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~— @ABRACH) QUALIFICAGAO PARA INSPETOR DE PINTURA INDUSTRIAL NIVEL 1 MODULO Il ESQUEMA DE PINTURA/TINTAS Piorvu) fled C8 MODULO Il... 7. Ongem da Paniura. 2. Inirodugae a Piniura Industrial. 2.4. Importdneia da Pintura Incustral 2.2. Conceitos Basicos/ Terminologla 2.3. Esquemas de Pintura 2. Constiuinies de uma Tits - Composigao das Tintas da Pinta de 3.1. Vetculos . 32. Pigmanco.. 3.3. Adtivos, 4, Mecanismoe de Proiagao Articorosiva cas Tintes 4.1 ProlezBo por Barrora ov Reelatonca tigrado ibrica 4'2, Protegao por Passivagao Anédica, 43, Protegéo Catédica . 5, Propriedade Fundamental da Pelicula .. 5.1. Ligagdes Quimises 52. Ligagdes Polares. 83. Aderénsia Mecanica.. 5.4. Importéncia da Preparact 5.5. Outres Propriadades, 56. Causas das Falhas 6. Principals Vefoulos Fixos e Macanismos de Formacgo da Pelicula 2 8.1 Resinas que Secam por Evaporago de Solvents ou por Deposio 62. Polmerizagao Térmica 83. Polimerizagao a Temperatura Ambiente 6.4. Hiordlise. 6.5. Resinas qua secam por Go 66. Solventes e Diluentes 87, Resumo des Principals Mecanismos da Formacao da Pelicula 7, Pigmento: 7.1, Glessificagao.. 7.2. Principais Pigmantos. 8. Cargas e Extensores ... 8, Resumo de Pigmentos. 410. Princjpais Tintas ~— Familari2agao e Inlevoretaga 10.1, Objetives 40.2. Normas a Consulta 10.3, Condigoes Gerais... 10.4. Condigbes Especttica 105. Inspazdo . 10.6. Aceitagao BIBLIOGRAFIA ... ‘da Superficie ABRACO, Associagao Brasileira de Corrostio 2 Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Ro de Janero— RU cursos@aoraco.ort,br — Tel 21-25761982 (ramal 21) Figura 1 Pintura Mural, em varmalha ocr, foi ha cerca de $0,000 anos encontraca.. na cavema de Fort de Gamme, representando um rinoceronte, Figura 2 Esquema de Pintura Corrpleto.. Figura.3 Composigéo das tintas.. Figure 4 Composigga entre vernize tinta Figure 5 Tina sem resina.. Figura € Pelicula de tinta seca (resina + pigment Figura 7 Influénela co toor de plgmento.....-- Figura 8 Gréfleo da influencia do teor de pigment i Figura 8 Mecanismo de protege anicorrosive por barrel... Figura0 Principio de funcionanda do mecanismn de passivagéo anédice . : Figura 11 Principio basico de atuapéo elatroquimica do zinco ne macanismo de protecao catédica (Tinta rica em zinco com faiha no revestimento célula ekstraquimica equivalents pera ilusirar 0 mecanlamo de protagéd)... Figura 12 lustragdo oscuemétioa da secag. C0aIeSCENGIE : Figura 73 Adesdo quimice .. Figura “4 Adesdo quimica por reaggo de condensagao Figura “5 Valencia polar cu secundaria. . Figura 16 Faina coesive.... Figura 17 Esquema do filme com grupos polares adereios ao metal. Figura 18 Fatha adesiva Figura 19 Principals componentes das tntas e vernizes... o , Fgura 20 llustragdo da foracéo 4a pelicula pe'o macanismo de evaporacso de solventes, yaco da pelicula pelo mesanismo de Figura 21 interagao entre dlaméios de tinfas no mecanismo de evaparanao de solventes 42 Figura 22 Formula estrutural do poliacrilato 9 do polimatacrliato 44 Figura 23 llustragao do macanisma de formagao da pelicula por oxicagéo.. 8 Figura 24 Resina de ere 2 46 Figura 26 Particulas lamelaras ce aluminio. 54 Figura 26 Aspecto tipico de um reveatimento com pigmentos lamelares.. Figura 27 Aspecto de um revestimento com pigmento nao lamelares.. Figura 28 Aspacto das particulas do éxido de ferro micaizeo (100%)... Figura 29 Protegéo do forro corferida pelas tintas rieas em zinca em casa de revestimenio... i 2 . eo Figura 30 Célula sletroquimica pare demonstrat o mecanisrao da protegae catSdica conferida polo zinco a0 ferro. cs 2 3 1a no ABRAGO, Associagic Bresileia de Corrosdo 3 Avenida Venezue'a, 27 sala 414 - Rio de Janelro— RJ eurgoe@abrece,ora br ~ Te! 21-28161962 (ramel 21) CDABRAGH) ANOS Tebetat ~Classiicagdo das tintas quanto 4 ordam de aollcaglo no asquema de pinture Tebela 2 - Compatibitidade enire tintas. Tabsla 3 Componenias de uma finta.. Tabela 4 — Pigmontos coloridos utiizados nas sinkas .. Tabela 5 Relagéo antre o lina de vetaulo fizo da finta @ 0 scu nome Tabela 6 Formula eetrutural de aostato ¢ cloreto de vinia Tabela 7 Principais mecaniemos da formagaio da pelicula... Tabela 6 Principats earacteristicas dos pigmentes.... Tabela § Requisitos quantitetivos de uma tinta Tabola 0 Raqustos referentes ds catacteristioas ce pelcula seca da dinta N-1342 (Referencie PETROBRAS}. ABRACO, Assoclagac Brasleira de Corroséio 4 ‘Avenida Venezuela, 27 sela 414 - Rio de Jansiro — Ru curso@abraco.ore ty ~ Tel 24-25161962 (ramal 21) Denira as medidas existentes pata a pravencée da corroséo, sam nenhuma divide, a aplicagao de revastimento para recobrimento das estruturas, isolando a estrutura do meio corrosivo, é @ técnica de metor aplicagao pratica. Dentre dos diferentes tipos ae revestimentas, a pintura industrial dos equipamentos e instalagdes se torna 2 mals importante, principaimente no que diz respelte aos seus cUStos, tanto de produto como de aplicagao. Com isso, @ pintura Industial e sua manutengde pessusm um grande destaque no Investimento necesséria & censirigdo das unidades industri garantla de sua integridode estrutural @ continuidade operacionel. Assim, a atividace de inopegtio de plhtura se toma fundamental para controle do proveséo © de produto final. Os inspetores aludam a subsidiar todo 0 proceaso de quelidade das fabricagdes, evitande que haja um comprometimento sério na confiakilidade do proceso. ABRACO, Associagao Brasileira de Corrosao 5 Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro — RU ursgs@abrass.org.bt — Tol 21-26161982 (ramat 21} GDABRAC®) anos 1. ORIGEM DA PINTURA Enconiradae om gravuras que data anteriormente ao periodo Plistoceno, cerca de 4400.00 ance atts, pinturas feltas com pigrentos naturais (argita} tipo vermelho oor. [As paredes da Caverna de DWELLERS (NE da Franca / Espanha) stio cecoradas com pinturas feltas com negro de fumo além das arailas mencionadas. Os anilgas eatpoles descobriram 2 preparaoao de pigmentos siniéticos no alé de mar pedras preciosas, Os alquimisias Paracelso e Agricola abriram, no século XVI, novo capitulo da Quimica ‘com seus rétados experimentals e sintelizerem o amarelo Népoles (antmoniato co chumbo) © um “voro azul” que denominaram “esinaite” que moido originau @ Azul de Cobalto, ambos usades ng pintura artistic Come tigantes eram empregadas divoraas substincias naiurais como, clara de ovo, dleos vegetais, resinas, natursis tals come breu, betume, ote, Aualmente, a moderna quimice sintetiza a malaria dos constituintes das tintas- plgmenios, resinas, selventes, enira outrns, norém ainda S80 empregados materials orgénicas @ inorgnicos-beneficiedos. Figura 1 Pintura Mure, erm vaimelna ect, ols cerca de 90.000 ans sneentraca, ‘na covema de Fort de Garnns, roprasertando um rinaceronts ABRACO, Associagiie Brasileira de Corrostio 6 Avenida Venezuela, 27 saa 44 - Rlo de Jangiio — Rd qusos@abrace org br — Tel 21-26181962 (ramat 21} GDABRACQ) 2. INTRODUGAO A PINTURA INDUSTRIAL 2.1, Importancia da Pintura Industrial |A seguir 280 citadae algumae lustificatives que demonstram e campravam pomue @ Pintura Industrial é © meio de controle da comeso mais empregeclo intansa @ exiensivamente: Fooilidades de aplicapie o ntanutenséo. Relago custo x benofio’s muita atraente. Garacteristica singular: 9 Pintura Industial é 0 tnise melo de contole da corrosto que proporciona simultaneamente 9 controle estatico e de sinalizagho, Eficiéncia no contrale do tipo mals pernicicso extenso @ complexo cue & a corrasio eletroquimica em todo seu espectro, isto 6: atmosiérica, solo, Aguas, microbictégica, galvanica, etc Vale lembrar que, esta efclancia da pintura Industria € polivalente, pols incérpora os trés mesenismos fundamentais da controle de corroséo que séo: barrela fisica, inibigao ou apassivagéio anddloa ¢ protegae catdaica. De fato, com as modernas tintas da Pintura Industrial conseque-se: Do ponto de vista comportamental uma apresentaggo visual agradével, ambiente psicodinamicamente molivader, Aunilio na Seguranga Industrial, répide identificagto de fluids, sinalizagac, demarcayae, tintas artiderrapantes; Impermeebilicade contra infitragdo d’agua © cutras liquides; Redugéa do atrito pola diminuigdo da rugosidade superficial de embarcagées; Controle bio-sanitério via vernizes para o intorior do latas de conservas, tintas ant- moto, tintas antineristantes; Refloxorizagéo lumincea, com tintas reflat\vas com micro esferas de vidro; Redugéo cas pardas por evaporagéo dos Iquidos muitos volétels camo Alcoa, gasoling, ote através de cores caras reflatlvas; Auwiliar na captagdo de energia solar, via tintas com car @ biilho especial Isolamento elétrien, com vernizes isotantes para fis, ete; Redugiio da aciietica via finta ant-ruido muito empregada n inctistria automobilsia; Tints Especlais, come tinlas descantaminéva’s para indisttie nuclear. tintes luminascentas, tintae indicadloras de temperatura, afc. ABRACO, Associagao Brasileira de Corrosao 7 Avenida Venezusla, 27 sala 414 - Rio de Janeiro - Ru curso @abrate.org bt ~ Tel 21-26161962 (ramal 2*) GDABRACQ) © emprego da verba colada adequacamente a pintura resulia, sobreludo, na valorzagdo de revenda de bens, sejam equipamentas, instalagbas, imoveis, entre outros, significando o reforno vantaloso das despeses de custeio com a menutengao da pintura NOTA 2.2. Conceitos Basicos/ Terminologia + TINTA 6 toda a composigéo pigmentada, goralmenta liquida - pastosa cue 20 secar, forma um filme duro, adlerente e colorido. + PINTURA 6 hSbi técnica de se aplicar tintas; chama-se também de Pintura a tinte jé aplicade. + ESQUEMA DE TINTAS OU DE PINTURA refere-se simplesmente a0 oarjunto de tintas especificas para um determinado fim, per examelo, primer "x ¢ acabamento "y' + SISTEMA DE PINTURA OU ESPECIFICACAO DE PINTURA menciona além do Conjunto de tintes, maior detalhamento, por exemplo: preparo de superticie, metodo de aplicagao, diluicsio bem como paramettos tipo secagem, intervalos de repintura, rencimento, et 2.3. Esquemas de Pintura As tints de manutengéio sfio formuladas para pemitirem que as estruturas @ equipamentos parnane¢am por grandes periedos sem correséo, ¢ periodica mente eofram uma manwiengac, que pode ser desde um simples ratocue até substituigéo de toda tinta veiha por outra nova, As pinturas podem ter um dasempenno que, em sondlgoes favoravels, cnega a uma vice ut de 20 anos ou mais. Em condigies advarses, a mesina pintura poderia durar cerca de 1 ou 2 anos. Tudo val depender do mieio ambiente » do esquema de pintura empregado. Em catlas concighes, a tita poderé néio ser @ salugae edequada, devendo-se usar alternatives como meteriais inorganloos {esmaltagéo a fogo) ou orgénicos (ebonite, poliéster reforgado com fibre de vido; pol-(clorato de vinila} cu nylon) e reveetimentoe metélicos (aincos, cobre ou aturrinio). Para se resolver 0 problema de corrostic de um detemminado equipamento, todas as alternatives deve ser considerados no estuco. ABRACO, Assoclagao Braslisira de Corostio 8 Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro - RJ cursos .org.br ~ Tal 21-25161962 (ramal 21) GDABRAC®) anos Astintas de menutengao industrial podem ser dassificadas em: ize de fundo; «© Tintas Intormediérias e; «Tinta de acabamen: Ne figura 2 6 aprasentada um esquema de pintura completo, com as tintas mencionadas sem distingdio do ndmera de denfo de cada cemada. SK pa VILLA Lei OMSL OT LITHO Fundy. eval Hsquema deVintury:Gompleio gua 2 Eaquere de Pinus Compete a) TINTAS DE FUNDO OU "PRIMERS" Sic tintas com finalidace de promoverem aderéncia do esquema ao substrate ou com pigmentos que pessuom propriecades antlcorrosivas. So elas que devem fer contate dirsto ‘com @ suporficio metélica aplicadas em fartas daméos. Por isso, devem apresentar perfeita adoréncia ac substrato. Estas tintas nfo s40 ideslizades para resistirems sazinas ao melo ambiente, elas devem fazer parle de um esquema de pintura completo contenda tila de acabamento, Geralmente, os “primers” sao formulades com elto PVC €, por Is80, 880 semibrihantes ou foscos. No contundir 9 PVC acima deserita com PVG plastica que é poll{cloreto de vinlla). Uma tirta de fundo brihante, dependende da netereza quimica da recina, podora trazer proolemas de aderéncia de demain subsequente, dade & eua superficio muito lea, by TINTAS INTERMEDIARIAS ‘Bo chamedae também de “underccating” e “tle coat”. Estas tintas nao possuem 26 mesmas propriodades das tintas de fundo anticorrosiva, mas auxiliam na barrelta, dando eepescura a0 sistema de pinture, 840 tintas mais baratas que as de fundo € acabamento servem come “enchimento", para se aumentar a batreira. ABRACO, Associagao Brasileira de Corrasdio 9 Avenisa Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janalro ~ Ru sutsos@abrago.cre,br — Tel 2125161962 (ramal 21) GDABRACA) No cago das tintas de fundo de etl silicato de Zinco, © "tie onat" malhora a aderéncia do ecabamento sobre 0 funco “rice em zineo” e evita a fermagao de bolas. ¢) TINTAS DE ACABAMENTO Estas tintas séo aplicadas por ultimo, e tém a fung2o de protegar © sistema conta meio ambiente e dar a cor desejada. Elas devem ser resistentes ao intemperismo, a guimicos & tor cores esidvels, pois s40 de grande imporiancia na identifcagao de equipamento ¢ do contetido ce tanques e tubulagtes, alémn da finalidade esiética Geraimente, tintas que fica expostas ao intemnperismo devem ser brilnantes ¢ tar boa resistencia & parda de cor e brilho. Mutlas vezes « tinta de acabamento & aplicade diratamonte sobre a finta de fundo sem necessicade da ‘inta intermediéria, A aplicagdo das tintas deve obadecet a um esquema previamente estudado. 0 esqueme & planajado em fungio do meio ambiente, da importansia de equipamento e da digponiblidade de verbas para a protacéo. © asquema campleto abrangs: preparo da superficie, tipo de tinta de fundo e de acabamento, nimero de demos, espessura pordemdo @ métode de aplicagao. Na fahela 1 apresentamos a classificagao das tintas quanto @ orcem de aplicagaa no esquema de pintura. ABRACO, Associagéo Brasileira de Comosto Jo Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rlo de Janeiro - Ru ‘qursps@ebia0g ora.br — Tol 21-25'61062 (ramal 21) GDABRACQ) ANOS Tebsla t —Casaificace dae tntes cuenta & ordam de anioaeze ro esquerna de pinta ESPESSURA ORDEM DENOMINAGAG FUNGAO SECA FAIXA EM pm TINTAS DE FUNDY “Temporérias (Shopprimes 7 - Proteger temporariamente 0 hoidprimer} prepare de superficie do apo; Otimizar as operagdes de} 18-20 pintura. #1 Condiclonadora de aderénci - Promover aderenola sobre , {wash-ptimar ¢ primer epéxi- | metais no ferrasos. 10-16 isocianiato) Primsria (primer, base ou = Promover _proiegéio ‘mprimagao) anticonosiva. Podem ser] 25-120 apicados sobre shopprimars, concicionadtores 6 selacioras. TNTERMEDIARIAS: imiermediéria (undercoat) + Eepesser a _ berroira anticoresiva, tipo AE eit] gy _ aq HB. ° Unitormizador (surfacer) - Espessar a berreira com fins de malnor ecabamento | —99_ 59 2 esiéiico na rapiniura automotive. Selador (ie-coat) = Pode ser aplicade como 1* deméo sebre superficies| 4g _ 9p poresas como madeira ofou Conereto ou sobre primer de zines, APARELHOS: - NWvelar ireguiaridades tals Massas ‘como tapar buracos, massas, | 20-150 Mastiques frestas, fendas, etc. ae | Vedantes = Pocem ser também aplicartos sobre 0 primer,| 20-30 porém néo sobre o substrate como 1¢ deméo. ACABAMENTOS: Esmaite (Finish) = Damao estética colorida e | ay 459 re protetora de todo o Sistema Veni = Acabamentos transparente | 55 ag quando se quer @ substeto aperenta. COMPLEMENTOS: Pastas ou coras de Polir (Polish) |- Restauredoras do britho | Aplicados em = original «do acabamente | cameda fina sendo aplicacias por fricz20. de + 05mm e removidos por fricpdo. ABRACO, Associagao Brasitaita de Coroséo Aveniia Venezuela, 27 sala 414 - Rio ce Janeiro — Ru cursgs@abrogs.ore.bt — Tel 21-2516 1962 (ramet 21) WL CD ABRACQ) an0s @) COMPATIBILIDADE ENTRE TINTAS. Tabela 2 - Compatibilidade en:re tintas Fundo/Intermedidria [Aiquidica [Bor Clorada Acapamento: Alquidica c ct NR Borr. Clorada NR ct NR Acrilica NR co NR Epoxi NR NR c NR Poliuretano NR NR c NR Coal tar epoxi NR NR c c C*: com intervalo entre demaos adequado NR : N&o recomenddvel ©: Compativel C™ : Nao € pratica normal 3. CONSTITUINTES DE UMA TINTA — COMPOSIGAO DAS TINTAS DA PINTURA DE MANUTENCAO Noste curso, néo temos © cbjetiva de transformar nossos alunos em quimicos formuladores de fintas; no entanto, so necessérios explicagées para melhor compreensao co tema Na composigio de uma tinia, 28 diversas matérias-primas devem ser combinades, de maneira a formar uma suspensie homogénea de mindsculas particulas solidas (pigmento}, digpersas em um Iiquido (veiculo), em presenga ou nao de componenies em mencres proporg6es chamados aditivas. ABRACO, Associagdo Brasileira de Corresao R Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro ~ Ru curscs@ebraco.ora br — Tel 2/-25161962 {ramal 21) GDABRAC! anos Apés @ oplicagie em fino canada sobre uma superficie, a ta forma um filme qua 8& solidfica por macaniemos de seeagem cu cura, torando-se uma pelicula continua ¢ aderente essa superficie, © veieulo volstil (solvents) deve ter poder de selvancla sobre ¢ veiculo néo volatil {resina) e ser parfeitamente compativel oom ele. A figura 3 abaixo 6 apenas esquematiaa, pols solvente e resing formam uma fase Unive. Figure 3 Gompastie des tntas © veiculo néc volat! (resina) 0 ligante ov aglomerante das parlfculas do pigmento. Fezom parte também de figante as rosinas contides nos Agentas de Cura e/ou Endurecedores, chamados, ac vezes, mas erroneamente de Catalisadores, nas tintas de dois componentes, © pigment & 0 componante que confere cor, opacidade ou agéo anticorrosiva as tintas. Nao se deve confundir piamento com corante, pois 0 primeira & insolivel e © segundo sokivel no veicuio. Com o use de corantes ontém-se vernizes coloridos (Figura 4). TTA Figura 4 Composiggo ent vein ete ABRACO, Associagao Brasileira de Comosao B Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro ~ RJ ouppes@abraco.ora br — Tol 21-26161662 {rarveal 2+) CDABRACQ) Aigumas vozse 0 corante 6 utlizado em eonjunto com pigmentos, para dar certa tonalidace as tintas, principaimente nas automobilstlcas metélicas. possivel separar plomentos de uma tinta por centritugagzo ou fitragBo; ja 08 corantes no, em virtude destes seram sollve’s no velculo. © pigments colorido deverd ter, também, opacidace suficiente para que o fino filme de tinta tenhe poder de cobertura, Isto &, impessibilte @ visuallzagao da cor da superficie onde ‘asié sendo aplicedo. Os plgmentos anticorrosivos usados om kintas de funde devem ter capacidade de initir a corroséio de metals, 08 aditives nBo sdo essenciais, porém 9 seu uso melhora signifcativamonte determinades ceracterisicas das tinlas. Cada componente das tintas sera abordado a seguir. ‘Tahela 3 Componarias de uma Hnte Veiculo Voliti (solventa) Nao volatil (resine) Pigtionto Terie (carga) Ativo Cotorido Mataico Antconosivo Outros Kaltivos Serante Plaotficanto Antimofo Aniisedimentante Nivelante Dispersante Antiespumante Outros 3.1, Vefculos. a) VEICULO VOLATIL (SOLVENTE) © solvente 6 Importante para a aplicagéo das tinlas. Como exemplo, supSe-se uma tinta produzida apenas com resina ¢ pigment: * Arasina e o pigmento, ames em p6, S20 misiuradcs. Desta maneira, © produto nao poderta ser aplicade pelos metodos convencionais por ser uma mistura de pe; « Aresina 6 um liquide mule viscoso ¢ misturada 20 pigmenio formeria ume pasta, aplicavel a obtengéo da viscosidade adequada a aplicagéio daa tintas. ABRACO, Assosiaqao Brasiisita de Corrosde 4 ‘Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro — Rd ursag@abraco.ora.br ~ Tel 21-25161962 (ramal 21) GDABRACQ) ‘anos, Chama-se convencionalmente de solvente, o veiculo velatil uilizado na fabricagao da {inta, @ de diluente, © ciluente também & chamado de ‘thinner®, palavra Inglesa que significa afinador, e se refere a diminui¢do da viscosidade. Normalmente, a tinta é fornecida nume viscosidade edequada para aplicagse a pincel 6 rolo, Para a aplicagao a resolver, geralmente é necessaria a adigao co dilvente. A baixa viscosidade facilita a sedimentagao rapida dos pigmentos com formagaia de uma cameda endurecida e compacta no furda dos resiplentes. Por isso, $ conveniente que ‘inia seja fomecida mais viscosa e diluida no mamanto da aplicagao. Neste caso, o dluente devera ser compallvel com ¢ solvente ¢ com a resina utllzada na fabricagéo da tr Diversas propriedades das tintas sfc afetedas pela quelidarle o quantidede de um de solvente, come britho, tempo de sesagem, ete. Os principais solventes utllzados em tintas se os seguintss: determi + Inorgénizes: agua usada om tintas de omuledio (kstex) 6 do slicato inorganico (tinta de fundo anticorrosiva tica em zineo). + Organicos: Sia hidrocarbonetos, Dente estes podemos dasiacar: a. allfaticos ~ natta: com curva de destiagso entre 120 2 1400 C; 6. aguards mineral: com curva de destilagdo entre 1506 2000 C: ¢. arométicos — tolual: com curva de destilagéo entre 107 61120 d. xilol com curva de destilacdo entre 135 € 1400 C. * Terpénicos: Sao eles: @, aguarras vegetal (esséncla de terebintnay, b. esteres -acsteto ce ella, acelaio de bullla, da isoproy {ecetato de ‘oelloeolve") etc; , acetate de alilgical c. Alocoi lzcal etflice, alcool butilico, alccol isopropilico, etc; ‘ctonas: acetona, mati-stl-coiona, metilisobuti-cotona, ciolo-hexanona, etc; ‘8, gllocie-ctoros: dtiiglicol {‘caliogolve”), etildiglical (carbitol), ete. Geralmenie, em ums tinta é usada uma composicéo de vérios solventes. Esses sclventes so utilizades da maneira que os mais voléiels (ou mais leves) deixem a pelicula de {ints rapidamente ands a aplicagsio, ¢ ndo permitam que @ tinta escora em superficies verticals, Os solventes mais paeados permanecem por um tempo mais longo na pelicula, possibitando 0 nivelamento de marcas de pincel ou deseparscimento de bohas e cateras formadas durante a aplicagéo. © diluente da taca nitrocelulose & geralrente composto por aicoc! bulllze ow fsopropllico, avetatos de etila ¢ buila, acetuna, xllo! @ outros. © benzol (benzeno) tem use proibide em tintas, por seu clevadle grou de toxidez, provocende leuceria. Néo dove ser confundido com benzina, uma mistura do naftas levee, ABRACO, Assaciagao Srasttelra de Corrosa0 4s Avenida Venazuels, 27 sala 4414 - Rio de Janeiro ~ RJ gursos@ebraco.ong.or— Tol 21-25161062 (ramal 21) GDABRACQ) geraimente alfstieas. Os sclventes cioradas, como tricforostileno, também sAo proibidos em tinias por sarem téxicos. A selagZo dos solventes, que compéem a mistura, devera ser eriierlosa, casc contrario, poderao ocorrer defeitos na pinturs. Por exemplo, uma mistura de dois solventes: Solvente A: leve {ponte de ebuligas mais baixo) Solvente B: pesado (ponto de ebuligao mais alto) A resina a sar ulllzeda & solve! no solvente A e insoidvel no soivente B. O solvante A evaporerd mais raoldamente-@ deixard na pelicula scrante c eolvente B, que nde tem poder de sclvéncia sobre @ resina 0, por isso, preciplterd o forrnard coagulos ocasicnando dafaltos na pintura. © formulader deverd, pertanto, conhecer as faixas de destitagao dos solventes que Ira utlizar na tinta © seu poder de soléncia. Solventes muitcs laves ecasionam defeitns como “cacca de laranja’ @ solventes pesarlos ascorimentos de fin'as @ aumentam o tempo de secagam das mesmas. 'b) VEICULO NAO-VOLATIL (RESINA) Para avallar a fungao ¢ a importancia deste componente, € necesséric Imaginar uma {inte sem resina. A apllcagéo Setia felta normaimente porém, com a evaporagéo de solvents, as Particulas dos plgmentos ficeriam sclias sobre a superficie © sortam removidas faslimonte, como se fossem px de giz (Figura 5} ABRACO, Assosiegao Brasitelia de Corrcstio 16 Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro — Rd gursos@abravo.ora br ~ Tal 2i-25161962 (rarmal 21) GDABRACQ) anos Figura 5 Tint semresina Pede-se vorificar come resina é importante na tin‘a, pois ela fem a fungée da anvolver as particulas de pigmento e mantéas unidas entre sie 20 subsireto (substrato & a base da pintura que pode sar ago, madeira, vttto, conereto, aluminio, etc.). A resina proporciona Impermeabilidade, continuidade ¢ flexibildade & tinla, além da aderBncla ente esta e o substrato (Figura 6). Figure 6 Pelleula¢@ nta seca jesina + plgmento) 3.2. Pigmento Os pigmentos so pequenas particulas de, em media, § um de dametro. Em suspensdo na finta liquide (veiculo), s80 aglomeradas pela resina apos a socagem, formando ume camada uniforme sobre © substrato. Os pigmentos podem ser classificadcs em ineries ativos. a) PIGMENTOS INERTES ‘Os pigmentos Inortes tém baixo poder de cobartura ¢ praticamente nao Interferem nas tenalidades das tintas por no possuirem cor. © emprego de pigmenios inertes se faz por dues raztes: @ primeira 6 técnica. Nas composigées de alta pigmentacao (como as massas, as tintas de alta espessura HB - "high build? @ a8 tntas foscas), 9 pigmento inerts antra melhorando as caracteristices das tintes, sem interfarir de modo significative na cor. A segunda ¢ por questo de economia, ou sej2, ele & ABRACO, Associagao Brasileira de Corroseo Ww Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro ~ Rul gursos@cbraog owgbr ~ Tel 21-25161962 (‘amal 21) GDABRAC®) AROS ucado como enchimento, substituindo peretalmente o pigmento ative. O custo da tinta poder ag3im, s6r diminuldo sem perda da qualidade. Podersa citar como pigmentes Inertes os seguintes: carbenstos, silicates, sllicas, sulfetos, etc. b) PIGMENTOS ATIVOS Estes pigmentas recabem asta designagée por lerem uma fungéo ber definica dentro da tinta, Assim, \em-se cs pigmentos coloridos, anticorrosivos, especia’s, etc. B.1. PIGMENTOS COLORIDOS 08 pigmentos colerides dave, lam de conferir cor, ter pader de cobertura, isto 6 opacidade oufciante, osra que as tintas, quando aplicadas em finas camadas, nBo permite que se pessa ver a cor da funda sobre © qual foram aplicadas. Nao devem ser confundidos cam carantes, que séio sokivels no velculo, apenas do cor a um yerniz @ no tem poder de cobertura. [As cores bésicas dos pigmentos serdio apresentades a seguir, com disting20, quando possivel, entre plgmentos organicos e inorgénices, A partir cas cores basicas oblem-se, por mistura, outras cores e outras tonalidades. Ex: amarelo + azul = verde Branco: © mals empregads © molhor 0 diéxide de ttanlo, Também sic usados 0 Gxido de zinco e o litoponto “Tabole 4~Pigmentas clerldos utlizadns nas fntas COR PIGMENT ‘Amarelo | Tnorgénioos: ‘Organioos: Ox male usados nas diverses|-Amaralo Hansa tonalidades so ~ Amarelo Benziaina - Amarelo de cromo (cromato de /chumbo}: = Ocre {oxide do ferro hidratado} + Amarelo de cadmio (sulfato ce cfdmio): ~ Amerolo do zinco (eromate de zinco}; = Gromete Basico de zinco ou tetroxicromato da zinco Taranje _|Inorganicos: Orgénicos: + Gromato basioa de chumbo ~ Laranja benzidina, - Laranja mofibcénio (cromato, sulfate ¢ | - Laranja dintroanitin. molibato de chumbo) Vermelho|Tnaraanicos” ‘Organioos: - Oxide de ferro, = Vermatha toluidine: ‘ABRACO, Associagao Brasileira de Comoszo 1B Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro ~ Ru curpoe@obrang ra br ~ Tol 21-25161962 (ramal 21) GDABRACQ) ~ Vermelho de molibdénio (molibidate |- Vermelho “parared" (para nitro-anilina de chumnbo); +B nafiol} + Vermetno de cédmio (seleneto de|- Vermelho neftol; eédmio) = Vermelho pirazolona, - Vermelha quinacridana Aza’ [norpanioos Grgénicos: - Azulda Prissia (fe(rocianeto férrico}; | - Azul de ftalociarina; = Azul ultramarine (complaxo aluminio | - Azul molibidato. silcatoy, Varde | inarganicos: ‘Oreanieos: = Verde de croma [azul da Pritssia +|- Verde: de fialocianina (azul de amarelo de cromoy. ftalocianina clotado); + Oxido de como verde. - Varde moilbidate. Prato | inorgénico. ‘Organicos: = Oyido de ferro, = Negro de fumo (carbon-black); -Grafite (tonalidede cinza). (© negro de fumo é obtido da quelma incomploia de hidrocarbenatos (luligem). E 0 pigmento mais lave © de malor poder de cobertura, F rasisiente a Acidos, étcalis @ & kuz. B.2, PIGMENTOS METALICOS + Aluminio: © aluminio 6 fomecido em duas formas: “teafing” ¢ “non-afing’. © lealing 6 apresentado ne forma de particulas lamelares semethartes @ microfolhas (leaf) que fluluam paraletamente & suparticie da tina. Esta cispesiggo das pequenes laminas aparenta, na pelicula seca da tinta, uma camada metalice continua. © pigmento “nan-leafing” se dieiribui de maneira aleetérie na tinta, E usado nas tintas ‘automobliisticas de “cores meidlicas”, juntamente com pigmento 0 verniz coloridos 1» Zingo: © pigmento de zinco em pé uflizado em tintas de fundo anticomosivas. Sua tonalidede 6 cinza-clarc, Fornaca também protesao catédica a0 aco, = Bronze: Os bronzes 880 ligas de zinco @ cobre e apresentam aspecte dourado, Varlendo os teores de cobre e zinco na liga obtém-se pigmenta com tonalidades diferentes, desde dourado- esverdeado até douredo-avermelhado. ABRACO, Assoclagdo Brasileiza de Correstio 19 ‘Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Jenelro ~ Ru sumposGbabraco ones — Tal 21-25161962 (ranmal 21) GDABRACQ) B.2. PIGMENTOS ANTICORROSIVOS: Estes piomentos tém caracteristices inibidoras de corosao, isto é, minimizam os efeitos corrsivos do meio ambiente sobre superticles metélicas. Os pigmentos mais importantes sé0 os que vém a seguit. * Gxido de Chumbo - Zarcao: © zaretio 6 constiiutcio de cerca de 90 a 97% de Po:O, (minlo} ¢ o restante de PbO {liargiio). um pigmento de cor bararja e no dave ser confundlido com Sxide de ferre (FexOs), marrom-avermelhedo, que néo tom nenhuma ago anticarrosiva, + Cromate de Zince — Amarelo do Zinco: £ um cromato, mist de 2inco e potdssio de coloragéo amarala-ciara. + Cromato Bésico de Zinco - Tetroxicromato de Zinco: E manos solivel que 0 cromato de zinco e sua coloragao também & amarelo-clara. + Cromato de Estroncio: um pigmente amare'o-claro, menos solivel que o cromato de zinco. & pouce uillizexo Ne Brasil devide ao sau allo custc. Em algumas aplicagées, como na tinta de iundo para aeronaves, foi substiuido pelo cromato de zineo. = Cromato de Chumbo: um pigmonto taranja ou amarele, que muites vezes & ecnfundide com © zarcko, orem tem ago anticartosiva culo menos efetiva + Silicato B4sico de Chumbo: Também & um plgmarte lerania que tem baixo poder de inibigéo da corrosio, = Fosfato de Zinco: E um pigmenio branco ¢ atualmente vem sendo utlizado na Europa ¢ nos EVA em substhulgdo ao zeéredio, que & proibido por ser téxisc, No Brasil, sls fol introduzide pela ALCOA (16 % de fostalo de zinco no pigiento). Esta sendo desenvolvidas © testacas ‘intes A base deste pigmenio para futura apticagéo como tinta de fund. Alguns autores 880 de opinise qua para a tinta dar bons resuitedos, o teor de pigmento am volume (PVC} dove ser de 33 = 25%, endo que deste, 56 % deva ser fosfato de zince. ABRACO, Associacgo Brasileira de Corrostio 20 Avenida Venaauele, 27 sala 414 - Rio de Janeiro ~ RU pursos@abraco.org.or— Tel 21-25761962 (ramal 24) /ABRACQ) um pigmenta branco com boa agéio antiearrosiva, mais ni ufllzado no Brasil. = Zincoom ps: E utlizade nas chamadas tintes “riggs em zinco” que sao tintas de fundo anticorrosivas. ‘As pinturas com tintas ricas em zinco sao referidas como "galvanizagao @ frio". B.4. OUTROS PIGMENTOS: + Perolades; Pigmentos que deixam a tia ac aspecto acotinado do pérolas. Podem ser carbonaios de chumbo ou de bismuto, © ofsite 6 obtide quando a luz incidente & parte rafletida @ perte refratada pelo arranjo estrutural de civersas camadas do pigmento, © Fluorescentes: Estes pigmentos emitem radlagao luminosa no aspacto visivel, enquanto esta sob a ago de uma radiagao uttravioleta. « Fosforescenta: Estes pigmentos emitem radiagées tuminosas durant um determinado perfedo, apés ter cessada a fonto oxcitadora (luz Incidente). So geralmente constituides por sulfates de zingo, do villio, estancio, ete. «= Radioatives ou luminescentes: ‘Sc pigmentas constituides por sais de radio, torio e cutres radioativos, misturados aos, pigmentos fluorescenies ou fostorescertes. Nao necessitam ce fonte exctadore extema, somo ez, pols esta 6 exercida palos pigmentos radioativos. Desta forma, a luminescencia & permanente, * Antiincrustantes (“Anti-Fouling’) 840 pigmentos ullizados em tintas cue por sorom venenosas n&o pormitem que ‘organismas marinhos como craces, marlscos, corais, ostras ¢ aigas venham aderir aos cascos das omboreagées, causando problemas de aumento de peso @ atrtio com canseqiiente diminuiggo da velacidade @ maior consumo de combustiveis. Estas plgmentos séio campostos da merci ‘cu de cabra como, por exemplo, 9 xido cuproso. Sua ag4o se baseia na lixiviaczo dos compestos venenosos pala Agua do mar, iomando uma camaca junto ao casco, que impede a aderancia dos organismes vives. A tinia vai perdendo a eficiéncia com a tempo e ABRACO, Assosizeac Brasilelia de Corrasao 2t ‘Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janelro~ RJ gurses@elarano.org br ~ Tot 21-25161962 (rannal 21) ®) necessério a renintura periécica, que € exscutada em’um dique seco, onde os sasces 880 raspades, limpos ¢ finalmente pintades com um esquema anticorrosivo, utlizando como acabamerte a tinta anti incrusiante. ) INFIUENCIA DO TEOR DE PIGMENTO © teor de pigmento pode Interfenr em diversas propriedades des tintas. Tintas com balxo teor de pigment so mais brihentes, mals impermeévels, mals flexlveis © menos porosas, Per uta lado, as tinias com allo leor de pigmenta so meis foscas © mals permeéve's. O teor de pigmante em volume, 6 referido pelos fabricentes de tintas como senda Pigment Volume Content". Na figura 7, pode-se verfioa’ a influéncla do PVC no biilho das tintas, No primeira case, ©PVC, ou sala: a tinta de baixo PVC roflote praiicamente tade o fexe de luz ineiderte, por Isso superficie ‘aparenta o brilho da fonte de luz. No sagundo caso, a tinta de alto PVC aprasenta’ inimeras pariculas cos pigmantos sobressainda na superficie, 0 que faz com que o feixe de luz incidents seja refietido em vérias diregdes, @ © brilho da fonte de luz cheque fraco a vista do ‘observador, foniedetiz _ebservador ed Balto PYG (inks brmantey Alte. PVC linia fesee) Figura 7 lnfubnela do tor do plgmanto ABRACO, Assoclaptio Brasileira de Corroszo 22 Avenida Varezuala, 27 sala 414 - Rio de Janeiro ~ RJ pursas@abraco.ontbr— Tal 21-25161962 (ranal 21) @DABRACQ) Quando se trata de tintas de fundo anficorrosivas, o tear ce pigmento deve ser aito, pera que o8 pigments infblderes de corroséc tenham sua agae mais edificarte. E 0 caso das tintas “rivas” em zinco. As tintas de acabamento devem ser formuladas com *PVC' proximo ao "CPVC" — teor ertico de pigmento em volume, ou sefa, “Critical Pigment Volume Contart’ Na figure 8, pade-se verificar a influencla do teor de pigmento nas seguintes proptiedades das tintas: briho, permeabilidade, tendéncia a formagéo de bolhas ¢ de ferrugem. Na figura pode-se observer, por exemplo, que quanto maior 0 ‘eor de plgmento meis permedvel 6 a tinta © maior é a tendéncia & formagéo de ferrugem no ago, sobre o qual a tinte fol aplicada. Be sbotbae kero weit Li a. bokxo ‘te PYG » reor de Pigmentoem Volume Figura & Graco da Infleneta do teer do pigmenta 3.3, Aditivos Uma tinia pode ser produzide sem adtivas, porém, fazendo uma comparagao com @ culinaria, 08 adtivos seriam os temperos, Os pralos padem ser preparados sem temperos porém com eles ficann mals saborosos. Os aditivos malhoram cortas propriedades des tintas, © 0 seu uso deve ser eritariose, pois a adigdo incorreta ou em teorse exagerados pode trazer problamac s tintas, Os principais aditivos para tintae edo cs que vém @ seguir = Antinata: ABRAGO, Associaggo Brasileira de Corosto 2B Avenida Venazuela, 27 sala 414 - Rio de Janeiro ~ RJ sursoe@abraco.org.sr-- Tel 27-25761962 (ramet 21) @DABRACQ) Bvitam a formagtic de uma pele ou nata na supefficie, juando a tinta ainda se encontra na embelagem. Esta formagao é mais comum em fintas que secam por oxidacdo, como as & Sleo @ as alquidicas Estes axitivos, chamados de antioxidantes, 880 constituides principalmente, por cetoximas © elouns fendis substituidos. Dever ser volaleis, abandonando a nia durante a secagem, para no interferir na cura da mesma + Secante: ‘Atuam come catalisador de secagom nas peliculas de tintas que secam por oxklagdo. ‘S40 naftenatos ou octoatos de cohalto, menganés, crwumbe, céleio, ferro, zineo, ete. Os secantes, & base do chumbo, atuam no interior da pelicula, of de cobalto, na superficie © 08 zincos, maniém a polloula permedvel ao oxigSrio @ com eso facifitam a aclo dos de ehumbo, * Plastificante: S80 geralmente dleos vegolais ndo secativos, produtos quimicos de alto ponto de ‘ebuiigho ¢ polimeros resinosos, que aluam somo lubrificantes entte as molecutas de pollmeros rigidos, possibilitando que estes passem a tar melhor llexibildade. Os princioals dlaos vegelals nao sacatves S80: oléo de soja, con © mamone, ‘08 produtos quimicos de alto porto de sbuligéo sé: fialatos (dibutil, docti, diferi, etc}, sebacatos (aibuti, etc) ¢ fostatos (ricesil, sien, etc}. Os polimeras resinosos 580 produtos nie se fos de beixo peso molecular. Ex: resines alcuidicas formuladas & baee de dcides polib4cicos asterificades com alcoois pollhidricos, come glleerina ¢ efilene glicol. Com 0 tempo, alguns plastifcanies podem migrar para a superficie ca palicule, por ago de calor, absorgio de umidada ou culros mecanismos, tomando @ mesma dura @ quebradica, Por isso, é Importante 9 escolha de plastificantes mais esiévels, para se garantr uma pelicula flexivel, com longa vida ati. N40 devem ser adicionados indiscriminadamente, iterierem na Cureza, no fempo de secagam 6 na resisténcia 4 umidade de uma tinta. = Antimote: Estes adiivos sao adicionados, prineipalmente, am tintas & base ce égua pera evitaram a putretagdo, enquanio se encontram na embelagem, ¢ 0 bolor quanto j& enconiram aplisadas ‘em amblenies amidos. © oxido de zinco tem ago antimofo, porém iimitada. Goralmente, 840 usadas sais organomercurigis, fendis substituides @ cous alcalinos, © seo destes adilvos deve ser critsriogo, pois sio venenosas & satide humana. ABRACO, Associagdo Brasilsiia de Correstio 24 Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Jeneiro — Rd uraas@abrace.orebr - Tel 21-25161962 (remal 21) QDABRA * Anti-sedimentante: ANGE E um composto que aiua sobre 28 particulas dos pigmentos produzindo um gel covoidel que diminui a tendénoia 4 sedimentagto, @ caso esta ocorra, impedem e formagao de um sedimento duro 6 compacto. Os ant-sedimentantes agem como lubiiicante entre as particulas dos pgmencos @ tomnam fécll a redispersao, mesmo que a tinta fique armazenada por muito tempo, Os estearalos de aluminio servam para esta finalidade. © uso indiscriminado pode ‘ceuser problemas na dureze © secagem das peliculas. * Nivolante: ‘S80 produtos tensoativos que interferem na tense superficial das tintas, melhorando © espalhamento @ provocando 6 desaparecimento das marcas deixadas pelas cerdas des pincsis e bolhas ce ar, enquanto a tinta ainda est liquiea + Dispersante Estes aditvos sao produtes tensoatives, que faciliam tanto a fabricagse da tinta como @ aplicagao. Na fabrieagao, auxilia a disperséo dos pigmantos, pois melhora a moinabilidade {umedecimento) des parliculas, faciilando @ disperse de aglomerades, disvibuindo-es uniformemente ne meio, tornando @ suspenséo mais homogénea. Na aplicaggo, diminui a tensdo superficial da tinta, melhorando sue aderéncia ao substraio, + Antiespumante: Ao contrérlo dos teneeatives, estes acitives aurentam 2 torso superficial, diminuindo 1a formagdio de espuma na fabricacdo @ na aplicacao das tintas. A espuma 6 causada peias bolhas de ar introduzidas durante a agitagao das tintas, Os pradutos mais utilzados sio a base de siicones. C excesso deste aditivo pcderé causar problemas na aplicagso. A tinta nao fearé uniformemente distrbuida e aparecerio manchas na superficie. Este defetio, poderé ser aproveitado como efeito, desde que bem utlizado, obtendo-se as chamadas “tintes marieladas”, + Agente tixouépico Este aditivo é utlizado em tintas de alta espessura (HB - High build). © efeito da ixotropia (ciminuigéo da viscosidade com @ agitag&o © retorno & viscosidade original apés cessar a agitagio} é importente para aplicagiio dap iintes em superficiee verticals, pois, apos a aplicagao, a tinta readquiro a viecosidada original, néo pormitindo oecorrimento ou deseaimento. Os praciutos ulilizadas sfo: carboxi-meti-caluloss, afil-calulnse, kentonita, ete. (uso dos adifivos A base de calulose pode tomar a finta mais susceptival 4 umidade e ac ataque de fungos. ABRACO, Assodagée Brasileira de Corroséio 25 Avenida Venezuela, 27 sale 414 - Rio de Janeiro - RU cursosi@abrac.org.br = Tel 21-2516 1982 (ramal 24) @DABRACQ) ‘aos 4, MECANISMOS DE PROTEGAO ANTICORROSIVA DAS TINTAS Eniende-se como mecanisino de pioteg’o anticorosiva cas tintas ou sistemas dé pintura, a forma pela qual ostes s&o cepazos de proteger o substrate om gerel contra & corrostio. O mecanismo aiuanie num determinade sistema de pintura depende eseenciamente do tipo da tinta de fundo ou primatio (‘primer"), ou seja, acuela que esta em contalo dlireto com ‘a superficie metélica. Em relacéo ¢ tinta de fundo, tr8s fatores so importante ara definir 0 meca mo de protege antizormsiva 8 Tipo de veicuto fixo: = Tipc de pigmentos; + Interacao quimica pigmento-veicub fixo. ‘Tomando-s6 como tase estes fatcres, existem tres Mecanismos bésices pelos quels as tintes podem proteger os substralos ferrosos contra a corresao: protegao por barreta, passivagdo anddica 6 protegao catédica, 4.1. Protecao por Barreira ou Resistencia a Migracao tonica Neste tipo de protegéio o sistema de pintura possuindo espessure, impermeabilidede e tintas adequades isolam 0 substrato metéiteo a ser protegkdo do meio corosivo, conforme ilustrado ra Figure © Figura @ Mecanieme da protegie antcorastva porbersre ABRACO, Associagao Brasileira de Corrosao 26 Averida Venezuela, 27 sala 414 - Rio de Janero— RU cutsoe@abrace ort. br — Tel 21-25161982 (ramal 21) Q@DABRAC No mecanismo de protegao enticortosiva por bareire as tintas de fundo na contém piamentos capazas de funcionar como Inibidores ce corroséo. Portanto, 6 importante saber que nesie tipo de mecanismo a eficdeia ou deserpenho da protegio enticomrosiva, conferide por lum sisterna de pintura, 6 fungao da: = Espassura do sistema da pintura; = Compatbliidade ¢ resistencia das tintas ac melo corrosivo; = Impermeabiiidads do sistema de pintura aos agentes corosivos. ‘anos Gabe ressaiter ainda que, para este tipo de protegio quanto mais imperneével for o sistema de pintura & penetragdo de umidade © dos fons agressivos, tals como otoretos (CI) € sulfatos (S0.") melhor sera 6 seu desempanho anticomeaive. 4.2, Protegao por Passivagéo Anédica Este tipo de protegao envole @ utlizagao de tintas sontendo pigmentos com Ceracieristicas basioas ou com ume determinada solubilidade eapaz de, ne presenga de agua e oxigénio, fomecer substéncias com propriedades inibidoras de corrosie. Neste caso, ocorre @ formagéio de uma camada passiva ce Gxidas de ferro, 09 quais so estéveis, aderentes © pouco permedveis, impedinde assim a passagem do metal para a forma idnica. A Figura 10 ‘mostra do forma oaquomética esto tipo de protagéio anticomasiva. MEI CORROSIVO § a ‘CAMAD. PASSIY Figura 10 Princo de funcinnanda de mecaniema de pacelvagzo anion Os pigmentos mais comuns que atuam pelo mecenismo de passivagao anddica sao: 0 zaredo (PDO, ou 2PbO2), oromnato de zinco (4ZnO.K,0.Cr03.3H,0) € fosteta de zinco ABRACO, Associagéo Brasileira de Corrostio, at Avenida Venezuela, 27 sala 414 - Ro de Janero— RJ sursos@avraco.ors, br — Tel 21-25161962 (tamal 21) @ABRACQ) (Zn{PO4),2H20). Os mecanismos pelos quais estes pigmentos aluam ne process do passivacéo anddica serdo descritos a seguir a) CROMATO DE ZINCO Em realidace 0 cromato de zinco utilizado nas tintas anticorrosivas como Inibidor de ‘corrogao ¢ um cromato misio de zinco € potdssto, que por sua vez possui uma solubildade em Agua de 1,19 de CrOylL., A passivegio enécica conferlca palo cromato de zinco 6 atribulda a sua wlativa sclubilldade, cue conduz a liberagao do fon eromato (CrO;%), o qual € um excelente inloidor anédico de commsée. © fime da camada passiva, nesta caso, 6 conatituldo por uma mistura de FeO, © CreO5. © mecanismo proposto por alguns pescuisadores para asta reagdo 6 o soguirte: 2Fe + 2.Cr0,7+2H:0 + Fe:03 + CaO, +4 OW b}FOSFATO DE ZINCO [ Znx{PO,);. HO; x= 244] © Iasfato de zinco & um pigmento reletivamente novo eo seu mecanismo de protegéio anticorrosive ainda nic esié perfeitamente estavelacido. Entretanio, elguns conceitos tedricos tom side clvulgados a respeita dos macanismos de proteyéio anticorrosiva mais provavels do tosfato de zinco. Alguns autores ota que o principic bésico de aluagio daste pigmento é 0 mesmo atribuide a0 zarogo, ou soja, na presenga de leo de linhaga ov outros élecs vegetals hd formagde de sabSes metélicos de zinca, oF quais na presence de Sua © oxigénio sofrem iso danco origem a uma gama de procutos inibidores de corrasdo, Um outro principle de atuagio atribuido @ este piymento por outros sutores é que na presenga de umidade ocorre a hidralise do fesfato de zinoo liberando Acido fosférieo, 0 qual forma uma camada de fesfato de ferro nas éreas anddicas capar de melhorar supstancialments a protegao anticorasiva. (occoul a 4.3, Protecao Catédica Neste tizo ds protegdo anticarosiva utilzam-

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