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Escola de Ciências Sociais

Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

A Olaria Alentejana

Docente: Professora Doutora Antónia Fialho Conde


Discente: Andreia Carreteiro, nº36849

Évora, Janeiro de 2017


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Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Índice

Pág.

Introdução ………………………………………………………………………3

Estado de Arte …………………………………………………………………..4

1. Produção de Cerâmica …………………………………………………..6


2. História da Arte Cerâmica ………………………………………………8
2.1. História da Arte Cerâmica em Portugal ……………………………10
3. A Olaria Alentejana ...………………………………………………......16
4. Louça Tosca ……………………………………………………………16
5. Louça Vidrada ………………………………………………………….16
6. A Decoração ……………………………………………………………17
7. Fornos …………………………………………………………………..18
8. Algo Novo, A Louça de Esmalte ……………………………………….19

Conclusão ……………………………………………………………………….20

Fontes/Bibliografia/Webgrafia ………………………………………………….21

Anexos …………………………………………………………………………..57

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Introdução
Este trabalho surgiu no âmbito da unidade curricular de Métodos e Técnicas de
Inventariação de Recursos Patrimoniais, do Mestrado de Gestão e Valorização do
Património Histórico e Cultural.

O trabalho tem como objetivo investigar a produção, tal como, a história da arte
cerâmica no mundo, e em particular, Portugal. Outro dos objetivos é investigar as
diversas características e particularidades da olaria alentejana, tendo em perspetiva
várias obras, que mencionarei mais à frente, passando pelo valor histórico deste tipo de
louça, pelas tipologias das peças com recurso a diversas localidades caracterizando o
seu tipo de louça, e os seus processos, como é o caso de Nisa, Tolosa, Estremoz e S.
Pedro do Corval; fazendo uma alusão à louça tosca e vidrada e à evolução da decoração
da louça vidrada. Finalmente o último objetivo deste trabalho é caracterizar algo
relativamente novo na cerâmica a louça esmaltada.

A metodologia deste trabalho incidiu no trabalho de campo, através de fontes


orais, conversa com o Mestre Marcelino Paulino que me auxiliou em muito acerca da
louça esmaltada; e ao mestre Manuel Carreteiro que me auxiliou nas Fichas de
Inventário anexas a este trabalho, e à pesquisa de artigos e bibliografia que pudessem
tornar o trabalho mais rico, esta bibliografia inclui a monografia do Dr. J. Leite
Vasconcellos, Etnografia Portuguesa – Tentame de Sistematização, Vol. V; a
monografia de Antónia Fialho Conde, Mãos que criam – A olaria de S. Pedro do
Corval; a separata do Vol. LXXXVI da “Revista Guimarães” de Manuel de Carvalho
Moniz, A Olaria Medieval Eborense; e o Dicionário de História de Portugal, Vol. 8
com a coordenação de António Barreto e Maria Filomena Mónica.

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Estado da Arte

Bibliografia
LEPIERRE, Charles. Cerâmica Portuguesa Moderna – Estudo químico e tecnológico.
Lisboa, 1899.

VASCONCELOS, Carolina Michaélis de. Algumas palavras acerca dos púcaros em


Portugal. Coimbra, 1925.

PARVAUX, Solange. La Céramique Populaire du Haut- Alentejo. Presses


Universitaires de France, 1968.

BARRETO, António; MÓNICA, Maria Filomena. Dicionário de História de Portugal,.


Livraria Figueirinhas: Porto, 2002. Vol. 8.

VASCONCELLOS, J. Leite de. Etnografia Portuguesa – Tentame de Sistematização,.


Imprensa Nacional: Lisboa, 1967. Vol. V.

CONDE, Antónia Fialho. Mãos que criam – A olaria em S. Pedro do Corval. Papel &
Tinta – Artes Gráficas, 2013.

MONIZ, Manuel de Carvalho. A Olaria Medieval Eborense. Revista Guimarães.


Companhia Editora do Minho: Barcelos, 1976. Vol. LXXXVI.

CAMPBELL, M. An Introduction to Medieval Enamels. HMSO,1983.

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1. Produção de Cerâmica

1
A cerâmica é um produto caracterizado pela forma e resultante da moldagem a
frio de uma matéria inorgânica argilosa posteriormente endurecida pelo calor.
A desintegração dos granitos, gneisses ou pórfiros, e dos seus feldspatos, originam as
matérias-primas que constituem as argilas.

Estas transformam-se por meio da água em pastas plásticas moldáveis, que


solidificam se forem secas e endurecem por cozedura.

Os métodos de manipulação e cozedura variam, porque estas são muito variadas,


e originam produtos cerâmicos diferentes, como por exemplo a terracota (barro cozido);
faiança (forma de cerâmica branca) engobada, se o revestido é considerado terroso;
faiança vidrada, se o revestimento é vítreo e transparente; faiança esmaltada, se o
revestimento é vítreo e opaco; grés (pasta compacta, dura, podendo ser esmaltada ou
revestida de película vítrea obtida por fusão de sal); porcelana (pasta compacta branca e
dura); e biscuit ou porcelana fria que é caracterizada pela massa de modelar produzida a
partir da mistura de amido de milho, cola branca, conservantes como limão ou vinagre e
vaselina.

Com o desenvolvimento da agricultura, a cerâmica, surge no período de


transição do Mesolítico para o Neolítico. O grau de civilização de cada cultura e da sua
relação com outros povos originaram as primeiras técnicas.

Em Portugal, a cerâmica popular é caracterizada por formas utilitárias e por


barros negros, em Chaves, Vila Real, Viseu; Modelos, e Flor de Rosa; barros
vermelhos, em Barcelos, Miranda do Corvo, Caldas da Rainha, Mafra, Estremoz, Viana
do Alentejo e Bringel; barros brancos, em Leiria e Loulé.

1
Cerâmica. Artigos de apoio Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2016. [consultado 2016-12-27]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$ceramica

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A produção de faiança portuguesa iniciou-se no final do século XVI com a


importação de artífices andaluzes, desenvolvendo-se no decurso do século XVII à custa
da interpretação, geralmente em azul e branco, com motivos de inspiração oriental,
barrocos ou heráldicos.

A produção de cerâmica possibilita o fabrico de tijolo, telhas, peças para


grelhagem, entre outros.

O processo de fabrico da produção cerâmica respeita as seguintes etapas:

 Preparação da pasta (barro ou argila);


 Formação das peças;
 Secagem;
 Cozedura.

Antigamente a matéria-prima era transportada por carros de mão ou correias até


ao dito local, de seguida é introduzida no amassado, no qual é triturada e misturada com
água, até ficar em pasta plástica e homogénea. Depois de um determinado período de
cura (apodrecimento da pasta), a massa é cortada e moldada consoante os que se
pretender.

2. História da Arte Cerâmica

2
Proveniente do grego Keramiké, cerâmica designava inicialmente o trabalho de
execução da louça de barro embora o seu campo se tenha expandido, abrangendo
outras técnicas e materiais.

Na produção de cerâmica podem ser utilizadas diversas pastas e processos de


cozedura que variam entre os 700 º C do barro dito comum ao 1350º C da porcelana. As
técnicas para elaborar estes materiais têm três variantes:

 Modelado (manual);

2
Cerâmica. Artigos de apoio Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2016. [consultado 2016-12-27]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$ceramica

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 Moldado (molde);
 Construído (colagem).

A ornamentação das peças podem ser obtidas por:

 Incisão;
 Pintura;
 Relevo.

As cores usadas em cerâmica têm uma origem mineral para não serem
consumidas pelo calor; a cor final do mineral depende da temperatura da cozedura.

O vidrado é produzido por uma fina película de vidro que é aplicada sobre a
superfície da cerâmica antes de a cozer, este pode ser colorido através da adição de
óxidos metálicos.

Os vestígios de cerâmica constituem uma das principais fontes de conhecimento


arqueológico, no que diz respeito às culturas mais remotas. Desde o Paleolítico que se
produzem objetos cerâmicos, embora a grande expansão desta técnica se verifique
aquando da sedentarização humana do período Neolítico.

Na China foram descobertos vestígios de objetos cerâmicos datados de 200 a. C.,


correspondentes ao período Han. É pelo menos desde o século IX, com a Dinastia Tang,
que esta civilização utiliza a porcelana refinada que exportam para a Índia, Egito,
Mesopotâmia e para o Japão. Durante a Dinastia Ming a porcelana branca pintada de
azul conheceu grande divulgação; no século XVI estes objetos foram importados em
grande escala para a Europa pelos navegadores portugueses e holandeses.

O Egito gozando de grande estabilidade e longevidade política e cultural,


desenvolveu muito as formas de expressão artística ligadas à manufatura da cerâmica,
empregando as técnicas de vidro e esmalte.

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Anos mais tarde a civilização Grega associou a pintura à louça de barro, cujo
apogeu data do período clássico, séculos V e IV a. C. onde os vasos se tornam suporte
para pinturas com carácter mitológico, pintadas a dourado ou vermelho sobre fundos
negros vidrados.

Foi na cultura muçulmana que a cerâmica encontrou uma posição de destaque a


nível de criação estética. Os árabes realizaram peças impressionantes em que utilizavam
pastas em reflexos metálicos, obtidos pela adição de silicatos de cobre ou de prata.

A Pérsia no século XVI introduz a utilização de porcelana, técnica trazida da


China.

A cerâmica hispano-mourisca influenciou fortemente a produção italiana e


francesa da Idade Média, com trabalhos produzidos na ilha de Palma de Maiorca que
ficaram conhecidos pela designação de majólica.

Ainda no decorrer do século XVI a cerâmica vidrada espanhola, em estilo


mudéjar, caracteriza a forte influência árabe na técnica do esmalte em solução de
cloisonné (técnica de trabalho em esmalte na qual tiras finas de metal são coladas sobre
uma superfície, formando um desenho composto por pequenos compartimentos
preenchidos com pasta de esmalte vitrificado).

Na Itália dos séculos XV e XVI os principais centros artísticos eram Faenza (de
onde deriva o termos português faiança) e Urbino. Siena ficou famosa pelos seus
azulejos pintados.

No renascimento francês teve especial relevo o centro indústria de Ruão, onde se


atinge grande perfeição na modelação e pintura de figuras de carácter naturalista.

No século XVII (período barroco) a pujança económica do país era muita e daí
surgem as cerâmicas de Lyon.

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Na Alemanha a porcelana de Saxe torna-se popular. E em território português a


louça importada da China teve grande destaque desde o século XVI, substituindo a
cerâmica mudéjar de influência espanhola.

2.1. História da Arte Cerâmica em Portugal

É em meados do século XVIII e pela iniciativa do Marquês de Pombal, que a


indústria cerâmica de porcelana conheceu um grande incremento, ainda que espalhado
por todo o espaço nacional, tornam-se notáveis os trabalhos saídos das fábricas da Vista
Alegre (Aveiro) e do Rato (Lisboa) ou louça das Caldas da Rainha.

3
A cerâmica caldense combina, desde o século XIX arte e indústria, fazendo jus
à tradição iniciada por Bordalo Pinheiro. Em 1824, em Aveiro a Fábrica de Porcelanas
da vista Alegre é um caso de sucesso da arte e indústria. De 1891 a 1924 este distrito vê
nascer mais 18 fábricas de cerâmica no concelho de Aveiro, 1 de barro branco, 3 de
barro vermelho, 3 de louça e azulejos e 2 de cerâmica para construção. Nos concelhos
envolventes mais nove unidades, quase todas de barro vermelho. Todavia este
dinamismo todo é atenuado pela mecanização escassa e a produção cada vez mais
dependente das flutuações de mão-de-obra especializada.

Apesar de algumas das suas modalidades terem vindo a beneficiar dos avanços
tecnológicos, o fator mão-de-obra assume sempre uma importância indispensável, como
atesta o peso de 15% que chega a ter em 1947, ao total dos 24 ramos registados na
indústria transformadora, ou ainda o número médio de pessoas ao serviço por
estabelecimento que, no mesmo ano atinge 86 indivíduos.

A separação entre cerâmica para construção e as porcelanas e faianças, nas


Estatísticas Industriais de 1953, permite uma maior precisão; ao longo deste período a
estrutura produtiva da indústria de cerâmica para construção é constituída por empresas
de pequena e média dimensão, com forte dependência de mão-de-obra.

3
BARRETO, António; MÓNICA, Maria Filomena. Dicionário de História de Portugal, Vol. 8. Livraria Figueirinhas:
Porto, 2002.

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Em 1957 numa das comunicações ao II Congresso da Indústria Portuguesa,


Manuel Correi de Barros, professor da Faculdade de Engenharia do Porto e diretor do
Laboratório Central de Estudos da Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre afirma que a
indústria de cerâmica no seu todo apresentas falhas consideráveis ao nível de
organização e de tecnologia, traduzidas em deficiências na produtividade. Como é o
exemplo do barro vermelho, em que a produção operária ronda ¼ a 1/5 da conseguida
nas unidades estrangeiras. Contudo a evolução relativa ao emprego e à produção é
animadora, de 1957 a 1974 enquanto o número de pessoas ao serviço diminui
ligeiramente (de 37 para 35), o valor da produção triplica, valores estes que refletem a
melhoria na organização e na tecnologia utilizada, no entanto insuficientes para lançar a
atividade para o grupo das mais industrializadas. Apesar de valores absolutos
consideráveis, de 1953 a 1974 ou seja duplicação dos estabelecimentos, aumento do
emprego em 50% e o sextuplicar do valor da produção, o crescimento limita-se a
acompanhar o da restante indústria transformadora.

As empresas de porcelanas e faianças têm um peso elevado na mão-de-obra


(trabalho manual na elaboração de peças artísticas, embora a mão-de-obra de porcelana
ser mais reduzida no que diz respeito a estabelecimentos.

Na década de cinquenta os estabelecimentos de porcelana e faiança têm uma


dimensão média superior que a de cerâmica para construção.

As características da das empresas de cerâmica implica que se faça um esforço


redobrado a nível do desenvolvimento organizacional. A Vista Alegre é um exemplo
perfeito, cuja qualidade dos produtos é assegurada pela extrema atenção ao
desenvolvimento organizacional do trabalho, com a formação de mão-de-obra e ação
laboratorial. Constatando-se melhorias entre 1953 e 1974 com a diminuição do número
médio de pessoas por estabelecimento face ao aumento do valor de produtividade.

A abertura de novos mercados externos constituiu um estímulo para o


desenvolvimento da qualidade.

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3. A Olaria Alentejana

4
Olaria deriva do termo antigo ola que significa ‘panela de barro’. A Olaria é um
lugar destinado á fabricação de artefactos de cerâmica, onde se é utilizado o barro ou
argila como matéria-prima.

Joaquim de Vasconcelos descreve uma exposição de cerâmica no Porto, em 1882 da


seguinte forma: “ O que há, em suma, a concluir de toda a exposição de olaria rústica?
Que disposições naturais do oleiro português são notabilíssimas; que ele tem o
sentimento da forma em alto grau, aquilo que em teoria de arte se chama eurítmica das
linhas. Isto não se aprende, nem se pode ensinar. É uma aptidão tradicional, que
desenvolve insensivelmente, numa indústria, quando ela se encontra n um meio
favorável; é trabalho milenário e por isso de um valor incalculável havendo uma
sociedade culta que o saiba aproveitar. Com o sentimento da forma anda aliado o bom
critério na ornamentação dos objetos formados” (VASCONCELLOS, 1967)

Charles Lepierre refere-se à louça como “um elemento essencial num lar”.
(VASCONCELLOS, 1967)

Em Portugal os vestígios desta indústria já veem de longe:

 Em 1915 existe um documento que se refere à louça de barro de


Coimbra;
 Um de 1543 que nos fala da louça de Estremoz.

Há regimentos de mallegueiros (malegueiro – aquele que faz málagas ou tigelas,


sinónimo de oleiro):
4
Olaria. Artigos de apoio Wikipédia, a enciclopédia livre, 2016. [consultado 2016-12-27]. Disponível na Internet: https://pt.wikipedia.org/wiki/Olaria

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 Um de 1566 outro de 1543;


 Outro de 1571;
 E o novo regimento dos oleiros e malagueiros de 1623;
 Em 1573 existe uma lista de vasilhame de barro usado na época.

“Quase todos os estudos feitos sobre a olaria portuguesa e, especialmente, os


dedicados à olaria alentejana se preocupam, na generalidade, com o fabrico das peças
e as suas características. (…) A cidade de Évora, como cidade mais importante e
também mais populosa do Alentejo, foi sempre um magnífico mercado consumidor de
olaria fabricada nos grandes centros de produção que podemos enumerar como sendo
Estremoz, S. Pedro do Corval, Redondo e Viana do Alentejo.

Solange Parvaux, no curioso volume intitulado “La Céramique Populaire du


Haut-Alentejo”, aparecido em 1968, repete que Évora é um centro de consumo da
olaria fabricada em Estremoz, Redondo, S. Pedro do Corval e Viana do Alentejo.”
(MONIZ, 1976)

Segundo Manuel de Carvalho Moniz as peças de olaria que eram fabricadas ou


vendidas em Évora eram por exemplo:

 Alguidares – vocábulo de origem árabe Al-ghiddar – vasos cujo lados


vão abrindo até à borda, a qual tem muito maior circunferência que o
fundo, e também maior diâmetro que altura. Serve para nele se fazerem
lavagens e também para a amassadura caseira de pão. No título dos
Oleiros consoante das posturas da Cidade do período de 1375 a 1382,
encontramos referências curiosas a três espécies de alguidares: -
Alguidares de mesa e pão; - Alguidares meão; e – Alguidares pequenos.
(MONIZ, 1976)
 Alcarras – No “Título dos Oleiros” consoante do Regimento da Cidade
de Évora, redigido cerca de 1392, encontramos referências às
“alcarras”. Deve ser uma corrupção da palavra – “cantarinha, bilha

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ou mouringue de barro poroso” utilizado nas regiões para conservar


água fresca, de origem muçulmana. (MONIZ, 1976)
 Enfusa – também designada por “infusa” é um vaso de barro de bojo
largo e gargalo, mais pequeno do que o cântaro, destinado a ter água
de beber fresca. Nas posturas antigas já mencionadas se faz referência
às: - “enfusas d’água de senhas azas” cada uma das dez que saem em
cada fornada: - enfusas meãs; - enfusas paradas; e – enfusas bicadas.
(MONIZ, 1976)
 Panelas – vaso que serve para cozer ao lume a comida. No “Título dos
Oleiros” de 1375 e 1395, encontramos mencionadas várias espécies de
panelas, assim: - panela mean; - panela cairebe; e – panela pabereyras.
(MONIZ, 1976)
 Sartãa – frigideira de pouco fundo, usada para frigir peixe, ovos, carne,
ect. No “Título de Oleiros” consoante do Regimento da Cidade de
Évora, feito por João Mendes se menciona a “sartãa para frigir”.
(MONIZ, 1976)
 Tijelas – espécie de vaso côncavo e fundo, sem asa, para sopa, caldo,
ect. Nas posturas antigas já mencionadas se faz referência a diversas
espécies de tijelas, tais como: - tijelas de foro; - tijelas sendo pequenas;
e – tijelas de monte. (MONIZ, 1976)
 Testo – Vocábulo de origem latina “testum” tampa de barro de panela
que vai ao lume, e bem assim dos cântaros e outros vasos. (MONIZ,
1976)

5
Ainda seguindo Lepierre a louça preta e a louça amarela eram frequentes nas
aldeias, esta vai variando de formas, primeiro era constituída por desenhos lineares, com
incrustações, depois com ornamentação rica e de influência hispano-arábica.

5
VASCONCELLOS, J. Leite de. Etnografia Portuguesa – Tentame de Sistematização. Imprensa
Nacional: Lisboa, 1967. Vol. V.

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Alberto Pimentel a prepósito da olaria artística invoca Estremoz a qual chama


‘cidade de Andujar portuguesa’ e deplora o declínio da indústria do barro. Fonseca
Henriques refere-se às figuras artísticas de Estremoz como púcaros, citados no trabalho
de Michaélis de Vasconcelos.

O aspeto artístico das peças elaboradas permite-nos obter notas etnográficas,


como é o caso das vasilhas, que assumem a forma de homens a beber, a escrever,
animais, entre outras.

Antigamente o barro passava por vários processos técnicos, entre eles: o pisar,
reduzir a pó, pode ser pisado de pedra com mãos de madeira ou por bois em grandes
tanques; o peneirar com joeiras de arame; amassar; sovar ou passar pela mão para fica
mais compacto (este trabalho é realizado sobre a arquina ou pial, espécie de balcão de
adobo); empelar, fazer uma bola de massa, que depois concebe a forma de vaso, sobre a
roda; brunir, com seixos; enxugar à sombra e depois ao sol; cozer em covas ou forno.

Os processos técnicos variam de lugar para lugar. Por exemplo Nisa onde se
fazem vasos de barro empedrados com pedaços de quartzo, e por vezes desenhos de asa
entrançada, todavia estes não são iguais ao de Estremoz, nem o barro se assemelha. Os
vasos são elaborados da mesma forma que nas outras terras oleiras. Na zona de Amieira
a roda do oleiro é constituída por uma pedra com cavidade, chamada rela, sobre a qual
gira o arguilhão do eixo da roda. O empedramento da loiça é o seguinte: “tomam seixos
e metem-nos no forno, onde estalam; tiram os pedaços que ficam e partem-nos com um
seixo redondo (migam-nos), sobre qualquer pedra lisa, até se transformarem em
partículas miúdas como sal. A pedra com que pisam o cascalho chama-se bolhão.
Depois é peneirada para separar o pó. Para pedrar a vasilha é necessário que esteja o
barro em meia sezão, isto é, nem muito frescos nem muito duro, só consistente.
Desenha-se na vasilha com um alfinete o ramo, nome, etc., que se quer, e depois com
os dedos índex e pólex fixa-se a pedra (isto é, a pedrinha) e com a unha do pólex
segura-se como quem quer matar um piolho.” (VASCONCELLOS, 1967)

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Em Tolosa, freguesia de Nisa, onde para além das louças para cozinhar
alimentos, usam-se recipientes para armazenar água, como por exemplo: o asado que
tem como objetivo o armazenar de água para alimentação e lavagem da louça; e o
cântaro, usado para limpezas. “ O asado tem duas asas que começam na abertura; o
cântaro tem uma só asa, que começa a meio do pescoço (gargalo). Existem asados em
Nisa empedrados, coberto com um testo e sobre ele uma panelinha (púcaro).”
(VASCONCELLOS, 1967)

Em Estremoz e segundo Fonseca Henriques que nos diz o seguinte: “Entre tantas
fontes bem se podem admitir alguns púcaros; e não será grande impropriedade, que
depois de havermos dado notícia das excelentes águas de Estremoz, nos lembremos dos
seus preciosos púcaros (…) porque além de serem bezoárticos, excedem a formusura
do cristal se não na brancura, no gosto que dão à água, que por eles se bebe (…) Os
púcaros de cor rubra e pela sua boca forma são aprazíveis aos olhos; com os que
recreiam a maior parte dos sentidos externos, sentindo a tenacidade que o barro por
glutinoso se pega aos beiços; que se o púcaro for pequeno, ficará suspenso e pendente
deles. O barro é de tal natureza que do mais fino não se fazem púcaros e quartas de
boa forma, mas também figuras e brincos, que servem de adorno e compostura das
casas, no que se rem apurado muito primor dos artífices, com utilidade sua”
(VASCONCELLOS, 1967)

Em S. Pedro do Corval e como diz Victor S. Gonçalves (1999), A Cerâmica na Pré-


História em Reguengos de Monsaraz in Atas das V Jornadas Ibéricas da Olaria e
Cerâmica “ (…) as cerâmicas pré-históricas de Reguengos de Monsaraz, como as de
um outro sítio qualquer, têm formas e perfis, pastas e acabamentos, decorações incisas,
impressas ou plásticas, que são usadas pelos que as estudam como forma de as
classificar, distinguir de outras e referir a uma origem determinada. São todas
manuais, isto é: feitas à mão por montagem de rolinhos de cerâmica, os colombinos, ou
com auxílio de molde externo que serve de apoio (…) As cerâmicas são assim um
componente, apenas um, mas importante, do que chamamos Revolução do Neolítica e

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tornam-se rapidamente indispensáveis para antigas sociedades camponesas. Servem


como contentores de alimentos sólidos e líquidos, desempenham funções de silos para
cereais, de reservatórios para água, de recipientes para levar ao lume, para comer e
beber, e ainda, (…) como cadinhos de fundição, pequenos recipientes onde se colocam
os pedaços de metal que vão ao forno até se tornarem líquidos, sendo depois vazados
nos moldes, que definem previamente a forma do artefacto metálico. Versatilidade, é
assim, talvez, a primeira característica das cerâmicas. E, depois, agora pensando em
(…) arqueólogos, uma outra característica é muito importante: a sua quebrabilidade.”
(CONDE, 2013)

4. Louça Tosca

6
A louça tosca é caracterizada por peças que levavam engobo ou engobe (banho de
argila mais fina) antes de serem cozidas, destinadas à conservação da água (cântaros,
cantarinhas, barris); o chamado almagre, que se designa por ser uma espécie de argila
avermelhada, rica em óxido de ferro. As tarefas, tinocos e asados não levam o engobo
antes de irem a cozer, só depois de cozidas eram pesgadas (com pêz, obtido a partir da
resina do pinheiro) ou enceradas (com tagarro obtido através da prensagem dos favos
das abelhas depois de extraído o mel). As peças pesgadas serviam para a conservação
do vinho e das azeitonas, e as enceradas serviam para a conservação do azeite,
aguardente e enchidos. Destacam-se ainda as panelas, tigelas, caçoilas, chocolateiras,
assadeiras tortas, de índole utilitária, em que a tinta vermelha era usada para
impermeabilizar o interior.

5. Louça Vidrada

7
A louça vidrada leva duas cozeduras, procedia-se da seguinte forma, em
determinadas peças, a um duplo engobo, primeiramente com tinta vermelha e depois
com tinta branca (caulino, rico em mármore), e depois eram decoradas ou não. Dentro
6
CONDE, Antónia Fialho. Mãos que criam – A olaria em S. Pedro do Corval. Papel & Tinta – Artes
Gráficas, 2013.
7
CONDE, Antónia Fialho. Mãos que criam – A olaria em S. Pedro do Corval. Papel & Tinta – Artes
Gráficas, 2013.

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da louça vidrada havia duas distinções a louça vermelha e a louça branca. Quer isto
dizer que a tinta vermelha era usada em peças em que a decoração se limitava ao uso de
tinta branca, com pintas, tiras ou salpicos. Alguns oleiros davam um banho de tinta
vermelha antes da branca: uma para a decoração, outra para o vidrado. Vidrado este que
era conferido pelo uso de zarcão (teor de chumbo). O zarcão “Sentinela O” ou o
“Zarcão Balsemão” eram usados, misturado com seixo (pedra mármore) pisado, onde se
juntava uma pequena porção de tinta vermelha ou branca de acordo com a natureza da
louça a vidrar.

6. A Decoração

8
A decoração mais primitiva das peças engobadas com caulino tinham três cores
básicas, a trilogia, o vermelho (óxido de ferro); o amarelo (bicarbonado de potássio) e o
verde (sulfato de cobre), adquiridas nas drogarias e farmácias.

Nos anos 60 do século XX a paleta de cores multiplicou-se com a introdução do


castanho (óxido de manganés) e o azul (óxido de cobalto), e a que se juntaria o óxido de
crómio para amarelos mais satisfatórios.

A decoração até meados do século XX era complicada pois ocorria depois da


primeira cozedura, assim havia recurso aos moldes de flores recortados em papel para
aplicação posterior da tinta; o risco a prego assumiu-se, hoje em dia a fácil aderência
das tintas ao barro, após um curto prazo da secagem das peças, secundariza o uso do
risco a prego.

“Flores isoladas ou em grupo de três ornavam vasos, saladeiras, pratos e garrafões


para o vinho com bordo de decoração geométrica. Desenvolve-se também a chamada
louça salpicada, em que se misturam salpicos brancos e verdes e amarelos sobre
fundos vermelhos.” (CONDE, 2013)

7. Fornos

8
CONDE, Antónia Fialho. Mãos que criam – A olaria em S. Pedro do Corval. Papel & Tinta – Artes
Gráficas, 2013.

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9
Os fornos são indispensáveis para o barro, pois, são eles que permitem a sua
cozedura, antigamente, estes podem ser cozidos em fornos rústicos, as soengas que são
constituídas por uma caldeira, para o mato que arde, e uma grade, onde a louça repousa
para cozer; a parte superior é apelidada de abóbada.

Existe outro tipo de fornos, ditos, mais completos, composto por duas partes:
caldeira inferior para a lenha, abóbada com crivos: forno superior para receber os
objetos de barro a serem cozidos. Existem ainda fornos destapados por cima, ou tapados
com uma fresta.

Hoje em dia são muflas e funcionam a gás ou eletricidade, com painéis de controlo,
colocam-se as placas em cima da vagona (com rodas) e vai-se colocando a louça,
subindo por andares até caber no forno, empurrada por duas pessoas para dentro do
forno, um com duas garras e outro com uma.

8. Algo Novo, A Louça de Barro Esmaltada

Segundo o mestre oleiro Marcelino Paulino (S. Pedro do Corval) a louça de barro
esmaltada segue as seguintes fases, primeiro amassa-se o barro, de seguida molda-se, se
caso asa-se, seca-se, vidra-se, enforna-se e coze-se, neste caso a vidro, no entanto o
feitio da peça de barro de esmalte é diferente, é um tipo de louça direita com ou sem
tampa, e é vidrada por dentro e por fora, é utilizada para fins decorativos ou para fins
utilitários (cozinhar). Este tipo de louça nasce devido aos processos de industrialização
cada vez mais avançados e à necessidade de uma estética mais apetecível e moderna.

10
O esmalte ou esmalte vidrado é um material que é obtido através da fusão do
vidro em pó com um suporte através do aquecimento no forno, normalmente entre o
750º C e 850º C. O pó fundido escorre, e endurece na forma de um revestimento vítreo
de grande durabilidade.

9
VASCONCELLOS, J. Leite de. Etnografia Portuguesa – Tentame de Sistematização. Imprensa
Nacional: Lisboa, 1967. Vol. V
10
Esmalte. Wikipédia, a enciclopédia livre, 2016. [consultado a 2016.12.26]. Disponível na Internet em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esmalte

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O pó para esmalte podia ser obtido de duas maneiras: quer através da


pulverização de vidro colorido; quer pela mistura em pó de vidro incolor com
pigmentos com óxidos de metais.

A palavra esmalte deriva da palavra germânica smelzan por via do francês


arcaico esmail.

A esmaltagem é uma técnica antiga, usada na joalharia e artes decorativas,


todavia já no Antigo Egito a esmaltagem era aplicada em cerâmica, contudo no século
XIX é aplicada em vários produtos de uso do quotidiano, principalmente utensílios de
cozinha, o esmalte tem o seu auge na história da arte da Europa no período da Idade
Média.

Figura 1 – Louça Esmaltada, Coleção da Junta de Freguesia de Corval. (Andreia


Carreteiro, 23.12.16)

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Conclusão

Este trabalho tem como anexo as Fichas de Inventário de 20 peças da Coleção da


Junta de Freguesia do Corval solicitadas pela Professora Doutora Antónia Fialho
Conde, e com um agradecimento ao mestre Manuel Carreteiro que me auxiliou na
inventariação das peças.

A razão pela qual escolhi este trabalho foi pelo facto de considerar a cerâmica,
nomeadamente a louça de barro um bem patrimonial que deve ser conservado,
preservado e valorizado pelos demais, é importante que a arte da cerâmica de barro seja
considerada, e as várias coleções deste tipo de louça sejam inventariadas e divulgadas
ao público, para estas ficarem a conhecer a sua origem. Outra da razão que me fez
avançar com este trabalho é por ser de uma região onde o barro é o centro de
particamente toda a atividade.

S. Pedro do Corval é apelidado como o Maior Centro Oleiro Ibérico e por isso
uma fonte valiosa para o nosso património imaterial.

Retirei vários ensinamentos deste trabalho. Fiquei a saber e a conhecer o valor


histórico da arte da cerâmica não só em Portugal como a nível mundial; fiquei ainda a
conhecer antigas tipologias de peças que não fazia ideia de existirem; já sei identificar
louça tosca e louça vidrada e as componentes decorativas utilizadas tempos atrás e
conheci um novo tipo de louça, a louça de esmalte, que hoje em dia é bastante utilizada.

A monografia de J. Leite Vasconcellos permitiu-me identificar etnograficamente


vários tipos de louça e os seus processos quer de elaboração quer artísticos. A
monografia de Antónia Conde esclareceu-me sobre a louça tosca e vidrada e a evolução
da decoração. A separata de Manel de Carvalho Moniz faz um percurso pela olaria

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medieval em Évora que me elucidou acerca dos diferentes tipos de peças de louça. E o
Dicionário Histórico de Portugal ajudou-me a formular a história da arte cerâmica em
Portugal. A conversa com o Mestre Paulino Marcelino deu-me uma visão sobre a louça
esmaltada.

A cerâmica da louça de barro e a olaria fundem-se num só, no entanto é


necessário distinguir cada um destes conceitos como a matéria-prima, a arte e o sítio.

Fontes Orais

Conversa com o Mestre Marcelino Paulino.

Bibliografia

BARRETO, António; MÓNICA, Maria Filomena. Dicionário de História de Portugal,.


Livraria Figueirinhas: Porto, 2002. Vol. 8.

VASCONCELLOS, J. Leite de. Etnografia Portuguesa – Tentame de Sistematização,.


Imprensa Nacional: Lisboa, 1967. Vol. V.

CONDE, Antónia Fialho. Mãos que criam – A olaria em S. Pedro do Corval. Papel &
Tinta – Artes Gráficas, 2013.

MONIZ, Manuel de Carvalho. A Olaria Medieval Eborense. Revista Guimarães.


Companhia Editora do Minho: Barcelos, 1976. Vol. LXXXVI.

Webgrafia

Esmalte. Wikipédia, a enciclopédia livre, 2016. [consultado a 2016.12.26].


Disponível na Internet em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Esmalte

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Cerâmica. Artigos de apoio Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2016.


[consultado a 2016.12.26]. Disponível na Internet em:
https://www.infopedia.pt/$ceramica

Olaria. Artigos de apoio, Wikipédia, a enciclopédia livre, 2016. [consultado a


2016.12.26]. Disponíveis na Internet em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Olaria

Anexos - Fichas de
Inventário de 20 peças da
Coleção da Junta de
Freguesia de Corval
(Antigo Museu da Casa do
Povo de Corval)
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Docente: Professora Doutora Antónia Fialho Conde

Discente: Andreia Carreteiro, nº36849

Évora, Janeiro de 2017

Mealheiro

Número de Inventário: JFC0001

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Mealheiro

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

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Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

Dimensões: Alt.: 42 cm; Diâm.máx.: 31 cm; Diâm.base.: 13 cm; Diâm.bordo.: 14 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, recipiente com ranhura para
armazenar dinheiro

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Barril grande

Número de Inventário: JFC0002

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Barril grande

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

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Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

Dimensões: Alt.: 28 cm; Diâm.máx.: 19 cm; Diâm.base.: 17 cm; Diâm.bordo.: 17cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, para armazenamento de


líquidos, com laterais achatadas

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Barril chato ou cantil

Número de Inventário: JFC0003

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Barril chato ou cantil

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

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Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

Dimensões: Alt.: 21,5 cm; Diâm.máx.: 15 cm; Diâm.base.: 5,5 cm; Diâm.bordo.:
13,5cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, para armazenamento de


líquidos, com laterais achatadas e com relevo de ondas, assemelhando-se à forma de
uma flor na parte da frente

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Assador de castanhas

Número de Inventário: JFC0004

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Assador de castanhas/bolotas

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

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Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

Dimensões: Alt.: 20 cm; Diâm.máx.: 15 cm; Diâm.base.: 15 cm; Diâm.bordo.: 35 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, recipiente para assar castanhas,
com furos na parte inferior

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Barril de fundo largo

Número de Inventário: JFC0005

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro


do Corval

Denominação: Barril de fundo largo

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

Dimensões: Alt.: 29 cm; Diâm.máx.: 67 cm; Diâm.base.: 18 cm; Diâm.bordo.: 16 cm

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Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, para armazenamento de


líquidos

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

Enfusa

Número de Inventário: JFC0006

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S.


Pedro do Corval

Denominação: Enfusa

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

Dimensões: Alt.: 29 cm; Diâm.máx.: 7 cm; Diâm.base.: 8,5 cm; Diâm.bordo.: 22 cm


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Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, para armazenamento de


líquidos

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

Pipourro

Número de Inventário: JFC0007

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S.


Pedro do Corval

Denominação: Piporro

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Manuel Carreteiro

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

Dimensões: Alt.: 29 cm; Diâm.máx.: 12 cm; Diâm.base.: 10 cm; Diâm.bordo.: 42,5 cm


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Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, para armazenamento de


líquidos, empedrado, com tiras a prego na asa e ao seu redor

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

Cantarinha de pé de salva

Número de Inventário: JFC0008

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

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Denominação: Cantarinha de pé de salva

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

Dimensões: Alt.: 26 cm; Diâm.máx.: 13 cm; Diâm.base.: 8 cm; Diâm.bordo.: 18,5 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, para armazenamento de


líquidos, de asa entrançada, e pormenores de ondas decorativas e picotado perto do
gargalo e no pé

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Tacho

Número de Inventário: JFC0009

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Tacho

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Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça vidrada

Dimensões: Alt.: 14,5 cm; Diâm.máx.: 37 cm; Diâm.base.: 115 cm; Diâm.bordo.: 17,5
cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, para cozinhar comida.

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Razoável, uma asa do tacho não se encontra na peça

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Terrina

Número de Inventário: JFC0010

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Terrina

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Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça vermelha decorada a branco

Dimensões: Alt.: 25,5 cm; Diâm.máx.: 16 cm; Diâm.base.: 12 cm; Diâm.bordo.: 47,5
cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, para servir sopa ou caldo, também
apelidada de sopeira, peça vermelha decorada com pintas a branco

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Saladeira (lote 12)

Número de Inventário: JFC0011

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S.


Pedro do Corval

Denominação: Saladeira (lote 12)

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça branca vidrada

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Dimensões: Alt.: 13 cm; Diâm.máx.: 40 cm; Diâm.base.: 25 cm; Diâm.bordo.: 95 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, riscada a prego e decorada com a
dupla da trilogia de cores mais antigas: amarelo (bicarbonato de potássio) e verde
(sulfato de cobre). Bordo liso, esponjado a verde. Interior com motivos vegetalistas ao
centro com cena de duas flores, de tamanho semelhante.

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Razoável, apresentando nítidos sinais de escamagem do


caulino

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Saladeira (lote 4)

Número de Inventário: JFC0012

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S.


Pedro do Corval

Denominação: Saladeira (lote 4)

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

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Informação técnica: Peça branca vidrada

Dimensões: Alt.: 9 cm; Diâm.máx.: 22 cm; Diâm.base.: 12 cm; Diâm.bordo.: 60 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, riscada a prego e decorada com a
dupla da trilogia de cores mais antigas: amarelo (bicarbonato de potássio) e verde
(sulfato de cobre). Bordo liso, esponjado a verde. Interior com motivos vegetalistas,
com cena de uma flor ao centro.

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Jarro

Número de Inventário: JFC0013

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

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Denominação: Jarro

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Segunda metade do século XX

Informação técnica: Peça vermelha com decoração decorada a branco, azul, amarelo e
verde

Dimensões: Alt.: 20 cm; Diâm.máx.: 9 cm; Diâm.base.: 7,1 cm; Diâm.bordo.: 24 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, para armazenamento de líquidos, com
motivos florais com as cores azul (óxido de ciobalto), amarelo (bicarbonato de
potássio/óxido de crómio) e verde (sulfato de cobre) com a cena ao centro com flores,
com pintas a caulino, nas laterais

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Razoável, parte da base do jarro está partida

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

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Tijela

Número de Inventário: JFC0014

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

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Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Tijela

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça vidrada

Dimensões: Alt.: 14 cm; Diâm.máx.: 26 cm; Diâm.base.: 9 cm; Diâm.bordo.: 75 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, para armazenar sopa ou caldo,
decoração com caulino, tiras de caulino arqueado que se entrecruzam.

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

47
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Alguidar

Número de Inventário: JFC0015

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Alguidar

48
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça vidrada

Dimensões: Alt.: 12,5 cm; Diâm.máx.: 37 cm; Diâm.base.: 99 cm; Diâm.bordo.: 118
cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, para lavar ou amassar, com decoração
com caulino, tiras de caulino arqueado que se entrecruzam.

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

49
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Garrafão

Número de Inventário: JFC0016

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Garrafão

50
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça vidrada

Dimensões: Alt.: 24 cm; Diâm.máx.: 15,5 cm; Diâm.base.: 8,5 cm; Diâm.bordo.: 13 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, riscada a prego, para armazenar
líquidos e decorada com a trilogia de cores mais antigas: amarelo (bicarbonato de
potássio), vermelho (óxio de ferro) e verde (sulfato de cobre). Bordo liso, esponjado a
verde. Exterior de motivos vegetalistas, com a cena de duas flores, cada uma nas
laterais; no lado esquerdo apresenta a frase é belo; na parte de trás um cacho de
azeitonas, todos com tamanhos aproximados

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Razoável, apresentando nítidos sinais de escamagem no


caulino

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

51
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Cinzeiro

Número de Inventário: JFC0017

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Cinzeiro

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

52
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Produção: Oficina não identificada

Datação: Segunda metade do século XX

Informação técnica: Peça branca vidrada

Dimensões: Alt.: 3 cm; Diâm.máx.: 19,5 cm; Diâm.base.: 19,5 cm; Diâm.bordo.: 63 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, riscada a prego, servia para
depositar/recolher as cinzas. Decorada a castanho (óxido de manganés) e verde (sulfato
de cobre). Bordo com três dentadas pretas. Interior com motivos vegetalistas, com cena
de três flores, cuja flor central apresenta um tamanho superior em relação às flores
laterais

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

53
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Sartaã ou Frigideira

Número de Inventário: JFC0018

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S. Pedro do Corval

Denominação: Sartaã ou Frigideira

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

54
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça vidrada

Dimensões: Alt.: 5 cm; Diâm.máx.: 23,5 cm; Diâm.base.: 17 cm; Diâm.bordo.: 75 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, para frigir alimentos.

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

55
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Panela

Número de Inventário: JFC0019

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo de S.


Pedro do Corval

Denominação: Panela

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

56
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Dimensões: Alt.: 18,5 cm; Diâm.máx.: 14,5 cm; Diâm.base.: 9 cm; Diâm.bordo.: 29 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, para cozinhar ou aquecer água

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

Jarra com duas asas

Número de Inventário: JFC0019

Propriedade: Junta de Freguesia de Corval

Proveniência: Antigo Museu da Casa do Povo


de S. Pedro do Corval

Denominação: Jarro de duas asas

Localidade de execução: S. Pedro do Corval

Autoria: Autor desconhecido

Produção: Oficina não identificada

Datação: Primeira metade do século XX

Informação técnica: Peça tosca

57
Escola de Ciências Sociais
Departamento de História
Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural
Métodos e Técnicas de Inventariação dos Recursos Patrimoniais
Ano Letivo 2016/2017 – 1º semestre

Dimensões: Alt.: 29 cm; Diâm.máx.: 58 cm; Diâm.base.: 9 cm; Diâm.bordo.: 17 cm

Descrição: Peça utilitária feita em roda de oleiro, tosca, para armazenamento de


líquidos

Função original da peça: Utilitária

Função atual da peça: Decorativa

Continuidade na produção: Sim

Estado de conservação: Bom

Data de recolha: 23 de dezembro de 2016

Responsável: Andreia Carreteiro

Fotógrafa: Andreia Carreteiro

58

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