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01 Elemento Subjetivo
01 Elemento Subjetivo
Sumário
ELEMENTO SUBJETIVO ............................................................................................................................................................... 2
1. CRIME DOLOSO .................................................................................................................................................................. 2
1.1. DOLO DIRETO; DOLO INDIRETO (EVENTUAL); DOLO ALTERNATIVO ......................................................................................................... 2
1.2. DOLO DE PRIMEIRO E DOLO DE SEGUNDO GRAU ................................................................................................................................ 3
2. CRIME CULPOSO ................................................................................................................................................................ 4
2.1. REQUISITOS DO CRIME CULPOSO .................................................................................................................................................... 5
2.2. CULPA INCONSCIENTE OU PRÓPRIA ................................................................................................................................................. 6
2.3. CULPA CONSCIENTE ..................................................................................................................................................................... 6
2.4. CULPA IMPRÓPRIA ...................................................................................................................................................................... 7
2.5. DOLO EVENTUAL VERSUS CULPA CONSCIENTE.................................................................................................................................... 7
EXERCÍCIOS................................................................................................................................................................................. 9
GABARITO ................................................................................................................................................................................ 10
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Elemento Subjetivo
1. Crime Doloso
Diz-se o crime:
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.”
No conceito finalista da ação, o dolo é natural e integra a conduta (que está inserida no fato
típico) e consiste na vontade (elemento volitivo) e consciência (elemento intelectivo) de realizar os
elementos do tipo incriminador.
Nessa concepção, a consciência da ilicitude (ou antijuridicidade) está na culpabilidade, isto é,
desvinculada da conduta.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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homicídio. No caso de dolo alternativo, o agente sempre responderá pelo resultado mais
grave.
Concurso material
“Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro
aquela. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”
Concurso formal
“Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas,
mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Questões comentadas
(CESPE) Excetuadas as exceções legais, o autor de fato previsto como crime só poderá ser
punido se o praticar dolosamente.
Gabarito: Certo.
Comentário: Isso mesmo! Vejamos o Art. 18, Parágrafo único: “Salvo os casos expressos em lei,
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.”.
A regra é o crime doloso (Art. 18, inc. I, do Código Penal); a exceção, o crime culposo (Art. 18,
inc. II, do Código Penal) desde que haja “previsão legal”.
(CESPE) Se o sujeito ativo do delito, ao praticar o crime, não quer diretamente o resultado, mas
assume o risco de produzi-lo, o crime será culposo, na modalidade culpa consciente.
Gabarito: Errado
Comentário: Não é culpa consciente, mas sim dolo eventual ou indireto. Na culpa consciente o
resultado era previsível para o agente, mas ele acreditava plenamente que não ocorreria por
causa das suas habilidades. De outro modo, no dolo eventual o agente se mostra indiferente
com o resultado, que é previsto por ele, assumindo-o ou aceitando o risco de produzi-lo. É o
conhecido “foda-se”!
2. Crime Culposo
Diz-se o crime:
II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
- Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como
crime, senão quando o pratica dolosamente.” (Grifo nosso)
Os crimes culposos não possuem uma conduta completa, isto é, são tipos penais abertos e
necessitam de uma valoração do exegeta1, no caso, o próprio juiz. Nada impede, porém, que haja
crimes culposos em tipos penais fechados, por exemplo, a receptação culposa (Art. 180, §3º, CP)2.
Normalmente, a norma penal incriminadora define uma conduta dolosa, porém, em um
parágrafo dentro do artigo, descreve a modalidade culposa (“se o crime é culposo”).
Conceitualmente, o crime culposo advém de uma conduta voluntária de um agente, de forma
imprudente, negligente ou imperita, o qual deixou de observar os seus deveres objetivos de
cuidado, gerando um resultado naturalístico involuntário, que era previsível objetivamente, mas
não desejado nem previsto por ele. Assim, quem não age como a maioria das pessoas (“homem
médio”), nas mesmas condições, agiria e dá origem a um resultado relevante para o Direito Penal,
então deverá responder pelo crime culposo, se houver previsão legal.
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Exegeta: intérprete.
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Código Penal, Art. 180, §3º: “Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o
preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso”.
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Questão comentada
4 • nexo causal;
5 • tipicidade;
6 • previsibilidade objetiva;
7 • ausência de previsão.
Os dois principais requisitos, para fins de concursos, são a previsibilidade objetiva, ou seja, o
Código Penal determina que pelo menos o resultado seja previsível nas circunstâncias em que
realmente aconteceu; e previsão legal, pois todo crime é doloso, a não ser que esteja expressa no
Código Penal ou nas leis especiais a modalidade culposa.
Questões comentadas
(CESPE) São elementos do fato típico culposo: conduta, resultado involuntário, nexo causal,
tipicidade, ausência de previsão, quebra do dever de cuidado objetivo por meio da
imprudência, negligência ou imperícia e previsibilidade subjetiva.
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Gabarito: Errado.
Comentário: A questão traz de maneira correta os elementos do fato típico culposo, porém se
equivoca ao trazer previsibilidade subjetiva, quando o correto seria previsibilidade objetiva.
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Questão comentada
(CESPE) A culpa inconsciente distingue-se da culpa consciente no que diz respeito à previsão do
resultado: na culpa consciente, o agente, embora prevendo o resultado, acredita sinceramente
que pode evitá-lo; na culpa inconsciente, o resultado, embora previsível, não foi previsto pelo
agente.
Gabarito: Certo.
Comentário: A culpa inconsciente (também chamada de culpa comum) e a culpa consciente se
diferenciam no que tange ao conceito da previsão do resultado. Contudo, ambas são tratadas
no Art. 18, II, do CP, da mesma maneira. Na culpa inconsciente, o resultado embora possa ser
previsível não é previsto pelo agente; aqui ocorre um descuidado com o dever objetivo de
cuidado que todos devem ter. Já na culpa consciente, o agente acredita sinceramente que pode
evitar o resultado.
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Agir com dolo significa: “jogar com a sorte” o “dane-se da questão”. Para aquele que se
comporta com dolo eventual, o acaso constitui a única garantia contra a materialização do sinistro;
o agente tem consciência da sua incapacidade para impedir o resultado, mas mesmo assim fica
insensível ao que se apresentou diante da sua vontade.
Já na culpa consciente ele não “joga com sorte”, pois no seu interior acredita sinceramente
que vai evitar o resultado danoso.
Questões comentadas
(ALFACON) Denomina-se culpa inconsciente quando o agente acredita que, com a sua perícia,
ele pode evitar um resultado, caracterizado por crime.
Gabarito: Errado.
Comentário: Quando o agente acredita que, com a sua perícia, ele pode evitar um resultado,
caracterizado por crime, trata-se da culpa consciente. O crime culposo é previsto no Art. 18, inc.
II, do Código Penal, descrito por: “culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia”.
(CESPE) Ricardo, com o objetivo de matar Maurício, detonou, por mecanismo remoto, uma
bomba por ele instalada em um avião comercial a bordo do qual sabia que Maurício se
encontrara, e, devido à explosão, todos os passageiros a bordo da aeronave morreram. Nessa
situação hipotética, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no cometimento do delito
contra Maurício e dolo direto de segundo grau no do delito contra todos os demais passageiros
do avião.
Gabarito: Certo.
Comentário: O Art. 18, I, do Código Penal, trata dos tipos de dolo, em que temos o dolo direito
e o dolo indireto ou eventual. O dolo direto se divide em dolo direto de primeiro grau e dolo
direto de segundo grau. O dolo direto de primeiro grau está presente quando o agente
direciona de forma certa e precisa o alvo da lesão jurídica, ou seja, se “A” atira contra “B”, o
alvo certo e direcionado é “B”. Assim, temos dolo direto de primeiro grau (havia vítima certa). O
dolo direto de segundo grau relaciona-se às consequências necessárias e suficientes derivadas
do ato, ou seja, quando alguém coloca uma bomba em um avião para matar determinada
pessoa, tem a clara noção de que a morte dos demais passageiros será efeito obrigatório
(necessário e suficiente). Assim, contra os demais passageiros, temos um dolo direto de
segundo grau. A consequência disso é a aplicação do concurso formal impróprio com desígnios
autônomos, que faz com que as penas do agente sejam somadas.
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ESQUEMA DIDÁTICO
EXERCÍCIOS
1. É correto afirmar que o crime doloso ocorre quando o agente quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo.
2. Suponha que, em naufrágio de embarcação de grande porte, tenha havido tombamento das
cabines e demais dependências, antes da evacuação da embarcação e resgate dos passageiros
e, em razão desse fato, os sobreviventes tenham sofrido diversos tipos de lesões corporais, e
centenas tenham morrido por politraumatismo e afogamento. Com base nessa situação
hipotética, julgue o item seguinte, de acordo com a legislação brasileira. Caso seja comprovada
imperícia, negligência ou imprudência da tripulação, esta poderá responder judicialmente pelo
crime de homicídio em relação às mortes ocorridas no naufrágio.
3. Ocorre o homicídio culposo quando o agente realiza uma conduta involuntária, com violação de
dever objetivo de cuidado a todos imposto, produzindo, por consequência, um resultado morte.
4. Age com dolo eventual o agente que prevê possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua
conduta, mas acredita que, com suas habilidades, será capaz de evitá-los.
5. Admite-se a tentativa nos delitos de imprudência.
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GABARITO
1. CERTO
2. CERTO
3. ERRADO
4. ERRADO
5. ERRADO
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