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N-1207 REV.

B AGO / 2003

ESMALTE DE ALCATRÃO DE HULHA

Especificação
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação
do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 14 CONTEC - Subcomissão Autora.

Pintura e Revestimentos
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Anticorrosivos
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 7 páginas e Índice de Revisões


N-1207 REV. B AGO / 2003

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-1207 REV. B AGO/2003 é a Revalidação da norma


PETROBRAS N-1207 REV. A JAN/87, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para qualificação e aceitação de esmalte de
alcatrão de hulha (“coal-tar-enamel”) utilizado na proteção anticorrosiva externa de
tubulações de aço.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

PETROBRAS N-1288 - Inspeção de Recebimento de Recipientes Fechados;


PETROBRAS N-1304 - Preparação de Painéis de Aço para Ensaio de Tintas;
PETROBRAS N-1321 - Teor de Cinzas em Tintas e Materiais Afins;
PETROBRAS N-2140 - Solução de Imprimação para Uso com Esmalte de
Alcatrão de Hulha;
ABNT NBR 5691 - Esmalte de Asfalto - Verificação do Escorrimento;
ABNT NBR 5695 - Esmalte de Asfalto - Determinação da Aderência;
ABNT NBR 6946 - Materiais Refratários - Determinação Granulométrica
por Peneiramento de Matérias-Primas Refratárias e
Refratários não Conformados;
ABNT NBR 9802 - Cálculo de Mola Helicoidal Cilíndrica a Compressão de
Ação Progressiva para Suspensão de Veículos
Rodoviários;
ABNT NBR 12440 - Carro Metropolitano - Banco de Passageiro - Resina
Poliéster Reforçada com Fibra de Vidro - Forma e
Dimensões;
ASTM D 36 - Test for Softening Point of Asphalts and Tar Pitches
(Ring and bal Apparatus);
ASTM D 71 - Test for Specific Gavity of Solid Pitch and
Asphalt (Displacement Method);
ASTM D 546 - Test for Sieve Analysis of Mineral Filler;
ASTM D 2415 - Test for Ash in Coal Tars and Pitches;
AWWA C 203 - Coal-Tar Protective Coatings and Linings for Steel
Water Pipelines - Enamel and Tape-Hot Applied.

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3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.2.

3.1 Esmalte de Alcatrão de Hulha

Produto obtido da destilação de alcatrão de hulha proveniente das coqueiras das


siderúrgicas.

3.2 Carga Mineral

Substância constituída de material inerte aos ácidos, não solúvel em água, não
desagregante e que não deve sofrer variação de volume quando em contato com a água.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Tipos

São fixados 2 tipos para o esmalte referido nesta Norma:

a) tipo I : para emprego em tubulações com temperatura máxima de operação de


50 ºC;
b) tipo II : para emprego em tubulações com temperatura máxima de operação de
80 ºC.

Nota: Um único tipo de solução de imprimação é recomendada para utilização com


qualquer dos 2 tipos de esmalte referidos nesta Norma.

4.2 Acondicionamento do Esmalte de Alcatrão de Hulha

O esmalte deve ser acondicionado em tambores de aço (não retornáveis) com capacidade
de 200 litros.

4.3 Marcação

Na superfície lateral do tambor que contém o esmalte de alcatrão deve ser marcado o
seguinte:

a) esmalte de alcatrão de hulha, tipo I ou tipo II;


b) nome ou marca do fabricante;
c) N-1207;
d) data de fabricação;
e) quantidade contida no tambor;
f) número e data da Autorização de Fornecimento de Material (AFM).

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5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

A TABELA 1 apresenta os requisitos que o esmalte deve atender. Algumas dessas


propriedades são verificadas no esmalte isoladamente e outras no revestimento composto
do esmalte e solução de imprimação (de acordo com a norma PETROBRAS N-2140).

TABELA 1 - PROPRIEDADES DOS ESMALTES

Esmalte
Requisitos
Tipo I Tipo II
o
1) Ponto de amolecimento, C 105 a 115 116 mín.
2) Penetração:
a) massa de 100 g, a 25 oC e 5s, em 10-1 mm 5 a 12 2a6
b) massa de 50 g, a 46 oC e 5s, em 10-1 mm 12 a 30 4 a 18
3) Massa específica, a 25 oC em g/m3 1,40 a 1,60

4) Cinza, % de resíduo 25 a 35 25 a 35

5) Fendilhamento a (-5 oC) em 5 h ausência ausência


6) Escorrimento:
a) a 60 oC, em 5 h, mm 1,6 máx. -
b) a 80 oC, em 5 h, mm - 1,6 máx.
7) Aderência:
a) de 25 oC até 60 oC mm 10 máx. -
b) de 25 oC até 80 oC mm - 10 máx.
8) Impacto:
a) direto, cm2 104 máx. não aplicável
b) indireto, cm2 38 máx. não aplicável
9) Granulometria do incorpante do esmalte:
a) % que passa na peneira US 200 90 mín. 90 mín.
b) % que passa na peneira US 100 100 100

Nota: Os requisitos relacionados como 1, 2, 3 e 4 são do esmalte isoladamente,


enquanto os 5, 6, 7 e 8 devem ser constatados no revestimento composto do
esmalte e solução de imprimação. O requisito 9 é relativo ao incorpante mineral
do esmalte.

6 INSPEÇÃO

6.1 Inspeção Visual

A inspeção visual necessária para verificar a exatidão das quantidades embaladas, assim
como a perfeição dos tambores deve ser conduzida como determinado pela Tabela 1 da
norma PETROBRAS N-1288.

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6.2 Formação da Amostra

Formação da amostra de esmalte de alcatrão de hulha em tambores de 200 L, descrito nos


itens 6.2.1 e 6.2.2.

6.2.1 Lotes até 200 Tambores

Para uma mesma partida de fabricação deve ser retirado:

a) 1 tambor do início da partida;


b) 1 tambor do meio da partida;
c) 1 tambor do fim da partida.

6.2.2 Lotes com Mais de 200 Tambores

Para uma mesma partida de fabricação deve ser retirado:

a) 1 tambor do início da partida, compreendido entre o 1º e 20º tambor;


b) 1 tambor do final da partida, compreendido entre os últimos 20 tambores;
c) 1 tambor que esteja compreendido entre os tambores cujas numerações
correspondam respectivamente aos 35 % e 40 % do total de tambores;
d) 1 tambor que esteja compreendido entre os tambores cujas numerações
correspondam respectivamente aos 60 % e 65 % do total de tambores.

6.3 Amostra para o Laboratório

6.3.1 Com os materiais amostrados segundo o item 6.2 são obtidas novas amostras
denominadas amostras de laboratório, que devem ser submetidas a ensaio de laboratório.

6.3.2 De cada tambor amostrado do esmalte de alcatrão de hulha, conforme o item 6.2,
devem ser coletadas 3 porções de aproximadamente 2 kg cada do seguinte modo:

a) 1 do meio do tambor;
b) as outras 2 eqüidistantes do meio e próximas das extremidades do tambor.

Nota: Todas as porções obtidas de todos os tambores devem ser reunidas e fracionadas
em pedaços de aproximadamente 3 cm na sua maior dimensão. Desse total, obter
uma quantidade, dispersa e aleatoriamente, de (20 ± 2) kg. Esta é considerada a
amostra para laboratório e deve ser quarteada em quantidades de conformidade
com as necessidades dos ensaios a serem efetuados.

6.4 Ensaios

A TABELA 2 indica para cada requisito a verificar, o método a utilizar.

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TABELA 2 - ENSAIOS - MÉTODOS

Ensaios Métodos

1) Ponto de amolecimento, anel e esfera, ensaio com


glicerina ASTM D 36
2) Penetração
a) massa de 100 g, a 25 oC, em 5 s AWWA C 203
b) massa de 50 g, a 46 oC, em 5 s AWWA C 203, Sec. 2.8.1
3) Massa específica, a 25 oC g/cm3 ASTM D 71

4) Teor médio de cinzas, % do resíduo PETROBRAS N-1321 ou ASTM D 2415

5) Fendilhamento a - 5 oC, em 5 h AWWA C-203

6) Escorrimento (“Sag Test”), a 60 oC, em 5 h ABNT NBR 5691 OU AWWA C 203

7) Aderência, de 25 oC a 80 oC ABNT NBR 5695 ou AWWA C- 203


8) Impacto: ABNT NBR 9802 ou AWWA C 203
a) direto
b) indireto
9) Granulometria ABNT NBR 6946 ou ASTM D 546

6.4.1 Os ensaios relacionados como 5, 6, 7 e 8 devem ser realizados com a utilização de


painéis de aço com as dimensões indicadas na TABELA 3.

TABELA 3 - DIMENSÕES DOS PAINÉIS

Designação do Painel Dimensões Aproximadas


1 300 mm x 100 mm x 4,8 mm
2 300 mm x 300 mm x 2,65 mm
3 255 mm x 100 mm x 1,6 mm
4 300 mm x 300 mm x 12,5 mm

Nota: A escolha do painel para cada ensaio está indicada nos métodos
correspondentes. A preparação desses painéis para a realização dos ensaios
indicados deve observar a norma PETROBRAS N-1304, no que for possível.

6.4.2 Para a efetivação desses ensaios deve ser efetuado o seguinte procedimento
preparatório:

a) limpar o painel;
b) aplicar diretamente sobre o painel recomendado no método, à temperatura
ambiente, uma camada da solução de imprimação (líquida);
c) aplicar o esmalte sobre a solução de imprimação numa espessura de 1,6 mm a
2,4 mm, na temperatura indicada pelo fabricante para seu emprego;
d) realizar o ensaio (ver TABELA 2);

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e) avaliar o resultado do ensaio (ver TABELA 1).

7 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

7.1 Caso todos os requisitos indicados nesta Norma forem atendidos, o material deve ser
aceito.

7.2 No caso de não atendimento em algum ensaio, o lote deve ser rejeitado.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação

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IR 1/1

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