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INSTITUTO FEDERAL DE EDUÇAÇÃO CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – CAMPUS RIO


GRANDE
CURSO: ELETROTÊCNICA – 4° SEMESTRE
DISCIPLINA: PROJETO DE COMANDOS ELÉTRICOS
PROFESSOR: LIZIANE

PROJETO DE REDES

EMERSON LUIS DA COSTA


GUILHERME ANDRADE BEIRÓ
PABLO REZENDE

RIO GRANDE
Capítulo 1 – Introdução
Nos tópicos seguintes, será mostrada a empresa, o tipo de processo industrial, os
turnos de funcionamento, a entrada de energia elétrica e a descrição dos equipamentos
utilizados na produção.

1.1 - Apresentação da Empresa


A empresa EGR Recicladora escolhida para o trabalho é do ramo de reciclagem
de entulhos. A divisão dos processos se dará em duas partes. Uma delas corresponde a
parte industrial, onde ocorre o processo de trituração e separação. A outra parte que irá
compor a EGR Recicladora é setor administrativo. O layout da do processo industrial
está representado na planta baixa e pode ser observado na Imagem 1.1, e na Imagem
1.2.
Imagem 1.1 - Layout do processo industrial
Imagem 1.2 - Layout do processo industrial

Fonte: o Autor

1.2 - Processos realizados pela empresa


O produto estará em caçambas, sendo despejado diretamente no vibrador (VE01),
consequentemente passa pelo triturador (TE01), logo após é direcionado para a correia
transportadora (TC01), passando por uma esteira magnética (EM01), para verificação de que não
há nenhum material metálico. Em seguida o produto cairá em uma peneira que será separada
como: Areia; pedra 1; pedra 2.
Desta maneira o produto separado anteriormente como Areia; pedra 1; pedra 2 será
levado na mesma ordem pela correia transportadora TC03; TC04; TC05. Na triagem supracitada,
o produto está pronto para destinação final. No entanto há outra parte do material que passou
pela peneira, porem devido ao seu tamanho não foi para o processo final. Logo estes materiais
voltaram para o triturador (TE02) levado pela esteira (TC02) e seguindo novamente até a peneira
(PE01) chegando ao processo final.

1.3 - Turnos de trabalho da empresa


O setor industrial e o setor de manutenção irão trabalhar em dois turnos de seis horas. O
turno “A” será das 6h até 12h e o turno “B” será das 12h até 18h, durante cinco dias da semana.
Durante o turno “A” todos os motores das duas linhas de produção irão trabalhar e durante o
turno “B” só uma das linhas irá funcionar, diminuindo a carga instalada. O setor administrativo
irá trabalhar com a mesma carga horária que a produção, de segunda-feira a sexta-feira.

1.4 - Entrada e distribuição de energia da empresa


O processo industrial da empresa será alimentado eletricamente por uma subestação
própria cujos transformadores serão instalados em cascata, conforme pode ser observado na
imagem 1.3. O transformador principal (Δ/Δ) receberá da linha de transmissão uma tensão igual
a 13,8 Kv, rebaixando-a para 440V em seu secundário, energizando o processo industrial e o
primário do segundo transformador. Este próximo transformador (Δ/Y) rebaixará a tensão para
380/220 V, sendo responsável pelo setor administrativo e iluminação.

Imagem 1.3 - Layout da Distribuição Elétrica


Fonte: o Autor

1.5 - Equipamentos
Na tabela 1.1 estão descritos os equipamentos e os devidos motores utilizados no setor
industrial da empresa.

Tabela 1.1- Equipamentos e motores da indústria

Potência
Equipamento TAG Tensão Rendimento Cos Ø
[cv]
Vibrador de Entulhos VE01A 440 7,50 0,89 0,87
Triturador de Entulhos TE01A 440 40 0,93 0,81
Triturador de Entulhos TE02A 440 40 0,93 0,81
Esteira Magnética EM01A 440 1 0,70 0,62

Correia Transportadora TC01A 440 10 0,90 0,71

Correia Transportadora TC02A 440 6 0,87 0,69

Correia Transportadora TC03A 440 6 0,87 0,69

Correia Transportadora TC04A 440 6 0,87 0,69

Correia Transportadora TC05A 440 6 0,87 0,69

Peneira PE01A 440 12,5 0,90 0,82


PE02A 440 12,5 0,90 0,82
Vibrador de Entulhos VE01B 440 7,50 0,89 0,87
Triturador de Entulhos TE01B 440 40 0,93 0,81
Triturador de Entulhos TE02B 440 40 0,93 0,81
Esteira Magnética EM01B 440 1 0,70 0,62
Correia Transportadora TC01B 440 10 0,90 0,71
Correia Transportadora TC02B 440 6 0,87 0,69
Correia Transportadora TC03B 440 6 0,87 0,69
Correia Transportadora TC04B 440 6 0,87 0,69
Correia Transportadora TC05B 440 6 0,87 0,69
Peneira PE01B 440 12,5 0,90 0,82
PE02B 440 12,5 0,90 0,82
Fonte: o Autor

Capítulo 2 – REDES ELÉTRICAS

O projeto de redes tem como objetivo definir a rede de alimentação da empresa, os quadros de
medição, a correção do fator de potência da instalação elétrica e o dimensionamento de
transformadores rebaixadores da empresa.

2.1 - Determinações de correntes e potências do setor administrativo no turno da manhã


Para determinar as correntes e as potencias do setor administrativo, estas devem ser divididas em
demandas, conforme equação 2.1.
Equação 2.1

Demanda= A+ B+C + D + E+ F

Sendo assim:

A - Demanda de iluminação e tomadas, calculada conforme ANEXO D - RIC BTCEEE

B - Demanda dos aparelhos para aquecimento (chuveiros, aquecedores, fornos, fogões, etc.),
calculados conforme ANEXO I - RIC BTCEEE
C - Demanda dos aparelhos de condicionador de ar, tipo “janela”, calculada conforme ANEXOS
E e F, RIC BTCEEE

D - Demanda das unidades centrais de condicionadores de ar, calculadas a partir das respectivas
correntes máximas totais (valores fornecidos pelos fabricantes - RIC BTCEEE

E - Demanda dos motores elétricos e máquinas de solda a motor, calculada conforme ANEXO G
- RIC BTCEEE

F - Demanda das máquinas de solda a transformador, aparelhos de eletro galvanização e de


raios-X, calculada conforme ANEXO H - RIC BTCEEE
2.1.1 - Demanda de iluminação e tomadas “A”:

Segue a seguir a demanda de iluminação e tomadas que será utilizado como exemplo o
almoxarifado, com as seguintes características:

Carga Mínima: 15 W/m²


Área: 17,81 m²
Tensão: 220 V
Fator de potência: 0,92
Fator de Demanda: 0,86
Na equação 2.2, será demonstrado o cálculo da carga mínima instalada de iluminação e tomadas
do almoxarifado.
Equação 2.2:
C=Cm× A

C – Carga mínima instalada de iluminação e tomadas;


Cm – Condição mínima por m²;
A – Área;

C=15×17, 81
C=267,15W

Depois de calcular as cargas mínimas da iluminação e tomadas do almoxarifado, se calcula a


demanda ativa do setor, que será apresentada na equação 2.3.
Equação 2.3:
DP=C×Fd

Onde:

DP: Demanda Ativa [W];


C: Carga mínima instalada de iluminação e tomadas;
Fd: Fator de demanda; DP=267, 15×0,86
DP=229 ,75 W
Após temos a demanda aparente do almoxarifado, que será apresentada na equação 2.4.
Equação 2.4:
DP
DS=
Fp
Onde:

DS: Demanda aparente [VA];


DP: Demanda ativa [W];
Fp: Fator de potência;
229 , 75
DS=
0 . 92

DS=249 , 73 VA

Na sequência, temos a demanda reativa do almoxarifado, que será apresentada na equação 2.5.
Equação 2.5:

DQ=DS×Sen Ø

Onde:

DQ: Demanda reativa [Var];


DS: Demanda aparente [VA];
Sen Ø : Seno do ângulo [ º ];

DQ=249,73×0,39
DQ=97 , 39 VAr

Nos demais setores foram utilizados os mesmos métodos de cálculos de demanda, conforme
pode ser observado na tabela 2.1:

.
Tabela 2.1 – Demandas de iluminação e tug’s do setor administrativo turno da manhã:

Carga Mínima Área Carga Fator de Demanda Tensão Demanda Demanda Demanda
Local FP
[W/m²] [m²] [W] [%] [V] [W] [VAr] [VA] Seno

Diretoria 50 10,58 529,00 86% 220 454,94 192,86 494,50 0,92 0,39
SMS 50 7,83 391,50 86% 220 336,69 142,73 365,97 0,92 0,39
RH 50 10,30 515,00 86% 220 442,90 187,75 481,41 0,92 0,39
Área Convivência 20 19,13 382,60 86% 220 329,04 139,48 357,65 0,92 0,39
Sala de Reunião 15 11,00 165,00 86% 220 141,90 60,15 154,24 0,92 0,39
26470,0 0,39
Área Externa 5 5294,00 86% 220 22764,20 9650,04 24743,70 0,92
0
Vestiário Feminino 15 11,40 171,00 86% 220 147,06 62,34 159,85 0,92 0,39
Vestiário Masculino 15 11,40 171,00 86% 220 147,06 62,34 159,85 0,92 0,39
Refeitório 20 21,90 438,00 86% 220 376,68 159,68 409,43 0,92 0,39
Almoxarifado 15 17,81 267,15 86% 220 229,75 97,39 249,73 0,92 0,39
Copa 20 13,53 270,60 86% 220 232,72 98,65 252,95 0,92 0,39
Corredor 1 15 19,25 288,75 86% 220 248,33 105,27 269,92 0,92 0,39
Corredor 2 15 7,00 105,00 86% 220 90,30 38,28 98,15 0,92 0,39
Sala de Trafo 15 60,00 900,00 86% 220 774,00 328,11 841,30 0,92 0,39
Sala de Painéis/CCM 15 52,50 787,50 86% 220 677,25 287,10 736,14 0,92 0,39
Manutenção 30 6,00 180,00 100% 220 180,00 76,30 195,65 0,92 0,39
Sala de Medição 15 7,50 112,50 86% 220 96,75 41,01 105,16 0,92 0,39
32144,6
Total 27669,56 11729,49 30075,60
0
2.1.2 - Demanda de aparelhos para aquecimento “B”:

Agora será apresentado o cálculo da demanda ativa dos aparelhos de aquecimentos presentes na copa,
tendo as seguintes características abaixo:

 Buffet Elétrico
 Tensão: 220 V
 Fator de potência: 1,00
 Potência: 6000 W
 Fator de demanda: 100%

 Torneira Elétrica
 Tensão: 220 V
 Fator de potência: 1,00
 Potência: 3500 W
 Fator de Demanda: 100%

Equação 2.6:

DP=( P 1+ P2 )×Fd

Onde:

DP: Demanda Ativa [W];


P1: Potência do aparelho de aquecimento;
P2: Potência do aparelho de aquecimento;
Fd: Fator de demanda;

DP=(6000+3500 )×1 , 00

DP=9500 ,00 W

Após temos a demanda aparente da copa, que será apresentada na equação 2.7.
Equação 2.7:
DP
DS=
Fp

Onde:

DS: Demanda aparente [VA];


DP: Demanda ativa [W];
Fp: Fator de potência;

9500
DS=
1 , 00

DS=9500 , 00 VA

Na sequência, temos a demanda reativa da copa, que será apresentada na equação 2.8.

Equação 2.8:

DQ=DS×Sen Ø

Onde:

DQ: Demanda reativa [Var];


DS: Demanda aparente [VA];
Sen Ø : Seno do ângulo [ º ];

DQ=9500×0

DQ=0 VAr

Nos demais setores foram utilizados os mesmos métodos de cálculos de demanda, conforme pode ser
observado na tabela 2.2:
Tabela 2.2 - Demanda de aparelhos para aquecimento do turno da manhã:

T.U.E.
Fator de Tensão Demanda Demanda Demanda
Local Potencia FP
Aparelho Demanda [V] [W] [Var] [VA]
[W]

Chuveiro 5000 220


Vestiário Feminino 1
Chuveiro 5000 100% 220 10000 0 10000

Chuveiro 5000 220

Chuveiro 5000 220


Vestiário Masculino 1
Chuveiro 5000 100% 220 20000 0 20000

Chuveiro 5000 220

Forno Elétrico 6000 220


Copa 100% 9500 0 9500
Torneira Elétrica 3500 220 1

Total 39500 39500 0 39500

Fonte - Autor
2.1.3 - Demanda dos aparelhos de condicionador de ar “C”:

Segue a seguir a demanda dos aparelhos de condicionador de ar que será utilizado como exemplo o
almoxarifado, com as seguintes características:

Tensão: 220 V
Fator de Potência: 0,90
Potência: 3600 W
Fator de demanda: 100%

Equação: 2.9

DP=P×Fd

Onde:

DP: Demanda Ativa [W]


P: Potência do aparelho
Fd: Fator de demanda

DP=3600×1

DP=3600 W

Após temos a demanda aparente do almoxarifado, que será apresentada na equação 2.10.

Equação 2.10:
DP
DS=
Fp

Onde:

DS: Demanda aparente [VA];


DP: Demanda ativa [W];
Fp: Fator de potência;
3600
DS=
0 , 90

DS=4000 ,00 VA

Na sequência, temos a demanda reativa do almoxarifado, que será apresentada na equação 2.11.

Equação 2.11:

DQ=DS×Sen Ø

Onde:

DQ: Demanda reativa [Var];


DS: Demanda aparente [VA];
Sen Ø : Seno do angulo;

DQ=4000 X 0 ,43

DQ=1720 ,00 VAr

Nos demais setores foram utilizados os mesmos métodos de cálculos de demanda, conforme pode ser
observado na tabela 2.3:

.
Tabela 2.3 - Demanda dos aparelhos de condicionador de ar do administrativo turno da manhã:

T.U.E.
Fator de Tensão Demanda Demanda Demanda
Local Aparelho Potencia [W] Demanda [V] [W] [Var] [VA] FP Seno
Diretoria Ar Condicionado 2800,00 100% 220 2800,00 1012,77 2978,72 0,94 0,34
R.H. Ar Condicionado 2800,00 100% 220 2800,00 1012,77 2978,72 0,94 0,34
Sala de Reunião Ar Condicionado 2800,00 100% 220 2800,00 1012,77 2978,72 0,94 0,34
Almoxarifado Ar Condicionado 3600,00 100% 220 3600,00 1720,00 4000,00 0,90 0,43
Refeitório Ar Condicionado 7200,00 100% 220 7200,00 3440,00 8000,00 0,90 0,43
Total 19200,00 19200,00 8198,31 20936,16

Fonte - Autor
2.1.4 - Demanda dos motores elétricos “E”:

Segue asseguir o cálculo de demanda ativa dos motores presentes na manutenção.

 Furadeira de bancada
 Tensão: 220 V
 Fator de Potência: 0,89
 Potência: 2208 W
 Fator de demanda: 100%

 Esmeril
 Tensão: 220 V
 Fator de Potência: 0,89
 Potência: 1472 W
 Fator de demanda: 100%

Equação 2.12:

DP=( P 1+ P2 )×Fd

Onde:

DP: Demanda Ativa [W]


P1: Potência da Furadeira de bancada
P2: Potência do esmeril
Fd: Fator de demanda

DP=(2208+1472 )×1 , 00

DP=3680 ,00 W

Após temos a demanda aparente da manutenção, que será apresentada na equação 2.13.

Equação 2.13:
DP
DS=
Fp
Onde:

DS: Demanda aparente [VA];


DP: Demanda ativa [W];
Fp: Fator de potência;

3680
DS=
0 , 89

DS=4134 , 83 VA

Na sequência, temos a demanda reativa da manutenção, que será apresentada na equação 2.14.

Equação 2.14:

DQ=DS×Sen Ø

Onde:

DQ: Demanda reativa [Var];


DS: Demanda aparente [VA];
Sen Ø : Seno do ângulo;

DQ=4134 ,83 X 0,46

DQ=1 902,02VAr

No setor foi utilizado o mesmo método de cálculos de demanda, conforme pode ser observado na
tabela 2.4:
Tabela 2.4 – Demanda de motores elétricos do administrativo turno da manhã:

T.U.E.
Fator de Tensão Demand Demanda Demanda FP
Local [VA]
Potência Demanda [V] a [W] [Var]
Aparelho
[W]
Furadeira de
2208
Manutenção Bancada 100% 220 3680,00 1902,02 4134,83 0,89
Esmeril 1472

Fonte - Autor

Não há no setor administrativo, unidades centrais de condicionamento de ar, máquinas de solda a motor, máquinas de solda a
transformador, aparelhos de eletro galvanização e raios-X.
2.1.5 - Demanda total do Setor Administrativo turno da manhã:

Tabela 2.5 – Demandas Ativas e Reativas Totais:

Aparelho DP [W] DQ [VAr]


Iluminação e Tug 27669,56 11729,49
Aquecimento 39500,00 0,00
Ar condicionado 19200,00 8198,31
Motores 3680,00 1902,02
Totais 90049,56 21829,82
Fonte: Autor

Para a demanda aparente foi utilizada a equação 2.15, para a sua determinação.

Equação 2.15:

DS= DP 2 + DQ
√ T T2

Onde:

DS: Demanda aparente [kVA]


DPT: Demanda ativa total [W]
DQT: Demanda reativa total [VAr]

DS=√ 90049,562 +21829,822


DS=92 ,66 kVA

2.1.6. - Determinações de correntes e potências do setor administrativo no turno da tarde:

O turno da tarde tem seu horário de funcionamento das 12h às 18h, e funciona com carga reduzida,
para o cálculo da demanda total do turno da tarde, e serão utilizadas as demandas de aparelhos para
aquecimento, demanda dos aparelhos de condicionador de ar e a demanda de motores elétricos, já
calculados nas equações 2.6, 2.9 e 2.12, respectivamente.
Na tabela 2.6, a demanda de iluminação e tomadas de uso geral do turno da tarde do setor
administrativo.
Tabela 2.6 – Demandas de iluminação e tug’s turno da tarde do setor administrativo

Carga Mínima Área Carga Fator de Demanda Tensão Demanda Demanda Demanda
Local FP
[W/m²] [m²] [W] [%] [V] [W] [VAr] [VA] Seno

SMS 50 7,83 391,50 86% 220 336,69 142,73 365,97 0,92 0,39
RH 50 10,30 515,00 86% 220 442,90 187,75 481,41 0,92 0,39
Área Convivência 20 19,13 382,60 86% 220 329,04 139,48 357,65 0,92 0,39
Vestiário Feminino 15 11,40 171,00 86% 220 147,06 62,34 159,85 0,92 0,39
Vestiário Masculino 15 11,40 171,00 86% 220 147,06 62,34 159,85 0,92 0,39
Refeitório 20 21,90 438,00 86% 220 376,68 159,68 409,43 0,92 0,39
Almoxarifado 15 17,81 267,15 86% 220 229,75 97,39 249,73 0,92 0,39
Copa 20 13,53 270,60 86% 220 232,72 98,65 252,95 0,92 0,39
Corredor 1 15 19,25 288,75 86% 220 248,33 105,27 269,92 0,92 0,39
Corredor 2 15 7,00 105,00 86% 220 90,30 38,28 98,15 0,92 0,39
Sala de Trafo 15 60,00 900,00 86% 220 774,00 328,11 841,30 0,92 0,39
Sala de Painéis/CCM 15 52,50 787,50 86% 220 677,25 287,10 736,14 0,92 0,39
Manutenção 30 6,00 180,00 100% 220 180,00 76,30 195,65 0,92 0,39
Sala de Medição 15 7,50 112,50 86% 220 96,75 41,01 105,16 0,92 0,39
Total 4308,52 1826,44 4683,17
Fonte: Autor
Na tabela 2.7, a demanda de tomadas de uso especifico do turno da tarde do setor administrativo, segue abaixo

Tabela 2.7 - Demandas de tue’s, turno da tarde do setor administrativo

Fonte: Autor
Depois de serem calculadas as demandas ativas e reativas de cada equipamento para o turno da tarde, será
feita a soma vetorial, para ser calculada a demanda total aparente [VA]. Seguindo a tabela 2.8, as
demandas ativas e reativas totais do turno da tarde.

Tabela 2.8 – Demandas Ativas e Reativas Totais Turno da tarde

Aparelho DP [W] DQ [Var]

Iluminação e Tug 4308,52 1826,44


Aquecimento 39500,00 0
Ar condicionado 13600,00 6172,77
Motores 3680,00 1902,02
Totais 61088,52 9901,23
Fonte: Autor

Para calcular a demanda total para o turno da tarde, foi utilizada a equação 2.15, chegando-se a uma
demanda total para o turno da tarde de 61885,71 VA, ou seja,

DS = 61,89 kVA

2.1.7 - Correntes Elétricas Setores Administrativo Turno Manhã e Tarde

Para calcular as correntes elétricas dos turnos da manhã e tarde do setor administrativo, será utilizada a
equação 2.16.

Equação 2.16

S
S=Is×V ×√ 3 Is=
V ×√ 3

Onde:

S: Potência aparente;
Is: Corrente aparente
V: Tensão dos circuitos
92657 , 78
Turno da manhã Is= Is=140,78 A
380× √3

Turno da tarde 61885 , 71 Is=94 ,03 A


Is=
380× √3

2.1.8 - Demanda do setor administrativo de acordo com os turnos.

O horário de funcionamento do setor administrativo é das 6h às 12h, e das 12h ás 18h foi recalculada a
demanda, tendo em vista que há uma redução de cargas, que segue na tabela 2.9 abaixo:

Tabela 2.9 - Demanda do setor administrativo de acordo com os turnos

6h – 12h 12h – 18h


Local Carga Corrente Carga Corrente
Setor administrativo 92,66 KVA 140,78A 61,89 KVA 94,03A
Fonte: Autor

Capítulo 3 – Dimensionamento do transformador que alimenta o setor administrativo

A partir da demanda de 92,66 kVA para o setor administrativo, define-se um transformador trifásico de 125
kVA, atendendo as necessidades da empresa cobrindo uma folga de 25,87% de potência para futuro
aumento nas instalações, com tensões do primário 440 V e secundário 380 V/220 V, presente no Anexo 1.
Depois de escolher o transformador deve-se fazer o cálculo da corrente no primário do mesmo, sendo
assim a partir dos valores do secundário. Para o cálculo da corrente aparente no secundário do
transformador do administrativo utiliza-se a relação de espiras que deve ser calculada na equação 3.1.

Equação 3.1
V 1 I2 440
Re= = Re= Re=2
V 2 I1 220

Onde:
Re: Relação de espiras do transformador
V1: Tensão no primário do transformador
V2: Tensão no secundário do transformador
I1: Corrente no primário do transformador
I2: Corrente no secundário do transformador

Após o cálculo da relação de espiras será determinada a corrente do primário do transformador utilizando a
equação 3.1

440 140 , 78
=
380 I1

I 1 =121,58 A

Tabela 3.1 – Tabela das correntes elétricas e tensões do transformador que alimenta o setor administrativo.

Primário do transformador Secundário do transformador


Tensão de linha Tensão de fase Tensão de linha Tensão de fase
440 V 440 V 380 V 220 V
Corrente de linha Corrente de fase Corrente de linha Corrente de fase
121,58A 70,39A 140,78A 140,78A

Capítulo 4 – Determinações de correntes e potências do setor industrial

A empresa dispõe de cargas instaladas no setor industrial que se deriva em dois centros de controle de
motores, distribuídos na tabela 4.1.
TABELA 4.1 – Descrição das cargas instaladas no setor industrial:

Potênci
Equipamneto TAG Tensão Rendimento Cos Ø Ø
a [cv]
Vibrador de Entulhos VE01A 440 7,50 0,89 0,87 29,54
Triturador de Entulhos TE01A 440 40 0,93 0,81 35,90
Triturador de Entulhos TE02A 440 40 0,93 0,81 35,90
Esteira Magnetica EM01A 440 1 0,70 0,62 51,68
Correia Transportadora TC01A 440 10 0,90 0,71 44,77
Correia Transportadora TC02A 440 6 0,87 0,69 46,37
Correia Transportadora TC03A 440 6 0,87 0,69 46,37
Correia Transportadora TC04A 440 6 0,87 0,69 46,37
Correia Transportadora TC05A 440 6 0,87 0,69 46,37
PE01A 440 12,5 0,90 0,82 34,92
Peneira
PE02A 440 12,5 0,90 0,82 34,92
Vibrador de Entulhos VE01B 440 7,50 0,89 0,87 29,54
Triturador de Entulhos TE01B 440 40 0,93 0,81 35,90
Triturador de Entulhos TE02B 440 40 0,93 0,81 35,90
Esteira Magnetica EM01B 440 1 0,70 0,62 51,68
Correia Transportadora TC01B 440 10 0,90 0,71 44,77
Correia Transportadora TC02B 440 6 0,87 0,69 46,37
Correia Transportadora TC03B 440 6 0,87 0,69 46,37
Correia Transportadora TC04B 440 6 0,87 0,69 46,37
Correia Transportadora TC05B 440 6 0,87 0,69 46,37
PE01B 440 12,5 0,90 0,82 34,92
Peneira
PE02B 440 12,5 0,90 0,82 34,92
Total          

Para realizar os cálculos de correntes nominais das cargas instaladas na empresa por turno de
funcionamento no período de maior demanda. Como exemplo será calculado a corrente aparente do motor
do vibrador de entulhos (VE01A);
Tensão: 440 V
Potência: 7,5 CV
Rendimento: 89%
Fator de potência: 0,87
Na equação 4.1, será calculado a corrente aparente:
Equação 4.1:

P7,5 X 736
Is=9,35 A Is=Is=
√3×440×0
√3×V ×R×CosØ , 89×0,87
Na equação 4.2, será calculado a corrente ativa:
Equação 4.2:

Ip=Is×CosØ Ip=9, 35×Cos 29 ,54° Ip=8,13 A

Na equação 4.3, será calculada a corrente reativa:


Equação 4.3:

Iq=Is×SenØ Iq=9,35×Sen29,54 ° Iq= 4,61A

Na equação 4.4, será calculada a potência ativa:


Equação 4.4:

P=√ 3×V ×IpP=√ P=6195,89W


3×440×8,13

Na equação 4.5, será calculado a potência reativa:


Equação 4.5:

Q=3513,29 VAr
Q=√ 3×V ×Iq Q=√ 3×440×4 ,61

Na equação 4.6, será calculado a potência aparente:


Equação 4.6:

S= √( P ²+Q ² ) S= √(6195,89²+3513 ,29²) S=7122,66VA

Nos outros motores foram utilizados os mesmos cálculos de corrente e potência, como pode ser observado
na tabela 4.2, para o turno da manha, e na tabela 4.3, para o turno da tarde.
Tabela 4.2 – Correntes e poútências dos motores do setor industrial do turno da manhã:
Potência Potência
Potênci Rendiment Potência
Equipamento TAG Tensão Cos Ø Ø Ip [a] Iq [a] Is [a] Reativa Aparente
a [cv] o Ativa [w]
[VAR] [VA]
Vibrador de Entulhos VE01A 440 7,50 0,89 0,87 29,54 8,14 4,61 9,35 6202,25 3514,98 7129,02
Triturador de Entulhos TE01A 440 40 0,93 0,81 35,90 41,54 30,07 51,28 31655,91 22918,49 39081,38
Triturador de Entulhos TE02A 440 40 0,93 0,81 35,90 41,54 30,07 51,28 31655,91 22918,49 39081,38
Esteira Magnética EM01A 440 1 0,70 0,62 51,68 1,38 1,75 2,23 1051,43 1330,57 1695,85
Correia Transportadora TC01A 440 10 0,90 0,71 44,77 10,73 10,64 15,11 8177,78 8110,99 11518,00
Correia Transportadora TC02A 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,32
Correia Transportadora TC03A 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,32
Correia Transportadora TC04A 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,3
Correia Transportadora TC05A 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,3
PE01A 440 12,5 0,90 0,82 34,92 13,41 9,36 16,36 10222,22 7135,16 12466,1
Peneira
PE02A 440 12,5 0,90 0,82 34,92 13,41 9,36 16,36 10222,22 7135,16 12466,1
Vibrador de Entulhos VE01B 440 7,50 0,89 0,87 29,54 8,14 4,61 9,35 6202,25 3514,98 7129,02
Triturador de Entulhos TE01B 440 40 0,93 0,81 35,90 41,54 30,07 51,28 31655,91 22918,49 39081,38
Triturador de Entulhos TE02B 440 40 0,93 0,81 35,90 41,54 30,07 51,28 31655,91 22918,49 39081,38
Esteira Magnética EM01B 440 1 0,70 0,62 51,68 1,38 1,75 2,23 1051,43 1330,57 1695,85
Correia Transportadora TC01B 440 10 0,90 0,71 44,77 10,73 10,64 15,11 8177,78 8110,99 11518,00
Correia Transportadora TC02B 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,32
Correia Transportadora hTC03B 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,32
Correia Transportadora TC04B 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,3
Correia Transportadora TC05B 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,3
PE01B 440 12,5 0,90 0,82 34,92 13,41 9,36 16,36 10222,22 7135,16 12466,1
Peneira
PE02B 440 12,5 0,90 0,82 34,92 13,41 9,36 16,36 10222,22 7135,16 12466,1
238982,3 188724,2 305726,3
Total
          313,58 247,64 401,16 5 4 1
Fonte: Autor

Tabela 4.3 – Correntes e potências dos motores do setor industrial do turno da tarde:
Potência Potência
Potência Potência
Equipamento TAG Tensão Rendimento Cos Ø Ø Ip [a] Iq [a] Is [a] Reativa Aparente
[cv] Ativa [w]
[VAR] [VA]
Vibrador de Entulhos VE01A 440 7,50 0,89 0,87 29,54 8,14 4,61 9,35 6202,25 3514,98 7129,02
Triturador de Entulhos TE01A 440 40 0,93 0,81 35,90 41,54 30,07 51,28 31655,91 22918,49 39081,38
Triturador de Entulhos TE02A 440 40 0,93 0,81 35,90 41,54 30,07 51,28 31655,91 22918,49 39081,38
Esteira Magnética EM01A 440 1 0,70 0,62 51,68 1,38 1,75 2,23 1051,43 1330,57 1695,85
Correia Transportadora TC01A 440 10 0,90 0,71 44,77 10,73 10,64 15,11 8177,78 8110,99 11518,00
Correia Transportadora TC02A 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,32
Correia Transportadora TC03A 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,32
Correia Transportadora TC04A 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,3
Correia Transportadora TC05A 440 6 0,87 0,69 46,37 6,66 6,99 9,65 5075,86 5324,57 7356,3
PE01A 440 12,5 0,90 0,82 34,92 13,41 9,36 16,36 10222,22 7135,16 12466,1
Peneira
PE02A 440 12,5 0,90 0,82 34,92 13,41 9,36 16,36 10222,22 7135,16 12466,1
Totais   156,79 123,82 200,58 119491,2 94362,1 152863
Fonte - Autor
Capítulo 5 - Dimensionamento do transformador principal

Para o dimensionamento do transformador principal, serão utilizados os mesmos


métodos do dimensionamento do transformador secundário. Também serão necessários
dados das Tabelas 4.2, para ser feito uma soma vetorial das correntes ativas e reativas,
do turno da manhã, o qual possui maior demanda, e do primário do transformador do
administrativo, será calculado na equação 5.1 e na equação 5.2, as correntes ativas e
reativas respectivamente, na equação 5.3 calculamos a corrente aparente e na equação
5.4, calculamos o ângulo de defasagem do projeto.

Equação 5.1:

.
∑ IPt=( IS×COSθ )+( ISn×COSθ )
∑ IPt=(164,02×COS 13,63 ° )+(313 ,58 )
∑ IPt=472,98A

Equação 5.2:

∑ IQt=( IS×SEN θ )+( ISn×SEN θ)


∑ IQt=(164 ,02×SEN 13 ,63°)+(247 ,64 )
∑ I Qt= 286,29 A

Equação 5.3:

IST = IP 2 + IQ
√ T T2

IST=√( 472,98)2 +(286 ,29)2


IST =552 , 88 A

Onde:
IST: Corrente aparente [A]
IPT: Corrente ativa total [A]
IQT: Corrente reativa total [A]

Equação 5.4:

Iq
φ=TG ¹=
Ip
286,29
φ=TG ¹=
472,98
φ=31 ,19 °

Depois de calcular a corrente aparente total do secundário do transformador principal,


determinamos a potencia total, utilizando a equação 2.16, que resultou em 421,35 kVA.
Após foi escolhido um transformador trifásico de 500 kVA, atendendo as necessidades
da empresa cobrindo uma folga de 15,73% de potência para futuro aumento nas
instalações, com tensões do primário 13800 V e secundário 440 V, presente no Anexo
2.

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