 200
Telescópios com razões focais menores, apresentam pequenas áreas livres de coma e para
poderem ser utilizados na obtenção de boas imagens precisam de um corretor de coma que
é colocado próximo do sensor (câmera) (Figura 6).
Figura 6. Corretores de comma para telescópios refletores rápidos: Baader (esquerda), Paracor
Televue (direita).
5
Telescópios Cassegrainianos clássicos possuem longa razão focal, e o coma, em geral, não é
um problema. Os telescópios Schmidt-Cassegrain e Maksutovs são variações do
Cassegrainianos com uma placa corretora ou um menisco corretor (Maksutov). A aberração
cromática é, geralmente, desprezível. São os telescópios mais versáteis para o
astrofotografo, mas possuem o inconveniente de longas razões focais o que acarreta longos
tempos de exposição fotográfica.
Como o céu aparenta estar a uma distância infinita, o tamanho aparente dos objetos
celestes são expressos em medidas angulares em lugar de medidas lineares. As unidades
mais comumente encontradas são:
Radianos um radiano (1 rad) = 57.3 graus = 3438 minutos de arco = 206.265 segundos de
arco.
6
Na figura 7, um observador olhando para a Lua, que apresenta um tamanho angular
aparente de meio grau (0.5º), necessita calcular qual será o tamanho de imagem formado
sobre o sensor de sua câmera utilizando um telescópio com distância focal efetiva (DFE)
conhecida. A formulação precisa para efetuar esse cálculo é oriunda da trigonometria
básica:
w 2 DFE tan
2
w DFE ; (Φ em radianos)
w
DFE ; (Φ em graus)
57.3
w
DFE ; (Φ em minutos de arco)
3438
w
DFE ; (Φ em segundos de arco)
206265
A distância focal efetiva (DFE) e o tamanho de imagem (w) são sempre nas mesmas
unidades, usualmente em milímetros..
7
w
DFE ; podendo ser simplificado exatamente como no caso anterior.
2 tan 2
w w w w
DFE ; DFE 57.3 ; DFE 3438 ; DFE 206265
Finalmente, há uma questão onde se deseja saber quanto do campo de uma fotografia será
coberto pela imagem (assumindo que toda área do sensor seja iluminada). Isso é
equivalente a se determinar quão grande, em termos angulares, a imagem de um objeto
tem que ser para preencher toda área fotográfica. A fórmula precisa é:
w
2 arctan
2 DFE
As versões simplificadas dessa equação é precisa dentro de 1% com DFE de pelo menos 100
mm, são:
w w
(radianos) ; ( graus) 57.3
DFE DFE
w w
(arc min) 3438 ; (arc sec) 206265
DFE DFE
Se o formato do sensor não for quadrado, haverá dois valores de w, sendo um para o
comprimento e outro para a altura. Em um filme ou sensor 35 mm full-frame o tamanho é
de 24 x 36 mm (Figura 8)
8
Figura 8. Tamanhos de alguns sensores mais comuns. O tipo APS-C é o mais comum em câmeras
DSLR com um fator de corte típico de 1.6. O sensor de 35 mm é denominado Full-frame
encontrado em câmeras mais dispendiosas como a Canon EOS Mark II.
DFE Campo de Visão (Full-frame) Imagem da Lua (mm) Imagem de Júpiter (mm)
Tabela 2. Campo de visão, tamanho de imagem da lua e de Júpiter para diversas distâncias focais.
9
Os valores são aplicáveis a qualquer DFE obtida por foco primário, projeção positiva,
projeção negativa ou outro método.
Fotografia em Afocal
O método afocal contorna estas desvantagens e possui alguns pontos a seu favor: a câmera
não necessariamente precisa ser uma SLR ou DSLR; a ocular e a objetiva do telescópio
trabalham em sua distância focal para a qual foram projetadas e de maior desempenho e, a
câmera e o telescópio podem ficar em tripés separados evitando que um transmita vibração
para o outro (figura 9).
Figura 9. Método afocal. A câmera com sua objetiva é acoplada ao telescópio com sua ocular.
10
Ou, alternativamente, pelas fórmulas aplicáveis aos sistemas de projeção positiva e
negativa:
DFE F1 M ; onde:
DFE
f f1 M ; onde:
D
Todos os tipos de oculares podem ser utilizadas no método afocal, mas aquelas com melhor
descanso de olho (eye relief) são mais adequadas.
Na fotografia por projeção, utiliza-se de uma ocular para projetar uma imagem sobre o
sensor da câmera. Isso significa que a imagem formada pelo telescópio em seu foco
primário serve de objeto para a lente de projeção, a qual forma uma imagem ampliada
deste objeto sobre o sensor da câmera (Figura 10),
11
Figura 10. Projeção positiva.
A ampliação (M) da projeção é a razão entre a distância da lente de projeção ao plano focal
do sensor da câmera (filme ou ccd), S2, e a distância da imagem original até a lente de
projeção, S1:
S2
M
S1
Na prática, você não conhece S1, mas conhece S2 e a distância focal da lente de projeção
(ocular - F2). e a fórmula passa a ser:
M
S2 F2 ; ou, se você quer achar a distância adequada para uma ampliação
F2
particular:
S2 F2 M 1
Dado M, a DFE e a razão focal (f) do sistema inteiro podem ser determinados através de:
DFE F 1M
DFE
f
D
Apesar de não ser necessário, S1 pode ser determinado por:
12
S2
S1
M
Exemplo: um refletor newtoniano de 150 mm, com distância focal de 1200 mm (f/8),
utilizando uma ocular Baader de 18 mm colocada a uma distância de 75 mm do plano do
sensor da câmera.
Temos:
M
S2 F2 75 18 57 3.167
F2 18 18
DFE 3800
f 25.3
D 150
13
Figura 12. Setup para fotografia por projeção negativa, utilizando como lente de projeção uma
Barlow Powermate. Crédito da imagem: Fábio de Carvalho (Cyberplocos), adaptado.
A focalizador do telescópio
14
Figura 13. Vários tipos de barlows com qualidade variada. Da esquerda para direita: Barlow 2.0X
GSO, Celestron Ultima 2.0X, Ultrascopic Orion 2.0X, Meade Variable 2.0 – 3.0X, Powermate 2.5X e
Powermate 5.0X. A imagem inferior mostra as lentes de projeção com as barlows desmontadas.
O problema aqui é saber a distância focal da lente negativa (F2, que seria a ocular de
projeção) e para isso existe diversos modos. Um que pode ser utilizado no caso de uma
Barlow, é:
S2
F2
M 1
S2 ==> distância da lente Barlow até o plano do sensor (você mede a distância do conjunto
de lentes até a marca de posição do sensor que toda câmera possui) Essa distância não
precisa ser de precisão absoluta.
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Figura 14. Marca do plano do sensor na Canon EOS T3i (600D)
16
M = ampliação da Barlow (2X, 3X. 5X)
Exemplo: o mesmo acima, mas agora considerando que estamos utilizando uma Powermate
5X.
75 75
F2 12.5
5 1 6
Colocando agora nas formulas utilizada para projeção positiva e lembrando que o valor 12,5
é negativo, pois se trata de projeção negativa:
M
S2 F2 75 12.5
87.5
7 ; onde (a ampliação é de 7 vezes, e o sinal
F2 12.5 12.5
negativo só nos avisa que ela provém de uma lente negativa)
DFE 8400
f 56
D 150
Figura 16. Imagem realizada com uma câmera Canon EOS com objetiva 50 mm no seu foco
máximo sem tubo extensor (A), e com tubo extensor (B). Ampliação obtida de 0.68X.
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Os tubos de extensão também são utilizados para ajudar no foco do objeto; por exemplo, com o uso
de um redutor focal 0.8X, pode ser necessário utilizar tubos extensores para se obter o foco.
A projeção negativa apresenta algumas vantagens sobre a projeção positiva. Nesta última a
qualidade das oculares envolvidas precisa ser necessariamente elevada e com isso o custo
de se obter tal ocular pode ser dispendioso.
Já as lentes negativas (barlows) podem ser produzidas com maior simplicidade do que uma
elaborada ocular e com custo bem menor de produção, resultando em produtos finais menos
dispendiosos. Algumas situações apresentam melhora da óptica do telescópio com o uso de barlows,
mas isso não é uma regra geral.
As equações são as mesmas; entretanto, embora F2 seja positivo, S1 e M são ainda negativos,
exatamente como na projeção negativa.
M
S2 F2 75 200 125 0.625 ;
F2 200 200
DFE 1587
f 6.25
D 254
O sistema passa de f/10 para f/6.25 o que requer somente 40% do tempo de exposição fotográfica
do tempo original.
18
Figura 17. B33 Nebulosa do Cavalo e NGC 2024 Nebulosa da Chama com AstroTech 66ED em
piggyback sobre um Orion 120 mm ED em montagem CG5, câmera Starlight Xpress SXV-H9C,
redutor focal Willian Optics 0.8, filtros UV/IR cut Baader. Tempos de exposição 2 x 28 minutos,
guiado com Meade DSI Pro utilizando o Orion 120mm ED controlado por PHD Guiding (Stark-Labs).
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Para cada Telescópio, um CCD adequado.
Assim como não existe telescópio ideal mas sim telescópio adequado; também não existe CCD ideal,
mas CCD adequado ao telescópio que será utilizado. O problema reside em determinar qual CCD é o
mais adequado ao telescópio em que será utilizado.
Um CCD pode possuir pixels nos mais variados tamanhos. Assim, existem CCD com pixels de 7.4 µ,
4.8 µ, 5.8µ, 8.0µ e etc. O tamanho do pixel multiplicado pela resolução fornece o tamanho do chip. A
Atik 16IC (Figura 18) possui as seguintes especificações:
20
Assim, o tamanho do chip da Atik 16IC, considerando os números de pixels efetivos, é de 4.87 X 3.65
mm. Em uma exposição de 5 segundos para se obter uma resolução específica, adota-se de 1 a 3
segundos de arco por pixel de imagem.
Maior resolução será limitada pela atmosfera (oversampling) e menor resolução apresentará
estrelas como quadrados, impedindo a medida do seu brilho por que a incidência se faz sobre
poucos pixels (undersampling). Em astrofotografia planetária, devido a alta taxa de fps (frames per
second – fotogramas por segundo) podemos utilizar resoluções mais elevadas, pois o tempo de
exposição de cada fotograma é bastante baixo e com isso contornamos os efeitos degradativos da
atmosfera. A escala pode atingir 5 a 10 vezes maior que a resolução teórica do instrumental.
Limite de Resolução.
Figura 19. Diagrama mostrando o disco de Airy em um sistema perfeito desobstruído (em cima
esquerda) e sua representação gráfica (em cima direita). Abaixo , representação dos três critérios
de resolução (Rayleigh, Dawes e Sparrow); embaixo a direita, Lord Rayleigh.
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O disco de Airy para um telescópio perfeito e não obstruído conteria 84% de toda energia
oriunda de uma fonte pontual com 16% da energia restante distribuídos pelos anéis com o
primeiro anel de difração contendo grande parte desta energia. Esse hipotético telescópio
teria um fator de Strehl (ou razão de Strehl) de 100%. Na prática, todos os telescópios
possuem fator de Strehl abaixo de 100%, sendo que, foi arbitrariamente definido um fator
de Strehl de 80% como limitado pela difração. Isto corresponde a uma frente de onda com
erro de λ/4.
Figura 20. Limite de resolução de Rayleigh: dois PSF (Point Function Spread) separados por um
raio.
140
R ; onde:
D
D diâmetro da objetiva
Entretanto, Dawes, em suas observações, notou que poderia resolver um sistema binário
com ambas as estrelas em magnitude 6 com resultados levemente melhor do que Lord
Rayleigh estabelecia. O limite de resolução de Dawes é assim empírico e pode ser
equacionado por:
116
RD ; novamente para a luz verde.
D
Um limite de resolução mais apropriado foi proposto por C. Sparrow. Este cientista não é
muito conhecido da comunidade de astrônomos amadores, entretanto, sua proposta foi
verificada por astrônomos profissionais. Sparrow afirma que quando os sinais combinados
de dois PSFs torna-se um platô, os sinais ainda podem ser separados. Se, em vez de
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permitimos que os sinais combinados formem o platô, mas sim um a pequena curva, a
distância entre os dois PSFs é exatamente a metade do raio do disco de Airy.
Figura 21. Limite de resolução de Sparrow: dois PSFs separados exatamente pela metade do disco
de Airy.
Isto deveria ser o limite definido de resolução, com quase nenhum contraste entre os dois
PSFs. Uma quantidade infinitesimal mais próxima e não seria possível distinguir os dois PSFs.
Trata-se de um limite de resolução extremamente otimista.
70
DS ; definido para luz verde.
D
23
Segundo o critério de Dawes, o limite de resolução de um telescópio com 254 mm de
abertura seria de 0.456 segundos de arco. Em telescópios com aberturas acima de 200 mm,
muitas das vezes, a atmosfera impede que se chegue ao limite de difração do telescópio. Há
diversos fatores que influenciam o resultado final de nossa observação (Figura 22).
Figura 22. Fatores que influenciam o resultado final de qualquer observação através do telescópio.
Adaptado de: Suiter, H. R. – Star Testing Astronomical Telescope.
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Tendo exposto o que são os critérios de resolução, vamos determinar qual o CCD mais
adequado ao uso com um telescópio newtoniano de 200 mm de abertura e distância focal
de 1200 mm F/6. Esse telescópio possui uma resolução teórica pelo limite de Dawes de 0.58
segundos de arco.
Qual o CCD mais adequado para fotografar a nebulosa de Orion (M42) e o planeta Júpiter?
Agora, determinamos qual CCD se adequa mais ao nosso caso. Para isso, há um programa
disponível gratuitamente em: http://www.newastro.com/book_new/camera_app.php
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Vamos entrar no programa os dados do nosso cálculo:
Click em Add.
Vai abrir uma janela para preenchimento dos dados. Entre com os dados do telescópio e a
seguir click em SAVE NOW para salvar os dados.
Selecionando a câmera Atik 16IC e a nebulosa de Orion (M42), que consta no banco de
dados do programa (retângulos em verde na Figura 25), temos a realização automática do
cálculo.
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Figura 25. Programa CCD Calculator.
Na figura acima, podemos observar que a escala de imagem (retângulo amarelo na janela da
esquerda) resultante do uso deste telescópio com a referida câmera, atinge apenas 1.27
segundos de arco por pixel. Na janela da direita, temos uma imagem da M42 e o retângulo
branco mostra qual será a área abrangida pelo ccd dessa câmera. Como o campo de visão é
menor, o sistema de acompanhamento será mais exigido e necessitará de melhor correção
e alinhamento polar.
27
Figura 26. Programa CCD Calculator.
116 116
RD 0.58
D 200
Como nossa escala é de 2 segundos de arco por pixel, devemos dividir RD por dois, isto é:
0.58/2 = 0.29.
Assim a escala deverá ser de 0.29 segundos de arco por pixel. Nesse telescópio Júpiter terá
um tamanho de imagem de aproximadamente 45/0.29 = 155 pixels de largura. Qualquer
imagem maior não trará maior informação. Telescópios maiores apresentarão maior
imagem sem perder resolução. Por exemplo, num newtoniano de 254 mm de abertura F/6,
teríamos um limite de resolução de Dawes de 0.45. Adotando a mesma escala de 2
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segundos de arco por pixel, teríamos aproximadamente 0,225 segundos de arco por pixel e
uma imagem de 45/0.225 = 200 pixels de largura.
Para obter uma escala de 0.29 segundos de arco por pixel, de modo a obter uma imagem de
155 pixels de largura e atender a resolução do telescópio que esta sendo utilizado com uma
câmera Atik 16IC, é necessário elevar a razão focal do telescópio para f/26 (Figura 27).
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Referência Bibliográficas.
Suiter, H. R. – Star Testing Astronomical Telescope. Willmann-Bell, Inc. Second Edition, 2008.
Berry, R.; Burnell, James – The Handbook of Astronomical Image Processing. Willmann-Bell, Inc.
Second Edition, 2005.
Wodaski, Ron – The New CCD Astronomy. New Astronomy Press, 2002.
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