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MITO DO ARTISTA

Neste módulo irei falar sobre os quatro mitos sobre criatividade que você
precisa esquecer urgentemente.

#01 Mito do Artista

#02 Mito do Dom

#03 Mito da criação

#04 Mito do Acaso

Eu já falei muito sobre os 3 primeiros, principalmente na série 4 habilidades


do futuro, mas aqui vou aprofundar bastante neles.

Primeiro vou falar sobre o ​Mito do Artista​.

“A criatividade é coisa pra arquiteto, pra designer, pra publicitário, pra


humorista, pra artista, não vai fazer diferença pra mim, eu não sou um cara criativo,
a minha área não é área criativa então não adianta, Não preciso da criatividade”.

Você precisa sim. Criatividade sofre um pré-conceito de achar que


criatividade só serve pra coisas meio artísticas, mas a verdade é que todo mundo
precisa ser mais criativo porque criatividade é uma ferramenta pra resolver
problemas e todo mundo tem problemas.

Quando eu digo problemas, não estou falando necessariamente de coisas


ruins, problema não é só dificuldade, qualquer coisa que demanda uma solução é
um problema, qualquer coisa. Se tiver que ter uma solução, é um problema. Você
pode chamar de desafio, você pode chamar de oportunidade, pode chamar de
dificuldade. Um problema pode ser pessoal, pode ser profissional, pequeno, grande,
simples, complexo, qualquer coisa que requer você gerar uma solução é um
problema.

O primeiro mito é esse negócio de que criatividade é coisa só pra artista,


publicitário ou inventor.

O fato é: criatividade é uma coisa pra quem tem problemas, ou seja pra todo
mundo. Criatividade é uma ferramenta pra resolver problemas.

É legal pensar sempre que você vê um cara que é considerado um artista.


Quando você vê um arquiteto, pensa que o arquiteto nada mais é do que um cara
que resolve de forma criativa um problema de espaço. Quando você ver o inventor
Thomas Edson, pense que é um cara que resolve de forma criativa um problema de
grupo de pessoas e um publicitário é um cara que resolve de forma criativa um
problema de comunicação. Até os artistas e o comediante, é o cara que resolve de
forma criativa um problema de tédio das pessoas, então todos somos soluções de
problemas.

Então quer dizer que tudo é problema, qualquer coisa? Segundo o dicionário:
problema é uma questão levantada pra consideração discussão decisão ou solução.
Em outras palavras, qualquer coisa que demanda uma solução é um problema,
portanto sim, tudo é um problema.

Eu já falei de alguns sinônimos de problemas, pode chamar de dificuldade


pode chamar de oportunidade ou decisão. Coincidentemente ou não, minha palestra
"O segredo do fracasso”, leva como subtítulo “Oportunidades, dificuldades e
decisões de carreira”, ou seja, os problemas que eu tive na minha carreira e quais
soluções criativas eu dei pra cada um, sejam os bons que são as oportunidades ou
os ruins, que são as dificuldades.Tem outros nomes também importantes, os
sinônimos de problemas.

1) Desafio​ é um problema. Pode ser bom, pode ser ruim.

2) Necessidade. Toda necessidade é um problema cuja solução é satisfazer


a necessidade.

Então se criatividade é uma ferramenta para solução de problemas e uma


necessidade é um problema, então da pra concluir, obviamente, que criatividade é
uma ferramenta pra solução de necessidade. Por isso que dizem que necessidade é
a mãe da criatividade.

Detalhe importante sobre esse “necessidade é mãe da criatividade”. É um


conceito muito falado, mas tem que ter cuidado porque essa palavra (necessidade),
nesse contexto normalmente significa uma necessidade muito básica, como por
exemplo, é falado na pirâmide de Maslow. Quando fala necessidade nesse
contexto, é sempre uma necessidade fisiológica, de segurança, é sempre uma
pessoa que muito pobre, passando por necessidade, ai vem a criatividade nos
momentos difíceis. Tem que ter cuidado porque, apesar de ser verdade isso, se
você buscar “pobre é criativo” numa ferramenta de buscas, realmente você vai ver
uma grande quantidade soluções criativa.

Contudo, o conceito de necessidade é muito mais amplo. Nós temos


necessidades profissionais, por exemplo, como melhorar o produto ou serviço isso é
um problema ou necessidade. Ou como reduzir custos, desperdícios, como se
diferenciar no mercado como empresário, como criar uma piada sobre um assunto
sobre um guarda chuva, qualquer coisa. Eu recebi esses problemas e tinha que dar
soluções que era no caso criar as piadas.

E tem também necessidades pessoais: como ensinar seu filho a gostar de ler
ou de comer legumes; como driblar o transito no caminho do trabalho; ou como
pegar gente na balada. É um problema que você pode resolver de forma padrão ou
de forma criativa, como dar um presente legal pra sua esposa.
Por exemplo. O problema pessoal de como fazer seu filho comer verduras e
legumes, você pode mediante esse problema ir por um caminho padrão. Qual o
caminho padrão? É uma ameaça: “se não comer não vai jogar video game”. Qual
pode ser um caminho criativo?

Eu vi um negócio muito legal que pessoal chama de fun food. É você fazer
pequenas decoraçõeszinhas e pequenas historinhas usando os alimentos da
comida em cima do prato. Da pra fazer um bonequinho, da pra fazer uma historia,
da pra fazer um boneco, e muitas vezes isso adicionando uma ludicidade no simples
ato, porque na verdade se voce pegar um palmito e botar um brocolis em cima é
uma arvorezinha. Um brocolis já é uma arvore, é um bonsay em miniatura
comestível né?

Então assim se você colocar o tomate no canto superior esquerdo já vira um


solzinho, entendeu? Se botar uma alface em baixo, você cria uma floresta. E muitas
vezes assim você faz o seu filho querer brincar e comer aquilo, sem
necessariamente ter que se contentar com um caminho padrão que é fazer
ameaças.

Eu particularmente gosto muito desses micros problemas, esses problemas


pequenos, como esse exemplo que dei. Porque quando eu falo de problema e
criatividade, muita gente acha que é só pra coisas grandes, para criar empresa,
aplicativos revolucionários. Não cara, ser mais criativo é você resolver todos os seus
problemas da vida profissional e pessoal sempre tentando um caminho novo, um
caminho criativo, não se contentando apenas com caminho padrão.

“Ah! Então, vou fazer tudo diferente, agora vou fazer tudo loucamente
diferente”.

Importante​: A criatividade é quando você faz algo novo, diferente e com


valor. Não dinheiro, mas que tenha um valor, que seja bom. Não pode piorar, não
pode fazer diferente para piorar, ai não é criatividade entendeu?

Eu gosto muito do que eu chamo de Micro problema, da Micro criatividade,


dessa criatividade pequena, que surge de pequenas necessidades que a gente tem.

(COLOCAR IMAGEM DO EXEMPLO DA TORNEIRA)

Aqui não é uma questão de pobreza, é uma questão da necessidade que


meu filho alcance a torneira. Eu fico muito bravo quando a torneira é muito próxima
da pia, vou lavar a mão e fica batendo. Então eu vou usar isso, como na imagem
pra resolver esse problema.

(COLOCAR IMAGEM DO EXEMPLO DO CELULAR)

Ou aqui, você quer prender o celular, usa aquelas bugigangas que vende na
25 de março, usa 3 vezes depois cai, aqui sem gastar dinheiro você uma uma
liguinha e você alivia a parada.

(COLOCAR IMAGEM DO EXEMPLO DA FILA DO BANCO)

Essa fila do banco é uma solução criativa. Tudo isso são coisas pequenas,
micro-problemas, micro-criatividade.

(COLOCAR IMAGEM DO EXEMPLO DA TV)

Essa Tv, por que está na vertical? Essa TV na vertical surgiu de uma
necessidade nossa de fazer as coisas sempre diferentes e fora do padrão. Claro
desde que tenha valor. Então queríamos que a aula fosse gravada diferente e os
slides e não lembro como tivemos a ideia de virar a televisão, isso é uma coisa
simples, um micro problema que nós tivemos uma micro solução criativa, porque é
diferente, tem valor é um negocio legal, abre um universo de possibilidades as
explorações desse novo formato. Esse é um exemplo de um micro-problema e uma
micro necessidade e de uma micro criatividade.

Beleza! Mas, Murilo se tudo é problema então tenho que ser criativo toda
hora? Não, se não você enlouquece e fica improdutivo. É o seguinte, vamos supor
100% dos seu problemas, todos, os micro e os macro pessoais e profissionais todos
os pequenos desafios, dificuldades, decisões, oportunidades, necessidade, a sua
vida inteira. Eu diria que a grosso modo, 99% deles não requer criatividade.

Não precisa, o problema de como abrir a porta, você abre na maçaneta


entendeu? Você não precisa cada coisa, como eu passar o slide, o controle remoto,
aperta. Você não precisa em todos os problemas ser criativo, ou você enlouquece.

Nós precisamos usar também os padrões pra poder progredir em sociedade


e poupar energia pra que a gente possa focar naqueles problemas que fazem a
diferença. Então grandes partes dos problemas, a gente tem que acessar o banco
de dados, pegue aquela solução, entregue a solução. Então você gasta essa
pouquíssima energia, porque o processo já é automatizado, ai foca naquele 1% que
vai fazer a diferença positivamente se você fizer e negativamente se não fizer.
Porque se você resolve todos os problemas da sua vida, só com soluções do banco
de dados, soluções padrões, você vai viver a vida quadrado. Você está quadrado,
você está vivendo a vida pelo automático. Você está vivendo a vida sem a variação
dela, você ligou no piloto automático, delegou a vida pro sistema de crenças da sua
cultura, da sua sociedade que estabelece os padrões de respostas e quando o
problema vier você devolve ele do mesmo jeito seguindo o padrão.

Isso é delegar a vida para o piloto automático, tá e qual o problema eu


colocar no piloto automático? É o seguinte, tem um cara que é uma grande
referência pra mim em criatividade, Roger Von Oech, escreveu o livro Um Toque Na
Cuca, no ano que eu nasci, é de 83 esse livro. Genial.

Ele tirou uma onda que existem 2 tipos de pessoas no mundo.


​ ão
" As pessoas que gostam de dividir as coisas em dois grupos e as pessoas que n
gostam de dividir as coisas em dois grupos."

Eu sou do tipo um que gosta de dividir as coisas em dois grupos, então eu


acredito que tem dois tipos de problemas. Duas grandes categorias

1) Os problemas que um "computador" consegue resolver;

2) Os problemas que um "computador" ​não​ consegue resolver.

Temos 100% dos problemas. Então vamos chutar ai que metade o


computador consegue resolver, ou seja, são problemas estruturados, lineares,
programáveis, parametrizados. Problemas que seguem uma logica, que dado um
problema, você já tem uma regra que acessa um banco de dados X com um tal
critério que entrega tal resposta e você consegue deixar isso em luping, programar e
prever porque é linear.

E tem os problemas não estruturados, não lineares, não programáveis, não


parametrizáveis, que são os problemas que são abstratos, eles nunca ocorreram,
eles são novos problemas, eles não têm no banco de dados, ou aquele banco de
dados não serve mais porque o problema mudou. E esses problemas o computador
não consegue resolver. O que está acontecendo no mundo?

Está acontecendo o seguinte, nós estamos ficando cada vez melhores em


estruturar, linearizar e programar os programas pra que a máquina resolva. A gente
está ficando bom em empacotar os problemas e parametriza-se e entregar pra
máquina. O que acontece é que uma parcela maior dos problemas a máquina passa
a conseguir executar.

Mas tem outro fato acontecendo também. A “máquina” está ficando cada vez
melhor em resolver esses problemas aqui. Quando eu falo máquina eu coloquei
entre aspas, só pra deixar claro que quando eu falo máquina, estou falando
obviamente da inteligência artificial, junto com a robótica do software, não a
máquina hardware, é no sentido de uma coisa artificial. Então a máquina está
ficando boa em resolver problemas desse tipo, que a gente achava que ela não ia
se meter nunca, porque ela está começando a ficar cada vez mais inteligente, então
aqui ó e cada vez ela ocupa mais coisas.

Em uma matéria da revista veja diz que “os robôs alimentados por algoritmos
nos substituirão em tarefas padronizadas e repetitivas”. Cara, quando um assunto
desses chega na veja, com várias páginas em matéria especial é sinal que não é
mais tendência, já virou realidade. Eu acho que você já deve ter ligado pra uma
central de atendimento, por exemplo, quem te atende é um software, é um
computador que te atende. E aquele computador ele está substituindo uma pessoa,
na verdade substituindo milhares de pessoas.

Isso é a inteligência artificial atuando. Veja o caixa eletrônico do banco, já é


uma coisa velha, não acha mais moderno, mas ele também substituiu pessoas, é
uma maquina substituindo pessoas. No aeroporto de Londres eu fiquei
impressionado, a livraria não tem caixas. Todos os caixas, as pessoas, elas mesmo
pagam, fica só um segurança monitorando 10, 15 caixas, ou seja, em vez de 15
funcionários apenas um funcionário.

Você foi ao shopping center e precisa pagar o estacionamento, hoje em dia


não tem mais pessoas, você paga na máquina. Você vai ao pedágio para abrir a
catraca tem agora o “Sem Parar”, que já detecta e abre também, eliminando uma
pessoa.

Nos Estados Unidos hoje em dia já tem algumas cabines de pedágio que são
100% automatizadas. Não tem nem cabine é só a câmara em cima passou já
computou automaticamente.

Vou deixar um link de um paper muito legal, de 2013: “Quão Suscetíveis os


Empregos Estão Para Máquinas” em que ele faz um ranking de 702 profissões e da
uma probabilidade deles serem substituídas. Só por curiosidade a profissão com
maior probabilidade é operador de telemarketing. Claro, operador de telemarketing
padrão, aquele que repete padrões, se você é um vendedor com habilidades
bastante humanas pra vender, você já não entra nesse critério.

Explicando quais são os 3 critérios que eles usam pro ranking, São as três
coisas que quanto mais a profissão tiver essas coisas menor a chance da máquina
se meter. Mais protegido você está.

Esses critérios são:

1 - Perception e Manipulation.

Na verdade tem muito a ver com habilidade, ele subdivide em destreza dos
dedos, destreza manual, destreza fina, destreza dos dedos manual fina e a
flexibilidade em relação a posições difíceis, ou seja, tudo que envolve uma
habilidade que seja extremamente manual, minuciosa, precisa, mas ao mesmo
tempo, envolva flexibilidade, envolva ter que se adaptar, envolva surpresas, e a
máquina tem dificuldade. A maquina é boa em precisão, mas alguns tipos de
precisão.

A mão humana, o sistema de ossos, a quantidade de ossos que temos e


como eles se conectam, é uma coisa de extrema perfeição que a robótica ainda
está longe de conseguir. E tem outro fator que é a sensibilidade, o tato humano, a
percepção, não no sentido do olhar, mas mais no sentido manual. Então isso é uma
parada que eles viram que as atividades que tem requer um tato muito
individualizado, sensibilidade a pequenas destrezas manual dos dedos, as
máquinas vão ter dificuldades de simular.

Eu concordo com a teoria, apesar de que faz muito sentido esse item nesse
paper, mas não faz sentido dentro da minha teoria das habilidades do futuro. Eu
acho que se o seu trabalho tem, demanda disso muito aqui, bacana, mas eu não
acho uma coisa que todo mundo agora tem de buscar se desenvolver e tal. Assim
como eu falei da musical da corporal e naturalista eu acho que essa não é uma
habilidade tão genérica que deve ser colocada como prioridade de ser
desenvolvida.

2- Social Intelligence

Em outras palavras, inteligência interpessoal. Eles dividem capacidade de


negociação. Negociação realmente é uma coisa muito humana, persuasão,
persuadir as pessoas, empatia, em pensar com as pessoas, se conectar com elas,
carinho, assistência, que trabalha com o social, que envolve carinho, envolve cuidar
das pessoas, o robô pode servir comida mas ele não serve carinho né? Essa é a
verdade. É muito inteligência interpessoal, um pouquinho de intra pessoal também.

3- Creative Intelligence

Eles dividem no paper, creative intelligence em duas partes, eles chamam de


artes finas que é a parte artística e a outra parte é originalidade que é o que eu
gosto, é a criatividade não pra fins artísticos, mas aplicada pra pensar diferente.

Os exemplos do paper americano, já estão rolando no Brasil também. Já tem


caixa automático disso no mercado, self-service, sou seja profissões que já estão
sendo trocadas pela máquina. Eu mesmo já postei uma vez que eu vi o caixa da
Bob’s, para você pagar e o negócio da Faber Castel para você comprar sem
precisar de atendente ou caixa. Já vi na Fnac também, sabe esse robozinho que
limpa o chão, limpa piscina também, então poeira velho é um problema que a gente
achava que ele era humano, limpar poeira e o bichinho é rochedo, já tem há muitos
anos nos Estados Unidos, e funciona.

O que mais impressiona atualmente nesse negocio da maquina e de


empregos urbanos é a questão dos carros. Lá no vale do silício sempre que saia
do parque da NASA e ia à rua eu sempre via aquele carro autônomo do Google, o
carro que dirige sozinho. É um software que está fazendo a tarefa humana, dirigir. A
conclusão é: depois de 200 anos da invenção do carro, agora percebemos que nós
não somos bons em dirigir, dirigir é uma tarefa repetitiva e padronizada que você
pode delegar pra um software fazer e ele faz com muito menos acidente e muito
mais eficiência que você.

Essa discussão que tem de Uber com Taxi, o que está sendo discutido hoje é
fichinha perante as brigas que vão dar quando começar os carros sem motorista.

E já tem teste do Uber, o carro sem motorista em Pitsburgo, já tem teste em


São Francisco. Quando eu conheci em 2014 esse projeto e fui lá ao Google e
conheci o pessoal e eles explicaram pra gente ele era um carro normal adaptado,
tinha volante, tinha tudo, apenas com a adaptação em cima que era a câmera 360.
Dois anos depois quando eu voltei a Singularity para o evento deles já era outro
cenário, já era um carro de verdade feito só para isso: sem volante, sem painel
nenhum, e engraçado porque não só a tecnologia evoluiu, o que mais impressiona é
a legislação. Na época a legislação dizia que tinha que ter um volante e um ser
humano habilitado no volante para caso de problema, 2 anos depois já mudaram e
aqui rodando direto. É louco pensar que se você tem um filho pequeno, um filho
com 5 anos pra baixo, tem uma grande probabilidade do seu filho nunca aprender a
dirigir, a não ser que ele queira muito por uma questão de hobby. Essa habilidade
conduzir o automóvel não seja mais necessário quando o seu filho e a minha filha
tiver 18 anos. Louco pensar assim né?

“Ah Murilo esse papo todo, uma profissão mais simples assim você falou
pessoal de telemarketing pessoal de caixa motorista e tal”

Da uma olhada nesse trecho aqui da matéria da veja: “Esses textos foram
escritos por maquinas ou humanos? Algoritmos já são capazes de simular a
habilidade humana de escrever noticias, romances ou mesmo poemas”.

Eu acho interessante esse trecho, ​habilidade humana de escrever,​ o que ele


quer dizer com isso? Quer dizer que até então escrever era uma habilidade humana
que parece que agora os software estão começando a adquirir essas habilidades,
igual ao maior poeta do mundo, ainda não, mas melhor do que a grande maioria de
jornalistas com certeza. É como se existisse uma lista fictícia de todas as
habilidades humanas que os computadores não conseguem fazer, só que
ultimamente todo dia está se riscando alguns itens, porque os computadores
começam a aprender a fazer. Muito louco isso.

Analisando muito otimista os relatórios em relação as listas, a concatenação


de fatos feitas pelo um software automaticamente, eu acho um máximo, a forma
como que ele assina em baixo, através da sua plataforma de inteligência artificial
própria, transforma dados em historias e insights mercado de bolsas de valores,
assim como de futebol que ele também fazem são universos cheios de dados,
cheios de estatísticas, quanto mais dados o computador, ele é bom em processar
dados mais ele consegue criar historia e insights diferenciados.

Sabe o que é mais louco? É ver vários jornalistas de verdade escrevendo,


falando sobre startup falando o quanto ela é foda, ou seja, o próprio jornalista
divulgando que pode tirar o seu trabalho, enfim.

Essa notícia é forte “o jornalista que nunca dorme”. É um diferencial da


máquina. Mas além de jornalismo tem outras profissões consideradas complexas
que a máquina também está se metendo, por exemplo, robô advogado, como assim
um robô vai chegar no juiz e vai argumentar com o juiz e vai persuadir o pessoal,
então veja bem, não quer dizer que o robô vai tomar de conta todos os advogados
do mundo, e nenhuma profissão pode ser muito assim “vai acabar tudo”, vai
impactar o mercado muito, vai tirar uma parcela das profissões daquelas pessoas
que não estiverem usando habilidades humanas que não estiverem sendo criativas.
Porque o advogado que sempre escreve a petição sempre igual dentro do padrão,
esse ai a maquina faz lindamente, se for pra seguir padrões, não temos como
competir com eles.

“Novo sistema de inteligência consegue prever julgamentos” analisar muitos


dados e prever, no mundo dos brinquedos, também, já tem um robozinho que é um
caminhãozinho que conversa com você.

A Hot Wells está colocando inteligência artificial dentro dos brinquedos.

Isso é interessante: Um jogo chamado AlphaGo é um jogo muito popular


mais no oriente e o Google criou um algoritmo pra disputar com jogadores humanos
e eles venceram e a coreia do Sul que é forte nesse jogo pegou o A e agora,
investiu 800 milhões em negócios depois de ser derrotado na parada. Imagine a
reunião dos caras: “e agora pessoal perdemos pro Go, vamos investir um bilhão
agora”.

Olha, até artista velho, um filme escrito por algoritmo. O Watson da IBM criou
um trailer de um filme, é muito louco esta historia, ele analisou todos os filmes de
terror e analisou o filme em questão e propôs um trailer, um desafio pra uma
maquina fazer um TED talk, tão oferecendo 4.5 milhões até 2020.

E é engraçado que até a capacidade de falar de se expressar que é uma


coisa muito humana, é o Google Translate, cada vez ficando mais poderoso e saiu
um paper já dizendo que estamos atingindo paridade humana em reconhecimento
de conversas. Estamos atingindo paridade com um ser humano na capacidade da
máquina de reconhecer uma conversa e entender. E ai o mundos dos robôs
também conecta tudo isso a parte mais física de hardware, o negocio é tão sério
que a casa branca criou um plano estratégico, um comitê só pra entender esse
negócio. Eles lançaram um relatório dizendo que a inteligência artificial vai tirar o
emprego sim, mas também vai ajudar a resolver problemas globais.

Eu vou deixar o pdf, são 48 paginas do relatório que a equipe de Obama,


diretamente do gabinete de Obama preparou. Eu li uma boa parte bem interessante,
e eu concordo plenamente que vai tirar empregos mas também vai ajudar a resolver
grandes problemas. Já está ajudando, tem também inteligência artificial em controle,
mapeando pobreza, ajudando a combater lavagem de dinheiro, descrevendo coisas
pra deficientes visuais.

Agora também surgem algumas broncas sérias, como por exemplo, o Google
criou inteligência que conseguiu criar seu próprio algoritmo de criptografia que só
ela sabe. Ai é meio assustador né?

Aqui deu a noticias que uns hackers conseguiram tomar o controle dos freios
de um carro em movimento, eles hackearam o freio do carro. São os riscos da
internet das coisas né? Eu tenho uma visão otimista que vai dar tudo certo, já tem
uma movimentação de muitas empresas grandes, Google, Facebook, IBN,
Microsoft, se juntando pra criar algumas diretrizes, alguns limites, algumas questões
éticas, e pra mim esse é o veredito de toda essa historia, o veredito mais
importante.

Pra finalizar de noticias ai, o vice presidente da IBM falou que a inteligência
artificial pode ajudar profissionais em vez de tirar empregos, é como eu vejo
bastante a gente se unindo a essas inteligências e colaborando com elas, e a
conlusão é que a profissão final demandar criatividade vai sofrer mudanças
drásticas, o bicho vai pegar.

Esse papo todo parece meio ficção cientifica, né parece coisa de filmes e tal.
Parece ficção cientifica, mas não é coincidência. As pessoas quando veem uma
coisa que parece ficção cientifica, pensa assim: “A isso é conversa, não vai
acontecer isso, isso é coisa de filme”. Não é porque o filme retrata que não vai
acontecer, muitas vezes é o contrario, os roteiristas de Hollywood bebem da fonte
dos futuristas, os caras que estudam o futuro, eles bebem dessa fonte.

Por exemplo em Star Trek, lá nas antigas já tinha bluetooth, ja tinha tablet
rolando, em Jetson ja tinha skype rolando, já tinha e-book rolando. Nos Simpson já
teve Google Glass, em De Volta Para o Futuro ja teve videogamezinho que você
interage. Então hollywood, bebe da fonte dos futuristas, adiciona camada de
imaginação, de drama na historia, muitas vezes a imaginação de Hollywood retro
alimenta o mercado e acaba virando realidade, né? É como aquela historia do
primeiro compromisso, o poder da palavra. Hollywood tem a palavra, e a palavra de
Hollywood também cria realidade. Resumindo Hollywood é como Nelson Rubens,
aumenta, mas não inventa. Não temos que olhar com os olhos do tipo, “se está no
filme não vai acontecer”, não, tem que olhar com a mente flexivel, com a mente
aberta.

“Beleza Murilo, o futuro vai dar merda, vai faltar problemas, não estruturados,
não lineares não helps, será que vai faltar esses problemas pra gente resolver”.

Seguinte, tem uma linha de pensamento que acredita que cada vez mais, as
maquinas vão ficando melhores, estruturando e ai a gente vai pra matrix. A matrix é
isso, inclusive, quem emprega mais ou menos isso é o Ray Kurzwel, um dos sócios
da Singularity, e escreveu um livro, esse livro aqui eu não recomendo não, acho ele
meio chato demais, veja o filme Transcendet Man, ai é legal.

Sobre o filme:

A minha visão é que cada vez mais vão surgir novos problemas não
estruturados, não lineares, nem programáveis que a máquina não consegue
resolver, e eles vão surgindo, então isso aqui vai subindo. E eu também acho que
vai subir mais porque nós somos muito bons em criar novos problemas não
estruturados, não lineares, não programáveis. E a gente gosta de criar, vamos
continuar criando, então resumindo o mundo está mudando muito rápido, a essa
altura eu imagino que está claríssimo pra você. Na verdade o mundo está mudando
rápido e acelerado, isso aqui é o pior, tá crescendo num ritmo exponencial, não
mais linear como era antigamente porque as tecnologias crescem num ritmo
exponencial, isso significa muita mudança, então, o mundo está mudando rápido e
acelerado. Os problemas do mundo estão mudando muito rápido e estação
acelerando e soluções antigas não resolvem problemas novos.

Soluções antigas não resolvem problemas novos.

Criatividade é que resolve problemas novos.

Esses aqui, esses problemas aqui, você precisa de criatividade pra


resolvê-los. Então primeiro mito, a gente tem que esquecer completamente,
definitivamente é, criatividade não é nada pra artista, publicitário esse pessoal,
criatividade é pra todo mundo, porque é pra resolver problemas, e pra finalizar só
curiosidade, eu falei que a profissão que é mais ameaçada é telemarketing, eu
queria mostrar o outro lado do ranking, qual é a profissão menos ameaçada de
todas, segundo a teoria. A menos ameaçada é terapeuta recreacional.

Terapeuta recreacional, de fato né? O cara que é um recreador, ele, com os


problemas que ele resolve, é um entretenimento dos outros, isso é uma coisa muito
humana, requer muita percepção dos outros, leitura das pessoas, muita criatividade,
porque é um trabalho de fazer aquelas pessoas terem momentos positivos, envolve
mexer nos sentimentos da pessoas.

Da pra dizer que o terapeuta recreacional é um comediante. “É nós papai,


estou protegido”.

A pergunta que eu faço: como é que você está nessa história? Já parou pra
pensar nisso? Então eu vou te propor duas reflexões:

Primeira reflexão, pega 100% dos seus problemas da sua atividade


profissional atual, tudo que você faz nos seu trabalho na sua profissão, pega tenta
listar, assim que tipo de problemas lhe pedem soluções, e tenta dividir quais
problemas são mais estruturados, lineares, programáveis, parametrizáveis e
portanto, uma maquina inteligente poderia até fazer melhor que você, e quantos %
mais ou menos, aproximando isso, são realmente abstratos e que requerem essa
ser humanidade e criatividade e outras habilidades. Pode ser que eu descubra
“putz, quase todos meus problemas são mais abstratos e não estruturados”, ou eu
descubra o contrário, “a maioria dos meus problemas são bem estruturados, são
bem lineares, então tem que ficar atento”.

Segunda reflexão. Uma vez que você encontrou alguns problemas, eu


imagino que todo mundo tem alguns problemas que são não estruturados. Uma vez
que você encontrou esses. Como você vem se saindo pra solucionar esses
problemas. Porque também não adianta dizer, não, grande parte dos meus
problemas realmente são não estruturados, a máquina não tem como solucionar.
E como é que você vem solucionando, eu estou dando solução mesmo do
banco de dados, o mais óbvio. Ai não adianta ai você também esta correndo risco,
então, é importante também questionar, quão criativo você está sendo, na hora de
dar soluções pra os seus problemas que demandam criatividade.

Esse é o mito, esse é o novo fato, é pra todo mundo. Então até agora o
importante é que esteja 100% claro que criatividade é muito importante.

Se você tá nesse curso é logico que você já suspeitava pelo menos disso,
mas a gente precisa considerar isso como um fato, e esquecer qualquer outro mito,
e agora surge um questionamento:

“Tá, beleza é importante, mas, será que eu sou criativo?”. Encerramos o mito
do artista vamos agora Mito do Dom é a próxima aula.

# Mito do artista

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