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Edição de:
X CONGRESSO INTERNACIONAL A CERÂMICA MEDIEVAL NO MEDITERRÂNEO SILVES - MÉRTOLA, AUDITÓRIO DA FISSUL,
22 A 27 DE OUTUBRO DE 2012
10TH INTERNATIONAL CONGRESS ON MEDIEVAL POTTERY IN THE MEDITERRANEAN. SILVES & MÉRTOLA, 22-27 OCTOBER
2012
EDIÇÃO /// PUBLISHER: CÂMARA MUNICIPAL DE SILVES & CAMPO ARQUEOLÓGICO DE MÉRTOLA
COORDENAÇÃO EDITORIAL /// EDITOR: MARIA JOSÉ GONÇALVES E SUSANA GÓMEZ-MARTÍNEZ
DESIGN GRÁFICO /// GRAPHIC DESIGN: RUI MACHADO
IMPRESSÃO /// PRINTING: GRÁFICA COMERCIAL DE LOULÉ
ISBN 978-972-9375-48-4
DEPÓSITO LEGAL /// LEGAL DEPOT ??????
TIRAGEM /// PRINT RUN: 500
Não é bem como um texto escrito em belos caracteres góticos ou cúficos, contando a história de um milagre,
registando um contrato encomendado pelo príncipe, ou denunciando a ameaça do reino vizinho. Não é
como qualquer frase gravada na pedra ou pergaminho, que além de denunciar a sua origem de classe, porque
necessariamente produzida no seio de uma elite, esconde sempre nas suas entrelinhas uma carga ideológica,
quantas vezes indecifrável ou falaciosa. Ao contrário, os fragmentos de cerâmica arqueológica recolhidos
numa camada estratigraficamente reconhecível, embora não pareça, são mais fiáveis, autorizando uma mais
segura e escorreita informação histórica. Por vezes, quase sempre, são minúsculos ou mesmo insignificantes
os fragmentos. Por vezes, quase sempre, nem sequer a forma é reconhecível e muito menos reconstituível. E
no entanto a sua informação histórica é sempre preciosa. O simples perfil reclinado do lábio, a forma grácil
de arquear a asa, aquela pincelada rápida de traço avermelhado ou a pequena mancha de esmalte melado são
os indícios suficientes para reconstituir com verosimilhança a forma e a idade do jarro ou cântaro de água,
e, com ele, alguns gestos de trabalho da camponesa que o usou e até, sem errar muito, o seu local de fabrico.
Estes simples e informes fragmentos cerâmicos permitem aproximar-nos e mesmo compreender a história
daqueles a quem nunca foi dado o direito de ter história, daqueles que nunca comandaram exércitos, que
nunca decidiram da paz e da guerra, daqueles que nunca habitaram palácios ou castelos. À primeira vista a
gramática ornamental destas bilhas e tigelas sistematiza línguas estranhas e aparentemente indecifráveis. E
no entanto, os seus códigos, sem serem isotéricos, referem-se indirectamente a espaços culturais, a zonas de
influência que ao longo dos séculos marcaram o Mediterrâneo, na sua fantástica diversidade. As referências
mais antigas, ainda relacionadas com os entrançados romboidais da cestaria e da tecelagem, denunciam
origens neolíticas e sobretudo permanências das sociedades nómadas dos tuaregues, rifenhos e pastores
ibéricos. Na linguagem vegetalista com referências orientalizantes e sobretudo no que se refere à enorme e
variada simbologia da Flor de Lotus de época califal, destaca-se, como é natural, a memória dos jardins e
vergéis do Nilo, da Mesopotâmia e mesmo da Índia e da China. Nos encadeados de volutas de gavinhas com
folhas de videira, sentimos ainda perene a longínqua referência das festas dionisíacas e báquicas da cultura
greco-romana a que a Pérsia islamizada esbateu ou anulou o cacho de uva, transformando-o em inofensiva
pinha. Esta linguagem cifrada, estas referências decorativas, são sinais de civilização, são marcas indeléveis
que identificam formas de pensar, zonas de fabrico, caminhos de intercâmbio, que permitem folhear com
segurança as páginas da história.
TEMA: 1
AS CERÂMICAS NO SEU CONTEXTO
POTTERY WITHIN ITS CONTEXT
SUSANA GÓMEZ MARTÍNEZ | MARIA JOSÉ GONÇALVES | ISABEL INÁCIO | CONSTANÇA
DOS SANTOS | CATARINA COELHO | MARCO LIBERATO | ANA SOFIA GOMES | JACINTA
BUGALHÃO | HELENA CATARINO | SANDRA CAVACO | JAQUELINA COVANEIRO | ISABEL
CRISTINA FERNANDES
1. A cidade e o seu território no Gharb al-Andalus através da cerâmica 19
VANESSA FILIPE
5. Islamic pottery from the Évora Municipal Museum 84
MARCELLA GIORGIO
6. Ceramics and society in Pisa in Middle Ages 93
9(61$%,.,ü
9. Context, Character and Typology of Pottery from the Eleventh and Twelfth Century
Danube Fortresses: Case Studies from Morava and BraniČevo 125
VALENTINA VEZZOLI
10. The area of Bustan Nassif (Baalbek) between the 12th and the early 15th cent.: the
ceramic evidence 133
ELENA SALINAS
11. Uso y consumo de la cerámica almohade en Córdoba (España) 139
MARCELLO ROTILI
12. Aspetti della produzione in campania nel basso medioevo 148
ANDREIA AREZES
19. Formas cerâmicas e seu significado simbólico na Alta Idade Média 236
TEMA: 2
CERÂMICA E ALIMENTAÇÃO
POTTERY AND FOOD
JOANITA VROOM
40. The archaeology of consumption in the eastern Mediterranean: A ceramic perspective 359
JUAN ZOZAYA
43. Cacharros, fuegos, comidas, servicios, escrituras… 387
TEMA: 3
O MEDITERRÂNEO E O ATLÂNTICO
THE MEDITERRANEAN AND THE ATLANTIC
ANTÓNIO MANUEL S. P. SILVA | PEDRO PEREIRA | TERESA P. CARVALHO
45. Conjuntos cerâmicos do Castelo de Crestuma (Vila Nova de Gaia, N. Portugal). primeiros
elementos para uma sequência longa (sécs. Iv-xi) 401
JORGE DE JUAN ARES | YASMINA CÁCERES GUTIÉRREZ | MARÍA DEL CRISTO GONZÁLEZ
MARRERO | MIGUEL ÁNGEL HERVÁS HERRERA | JORGE ONRUBIA PINTADO
46. Objetos para un espacio y un tiempo de frontera: el material cerámico de fum asaca en
sbuya, provincia de sidi ifni, marruecos (ss. Xv-xvi) 420
KONSTANTINOS T. RAPTIS
54. Brick and tile producing workshops in the outskirts of thessaloniki from fifth to
fifteenth century: a study of the firing technology that has been diachronically
applied in the ceramic workshops of a large byzantine urban center 493
IBRAHIM SHADDOUD
57. Production de poterie chez les Nizarites de Syrie : l’atelier de Massyaf (milieu XIIe-
premier tiers du XIVe siècle) 525
JAUME COLL CONESA | JOSEP PÉREZ CAMPS | MARTA CAROSCIO | JUDIT MOLERA
TRINITAT PRADELL | GLORIA MOLINA
59. Arqueología, arqueometría y cadenas operativas de la cerámica de Manises localizada
en el solar Fábricas nº 1 (Barri d’Obradors, Manises, campaña 2011) 549
EVELINA TODOROVA
70. Policy and trade in the northern periphery of the eastern mediterranean: amphora
evidence from present-day bulgaria (7th–14th centuries) 637
GUERGANA GUIONOVA
73. Céramique d’importation du XIVe au XVIIe s. en Bulgarie 681
VASSILEIOS D. KOROSIS
75. Consumption and importation of ceramics in a fairly unknown site of late Roman
Greece. A case study from Megara, Attica, Greece 701
RAFFAELLA CARTA
79. La ceramica italiana indicatore del commercio tra il mediterraneo occidentale e
l’atlantico (secoli xv-xvii) 724
TEMA: 6
NOVAS DESCOBERTAS
NEW DISCOVERIES
RICARDO COSTEIRA DA SILVA
81. Medieval pottery from the forum of aeminium (Coimbra, Portugal) : a proposal of
chrono-typological evolution 739
ABDALLAH FILI
82. Le décor de la céramique de Fès à l’époque mérinide, typologie et statistiques 750
MARCO LIBERATO
84. A pintura a branco na Santarém medieval. Séculos XI a XVI 777
ELVANA METALLA
86. La céramique médiévale en Albanie : relations entre les productions byzantines
et italiennes 807
CRISTINA GONZALEZ
93. Quinta da Granja 1: cerâmica emiral de um povoado da Estremadura 866
CARLOS BOAVIDA
99. Medieval pottery from the castle of Castelo Branco (Portugal) 906
IRYNA TESLENKO
103. Crimean Local Glazed Pottery of the 15th century 928
Abstract: Arouca’s castle is a rocky hill named Valinhas in river Arda’s valley, about 50 km South-East from Oporto, North of Portugal. Site’s history
started as a Bronze/Iron Age oppidum and remained occupied until Late Antiquity, when it is supposed to have been abandoned. By the 9th century,
in the framework of Asturian kings conquests over the southern Iberian territories that the Moorish dominated from the first half of the 8th century, a
small castle was built at Valinhas. This fortress survived until the 12th century and became “land-head” of the region.
Archaeological excavations have been carried on in this site since 1988, providing relevant data about its medieval occupation, as well as about
precedent phases. Medieval finds include mainly metal objects and ceramics, dating from the end of the 9th century/beginnings of 10th and the second
half of the 11th /beginnings of the 12th centuries.
O CASTELO DE AROUCA amplo vale irrigado pelo Arda1 (Fig. 1). A ocupação do sítio
– desvendada pelos trabalhos arqueológicos que ali tiveram
O monte de S. João de Valinhas, designação que lhe vem da lugar entre 1988 e 2008 – remonta à pré-história recente e
capela existente no topo, situa-se a escassos quilómetros da ganhou particular expressão a partir do Bronze Final, altura
vila de Arouca e constitui um relevo em raquette, com a cota em que ali se instalou um povoado que se desenvolveu ao
altimétrica máxima de 448 metros, dominando pelo Norte o longo da Idade do Ferro e durante o tempo da ocupação
* Centro de Arqueologia de Arouca. CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (Universidades do Porto). amspsilva@hotmail.com.
** Centro de Arqueologia de Arouca. mcsribeiro29@hotmail.com.
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O CONJUNTO CERÂMICO
cerâmicas resultantes das escavações do Sector A entre 1994 2,4 cm de altura e 11,6 cm de diâmetro de bordo, pertence à
e 1996, estudando-se em particular uma amostragem de c. Fase 2 (séc. XII); o nº 2, de diâmetro similar (10,4 cm) mas
de 7.000 fragmentos do total de 16.000 recolhidos (Silva; de maior altura de parede, bem como o prato largo nº 3 (28
Ribeiro 2007; 2008). Mais recentemente, voltámo-nos cm de diâmetro) são ainda da Fase 1B (finais X/séc. XI).
para os materiais das fases mais antigas, séculos X-XI, num
total de cerca de 1.500 fragmentos, que foram estudados Este morfotipo parece relativamente raro na generalidade
em paralelo com as cerâmicas de um sítio localizado a cerca dos contextos desta época do Norte de Portugal (Silva;
de três quilómetros de Valinhas, o casal da Malafaia, uma Ribeiro, 2008: 79-80). Na Vilariça, Moncorvo, estação de
residência da época romana com uma reocupação medieval datação mais tardia, identificaram-se oito pratos, que no
de pouca duração por alturas do século X (Silva; Ribeiro, no entanto correspondem apenas a 2% das formas reconhecidas
prelo). (Rodrigues 1994:55); já nos níveis tardios de Conímbriga
formas afins parecem algo mais comuns, surgindo designadas
Assim, dispomos já de um razoável elenco das tipologias não só como pratos mas também como frigideiras ou tachos
cerâmicas do Castelo de Arouca, devidamente (Alarcão 1974: 113; 139-141).
contextualizadas com os materiais coevos do sítio (Silva,
2004; 2011). Todavia, deve referir-se que a reconstituição de Todavia, estes pratinhos aproximam-se bastante, na forma
formas têm sido lenta, pela grande quantidade de material e e nas dimensões, de peças aparecidas em Zamora e em
pelas condições em que tem decorrido a investigação, sujeita Puente Castro, León, que diferentes autores têm vindo
a apoios pontuais e irregulares, pelo que não possuímos ainda a classificar como platitos e sobretudo como candis para
uma base qualitativa tão sólida quanto desejaríamos para iluminação, tendo em conta que muitos apresentam um
a análise da evolução diacrónica das formas. Ainda assim, pequeno bico no bordo. Os exemplares de Zamora estão
considerando a escassez dos acervos cerâmicos medievais datados, genericamente, entre os séculos XII e XIV (Larrén;
publicados no Norte de Portugal parece-nos importante Turina 1988; Larrén 1989; Turina 1994:97-101), enquanto
trazer a público os resultados dos trabalhos em curso, mesmo o conjunto do Castro de la Mota, em Puente Castro, mais
parciais e sujeitos a revisão. significativo e mais próximo das nossas peças, se atribui
ao período entre os sécs. XI-XIII (Gutiérrez; Benéitez
As formas reconhecidas no Castelo de Arouca encontram-se 1989:234-5,247), mais precisamente à segunda metade do
reproduzidas nas figuras 9 e 10. Como formas abertas temos séc. XII (Bohigas; Garcia 1991:73).
pratos ou pratéis e alguidares de fundo em disco; entre as
formas fechadas, os púcaros, potes, panelas e jarros. Não Já o prato de maiores dimensões (Fig. 9, nº 3) tem também
obstante o interesse da discussão sobre as designações das paralelos em Conímbriga (Alarcão 1974: ibid.; De Man
peças, em função dos registos históricos ou etnográficos 2006), mas sobretudo em contextos mais meridionais. Um
(Alarcão, 1974; Barroca 1993; Rodrigues 1994; Torres; recipiente aparentemente com algumas semelhanças do
Gómez; Ferreira 2003), limitámo-nos a utilizar os nomes castelo de Santa OIaia (Figueira da Foz), sítio com ocupação
mais correntes entre os estudiosos que se têm debruçado dos séculos XI-XII, foi recentemente divulgado (Nazaré 2013:
sobre as louças desta época. 155), mas destacam-se sobretudo as formas documentadas
como taças na península de Setúbal (Fernandes 2001:192)
As formas abertas que designámos como pratos ou pratéis, ou as tigelas ou caçoilas provenientes de Santarém (Ramalho
na versão de menor diâmetro (Fig. 9, números 1 a 3), et al. 2001:174), num e noutro caso podendo datar-se por
parecem relativamente raras, tendo-se documentado apenas volta do séc. XI.
três exemplares com perfil completo. O nº 1, com apenas
Fig.5 Fundo de alguidar (finais séc. X/séc. XI). Fig.6 Jarro de boca trilobulada (sécs. XI/XII).
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Potes e púcaros constituem um grupo ainda em definição, proveniente de uma unidade estratigráfica da Fase 1A, ou
parecendo observar-se uma grande variabilidade formal. Os seja, do século X, senão mesmo de finais da centúria anterior.
potes, que naturalmente se aproximam das panelas, seriam Trata-se de um jarro de cordão anelar, com uma curiosa
recipientes essencialmente de armazenamento, de menor asa angular vazada internamente, porventura para servir
capacidade e maior mobilidade que as talhas. Dos exemplares de bico. Os ilustrados com os números 13 e 19 na mesma
representados, os mais antigos serão os legendados com os figura serão mais recentes, já da Fase 2, séculos XI-XII. Um
números 8 e 9 da Fig. 9, datando provavelmente do séc. deles (Fig. 10, nº 19; Fig. 6) está representado pelo colo
XI (Fase 1B). Um deles (nº 8) apresenta corpo globular e alto de um recipiente certamente de apreciáveis dimensões,
um bordo vertical estreitado, enquanto o segundo (nº 9) é decorado com cordão liso e incisões onduladas sob o bordo
decorado com uma fiada de puncionamentos circulares no trilobulado; o segundo (nº 13), bastante mais completo, é
ombro, separado do colo alto e contraído por uma pestana uma vasilha mais baixa, também de boca trilobulada, com
ou cordão saliente, talvez para facilitar a atadura de qualquer asa (que falta) e um singelo meandro inciso sobre duas linhas
pano ou outro material maleável com que se cobrisse a vasilha. horizontais no ombro.
O último dos potes (Fig. 9, nº 7) é já da fase 2 e constitui
uma forma relativamente vulgar, provido de uma ou duas Deixamos para o fim as olas ou panelas, forma mais comum
asas, com paralelos em várias estações, como por exemplo em nestes contextos medievais, quase monótona no perfil e
Santa Olaia (Nazaré, 2013: 130). Designámos como púcaro esquema ornamental. Às primeiras (Fig. 10, números 11 e 12)
(Fig. 9, nº 10) um exemplar certamente destinado ao serviço não podemos atribuir cronologia precisa; são de resto muito
de mesa mas de menor envergadura que os jarros. É uma similares no perfil, tipo de bordo e organização decorativa,
peça com asa e colo estreitado, proveniente do Sector B do em bandas e meandros sobre a pança. As restantes, menos
castelo, e parece poder datar-se entre os séculos XI e XII. completas (Fig. 10, números 14 a 17) correspondem às fases
mais antigas do Castelo de Arouca, integrando-se mesmo
Os jarros aparecem em razoável quantidade, reconhecíveis duas delas (14 e 16) na Fase 1A. Variando levemente no
sobretudo pelo bordo trilobulado, pelo cordão anelar do colo diâmetro parecem sugerir dois distintos tipos de terminação
ou pelas grandes asas de fita, normalmente decoradas (Fig. do bordo, observação que todavia requer análise quantitativa.
7), como convém a peças de aparato. Dos três exemplares
representados, o mais antigo parece ser o da Fig. 10, nº 18, Uma nota final para referir a identificação de alguns
2 Discussão no workshop do 1º Encontro de Cerâmica Medieval do Norte e Centro de Portugal, realizado em Conímbriga em 2012 (DE MAN et alii 2014.
314 AS CERÂMICAS NO SEU CONTEXTO - POTTERY WITHIN ITS CONTEXT
Fig.9 1. Pratel (fase 2); 2. Pratel (fase 1B); 3. Prato covo (fase 1B); 4-6. Alguidares (fase 1B); 7. Pote (fase 2); 8. Pote (fase 1B); 9. Púcaro (fase 2);
10. Pote (fase 1B). Escala: 5 cm. Desenhos: Maria José Santos (1-3, 5, 9) e Amélia Marques (4, 6-8, 10).
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Fig.10 11-12. Panelas (indeterm.); 13. Jarro (fase 2); 14, 16. Panelas (fase 1A); 15, 17. Panelas (fase 1B); 18. Jarro (fase 1A); 19. Jarro (fase 2).
Escala 5 cm. Desenhos: Maria José Santos (11, 12, 19) e Amélia Marques.
316 AS CERÂMICAS NO SEU CONTEXTO - POTTERY WITHIN ITS CONTEXT
fragmentos com pintura e outros com vidrados verdes e I Jornadas de Património da Beira Interior. Guarda: C. M.
verde-melados sobre pintura a manganês (Fig. 8), materiais Guarda, p. 253-86
de provável origem muçulmana cuja localização importa
assinalar (Silva, 2011: 8). NAZARÉ, Maria João V. (2013) – Cerâmicas medievais de Santa
Olaia (Figueira da Foz) depositadas no Museu Municipal Dr.
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Edições Colibri/C.A.M. e Território na Península Ibérica e no Magreb - Séculos VI a
XVI. Lisboa: Edições Colibri/C.A.M.
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