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Proteção

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Incêndios e Explosões
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A História do Fogo – Conceitos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Leandro Monteiro de Araújo

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
A História do Fogo – Conceitos

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• História – a Origem (Fogo);
• Brasil – Grandes Incêndios;
• Conceitos Básicos;
• Classes de Incêndio;

Fonte: Getty Images


• Métodos de Extinção;
• Prevenção, Proteção e Combate.

Objetivos
• Compreender a necessidade dos sistemas de proteção e combate a incêndio através
da história;
• Entender o que é o fogo e as suas vantagens e desvantagens;
• Compreender os tipos de incêndio e a sua forma de combate.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
A História do Fogo – Conceitos

Contextualização
A presente Unidade vem despertar a preocupação em observar o passado para evitar
os mesmos erros no futuro, apresentando, assim, um pouco da história de nossas tragé-
dias e os conceitos de proteção e combate a incêndio que devemos conhecer e observar.

Dessa forma, aproveite o conteúdo desta Unidade e todos os demais recursos dis-
poníveis ao aprofundamento teórico nesta área de conhecimento, que é a segurança
contra incêndio.

Bom estudo!

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História – a Origem (Fogo)
Desde os primórdios da humanidade, o fogo é uma das maiores descobertas já rea-
lizadas pelo ser humano; entretanto, é preciso saber controlá-lo para obter proveito de
seus benefícios. Se não houver o controle do fogo pelo ser humano, aparecerá o perigo
de vida e patrimonial.

Figura 1
Fonte: Getty Images

Ao longo de anos percebeu-se que o impacto da falta de controle do fogo pode


gerar grandes prejuízos patrimoniais e, principalmente, pessoais, onde a vida, que é o
elemento mais importante, deve sempre ser considerada na prevenção.

Após a Segunda Guerra Mundial, o fogo começou a ser encarado como Ciência, afinal,
envolve conhecimentos de Física, Química, comportamento humano, Engenharia etc.

Dessa forma, surgiu uma tendência internacional em exigir que todos os materiais,
componentes, sistemas construtivos, equipamentos e utensílios empregados nas edifi-
cações sejam testados e certificados, de modo a garantir o seu perfeito desempenho
durante um acidente, por exemplo, em função de falha no controle do fogo.

Brasil – Grandes Incêndios


Que existem duas maneiras de se aprender na vida? Ou com a história, ou fazendo história;
ou seja, escutando os nossos pais, ou “quebrando a cara”, “aprendendo algo na raça”.

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UNIDADE
A História do Fogo – Conceitos

Mesmo conhecendo a história de outros países, até meados da década de 1970, no


Brasil, o “incêndio” era uma preocupação exclusiva do Corpo de Bombeiros. Não havia
legislação específica e os códigos de obras/construção civil continham poucas informa-
ções que contribuíssem para a prevenção de incêndios.

Assim, revisaremos algumas das principais tragédias ocorridas no Brasil, que for-
çaram a criação de legislação, normas e instruções mais adequadas à proteção contra
incêndio no País.

Gran Circo Norte-Americano, Niterói, RJ


Devido à falta de medidas de proteção e combate a incêndio que atualmente são exi-
gidas mesmo em instalações provisórias, Niterói, RJ, presenciou uma grande tragédia
em 17 de dezembro de 1961, onde pessoas morreram queimadas e pisoteadas, além
daquelas que ficaram gravemente feridas. Entenderemos um pouco mais sobre as causas
dessa grande tragédia:
• Material da lona: o fogo tomou conta da lona em questão de minutos, pois não
havia nenhum tratamento para se evitar a propagação da chama;
• Saídas de emergência: o circo não contava com saídas de emergência dimensio-
nadas para atender à demanda do espetáculo. As opções existentes estavam blo-
queadas com grades, o que dificultou a evasão das inúmeras pessoas que estavam
no local;
• Brigada de incêndio: não existiam pessoas treinadas e preparadas para agir no
combate ao incêndio propriamente – em seu princípio –, assim como na orientação
e no auxílio para a evacuação do local.

Conheça um pouco mais sobre essa tragédia na reportagem.


Disponível em: https://youtu.be/6qA31lLpxhE.

Edifício Andraus, São Paulo


O incêndio no Edifício Andraus ocorreu em 24 de fevereiro de 1972, em São Paulo.
Foi o primeiro grande incêndio em prédios elevados na Capital paulista. Tratava-se de
uma edificação comercial e de serviços, com estrutura em concreto armado, fachada em
vidro e sem escada de segurança para os seus 31 andares.

Apesar das centenas de mortes, a tragédia apenas não foi maior porque muitas pes-
soas conseguiram ser resgatadas por meio do heliponto, na cobertura.

Após esse incêndio, a Prefeitura de São Paulo reformulou o Código de Obras e mui-
tos grupos de trabalho foram criados para elaborar ou reformular normas e instruções
de proteção e combate a incêndio. Vejamos algumas das causas dessa tragédia:

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• Fogo: o incêndio se iniciou por conta de uma sobrecarga no sistema elétrico no
segundo pavimento e consumiu os cartazes de publicidade das Casas Pirani, colo-
cados sobre a marquise do prédio;
• Manutenção elétrica: atualmente, a legislação obriga, quando da renovação do
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que seja emitido um atestado de
elétrica, ou seja, um checklist das condições das instalações elétricas, indicando a
sua adequação e ausência de riscos aparentes;
• Saídas de emergência: o edifício não possuía escada de segurança para a saída
em casos de emergência;
• Brigada de incêndio: não havia brigada de incêndio treinada, inclusive com simu-
lações realizadas;
• Estrutura do prédio: há aqui pontos positivos e negativos, pois ao mesmo tempo em
que a fachada de vidro facilitou a propagação do fogo nos andares – dado que não era
antichamas –, a estrutura de laje de cobertura do prédio contava com um heliponto,
o qual possibilitou o salvamento de muitas pessoas – resgatadas por helicópteros.

Conheça um pouco mais sobre essa tragédia pela reportagem.


Disponível em: https://goo.gl/BRKM2g.

Edifício Joelma, São Paulo


Em primeiro de fevereiro de 1974, São Paulo viu a segunda grande tragédia em edi-
fícios altos em menos de dois anos. Acredita-se que o incêndio tenha se iniciado a partir
de um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado.

O Edifício Joelma foi construído em concreto armado e os seus 23 andares eram ocu-
pados por estacionamentos nos primeiros andares e escritórios nos demais pavimentos.

Os problemas de proteção contra incêndios do Edifício Joelma foram semelhantes


aos do Edifício Andraus, embora no Joelma a ausência de equipe de brigada para
orientar os ocupantes acabou levando à morte de muitos moradores na tentativa de se
salvarem indo à cobertura, pois nesse prédio não havia a mesma estrutura de heliponto
do Andraus.

Conheça um pouco mais sobre essa tragédia na reportagem.


Disponível em: https://goo.gl/2JTVgK.

Tais tragédias provocaram mudanças na legislação, nas corporações de bombeiros,


nos institutos de pesquisa e, principalmente, foi iniciado um processo de formação de
técnicos e pesquisadores preocupados com essa área de conhecimento.

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A História do Fogo – Conceitos

A história nos mostra que não podemos parar no tempo e acreditar que os proce-
dimentos, as normas e instruções existentes sejam o suficiente para a preservação de
pessoas e do patrimônio quando se trata da proteção contra incêndio.

Observe que mesmo com uma legislação, com normas e instruções sobre os procedi-
mentos a serem seguidos no quesito proteção contra incêndio, ocorreram outros casos
emblemáticos, por exemplo:
• Na boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, na Cidade de Santa Maria, RS;
• No Museu da Língua Portuguesa, em 21 de dezembro de 2015, na Cidade
de São Paulo;
• No edifício irregularmente ocupado e chamado de Wilton Paes de Almeida, em 1º
de maio de 2018, na região do Largo do Paiçandu, em São Paulo;
• No Museu Nacional do Brasil, em 2 de setembro de 2018, no Rio de Janeiro.

Como podemos evitar a ocorrência de grandes tragédias com relação à proteção e combate
a incêndio no Brasil?

Conceitos Básicos
Fogo
Segundo a Instrução Técnica (IT) do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado
de São Paulo, fogo pode ser definido como um fenômeno físico-químico onde se tem
lugar uma reação de oxidação com a emissão de calor e luz.

Para que possa existir fogo, é necessária a combinação de quatro componentes bá-
sicos: combustível, calor, comburente – oxigênio – e reação em cadeia, assim como
apresentado esquematicamente na seguinte Figura:
VEL
COM
STÍ

BU

FOGO
BU

REN
COM

Reação em
TE

Cadeia
CALOR
Figura 2 – Tetraedro do fogo

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Combustível corresponde a todo elemento que queima e alimenta a combustão, po-
dendo ser encontrado nos estados sólido, líquido e gasoso.

Comburente é o elemento que alimenta a combustão, sendo o oxigênio o mais co-


nhecido. Existem gases que podem se comportar como comburente em outros meios de
combustível, tal como o hidrogênio no cloro etc.

Calor pode ser definido como uma forma de energia, sendo o elemento que inicia o
fogo e permite que se propague. Pode ser um material em alta temperatura, um curto-
-circuito, uma faísca etc.

Por fim, temos a reação em cadeia, que se trata da sequência que ocorre no incên-
dio. Um combustível, ao se aquecer, libera vapores combustíveis que, em contato com
uma fonte externa de calor, entram em combustão, esta que aquece ainda mais o com-
bustível, liberando mais vapores combustíveis, gerando, assim, maior combustão. Essa
reação em cadeia continuará até que não haja mais vapores combustíveis para serem
liberados do material combustível.

Temperatura
Todos os materiais combustíveis possuem três pontos de temperatura em caso de
incêndio. Esses pontos são classificados da menor temperatura para a maior, sendo o
primeiro o ponto de fulgor, o segundo o ponto de combustão e, por último, o ponto de
ignição – tais pontos de temperatura são importantes para o controle de um incêndio.

O ponto de fulgor é a temperatura mínima na qual os materiais liberam vapores com-


bustíveis que, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, inflamam-se.
Nesse ponto de temperatura, as quantidades de vapores combustíveis são pequenas e as
chamas do fogo não se mantêm, apagando-se imediatamente.

O ponto de combustão é a temperatura mínima onde os vapores combustíveis libera-


dos são suficientes para manter o fogo aceso.

O ponto de ignição é a temperatura mínima na qual os vapores combustíveis libera-


dos se inflamam apenas com a presença do comburente – oxigênio –, sem a necessidade
de uma fonte externa de calor.

Entenderemos melhor a diferença entre ponto de fulgor e ponto de combustão com


um exemplo clássico:

Imagine você preparando o jantar e, para isso, resolve fritar um bife. É preciso to-
mar cuidado, pois manipulará o fogo! Ao iniciar o preparo da comida, coloca o óleo na
frigideira e o bife, porém, no meio desse preparo você se descuida, virando um pouco
a frigideira, de modo que repentinamente a chama toma conta da sua parte interna,
apagando-se rapidamente, mas logo em seguida voltando a se incendiar.

Isso ocorre porque o óleo como combustível líquido, ao se aquecer, começa a soltar
vapor que se inflama em contato com a fonte de calor, porém, não é possível manter a
chama que se apagou rapidamente–tal condição corresponde ao ponto de fulgor.

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UNIDADE
A História do Fogo – Conceitos

Ao prosseguir com a frigideira no fogão e com o calor gerado na primeira inflama-


ção, o combustível continua a soltar vapores que voltam a se inflamar e permanecem
por mais tempo – este é o ponto de combustão, quando os vapores liberados possuem
energia suficiente para manter a chama acesa.

Propagação
Na ocorrência de um incêndio, o calor e fogo podem se propagar de um local a outro
por meio de três formas distintas: condução, convecção e radiação.

Figura 3 – Propagação do fogo


Fonte: Ministério da Educação

• Condução: propagação por meio de um material sólido de uma região de tempe-


ratura mais alta para a região de temperatura mais baixa;
• Convecção: propagação por meio de um fluido líquido ou gás, entre dois corpos
submersos no fluido, ou entre um corpo e o fluido. O exemplo mais claro deste tipo
de propagação é em edifícios, quando a fumaça quente que sai do primeiro andar
em chamas atinge o quinto andar, iniciando o fogo também nesse pavimento;
• Radiação: propagação por meio de um gás ou do vácuo, na forma de energia
radiante como, por exemplo, o calor que vem de uma fogueira aquecendo, através
do ar, qualquer objeto mais próximo por radiação.

Classes de Incêndio
Podemos considerar basicamente o incêndio dividido em cinco classes principais:
fogo de classe A, B, C, D e K, conforme as características do material combustível.
Assim, a classe:
• A: representa os materiais que queimam em superfície e profundidade, tais como a
madeira, o papel, tecido, entre outros;
• B: corresponde aos materiais inflamáveis que queimam na superfície, tais como o
álcool, a gasolina, o querosene etc.;

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• C: representa os equipamentos elétricos e eletrônicos energizados, tais como os
computadores, as televisões, os motores, entre outros;
• D: metais combustíveis: corresponde aos materiais que requerem agentes extinto-
res específicos, tais como o pó de zinco, sódio, magnésio etc.;
• K: é uma designação específica para óleo e gordura em cozinhas.

A classe de fogo identifica o tipo correto de extintor a ser utilizado e/ou a forma adequada
de combate ao incêndio.

Métodos de Extinção
Se não for possível evitar o princípio de incêndio, como devemos agir para extingui-lo?
Qual deve ser a forma correta de extinção do incêndio?

Conhecendo o modo como o fogo surge, podemos entender melhor os métodos de


extinção do incêndio e o motivo pelo qual cada um deve ser utilizado. Assim, podemos
compreender as quatro formas básicas de extinção de incêndio, vejamos:
• Retirada do material: é o isolamento do material que está em combustão ou a
retirada dos materiais próximos para que não entrem em combustão;
• Resfriamento: significa diminuir a temperatura – calor – do combustível, elimi-
nando, assim, um dos componentes do fogo, o calor. Neste caso, o agente mais
comum utilizado ao resfriamento é a água que, em contato com o fogo ou a brasa,
retira o calor, resfriando o material;
• Abafamento: elimina o comburente – oxigênio – do local ou o reduz a uma con-
centração percentual menor ou igual a 15%, de modo a não alimentar mais o fogo
e eliminá-lo. Cobrir uma fogueira significa abafar, eliminando, assim, o oxigênio,
extinguindo o fogo. Pode-se abafar o fogo com o uso de materiais diversos, tais
como areia, terra, cobertor, vapor d’água, espuma, pó, gás especial etc.;
• Quebra da reação em cadeia: onde podemos utilizar agentes especiais para a ex-
tinção química do incêndio, quebrando, portanto, o tetraedro do fogo. Isso ocorre
porque quando certos agentes extintores são lançados no fogo e reagem com o ca-
lor, o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação
ocorre apenas quando há chamas visíveis.

No resfriamento, a redução da temperatura está ligada à quantidade e forma de aplicação


da água – jatos –, de modo a absorver mais calor que o incêndio seja capaz de produzir.
A temperatura em incêndio não reduzirá onde houver combustíveis com baixo ponto de
combustão – menos de 20ºC –, pois a água resfria até a temperatura ambiente, de modo
que o material continuará produzindo gases combustíveis.

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UNIDADE
A História do Fogo – Conceitos

Prevenção, Proteção e Combate


Você seria capaz de diferenciar o significado destes três termos: prevenção, proteção e
combate, utilizados na segurança contra incêndio?

Prevenção e proteção soam como sinônimos, porém, existem diferenças conceituais


que devem ser entendidas por todos que trabalham com segurança contra incêndio.

Prevenção tem como objetivo medidas de segurança de modo a evitar o incêndio pro-
priamente dito, agindo na separação do calor e combustível, dois componentes básicos
do tetraedro do fogo. Assim, podemos entender como medidas de prevenção aquelas
que ditam as regras de quantidade de armazenamento de combustíveis, distâncias entre
materiais combustíveis, a limitação das fontes de calor, realização de treinamentos de
pessoas para agir de forma segura etc.

Já proteção tem como objetivo medidas de segurança, de modo a evitar a propaga-


ção de um incêndio, ou seja, aquele que já iniciou e precisa de ações de proteção para
evitar que aumente e cause mais danos patrimoniais e pessoais. A proteção pode ser
dividida em dois tipos: passiva e ativa.

A proteção passiva é aquela que está incorporada à edificação e que não necessita
de nenhum tipo de acionamento para o seu funcionamento em situação de incêndio.
Podemos citar como exemplos de proteção passiva os tipos de materiais de acabamento
e revestimento, as rotas de fuga, compartimentações horizontais e verticais, o isolamento
de risco etc.

Pensando em proteção passiva, assista ao vídeo,“Proteção contra incêndio“ disponível em:


https://youtu.be/fC14u3O4Cz0; e questione-se sobre o tempo que o material deve re-
sistir ao fogo.

E então, chegou a alguma conclusão sobre o tempo de resistência ao fogo que a pro-
teção passiva deve atingir? Isto dependerá de alguns fatores: deve-se considerar o tipo
de ocupação, grau de risco, a carga de incêndio e as normas que devem ser seguidas ao
projeto da edificação.Com essas informações, pode-se verificar, nas respectivas instru-
ções técnicas ou normas, o tempo que o material deve resistir ao fogo.

A proteção ativa vem complementar a proteção passiva e o seu acionamento pode


ser automático ou manual. Podemos citar como exemplos de proteção ativa os sistemas
de detecção e alarme, de iluminação e sinalização de emergência, de controle de fumaça,
de extinção de incêndio etc.

Além da prevenção e proteção, precisamos pensar também no combate a incêndio.


E o que seria o combate a incêndio? Significa tudo aquilo que é necessário para extingui-lo,

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ou seja, sistemas manuais – tais como extintores e hidrantes –, sistemas fixos e
automáticos – tais como sprinklers –, sistemas fixos de Dióxido de Carbono (CO2),
corpo de bombeiros militar e civil, reservas de água, sistemas especiais de combate
a incêndio etc.

Embora possam utilizar dos mesmos sistemas, existe uma diferença entre proteção e comba-
te: proteção visa impedir a propagação do incêndio, enquanto combate objetiva extingui-lo.

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A História do Fogo – Conceitos

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Do Edifício Joelma a Boate Kiss: veja os incêndios que abalaram o país
Um pouco mais sobre a história dos grandes incêndios no Brasil.
https://goo.gl/o1sJQK
Classes de Incêndio e seus Extintores
https://goo.gl/VXZaiX
Adoção de medidas de proteção passiva é essencial para a preservação de vidas e patrimônio,
porém conceito ainda é pouco conhecido no país
Conheça um pouco mais sobre a proteção passiva neste artigo da Revista Emergência,
publicado em 2016.
https://goo.gl/id2q6Z

Leitura
A Segurança Contra Incêndio no Brasil
https://goo.gl/faUVK4

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Referências
SÃO PAULO (Estado). Decreto n.º 56.819, de 10 de março de 2011. Institui o re-
gulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de riscos no Estado de
São Paulo e estabelece outras providências. São Paulo, 2011.

________. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Instrução Técnica n.º 2/2018 –


conceitos básicos de proteção contra incêndio. São Paulo, 2018a.

________. Instrução Técnica n.º 3/2018 – terminologia de segurança contra incêndio.


São Paulo, 2018b.

SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto


Editora, 2008.

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