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Captura de Tela 2023-02-21 À(s) 20.48.02 PDF
Captura de Tela 2023-02-21 À(s) 20.48.02 PDF
INTENSIVO
PARA RESIDÊNCIAS
NUTRIÇÃO
FUNDAMENTOS
DA NUTRIÇÃO
PROFESSORA
E ORGANIZADORA
Gabriela Perez
Supervisora dos cursos preparatórios de
Nutrição da Sanar. Nutricionista pela Uni-
versidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre
e Doutora em Alimentos, Nutrição e Saúde
pela UFBA com período sanduíche na Uni-
versity of Nottingham, Inglaterra. Especia-
lista em Nutrição Clínica e Nutrição e Saú-
de Pública. Pesquisadora nos Grupos de
Nutrição, Sistema Nervoso e Imunológico;
Bases Experimentais e Clínicas da Nutri-
ção na UFBA. Possui experiência atuando
como Servidora Pública, Nutricionista Clí-
nica, Nutricionista de home care e docência
para cursos de graduação e pós graduação
na área da Nutrição Clínica. Mentora, auto-
ra e professora de diversas disciplinas para
Concursos e Residências em Nutrição.
2020 ©
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610,
de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste
livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia
ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características
gráficas, sem permissão expressa da Editora.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PEREZ, Gabriela. Intensivo para residências em Nutrição: Fundamentos da Nutrição. 1 ed. Salvador,
BA: Editora Sanar, 2020. EBook (PDF). ISBN 978-65-86246-85-8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Utilização das DRIs para avaliação e planejamento dietético em grupos
populacionais e indivíduos
Tabela 2. Características gerais dos carboidratos
Tabela 3. Principais características das fibras solúveis e insolúveis
Tabela 4. Características gerais das proteínas
Tabela 5. Classificação dos aminoácidos
Tabela 6. Principais aminoácidos e suas respectivas funções
Tabela 7. Fatores de correção dos grupos alimentares para cálculo do NP
Tabela 8. Características gerais dos lipídeos
Tabela 9. Principais características do raquitismo x osteomalácia x osteoporose
Tabela 10. Principais sintomas da deficiência de tiamina
SUMÁRIO
Apresentação .................................................................................... 5
Não se esqueça que, ao final do curso, você poderá revisar todo o con-
teúdo dessa disciplina com uma videoaula, além de aulas com questões
comentadas das provas anteriores, e simulados para você colocar em prá-
tica tudo o que aprendeu.
Vamos lá?
CONCEITOS
Apesar de ser o assunto mais basal da Nutrição, o entendimento de al-
guns termos é extremamente essencial para a compreensão total de mui-
tas questões.
QUALIDADE
QUANTIDADE
Uma alimentação completa inclui todos os
A quantidade de alimentos deve suprir as
nutrientes para a formação e manutenção
necessidades do indivíduo.
do organismo.
Ofertar todos os nutrientes necessários
Garantir total calórico e de nutrientes
(variedade)
ADEQUAÇÃO
HARMONIA
Deve se adequar às especificidades
A quantidade dos diversos nutrientes deve
de cada organismo, ao seu estado
guardar uma relação de proporção entre si.
fisiológico, hábitos alimentares, condições
socioeconômicas, patologias, ciclos da vida
Distribuição proporcional dos nutrientes
etc.
Os valores disponibilizados pelas DRIs são nada mais do que uma revisão
melhorada da antiga recomendação de referência Recommended Dietary
Allowances (RDA). Assim, os cientistas canadenses e americanos elabora-
ram novos valores a partir da incorporação dos achados sobre o aumento
dos riscos de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis,
provocado pela alimentação, além da abordagem clássica sobre os efei-
tos de carência (INSTITUTE OF MEDICINE, 2011). As principais alterações
feitas foram:
Em resumo:
Se a ingestão do nutriente for menor que a EAR, esta deve ser imple-
mentada; se estiver entre a EAR e a RDA, existe risco de inadequação
e provavelmente a ingestão deva ser aumentada; se estiver acima da
RDA e, ao mesmo tempo, um número expressivo de dias de consumo
alimentar tiver sido avaliado, então é pouco provável que a ingestão
do indivíduo seja inadequada.
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CARBOIDRATOS E FIBRAS
Os carboidratos são considerados a fonte primária de energia para o or-
ganismo, uma vez que seu catabolismo possibilita a liberação de energia
química para a formação de ATP (energia).
Recomendação
Fornecimento de energia.
Função estrutural (celulose, quitina, glicocálix).
Reserva energética (amido e glicogênio).
4kcal 45% a 65%
Efeito anticetogênico.
Poupam proteína de ser utilizada como fonte de
energia.
Simples Complexos
ACERTE O ALVO!
Os prebióticos são componentes alimentares não dige-
ríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, por esti-
mularem seletivamente a proliferação ou atividade de
populações de bactérias desejáveis no cólon.
CARBOIDRATOS COMPLEXOS
Redução do esvaziamento
gástrico.
Retardo da absorção de
glicose.
Solúvel Frutas, farelo de Diminuição da glicemia
Pectinas
aveia, cevada e pós-prandial.
(Forma gel visco-
Gomas leguminosas como
so com a água = Redução do colesterol
reduz velocidade Mucilagens feijão, lentilha, sanguíneo.
de esvaziamento ervilha e grão de
Hemiceluloses (tipo A) bico. Fermentação com produ-
= saciedade)
ção de: ácidos graxos de
cadeia curta (AGCC: acéti-
co, butírico e propiônico).
Aumenta sensação de sa-
ciedade.
A amilase salivar continua atuando até chegar ao estômago, onde sua ação
é inibida pelo pH ácido. Já no intestino delgado, o pâncreas libera a enzima
amilase pancreática formando principalmente maltose, oligossacarídeos
Intestino Delgado e
Pâncreas
Boca
O Pâncreas produz a
Amilase salivar Amilase Pancreática
(Ptialina) hidrolisa o que irá atuar digerindo
Amido em fragmentos a maior parte dos
menores. carboidratos.
Em seguida,
as enzimas
Estômago dissacaridases,
na superfície das
A acidez estomacal células do intestino
promovida pelo HCl delgado hidrolisam
desativa a Amilase os dissacarídeos em
Salivar monossacarídeos.
Sem digestão
significativa de
carboidrato. Intestino Grosso
REGULAÇÃO DA GLICEMIA
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicemia.
Aminoácidos*
Lactato Piruvato Glicerol com exceção da leu-
cina e lisina
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PROTEÍNAS
Assim como os carboidratos e lipídeos, as proteínas fazem parte do grupo
dos macronutrientes, sendo constituída não só por carbono, hidrogênio e
oxigênio, mas é a única que possui nitrogênio (16%), enxofre e alguns ou-
tros minerais, como fósforo, ferro e cobalto.
Recomendação
(DRIs, 2005)
Calorias em 1g (National Acade- Principais funções
mies of Sciences
2005)
Condicionalmente
Não essencial Essencial
essencial
Histidina* Triptofano
Glutamina
ACERTE O ALVO!
Normalmente, os mais cobrados são os essenciais. Me-
morize-os, assim você pode acertar questões que pedem
a lista desses aminoácidos ou as demais questões me-
diante o critério de exclusão.
Aminoácidos Funções
Arginina, glicina e Unem-se a um grupo fosfato para formar o fosfato de creatina, um im-
metionina portante reservatório de ligação fosfato de alta energia na célula.
QUALIDADE DA PROTEÍNA
Fator de
Origem proteica Alimentos
Correção
ACERTE O ALVO!
Você sabia que, para achar a quantidade de nitrogênio
nos alimentos proteicos, utiliza-se o número 6,25, pois
1g de proteína contém 16% de nitrogênio?
Intestino
Boca
No intestino delgado:
Não há ação de enzima
específica para pro- Enteropeptídase: converte tripsinogênio
teína. pancreático em tripsina.
Eficiência na absorção:
Di e Aminoácidos
Oligopeptídeos
tripeptídeos livres
ACERTE O ALVO!
A tiamina é uma vitamina do complexo B, que é essencial
para a descarboxilação oxidativa dos alfacetoácidos, in-
clusive para a conversão oxidativa do piruvato em acetil
CoA, que entra no ciclo de Krebs para gerar energia.
ACERTE O ALVO!
O transporte da amônia para o fígado para ser metabo-
lizada em ureia é realizado pelo aminoácido Glutamina.
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LIPÍDIOS
O último dos macronutrientes dessa aula é caracterizado por apresen-
tar insolubilidade em água e alta solubilidade em solventes orgânicos
apolares (éter, clorofórmio, benzeno e alguns álcoois), apresentando alto
valor energético.
Recomendação
(DRIs, 2005)
Calorias em 1g (National Acade- Principais funções
mies of Sciences
2005)
Energia.
Textura, sabor, palatabilidade, cor, conservação.
Fornece ácidos graxos essenciais.
Transporte e absorção de vitaminas lipossolúveis.
9kcal 20% – 35%
Proteção dos órgãos.
Composição das membranas celulares.
Isolante térmico e físico.
Precursor de hormônios.
Diante dos inúmeros tipos de lipídeos, vamos nos ater aos mais importan-
tes para as provas de Residência.
Muitos lipídios, mas não todos, têm ácidos graxos em sua estrutura, sen-
do, assim, a base para o entendimento de várias propriedades desse ma-
cronutriente e perpassam pelos ácidos graxos. Lembramos que se trata
de um assunto-base para resolução de inúmeras questões.
• Ácido Graxo de Cadeia Curta (AGCC): ácidos graxos que têm de dois a
seis átomos de carbono. Como comentamos no capítulo sobre as fibras,
esses AGCC são produzidos pela fermentação parcial das fibras solú-
veis por bactérias presentes no intestino grosso. Apresentam inúme-
Monoinsaturado
1 dupla ligação
Grau de Saturação
Poli-insaturado
Saturado + de 1 dupla ligação
Ligações simples
Cis
Insaturado Átomos de H do
Ligação dupla mesmo lado da
molécula
Trans
Átomos de H em
lados opostos
Para que o organismo consiga usufruir dos benefícios dos AGPI, é neces-
sário que haja um equilíbrio na proporção de ômega 6 e ômega 3, princi-
palmente para a manutenção da integridade das membranas celulares.
ACERTE O ALVO!
A proporção ideal para consumo de ômega 6/ômega 3 é
de 2:1 a 3:1.
TRIGLICERÍDEOS (TG)
Eles são obtidos pela alimentação, podendo ser óleos (triglicerídeos con-
tendo uma grande proporção de ácidos graxos mono e/ou poli-insatura-
dos) ou gorduras (triglicerídeos contendo uma grande proporção de áci-
dos graxos saturados e ou ácidos graxos trans).
COLESTEROL
ACERTE O ALVO!
Não encontramos colesterol em alimentos de origem ve-
getal, sendo, portanto, um lipídio exclusivamente animal.
FOSFOLIPÍDIOS
São lipídios anfipáticos formados por uma molécula de glicerol, dois ácidos
graxos e um fosfato unido a um grupo polar variável. Assim, os ácidos graxos
tornam os fosfolipídios lipossolúveis, o grupo fosfato permite a sua dissolu-
ção em água. Essa versatilidade permite o uso de fosfolipídios como emulsi-
ficantes pela indústria alimentícia, para misturar gorduras com água.
Figura 10. Classificação dos lipídios de acordo com o grau de insaturação e suas
principais fontes
Ácido Graxo
W6 W3
W9
Cadeia curta Cadeia média Cadeia longa Linoleico Linolênico
Oleico
Araquidônico EPA e DHA
DIGESTÃO
Boca
A presença da gordura no
intestino
delgado estimula:
CCK → vesícula biliar → bile
Estômago
→ emulsificação
O movimento de
Com a emulsificação das gor-
contração estomacal
duras, as lipases do pâncreas
ajuda na mistura entre
conseguem ter maior acesso
a gordura a água e o
exercendo a digestão pro-
ácido. A lipase gástrica
priamente dita dos lipídios.
participa de forma
As enzimas removem os três
pouco expressiva,
ácidos graxos e deixam uma
hidrolisando uma pe-
molécula de glicerol livre.
quena quantidade de
gordura.
ABSORÇÃO
ACERTE O ALVO!
As gorduras, tais como o colesterol e os triglicerídeos,
não podem circular livremente no sangue, porque o san-
gue é, em sua maioria, composto de água. Para poder
circular no sangue, o colesterol e os triglicerídeos unem-
-se a proteínas e outras substâncias, dando origem a
partículas denominadas lipoproteínas.
As lipoproteínas incluem:
• Quilomícrons.
• Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL).
• Lipoproteínas de baixa densidade (LDL).
• Lipoproteínas de densidade intermediária (ILDL).
• Lipoproteínas de alta densidade (HDL).
QUILOMÍCRONS
São as maiores e menos densas lipoproteínas. Eles transportam lipídios
derivados da dieta do intestino para o restante do corpo. As células em
todo o corpo removem triglicerídeos dos quilomícrons conforme eles
passam alterando a sua composição e reduzindo o seu tamanho. São for-
mados predominantemente por triglicerídeos. Uma vez na corrente san-
VLDL
Os lipídios produzidos no fígado e aqueles coletados dos remanescentes
de quilomícrons são empacotados com proteínas como as VLDL e envia-
dos para outras partes do corpo. Assim, as partículas de VLDL são sinte-
tizadas no fígado para transportar os triglicerídeos e colesterol endóge-
nos. Os triglicerídeos respondem por 60% da partícula de VLDL.
LDL
A LDL é o principal transportador de colesterol (perfaz quase 50% do
conteúdo da LDL) no sangue, formada pela degradação das VLDL. O co-
lesterol das LDL elevado está associado especificamente à ateroscle-
rose, uma vez que a principal função dessa lipoproteína é transportar o
colesterol para os tecidos.
A HDL também tem outras ações que contribuem para a proteção do lei-
to vascular contra a aterogênese, como a remoção de lípides oxidados da
LDL, a inibição da fixação de moléculas de adesão e monócitos ao endoté-
lio, e a estimulação da liberação de óxido nítrico.
ACERTE O ALVO!
Não confunda tamanho com densidade (peso). Os qui-
lomícrons são as maiores lipoproteínas e as mais leves,
uma vez que sua maior composição é de gordura. Já a
HDL é a menor lipoproteína, mas contém pouca gordura
e muita proteína, aumentando assim a sua densidade.
ACERTE O ALVO!
A produção de corpos cetônicos pelo fígado ocorre em
casos de jejum prolongado (superior a 12 horas) inani-
ção, dieta com redução de carboidratos e diabetes des-
compensado.
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VITAMINAS
As questões sobre os micronutrientes (vitaminas e minerais), na sua gran-
de maioria, exigem o conhecimento sobre:
• Nome (original e sigla correspondente).
• Principais funções.
• Principais fontes alimentares.
• Principais sintomas/doenças causados pela sua deficiência (em menor
proporção sobre a toxicidade).
• Metabolismo.
ACERTE O ALVO!
Como um bom exercício de fixação, monte uma tabela
com todas essas informações de forma resumida.
Elas necessitam de bile para sua absorção, tendo seu transporte via cir-
culação linfática com os lipídios; portanto, alimentação pobre em lipídios
afeta diretamente a absorção das vitaminas lipossolúveis.
• Vitamina A
Foi a primeira vitamina lipossolúvel a ser descoberta. Em razão de não ser
ainda muito encontrada na população carente brasileira, muitas questões
de provas são direcionadas para a vitamina A, então, atenção!
Provitamina A
Vitamina A preformada (Retinol)
(precursores – carotenoides)
Fígado
Vegetais alaranjados/avermelhados
Gema de ovo
Vegetais/folhosos verde-escuros
Óleo de peixe
A xeroftalmia significa olhos secos (da palavra grega xeros, que quer di-
zer seco), mas o termo é utilizado para designar o espectro de manifes-
tações oculares resultantes da deficiência de vitamina A. Ela atinge três
estruturas oculares: retina, conjuntiva e córnea.
Reversíveis Irreversíveis
Xeroftalmia
Ulceração da córnea
Xerose conjuntival
Ceratomalácia
Manchas de Bitot
Cegueira irreversível
Cegueira notura
Ergocalciferol Colecalciferol
Vitamina D3
Vitamina D2
Alimentos de origem animal
Alimentos de origem vegetal
Transformação do 7-deidrocolesterol na pele
ACERTE O ALVO!
Importante decorar o nome e a sigla da vitamina D nas
formas que são convertidas do fígado e rins (forma ati-
va final).
• Vitamina E
É um termo genérico que se refere a oito nutrientes naturais
lipossolúveis com atividades de vitamina E (alfa, beta, gama), com dife-
rentes graus de atividades biológicas. O alfa tocoferol é o composto que
tem maior atividade biológica e, portanto, maior interesse das bancas de
Residência.
ACERTE O ALVO!
Lembre-se que as membranas celulares contêm ácidos
graxos na sua composição, assim a vitamina E tem um
efeito crucial na proteção delas contra a peroxidação li-
pídica.
HIDROSSOLÚVEIS
• Vitamina B1 (Tiamina)
A vitamina B1, também conhecida como Tiamina, aneurina, fator antibe-
ribéri e fator antineurítico, é uma coenzima necessária nas reações de
produção de energia que determinam a contração miocárdica. Por conse-
guinte, a deficiência de tiamina pode causar diminuição da energia e con-
trações cardíacas mais fracas.
Beribéri úmido
Beribéri seco
• Condição severa caracterizada por neuropatia periférica; presença de confusão mental, perda
muscular. Associada normalmente à privação de energia e inatividade.
Beribéri infantil
• Mulheres na lactação com dietas pobres em tiamina podem condicionar o beribéri infantil em
bebês amamentados com exclusividade.
• Insuficiência cardíaca, constipação, vômitos, cianose.
A niacina tem sido apontada como uma das vitaminas mais estáveis. Ela
tem, em geral, excelente estabilidade ao calor e à luz na faixa inteira de
pH dos alimentos. Contudo, deve ser lembrado que a niacina, sendo uma
vitamina hidrossolúvel, pode ser perdida em branqueamento, operações
de lavagem e sucos resultantes da cocção.
ACERTE O ALVO!
A pelagra também é conhecida pelos seus sintomas: a
síndrome dos 3D: dermatite, demência e diarreia.
• Vitamina B6 (Piridoxina)
Os compostos da vitamina B6 incluem piroxina, piridoxal e piridoxamina
na forma livre e fosforilada. As três formas são igualmente eficazes na
nutrição, e a maior parte da vitamina B6 nos alimentos está sob as formas
piridoxal e piridoxamina. As formas ativas são as coenzimas piridoxal-5-
fosfato (PLP) e a piridoxamina-5-fosfato.
• Vitamina B7 (Biotina)
Também conhecida como vitamina H, coenzima transportadora de enzi-
mas envolvidas em reações de gliconeogênese, lipogênese, síntese de
AG, metabolismo de propionato e catabolismo da leucina. Alguns traba-
lhos indicam que a vitamina B7 pode trazer resultados positivos no trata-
mento contra unhas quebradiças, queda de cabelo e intolerância à glicose.
ACERTE O ALVO!
O termo ácido fólico é usado para caracterizar a forma
totalmente oxidada não presente naturalmente nos ali-
mentos, enquanto o termo folato representa o grupo
de compostos que têm a mesma atividade vitamínica e
incluem os folatos naturais e o ácido fólico, o qual é a
forma sintética utilizada na fortificação dos alimentos.
ACERTE O ALVO!
Por ser encontrada apenas em fontes animais, essa é a
vitamina de maior atenção para possível suplementa-
ção nos veganos.
ACERTE O ALVO!
Quando a anemia é decorrente da deficiência de B12, se-
cundária à deficiência do fator intrínseco, pode receber
o nome de Anemia Perniciosa.
Toxicidade: a vitamina B12 é bem tolerada. Reações alérgicas têm sido re-
latadas após injeção intramuscular. No entanto, não há indícios ainda de
toxicidade em altas doses.
I. Tiamina
II. Riboflavina
III. Niacina
IV. Folato
V. Vitamina D
102
MINERAIS
São elementos inorgânicos amplamente distribuídos na natureza e que,
no organismo, desempenham uma variedade expressiva de funções me-
tabólicas, que incluem ativação, regulação, transmissão e controle.
De acordo com a OMS, os minerais podem ser divididos conforme sua es-
sencialidade:
Provavelmente
Essenciais Potencialmente Tóxicos
Essenciais
Cálcio Alumínio
Ferro Chumbo
Boro
Zinco Flúor
Manganês
Fósforo Lítio
Níquel
Enxofre Mercúrio
Silício
Cobre Arsênico
Vanádio
Magnésio Estanho
Molibdênio Cádmio
Iodo
Selênio
Manganês
Cromo
Cálcio Ferro
Cobalto
Fósforo Zinco
Arsênico
Magnésio Cobre
Silício
Enxofre Flúor
Vanádio
Molibdênio
Boro
Níquel
Como você pode observar, são muitos minerais e cada um possui sua es-
pecificidade biológica. Aqui, traremos apenas aqueles importantes e re-
correntes em provas para Residência em Nutrição.
• Cálcio (Ca)
O cálcio é o mineral mais abundante no corpo humano, contribuindo com
cerca de 1,5% do peso corporal total. Ossos e dentes contêm cerca de
99% do cálcio, constituindo uma reserva orgânica do mineral. O restante
do cálcio fica distribuído nos fluidos intracelular e extracelular.
Funções
• Construção e manutenção de ossos e dentes.
• Liberação de neurotransmissores nas ligações sinápticas.
• Regulação dos batimentos cardíacos.
• Transporte de íons por meio das organelas celulares.
• Atua como cofator necessário em reações enzimáticas no processo de
coagulação sanguínea.
Alta ingestão de sódio pode reduzir a absorção do cálcio, uma vez que eles
compartilham o mesmo sistema de transporte no túbulo renal.
• Fósforo (P)
É o segundo mineral mais abundante do corpo. Os sais de fósforo são
encontrados em todas as partes das células do corpo como parte de um
sistema tampão principal. O fósforo também faz parte do DNA e RNA e,
portanto, é necessário para todos os tipos de crescimento.
Deficiência e Toxicidade
Convulsões.
Fraqueza. Fraqueza muscular.
Prejuízo na produção
Deficiência Letargia. Paralisia.
do HCl.
Hipotensão. Confusão.
Câimbras.
Hipertensão.
Cefaleia, Fraqueza muscular.
Toxicidade Parada respiratória. Nenhum relato. Vômito.
Eritema da pele. Parada cardíaca.
Aumento da perda de Ca.
Biodisponibilidade:
• Fatores que podem aumentar a biodisponibilidade do Fe: ácido
ascórbico, ácido cítrico, aminoácidos sulfurados (cisteína), produtos
da digestão de carnes de bovino e de aves (fator carne).
• Fatores que podem reduzir a biodisponibilidade do Fe: precipitação por
alcalinização, cálcio, fitatos, ingestão de compostos alcalinos ou de an-
tiácidos, proteína do leite, albumina, gema de ovo e proteína da soja,
café e chá, fibra e farelos de arroz e de trigo, ingestão concomitante de
sais de ferro e zinco.
• Zinco (Zn)
O zinco, depois do potássio e do magnésio, é o elemento mais abundante
no meio intracelular, sendo encontrado no citosol, em vesículas, organelas
e no núcleo. Ele está presente em mais de 200 enzimas diferentes; 80%
desse mineral pode ser encontrado nos músculos e nos ossos.
• Cobre (Cu)
O cobre tem funções orgânicas específicas por ser constituinte de enzi-
mas como atividades de oxirredução. Seu envolvimento considerável no
metabolismo do esqueleto, no sistema imunológico e na redução dos ris-
cos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares constitui um dos
aspectos mais relevantes para as questões
• Selênio (Se)
O selênio é necessário para a produção de enzimas, sendo a mais conheci-
da a glutationa peroxidase, que é fundamental na neutralização de radi-
cais livres e na proteção contra a peroxidação lipídica de membranas. Em
virtude de sua relevante ação antioxidante, o selênio tem sido associado
à prevenção de certos tipos de câncer. Também está envolvido na síntese
da enzima que retira iodo da molécula de T4, transformando-a numa for-
ma mais ativa, o T3 ou tri-iodotironina. É, ainda, importante na formação
do esperma, no funcionamento da próstata e da função imunológica nor-
mal.
I. FÓSFORO
II. MAGNÉSIO
III. POTÁSSIO
IV. TIAMINA
01 A
02 B
03 D
04 D
05 D
Questões Comentadas
06 D (6-10)
07 C
08 E
09 D
10 C