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Brasília
2021
APRESENTAÇÃO
Os guias de normalização são parte do serviço de apoio a normalização
de trabalhos acadêmicos, desenvolvido pela FATEO (Faculdade de Teologia da
Arquidiocese de Brasília) para a comunidade acadêmica. Orientam a aplicação
das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na
apresentação de trabalhos acadêmicos, de forma a facilitar seu entendimento e
uso.
Antes de tudo, vale destacar que o termo Metodologia significa “[...] estudo
dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência” (DEMO, 1995, p.
11). Ainda, segundo Demo (1995), a metodologia é uma disciplina que
instrumentaliza quanto aos procedimentos a serem tomados na pesquisa,
possibilitando acesso aos “caminhos do processo científico”, além disso, ela
visa, também, promover questionamentos acerca dos limites da ciência sob os
aspectos da capacidade de conhecer e de interferir na realidade. Para Severino
(2007, p. 17-18) o trabalho científico:
Em geral, fala-se que uma pessoa tem um certo conhecimento (ou está
ciente) quando detém alguma informação ou saber com relação a algum aspecto
da realidade.
Além disso, vale salientar que esses tipos de conhecimento podem ter um
mesmo objeto de estudo, como, por exemplo, a origem do universo. Mas, cada
um dos tipos de conhecimento pode apresentar a sua versão para tal fato.
Enfim, o objeto da filosofia são as ideias, os conceitos, que não são redutíveis
à realidade material e que, por isso, não são passíveis de observação e
mensuração. Porém, vale lembrar que essa posição não é unânime.
Ainda assim, ele está sempre sob judice, podendo ser revisado ou
reformulado a qualquer tempo, desde que se possa provar sua ineficácia. É
produzido pela investigação científica e através dos seus métodos.
• Real – lida com ocorrências, fatos, isto é, com toda forma de existência que
se manifesta de algum modo;
investigadas;
Tipos de pesquisa
Exemplo:
Todo mamífero tem um coração. Ora, todos os cães são mamíferos. Logo,
todos os cães têm um coração.
Exemplo:
Este método foi definido por Karl Popper, a partir de suas críticas ao método
indutivo. Para ele, o método indutivo não se justifica, pois o salto indutivo de
“alguns” para “todos” exigiria que a observação de fatos isolados fosse infinita.
• A,B e C produzem X
• A, B e D não produzem X
• B, C, e D produzem X
Com base nesses resultados podemos concluir que C precisa acontecer para
que se tenha X. Se removermos os demais e mesmo assim X acontecer,
podemos dizer que C é condição necessária e suficiente para que X aconteça.
6 APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA
1º passo – O tema
Toda caminhada precisa do primeiro passo. Para elaborar um projeto de
pesquisa, este primeiro passo é dado com a escolha do tema. Trata-se ainda de
uma definição genérica do que você pretende estudar.
Com o grande acúmulo de produção acadêmica ao qual chegamos, fica
quase impossível eleger algum tema inteiramente original. E não há problema
nenhum nisso, já que há diversos aspectos (objeto de estudo, procedimentos
metodológicos, referencial teórico etc.) que vão diferir a sua pesquisa de outra
realizada anteriormente, como veremos mais adiante.
Portanto, não esqueça: o que confere originalidade ao tema é a
abordagem dada a ele, e não o tema em si. Por isso, não se preocupe de estudar
algo que outra pessoa está investigando naquele momento ou que pareça ter
sido muito explorado por pesquisadores.
Mas como escolher o que você quer pesquisar diante de uma infinidade de
assuntos? Eis alguns pontos para te ajudar nesta tarefa:
Uma ideia que vai servir de base para um projeto de pesquisa parte,
geralmente, de uma pergunta (ou várias perguntas). Por exemplo: “por que algo
acontece de tal forma?” ou “como tal coisa ocorre?”.
No entanto, a pergunta nem sempre aparece de modo claro para o
iniciante (e também para o pesquisador em formação). É bom lembrar que essa
“pergunta inicial” pode levar a outras perguntas (secundárias).
O ideal é forçar-se (trata-se efetivamente de um exercício necessário)
para que ela apareça, transpareça, manifeste-se. Surge daí o que se chama no
campo científico de problema de pesquisa.
Insista nessa tarefa (tente colocar no papel as perguntas que
despontarem na sua cabeça)! Afinal, essa é uma parte importante do
projeto de pesquisa.
Seguem algumas dicas que podem te auxiliar na formulação do problema
de pesquisa, bem como na viabilidade da proposta:
A) O problema é original?
B) Vou conseguir dar conta de resolver o problema no prazo estipulado
(lembrando que são dois anos de mestrado e quatro de doutorado)
C) Dá para realizar a pesquisa proposta?
D) Tenho recursos (financeiros, bibliográficos, cognitivos etc.) para
executar a pesquisa?
E) A pesquisa tem relevância científica e social?
4º passo – As hipóteses
Se uma pesquisa parte, geralmente, de uma pergunta (ou várias
perguntas), podemos dizer que elas carregam consigo possíveis respostas. Tais
respostas, ainda não comprovadas, são denominadas hipóteses.
Essas possíveis respostas podem estar na cabeça do pesquisador de
modo consciente ou não. Por isso, também se trata de um exercício. A hipótese
pode “aparecer” ou não.
É importante ressaltar que a construção de hipóteses não é um consenso
na investigação acadêmica. Ou seja, a hipótese não é um item obrigatório no
projeto de pesquisa, como os outros. Ela vai depender do tipo de orientação
(muitas vezes, essa é uma exigência do orientador), da necessidade da pesquisa
(a depender do objeto, há hipóteses claras) e da capacidade/vontade do próprio
pesquisador (é comum que um pesquisador a nível de mestrado não tenha
maturidade para elaborar hipóteses).
É necessário que o pesquisador tome cuidado, pois uma hipótese
desenvolvida de modo forçado pode contaminar todo o trabalho. Ele pode querer
confirmá-la a todo custo, colocando a pesquisa em risco. Saiba que uma
hipótese pode ser confirmada total ou parcialmente ou, até mesmo, negada.
5º passo – Os objetivos
6º passo – As justificativas
Neste tópico, deve ser revelada a pertinência da pesquisa. Ou melhor,
sua relevância científica e social, bem como as motivações que levaram a
aspectos como, escolha do tema, delimitação do objeto de estudo, opções
metodológicas, objeto empírico etc.
Claro que não há necessidade de justificar ponto a ponto, mas elementos
que ajudam a estruturar a pesquisa. Com isso, o pesquisador passa a ter clareza
e consciência sobre cada decisão tomada, sabendo a importância de cada passo
dado para o propósito que busca alcançar.
• Escolha do tema.
• Delimitação do tema.
• Problema.
• Hipótese(s).
• Justificativa.
• Objetivos (Geral e específico).
7 PASSOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO
tema.
A definição do problema:
A ABNT NBR 14724 diz respeito aos princípios gerais para a elaboração
de trabalhos acadêmicos, visando a sua apresentação à instituição (banca,
comissão examinadora e outros), bem como sua entrega à biblioteca. Esta
norma aplica-se às teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso (TCC),
trabalhos de graduação interdisciplinar (TGI), trabalhos de conclusão de curso
de especialização e/ou aperfeiçoamento e outros.
a) brasão da FATEO;
c) nome do autor;
d) título do trabalho;
9.1.2 Lombada
a) nome do autor;
b) título do trabalho;
c) subtítulo (se houver), separado do título por dois pontos para evidenciar
a subordinação ao título;
a) nome autor;
b) título;
e) data de aprovação;
9.2.5 Agradecimentos
9.2.6 Epígrafe
9.2.13 Sumário
10.1 Introdução
Tem como finalidade dar ao leitor uma visão concisa do tema investigado,
ressaltando-se: o assunto de forma delimitada, ou seja, enquadrando-o sob a
perspectiva de uma área do conhecimento, de forma que fique evidente sobre o
que se está investigando; a justificativa da escolha do tema; os objetivos do
trabalho; o objeto de pesquisa que será investigado durante o transcorrer da
pesquisa.
10.2 Desenvolvimento
10.3 Conclusão
10.5 Referências
c) o texto deve ser digitado em preto, podendo utilizar cores somente para
as ilustrações
Título.
Autor (es).
Epígrafe (facultativa).
Resumo e Abstract.
Palavras-chave;
Referências.
12.1.1 Título:
Deve conter os conceitos-chave
12.1.2 Autor(es):
Deve vir indicado do centro para a margem direita. Caso haja mais de um,
deverão vir em ordem alfabética. Caso tenham titulações diferentes, estar devem
seguir a ordem da maior para a menor. Demais dados sobre a titulação devem
ser indicadas em nota de rodapé.
12.1.3 Epígrafe:
12.1.4 Resumo:
Características do tema que sirvam para indexar o artigo. Use até 6 palavras.
12.2.1 Introdução:
Tem como objetivo situar o leitor no tema pesquisado e oferecer uma visão
global do estudo. Deve esclarecer as delimitações feitas pelo autor, os objetivos
e as justificativas que levaram o autor até o objeto de estudo.
Aqui deve ser feita uma revisão da literatura e expor como ela foi aproveitada
pelo leitor. Deve ser feito uma exposição e uma discussão das teorias utilizadas
para entender e esclarecer o problema de pesquisa. É necessário analisar as
informações publicadas sobre o tema até o momento da redação final do
trabalho; isso demonstrada teoricamente.
12.3.3 Conclusão:
13.1 Fonte:
13.2 Margens:
13.3 Numeração:
Deve ser colocada no canto superior direito, a 2 cm. da borda do papel com
algarismos arábicos e tamanho da fonte menor, sendo que na primeira página
não leva número, mas é contada.
13.4 Espaçamento:
13.5 Destaques:
Quando houver na frase que está sendo citada uma palavra ou trecho
entre aspas duplas, estas devem ser transformadas em aspas simples (‘...’).
Exemplo:
No texto: Paulino et al. (2003 apud ANDRADE et al., 2010) exprimem que
o tipo de suplemento depende da composição química do pasto.
No texto: “Um texto é citado para ser interpretado ou para apoio a uma
interpretação.” (ECO, 1983, p. 121 apud KOCHE, 2009, p. 147).
As notas servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto
para não o sobrecarregar. Devem ser digitadas dentro das margens, separadas
do texto por um filete de 5 cm, a partir da margem esquerda, sem espaço entre
elas e com fonte menor (tamanho 10). A partir da segunda linha da mesma nota,
são alinhadas abaixo da primeira letra da primeira linha, de forma a destacar o
expoente.
autor, título, subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora e ano de
publicação. Se necessário, acrescentam-se elementos complementares para
melhor identificação do documento.
Exemplos:
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra.
Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2012.
RUA, João et al. Para ensinar geografia: contribuições para os trabalhos com
1º e 2º graus. Rio de Janeiro: ACCESS, 1993.
TERZI, Renato G. G.; FALCÃO, Antonio Luis Eiras; VIDETTA, Walter (ed.).
Cuidados neurointensivos. São Paulo: Atheneu, 2013. 480 p. (Clínicas de
Medicina Intensiva Brasileira, v. 18). THE NEW encyclopaedia britannica:
micropaedia. Chicago: Encyclopaedia Britannica, 1986. 30 v.