A História

das
Sobrancelhas

Aluna: Alessandra Da Silva Cardoso

Curso: Design de Sobrancelhas (Fundec)
As sobrancelhas não são apenas um detalhe no rosto. Elas equilibram as
linhas e expressões ou mesmo marcam o olhar. Já faz um tempo que as
mulheres se preocupam em cuidar e mudar as sobrancelhas, esta
preocupação continua e cresce cada vez mais. Design  de sobrancelhas
realça a expressão e beleza natural dos olhos, através do alinhamento dos
fios feito de acordo com a simetria facial de cada cliente. 
As sobrancelhas têm papel fundamental na composição e harmonização
dos traços do rosto.  Vamos apresentar neste post um pouco da evolução
do comportamento em diferentes épocas relacionado ao Design de
Sobrancelhas.

Na Grécia Antiga acreditava-se que a mulher que nascia com as

sobrancelhas emendadas era abençoada pelos deuses por isso, o costume
da época era pintar a glabela com pó mineral, artifício usado para deixar as
sobrancelhas mais escuras.

Os gregos desenvolveram um instrumento de depilação chamado estrígil,

uma barra de aproximadamente 30 cm que removia os pelos. A prática da
depilação nesse período era principalmente utilizada por homens e atletas.

O povo egípcio são uns dos precursores da maquiagem, usava em seus

olhos e sobrancelhas para realçá-las aumentando seu olhar. No Egito
Antigo, uma sobrancelha bem marcada refletia poder, tanto que para
complementar o desenho natural, acredita-se que Cleópatra tinha o hábito
de escurecer as suas com substâncias de carbono e óxido. Não só
escurecia, como arqueava e alongava, Cleópatra foi, definitivamente, a
pioneira do embelezamento do olhar bem arrojado e ousado.
Imagem 1: Maquiagem Cleópatra

Durante o Império Romano os pelos eram considerados vulgares, por isso

eram removidos de todo o corpo, todas as pessoas, homens, mulheres, ricos
e pobres utilizavam os métodos que tinham para deixar a pele sempre
lisinha. Na maioria das vezes, utilizavam pinças, lâminas, versões
simplificadas de barbeadores (que ainda não existiam) e cremes
depilatórios.

A Idade Média, também conhecida como Idade das Trevas, foi um período
em que o cuidado com o corpo e a aparência foram completamente
ignorados, a vaidade foi condenada pela Igreja, que passou a considerar
como “hábitos pagãos”. Por isso, a depilação foi “proibida”, sendo
considerada um ato de heresia, bruxaria, e completamente pecaminoso.

No período Renascentista temos um famoso exemplar de como a

sobrancelha era tratada, o clássico retrato de Mona Lisa, pintado por
Leonardo da Vinci. Nesta época raspar as sobrancelhas e os pelos faciais
era mais do que uma moda, visto que qualquer pelo mostrado por uma
mulher era impuro e representava a luxúria.

Nós últimos 100 anos, vimos quase tudo: Sobrancelhas finas, naturais,
arqueadas, geométricas, arredondadas. Observa-se que as sobrancelhas
tiveram em cada época sua característica particular, pois as mulheres
moldam a região acima dos olhos de acordo com as tendências de moda de
cada década, ou de cada tendência.

Vamos conhecer um pouco da história das sobrancelhas, por décadas:

1920 – Sobrancelhas finas, arqueadas e alongadas, como se fossem um fio

só.

1930 – Sobrancelhas bem arqueadas e mais grossas que passavam uma

expressão mais clássica.

1940 – As sobrancelhas ainda tinham o formato de arco, mas eram mais

grossas no início e mais finas no final.

1950 – Tendência da sobrancelha estilo “acento circunflexo” continua. As

atrizes da época mantinham grossas e pretas, reforçando com lápis.

1960 – As sobrancelhas começam a ficar mais finas, ainda mais arqueadas

e chamativas.

1970 – A partir desta década, as sobrancelhas ganharam design mais

naturais.

1980 – Nesta década as sobrancelhas tinham linhas mais grossas, retas,

naturais e expressivas.

1990 – As sobrancelhas eram bem desenhadas, porem mais finas era

comum limpar e tirar as sobrancelhas.

2000 – Retornaram o uso de sobrancelhas finas e arqueadas, com o

côncavo marcado.

2010 – As sobrancelhas são mais marcadas e modeladas, porém

respeitando o formato e espessura naturais, bem como os traços dos
rostos.
2020 – Atualmente a busca é por preencher falhas, disfarçar imperfeições e
realçar o olhar, sendo utilizados procedimentos como microblading e
micropigmentação.
 A origem da henna
A hena - ou em inglês henna - (Lawsonia inermis) é uma planta arbustiva nativa do
nordeste da África tropical, Península Árabe, sul do Paquistão e Índia. É muito popular no
Oriente Médio, Chipre, Ásia e norte da África, utilizada como corante para tonalizar o
cabelo e pintar o corpo há milhares de anos.
A cultura da hena surgiu simultaneamente em povos de diversas regiões desérticas e semi-
áridas da África, Oriente Médio e Paquistão, que desenvolveram o hábito de pintar o corpo
com a planta. Acredita-se que suas propriedades foram descobertas durante sua colheita,
onde além de manchar as mãos, a hena conferia uma maior resistência, através do contato
com substância que induz a produção de queratina e por sua ação de resfriar o corpo. A
pintura com hena teria sido adotada inicialmente por estes povos, como uma forma de
proteção às partes do corpo expostas ao sol e também para tratar eventuais machucados
relacionados a colheitas ou manuseio de plantas.
Conhecida pelos egípcios, era utilizada no processo de embalsamento do corpo de faraós,
misturada a resinas como a mirra. Cabelos, as pontas dos dedos e as unhas também eram
pintados com a hena. Seu uso de faz presente nas tradições árabes, na cultura islâmica e
indiana - esta última relata as propriedades da planta em sua medicina tradicional
ayurvédica.
A palavra hena também é utilizada para designar o pigmento natural extraído da planta. As
pinturas Mehndi expressam a arte de tingir ou tonalizar temporariamente a pele com o
sumo de plantas. Os símbolos originalmente representavam e reverenciavam o Sol, a
origem de tudo ou a abundância e beleza. Outros povos desenvolveram desenhos florais e
arabescos, muitas vezes com simbologias e significados associados.
Tradicionalmente na Índia, a hena é uma substância preparada fresca, com auxílio de
moedor de pedra, preservando suas propriedades terapêuticas. As diferentes tonalidades
conhecidas são tradicionalmente obtidas através da mistura com outras partes de plantas,
como cascas e raízes ou adição de índigo.
Como produto comercializado em escala industrial, e preparado há mais tempo, além da
perda de parte de suas propriedades, pode haver mistura da hena com aditivos químicos que
tornam a cor mais escura.

Como funciona a sobrancelha de henna? 

A sobrancelha de henna é uma técnica utilizada para preencher os fios dessa região. Portanto, o
procedimento é indicado para pessoas que sofrem com falhas nas sobrancelhas, ou então para quem
deseja alterar/aprimorar o design das mesmas, ou apenas dar mais volume para os fios. 

Durante o procedimento, será utilizado um equipamento com o produto, a henna, que será aplicada nas
sobrancelhas para pigmentar a pele desta região. A aplicação do produto é indolor e todo o processo não
dura mais do que alguns minutos. 

E vale lembrar que a sobrancelha de henna vai promover apenas um efeito temporário de preenchimento
dos fios. Ou seja, com o tempo os resultados vão desaparecer, sendo necessário uma manutenção para
que o efeito permaneça. 

Os efeitos da henna duram em média de 10 a 15 dias.