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GUIA das cerâmicas de produção

local de Bracara Augusta


FICHA TÉCNICA

EDIÇÃO
CITCEM (Centro de Investigação Transdisciplinar -
Cultura, Espaço e Memória).

AUTORIA
Manuela Delgado, Rui Morais, com a colaboração de
Jorge Ribeiro

ILUSTRAÇÕES
Amélia Marques, António Fernando Barbosa, Maria
das Dores Pires, Paula Góis, Felicidade Fátima Ferreira.

FOTOGRAFIAS
MDDS - Manuel Santos

DESIGN e CONCEPÇÃO GRÁFICA


César Figueiredo

IMPRESSÃO
ESAG

ISBN:
978-989-8351-00-5

DEPÓSITO LEGAL:
302303/09
GUIA das cerâmicas de produção
local de Bracara Augusta

Manuela Delgado
Rui Morais

Colaboração de Jorge Ribeiro


2009
ÍNDICE
Prefácio – Isabel Silva 7

Apresentação – Adília Alarcão 9

Nota prévia 11

1. Cerâmica de tradição indígena 13

2. Cerâmica cinzenta ina polida e cinzenta alto-imperial 21

3. Cerâmica bracarense 25

4. Cerâmica de paredes inas 33

5. Cerâmica pintada 37

6. Cerâmica de engobe vermelho 47

7. Cerâmica de engobe branco 57

8. Cerâmica cinzenta tardia 61

9. Cerâmica comum ina 71

10. Cerâmica comum grosseira 81

11. Cerâmica vidrada 95

12. Ânforas 99

13. Lucernas 103

14. Varia (acessórios de olarias, peças de jogo, produções subsidiárias de outras actividades) 107

15. Materiais de construção (por Jorge Ribeiro) 119

Bibliograia 125
PREFÁCIO | ISABEL SILVA

É com muito orgulho, uma grande estima e com as teses e os trabalhos dos inúmeros in- que pensa e sente, com toda a frontalidade,
uma profunda amizade que escrevo esta breve vestigadores, que em si encontram a mestra, mesmo que incómoda, que não cede ao co-
nota de apresentação acerca dos autores desta mas sobretudo uma amiga. Este imenso mentário fácil, dito nas costas de alguém.É
obra, Manuela Delgado e Rui Morais. labor não lhe trouxe a progressão na car- falar da generosidade, com que responde a
Falar destas duas pessoas a quem me ligam reira, que encarou desprendidamente, mas um pedido de ajuda, mesmo com sacrifício
laços de afecto, admiração pela forma como tem feito de si, uma marca de generosidade, pessoal. É reverenciar a sua surpreendente
escolheram estar na vida e um grande recon- alguém que nunca mais se esquece. energia, quando após dias e dias eniado na
hecimento, por tudo o que me têm dado, E muitos a lembrarão para sempre, Manu- reserva, ( o seu sítio predilecto no Museu
quer pessoalmente, quer ao Museu, não me ela, por muitos e variados motivos, desde a !), a estudar as cerâmicas, renasce com um
é fácil e certamente que icará aquém da sua generosidade, à sua lealdade para com os brilho nos olhos e o entusiasmo na voz,
grandeza de carácter da Manuela e do Rui, amigos e para com as causas justas, em cuja para enunciar novas pistas de trabalho, que
e sobretudo da generosidade de que ambos defesa sempre pôs um entusiasmo imbatível. febrilmente passa a escrito.
têm dado provas. Por isso, perdoar-me-ão E como sempre a estimularam os problemas, Falar da Manuela e do Rui é evocar a força
que não siga os cânones formais e isentos, em vez de a fazerem esmorecer! da amizade que não obstante todas as difer-
habituais nestas circunstâncias e opte por Em si encontramos uma ouvinte atenta e enças, se tem fortalecido com o tempo e com
evocar os aspectos que ao longo dos muitos sempre disponível a partilhar problemas e a a admiração mútuas, é sorrir com as suas
anos de convívio, mais me têm tocado, no cumplicidade na busca de soluções, seja qual apaixonadas discussões, que podem durar
contacto com estas duas personalidades. for a sua natureza. uma eternidade, para um leigo em matérias
Conheci verdadeiramente a Manuela Del- Também não esquecemos as suas gargalha- especíicas ligadas ao estudo das cerâmicas, e
gado quando vim trabalhar para o Museu, das francas, perante as pequenas e grandes que só cessam quando ambos esgotam todas
e desde logo me fascinou a sua integridade, coisas, do dia a dia, a forma divertida com as hipóteses e argumentos e chegam a um
enquanto pessoa, e particularmente como que se ri de si mesmo, por não saber onde consenso. È falar desse rigor e do entusiasmo
investigadora, faceta da sua personalidade põe os óculos, quando muitas vezes anda com que ambos gostam de transmitir o que
que sempre se manifestou no extremo rigor com eles no cimo da cabeça… sabem, sem cedências à facilidade e ao auto-
que impõe a si mesma, não hesitando em O seu nome evocará sempre, em cada um convencimento. É enim, ler atentamente
se questionar sobre o seu saber. Qualidade de nós, uma profusão de sentimentos e esta obra, testemunho do trabalho conjunto,
esta, Manuela, que faz de si uma pessoa recordações, desde as grandes às pequenas ao longo de anos, e agradecer-lhes o facto de
muito rara. Mas a sua incomensurável gen- coisas, muito para além do agora. Uma evo- os ter como amigos.
erosidade e o gosto que põe em transmitir cação plena de vida, calorosa, apaixonada, Amigos, que importa sublinhar, têm dado
tudo o que sabe, numa incondicional en- muito para além de qualquer acto circun- ao Museu e à cidade de Braga, um presti-
trega, fazem de si uma referência para várias stancial, ou de uma qualquer homenagem, moso e essencial contributo para o estudo das
gerações, mais jovens, que na Manuela têm que aliás, nunca quis aceitar. colecções decorrentes da investigação arque-
depositado a sua total coniança, e a quem, Ao falar de Rui Morais não posso deixar de ológica levada a cabo nesta cidade, ao longo dos
incansável, responde dando o melhor de referir alguns traços de carácter que fazem últimos trinta anos. Bem hajam pela presente
si, com o mesmo entusiasmo e o exaustivo dele um incansável estudioso, ávido de no- obra, da maior importância para o Museu.
rigor, que lhe serve de padrão em tudo o vos desaios, um trabalhador incessante, um
que tem feito. Quantas vezes a vejo inquieta amigo muito leal, que não hesita em dizer o

7
8
APRESENTAÇÃO | ADILIA ALARCÃO

Apresentar esta obra é para mim um prazer. onde exerce a sua actividade docente, tem-se características mais relevantes, complemen-
Porque se trata de um bom instrumento de pautado por iguais valores. tada por fotograias a cores da superfície e
trabalho e pela amizade e apreço que me A inclusão de um capítulo, assinado por corte de exemplares bem representativos das
ligam aos autores. Jorge Ribeiro, jovem investigador da pastas das cerâmicas.
A criação do Campo Arqueológico de Braga Unidade de Arqueologia, bem como a Muito útil é também o mapeamento de
em 1976, exigiu a rápida constituição de menção, na nota prévia, de todos os alunos todos os locais de procedência das cerâmicas
uma estrutura técnico-cientíica permanente que, de algum modo contribuíram para a inventariadas.
de apoio à escavação. Acedendo ao convite realização desta obra, ou ainda a dedi- Tratando-se de um guia, não se espere
do Director do Campo, Manuela Delgado catória a Clara Lobo, incansável obreira encontrar uma tipologia para cada categoria
tornar-se-ia um elemento-chave da equipa das tarefas que icam anónimas, todos estes cerâmica. Os objectos são apresentados por
então formada bem como da reorganização gestos são sinais de que o mesmo espírito grupos funcionais (pratos, tigelas, púcaros,
do Museu D. Diogo de Sousa onde veio a de equipa se mantém. potes, frigideiras, lucernas, etc.) e seleccio-
concentrar-se o apoio logístico ao projecto. Ao livro que se apresenta, os autores chama- nados pela variação que oferecem de uma
A experiência adquirida em Rabbat e ram guia. O que signiica uma obra simples, mesma forma. Assim se justiica a inclusão
Conimbriga, no tratamento e estudo das pragmática, destinada a rapidamente orien- de pequenos fragmentos a par de peças
cerâmicas, marcaram de forma assumida o tar quem da matéria nada ou pouco sabe e, inteiras e outras incompletas cujo peril se
trabalho realizado sobre Bracara Augusta por uma qualquer razão, não se encontra em conserva na sua totalidade.
sem, no entanto, impedir o desenvolvi- condições de sozinho desbravar terreno. No caso de uma produção imitar uma ou
mento de uma identidade própria que, Entre os possíveis interessados, os autores mais categoria(s) cerâmica(s) de importa-
ainda hoje, se reconhece na organização e elegem os alunos e jovens proissionais de ção, com tipologias bem deinidas (caso
tratamento do vastíssimo espólio recolhido arqueologia como público-alvo, pois foi no das chamadas terra sigillata e paredes
naquele museu e noutros organismos da âmbito de um seminário universitário, sobre inas, das lucernas ou das ânforas), elas são
região a que presta apoio técnico. É marca materiais arqueológicos, que surgiu a ideia sempre indicadas.
que cobre todo um percurso, da recolha de organizar esta publicação. Creio, porém, Quando uma peça já foi objecto de publi-
e triagem à publicação, passando pelo que ela facilmente atingirá outros destinos. cação, dá-se a respectiva referência e uma
armazenamento em reserva, ao restauro, As produções cerâmicas locais de Bracara bibliograia seleccionada completa este guia.
ao desenho e outras formas de registo. Augusta foram, a partir da década de 1960, A opção de remeter todas as fotograias,
Menos aparente, mas não menos impor- tratadas em diversas publicações, mas mapas e quadros para suporte digital oferece
tante, pois é o verdadeiro garante dessa sempre de modo parcelar. O presente guia vantagens óbvias, mas não é demais salientar
identidade, foi a generosidade, a humil- oferece, pelo contrário, uma panorâmica o conforto que representa ter um texto
dade cientíica, o rigor e respeito pelo geral e actualizada e nisso reside o principal impresso e dispor da ilustração num ecrã,
contributo de cada um que M. Delgado aspecto do seu interesse. com toda a interactividade que o computa-
imprimiu à equipa. De forma sucinta, traça-se a história de cada dor permite.
O trabalho desenvolvido por Rui Morais, uma das categorias presentes e caracterizam-
quer a título pessoal, quer em colabora- se os seus fabricos. Também aqui domina
ção com o Museu ou com a Unidade de o pragmatismo, fazendo-se apenas uma
Arqueologia da Universidade do Minho, descrição sumária, mas suiciente, das

9
NOTA PRÉVIA | À CLARA, AMIGA DE SEMPRE

O trabalho que se apresenta é o corolário de A ideia de fazer um guia das produções lo- pelo tratamento do material, restauro,
muitos anos de estudo dos materiais cerâmi- cais, surgiu no âmbito do seminário de Ma- desenho e fotograia esta obra não seria
cos de época romana, proveniente das olarias teriais Arqueológicos III, leccionado no 1º possível. Para todos vai a nossa gratidão.
de Bracara Augusta, a maioria dos quais Ciclo em Arqueologia na Universidade do
não foi publicada. Muitas das indicações Minho. Para tal tarefa contribuiram alguns
agora reunidas iam sendo dadas, ora para a alunos deste seminário. A eles, Emanuel
contextualização das escavações, ora para Longras, Lia Santos, Mário Pimenta, Patrícia
o estudo concreto das produções. Muitas Almeida, Verónica Crista, Alberto Sousa,
vezes tratava-se ainda de fornecer informa- Rui Duarte, Hélder Teixeira e Carlos
ções sobre as cerâmicas para as integrar nas Barbosa, um agradecimento especial. À Lia
vitrinas do Museu ou simplesmente para Santos se deve a continuidade desses tra-
elas serem referidas em guias ou roteiros. balhos; sem ela não teríamos tido a coragem
Nalguns casos, os autores deste trabalho de prosseguir neste estudo.
foram responsáveis pelo estudo parcial ou Este guia tem como destinatários os alunos
integral de algumas das produções aqui de arqueologia e jovens arqueólogos que,
consideradas, como sejam as cerâmicas nas suas escavações, lidam com uma quanti-
bracarenses, as paredes inas, os engobes dade ingente de material cerâmico. Se para
vermelhos não vitriicáveis, as cerâmicas os materiais de importação, nos podemos
vidradas e as lucernas. Outras vezes, algu- socorrer de manuais e tipologias consa-
mas destas produções foram estudadas em gradas que fazem das cerâmicas autênticos
conjunto. Damos como exemplo as cerâmi- fósseis directores para datar as escavações,
cas das necrópoles que incluíam, para além o mesmo não se pode dizer das produções
das cerâmicas comuns (inas e grosseiras), locais e/ou regionais. Neste sentido, con-
as cerâmicas pintadas, as cinzentas inas sideramos que este guia, sem pretender ser
polidas, as ânforas e lucernas, entre outras. exaustivo na sua análise e sem a preocupa-
Noutras circunstâncias, algumas produções ção de estudar as produções em si mesmas,
foram estudadas no âmbito de teses de pode ser útil para um melhor enquadra-
mestrado, caso da cerâmica bracarense por mento dos arqueossítios, para datar estratos
Felisbela Leite (1997), da cerâmica pintada e contextos construtivos. Se servir tal tarefa
por Ana Gomes (2000) ou da cerâmica damo-nos por satisfeitos.
cinzenta tardia por Alexandra Gaspar Sem o contributo que ao longo de várias
(2000). Estes estudos foram muito úteis décadas lhe têm dedicado tantas pessoas,
pelo facto de aí se apresentar, para além das integradas em escavações ou acompanha-
questões tipológicas e de enquadramento mentos de emergência, e sem a dedicação
arqueológico, a análise dos fabricos sob o inexcedível dos funcionários do Museu D.
ponto de vista da sua constituição química e Diogo de Sousa que, de um modo
mineralógica. empenhado e competente, são responsáveis

11
CERÂMICA

1.
DE
TRADIÇÃO
INDÍGENA
CERÂMICA DE TRADIÇÃO
INDÍGENA
A par das primeiras produções importadas, os potes são particularmente abundantes a
maioritariamente representadas por sigil- par de grandes pratos que, na sua maioria,
latas e paredes inas itálicas, documentam-se serviram como frigideiras (como se constata
na cidade de Bracara Augusta, cerâmicas pela grande quantidade de fuligem que
de fabrico local/regional ains a produções apresentam na parede externa).
recolhidas nos povoados da Idade do Ferro Documentam-se ainda fragmentos de talhas
Recente. Estas produções datam de cerca de ou dolia de grandes dimensões que, quando
16/15 a. C., data da fundação da cidade, até completos, poderiam atingir mais de um
meados do século I. Do ponto de vista téc- metro de altura e se destinavam a estar
nico estas produções apresentam uma pasta parcialmente enterrados. No contexto da
arenosa, mas mais depurada e melhor cali- cidade cabe destacar um fragmento, com a
brada do que as produções anteriores, com marca CAMAL, abreviatura de CAMALUS
acabamentos mais elaborados e superfícies (nº 27), um nome conhecido na onomástica
mais cuidadas, frequentemente alisadas ou indígena, frequente em dolia e inscrições
polidas. Regra geral têm menor quantidade lapidares e rupestres nos povoados do
de mica, dispersa em palhetas de pequeno Noroeste Peninsular, com destaque para a
e médio calibre e uma cozedura que pode Citânia de Briteiros. Um outro exemplar (nº
considerar-se boa ou razoável. Pela primeira 26), assinalado com numerais e um graito
vez surgem cerâmicas de tons claros, anepígrafo foi encontrado nas proximidades
resultantes de cozeduras oxidantes, de cor na cidade, na área hoje correspondente ao
bege, rosada e amarelada. A estas inovações campo de aviação de Palmeira.
tecnológicas junta-se um maior repertório Estão ainda documentados na cidade
de formas, como as talhas e panelas de cossoiros e discos circulares em cerâmica
asa em “orelha”. Os temas decorativos, com dimensões variadas, feitos a partir de
impressos ou incisos, incluem motivos em reutilizações de fragmentos de loiça (não
meandro, em cruz, ou espaços delimitados ilustrados). Acrescente-se ainda a presença
por simples motivos pontilhados. Por vezes de testos de diferentes tamanhos, simples
estas produções apresentam uma decoração ou de forma mais ou menos elaborada, com
plástica, como o pote recolhido em Braga, uma pega central.
com aplicações em forma de gomos dispos-
tos na vertical (nº 15).
O repertório de formas é variado e de
diferentes dimensões: copos, potes, tigelas,
taças, pratos e talhas. Como seria de esperar,

13
ESTAMPAS | CERÂMICA DE TRADIÇÃO INDÍGENA

1| 8| 15 |
Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Prato Objecto: Prato Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Idade do Ferro Recente Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: São Geraldo Proveniência: Estação de Caminhos de Ferro Proveniência: São Geraldo
N.I.: 1996.0923 N.I.: 2003.0597 N.I.: 2006.0419
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

2| 9| 16 |
Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Prato/ Frigideira Objecto: Púcaro Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças Proveniência: S. Geraldo Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0916 N.I.: 1995.0094 N.I.: 2008.0929
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

3| 10 | 17 |
Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Frigideira Objecto: Púcaro Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças Proveniência: Cavalariças Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0919 N.I.: 2003.1402 N.I.: 2008.0936
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

4| 11 |
Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Prato/ Frigideira Objecto: Taça
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0932 N.I.: 2008.0935
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

5| 12 |
Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Taça Objecto: Taça
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: R. D. Gonçalo Pereira Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2002.1038 N.I.: 2008.0927
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

6| 13 |
Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote Objecto: Copo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Idade do Ferro Recente
Proveniência: Av. Central (Mc Donals) Proveniência: Estação de Caminhos de Ferro
N.I.: 1995.0774 N.I.: 2003.1501
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

7| 14 |
Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Taça Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: S. Geraldo Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.1301 N.I.: 2008.0937
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

14
10 11
1

3
12

13

14

6 7
15

8 16

9 17

15
ESTAMPAS | CERÂMICA DE TRADIÇÃO INDÍGENA

18 | 25 |
Categoria: Tradição Indígena Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Cronologia: Idade do Ferro Recente
Proveniência: Misericórdia Proveniência: Estação de Caminhos de Ferro
N.I.: 1996.0917 N.I.: 2003.0353
Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est. VIII, nº10; II Bibliograia: Inédita
12, Est. VIII, nº10
26 |
19 | Categoria: Tradição Indígena
Categoria: Tradição Indígena Objecto: Talha
Objecto: Pote Cronologia: Idade do Ferro Recente
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50 Proveniência: Palmeira
Proveniência: Cavalariças N.I.: 2002.1957
N.I.: 1992.0890 Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est. IX, nº11; II 13,
Bibliograia: Inédita Est. IX, nº11
20 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0931
Bibliograia: Inédita

21 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0922
Bibliograia: Inédita

22 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0928
Bibliograia: Inédita

23 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0926
Bibliograia: Inédita

24 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0433
Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

16
20

19

21

18 22

23

24

25

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17
ESTAMPAS | CERÂMICA DE TRADIÇÃO INDÍGENA

27 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Talha
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1995.1212
Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est. IV, nº1; II 8, Est.
IV, nº1

28 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Testo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1998.1462
Bibliograia: Inédita

29 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Testo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0930
Bibliograia: Inédita

30 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Testo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0431
Bibliograia: Inédita

31 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Testo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0933
Bibliograia: Inédita

32 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Taça
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 1997.1342
Bibliograia: Inédita

Escala | 1:4

18
27

28

29

30

31

32

19
CERÂMICA

2.
CINZENTA FINA
POLIDA E
CINZENTA
ALTO-IMPERIAL
CERÂMICA CINZENTA
FINA POLIDA E CINZENTA
ALTO-IMPERIAL
A cerâmica cinzenta ina polida caracteriza-se trabalho continua a ser, nos dias de hoje,
por possuir uma pasta de cor cinzenta e um estudo de referência para enquadrar a
uma superfície polida por meio de um seixo, presença destas produções na região.
nas produções mais antigas, ou alisada com Esta produção não apresenta grande
a ajuda de um trapo molhado ou pedaço variedade de formas (nº 33 - 43). Para além
de couro. Possuem uma pasta friável e dos púcaros e potinhos (mais abundantes)
depurada, com uma cozedura uniforme foram identiicados copos, bilhas e pra-
que encontra paralelo nas produções do tos. Alguns fragmentos (não ilustrados)
Prado. Os motivos decorativos são variados, possuem uma decoração a roleta na zona
sendo mais frequentes os motivos de linhas central da parede muito semelhante às
paralelas dispostas na vertical ou ligeira- cerâmicas de paredes inas, igualmente
mente oblíquas, por vezes acompanhadas datáveis do período lávio. Ainda que de
por ornatos em ziguezague. forma isolada, acrescente-se, também, uma
No actual território português conhecem-se pequena peça votiva em miniatura, em
diversas produções em cerâmicas cinzentas forma de altar, recolhida nas escavações da
inas da Idade do Ferro, como se docu- ínsula das Carvalheiras (nº 43).
menta, por exemplo, em Conimbriga (J. Em menor número, encontram-se ainda em
Alarcão 1975). No Noroeste Peninsular estas Braga cerâmicas cinzentas com cronologias
produções mais antigas são menos frequentes. e formas ains às cinzentas inas polidas.
São, todavia, abundantes as produções Estas produções, que designámos cerâmicas
datadas dos séculos I e II, muito difundidas cinzentas alto-imperiais, diferenciam-se
em várias zonas do Império, o que parece ter das anteriores pelo facto de possuírem
correspondido a uma “moda” e gosto pela uma pasta mais dura, com abundantes
louça negra que cumpria a função duma grãos de quartzo, como é característico das
produção de luxo, designada por paredes produções de tradição indígena presentes na
inas, com custos muito menos elevados. cidade. Estas cerâmicas estão aqui ilustra-
A produção destas cerâmicas no Noroeste das por um jarro (nº44) e por um potinho
Peninsular e a sua dispersão foi pela primei- (nº 45), idêntico aos potinhos da cerâmica
ra vez objecto de um estudo especíico por cinzenta ina polida.
Teresa Soeiro (1982: 97-108), num artigo
publicado a propósito destas produções
recolhidas em Monte Mozinho. Apesar de
outros estudos que se lhe seguiram, este

21
ESTAMPAS | CERÂMICA CINZENTA FINA POLIDA E
CINZENTA ALTO-IMPERIAL

33 | 39 | 45 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida Categoria: Cinzenta Fina Polida Categoria: Cinzenta Alto - Imperial
Objecto: Prato Objecto: Potinho Objecto: Potinho
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II Cronologia: 2ª metade séc. I Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Rua do Caires Proveniência: Termas
N.I.: 1994.0893 N.I.: 2000.0131 N.I.: 1991.2233
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

34 |
40 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Copo
Objecto: Potinho
Cronologia: 2ª metade séc. I
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Cangosta da Palha (Necrópole Via
Proveniência: Termas
XVII)
N.I.: 1995.0770
N.I.: 1991.0808
Bibliograia: Inédita
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 141 e 162,
ig. 94, nº11

41 |
35 | Categoria: Cinzenta Fina Polida
Categoria: Cinzenta Fina Polida Objecto: Potinho
Objecto: Copo Cronologia: 2ª metade séc. I
Cronologia: 2ª metade séc. I Proveniência: Rua do Caires (Necrópole da Via XVI)
Proveniência: Rua do Caires (Necrópole Maximinos) N.I.: 1991.0926
N.I.: 1991.1001 Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 59, ig. 9,
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 69, 70, 85 e nº34
162, ig. 20, nº10

42 |
36 | Categoria: Cinzenta Fina Polida
Categoria: Cinzenta Fina Polida Objecto: Potinho
Objecto: Púcaro Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II Proveniência: Av. da Liberdade (Necrópole Via XVII)
Proveniência: Pio XII N.I.: 1994.0729
N.I.: 1991.1262 Bibliograia: Inédita
Bibliograia: Inédita

37 | 43 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Púcaro Objecto: Objecto de uso indeterminado
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.0737 N.I.: 1991.1754
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Morais 2005: I 93, nº2; II 22, nº2

38 | 44 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida Categoria: Cinzenta Alto - Imperial
Objecto: Bilha Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Cavalariças Proveniência: Termas
N.I.: 1991.2375 N.I.: 1991.2231
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

22
33

40

34

41

35
42

43

36

44
37

45

38

39

23
CERÂMICA

3.
BRACARENSE
CERÂMICA
BRACARENSE
Esta cerâmica foi pela primeira vez referida análises laboratoriais (Leite, 1997; Gomes, algumas das quais saídas de uma das prin-
por Rigaud de Sousa em 1965 no IV 2000). Caracteriza-se, genericamente, por cipais oicinas da cidade, conhecidas pela
Colóquio Portuense de Arqueologia. Mais possuir uma pasta muito depurada de cor assinatura Lucretius.
tarde Adília Alarcão (1966) dá a conhecer creme claro e superfície sempre revestida De acordo com as diferentes categorias de
à comunidade cientíica internacional a por um engobe de cor pouco homogénea, cerâmica que a produção bracarense imita e a
existência desta cerâmica, num trabalho variando entre o amarelado, mais frequente, apreciação crono-estratigráica dos materiais,
publicado na revista Rei Cretariae Romanae e tonalidades laranja-acastanhadas e salmão, esta produção data de meados do século I a
Fautorum Acta, nº VIII, sob o título Bref por vezes ligeiramente metalizado, com inícios do século II (Morais, 2005).
aperçu sur la céramique romaine trouvée à manchas negras frequentes. A cerâmica bracarense recolhida em Aquis
Bracara Augusta. No início da década de 70, Esta produção caracteriza-se ainda pela Querquennis provém de estratos datados
no II Congresso Nacional de Arqueologia, imitação das formas mais usuais da terra do reinado de Vespasiano (69-96 d. C.).
Rigaud de Sousa, num estudo intitulado sigillata hispânica (nº 46 - 70) e de algumas Como seria de esperar, aí são abundantes as
Cerâmica ina típica de Braga (1971, 451- formas de paredes inas típicas da região formas Drag. 35 e Drag. 36, com uma lata
55), aborda de novo esta cerâmica a partir emeritense (nº 71 - 76). Prevalece a deco- cronologia de produção, em detrimento
de novos dados resultantes das escavações ração feita com rodízio ou o guilloché, de das formas mais antigas, caso das formas
por si realizadas. Percorridos poucos anos, excelente execução. Drag. 29 e Drag. 24/25. Em Braga, pelo
Adília Alarcão, em trabalho conjunto com Os escassos vestígios de importações de contrário, são particularmente abundantes
Alina Martins (1976, 1-19, Est. I-VII), pub- terra sigillata bética, por um lado, e a análise estas últimas formas.
lica um excelente artigo sobre esta cerâmica atenta da cerâmica bracarense, por outro,
referindo, para além da sua dispersão no parece sugerir que não estamos perante uma
norte do país, as suas características es- simples imitação de cerâmica importada
senciais e respectiva problemática. Este feita por oleiros de origem local, mas, talvez,
trabalho passou a constituir uma referência da instalação em Bracara Augusta de oleiros
para diferentes autores que, no contexto vindos da região da Bética, conhecedores de
do Noroeste português, encontravam esta formas especíicas de paredes inas
produção. Salientamos, entre outros, o emeritenses e da terra sigillata daquela
trabalho de Lino Tavares Dias sobre as região, em especial de Andújar.
cerâmicas romanas de Tongobriga, realizado Além da imitação desta louça ina de mesa
em 1995, e de Felisbela Leite, na sua tese muito requintada, a cerâmica bracarense
de mestrado intitulada Contribuição para o contempla ainda formas típicas da cerâmica
estudo da cerâmica ina de Braga. A cerâmica comum (nº 77- 94).
“dita bracarense”, defendida em 1997. Saliente-se, ainda, uma produção especíica
Trata-se de uma produção feita com argilas neste tipo de produção de lucernas do tipo
cauliníticas como pôde ser conirmado pelas Dressel 20 (nº 315) e Loeschke X (nº 319),

25
ESTAMPAS | CERÂMICA BRACARENSE

46 | 53 | 60 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 29) Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 24/25) Objecto: Taça (Imitação Dragendorf 36)
Cronologia: 50-100 Cronologia: 50 - 100 Cronologia: 80 - 120
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Maximinos Proveniência: São Geraldo
N.I.: 2002.1002 N.I.: 1991.1413 N.I.: 2002.2093
Bibliograia: Morais 2005: I 306, nº1; II 343, nº1 Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 104, nº 55; Bibliograia: Morais 2005: I 312, nº120; II 360, nº120
Est. IV
47 | 61 |
Categoria: Bracarense 54 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 29) Objecto: Taça (Imitação Dragendorf 36)
Cronologia: 50-100 Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 24/25)
Cronologia: 50 - 100 Proveniência: Carvalheiras
Proveniência: Colina da Cividade Cronologia: 50 - 120
N.I.: 1991.1411 Proveniência: Seminário de Santiago
N.I.: 1991.0717 N.I.: 2002.2071
Bibliograia: Morais 2005: I 309, nº38; II 349, nº38 Bibliograia: Morais 2005: I 312, nº124; II 360, nº124
Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 105, nº 56;
48 | Est. IV
62 |
Categoria: Bracarense 55 | Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 29) Categoria: Bracarense Objecto: Taça (Imitação Dragendorf 36)
Cronologia: 50-100 Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 24/25) Cronologia: 80 - 120
Proveniência: S. Geraldo Cronologia: 50 - 100 Proveniência: Rua Santo António das Travessas
N.I.: 2001.0001 Proveniência: Praia das Sapatas N.I.: 2002.2112
Bibliograia: Morais 2005: I 308, nº18; II 345, nº18 N.I.: 2001.1335 Bibliograia: Morais 2005: I 313, nº134; II 363, nº134
Bibliograia: Morais 2005: I 311, nº97; II 357, nº97
49 |
56 | 63 |
Categoria: Bracarense
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 29)
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 27) bjecto: Taça (Imitação Dragendorf 36)
Cronologia: 50-100
Cronologia: 70 - 120 Cronologia: 80 - 120
Proveniência: Salvamento na Rua Imaculada Con-
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade Proveniência: Braga/ sem contexto
ceição (Livraria Cruz)
N.I.: 2002.2114 N.I.: 1993.0686
N.I.: 1991.1418
Bibliograia: Morais 2005: I 311, nº101; II 358, nº 101 Bibliograia: Morais 2005: I 313, nº143; II 346,nº143
Bibliograia: Morais 2005: I 309, nº47; II 351, nº47
57 | 64 |
50 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 35 – 1º Objecto: Tigela (Imitação Hispânica 5, variante)
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 29)
Grupo) Cronologia: 80 - 120
Cronologia: 50-100
Cronologia: 50 - 100 Proveniência: Carvalheiras
Proveniência: Albergue
Proveniência: São Geraldo N.I.: 2001.1427
N.I.: 2002.1287
N.I.: 2003.1078 Bibliograia: Morais 2005: I 313, nº145; II 365, nº145
Bibliograia: Morais 2005: I 309, nº49; II 351, nº49
Bibliograia: Morais 2005: I 312, nº112; II 359, nº112
51 | 65 |
58 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 37/ Aj. 1) Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4)
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 35)
Cronologia: 75 - 100 Cronologia: 100 - 120
Cronologia: 60 - 100
Proveniência: São Sebastião Proveniência: Maximinos
Proveniência: Cardoso da Saudade
N.I.: 2002.2135 N.I.: 2002.0248
N.I.: 2002.2097
Bibliograia: Morais 2005: I 309, nº60; II 352, nº60 Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, nº74,
Bibliograia: Morais 2005: I 312, nº116; II 359, nº116
Est. V
52 | 59 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 37/ Aj. 1) Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 35)
Cronologia: 50-100 Cronologia: 60 - 100
Proveniência: Avenida Central (Sepultura 9) Proveniência: Fujacal
N.I.: 1997.1345 N.I.: 2002.2109
Bibliograia: Morais 2005: I 309, nº53; II 352, nº53 Bibliograia: Morais 2005: I 312, nº118; II 359, nº118 Escala | 1:4

26
46
53
60

47
54

61

55
48

62

56

49

63

57

50

64

58
51

52 59 65

27
ESTAMPAS | CERÂMICA BRACARENSE

66 | 72 | 78 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4) Objecto: Pote (Imitação Mayet L) Objecto: Tigela
Cronologia: 100 - 120 Cronologia: 50 - 120 Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Maximinos Proveniência: Citânia de Briteiros Proveniência: Termas
N.I.: 2002.0228 N.I.: 2002.1982 N.I.: 2002.2139
Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, nº76; Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, nº Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº204; II 379, nº204
Est. V 93; Est. VI; Est. VII, 1
79 |
67 | 73 | Categoria: Bracarense
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense Cronologia: 50 – 120
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4) Objecto: Pote (Imitação Mayet L) Proveniência: Hospital
Cronologia: 100 - 120 Cronologia: 50 - 120 N.I.: 2002.2116
Proveniência: Maximinos Proveniência: Carvalheiras Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº205; II 379, nº205
N.I.: 2002.0247 N.I.: 2002.1976
Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, nº 75; Bibliograia: Morais 2005: I 316, nº178; II 375, nº178
Est. V 80 |
Categoria: Bracarense
74 | Objecto: Tigela
68 | Categoria: Bracarense Cronologia: 50 - 120
Categoria: Bracarense Objecto: Pote (Imitação Mayet L) Proveniência: Termas
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4) Cronologia: 50 - 120 N.I.: 2000.0577
Cronologia: 100 - 120 Proveniência: Citânia de Briteiros Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº207; II 380, nº207
Proveniência: Rua Santo António das Travessas N.I.: 2002.1981
N.I.: 2001.1015 Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, nº
Bibliograia: Morais 2005: I 314, nº164; II 369, nº164 93; Est. VI; Est. VII, 1; Morais 2005: I 316, nº182; II 81 |
376, nº182 Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela
69 | Cronologia: 50 - 120
Categoria: Bracarense 75 | Proveniência: Termas
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 29) Categoria: Bracarense N.I.: 2002.2138
Cronologia: 50 - 100 Objecto: Pote (Imitação Mayet L) Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº206; II 380, nº206
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade e Semi- Cronologia: 50 - 120
nário de Santiago 1996 Proveniência: Citânia de Briteiros 82 |
N.I.: 2001.1419 e 1991.0762 N.I.: 2002.1983 Categoria: Bracarense
Bibliograia: Morais 2005: I 315, nº175; II 372, nº17 Bibliograia: associada ao número 183 em Alarcão e Objecto: Tigela
Martins, 1976: 93-96; 108, nº 93; Est. VI; Est. VII, 1; Cronologia: 50 - 120
Morais 2005: I 316, nº184; II 376, nº184 Proveniência: Termas
70 |
Categoria: Bracarense N.I.: 2000.0581
Objecto: Cantil (Imitação Hermet 13) 76 | Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº208; II 380, nº208
Cronologia: 80 - 120 Categoria: Bracarense
Proveniência: Maximinos Objecto: Jarro (Imitação Mayet L II) 83 |
N.I.: 1991.2259 Cronologia: 50 - 120 Categoria: Bracarense
Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 98; 109, nº 105; Proveniência: Termas Objecto: Copinho?
Est. VI; Morais 2005: I 316, nº176; II 373, nº176 N.I.: 2002.0259 Cronologia: 50 - 120
Bibliograia: Morais 2005: I 317, nº185; II 377, nº185 Proveniência: São Sebastião
71 | N.I.: 2002.2151
Categoria: Bracarense 77 | Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº222; II 382, nº222
Objecto: Pote (Imitação Mayet L) Categoria: Bracarense
Cronologia: 50 - 120 Objecto: Tigela
Proveniência: São Torcato Cronologia: 50 - 120
N.I.: 2002.1980 Proveniência: Carvalheiras
Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, nº N.I.: 2002.2148
94; Est. VI; Est. VII, 2 Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº203; II 379, nº203 Escala | 1:4

28
66
71

72

67

73

74

68

75

69 80

76
81

77

82

78

70 79 83

29
ESTAMPAS | CERÂMICA BRACARENSE

84 | 91 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Objecto: Púcaro Objecto: Pote
Cronologia: 50 - 120 Cronologia: 50 – 120
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Hospital
N.I.: 2000.2153 N.I.: 2002.2132
Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº217; II 381, nº217 Bibliograia: Morais 2005: I 317, nº197; II 378, nº197

85 | 92 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Objecto: Púcaro Objecto: Pote
Cronologia: 50 - 120 Cronologia: 50 – 120
Proveniência: São Sebastião Proveniência: Termas
N.I.: 2002.2150 N.I.: 2002.1975
Bibliograia: Morais 2005: I 318 nº212; II 381, nº212 Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº201; II379, nº201

86 | 93 |
Categoria: Bracarense Categoria: Bracarense
Objecto: Púcaro Objecto: Pote
Cronologia: 50 - 120 Cronologia: 50 – 120
Proveniência: Termas Proveniência: Maximinos
N.I.: 2002.2140 N.I.: 2002.2156
Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº218; II 381, nº218 Bibliograia: Alarcão e Martins, 1976: 99; 107-108, nº
88; Est. VI
87 |
Categoria: Bracarense 94 |
Objecto: Jarro Categoria: Bracarense
Cronologia: 50 - 120 Objecto: Potinho
Proveniência: São Geraldo Cronologia: 50 – 120
N.I.: 2002.2152 Proveniência: Cavalariças
Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº214; II 381, nº214 N.I.: 2002.2146
Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº221; II 382, nº221
88 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Bilha
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Rua Damião de Góis
N.I.: 2000.0573
Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº219; II 381, nº219

89 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Bilha
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 2002.2000
Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº216; II 381, nº216

90 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Bilha
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: São Sebastião
N.I.: 2002.2149
Bibliograia: Morais 2005: I 318, nº210; II 381, nº210 Escala | 1:4

30
84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

31
CERÂMICA

4.
DE
PAREDES
FINAS
CERÂMICA DE PAREDES
FINAS
Até há pouco insuspeita, existiu de facto
uma produção de paredes inas locais,
embora deva ser considerada residual. Tal
hipótese foi comprovada pelas análises labo-
ratoriais que vieram demonstrar que existem
paredes inas fabricadas com argilas prove-
nientes da região do Prado (Morais 2005).
O fabrico, idêntico às cerâmicas comuns
inas de pasta de cor creme/esbranquiçada,
não apresenta uma superfície engobada.
A excepção cabe ao fragmento nº 98, que
parece possuir uma ligeira aguada.
A possibilidade da comercialização das
produções de paredes inas locais fora da
cidade parece-nos, todavia, pouco aceitável,
ainda que possa admitir-se que os estudos
até agora realizados não lhes tenham presta-
do a devida atenção, passando camulados
ou, podendo inclusivamente, ser considera-
das formas experimentais que não chegaram
a ser comercializadas.
Com excepção de um fragmento de fundo
de forma indeterminada (nº 95), decorado
com rodízio, disposto transversalmente,
os restantes fragmentos copiam formas de
paredes inas provenientes da Bética. Até ao
momento encontraram-se três exemplares
fragmentados desta produção, com deco-
ração mamilar disposta de forma aleatória,
dois dos quais parece terem-se inspirado
na Forma Mayet XXXVII (nº 96 - 97) e o
último, de peril quase completo, na Forma
Mayet XXXVIII B (nº 98).

33
ESTAMPAS | CERÂMICA DE PAREDES FINAS

95 |
Categoria: Paredes inas
Objecto: Taça? (Indeterminado)
Cronologia: 31 - 54
Proveniência: Casa da Bica (Colina da Cividade)
N.I.: 1999.0467
Bibliograia: Morais 2005: I 283, nº1; II 339, nº1

96 |
Categoria: Paredes inas
Objecto: Copo? (Mayet XXXVII?)
Cronologia: 41 - 68
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1999.0469
Bibliograia: Morais 2005: I 283, nº2; II 339, nº2

97 |
Categoria: Paredes inas
Objecto: Copo? (Mayet XXXVII?)
Cronologia: 41 - 68
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1999.0464
Bibliograia: Morais 2005: I 283, nº3; II 339, nº3

98 |
Categoria: Paredes inas
Objecto: Copo (Mayet XXXVIII B?)
Cronologia: 40 - 100
Proveniência: Rua Damião de Góis
N.I.: 1991.1825
Bibliograia: Morais 2005: I 283, nº4; II 339, nº4

Escala | 1:2

34
95

96

97

98

35
CERÂMICAS

5.
PINTADAS
CERÂMICAS PINTADAS

No actual território português as de duas asas. Menos abundantes são os trado numa fossa da insula das Carvalheiras
produções pintadas não tiveram grande copos e potinhos tão característicos nas (nº 122), datado da 2ª metade do século II a
expressão durante a época romana. Cabe produções inas da cerâmica comum. Deste inais do século III (Delgado 1996-97, 153;
uma excepção a Conimbriga, local onde se conjunto destacam-se os potes de duas asas Gomes 2000: 153, Est. XIV, nº 83; Morais
documentou uma produção deste tipo de por apresentarem na parede externa uma 2005: I, 93; II, 23, Est. XIX, nº 3). A deco-
cerâmicas com uma difusão local e regional, profusa decoração com motivos triangu- ração é mais heterogénea. Para além dos
maioritariamente concentradas a norte lares preenchidos com traços horizontais e motivos triangulares preenchidos com
do Mondego. As produções pintadas de reticulados e as imitações de formas de terra traços horizontais e reticulados, caracterís-
Conimbriga datam de todo o período im- sigillata Drag. 35 (nº 100) e 36 (nº101) com ticos dos potes de duas asas, e dos motivos
perial e oferecem uma apreciável variedade a aba decorada com traços paralelos, verticais constituídos por traços paralelos, verticais
de tipos de fabrico e de esquemas decora- ou oblíquos. Destaque-se ainda alguns e oblíquos, que ocupam geralmente a face
tivos, sendo de destacar os exemplares com fragmentos decorados com representações superior de exemplares com abas, docu-
pinturas características dos inais do século humanas (nº 106), recolhidos em estratos mentam-se outras decorações. É o caso da
I a. C. (A. Alarcão 1975; 161-106-109; datados de 50 a 80 (A. Alarcão 1975: 107; ornamentação formada por linhas ondeadas
1976: 43-50; 128-130, Pl. IX-XI). Pl. XX, nº 1-2, Morais 2005). A cor das ou em ziguezague e de pequenas manchas
Como sugere um mapa de difusão apresenta- decorações é constituída por tonalidades circulares que sugerem pérolas ou pequenos
do por Juan Manuel Abascal Palazón (1984: castanhas/avermelhadas. círculos. Estes últimos motivos ocupam
202) as cerâmicas pintadas tiveram uma lata As produções do Prado provêm de dois geralmente a face superior das abas, as asas e
difusão no conventus bracaraugustanus. barreiros diferentes, ainda que com fabricos a face externa da parede (raramente a inter-
Em Braga as cerâmicas pintadas estão menos uniformes, com pastas que variam na). Ainda características desta produção
documentadas por duas produções distin- entre o beige claro, rosado e alaranjado ou são as representações de arbustos e árvores
tas: uma com fabrico caulinítico, como na mesmo castanho mais ou menos escuro (nº estilizadas que ornamentam pratos, tigelas,
cerâmica bracarense, e outra com argilas do 107 - 127). As formas são mais diversii- bilhas e jarros (preferencialmente estes
Prado (Gomes 2000). cadas e têm uma cronologia de produção últimos). Para além da cor vermelha e
A produção dos caulinos, com dois fabricos mais alargada, situada entre os inais do laranja foi também utilizado o branco.
distintos de pasta creme clara ou esbran- século I e inais do século IV/ inícios da Nesta produção, a cor branca é utilizada,
quiçada, data dos meados do século I aos centúria seguinte. Para além do fabrico de mas apenas quando acompanhada da cor
inícios da centúria seguinte, momento taças, tigelas, potes de duas asas e bilhas e vermelha e em exemplares datados a partir
coincidente com a produção da cerâmica jarras, são igualmente abundantes os copos do 1º quartel do século IV.
bracarense que provavelmente teria sido e os potinhos, alguns dos quais recolhidos
fabricada nas mesmas oicinas (nº 99 - 106). em necrópoles da cidade. Nesta produção
Os tipos mais abundantes correspondem cabe igualmente salientar a presença de vários
a formas típicas de um serviço de mesa, fragmentos de vasos rituais, com destaque para
em que se destacam taças, tigelas e potes um, de peril completo e restaurado, encon-

37
ESTAMPAS | CERÂMICAS PINTADAS - caulinos

99 | 106 |
Categoria: Cerâmica pintada Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela (Imitação Hispânica, 5 variante) Objecto: Indeterminada
Cronologia: 2ª metade séc. I Cronologia: 50 - 80
Proveniência: S. Geraldo Proveniência: Antigas Escavações
N.I.: 1997.1401 N.I.: 2002.1282
Bibliograia: Gomes 2000: 106; Est. I, nº 8 Bibliograia: Alarcão, A. 1975: 103; 168, Pl. XX, nº 1;
Morais 2005: I, 93; II, 21, Est. XVII, nº 1
100 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 35)
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1999.1278
Bibliograia: Gomes 2000: 105; Est. I, nº 1

101 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Taça (Imitação Dragendorf 36)
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Antigas Escavações
N.I.: 1999.0797
Bibliograia: Gomes 2000: 107; Est. II, nº 13

102 |
Categoria: Cerâmica pintada
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1067
Bibliograia: Gomes 2000: 107; Est. II, nº 16

103 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Pote de duas asas
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Cardoso da Saudade
N.I.: 1997.1068
Bibliograia: Gomes 2000: 107; Est. III, nº 17

104 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Pequeno pote de duas asas
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Teatro
N.I.: 2005.0168
Bibliograia: Inédita

105 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Pote
Cronologia: 2ª metade séc. I / II
Proveniência: Termas
N.I.: 1999.0802
Bibliograia: Gomes 2000: 109; Est. IV, nº 25 Escala | 1:4

38
99

104

100
105

106

101

102

103

39
ESTAMPAS | CERÂMICAS PINTADAS - prado

107 | 114 |
Categoria: Cerâmica pintada Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Prato Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Largo de S. João do Souto
N.I.: 1997.1066 N.I.: 2000.0949
Bibliograia: Gomes 2000: 152; Est. IX, nº 75 Bibliograia: Gomes 2000: 148; Est. VI, nº 54

108 | 115 |
Categoria: Cerâmica pintada Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Prato Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV/inícios V Cronologia: Séc. IV
Proveniência: São Geraldo Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1339 N.I.: 1992.0993
Bibliograia: Gomes 2000: 152; Est. X, nº 76 Bibliograia: Gomes 2000: 148; Est. VII, nº 58

109 | 116 |
Categoria: Cerâmica pintada Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Alguidar Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1064 N.I.: 1997.1230
Bibliograia: Gomes 2000: 153; Est. XIII, nº82 Bibliograia: Gomes 2000: 131/132 e 150/151; Est.
IX, nº69
110 |
Categoria: Cerâmica pintada 117 |
Objecto: Taça Categoria: Cerâmica pintada
Cronologia: 2ª metade séc. I/ inais séc. III Objecto: Tigela
Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Séc. IV
N.I.: 1991.1757 Proveniência: Carvalheiras
Bibliograia: Gomes 200: 149; Est. VII, nº 59 N.I.: 1991.1228
Bibliograia: Gomes 2000: 149; Est. VIII, nº 61
111 |
Categoria: Cerâmica pintada 118 |
Objecto: Taça Categoria: Cerâmica pintada
Cronologia: Séc. II/ IV Objecto: Copo
Proveniência: Teatro Cronologia: Séc. IV
N.G.: 2005.0204 Proveniência: Largo S. João do Souto
Bibliograia: Inédita N.I.: 1997.0087
Bibliograia: Gomes 2000: 145; Est. V, nº 34
112 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Casa da Bica (Colina da Cividade)
N.I.: 1997.1218
Bibliograia: Gomes 2000: 147; Est. VI, nº 47

113 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Taça
Cronologia: Séc. III / IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1252
Bibliograia: Gomes 200: 148; Est. VII, nº 55 Escala | 1:4

40
107

111

115

112

108

113

116

109
117

114

110 118

41
ESTAMPAS | CERÂMICAS PINTADAS - prado

119 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Púcaro
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 1997.0067
Bibliograia: Gomes 2000: 146; Est. VI, nº 46

120 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1755
Bibliograia: Gomes 2000: 152; Est. XI, nº 78

121 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I/ inais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2204
Bibliograia: Gomes 2000: 152; Est. XII, nº 79

122 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I / inais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1761
Bibliograia: Gomes 2000: 153; Est. XIV, nº 83; Mo-
rais 2005: I, 93; II, 23, Est. XIX, nº 3

Escala | 1:4

42
119

121

120

122

43
ESTAMPAS | CERÂMICAS PINTADAS - prado

123 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. III/ IV
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.2234
Bibliograia: Gomes 2000: 153; Est. XIII, nº 80

124 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Pote de duas asas
Cronologia: Séc. II/ III
Proveniência: Largo de Santa Cruz
N.I.: 1997.1041
Bibliograia: Gomes 2000: 152; Est. X, nº 77

125 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Potinho
Cronologia: Séc. III
Proveniência: Rua do Caires (Necrópole da Via XVI)
N.I.: 1991.1003
Bibliograia: Gomes 2000: 145; Est. V, nº 37

126 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Potinho
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1994.0477
Bibliograia: Gomes 2000:146; Est. V, nº 40

127 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Potinho
Cronologia: 60-120
Proveniência: Rua do Caires (Necrópole Via XVI)
N.I.: 1991.0685
Bibliograia: Morais 2005: I, 89; II, 20; Est. XVI, nº 1

Escala | 1:4

44
123

124

125

126

127

45
CERÂMICAS

6.
DE
ENGOBE
VERMELHO
CERÂMICAS DE ENGOBE
VERMELHO
Esta produção, datada de todo o período um exemplar de metal.
imperial, é muito frequente em Braga onde O Grupo III (nº 157 - 170) possui fabricos
foram encontrados alguns milhares de e engobes idênticos aos do grupo anterior,
fragmentos de peças, distribuídos por toda a diferenciando-se apenas pelo facto de se
área ocupada pela cidade romana. tratar de formas típicas da cerâmica comum:
Na apresentação e estudo desta cerâmica op- pratos, pratéis, tigelas, frigideiras, tachos,
támos por distinguir três grupos, de acordo formas, púcaras(os) e bilhas.
com a tipologia, as técnicas de fabrico e o Um dos exemplares deste grupo (nº 159),
tipo de engobe utilizados. em forma de prato ou taça, possui um fundo
O Grupo I (nº 128 - 129), menos represen- interno alterado em forma de phiale. A este
tado na cidade, caracteriza-se por possuir grupo pertence ainda um prato/travessa (nº
um engobe idêntico ao “engobe vermelho 157) proveniente da vila romana da Póvoa
pompeiano”. As formas imitam os pratos de Lanhoso, incluída no âmbito da inluên-
da produção conhecida pela designação de cia de Bracara Augusta.
“pompejanish-roten Platen” (Oberaden 21).
O Grupo II (nº 130 - 156), com engobes
de cor, espessura e brilho variáveis, imitam
formas de terra sigillata. Neste conjunto são
predominantes as imitações da sigillata afri-
cana (Hayes 42, 58 B, 58 var., 59 B, 59/67,
61 A, 61 A/B, 61 B, 63, 76, Delgado 1968,
Delgado 1968 var. e “Sétif ” 1970), seguidas
das imitações da terra sigillata hispânica alto
(Ritt. 8 e Drag. 36) e baixo-imperial (Ritt.
8, Drag. 15/17, Forma 83 B e 37 Tardia).
Neste grupo incluem-se ainda imitações da
terra sigillata gálica
alto-imperial da forma Ritt. 5 (nº 130
- 131). Deste conjunto destacamos o
fragmento da forma “Sétif ” 1970 (nº 156),
um tipo raro na produção africana (Atlante
140-141; Tav. LXVIII, nº 12). Dada a rari-
dade desta forma é possível que neste último
caso se trate de uma inspiração a partir de

47
ESTAMPAS | CERÂMICAS DE ENGOBE VERMELHO
GRUPO I - tipo pompeiano

128 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano
Objecto: Prato (Imitação de Oberaden 21)
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1280
Bibliograia: Delgado 1993/94: 117 e 131; Est: I, nº4

129 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato/ Frigideira (Imitação de Oberaden 21)
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1997.1315
Bibliograia: Inédita

Escala | 1:4

48
128

129

49
ESTAMPAS | CERÂMICAS DE ENGOBE VERMELHO
GRUPO II

130 | 136 |
Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação Ritterling 5) Objecto: Prato (Imitação de Dragendorf 36)
Cronologia: 41 - 54 Cronologia: Inícios do séc. II
Proveniência: Termas Proveniência: Carvalheiras
N.I : 1999.2339 N.I.: 1995.1222
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Delgado 1993/94: 124 e 133; Est. IV,
nº19

131 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano 137 |
Objecto: Taça (Imitação de Ritterling 5) Categoria: Engobe Vermelho
Cronologia: 41 - 54 Objecto: Prato (Imitação Dragendorf 15/17)
Proveniência: Maximinos Cronologia: Séc. III
N.I.: 1995.0524 Proveniência: Carvalheiras
Bibliograia: Inédita N.I. : 1991.1765
Bibliograia: Inédita

132 |
Categoria: Engobe Vermelho 138 |
Objecto: Tigela (Imitação de Ritterling 8) Categoria: Engobe Vermelho
Cronologia: Finais do séc. III / séc. IV Objecto: Prato (Imitação Hispânica Tardia 83 B)
Proveniência: Carvalheiras Cronologia: 1ª metade do séc. III / início do séc. IV
N.I.: 1992.0879 Proveniência: Misericórdia
Bibliograia: Delgado 1993/94: 123 e132; Est. III, N.I.: 1996. 0908
nº11 Bibliograia: Inédita

133 | 139 |
Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação de Ritterling 8) Objecto: Taça (Imitação de Dragendorf f 37)
Cronologia: Inícios do séc. II Cronologia: 2ª metade do séc. IV/ 1ª metade do séc. V
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2275 N.I.: 1994.0906
Bibliograia: Delgado 1993/94:123 e 132; Est. III, Bibliograia: Delgado 1993/1994:123/132; Est. III,
nº10 nº12

134 | 140 |
Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação Ritterling 8) Objecto: Taça (Imitação de Dragendorf 37)
Cronologia: Início do séc. IV Cronologia: 2ª metade do séc. IV / 1ª metade do séc. V
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1766 N.I.: 1996.0155
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Delgado 1993/4: 123/124; Est: nº13

135 | 141 |
Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Taça (Imitação de Dragendorf 36) Objecto: Prato (Imitação Hayes 42)
Cronologia: Finais do séc. I/ inícios do séc. II Cronologia: 220 - 240/250
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1793 N.I. : 1992.0441
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

50
130 138

131 139

140
132

133

134

135

136

137 141

51
ESTAMPAS | CERÂMICAS DE ENGOBE VERMELHO
GRUPO II

142 | 148 | 154 |


Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 58 B) Objecto: Prato (Imitação de Hayes 61 A/B) Objecto: Tigela (Delgado 1968)
Cronologia: 290/300 - inícios do séc. V Cronologia: 1º quartel do séc. IV / 450 Cronologia: Inícios do séc. IV / meados do séc. V
Proveniência: Hospital Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1995.0321 N.I.: 1995.1219 N.I.: 1992.0875
Bibliograia: Delgado 1993/94: 124 e 133; Est. IV, Bibliograia: Delgado 1993/94: 124/5 e 134; Est. V, Bibliograia: Delgado 1993/94: 125-126, Est. VI, nº29
nº17 nº22 e 23

155 |
149 | Categoria: Engobe Vermelho
143 |
Categoria: Engobe Vermelho Objecto: Tigela (Imitação de Delgado 1968, variante)
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 61 B) Cronologia: Sécs. IV – V
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 58, variante)
Cronologia: Cerca de 325-480 Proveniência: Necrópole da Quinta do Paço
Cronologia: 290/300 - inícios séc. V
Proveniência: Carvalheiras N.I.: 1991.1832
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1993.0687 Bibliograia: Inédita
N.I.: 1993.1110
Bibliograia: Delgado 1993/94: 124; Est. V nº24
Bibliograia: Inédita

156 |
150 | Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano
144 |
Categoria: Engobe Vermelho Objecto: Taça (Imitação de “Sétif ” 1970)
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação de Hayes 61 B) Cronologia: 2ª metade séc. IV / meados séc. V
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 59 B)
Cronologia: 1º quartel do séc. IV / 450 Proveniência: São Geraldo
Cronologia: 320 - 420
Proveniência: Cardoso da Saudade N.I.: 2003.1557
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1991.1407 Bibliograia: Inédita
N.I.: 1996.0924
Bibliograia: Delgado 1993/94: 134; Est. V, nº25
Bibliograia: Inédita

151 |
145 | Categoria: Engobe Vermelho
Categoria: Engobe Vermelho Objecto: Prato (Imitação de Hayes 63)
Objecto: Prato (Imitação/ Inspiração de Hayes 59 B) Cronologia: Último quartel do séc. IV
Cronologia: 320 – 400/420 Proveniência: Maximinos
Proveniência: Carvalheiras N.I.: 1995.0538
N.I.: 1992.0862 Bibliograia: Delgado 1993/94: 125 e 135; Est. VI,
Bibliograia: Delgado 1993/94: 124 e 133; Est. IV, nº27
nº18

152 |
146 | Categoria: Engobe Vermelho
Categoria: Engobe Vermelho Objecto: Prato (Imitação de Hayes 63)
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 59/67) Cronologia: Cerca de 375-400 (?)
Cronologia: 350- 420 Proveniência: Carvalheiras
Proveniência: Carvalheiras N.I.: 1995.1223
N.I.: 1992.0867 Bibliograia: Delgado 1993/94: 125 e 135; Est. VI,
Bibliograia: Delgado 1993/94: 123 e 136; Est. VII, nº26
nº33

153 |
147 | Categoria: Engobe Vermelho
ategoria: Engobe Vermelho Objecto: Prato (Imitação de Hayes 76)
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 61 A) Cronologia: 425 – 475
Cronologia: cerca de 325 – 400 Proveniência: Cavalariças
Proveniência: Teatro, Colina da Cividade N.I.: 1995.1224
N.I.: 2007.0009 Bibliograia: Delgado 1993/94: 125 e 135; Est. VI,
Bibliograia: Inédita nº28 Escala | 1:4

52
148
142

149

143 150

144

151

145
152

153

146

154

147 155 156

53
ESTAMPAS | CERÂMICAS DE ENGOBE VERMELHO
GRUPO III

157 | 163 | 169 |


Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato/Travessa Objecto: Pratel Objecto: Púcara
Cronologia: Séc. IV/ V Cronologia: Séc. IV/ V Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Póvoa de Lanhoso Proveniência: Termas Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1995.0532 N.I.: 1994.1008 N.I.: 1995.1207
Bibliograia: Delgado 1993/94: 123; Est. IV nº16 Bibliograia: Delgado 1993/94: 124;Est. III, nº14 Bibliograia: Inédita

158 | 164 | 170 |


Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato Objecto: Tigela Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. III Cronologia: Séc. I/II Cronologia: Séc. I
Proveniência: Termas Proveniência: Colina da Cividade Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1996.0821 N.I.: 1991.1799 N.I.: 1992.1035
Bibliograia: Delgado 1993/94: 118/9 e 132;Est. II, Bibliograia: Delgado 1993/94: 118-120 e 132; Est. Bibliograia: Inédita
nº8 II, nº9

159 |
165 |
Categoria: Engobe Vermelho
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Phiale
Objecto: Tacho
Cronologia: Séc. I
Cronologia: Séc. V
Proveniência: Rua de S. Geraldo, nº34
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1997.1338
N.I.: 1995.0525
Bibliograia: Inédita
Bibliograia: Inédita

160 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano 166 |
Objecto: Prato (Hayes 59 A) Categoria: Engobe Vermelho
Cronologia: 320 – 380/400 Objecto: Frigideira
Proveniência: Fujacal Cronologia: Séc. I/II
N.I.: 1995.0535 Proveniência: Escavações antigas, 64/76
Bibliograia: Delgado 1993/94: 118 e 132; Est. II, nº 7 N.I.: 1995.0531
Bibliograia: Inédita

161 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano 167 |
Objecto: Prato (Hayes 59 A) Categoria: Engobe Vermelho
Cronologia: 320 – 380/400 Objecto: Púcaro
Proveniência: Colina da Cividade Cronologia: Séc. I
N.I.: 1995.1225 Proveniência: Carvalheiras
Bibliograia: Delgado 1993/94: 118 e 131; Est. II, nº 6 N.I.: 1994.1653
Bibliograia: Inédita

162 |
Categoria: Engobe Vermelho 168 |
Objecto: Pratel Categoria: Engobe Vermelho
Cronologia: Séc. IV/ V Objecto: Púcaro
Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Séc. I/II
N.I.: 1994.0922 Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
Bibliograia: Delgado 1993/94: 124 e 133; Est. III N.I.: 1999.0064
nº15 Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

54
157 165

158
166

159

167

160

161 168

162

163
169

164 170

55
CERÂMICAS

7.
DE
ENGOBE
BRANCO
CERÂMICAS DE ENGOBE
BRANCO
As produções de engobe branco de época tadas por potes de duas asas e jarros, provêm
romana não têm sido motivo de estudos de estratos alto-imperiais (vd. Alarcão 1976:
sistemáticos. Entre nós esta produção está 59-64; 133, Pl. XIV).
praticamente desconhecida. Com exepção do fragmento de cálice
A primeira referência especíica a este tipo (nº 173), o estudo ainda preliminar das
de produção deve-se a Adília e Jorge de produções de engobe branco de Bracara
Alarcão (1975: 99-105) que, a propósito de Augusta permite constatar que estamos
uma exposição integrada no II Congresso perante produções mais tardias. Dois
Nacional de Arqueologia realizado em 1971 fragmentos de jarros, um dos quais com
em Coimbra, publicam um pequeno guia decoração pintada, ornada com motivos
intitulado Dez anos de Actividade arbóreos (nº 174), encontra paralelos nas
arqueológica em Portugal (1960-1969). produções de cerâmica pintada do Prado
Mais tarde, Jorge de Alarcão, no volume datáveis de inais do século III a inícios do
que celebrou o encontro Á Propos des século IV. As restantes formas, que incluem
Céramiques de Conimbriga (1975: 99- fragmentos de taças, cálices, jarros, bilhas e
105), fez uma pequena exposição sobre o potes, provêm de estratos tardios posteriores
conhecimento destas cerâmicas em Portu- ao século V. Deste conjunto são maioritários
gal que se resumiam a fragmentos recolhi- os potes, dos quais se destaca um exemplar
dos nas escavações de Conimbriga e apenas completo que apresenta na parte superior
três exemplares completos, ilustrados por na parede uma faixa pintada decorada em
duas bilhas da necrópole de Bouçós (Paços ziguezague (nº 179).
de Ferreira) e Conimbriga e um cálice de Apesar das diferenças cronológicas dos
Tróia (Setúbal). materiais recolhidos em Conimbriga e em
Passado um ano, no volume de Fouilles de Braga não deixa de ser curioso que em ambas
Conimbriga, dedicado às cerâmicas diversas as cidades predominem os potes e os jarros.
e vidros, o mesmo autor faz o primeiro e até À parte a questão utilitária e de prestígio
à data o único estudo especíico sobre esta que estes produtos poderiam ter, ou mesmo
produção a partir dos materiais deConimbriga da sua utilização com ins rituais, - como
e refere outros inéditos recolhidos por Carlos sugeriu hierry Martin a propósito dos
Alberto Ferreira de Almeida em Fiães (Vila vasos de engobe branco de Montans (1977:
da Feira). 165-172) - é possível que potes como o
O estudo dos materiais de Conimbriga permite aqui apresentado possam ter sido utilizados
constatar que naquela cidade as produções de como urnas funerárias.
engobe branco, maioritariamente represen-

57
ESTAMPAS | CERÂMICAS DE ENGOBE BRANCO

171 | 178 |
Categoria: Engobe Branco Categoria: Engobe Branco
Objecto: Taça Objecto: Bilha?
Cronologia: Posterior ao séc. V Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Teatro Proveniência: Teatro
N.I.: 2005.0200 N.I.: 2005.0204
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

172 | 179 |
Categoria: Engobe Branco Categoria: Engobe Branco
Objecto: Taça Objecto: Pote / Urna
Cronologia: Posterior ao séc. V Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Teatro Proveniência: Achado isolado
N.I.: 2007.0480 N.I.: 1991.1437
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

173 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Cálice
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 2008.0329
Bibliograia: Inédita

174 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais do Séc. III / inícios do Séc. IV?
Proveniência: Teatro
N.I.: 2008.0347
Bibliograia: Inédita

175 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Jarro
Cronologia: Séc. V/ VI
Proveniência: Teatro
N.G.: 2005.1123
Bibliograia: Inédita

176 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Jarro?
Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Termas
N.G.: 2008.0348
Bibliograia: Inédita

177 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Jarro
Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Teatro
N.I.: 2007.0005
Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

58
178

171

179

172

173

174

175

176

177

59
CERÂMICA

8.
CINZENTA
TARDIA
CERÂMICA CINZENTA
TARDIA
As cerâmicas cinzentas do Baixo-império e e Cavalariças. O relexo da sua difusão re- foram feitas ao torno ou manualmente com
Antiguidade Tardia encontradas em Braga gional constata-se pelo achado de cerâmicas a técnica do rolo. As paredes são geralmente
constituem um conjunto bem diferen- deste tipo em todo o Noroeste Peninsular, espessas e as superfícies externas, raramente
ciado pelas suas características de fabrico e com destaque para S. Martinho de Dume, polidas, são apenas alisadas ou escovadas.
repertório de formas. Estas produções foram graças às intervenções arqueológicas que Como se pode ver nas formas identiicadas,
estudadas por Alexandra Gaspar, tendo sido têm vindo a ser realizadas neste local. estas formas estavam destinadas a serem uti-
objecto de uma tese de mestrado (Gaspar O estudo arqueométrico acima referido permi- lizadas na cozinha (para preparar e cozinhar
2000) e de um artigo publicado em Anejos tiu deinir dois grupos morfológicos distintos. alimentos), na mesa, na dispensa e para
de Archivo Español de Arqueología, sobre O primeiro grupo (nº 180 - 197), datado de armazenamento. Predominavam os potes,
estas cerâmicas recolhidas em Braga e Dume contextos dos séculos V e VI, inclui formas as tigelas e as bilhas. Apenas uma baixa per-
(Gaspar 2003, 455-481). É nos estudos que imitam ou se inspiram em formas tar- centagem deste grupo apresenta decorações,
desta autora que se obtém a informação que dias de terra sigillata, caso das produções geralmente muito rudimentares.
brevemente se apresenta. africanas (Hayes 73, 76 e 97), focenses
O estudo arqueométrico desta cerâmica (forma Hayes 3) e gálicas (Rigoir 1, 3 C, 5
permitiu conirmar que se trata de uma A e B, 6 A e B, 7, 8, 11, 13/14, 16, 18, 22 e
produção local cuja argila provém da zona 29). De entre estas predominam as formas
de Prado e veriicar uma continuidade na Rigoir 1, seguidas das formas Hayes 73 e
utilização desta argila e mesmo da constitu- Rigoir 8 e 16. Às formas apresentadas por
ição das pastas entre os inais do século IV e Alexandra Gaspar acrescente-se uma taça
o século VIII. É possível que estas cerâmicas (nº 183) que parece inspirar-se na forma
se tenham difundido para além do con- Hayes 12/102 (ainda que sem o caracterís-
ventus bracaraugustanus, como parecem tico pé em forma de cálice). Estas peças
demonstrar as cerâmicas cinzentas tardias foram feitas ao torno, apresentam espes-
recolhidas em Conimbriga muito provavel- suras e tonalidades de cinzento variáveis em
mente oriundas da zona de Prado. função das formas em que se inspiraram ou
As pastas, de cor cinzenta, incluem uma pretenderam imitar. O cuidado posto na
grande quantidade de desengordurante. As feitura das formas contrasta com a decora-
superfícies são simplesmente alisadas e, por ção geralmente pobre.
vezes, polidas. As temperaturas de cozedura O segundo grupo (nº 198 - 204) é exclu-
variam entre 915º e 1100º. sivamente constituído por formas de uso
Esta produção está presente em toda a comum, datadas de inais do século IV
cidade, particularmente na zona norte, ao século VII, ainda que particularmente
com destaque para as intervenções na Rua abundantes em contextos estratigráicos
de Gualdim Pais, insula das Carvalheiras dos séculos V e VI. As peças deste grupo

61
ESTAMPAS | CERÂMICA CINZENTA TARDIA
GRUPO 1A

180 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Hayes 73)
Cronologia: Séc. V
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1998.0902
Bibliograia: Gaspar 2000:104;139; Est. I nº 4

181 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Travessa (Imitação Hayes 76)
Cronologia: Séc. V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0368
Bibliograia: Gaspar 2000: 105-106; 139; Est. I, nº 7

182 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Hayes 97)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Praia das Sapatas (Colina da Cividade)
N.I.: 2000.0621
Bibliograia: Gaspar 2000: 20;105-106; 139; Est. I, nº9

183 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Taça (Imitação Hayes 12/102)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Teatro
N.I.: 2005.0999
Bibliograia: Inédita

Escala | 1:4

62
180

181

182

183

63
ESTAMPAS | CERÂMICA CINZENTA TARDIA
GRUPO 1B

184 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Focense Tardia Hayes 3)
Cronologia: Finais séc. V/ VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2000.0321
Bibliograia: Gaspar 2000: 107; 139; Est. II, nº 11

Escala | 1:4

64
184

65
ESTAMPAS | CERÂMICA CINZENTA TARDIA
GRUPO 1C

185 | 192 |
Categoria: Cinzenta Tardia Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Prato (Imitação Rigoir I) Objecto: Prato (Imitação Rigoir 8)
Cronologia: Sécs. IV/ V Cronologia: Sécs. IV/ V
Proveniência: Cavalariças Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1996.0129 N.I.: 1997.0832
Bibliograia: Gaspar, 2000: 108, 109, 139; Est. II, nº 12 Bibliograia: Gaspar 2000: 115; 142; Est. IV, nº 34

186 | 193 |
Categoria: Cinzenta Tardia Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Prato (Imitação Rigoir 3C) Objecto: Prato (Imitação Rigoir 11)
Cronologia: Sécs. V/ VI Cronologia: Sécs. IV/ V
Proveniência: Cavalariças Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0371 N.I.: 1997.0833
Bibliograia: Gaspar 2000: 112; 141; Est. III, nº 28 Bibliograia: Gaspar 2000: 116; Est. IV, nº 36
187 |
Categoria: Cinzenta Tardia 194 |
Objecto: Taça (Imitação Rigoir 5 A) Categoria: Cinzenta Tardia
Cronologia: Sécs. IV/ V Objecto: Taça (Imitação Rigoir 13/14)
Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Sécs. V/ VI
N.I.: 1997.0840 Proveniência: Carvalheiras
Bibliograia: Gaspar, 2000: 113; 141; Est. IV, nº 29 N.I.: 1996.0135
Bibliograia: Gaspar 2000: 117; Est. IV, nº 37
188 |
Categoria: Cinzenta Tardia 195 |
Objecto: Taça (Imitação Rigoir 5B) Categoria: Cinzenta Tardia
Cronologia: Sécs. V/ VI Objecto: Tigela (Imitação Rigoir 16)
Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Sécs. V/ VI
N.I.: 2003.0475 Proveniência: Carvalheiras
Bibliograia: Gaspar 2000: 113; 141; Est. IV, nº 30 N.I.: 1999.0913
Bibliograia: Gaspar 2000: 117; Est. V, nº 41
189 |
Categoria: Cinzenta Tardia 196 |
Objecto: Prato (Imitação Rigoir 6A) Categoria: Cinzenta Tardia
Cronologia: Séc. V Objecto: Tigela (Imitação Rigoir 22)
Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Sécs. V/ VI
N.I.: 2000.0624 Proveniência: S. Geraldo
Bibliograia: Gaspar 2000: 113; 141; Est. IV, nº 31 N.I.: 1997.1293
Bibliograia: Gaspar 2000: 119 – 120; 143; Est. V, nº
190 |
46
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Rigoir 6B) 197 |
Cronologia: Sécs. V/ VI Categoria: Cinzenta Tardia
Proveniência: Gualdim Pais Objecto: Almofariz (Imitação Rigoir 29)
N.I.: 1997. 0385 Cronologia: Séc. VI
Bibliograia: Gaspar 2000: 113 – 114; 141; Est. IV, Proveniência: Gualdim Pais
nº 32 N.I.: 1997.0380
191 | Bibliograia: Gaspar, 2000: 120– 122; 143; Est. V, nº
Categoria: Cinzenta Tardia 49
Objecto: Taça (Imitação Rigoir 7)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1999.0745
Bibliograia: Gaspar, 2000: 20, 114 - 115; 141; Est.
IV, nº 33 Escala | 1:4

66
195

185
196

186

197

187

188

189

190

191

192

193

194

67
ESTAMPAS | CERÂMICA CINZENTA TARDIA
GRUPO 2

198 | 204 |
Categoria: Cinzenta Tardia Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tacho de asa interior Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. VI Cronologia: Sécs. IV - VI
Proveniência: Gualdim Pais Proveniência: Fujacal
N.I.: 1997.0386 N.I.: 1996. 0234
Bibliograia: Gaspar 2000: 127 – 128; 146; Est. IX, Bibliograia: Gaspar, 2000: 128;129; 146; Est. X, nº 95
nº 92

199 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Almofariz
Cronologia: Séc. VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0814
Bibliograia: Gaspar 2000: 125 – 126; 145; Est. VIII,
nº 86

200 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Alguidar
Cronologia: Séc. IV/ V
Proveniência: Gualdim Pais
N.I.: 2000.0617
Bibliograia: Gaspar 2000: 126; 146; Est. VIII, nº 87

201 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela
Cronologia: Sécs. IV/ V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1999.0763
Bibliograia: Gaspar 2000: 132;135; 148; Est. XII, nº
116

202 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Albergue Distrital – Largo de S. Paulo
N.I.: 1993.0701
Bibliograia: Gaspar, 2000: 132-135; 149; Est. XIV,
nº 126

203 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Pote
Cronologia: Séc. VI
Proveniência: Gualdim Pais
N.I.: 1999.0743
Bibliograia: Gaspar 2000: 124-125; 144; Est. VI, nº
58 Escala | 1:4

68
198

199

200

201

202
204

203

69
CERÂMICA

9.
COMUM
FINA
CERÂMICA COMUM
FINA
A produção local de olaria desempenhou Contrariando uma cronologia alto-imperial
um papel relevante na cidade e no abas- que caracteriza a quase totalidade destas
tecimento da região. Sabe-se que a zona de produções, a forma Hisp. 56 (nº 208) data do
Prado/Ucha, localizada a cerca de 14 km período médio e baixo-imperial e possui uma
de Braga, constituiu um dos principais lo- pasta de cor acastanhada menos comum
cais de exploração de argila para produção neste tipo de produção.
da cerâmica comum ina recolhida na Deve ainda assinalar-se a presença de
cidade romana. cerâmicas com carácter votivo. Tal é o caso
Em Braga, atendendo às características da jarra proveniente de uma sepultura deco-
técnicas, podemos distinguir dois grupos rada com a cabeça de um javali (nº 229),
genéricos dentro da cerâmica comum. um fundo indeterminado ornado com um
O grupo menos abundante que aqui se apre- pequeno busto aplicado, uma pequena peça
senta corresponde a cerâmicas que se em forma de pátera (nº 247), uma pega com
caracterizam por uma pasta ina, de cor a representação da cabeça estilizada de uma
creme e inclui recipientes destinados a serpente (nº 246) e uma terracota bivalve
servir à mesa. Alguns destes produtos foram em forma de noz (nº 245). A presença de
usados como mobiliário funerário. um dado em cerâmica (nº 354), certamente
A presença signiicativa deste tipo de ligado à questão dos jogos, é ainda digna de
cerâmica em sepulturas datadas de meados destaque (Morais 2005).
do século I / século II é um bom indicador
cronológico para este tipo de produções
(Martins e Delgado 1989-90: 41-186). Na
sua grande maioria este grupo é constituído
por copos, púcaros, jarros, bilhas, potinhos
e potes. Menos frequentes são os pratos,
as taças e as tigelas, talvez devido à forte
concorrência de outro tipo de cerâmicas
inas representadas, quer pelas sigillatas
importadas, quer pelas produções locais de
cerâmicas pintadas e bracarenses.
Por vezes, de modo residual, estas
produções podem imitar formas de
sigillata, caso das formas Ritt. 5 (nº 205) e
Hisp. 8 (nº 206), 4 (nº 207) e 56 (nº 208).

71
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM FINA
GRUPO 1 - IMITAÇÃO

205 |
Categoria: Comum ina com revestimento de aguada
Objecto: Taça (Imitação de Ritterling 5)
Cronologia: 41 -54
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1999.2339
Bibliograia: Inédita

206 |
Categoria: Comum ina
Objecto: Tigela (Imitação de Ritterling 8)
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1288
Bibliograia: Inédita

207 |
Categoria: Comum ina
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4)
Cronologia: Finais séc. I/ II
Proveniência: Largo de Sta. Cruz
N.I.: 1999.0063
Bibliograia: Inédita

208 |
Categoria: Comum ina
Objecto: Bilha (Imitação Hispânica 56)
Cronologia: Séc. III/ IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0863
Bibliograia: Inédita

Escala | 1:4

72
205

206

207

208

73
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM FINA
GRUPO 2

209 | 215 | 221 |


Categoria: Comum ina Categoria: Comum ina Categoria: Comum ina
Objecto: Tigela Objecto: Copo Objecto: Jarro
Cronologia: Sécs. I/II Cronologia: Séc. I Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Albergue Distrital Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 27 a) Proveniência: Largo Carlos Amarante
N.I.: 1998.1463 N.I.: 1991.1000 N.I.: 1991.0615
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 102, ig.45,
nº 16

210 | 222 |
216 | Categoria: Comum ina
Categoria: Comum ina Categoria: Comum ina
Objecto: Taça Objecto: Jarro
Objecto: Copo Cronologia: Sécs. I/II
Cronologia: Sécs. I/II Cronologia: Sécs. I/ II
Proveniência: Fujacal Proveniência: Albergue Distrital
Proveniência: Largo Carlos Amarante (Sepultura II) N.I.: 1997.1313
N.I.: 1994.0487 N.I.: 1991.0600
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 102, ig.45,
nº 1
223 |
211 | Categoria: Comum ina com revestimento de aguada
Categoria: Comum ina 217 | Objecto: Jarro
Objecto: Taça Categoria: Comum ina Cronologia: Sécs. II/III
Cronologia: Séc. I/ II Objecto: Púcaro Proveniência: Carvalheiras
Proveniência: Teatro Cronologia: Séc. I N.I.: 1994.0897
N.I.: 2008.0046 Proveniência: Cavalariças Bibliograia: Inédita
Bibliograia: Inédita N.I.: 1991.1071
Bibliograia: Inédita

212 |
Categoria: Comum ina 218 |
Objecto: Copo Categoria: Comum ina
Cronologia: Sécs. I/ II Objecto: Púcaro
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 11a) Cronologia: Finais séc. I/ 1ªmetade séc. II Proveniên-
N.I.: 1991.1005 cia: Avenida Liberdade (Necrópole Via XVII)
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 70, ig.20, N.I.: 1994.0972
nº 8 Bibliograia: Inédita

213 | 219 |
Categoria: Comum ina Categoria: Comum ina
Objecto: Copo Objecto: Púcaro
Cronologia: Sécs. I/II Cronologia: Finais séc. I/ 1ªmetade séc. II
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 11a) Proveniência: Avenida da Liberdade (Necrópole Via
N.I.: 1991.0999 XVII)
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 70, ig.20, N.I.: 1994.0975
nº 9 Bibliograia: Inédita

220 |
214 | Categoria: Comum ina
Categoria: Comum ino Objecto: Jarro
Objecto: Copo Cronologia: Sécs. I/II
Cronologia: Finais séc. I Proveniência: Largo Carlos Amarante
Proveniência: Carvalheiras N.I.: 1991.0611
N.I.: 1991.1764 Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 102, ig.45,
Bibliograia: Delgado 1996/97: 152; 161, ig.5, nº6 nº 14 Escala | 1:4

74
209

215

210
220

211
216

221

212 217

222

218

213

214 219 223

75
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM FINA
GRUPO 2

224 | 231 |
Categoria: Comum ina Categoria: Comum ina
Objecto: Púcaro Objecto: Bilha
Cronologia: Sécs. I/ II Cronologia: 2ª metade séc. I/ inícios séc. II
Proveniência: Rua do Caires (Cinzeiro 2) Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1002 N.I.: 1991.1786
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 73, ig.25, Bibliograia: Delgado 1996/97: 154, nº 9; 161, ig. 5,
nº 13 nº 9
225 |
Categoria: Comum ina 232 |
Objecto: Jarro Categoria: Comum ina
Cronologia: Séc. III Objecto: Bilha
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 8) Cronologia: Sécs. I/ II
N.I.: 1991.0998 Proveniência: Avenida da Liberdade
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 67, ig.17, N.I.: 1991.1410
nº 12 Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 92, ig. 40,
nº19; 169, ig.101
226 |
Categoria: Comum ina
Objecto: Jarro 233 |
Cronologia: 2ª metade séc. I a inais séc. III Categoria: Comum ina
Proveniência: Carvalheiras Objecto: Bilha
N.I.: 1991.1762 Cronologia: Séc. II
Bibliograia: Inédita Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 3)
N.I.: 1991.0927
227 |
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 59, ig. 10,
Categoria: Comum ina
nº 20
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I a inais séc. III
Proveniência: Carvalheiras 234 |
N.I.: 1991.1760 Categoria: Comum ina
Bibliograia: Inédita Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. III
228 | Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 1)
Categoria: Comum ina N.I.: 1991.0928
Objecto: Púcaro Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90:58, ig.8,
Cronologia: Séc. IV nº21; 180, nº21
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1285
235 |
Bibliograia: Inédita
Categoria: Comum ina
229 | Objecto: Bilha
Categoria: Comum ina Cronologia: Meados séc. I/ meados séc. II
Objecto: Jarra Proveniência: Carvalheiras
Cronologia: Séc. I N.I.: 1991.1763
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura A) Bibliograia: Delgado 1996/97: 152; 154, nº8; 161,
N.I.: 1991.0997 ig. 5, nº 8
Bibliograia: Morais 2005: I 93, Est. XXI, nº1;II 25;
Est. XXI, nº1
236 |
230 | Categoria: Comum ina
Categoria: Comum ina Objecto: Potinho
Objecto: Bilha Cronologia: Séc. I
Cronologia: Séc. I Proveniência: Rua do Caires (Sepultura a)
Proveniência: Termas N.I.: 1991.1020
N.I.: 1995.0326 Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 61, ig.11,
Bibliograia: Inédita nº 23 Escala | 1:4

76
228
224
232

225
233

229

234

226

230

235

227 231 236

77
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM FINA
GRUPO 2

237 | 243 |
Categoria: Comum ina Categoria: Comum ina
Objecto: Potinho Objecto: Testo Cronologia: Séc. I/ II
Cronologia: Séc. II Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
Proveniência: Rua do Caires N.I.: 1999.0052
N.I.: 2000.0130 Bibliograia: Inédita
Bibliograia: Inédita

238 | 244 |
Categoria: Comum ina Categoria: Comum ina
Objecto: Potinho Objecto: indeterminado
Cronologia: Séc. II Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Largo Carlos Amarante Proveniência: Braga sem contexto
N.I. 1991.1004 N.I.: 1991.0745
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 180, nº 24 Bibliograia: Morais 2005: I, 93, Est. XVIII, nº 1; II,
22, Est. XVIII, nº 1
239 |
Categoria: Comum ina 245 |
Objecto: Pote de duas asas Categoria: Comum ina
Cronologia: Séc. II Objecto: Mini - Terracota
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade Cronologia: Séc. I/ II
N.I.: 1996.0543 Proveniência: Carvalheiras
Bibliograia: Inédita N.I.: 1992.0859
Bibliograia: Morais 2005: I, 155, Est. XXII, nº6; II, 7,
Est. XXII, nº6
240 |
Categoria: Comum ina
Objecto: Copo 246 |
Cronologia: Sécs. I/II Categoria: Comum ina
Proveniência: Albergue Distrital Objecto: indeterminado
N.I.: 1997.1295 Cronologia: Séc. I/ II
Bibliograia: Inédita Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 2002.0315
Bibliograia: Morais 2005: I, 154/155, Est. XXII, nº5;
II, 7, Est. XXII, nº5
241 |
Categoria: Comum ina
247 |
Objecto: Pote
Categoria: Comum ina
Cronologia: Séc. II
Objecto: Indeterminada Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 24)
Proveniência: Braga sem contexto
N.I.: 1991.1006
N.I.: 1993.0694
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 80; ig.32,
Bibliograia: Morais 2005: I, 93, Est. XXI, nº3; II, 25,
nº 35
Est. XXI, nº3

242 |
Categoria: Comum ina
Objecto: Testo?
Cronologia: Séc. I /II
Proveniência: Termas
N.I.: 1992.0966
Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

78
242

243
237

244

238

245

246

239

240

247

241

79
CERÂMICA

10.
COMUM
GROSSEIRA
CERÂMICA COMUM
GROSSEIRA
Como seria de supor, a cerâmica comum etnográicos actuais (Delgado 1996/97:
grosseira é a cerâmica mais abundantemente 149-165; Morais 2006: 149-161).
encontrada nas escavações em Braga. Mais Deve ainda destacar-se a presença de
uma vez a zona de Prado/Ucha, localizada a grandes dolia destinados ao armazenamento
cerca de 14 km da cidade romana de Bracara de produtos (nº 296 - 297), alguns dos
Augusta, deve ser considerada como um quais associam marcas de oicina ou graitos
dos principais locais de exploração de nominais e numerais, e alguns fragmentos
argila para o fabrico desta cerâmica de de bilhas de duas asas que fazem lembrar
materiais de construção. ânforas de tipo urceus (nº 274 - 280).
Como é habitual, cerca de 60 a 90% das Mas também nas cerâmicas ditas grosseiras
produções locais da cerâmica dita comum se constata a presença de peças relacionadas
grosseira destinavam-se a cobrir as necessi- com os jogos e eventualmente com activi-
dades de recipientes para comer, cozinhar, dades votivas. Tal é o caso de um pequeno
armazenar, transportar ou lavar. Grande fragmento de pega muito estilizado com a
parte integra peças utilizadas para ir ao lume. forma de cabeça de serpente (nº 301) e do
Atendendo às características técnicas estas que parece ser um brinquedo (nº 302) com
cerâmicas caracterizam-se por possuir uma a forma de uma pomba (Morais 2005).
pasta com abundantes inclusões e superfícies
menos cuidadas.
A diversidade de fabricos está de acordo
com o vasto conjunto de formas até à data
documentadas na cidade com cronologias
alto e baixo imperiais. As formas mais abun-
dantes correspondem a pratos, frigideiras,
tigelas, tachos, alguidares, almofarizes
bacias, tigelas, taças, jarros, bilhas, panelas
e potes. Por vezes podem imitar formas da
terra sigillata hispânica, caso da forma Drag.
24/25 e 27 (não ilustradas).
Da panóplia de formas que acabamos de
referir cabe acrescentar algumas outras
menos habituais mas nem por isso menos
interessantes: um assador (nº 262) e potes
meleiros (nº 293 - 295) com paralelos

81
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM GROSSEIRA

248 | 255 |
Categoria: Comum grosseira Categoria: Comum grosseira
Objecto: Prato Objecto: Caçarola
Cronologia: 2ª metade séc. III Cronologia: Inícios do séc. II
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Termas
N.I.: 1997.1349 N.I.: 1998.1516
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

249 | 256 |
Categoria: Comum grosseira Categoria: Comum grosseira
Objecto: Prato Objecto: Alguidar pequeno
Cronologia: Finais séc. III/ inícios séc. IV Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Termas Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1998.1422 N.I.: 1992.0870
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

250 | 257 |
Categoria: Comum grosseira Categoria: Comum grosseira
Objecto: Frigideira Objecto: Almofariz
Cronologia: Inícios séc. IV Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Hospital
N.I.: 1992.0997 N.I.: 1995.0328
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Cruz 2001: 35, ig.14, nº1

251 | 258 |
Categoria: Comum grosseira Categoria: Comum grosseira
Objecto: Frigideira Objecto: Almofariz
Cronologia: Séc. IV Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1992.0871 N.I.: 1998.1631
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

252 |
259 |
Categoria: Comum grosseira
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Frigideira
Objecto: Almofariz
Cronologia: Posterior ao séc. V
Cronologia: 1ª metade séc. II / meados séc. III
Proveniência: Termas
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1275
N.I.: 1998.1597
Bibliograia: Inédita
Bibliograia: Inédita
253 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Tacho
Cronologia: Finais do séc. I
Proveniência: Fonte do Ídolo
N.I.: 1997.0041
Bibliograia: Inédita

254 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Caçarola
Cronologia: Inícios do séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1517
Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

82
248

249

250

251

256

257
252

253

258

254

255 259

83
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM GROSSEIRA

260 | 267 |
Categoria: Comum grosseira Categoria: Comum grosseira
Objecto: Bacia Objecto: Tigela
Cronologia: Inícios do séc. II Cronologia: Inícios do século II
Proveniência: Termas Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1544 N.I.: 1998.1515
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

261 | 268 |
Categoria: Comum grosseira Categoria: Comum Grosseiro
Objecto: Bacia Objecto: Taça
Cronologia: 1ª metade do séc. IV Cronologia: 1ª metade do séc. IV
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1998.1400 N.I.: 1997.1333
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Inédita

262 |
Categoria: Comum grosseira 269 |
Objecto: Assador Categoria: Comum grosseira
Cronologia: Sécs. II/III Objecto: Taça
Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Finais séc. I/ 1ª metade séc. II
N.I.: 1991.2206 Proveniência: Avenida Liberdade (Necrópole Via
Bibliograia: Inédita XVII)
N.I.: 1994.0965
263 | Bibliograia: Inédita
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Bacia 270 |
Cronologia: 2ª metade do séc. IV Categoria: Comum grosseira
Proveniência: Termas Objecto: Jarro
N.I.: 1998.1598 Cronologia: Finais séc. I/ séc. II
Bibliograia: Inédita Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2208
264 | Bibliograia: Delgado 1996/97: 153; 154, 10; 161, ig.
Categoria: Comum grosseira 5, nº10
Objecto: Bacia
Cronologia: Séc. IV 271 |
Proveniência: Carvalheiras Categoria: Comum grosseira
N.I.: 1998.1419 Objecto: Jarro
Bibliograia: Inédita Cronologia: 2ª metade séc. I/ inais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
265 | N.I.: 1991.2209
Categoria: Comum grosseira Bibliograia: Inédita
Objecto: Tigela
Cronologia: Último quartel séc. III/ 1º quartel séc. IV
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1997.1306
Bibliograia: Inédita

266 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Tigela
Cronologia: Finais do séc. III/ inícios do séc. IV
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1284
Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

84
265

260

266

261

267

268

262

269

263

264 270 271

85
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM GROSSEIRA

272 | 278 |
Categoria: Comum grosseira Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro Objecto: Jarro
Cronologia: Sécs. I/II Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade Proveniência: Póvoa do Lanhoso
N.I.: 1999.0062 N.I.: 1997.0231
Bibliograia: Inédita Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 578; II 173, nº578

273 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Inícios séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1505
Bibliograia: Inédita

274 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Quinta do Fujacal/ Rua 25 de Abril
N.I.: 1991.0728
Bibliograia: Morais 2005: I, 138, nº 564; II, 167

275 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1991.2246
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 569; II 170¸
nº569

276 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Casa da Bica, Colina da Cividade
N.I.: 1991.2296
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 568, II 169, nº568

277 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1998.1511
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 567; II 169, nº567 Escala | 1:4

86
272

275

276

273

277

274 278

87
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM GROSSEIRA

279 | 286 |
Categoria: Comum grosseira Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro Objecto: Pote
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV Cronologia: 2ª metade séc. II
Proveniência: Colina da Cividade Proveniência: Cangosta da Palha
N.I.: 1997.0230 N.I.: 1991.0806
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 579; II 173, nº579 Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 141, ig. 94,
nº37
280 |
Categoria: Comum grosseira 287 |
Objecto: Jarro Categoria: Comum grosseira
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV Objecto: Pote
Proveniência: Falperra Cronologia: 1ª metade séc. II
N.I.: 2003.0274 Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 17)
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº570; II 170, nº570 N.I.: 1991.1008
Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 76, ig.28,
281 | nº 36
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Bilha 288 |
Cronologia: 2ª metade séc. I/ inais séc. III Categoria: Comum grosseira
Proveniência: Carvalheiras Objecto: Pote
N.I.: 1991.2207 Cronologia: 2ª metade séc. II
Bibliograia: Inédita Proveniência: Cangosta da Palha
N.I.: 1991.0807
282 | Bibliograia: Martins e Delgado 1989/90: 120, ig.69,
Categoria: Comum grosseira nº 40
Objecto: Panela
Cronologia: Finais séc. III 289 |
Proveniência: Carvalheiras Categoria: Comum grosseira
N.I.: 1992.0880 Objecto: Pote
Bibliograia: Inédita Cronologia: Inícios séc. II
Proveniência: Termas
283 | N.I.: 1998.1423
Categoria: Comum grosseira Bibliograia: Inédita
Objecto: Panela
Cronologia: Séc. I 290 |
Proveniência: Termas Categoria: Comum grosseira
N.I.: 1998.1509 Objecto: Pote
Bibliograia: Inédita Cronologia: Finais séc. III/ inícios séc. IV
Proveniência: Termas
284 | N.I.: 1991.1290
Categoria: Comum grosseira Bibliograia: Inédita
Objecto: Pote
Cronologia: 2ª metade séc. I/ inais séc. III 291 |
Proveniência: Carvalheiras Categoria: Comum grosseira
N.I.: 1991.2369 Objecto: Pote
Bibliograia: Inédita Cronologia: Meados séc. I/ séc. II
Proveniência: Albergue Distrital
285 | N.I.: 1997.1314
Categoria: Comum grosseira Bibliograia: Inédita
Objecto: Pote
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.0438
Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

88
284
279

280

285

286

287

281

288

282
289

283 290 291

89
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM GROSSEIRA

292 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: inais séc. I/ 1ª metade séc. II
Proveniência: Avenida Liberdade (Necrópole Via
XVII)
N.I.: 1994.0733
Bibliograia: Inédita

293 |
Categoria: Comum grosseira com revestimento de
aguada
Objecto: Pote meleiro
Cronologia: Finais séc. I/ séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2203
Bibliograia: Delgado 1996/97: 160, ig. 4, nº4

294 |
Categoria: Comum grosseira com revestimento de
aguada
Objecto: Pote meleiro
Cronologia: Finais séc. I/ séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2270
Bibliograia: Delgado 1996/97: 154, 2; 160, ig. 4, nº2

295 |
Categoria: Comum grosseira com revestimento de
aguada
Objecto: Pote meleiro
Cronologia: Finais séc. I/ séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2210
Bibliograia: Delgado 1996/97: 154, 1; 160, ig. 4, nº1

296 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Talha
Cronologia: 1ª metade séc. II / meados séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1998.1749
Bibliograia: Inédita

Escala | 1:4

90
294

292

293

295

296

91
ESTAMPAS | CERÂMICA COMUM GROSSEIRA

297 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Dolium
Cronologia: Séc. III
Proveniência: Campo de Aviação de Palmeira
N.I.: 2002.1991
Bibliograia: Morais 2005: I 146, Est. IX, nº12; II 5,
Est. IX, nº12

298 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Testo
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1998.0656
Bibliograia: Inédita

299 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Testo
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.1363
Bibliograia: Inédita

300 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Testo
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.1362
Bibliograia: Inédita

301 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pega
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Braga sem contexto
N.I.: 1999.0119
Bibliograia: Morais 2005: I 154/155, Est. XXII, nº4;
II 7, Est. XXII, nº4
302 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Brinquedo (?)
Cronologia: Séc. I (?)
Proveniência: Colina do Alto da Cividade
N.I.: 1997.0169
Bibliograia: Morais 2005: I 155, Est. XXII, nº7; II 7,
Est. XXII, nº7

Escala | 1:4

92
297

298

299

300

302

301

93
CERÂMICA

11.
VIDRADA
CERÂMICA VIDRADA

Em Braga foram recuperados alguns des inas) a materiais da época moderna. a propósito dos exemplares por ele recolhidos
fragmentos de cerâmica que possuem no O exemplar recolhido nas escavações da no povoado do Monte Castêlo (Guifões),
seu interior um característico vidrado Misericórdia, pode, no entanto, ser mais refere que este revestimento interior permitia
plumbífero, idêntico a outros recolhidos esclarecedor. Apesar de estar acompanhado não só a impermeabilização das pastas porosas
em arqueosítios com ocupação romana do por materiais alto imperiais, provém de uma da cerâmica, como também lhes aumentava
conventus bracaraugustanus, caso de Guifões camada de revolvimento com cerâmicas a sua resistência mecânica indispensável “na
e Monte Mozinho (Morais 2005; Varela e exclusivamente romanas. A mais recente arrecadação de líquidos ácidos como o vinho,
Morais, no prelo). corresponde a um fragmento de prato que o azeite e a manipulação de gorduras ferventes,
O exemplar de almofariz vidrado mais antigo imita a forma Hayes 59, datável do 1º quartel facilitando também grandemente a indispen-
de Braga foi encontrado nas antigas escava- do século IV/1ª metade do século V. No que sável limpeza depois das aplicações de cozinha,
ções realizadas na Casa da Bica, na Colina do respeita ao seu fabrico estes possuem, no en- quando a isso eram destinados”.
Alto da Cividade, nas imediações do Teatro, tanto, uma característica comum: uma pasta O vidrado era obtido duma forma relativa-
entretanto descoberto (nº 303). Foi recolhido característica das cozeduras redutoras, muito mente simples através da dissolução dos óxidos
numa camada de ocupação, junto com frag- pouco friável, aproximada às produções de de chumbo em água. Depois de aplicado
mentos de lucernas de bico redondo, terra cerâmica cinzenta tardia, datáveis desde os este liquido, a peça era sujeita a uma segunda
sigillata hispânica tardia e taças de vidro, inais do século IV ao século VII. cozedura a alta temperatura, para se obter a
datáveis do século IV/inícios do século V. Apesar das peças aqui referidas parecerem vitriicação. A característica cor verde desta
O fabrico desta peça, em cerâmica comum enquadrar-se em tipos de produção peça era dada pela adição de óxidos de cobre.
grosseira, de cor beige a castanho claro, é local/regional, outras produções ains que Apesar da sua funcionalidade aparente ser
característica das produções desta fase com igualmente se caracterizam por possuirem o a preparação e confecção de alimentos não
origem na zona de Prado/Ucha, como já refe- característico vidrado plumbífero que cobre podemos deixar de assinalar nesta região a es-
rimos, uma das áreas de produção da cidade, as superfícies das peças estão documentadas cassez de exemplares recolhidos. Até à funcio-
situada a cerca de 14 km da cidade romana em várias regiões da Península e do Império nalidade destes almofarizes ser em deinitivo
(Morais, 2005, 97). - caso da Gália, da Britannia e de Itália e são conhecida não sabemos se estes correspondem
Os outros dois fragmentos de almofarizes datáveis da transição do período tardo-roma- a peças de excepção, possivelmente apenas
aqui ilustrados provêm de camadas de revol- no para o período visigótico (Varela e Morais, acessíveis aos membros mais abastados destas
vimento das escavações da Misericórdia (nº no prelo). comunidades, ou se se trata de peças utilizadas
304) e da zona Leste da insula das Carvalhei- No que à sua funcionalidade diz respeito, em actividades artesanais ou domésticas com
ras (nº 305). A deinição de uma cronologia pouco se sabe. Todos os exemplos aqui ins especíicos. De momento, o que podemos
especíica para estes exemplares é assim referidos possuem, como referimos, um dizer é que a presença destas peças parece
problemática. O exemplar da zona Leste da característico vidrado plumbífero, ainda hoje evidenciar que, para além de grandes cidades
insula das Carvalheiras, de peril completo, utilizado nalgumas olarias rústicas do Minho como Bracara Augusta, também os povoados
está acompanhado por materiais antigos do (pequenas olarias caseiras da região de Barce- do Monte Castêlo e Mozinho tiveram uma
alto império (i.e. sigillatas itálicas, pare- los). Joaquim Neves dos Santos (1963, 161), signiicativa actividade e importância regional.

95
ESTAMPAS | CERÂMICA VIDRADA

303 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz vidrado
Cronologia: Sécs. III/IV
Proveniência: Casa da Bica, Colina da Cividade
N.I.: 1991.2288
Bibliograia: Morais 2005: I 96, Est. 28, nº3; II 32,
Est.28, nº4

304 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz vidrado
Cronologia: Sécs. VI/VII
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1996.0816
Bibliograia: Morais 2005: I 96, Est.28, nº4; II 32,
Est.28, nº4

305 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz vidrado
Cronologia: Séc. VI/ VII
Proveniência: Carvalheiras Leste
N.I.: 2006.0747
Bibliograia: Inédita

Escala | 1:4

96
303

304

305

97
ÂNFORAS

12.
ÂNFORAS

Se excluirmos alguns fragmentos de bilhas


de duas asas que fazem lembrar ânforas
de tipo urceus apresentadas no capítulo
das cerâmicas comuns grosseiras (nº 274 -
280), poucas são as peças que poderão ser
consideradas ânforas.
Efectivamente, se tivermos em considera-
ção a espessura das paredes como critério
razoável para classiicar determinados
fragmentos como ânforas, apenas se devem
destacar quatro exemplares fracturados (nº
306 - 309). De entre estes, apenas o mais
completo (nº 309), com um fabrico redu-
tor, característico das produções tardias,
datáveis dos inais do século IV ao século
VIII, poderá enquadrar-se em formas piscí-
colas. A ser verdade estaríamos perante uma
produção local de ânforas que imitava ou se
inspirava nas conhecidas ânforas lusitanas
Almagro 51 C.
A possibilidade de ter existido uma
produção com uma mera difusão local ou
regional deste tipo de ânforas poderá estar
de acordo com a identiicação no litoral do
actual território português de vestígios de
tanques relacionados com o aproveitamento
de recursos marinhos, como no caso da Praia
de Anjeiras (Lavra, Matosinhos) e do Alto
de Martim Vaz (Póvoa do Varzim) (Lanhas
e Pinho 1969: 324; Almeida 1979: 11-12;
Silva e Figueiral 1986; Cleto 1995-96: 23-
45), este último lamentavelmente destruído.

99
ESTAMPAS | ÂNFORAS

306 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Ânfora Vinária (Módulo II)
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1991.2294
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 569; II 170, nº569

307 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Ânfora Piscícola (Imitação Almagro 51C)
Cronologia: Sécs. I/ II
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.0233
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 588; II 174, nº588

308 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Ânfora Piscícola (Módulo IV)
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Termas
N.I.: 2003.0260
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 587; II 175, nº587

309 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Ânfora Piscícola
Cronologia: Sécs. II/ IV
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.0234
Bibliograia: Morais 2005: I 139, nº 589; II 174, nº589

Escala | 1:4

100
306

307

308

309

101
LUCERNAS

13.
LUCERNAS

De entre as várias classes de materiais na cidade. Predominam as variantes locais outras lucernas de bico redondo, atípicas
cerâmicos estudados, as lucernas proporcio- do tipo Dressel 20 (nº 313 - 315), sobre os coetâneas do último tipo das lucernas de
nam um valioso contributo para um melhor tipos Dressel 28 (nº 317) e Dressel-Lambo- canal acima referido e, provavelmente,
enquadramento das importações e das glia 30 B (nº 318). com algumas variantes mais tardias dos
produções locais na cidade. A estas devem Estão também bem representadas na cidade tipos Dressel 28 e Dressel-Lamboglia 30 B,
juntar-se os fragmentos de molde referidos na as lucernas de canal do tipo Loeschcke X ou com as quais mantém algumas ainidades.
segunda parte deste trabalho (nº 340 - 341). Firmalampen (nº 319), algumas das quais Serve de ilustração um exemplar deste
De facto, a diversidade e quantidade de com o nome de oleiros locais, que contam tipo recolhido na uilla romana da Póvoa
exemplares até à data recolhidos revela com a presença de exemplares de pequeno de Lanhoso que parece sugerir a difusão à
que a procura em época romana devia ser módulo desconhecidas dentro deste tipo. escala regional destes produtos fabricados
muito alta. Por outro lado, são prova evi- A importância de uma produção local de na cidade (nº324).
dente do grau de romanização da cidade, lucernas de canal sai ainda reforçada pela À parte de marcas anepígrafas, recolheram-se
e permitem esclarecer algumas lacunas existência de outros tipos de lucernas mais até à data na cidade cerca de quatro dezenas
signiicativas da sua vida económica e tardias que designamos de lucernas de canal de marcas em lucernas de produção local nas
testemunhar um consumo de azeite mais aberto, atípicas, que apresentam característi- quais se distinguem, pelo menos, sete nomes.
vasto do que se supunha. cas decorativas semelhantes ao tipo Dressel As abreviaturas Luc e Muntrep (L. Munatius
A análise e contextualização cronológica 28 mas que derivam, sob o ponto de vista Treptus) demonstram a reprodução de lu-
das lucernas até à data recolhidas em Braga formal, das lucernas do tipo Loeschcke X (nº cernas importadas; as restantes parecem cor-
permite-nos não só enquadrar o apareci- 320). Estas lucernas estão relativamente bem responder a oleiros bracaraugustanos com
mento de determinadas formas mas tam- representadas na cidade, contando com um os nomes de P(ublius) Domitius, Lucretius,
bém perceber que o seu aparecimento não é número signiicativo de exemplares intactos Octavius, Bassus e Mic(cio).
um feito ocasional e arbitrário. A presença recolhidos nas sepulturas, uma das quais en- Além das lucernas representadas nestas séries
abundante ou escassez de certas séries está contrada in situ na necrópole de Maximinos, foi possível ainda identiicar alguns fragmen-
relacionada com as características especíicas com o orifício de alimentação coberto por tos de candelas recolhidas em níveis tardios
da cidade, no que diz respeito ao período um numisma com uma data posterior a 294 da ocupação romana da cidade (nº 326).
de ocupação romana, órbita de inluência, (Martins e Delgado 1989-90: p. 57 e 173).
importância político-administrativa, e Alguns exemplares, na sua grande maioria
sua conexão geográica e económica como recolhida na Colina da Cividade, apresen-
centro de produção. tam módulos mais pequenos que nos pare-
As lucernas mais antigas produzidas na cem passíveis de serem interpretadas como
cidade estão representadas por lucernas de mobiliário votivo (nº 322 - 323).
volutas do tipo Loeschcke III (nº 310), IV? No contexto das produções locais cabe ainda
(nº 311) e V (nº 312). referir, para além de um único exemplar
As lucernas de disco são mais abundantes integrável no tipo Denauve XI B (nº 325),

103
ESTAMPAS | LUCERNAS

310 | 316 | 322 |


Categoria: Lucerna local Categoria: Lucerna local Categoria: Lucerna local
Objecto: Asa plástica de lucerna (LOESCHCKE III) Objecto: Lucerna de bico redondo (tipo indetermi- Objecto: Lucerna de canal aberto
Cronologia: 1ª metade do séc. I nado) Cronologia: À roda dos ins do séc. III/ inícios do séc.
Proveniência: Termas Cronologia: Finais do séc. I / 1ª metade do séc. II IV
NI: 2001.1225 Proveniência: Necrópole da Via XVII (Largo Carlos Proveniência: Colina da Cividade
Bibliograia: Morais 2005:I 323, nº 18; II 388 nº 18 Amarante) N.I.: 1991.1546
NI: 1994.0901 Bibliograia: Morais 2005: I 345, nº180; II 437, nº180
Bibliograia: Morais 2005:I 338, nº124; II 419, nº124
311 |
323 |
Categoria: Lucerna local
317 | Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de volutas (infundibulum) (LOE-
Categoria: Lucerna local Objecto: Lucerna de canal aberto
SCHCKE IV (?))
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL 28) Cronologia: À roda dos ins do séc. III/ inícios do séc.
Cronologia: Finais do período de Flávio a inícios do
Cronologia: 2ª metade do século II / século III IV
período Antonino
Proveniência: Necrópole da Via XVII Proveniência: Rua 25 de Abril
Proveniência: Cardoso da Saudade
NI: 1991.1652 N.I.: 2000.0320
NI: 2002.2234
Bibliograia: Morais 2005:I 372, nº27; II 466 nº27 Bibliograia: Morais 2005: I 345, nº181; II 437, nº181
Bibliograia: Morais 2005:I 389 nº 19; II 464, nº19

324 |
312 | 318 | Categoria: Lucerna local
Categoria: Lucerna local Categoria: Lucerna local Objecto: Lucerna de bico redondo (atípica)
Objecto: Lucerna de volutas (LOESCHCKE V) Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL- LAM- Cronologia: À roda dos ins do século III / inícios do
Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do BOGLIA 30B) século IV
século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano) Cronologia: Séc. III/ IV (ainda que esporadicamente Proveniência: Póvoa do Lanhoso
Proveniência: Necrópole da Via XVII presentes nos inícios do séc. V) NI: 1991.0738
NI: 1991.1538 Proveniência: Carvalheiras Bibliograia: Morais 2005: I 346, nº184; II 439, nº184
Bibliograia: Morais 2005: I 370, nº16; II 462, nº16 NI: 1992.0877
Bibliograia: Morais 2005: I 340, nº142; II 423, nº142
325 |
Categoria: Lucerna local
313 | 319 | Objecto: Lucerna de bico redondo (Denauve XI B)
Categoria: Lucerna local Categoria: Lucerna local Cronologia: Fins do século III / inícios do século IV
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL 20) Objecto: Lucerna de canal (LOESCHCKE X) Proveniência: Salvamento na R. D. Afonso Henriques
Cronologia: Finais séc. I/ 1ª metade séc. II Cronologia: Finais do séc. I/meados do séc. II NI: 2002.0955
Proveniência: Avenida da Liberdade Proveniência: Necrópole da Via XVII Bibliograia: Morais 2005:I 346, nº183; II 438, nº183
N.I.: 1994.0969 NI: 1991.1537
Bibliograia: Morais 2005:I 376, nº47; II 474, nº47 Bibliograia: Morais 2005:I 375, nº43; II 473 nº43
326 |
Categoria: Lucerna local
320 |
314 | Objecto: Candela
Categoria: Lucerna local
Categoria: Lucerna local Cronologia: 2ª metade séc. IV/ séc. V +
Objecto: Lucerna de canal (canal aberto, atípica)
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL 20) Proveniência: Colina da Cividade
Cronologia: À roda dos ins do século III / inícios do
Cronologia: Finais séc. I/ 1ª metade séc. II N.I.: 1991. 0500
século IV
Proveniência: Carvalheiras Bibliograia: Inédita
Proveniência: Necrópole da Via XVII
N.I.: 1992.0985
NI: 1991.1649
Bibliograia: Morais 2005: I 377, nº 54; II 476, nº54
Bibliograia: Morais 2005: I 344, nº169; II 432, nº169

315 | 321 |
Categoria: Lucerna local Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL 20) Objecto: Lucerna de canal (canal aberto, atípica)
Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II Cronologia: Posterior a 294
Proveniência: Necrópole da Avenida central Proveniência: Teatro
NI: 1991.0607 NI: 2004.0362
Bibliograia: Morais 2005:I 373, nº29; II 468, nº29 Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

104
310

316
325
320
311

321 326

312
317

322
313

318

314 323

315 319 324

105
VARIA

14.
VARIA | ACESSÓRIOS DE OLARIAS, PEÇAS DE JOGO, PRODUÇÕES
SUBSIDIÁRIAS DE OUTRAS ACTIVIDADES

Acessórios de olarias por exemplo, no centro produtor de La cozedura, foram encontrados em fornos
Graufesenque (Vernhet et al. 1987: 46-47). datados do século I, no estabelecimento
A produção de uma cerâmica local está Na Suiça também se conhecem exemplares de La Lagaste em Pomas e Rouiac Aude
bem documentada em Braga. Além dos que cumpriam a mesma função em locais (Rancoule 1970: 61) e em contextos mais
materiais cerâmicos propriamente ditos e que possuíam fornos, designadamente, tardios, datáveis do século II/III, prove-
da referência (Morais 2005) aos vestígios Aventicum (Castella 1995: 129, 131-32, nientes de Lavoye Meuse (Chenet e Gaud-
de fornos e um tanque para decantação de Ests. 4-5, nº 67-84), Aquae Helveticae-Baden ron 1955: ig. 39, nº 14 e 15 e ig. 45, nº 16
argila, deve destacar-se ainda a presença de (Drack 1949: 21-30); Petinesca-Volderberg e 26) e Pont-des-Rèmes à Florent, Marne
alguns acessórios de olarias, representados (Zwahlen 1995: 126-127) e Lousanna-Vidy (1955: ig. 42, nº 4).
por duas relas de roda de oleiro cavadas em (Laufer, 1980: ig. 46, 58-59). Nas antigas escavações realizadas na Colina
fragmentos cerâmicos (nº 327 - 328), um Encontrou-se ainda um disco fragmentado do Alto da Cividade foi recolhido um bloco
calço de argila provavelmente utilizado para proveniente das escavações realizadas em de argila a que atribuímos um particular
separar os vasos no forno (nº 329) e uma 1978 na “Casa da Bica”, situada na Colina interesse, presentemente em depósito no
parte de um suporte bitroncocónico (nº da Cividade (nº 331), idêntico a um outro Museu D. Diogo de Sousa (nº 337). Trata-se
330). A ausência de marcas de fogo neste proveniente duma uilla (Póvoa de de um bloco de argila primitiva imperfeita-
último exemplar leva a supor que ele teria Lanhoso), eventualmente utilizado na fase mente amassado, seguramente submetido à
sido apenas utilizado como suporte para do torneamento ou enfornamento (nº 332). acção do sol, e com alguma probabilidade
facilitar a secagem das peças e não utilizado Este tipo de elementos está bem documen- proveniente de um tanque de decantação.
como separador de um forno. tado em locais de produção de cerâmica, Foram ainda encontrados, nas escavações
Exemplos semelhantes de suportes utiliza- sendo normalmente denominados como realizadas nas Cavalariças, pequenos restos
dos para os mesmos ins foram encontrados, aneis-suportes, isoladores, separadores, etc de escórias de cerâmica que supomos rela-
entre outros locais, no centro oleiro de (Rivet 1986: 129-130, ig. 15). cionados com fornos existentes in loco ou
Pinheiro para a secagem de ânforas lusitanas Com uma função ainda não claramente nas proximidades (nº 338).
do tipo Almagro 51 c (Mayet, Schmitt e determinada, mas provavelmente relacio-
Silva 1996: 75, ig. 50, nº 166-69) e na nada com a sua utilização nos fornos como
Bética no centro oleiro de Matagallares, separadores de cerâmicas durante o processo
para as ânforas Gauloise 4, Dressel 30 e da cozedura (Bouet 1999: 80-81, ig. 46),
Almagro 51 c (Lorenzo e Bernal Casasola encontraram-se quatro exemplares de forma
1988: 437-438, igs. 171-172). cilíndrica com um orifício disposto verti-
Fora da Península exemplos idênticos calmente, três dos quais provenientes das
podem ser vistos em diversos centros Cavalariças (nº 333 - 335) e o restante da R.
galo-romanos que produziram cerâmicas Damião de Góis (nº 336).
comuns, ânforas, telhas (Rivet 1986: 119- Elementos idênticos, dados como separa-
134, ig. 15) ou mesmo terra sigillata, como dores de cerâmicas durante o processo da

107
VARIA | ACESSÓRIOS DE OLARIAS, PEÇAS DE JOGO, PRODUÇÕES
SUBSIDIÁRIAS DE OUTRAS ACTIVIDADES

Peças de jogo Produções subsidiárias de outras provém das antigas escavações de Maximi-
actividades nos e de camadas de entulho de recentes
As peças de jogo estão representadas por um escavações realizadas na Quinta do Fujacal.
dado (t. lusoriae), que apresenta uma face Como seria de esperar, no contexto da Desta última escavação provém ainda
lisa faltando-lhe por gravação o equivalente grande diversidade de produções até à data o exemplar, bastante mais pequeno que
ao número três (nº 354), e tésseras (calculi) documentadas na cidade, estão também pre- os anteriores e terminando num bordo
de pequenas a grandes dimensões, utilizadas sentes outras produções cerâmicas usadas simples, com restos de vidro preto opaco (nº
como ichas de jogo (nº 342 - 351). O dado em diversas actividades, como no caso de 368) que possivelmente foi utilizado para
encontra paralelo numa peça proveniente da fabrico de tecidos ou o fabrico especíico de a produção de objectos de adorno (Cruz
sepultura 2 (UE 76) da necrópole oriental cadinhos e moldes em cerâmica, directa- 2001: 34-35, ig. 14, nº 3).
de Mérida (Bejarano Osorio 1996: 37-58, mente relacionados com as actividades Um exemplar com o bordo tronco-cónico,
em particular, 54, nº 5). As ichas de jogo vidreiras e metalúrgicas. proveniente da insula das Carvalheiras, con-
recolhidas em Braga foram elaboradas para Os vestígios que indirectamente documen- tém na parede interna areia calcinada pelo
o efeito em fabrico idêntico ao de material tam a produção de tecidos na cidade estão fogo. Segundo Mário da Cruz (2001: 33),
de construção ou, mais frequentemente, representados por pesos de tear (pondera). A poderá tratar-se de um vaso de “fritura” da
improvisadas a partir de vasos de cerâmica estes acrescentem-se as fusaiolas (verticilli). areia antes da fusão inal para a produção de
comum e de cerâmicas de engobe vermelho. Os pesos de tear (nº 380), por vezes com vidro ou talvez, dadas a existência de areias
Documentam-se ainda algumas contas de graitos idênticos aos dos materiais de e as altas temperaturas que necessariamente
ábaco (nº 352 - 353). construção, possuem diferentes formas: atingiu, de calcinação acidental provocada
paralelepípedos; pirâmides truncadas de base por um incêndio.
rectangular e quadrangular; face trapezoidal Ligados às artes do fogo temos ainda exem-
e lado rectangular; em escudo, etc. plares de cadinhos em material refractário
As fusaiolas (nº 355 - 367), pesos associa- utilizados na fusão de metais a altas temper-
dos ao fuso de iar, fusus, para garantir o aturas, idênticos a tantos outros encontra-
movimento de rotação do mesmo, foram dos no mundo romano (Krause s/d: 36-37).
elaboradas expressamente para o efeito, ou O achado destes exemplares nas escavações
afeiçoadas a partir de cerâmicas comuns e de realizadas no Edifício Cardoso da Saudade,
engobe vermelho. na R. Frei Caetano Brandão e nas Cavalariças,
A utilização de cadinhos em cerâmica para a pressupõe a existência de diferentes oicinas
produção de vidro está bem documentada na locais dedicadas à metalurgia.
cidade (Cruz 2001: 33-34). Estão represen- Das escavações realizadas no Edifício
tados pelos característicos vasos de formato Cardoso da Saudade provém um fragmento
tronco-cónico. A quase totalidade destes de parede (nº 369) e três pequenos fundos
exemplares, em estado muito fragmentado, de cadinhos; dois têm base plana (nº 370 -

108
371) e o terceiro possui um bico fundeiro SSS entrelaçados, dispostos em bandas hori-
(nº 372). Este último apresenta vestígios de zontais, e decorações em espinha e linhas de
escorrência de bronze na face externa. pérolas também dispostas na horizontal.
Na R. Frei Caetano Brandão foram en- Um deles, representado pelas duas faces do
contrados dois cadinhos, um dos quais em molde bivalve permite perceber que se trata
forma de pequena taça e com a particulari- de moldes para a fundição de lâminas deco-
dade de estar abundantemente contaminado radas provavelmente pertencentes à parte
com ouro, presente sob a forma de pequenas superior de situlas (nº 376).
pérolas (nº 374). Um outro corresponde à parte superior
A actividade ligada à fusão de ouro está tam- do suporte anelar da asa de uma armela de
bém documentada na zona das Cavalariças situla (nº 379).
pelo achado de dois cadinhos que, à semelhan- No actual território português o achado de
ça do exemplar anterior, apresentam vestígios moldes idênticos ao de Braga foi docu-
de contaminação de ouro (nº 373 - 375). mentado, entre outros sítios, no povoado
A estes vestígios acrescente-se uma signii- de Santo António, Aife, Viana do Castelo
cativa e importante quantidade de moldes (Silva 1986: 168 e 194, Est. LXXXIII, nº
em cerâmica para a fundição de elementos 13). A presença de moldes para a feitura de
de sítulas em bronze (Martins 1988: 23-29, armelas de sítula apenas se documenta, de
Ests. I – III). Estes moldes encontrados nas acordo com a bibliograia consultada, em
escavações realizadas no Albergue Distrital Conimbriga (Alarcão 1994: 13, 78, nº 123
e nas Cavalariças, provêm de níveis não e p. 79, nº 122) e Lomba do Canho, Arga-
selados (nº 376 - 379). nil (Fabião 1998). Na Galiza o achado de
O estudo de alguns destes moldes exemplares deste tipo de objectos é mais
realizado por Manuela Martins (1988: 27- frequente como parecem testemunhar os
29), permitiu, todavia, datá-los, com alguma moldes e lâminas e de suportes de asa, para
segurança, entre os inais do século I a. C. e além de vários suportes em bronze, encontra-
os meados do século I da nossa era (1988: dos nos povoados de Santa Trega, A Guarda
27-28). Estes moldes, com pastas de tons (Pontevedra), Fozara, Castelo de Neiva e Sto.
variados (predominantemente negras no António (Carballo Arceo 1983: 7-32, Ests.
interior e com superfícies externas alaran- XII-XVII; 1989, p. 60-63, ig. 35, Est. VIII,
jadas), correspondem à parte decorada de p. 219-220 e 125). Moldes com idênticas
moldes bivalves que apresentam uma deco- decorações estão ainda documentados na área
ração geométrica com um número limitado da antiga Asturica, em “El Castrelín de San
de motivos, constituídos por elementos em Juan de Paluezas (Sánchez Palencia 2000: 78).

109
ESTAMPAS | ACESSÓRIOS DE OLARIAS

327 | 334 | 340 |


Categoria: Varia Categoria: Varia Categoria: Varia
Objecto: Rela de oleiro Objecto: Elemento de forno (separador) Objecto: Molde de lucerna de volutas (Loeschcke IV?
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada Cronologia: Finais reinado de Augusto/inícios reinado
Proveniência: Largo de Santa Cruz Proveniência: Cavalariças de Tibério a inais do séc. I (auge em meados séc. I)
N.I.: 2001.1310 N.I.: 1997.1320 Proveniência: Rua Santos da Cunha
Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº1; II 5, nº1 Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº8; II 6, nº8 N.I.: 1993.0695
Bibliograia: Morais 2005:I 344, nº1; II 458, nº2
328 |
Categoria: Varia 335 | 341 |
Objecto: Rela de oleiro Categoria: Varia Categoria: Varia
Cronologia: Indeterminada Objecto: Elemento de forno (separador) Objecto: Molde de lucerna
Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada
N.I.: 2002.0314 Proveniência: Cavalariças Proveniência: -
Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº2; II 5, nº2 N.I.: 2002.0312 N.I.: Sem número de inventário
Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº9; II 6, nº9 Bibliograia: Morais 2005:
329 |
Categoria: Varia
Objecto: Calço de argila 336 |
Cronologia: Indeterminada Categoria: Varia
Proveniência: Fujacal Objecto: Elemento de forno (separador)
N.I.: 1999.2592 Cronologia: Indeterminada
Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº3; II 5, nº 3 Proveniência: Rua Damião de Góis
N.I.: 1999.0259
330 | Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº10; II 6, nº10
Categoria: Varia
Objecto: Suporte bitroncocónico
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças 337 |
N.I.: 2001.1303 Categoria: Varia
Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº4; II 5, nº4 Objecto: Bloco de argila
Cronologia: Indeterminada
331 | Proveniência: Colina do Alto da Cividade
Categoria: Varia N.I.: 2001.1306
Objecto: Disco (anéis-suporte) Bibliograia: Morais 2005: I 85, Est. III, nº1; II 7, Est.
Cronologia: Indeterminada III, nº1
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 2002.0311
Bibliograia: Morais 2005:I 85, nº5; II 5, nº5 338 |
Categoria: Varia
332 | Objecto: Escórias de cerâmica
Categoria: Varia Cronologia: Indeterminada
Objecto: Disco (anéis-suporte) Proveniência: Cavalariças
Cronologia: Indeterminada N.I.: 2001.1302
Proveniência: Póvoa do Lanhoso Bibliograia: Morais 2005:I 85, Est. III, nº2; II 7, Est.
N.I.: 2002.0313 III, nº2
Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº6; II 5, nº6

333 | 339 |
Categoria: Varia Categoria: Varia
Objecto: Elemento de forno (separador) Objecto: Molde
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Finais séc. I a.C./ meados séc. I
Proveniência: Cavalariças Proveniência: São Geraldo
N.I.: 1997.1319 N.I.: 1997.1376
Bibliograia: Morais 2005: I 85, nº7; II 6, nº7 Bibliograia: Inédita Escala | 1:4

110
333

327

337

328
334

329

338

330

339

335

331

332 336 340 341

111
ESTAMPAS | PEÇAS DE JOGO

342 | 348 | 353 |


Categoria: Peças de Jogo Categoria: Peças de Jogo Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus) Objecto: Ficha de jogo (calculus) anterior tampa de Objecto: Conta de ábaco
Cronologia: Indeterminada ânfora Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Colina da Cividade Cronologia: Indeterminada Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0825 Proveniência: Cavalariças N.I.: 1999.0281
Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est. X, nº2; II 14, nº2 N.I.: 1992.0886 Bibliograia: Morais 2005: I 95, Est. XXIV, nº6; II
Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est. XIII, nº2; II 17, 28, nº6
343 | nº2
Categoria: Peças de Jogo 354 |
Objecto: Ficha de jogo (calculus) Categoria: Peças de Jogo
Cronologia: Indeterminada 349 | Objecto: Dado
Proveniência: Misericórdia Categoria: Peças de Jogo Cronologia: séc. I/ II
N.I.: 1999.2546 Objecto: Ficha de jogo (calculus) anterior tampa de Proveniência: Carvalheiras
Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est.XI, nº11; II 15, ânfora N.I.: 1992.0872
nº11 Cronologia: Indeterminada Bibliograia: Morais 2005:I, 156, Est. XXII, nº8; II, 7,
Proveniência: Rua 25 de Abril Est. XXII, nº8
N.I.: 1999.2543
344 |
Bibliograia: Morais 2005: I 89, Est. XIV, nº6; II 18,
Categoria: Peças de Jogo
nº6
Objecto: Ficha de jogo (calculus)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.0736 350 |
Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est. XI, nº9; II 15, nº9 Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus) talhada numa tampa
de ânfora
345 |
Cronologia: Indeterminada
Categoria: Peças de Jogo
Proveniência: Misericórdia
Objecto: Ficha de jogo (calculus)
N.I.: 1996.0913
Cronologia: Indeterminada
Bibliograia: Morais 2005: I 89, Est. XIV, nº7; II 18,
Proveniência: Cavalariças
nº7
N.I.: 1992.0889
Bibliograia: Morais 2005:I 88, Est. XII, nº17; II 16,
nº17
351 |
346 | Categoria: Peças de Jogo
Categoria: Peças de Jogo Objecto: Ficha de jogo (calculus) anterior tampa de
Objecto: Ficha de jogo (calculus) ânfora
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Jardim da Misericórdia Proveniência: Avenida Imaculada Conceição, Lote A
N.I.: 1992.0828 eB
Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est. XII, nº20; II 16, N.I.: 1998.1205
nº20 Bibliograia: Morais 2005: I 89, Est. XV, nº11; II 19,
nº11
347 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus) talhada numa tampa 352 |
de ânfora Categoria: Peças de Jogo
Cronologia: Indeterminada Objecto: Conta de ábaco
Proveniência: Avenida Imaculada Conceição, Lote A Cronologia: Indeterminada
eB Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1998.1204 N.I.: 1999.0280
Bibliograia: Morais 2005: I 88, Est. XIII, nº4; II 17, Bibliograia: Morais 2005: I 95, Est. XXIV, nº7;II 28,
nº4 nº7 Escala | 1:4

112
342

349
343

344

350

345

346
351

352

353
347

348 354

113
ESTAMPAS | PRODUÇÕES CERÂMICAS SUBSIDIÁRIAS DE
OUTRAS ACTIVIDADES

355 | 362 | 369 |


Categoria: Varia Categoria: Varia Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola Objecto: Fusaiola Objecto: Cadinho (associado à produção de bronze)
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Maximinos Proveniência: Cardoso da Saudade Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1997.1382 N.I.: 1998.1288 N.I.: 1999.0068
Bibliograia: Morais 2005: II 28, nº1 Bibliograia: Morais 2005: II 29, nº11 Bibliograia: Morais 2005: II 33, nº1

356 | 363 | 370 |


Categoria: Varia Categoria: Varia Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola Objecto: Fusaiola Objecto: Cadinho (associado à produção de bronze)
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1992.0882 N.I.: 1992.0876 N.I.: 1999.0065
Bibliograia: Morais 2005: II 28, nº3 Bibliograia: Morais 2005: II 29, nº16 Bibliograia: Morais 2005: II 33, nº2

357 | 364 | 371 |


Categoria: Varia Categoria: Varia Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola Objecto: Fusaiola Objecto: Cadinho (associado à produção de bronze)
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças Proveniência: Braga sem contexto Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1996.0895 N.I.: 1997.1377 N.I.: 1999.0066
Bibliograia: Morais 2005: II 28, nº2 Bibliograia: Morais 2005: II 30, nº22 Bibliograia: Morais 2005: II 33, nº3

358 | 365 | 372 |


Categoria: Varia Categoria: Varia Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola Objecto: Fusaiola Objecto: Cadinho de bico fundeiro (associado à
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada produção de bronze)
Proveniência: Carvalheiras Proveniência: Seminário de Santiago Cronologia: Indeterminada
N.I.: 1997.1391 N.I.: 1997.0025 Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
Bibliograia: Morais 2005: II 28, nº4 Bibliograia: Morais 2005: II 30, nº21 N.I.: 1999.0067
Bibliograia: Morais 2005: II 33, nº4
359 | 366 |
Categoria: Varia Categoria: Varia 373 |
Objecto: Fusaiola Objecto: Fusaiola Categoria: Varia
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada Objecto: Cadinho (associado à produção de ouro)
Proveniência: Seminário Santiago Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Indeterminada
N.I.: 1997.0003 N.I.: 1999.0548 Proveniência: Cavalariças
Bibliograia: Morais 2005: II 28, nº5 Bibliograia: Morais 2005: II 30, nº24 N.I.: 1996.0894
Bibliograia: Morais 2005: II 33, nº5
360 | 367 |
Categoria: Varia Categoria: Varia 374 |
Objecto: Fusaiola Objecto: Fusaiola Categoria: Varia
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada Objecto: Cadinho (associado à produção de ouro)
Proveniência: Misericórdia Proveniência: Carvalheiras Cronologia: Indeterminada
N.I.: 1999.2902 N.I.: 1992.0737 Proveniência: Rua D. Frei Caetano Brandão
Bibliograia: Morais 2005: II 28, nº10 Bibliograia: Morais 2005: II 30, nº25 N.I.: 2002.0332
Bibliograia: Morais 2005: II 33, nº6
361 | 368 |
Categoria: Varia Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola Objecto: Cadinho (com vestígios de vidro negro)
Cronologia: Indeterminada Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Fujacal Proveniência: Fujacal
N.I.: 1999.2797 N.I.: 2000.0959
Bibliograia: Morais 2005: II 28, nº9 Bibliograia: Morais 2005: II, 31, 1 Escala | 1:4

114
355
364
372

356

373

357 365

374

358
366

359
367

360

368

361

369
362

370

363 371

115
ESTAMPAS | PRODUÇÕES CERÂMICAS SUBSIDIÁRIAS DE
OUTRAS ACTIVIDADES

375 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho (associado à produção de ouro)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1991.0869
Bibliograia: Morais 2005: II 33, nº7

376 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de sítula
Cronologia: Finais séc. I a.C./meados séc. I
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1998.1076
Bibliograia: Morais 2005: II 34, nº1

377 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de sítula
Cronologia: Finais séc. I a.C./meados séc. I
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1991.0701
Bibliograia: Morais 2005: II 39, nº14

378 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de sítula
Cronologia: Finais séc. I a.C./meados séc. I
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2002.1288
Bibliograia: Morais 2005: II 42, nº22

379 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de armela de sítula
Cronologia: Finais séc. I a.C./meados séc. I
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1991.0862
Bibliograia: Morais 2005: II 38, nº11

380 |
Categoria: Varia
Objecto: Peso de tear
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: -
N.I.: -
Bibliograia: Morais 2005

Escala | 1:4

116
375

376

377

378

379

380

117
MATERIAIS

15.
DE
CONSTRUÇÃO
EM ARGILA
OS MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO EM ARGILA
«Também em Halicarnasso, o palácio do Esta frase de Vitrúvio é perfeitamente Assim, dentro de cada grande grupo inseri-
poderoso rei Mausolo ainda que estivesse todo elucidativa da importância da argila na mos as principais variantes encontradas, isto
coberto com mármore da Proconésia, tem Antiguidade. Sabemos que este material com base na espessura, diâmetro, tamanho
paredes construídas com tijolos cozidos que assumiu muito cedo grande relevância na e outras características que permitem pro-
dão, até aos nossos dias, testemunho de uma construção, sendo usado inicialmente na ceder à individualização dos elementos.
notável solidez, cujo trabalho de polimento da qualidade de lateres crudi (tijolo cru). Com Pretendemos com este trabalho dar a
supefície parece ter a transparência do vidro». a época imperial dá-se o surgimento de conhecer alguns dos aspectos da arquitec-
profundas mudanças na edilicia romana e, tura romana de Bracara Augusta. Con-
Vitruvio, Os dez livros de Arquitectura, paralelamente ao desenvolvimento e difusão sideramos que a análise dos materiais de
2.8.10 do opus caementicium, surge a generalização construção sob uma tripla perspectiva,
do uso do barro cozido (lateres cocti), que cronológica (identiicação de materiais de
veio substituir o tijolo cru, com vantagens mesma cronologia), funcional (identiicação
consideráveis. A utilização da argila como das aplicações de cada tipo de tijoleira) e
solução para um grande número de detalhes tecnológica (identiicação de oicinas), pode
construtivos resultou mesmo numa certa fornecer informações muito úteis relativa-
proto-industrialização da construção. Tal mente à actividade edilícia.
desenvolvimento terá que ser entendido
à luz das qualidades do material laterício,
menos pesado do que a pedra, beneiciando
de um processo de fabrico rápido, fácil de
trabalhar, com capacidade de aderência às
argamassas, resistência a altas temperaturas
e grande regularidade.
Apresentamos aqui alguns dos materiais de
construção provenientes das escavações
realizadas em Bracara Augusta. Estes encon-
tram-se globalmente integrados nas grandes
tipologias conhecidas. Será importante, no
entanto, tal como refere Jean Pierre Adam
(1994: 160), ter em atenção que as normas
aqui referidas podem ter sofrido alguns
desvios inluenciados pelas tradições locais e
próprias dos fabricantes ou construtores.

119
Os tijolos Elementos quadrangulares Elementos rectangulares

Como anunciamos acima, a produção de O elemento de base é o pedale, com módulo A partir dos elementos de base fabricaram-
tijolos potenciou uma indústria poderosa, de um pé, equivalente ao tetradoron grego. -se também tijolos rectangulares. O longum
apoiada pelos imperadores, que procederam A divisão do pedale em quatro partes dava pedale (lydion) possuía um pé e meio de
ao estabelecimento de normas de tamanhos, lugar a quatro elementos semipedales. O comprimento por um pé de largo.
aplicadas a todo o Império. bipedale era um tijolo de maior dimensão,
O elemento de base apresenta uma mor- com dois pés por dois. A divisão deste
fologia quadrangular e podia ser utilizado elemento em nove partes criava o bessale
com a forma original ou então fraccionado menor, com 19.7 por 19.7 cm.
em elementos rectangulares ou triangulares O sesquipedale era igualmente um elemento
(Adam 1994: 159). Esta lógica prende-se de grande dimensão que tinha um pé e meio
com a procura de uma maior rapidez de de lado. Se dividido em quatro partes criava
confecção, uma maior comodidade de trans- o bessale de 22.2 cm de lado.
porte e armazenamento e, também, com o
facto do elemento quadrado sofrer menos
deformação no período de secagem
(Giuliani 2007: 201). Por sua vez, o elemen-
to seccionado oferecia, a partir da sua linha
de fractura rugosa, uma óptima aderência à
argamassa.
Este material era fabricado na lateraria
a partir de argila mesclada com água e
também com areia ou palha em quantidades
modestas. A mistura obtida era amassada
e secava antes de ser colocada em fornos
(fornax) que atingiam temperaturas muito
elevadas (cerca de 800 graus). A forma
Figura 1 | Os tijolos segundo as
deinitiva era dada com a argila ainda crua,
medidas correntes. (Adam 1994:
traçando os limites pretendidos com uma ig. 347).
corda. Esta tarefa que antecedia a cozedura
tinha por objectivo facilitar o corte inal.
É importante referir ainda que estes elemen-
tos tinham um máximo de sete centímetros
de espessura, valor acima do qual a sua
manipulação pelo homem era inadequada.

120
Elementos circulares, em quarto de (Roldán Goméz 2008: 752). A título de ex- cada arco. Estas condutas podiam servir
círculo e triangulares emplo podemos referir o caso das termas do para a circulação de ar quente ou então
Alto da Cividade em Braga cujas estruturas como simples meio de ventilação.
Fabricou-se igualmente elementos de forma de construção das zonas quentes recorreram Finalmente, o quarto grupo é constituído
circular e em quarto de círculo para aplica- massivamente ao material laterício. Temos por tijolos que possuem quatro encaixes
ções em colunas e colunelos. O elemento assim por exemplo no apodyterium um dispostos frente a frente.
triangular muito utilizado, resultava da hipocausto com area feita de tijolos do tipo
divisão dos tijolos quadrados seccionados lydion de tamanho variável e pilae constituí-
numa das suas diagonais. Era sobretudo das por lateres bessales que suportavam uma
usado na construção dos paramentos dos suspensura formada de tijoleiras bipedales
muros em opus testaceum, pois a sua forma (Martins 2005: 32).
potenciava uma melhor união do para-
mento com o núcleo interno e portanto um
reforço da estrutura. Os tijolos em aduela
Os estudos já realizados sobre o material
laterício revelaram uma produção total- Trata-se de elementos de forma variada -
Figura 2 | Tijolo em aduela
mente adaptada às necessidades construti- rectangulares ou trapezoidais que permi-
vas. Encontramos estes elementos associa- tiam a realização de estruturas abobadadas
dos a todos os níveis da construção antiga. preferencialmente aplicadas nos edifícios Segundo M. Fincker (1986) este tipo de
Foram assim utilizados na ediicação de termais. Estes tijolos caracterizam-se por tijolo foi utilizado entre inais do século II
paramentos de muros (opus testaceum, opus contemplar encaixes e entalhes nas extremi- e inícios do IV. Alain Bouet procede a uma
mixtum), na construção de sistemas aboba- dades. Costumam apresentar um peril em ainação desses dados com base nos mate-
dados, no revestimento de solos, nos arcos, cunha mais ou menos evidente em função riais da Gália Narbonense indicando uma
nos arcos de descarga, nas platibandas, nas do espaço ao qual estavam associados. A cronologia que vai de meados do século I ao
estruturas de aquecimento, entre outros. abóbada era assim constituída de arcos século IV (1999: 85).
Um dos melhores exemplos da aplicação paralelos cujos intervalos eram preenchidos Encontramos elementos deste tipo nas
dos materiais cerâmicos na construção é a por tijolos planos. escavações das termas do Alto da Cividade
cidade de Ostia onde o material laterício foi Rui Morais indica (2005: 90) que é possível e da insula das Carvalheiras. No edifício
usado massivamente. Relativamente a Roma distinguir em Braga quatro grupos de tijolos das termas correspondente à primeira fase,
Jean-Pierre Adam refere que a memória em aduelas considerando o modo de encaixe datada de inícios do século II, as abóbadas
visual mais marcante que o turista leva da nas tijoleiras, altura, largura e espessura que das salas quentes foram construídas neste
cidade e da sua periferia é o de um universo estes podiam adquirir. material.
monumental de tijolos, de onde emergem, O primeiro grupo engloba elementos de corpo
pontualmente, alguns vestígios isolados de rectangular que apresentam numa das extremi-
travertino e de mármore (Adam 1994: 157). dades dois encaixes para o apoio das tijoleiras. Os tubuli
Para o caso da Hispânia, Lourdes Roldán O segundo grupo está representado por
Goméz indica que este material não foi um exemplar semelhante aos anteriores Os tubuli constituem canalizações em
excessivamente abundante na arquitectura mas caracterizado por ter uma largura cerâmica. São elementos tubulares de secção
hispano-romana (Roldán Goméz 2008: superior à altura. quadrada ou rectangular e de altura variável.
750) e que uma grande parte da produção O terceiro grupo é constituído pelos Trata-se de tijoleiras que, colocadas nas
laterícia tinha como destino os complexos tijolos que apresentam dois entalhes numa paredes dos edifícios termais, permitiam a
termais. Em algumas cidades foi mesmo extremidade e dois encaixes na outra. Este passagem do calor e respectivo aquecimento
aplicada exclusivamente nestes edifícios tipo servia de base de assentamento a duas dos espaços. O ar quente circulava assim na
tijoleiras potenciando condutas de ar entre vertical mas também na horizontal através

121
Os exemplares encontrados em Braga
parecem obedecer aos mesmos parâmetros
cronológicos, entre 1.8 a 2.5 cm para os
modelos alto imperiais enquanto que os
modelos tardios têm uma espessura média
acima dos 2.5 cm (Morais 2004: 89).
Um aspecto interessante relativamente a
este tipo de material é a sua ausência na
Península Itálica (Bouet 1999: 113).

Figura 3 | Restituição de abóbadas constituídas por tijolos em aduelas. Bouet, ig. 48, 1999

de aberturas laterais, que podem apresentar


uma forma variada.
Em Bracara Augusta foram identiicados
seis tipos diferentes de tubuli, associados
a termas públicas e balneários privados. O Figura 4 | Tubuli. Bouet, ig. 21, 1999
fabrico destes peças consistia na junção de
dois elementos iguais em forma de U antes
do processo de cozedura, dando a forma
inal que conhecemos.
Segundo Alain Bouet (1999: 66) este
material terá surgido em inais do século I As Tegulae
a.C. – inícios do século I. O autor apoia-se
para tal nos materiais identiicados na Gália Trata-se da telha romana de forma rectan-
Narbonense. A espessura da parede é um gular e de tamanho variável. As tegulae são
dos elementos que indica uma maior ou cobertas lateralmente na zona de junção
menor antiguidade das peças. Este investiga- por tijolos semi-circulares, os imbrices. O
dor avança que os exemplares mais antigos processo de fabrico passava pela introdução
apresentam uma parede mais ina. da matéria-prima em moldes, onde secava
ao sol antes de ser colocada nos fornos que
referimos acima.
Foram recolhidas em Bracara Augusta
tegulae de vários tamanhos.

122
na argila ainda fresca, com letras de tipo
actuário, isoladas ou assinalando abreviatu-
ras de nomes que geralmente interpretamos
como marcas de oicina ou de propriedade.
Mais abundantes são, porém, os simples
sinais graitados sem carácter alfabético,
Figura 5 | Tegulae e imbrex mais uma vez semelhantes aos que aparecem
noutros materiais cerâmicos identiicados
em Braga. A maior parte destes sinais
Canos e canalizações encontra-se reunida em tabela sinóptica
publicada por Rui Morais, ilustrada no
O material laterício foi também aplicado CD que acompanha esta obra (Rui Morais
na realização de canos e canalizações, 2005).
destinados respectivamente ao escoamento
de águas pluviais na vertical e ao abasteci-
mento de água limpa e drenagem das águas Cronologias
sujas ou excedentárias dos edifícios. Foram
encontrados canos deste tipo nas escavações A atribuição de uma cronologia aos
das termas do Alto da Cividade. Elementos materiais que estão representados neste
de canalizações, associados a um possível catálogo seguiu vários métodos. Alguns
complexo industrial ou balnear, foram materiais foram encontrados in situ e como
descobertos nas intervenções arqueológicas tal receberam a cronologia indicada para
realizadas na zona dos Granjinhos. a fase de construção que integram. Em
determinados casos as marcas identiica-
das permitiram igualmente atribuir uma
Marcas nominais e sinais cronologia. Quando estas situações não
se veriicaram procedeu-se à datação com
São as marcas e selos que aparecem nas base na comparação com outros materiais
telhas e tijoleiras. São importantes porque semelhantes encontrados em sítios datados
permitem um melhor conhecimento das e também em estudos realizados noutros
olarias e dos oleiros que trabalhavam em locais do Império que fornecem uma crono-
Bracara Augusta. O estudo desta informa- logia aproximada.
ção possibilita ainda o estabelecimento de É importante ter aqui em atenção que
cronologias. este tipo de material era frequentemente
Nas tegulae e tijoleiras recolhidas na reutilizado. Exemplo disso são as tegulae
cidade identiicaram-se marcas nominais e encontradas em contexto de necrópole, e
símbolos variados sem carácter alfabético, como tal indicamos aqui a cronologia de
semelhantes aquelas encontradas noutros reutilização.
materiais. Duas marcas nominais com a
abreviatura SATVR foram impressas me-
diante selos de cerâmica, metal ou madeira
(signacula), aludindo ao proprietário ou
fabricante da oicina. As restantes marcas
estão presentes através de graitos gravados

123
Quadro 1 | Listagem dos elementos laterícios englobados no catálogo

N.I. Tipo Medidas (cm) Uso Usos conhecidos Arqueosítio Cronologia


1996.0766 Bessale menor/ cuneati 18.8 x 17.8 x (5.5-6.7) Arcos suspensura Termas Alto Cividade Inícios séc. II –
inícios séc. III
1996.0774 Bessale menor 18.2 x 18.6 x 5.5 Pilae/ muros hipocausta Termas Alto Cividade Inícios séc. II –
inícios séc. III
2000.0244 Bessale/ cuneati 21.2 x 21 x (5.8-3.8) Arco hipocaustum Termas Alto Cividade Inícios séc. II
2000.0248 Pedale/ cuneati 29 x 29 x (4.7-6.3) Arco hipocaustum Termas Alto Cividade Inícios séc. II
1994.1447 Bipedale 57.2 x 57.2 x 5.1 Sepultura Cangosta da Palha Alto e Baixo
Império
1994.1323 Bipedale 60.2 x 60.2 x 7.1 Suspensurae/ pilae/ Granjinhos Alto-Império
arcos hipocausta
1996.0727 Longum pedale/ lydion 45.5 x 29.9 x 5.7 Pavimentos/ arcos/ Termas Alto Cividade Inícios séc. II
outras estruturas de
áreas quentes de
edifícios termais
1994.1166 Semi-lydion 32.2 x 25 x 8.2 Opus testaceum/ Largo Paulo Osório -
pavimentos/
revestimento interno
condutas água/ arcos e
abóbadas
1991.0486 Longum semi-pedale 42.8 x 14.7 x 4.3 Sepultura Largo Carlos Amarante 2a metade
séc. II
1994.1446 Longum semi-pedale 46.2 x 16.2 x 5.3 Sepultura Cangosta da Palha Mundo tardo
romano -
Antoninos
1994.1300 Longum semi-pedale 52.3 x 15.2 x 5.1 Tanque Granjinhos Alto Império
1995.0165 Longum bessale 59.5 x 22.1 Tampa canalização Carvalheiras Finais séc. I –
inícios séc. II
1994.1205 Longum semi-pedale 38.5 x 14.8 x 4.5 Carvalheiras -
2002.1959 Tegula 40.9 x ? x 2.5 Cobertura R. Capitão Alberto Séc. I
Matos
1994.1445 Tegula 54.1 x 36.2 x 2.7 Sepultura Cobertura Cangosta da Palha Mundo tardo
romano -
Antoninos
1994.1430 Tegula 56.5 x 43.2 Sepultura Cobertura Cangosta da Palha Alto e Baixo
Império
1996.0742 Imbrex 2.4 (espessura) Cobertura Colina da Cividade -
1991.0489 Tegula c/ opaion 2.9 (espessura) Cobertura/ventilação Maximinos -
1996.0159 Tegula c/ opaion 2.9 (espessura) Cobertura/ventilação Braga – achados -
antigos
2004.0416 Tijolo em aduela 28.2 x 27.7 x (4.4-3.9) Abóbadas/ pilae Jardins da Misericórdia Inícios séc. II
1994.1283 Tijolo em aduela 29 x (24.5–19.3) x Abóbadas/ pilae Carvalheiras Antoninos
(5.4–5)
1994.1238 Tijolo em aduela 28.2 x 29.2 x (5.1-4.1) Abóbadas/ pilae Carvalheiras Antoninos
1996.0218 Tijolo em aduela 53.8 x 34.5 x (8.6-7.2) Abóbadas Braga – achados Séc. II - IV
antigos
1994.1216 Tijolo em ¼ círculo 16.8 (diâm.) x 4.8 Elemento de coluna Cavalariças -

1994.1025 Tijolo em ¼ círculo 17.7 (diâm.) x 4.3 Elemento de coluna Colina da Cividade -

2000.0246 Tijolo triangular 5.9 (espessura) Opus testaceum Casa da Bica -

1994.0489 Tijolo Circular 25.3 (diâm.) x 7.8 Pilae Cavalariças -

2004.0475 Tijolo Circular 32.9 (diâm.) x 7.5 Pilae R. St. António 2a metade
Travessas nº. 20-26 séc. I
1995.0194 Tijolo Circular 38.9 (diâm.) x 7.5 Pilae Hospital bloco Séc. I - II

1995.0173 Canalização 55.2 x 18.1 x 4 Abastecimento/ Granjinhos Alto–Império

drenagem água
1994.0951 Cano 65.8 x (15-16) x 1.4 Drenagem água Termas Inícios séc. II
pluvial
2002.0251 Tubuli abertura quadrada 29.5 x 14.3 x 23.2 Concamerationes Carvalheiras Alto-Império

1994.0956 Tubuli abertura circular 31.7 x 12.6 x 29.6 Concamerationes R. D. Af. Henriques nº. Alto-Império
36-40

124
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