Ion Mihai Pacepa no iate de Raúl Castro em Cuba (1974) /
Foto: Cortesia de Ion Mihai Pacepa
REDAÇÃO CENTRAL, 11 Mai. 15 / 12:06 pm (ACI).- Ion Mihai Pacepa
foi general da polícia secreta da Romênia comunista antes de pedir demissão do seu cargo e fugir para os EUA no fim da década de 70. Considerado um dos maiores “detratores” de Moscou, Pacepa concedeu entrevista a ACI Digital e revelou a conexão entre a União Soviética e a Teologia da Libertação na América Latina. A seguir, os principais trechos da sua entrevista: Em geral, você poderia dizer que a expansão da Teologia da Libertação teve algum tipo de conexão com a União Soviética? Sim. Soube que a KGB teve uma relação com a Teologia da Libertação através do general soviético Aleksandr Sakharovsky, chefe do serviço de inteligência estrangeiro (razvedka) da Romênia comunista, que foi conselheiro e meu chefe até 1956, quando foi nomeado chefe do serviço de espionagem soviética, o PGU1; Ele manteve o cargo durante 15 anos, um recorde sem precedentes. Em 26 de outubro de 1959, Sakharovsky e seu novo chefe, Nikita Khrushchev, chegaram à Romênia para as chamadas “férias de seis dias de Khrushchev”. Ele nunca tinha tomado um período tão longo de férias no exterior, nem foi sua estadia na Romênia realmente umas férias. Khrushchev queria ser reconhecido na história como o líder soviético que exportou o comunismo à América Central e à América do Sul. A Romênia era o único país latino no bloco soviético e Khrushchev queria envolver os “líderes latinos” na sua nova guerra de “libertação”. Eu me investiguei sobre Sakharovsky, vi os seus escritos, mas não pude encontrar nenhuma informação relevante sobre sua figura. Por que? Sakharovsky era uma imagem soviética dos anos quentes da Guerra Fria, quando os membros dos governos britânico e israelense ainda não conheciam a identidade dos líderes do Mossad e do MI-6. Mas, Sakharovsky desempenhou um papel extremamente importante na construção da história da Guerra Fria. Ele ocasionou a exportação do comunismo a Cuba (1958-1961); ele manipulou de maneira perversa a crise de Berlim (1958-1961) criou o Muro de Berlim; a crise dos mísseis cubanos (1962) e colocou o mundo na beira de uma guerra nuclear. A Teologia da Libertação foi de alguma maneira um movimento ‘criado’ pela KGB de Sakharovsky ou foi um movimento existente que foi exacerbado pela URSS? O movimento nasceu na KGB e teve um nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação. Durante esses anos, a KGB teve uma tendência pelos movimentos de “Libertação”. O Exército de Libertação Nacional da Colômbia (FARC –sic–), criado pela KGB com a ajuda de Fidel Castro; o Exército de Libertação Nacional da Bolívia, criado pela KGB com o apoio de “Che” Guevara; e a Organização para Libertação da Palestina (OLP), criado pela KGB com ajuda de Yasser Arafat, são somente alguns movimentos de “Libertação” nascidos em Lubyanka – lugar dos quartéis-generais da KGB. O nascimento da Teologia da Libertação em 1960 foi a tentativa de um grande e secreto “Programa de desinformação” (Party-State Dezinformatsiya Program), aprovado por Aleksandr Shelepin, presidente da KGB, e pelo membro do Politburo, Aleksey Kirichenko, que organizou as políticas internacionais do Partido Comunista. Este programa demandou que a KGB guardasse um controle secreto sobre o Conselho Mundial das Igrejas (CMI), com sede em Genebra (Suíça), e o utilizasse como uma desculpa para transformar a Teologia da Libertação numa ferramenta revolucionária na América do Sul. O CMI foi a maior organização internacional de fiéis depois do Vaticano, representando 550 milhões de cristãos de várias denominações em 120 países. O nascimento de um novo movimento religioso é um evento histórico. Como foi construído este novo movimento religioso? A KGB começou construindo uma organização religiosa internacional intermédia chamada “Conferência Cristã pela Paz”, cujo quartel general estava em Praga. Sua principal tarefa era levar a Teologia da Libertação ao mundo real. A nova Conferência Cristã pela Paz foi dirigida pela KGB e estava subordinada ao respeitável Conselho Mundial da Paz, outra criação da KGB, fundada em 1949, com seu quartel geral também em Praga. Durante meus anos como líder da comunidade de inteligência do bloco soviético, dirigi as operações romenas do Conselho Mundial da Paz (CMP). Era estritamente KGB. A maioria dos empregados do CMP eram oficiais de inteligência soviéticos acobertados. Suas duas publicações em francês, “Nouvelles perspectives” e “Courier da Paix”, estavam também dirigidas pelos membros infiltrados da KGB –e da romena DIE2–. Inclusive o dinheiro para o orçamento da CMP chegava de Moscou, entregue pela KGB em dólares, em dinheiro lavado para ocultar sua origem soviética. Em 1989, quando a URSS estava à beira do colapso, o CMP admitiu publicamente que 90 por cento do seu dinheiro chegava através da KGB3. Como começou a Teologia da Libertação? Eu não estava propriamente envolvido na criação da Teologia da Libertação. Eu soube através de Sakharovsky, entretanto, que em 1968 a Conferência Cristã pela Paz criada pela KGB, apoiada em todo mundo pelo Conselho Mundial da Paz, foi capaz de manipular um grupo de bispos sul-americanos da esquerda dentro da Conferência de Bispos Latino-americanos em Medellín (Colômbia). O trabalho oficial da Conferência era diminuir a pobreza. Seu objetivo não declarado foi reconhecer um novo movimento religioso motivando os pobres a rebelar-se contra a “violência institucionalizada da pobreza”, e recomendar o novo movimento ao Conselho Mundial das Igrejas para sua aprovação oficial. A Conferência de Medellín alcançou ambos objetivos. Também comprou o nome nascido da KGB “Teologia da Libertação”. A Teologia da Libertação teve líderes importantes, alguns deles famosas figuras “pastorais” e alguns intelectuais. Sabe se houve alguma participação do bloco soviético na promoção da imagem pessoal ou dos escritos destas personalidades? Alguma ligação específica com os bispos Sergio Mendes Arceo do México ou Helder Câmara do Brasil? Alguma possível conexão direta com teólogos da Libertação como Leonardo Boff, Frei Betto, Henry Camacho ou Gustavo Gutiérrez? Tenho boas razões para suspeitar que havia uma conexão orgânica entre a KGB e alguns desses líderes promotores da Teologia da Libertação, mas não tenho evidência para comprová-la. Nos últimos 15 anos que morei na Romênia (1963-1978), dirigi a espionagem científica e tecnológica do país, e também as operações de desinformação destinadas a aumentar a importância de Ceausescu no Ocidente. Recentemente vi o livro de Gutiérrez “Teologia da Libertação: Perspectivas” (1971) e tive a intuição de que este livro foi escrito em Lubyanka. Não surpreende que ele seja considerado agora como o fundador da Teologia da Libertação. Porém, da intuição aos fatos, entretanto, há um longo caminho. Etiquetas: teologia da libertação, comunismo, União Soviética, KGB 15.4K356 Primeiro grande desafio de João Paulo II foi a Teologia da Libertação, afirma Bento XVI 61
Vaticano, 07 Mar. 14 / 02:54 pm (ACI).- Em uma entrevista
concedida ao jornalista polonês Wlodzimierz Redzioch, a primeira após a sua renúncia ao ministério petrino, o Papa Emérito fala sobre sua amizade e trabalho com o Papa polonês, e assinala que “desmascarar uma falsa ideia de libertação” contida na Teologia marxista da Libertação foi o primeiro grande desafio do beato ao ser eleito Sumo Pontífice. A entrevista será publicada em abril no livro “Ao lado de João Paulo II”, de autoria de Redzioch, por ocasião da canonização do Papa Peregrino. Na extensa conversa com Wlodzimierz Redzioch, colaborador da revista Inside the Vatican, o Papa Emérito afirma que o primeiro grande desafio foi a Teologia da Libertação e recorda a postura de Karol Wojtyla: “João Paulo II nos guiou, por um lado a desmascarar uma falsa ideia de libertação, e por outro, a expor a autêntica vocação da Igreja na libertação do homem”. O Papa Ratzinger afirmou ainda que “Somente a partir de sua relação com Deus podemos entender Karol Wojtyla”. Bento XVI recorda ainda que a amizade com Karol Wojtyla teve início em 1978 no Conclave que elegeu o Papa polonês. Embora os dois já se conhecessem desde o tempo do Concílio Vaticano II, o contato frequente ocorreu depois que Wojtyla tornou-se Papa. “Percebi (na época do Concílio) o fascínio humano que dele emanava, e da maneira como ele pregava, pude ver o quanto era profundamente unido a Deus”, conta o bispo emérito de Roma. Ao trabalhar com João Paulo II como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger conta que o trabalho com o Papa sempre foi marcado pelo afeto e colaboração. “(…) Me sustentava com uma fidelidade e uma bondade absolutamente incompreensíveis”, relatou. No final da entrevista, assinala a nota divulgada por Canção Nova Notícias com Rádio Vaticano, o Papa Emérito afirma que sempre conta com a intercessão do futuro santo. “Eu não podia e não deveria tentar imitá-lo, mas eu tentei continuar a sua herança e o seu trabalho, o melhor que pude. Estou certo de que ainda hoje a sua bondade me acompanha e ele me protege com a sua bênção”, conclui.
O Papa Bento XVI adverte sobre os
perigos da teologia marxista da libertação e pede superar graves conseqüências 61
VATICANO, 05 Dez. 09 / 11:22 am (ACI).- O Papa Bento XVI advertiu
sobre os perigos da teologia marxista da libertação e alentou os fiéis a superarem suas graves consequências em meio das comunidades eclesiásticas, como a rebelião e o desacordo, à luz da instrução Libertatis nuntius que cumpre 25 anos de publicação e que foi redigida quando ele era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Ao receber ao meio-dia de hoje ao grupo de Bispos do Brasil da região Sul 3 e Sul 4 em visita ad limina, o Santo Padre recordou que "em agosto passado se cumpriram 25 anos da Instrução Libertatis nuntius da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, que sublinha o perigo que comportava a aceitação acrítica, realizada por alguns teólogos, de tese e metodologias provenientes do marxismo". Bento XVI advertiu, depois de ter refletido sobre o papel das universidades católicas, que as sequelas da teologia marxista da libertação "mais ou menos visíveis de rebelião, divisão, desacordo, ofensa, anarquia, ainda se fazem sentir, criando em suas comunidades diocesanas um grande sofrimento e grave perda de forças vivas". Por essa razão, o Santo Padre exortou "aos que de algum modo se sintam atraídos, envolvidos e afetados no íntimo por certos princípios enganosos da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece com mão estendida". Bento XVI recordou também que "a regra suprema de fé da Igreja provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, em uma reciprocidade tal que não podem subsistir de maneira independente", como explica na encíclica Fides et Rateio o Papa João Paulo II. "Que no âmbito dos entes e as comunidades eclesiásticas, o perdão devotado e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim às tribulações da querida Igreja que peregrina nas Terras da Santa Cruz", respirou. A Instrução Libertatis nuntius foi publicada em 6 de agosto de 1984, depois da autorização do Papa João Paulo II, para que o então Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, para que procedesse com a publicação. O objetivo da instrução, explica o mesmo texto, é "atrair a atenção dos pastores, dos teólogos e de todos os fiéis, sobre as separações e os riscos de separação, ruinosos para a fé e para a vida cristã, que implicam certas formas de teologia da libertação que recorrem, de modo insuficientemente crítico, a conceitos tomados de diversas correntes do pensamento marxista". O chamado texto explica "a certeza de que as graves separações ideológicas" da teologia marxista da libertação "conduzem indevidamente a trair a causa dos pobres". Entre outras coisas, a instrução também adverte que a análise marxista da realidade "arrasta as ‘teologias da libertação’ a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem".
Esta foi a resposta do Papa Francisco
ao jornal El País sobre a teologia da libertação 16745
Papa Francisco / Foto: L'Osservatore Romano
Vaticano, 23 Jan. 17 / 09:30 am (ACI).- Na última sexta-feira, o Papa
Francisco concedeu uma entrevista ao jornal espanhol El País, na qual mencionou a situação dos migrantes, a situação internacional e da realidade latino-americana, onde se desenvolveu a teologia da libertação. No diálogo, publicado no sábado, 21 de janeiro, o jornal espanhol perguntou a Francisco: “Você acredita que, depois da tentativa fracassada da teologia da libertação, a Igreja perdeu muitas posições em benefício de outras confissões e inclusive de seitas? Por que isto aconteceu? ”. O Papa respondeu: "A teologia da libertação foi uma coisa positiva na América Latina. Foi condenada pelo Vaticano a parte que optou pela análise marxista da realidade. O Cardeal (Joseph) Ratzinger escreveu duas instruções quando era Prefeito do Dicastério da Doutrina da Fé. Uma muito clara sobre a análise marxista e a outra olhando para os aspectos positivos. A teologia da libertação teve aspectos positivos e desvios, especialmente na análise marxista da realidade”. Francisco nunca apoiou os postulados de Gustavo Gutiérrez O Papa Francisco nunca apoiou os postulados de Gustavo Gutiérrez, sacerdote peruano conhecido como o propulsor da teologia marxista da libertação, afirmou em 2013, o padre jesuíta argentino Juan Carlos Scannone no livro ‘Francis Our Brother Our Friend’ (Francisco Nosso Irmão Nosso Amigo) (Ignatius Press, 2013), do diretor de ACI Prensa, Alejandro Bermudez. O Pe. Scannone, um dos representantes mais conhecidos da teologia da libertação na América Latina, foi um dos professores do jovem Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco) durante o seu período de formação. “Na teologia da libertação há diferentes correntes e há uma que é a corrente Argentina”, explicou o Pe. Scannone. O sacerdote recorda que “o Cardeal Quarracino (antecessor do Cardeal Bergoglio como Arcebispo de Buenos Aires) apresentou ao L’Osservatore Romano o primeiro documento da Congregação para a Doutrina da Fé sobre a teologia da libertação e ele distinguiu quatro correntes, citando sem nomear um artigo que eu tinha escrito dois anos antes”. “E há uma corrente argentina, que o mesmo Gustavo Gutiérrez diz que é uma corrente com características próprias da teologia da libertação, que nunca usou categorias do tipo marxista ou a análise marxista da sociedade, mas sem desprezar a análise social privilegia uma análise histórica cultural”, explicou. Em seguida, o perito jesuíta disse: “Na teologia argentina da libertação não se usa a análise social marxista, mas se usa preferentemente uma análise histórico-cultural, sem desprezar o sócio estrutural e sem ter como base a luta de classes como princípio determinante de interpretação da sociedade e da história”. Segundo Scannone, “a linha argentina da teologia da libertação, que alguns chamam ‘teologia do povo’, ajuda a compreender a pastoral de Bergoglio como bispo; assim como muitas de suas afirmações e ensinamentos”. Para o Padre Scannone, “há coisas que acredito que marcaram de maneira especial o Cardeal Bergoglio, sobretudo o tema da evangelização da cultura, o tema da piedade popular. Uma coisa muito de Bergoglio é falar do povo fiel. Quando saiu à sacada (de São Pedro, quando foi eleito Papa), o primeiro que fez foi pedir que o povo rezasse por ele para que Deus lhe abençoe, antes de abençoar o povo. Isso é muito dele”. Scannone acrescentou que “este tipo de teologia” sem categorias marxistas fez parte “do ambiente no qual ele exerceu a sua pastoral. De fato, a problemática da piedade popular e da evangelização da cultura, e inculturação do Evangelho, é chave nesta linha teológica”. Confira também:
ACI Digital@acidigital
Quando Bergoglio derrotou os teólogos
da libertação, recorda Dom Filippo Santoro 1715
O então Cardeal Jorge Mario Bergoglio celebra uma Missa durante a V Conferência em Aparecida. Foto: Captura do YouTube
ROMA, 03 Out. 13 / 11:01 am (ACI/EWTN Noticias).- O Arcebispo de
Taranto (Itália) que serviu como sacerdote e Bispo no Brasil durante mais de 25 anos, Dom Filippo Santoro, recordou em um artigo publicado no jornal da Conferência Episcopal Italiana "Avvenire" o papel desempenhado pelo então Cardeal Jorge Mario Bergoglio –hoje Papa Francisco– quando derrotou os postulados marxistas da teologia da libertação na Conferência do Episcopado Latino-americano em Aparecida no ano de 2007. Dom Filippo, antes de ser nomeado Arcebispo de Taranto por Bento XVI em 2011, foi Bispo de Petrópolis, cidade no interior do Estado do Rio de Janeiro, e antes disso Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro no Brasil, país ao que chegou como sacerdote em 1984. No seu artigo titulado "A libertação que vem do Evangelho", o Prelado italiano assinalou que "o presidente da comissão para a redação do documento final de Aparecida era o Arcebispo de Buenos Aires, o Cardeal Bergoglio. Com um estilo sapiencial, afirma na introdução do documento de Aparecida: ‘O que nos define não são as circunstâncias dramáticas da vida, nem os desafios da sociedade ou as tarefas que devem empreender, mas acima de tudo o amor recebido do Pai graças a Jesus Cristo pela unção do Espírito Santo’". Dom Santoro assegurou que a ambiguidade no discurso da teologia da libertação "está superada na conferência de Aparecida, tanto na estrutura geral do documento, como na presença viva da fé em cada momento de seu desenvolvimento; desde olhar a dura realidade até o julgamento sobre ela e a praxe conseguinte". "Trata-se, entretanto, de uma ambiguidade que continua presente, porque o Papa Francisco, em sua recente viagem ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, no encontro com a presidência do CELAM (Conselho Episcopal Latino-americano)" apresentou "algumas tentações contra o discipulado missionário, falava da ‘ideologização da mensagem evangélica’". Nesse encontro, o Papa advertiu aos Bispos latino-americanos contra a tentação do "reducionismo socializante", o qual disse "é a ideologização mais fácil de descobrir. Em alguns momentos foi muito forte. Trata-se de uma pretensão interpretativa em base a uma hermenêutica segundo as ciências sociais. Abrange os campos mais variados, do liberalismo de mercado até a categorização marxista". Dom Filippo recordou que algumas pessoas criticaram o documento final de Aparecida por começar com um hino de louvor a Deus, o que tinha sido expressamente desejado pelo Cardeal Bergoglio. O Arcebispo italiano assinalou que ao ordenar-se assim, "o esquema do documento valoriza a tradição da teologia e da pastoral latino- americana, mas, ao mesmo tempo, ressalta a perspectiva da fé". "Esta, claramente, não estava ausente, mas em certos desenvolvimentos se dava por descontada, ao ter que preocupar-se, sobretudo pela gravidade de uma situação social cheia de conflitos e, sobretudo pelo ‘clamor dos pobres’", indicou. Em 24 de julho deste ano, no marco da JMJ do Rio, o Papa Francisco visitou o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida no estado de São Paulo. Ali, ante 200 mil almas, o Santo Padre pronunciou um discurso no qual recordou quão importante é para ele este santuário dedicado à Padroeira do Brasil. Ao despedir-se da multidão, o Santo Padre prometeu voltar em 2017, quando se comemora os 300 anos do encontro da Virgem e 10 anos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e o Caribe. Etiquetas: teologia da libertação, Papa Francisco Ion Mihai Pacepa - Desinformação Documento: pdf (12.1 MB) 560 PÁGINAS Baixe o arquivo *.pdf Publicado em 2019-07-04 12:56:28
0 Tenente-General 100: Ion Mihai PACEPA serviu como chefe do
serviço de espionagem do regime comunista da Romênia, c também foi o principal conselheiro do ditador Nicolae Ceaucescu. Desertou para os Estados Unidos em julho de 1978, onde passou a escrever seus livros narrando as atividades do Serviço de Inteligência da polícia secreta romena, nos quais revela detalhes importantes de várias operações sigilosas conduzidas por ele, c que influenciaram diretamente alguns momentos históricos decisivos do século XX. Atualmente, Pacepa vive nos EUA com sua identidade mantida em sigilo em função dos segredos de Estado revelados em seus livros, algo que põe em risco a sua vida. É colunista de sites conservadores como o P] Media, National Review, Front Page Magazine e Word Net Daily, e diversos de seus artigos são publicados em jornais da grande mídia norte-americana, como The Wall Street journal e the Washington Times. RONALD J. RYCHLAK é advogado, jurista e professor de Direito Constitucional na Universidade do Mississipi. Tem uma longa carreira na advocacia e, por seus conhecimentos jurídicos, tornou-se membro da comissão indicada pela Suprema Corte do Mississipi para a revisão do Código Penal daquele estado. Também é consultor da delegação per manente da Santa Sé na ONU, e autor de diversos livros, dentre os quais se destaca Hitler, the l#zr, and the Pope. "A maioria dos políticos, das pessoas no mundo acadêmico e da mídia acredita que a desinformação é um fenômeno obsoleto da Guerra Fria. Acredita-se largamente que a palavra é apenas um sinônimo para má informação. Na realidade, a desinformação é tão diferente da má informação quanto a noite é diferente do dia. O ato de informar mal é uma ferramenta oficial de governo reconhecível enquanto tal. Desinformar é uma ferramenta secreta de inteligência, com a finalidade de outorgar uma chancela ocidental, não governa- mental, a mentiras de governo". "No decorrer da história, muitos países durante tempos de guerra se valeram de várias técnicas para enganar o inimigo acerca de suas verdadeiras intenções. Num extremo está aquele imenso cavalo de madeira construído pelos gregos no segundo milênio a.C. para assegurar entrada à invencível cidade de Tróia". "Você provavelmente acha que Mikhail Gorbachev inventou o conceito de glasnost para descrever seu esforço de levar a União Soviética 'para longe do estado totalitário e em direção à democracia, à liberdade, à abertura', corno ele escreveu. Mas a verdade é que glasnost é um velho termo russo para o ato de polir a imagem do governante. Originalmente, significa, de maneira literal, fazer publicidade, isto é, autopromoção". "Um dos objetivos prioritários de toda glasnost é esconder o passado do líder lhe dando uma nova identidade política. A de Stálin foi planejada de modo a ocultar seus crimes terríveis; a de Khrushchev consistiu em criar uma pacífica fachada internacional para o homem que trouxe os assassinatos políticos do Kremlin para o Ocidente; Gorbachev planejou a sua de modo a ocultar seu passado, retratando a si próprio como um líder mágico, enquanto garantia transformar a União Soviética em uma 'sociedade marxista de pessoas livres'". Para conhecer outros títulos publicados, visite: www.videeditorial.com.br DESINFORMACÃO' PACEPA - RYCHLAK TENENTE-GENERAL ION MIHAI PACEPA E PROF. RONALD J. RYCHLAK. DESINFORMACAO' EX-CHEFE DE ESPIONAGEM REVELA ESTRATÉGIAS SECRETAS PARA SOLAPAR A LIBERDADE, ATACAR A RELIGIÃO E PROMOVER O TERRORISMO Tradução de Ronald Robson Informação - Ex. chefe de espionagem revela estratégias secretas para solapar a liberdade, atacar a religião e promover '' terrorismo Tenente-General, Ion Mihai Pacepa e Prof. Ronald J. Rychlak 1' Ni.;ào- novembro de 2015- CEDET Título original: Disinformation - Former S{ly Chie{ Revcals Secret Strategies for Undemrirling Freedom, Att.J.:kmg Rdrgion. •mJ Pronroting Terrorism Copyright () by Lt. Gen. lon Mihai Pacepa and Ronald Rychlak by WND Books, Inc. Os direitos desta edição pertencem ao CEDET - Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico Rua Angdo \'icemim, 70 CEP: 13084-060 - Campinas - SP Telefone: 19-3249-0580 e-l'f'Wil: livros@cWet..:om.br Edilor. Diogo Chiuso Editor-assistente: Thomaz Perroni Tradução: RonaJd Robson Revisão: R�r Campanhari Capa: Mark Karis lootraçi10 da capa: Michael de Pietro Diagramação: Mawicio Amaral ACHA CATALOGRÁACA Paupa. Tenente-Generallon Mihai, e Rychlak, Ronald j. Desinformação: ex-chefe de espionagem revela estratégias secretas para solapar a liberdade, atacar a religião e promover o terrorismo I Tenente-General Ion Mihai Pacepa e Ronald J. Rychlak; tradução de Ronald Robson- Campinas, SP: VIDE Editorial, 2015. ISBN: 978-85-67394-73-2 1. Ciência Política. Espionagem e subversão. 2. Ciências Sociais. Serviços policiais. Titulo. lL Autoc. INDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO 1. Ciência Política- Espionagem e subversão- 327.12 2. Serviços sociais- 363. 3 c..llw F. 4itorW: Addice Godoy as. ICyn d'Á'rila Diap Cllialo S8rioGómaldo deCamarJO lbcaaPcnuai f .... toclalOI cliRik» de.ca obra. CDD - 327.12/ 363.3 ,..... Toda e qualquer lqJIOduçio data cdlçio por qualquer meio ou forma. seja ela eletrônica ou mecânica. ........ �• qualquer outro meio de Rpi'Oduçio,�ea� pemUslioexpmaa do editor. APRECIAÇÕES DA OBRA "Desafiando histórias falsas e calúnias sutis, Pacepa e Rychlak nos conduzem numa jornada pelo Império da Desinformação. Aqui aprendemos a teoria e prática da Grande Mentira lançada contra o cristianismo- contra bispos e papas. Aprendemos como o Kremlin, mesmo após o colapso do comunismo, prosseguiu em sua guerra contra o Ocidente; aprendemos como a Dezinformatsiya é utilizada para inspirar um ódio profundo aos judeus, de modo a mobilizar o Islã como um aríete contra Israel e os Estados Unidos - em prol da Rússia. Se você quiser compreender as forças por trás do declínio do cristianismo e da emergência do Islã militante, você precisa ler este livro". JEFFREY NYQtnST, autor de Origins o (the Fourth World War), colunista e apresentador da rádio WIBG Ocean City, Nova Jersey). "Como um judeu que cresceu em Nova Iorque, eu não suportava sequer ouvir o nome do Papa Pio XII. Mas, após sete anos de pesquisa e 46.000 páginas coletadas de documentos pertinentes ao assunto, cheguei à descoberta estarrecedora de que Pio XII era respeitado e enaltecido como herói por todos os judeus durante, e logo após, a guerra. Se você quiser saber como um bilhão de pessoas foram iludidas para odiá-lo, leia este livro do Gen. Ion Mihai Pacepa e do prof. Ron Rychlak sobre a ainda secreta dezinformatsiya do Kremlin. Essa imensa maquinaria realizou o pior assassinato de reputação do século XX e causou grande tensão entre judeus e católicos. Mas me permita avisá-lo: este livro é assustador! Quando o ler, descobrirá como você era manobrado como uma peça de xadrez para atingir um objetivo específico. Também aprenderá que a empreitada de dezinformatsiya ainda está dividindo o mundo judaico-cristão com consequências internacionais terríveis". GARYKR.UW, presidente da Pave The Way Foundation. Dedicada à reconciliação entre as religiões do mundo. Escrito por dois dos melhores especialistas na área, este livro é um abrir de olhos, uma obra desmistificadora de arqueologia política e histórica, um esforço apaixonante e cativante de pôr em evidência as técnicas comunistas de logro cínico, suas conspirações imorais e sua elaboração perversamente hábil de lendas da propaganda disfarçadas de prova histórica. Os autores exibem erudição impressionante e compreensão singular dos profundos segredos da máquina de desinformação soviética e pós-soviética. Na condição de um alto ex- funcionário de inteligência do bloco soviético que rompeu com o sistema por razões morais e expôs com coragem seus fundamentos terroristas, lon Mihai Pacepa é uma testemunha formidável e um analista respeitado das intrigas, esquemas criminosos e manipulações comunistas". VLADIMIR TISMÃNEANU, autor de Stalinism for Ali Seasons: A Political History of Romanian Communism, diretor do Centro de Estudo de Sociedades Pós-Comunistas, da Universidade de Maryland, e presidente do Instituto de Investigação dos Crimes do Comunismo, da Romênia. DEDICATÓRIA Para Mary Lou, que me ajudou a olhar para o meu passado com olhos americanos. TENENTE-GENERAL, ION MTI-IAI PACEPA Para minha filha Lindsay e todas as Lindsays da minha vida. PROF. RONALD RYCHLAK Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo". GEORGE SANTAYANA, The Life of Reason, vol. 1, 1905. Na Rússia, pato', além de seu significado normal, é um termo para desinformação. Quando os patos estão voando• significa que a imprensa está publicando desinformação". PAVEL SUDOPLATOV. Vice-diretor do Serviço Soviético de Inteligência Estrangeiro, Special Tasks (memórias). 1994. NOTA DOS AUTORES Para a transliteração do russo, seguimos as orientações da Junta de Nomes Geográficos dos Estados Unidos (BGN), com a exceção de que iy e yy foram condensados num simples y quando ocorrem ao fim do nome ou dos sobrenomes de pessoas. Alguns desvios conhecidos foram mantidos, como Yuri Andropov. SUMÁRIO Introdução de R. ]ames Woolsey.....17 Prefácio de Paul Kengor, PhD.21
PARTE 1: GLORIFICANDO O CULPADO, ENQUADRANDO O INOCENTE
Prelúdio ............................................................... 29 1. Recrutado pela Securitate........ ........................... 35 2. O verdadeiro significado de glasnost. ...... .............41 3. Passando para o lado dos Estados Unidos. ............ 53 4. A magia negra da desinformação.......................... 63 5. A beleza da desinformação.................................. 69 6. Os enquadramentos realizados pelo Kremlin.......... 79 7. O encontro de Stálin com o catolicismo ................ 85 8. O novo inimigo do Kremlin .... ............... ..... .... . 89
PARTE 11: ANATOMIA DE UMA CAMPANHA DE DESINFORMAÇÃO: A
CRIAÇÃO DO "PAPA DE HITLER" 9. A criação fracassada do "Papa de Hitler"............... 95 1O. Cardeal Stepinac ............................................ 107 11. Cardeal Mindszenty.. ...................................... 119 12. Mais enquadramentos.......................................1» 13. Guerra global contra a religião............................3S 14. A nova Cruzada do Vaticano ............................ 147 15. Teologia da Libertação .................................... 151 16. A Guerra de Khrushchev contra o Vaticano......... 157 17. Preparações para o enquadramento de Pio XII.... 163 18. O Vigário ............................................ ......... 169 19. A peça .......................................................... 177 20. Desinformação por toda parte........................... 185 21. Marcas da KGB............................................... 193 22. O antissemitismo de O Vigário.......................... 207 23. As raízes ideológicas de O Vigário...................... 213 24. Rolf Hochhuth ................................................ 221 25. Um novo olhar sobre O Vigário ......................... 233 26. A necrofagia política de Khrushchev .................. 243 27. O livro O Papa de Hitler................................... 247 28. A cocaína de Andropov .................................... 257
PARTE III: ENQUADRANDO O GOVERNO AMERICANO COMO UM
BANDO DE ASSASSINOS 29. O fim da inocência americana ......................... 269 30. Khrushchev: um monumento à desinformação…. 283 31. Operação Dragão........................................... 297 32. Nova prova contundente da participação da KGB..309
PARTEN: REVELANDO A ATUAL REDE DE MENTIRAS 22
Da desinformação ao terrorismo ............................ 329 A lac.-a. ele Platin ............................................... 339 35. De O Papa de Hitler ao 11 de Setembro............. 349 36. O terrorismo nuclear do Kremlin ...................... 355 37. Um império da KGB........................................ 361 38. Mantendo a máquina de mentiras em funcionamento ...369 39. O movimento antiguerra........................................... 375 40. O fantasma de Marx vive.............. ........................... 389 41. Desinformação nos Estados Unidos de hoje................. 395 42. Da desinformação ao assassínio ..... ......................... .405 43. Cultos marxistas da personalidade e água pesada........ 417 44. Como me tornei um "traidor judeu imundo" .............. .427 Epílogo........................................................................439 Notas..........................................................................447 Bibliografia................................................................. 513 Índice remissivo...........................................................529 INTRODUÇÃO Este livro notável irá mudar o modo como você vê os serviços de inteligência, as relações internacionais, a imprensa e muito mais. O Tenente-General Ion Mihai Pacepa é o desertor de mais alta patente que já tivemos advindo de um serviço de inteligência inimigo. Como chefe da inteligência romena, ele esteve por muitos anos presente a encontros fundamentais com líderes de Estado e participou de algumas das discussões mais delicadas de nossos inimigos durante a Guerra Fria. Para começo de conversa, Gen. Pacepa nos conta que coleta de informação estava longe de ser uma das prioridades do que a inteligência romena e demais integrantes do bloco soviético fizeram ao longo de todos aqueles anos. Coleta de informação, diz ele, "sempre foi mais ou menos irrelevante". Acrescento que, ache você ou não isso exato acerca do período da Guerra Fria, muito da coleta de informação nos dias de hoje é feita por hackers diante de teclados, não por agentes apurando locais secretos onde se depositam e trocam informações e objetos ilícitos. Então em que os espiões romenos e soviéticos empregavam seu tempo nos anos da Guerra Fria? Gen. Pacepa diria que "enquadrando", ou seja, reescrevendo a história e manipulando registros, documentos etc., a fim de causar acontecimentos. Qual o propósito dessa dezinformatsiya? Ah, ninharias como usar vazamento de informações através da imprensa para destruir a reputação de um líder nacional ou religioso, promover a disseminação do antissemitismo, criar ressentimento contra os Estados Unidos e Israel no mundo árabe. O líder soviético e por muito tempo chefe da KGB Yuri Andropov, parece que um verdadeiro aficionado da dezinformatsiya, vê a questão nestes termos: "[Dezinformatsiya] é como cocaína. Se você cheirar uma. 1.7 ION MIHAI PACEPA & RONALD J. RYCHLAK ou duas vezes, não muda a sua vida. Se, contudo, você cheirar todo dia, fará de você um viciado- um homem diferente". Bom, alguém poderia dizer, isso é compreensível durante a Guerra Fria, mas por que hoje? E por que tantos governos do Oriente Médio estão fazendo essencialmente a mesma coisa, como espalhar histórias malucas sobre o 11 de Setembro - de que foi a CIA, o Mossad? Eu imaginaria que é coisa bastante simples: ditadores precisam de inimigos que os ajudem a ter mais razão para reprimir seu povo. E que somos bem convenientes. Outra compreensão importante emerge destas páginas. Os comunistas tinham algo entre ideologia nenhuma e uma ideologia disfuncional. Temos uma ideologia que quase todos os ame- ricanos subscreveriam: democracia, império das leis e a América como, nas palavras de Lincoln, "a última, a melhor esperança do mundo". A maioria de nós também tem uma religião, geralmente o cristianismo ou o judaísmo. Isso levou o bloco soviético, e leva nossos inimigos atuais, a um ataque cuidadosamente calculado ou a um enquadramento -para destruir a religião: a espalhar o antissemitismo, a manchar a reputação de um papa ou outros líderes da igreja como antissemitas, quando eles na verdade trabalharam pesado para proteger os judeus durante o período nazista. Gen. Pacepa também mostra como se pode desfazer até uma dezinformatsiya cuidadosamente elaborada, como a peça dos anos 1960 O Vigário, que sujava a reputação do Papa Pio XII utilizando literatura suplementar, caso notável pelas fotografias adulteradas, as edições enganadoras, etc. Gen. Pacepa escreveu que no bloco soviético havia mais gente trabalhando em dezinformatsiya do que nas forças armadas ou na indústria de defesa. Era, e em alguma medida ainda é, um esforço notável. Apesar de sua perfeição na arte do enquadramento, de sua experiência e sua motivação enquanto ditadura baseada em serviço de inteligência que necessita de nós como inimigos, à medi da que avançamos no século XXI percebemos que a Rússia não é o nosso principal problema. Seu perfil demográfico é terrível (baixa taxa de natalidade, expectativa de vida curta para os homens) e é razoável pensar que sua população estará abaixo de 100 milhões em meados do século. Vive quase que inteiramente 18 DESINFORMAÇÃO de vender petróleo e gás (e se vale de sua influência no gás para ameaçar seus vizinhos com desabastecimento). Mas as consideráveis descobertas recentes de gás de xisto em vários países, incluindo Estados Unidos, Polônia e vários outros locais, podem acertar um golpe pesado na Rússia. O seu gás pode deixar de ter tanta saída e ser menos útil como arma e o seu petróleo pode ser substituído por combustíveis produzidos a partir de gás natural muito mais barato, como o metano! Nenhum de nós se lamentará muito por um diminuto grupo de russos de meados do século XX, postos à margem, ansiando desesperadamente por serem notados, com sua perícia em enquadramento e coisas do tipo se tornando cada vez mais irrelevantes. Gen. Pacepa e seu respeitável coautor, prof. Ronald Rychlak, realizaram algo notável nestas páginas. Não apenas nos ajudaram a compreender a história e muitas das operações de dezinformatsiya que continuamos a ver- especialmente na Rússia e em países do Oriente Médio -, mas também nos iniciaram bem na aprendizagem de como derrotá-las. Em suma, eles nos descortinam um mundo que muitos não sabiam que existiu e que quase nós todos que sabíamos subestimamos. R. JAMES WOOLSEY, presidente da Fundação, pela Defesa das Democracias e ex-diretor da CIA. 19