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FACULDADE DE TEOLOGIA DA ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA

www.fateo.com.br

CÉSAR DIAS GOMES


Professor

MANUAL DE NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS


CIENTÍFICOS

Brasília
2021
APRESENTAÇÃO
Os guias de normalização são parte do serviço de apoio a normalização
de trabalhos acadêmicos, desenvolvido pela FATEO (Faculdade de Teologia da
Arquidiocese de Brasília) para a comunidade acadêmica. Orientam a aplicação
das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na
apresentação de trabalhos acadêmicos, de forma a facilitar seu entendimento e
uso.

Permanecem atualizados de acordo com as normas vigentes. O Guia de


normalização de trabalhos acadêmicos foi elaborado de acordo com as regras
da ABNT NBR 14725:2011. Foram tomadas como base as seguintes normas:

a) ABNT NBR 6023:2020, Referências – Elaboração;


b) ABNT NBR 6024:2012, Numeração progressiva das seções de um
documento – Apresentação;
c) ABNT NBR 6027:2012, Sumário – Apresentação;
d) ABNT NBR 6028:2021, Resumo, resenha e recensão – Apresentação;
e) ABNT NBR 6034:2004, Índice – Apresentação;
f) ABNT NBR 10520:2002, Citações – Apresentação;
g) ABNT NBR 12225:2004, informação e documentação – lombada –
apresentação;
h) Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR2);
i) Normas de apresentação tabular do IBGE, 1993.

Espera-se que este manual funcione como instrumento facilitador para a


realização de trabalhos acadêmicos no âmbito da FATEO. Ressalta-se que
manual não esgota o tema da escrita e formatação de trabalhos acadêmicos, e
por isso passará por revisões e alterações sempre que necessário.

César Dias Gomes


Professor de Metodologia Científica – FATEO
Sumário
1 A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA PARA A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO. ............................................................................................6
2 CONHECIMENTO..................................................................................................................8
2.1 Conhecimento mítico ....................................................................................................10
2.2 Conhecimento empírico ou senso comum ................................................................10
2.3 Conhecimento religioso/teológico ...............................................................................12
2.4 Conhecimento estético/artístico ..................................................................................13
2.5 Conhecimento filosófico ...............................................................................................13
2.6 Conhecimento técnico ..................................................................................................14
2.7 Conhecimento científico ...............................................................................................14
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................................17
4 CONHEÇA A SEGUIR ALGUNS INSTRUMENTOS: ....................................................19
5 MÉTODO CIENTÍFICO .......................................................................................................20
5.1 Método Dedutivo ...........................................................................................................22
5.2 Método Indutivo .............................................................................................................22
5.3 Método Hipotético-Dedutivo ........................................................................................23
5.4 Método dialético ............................................................................................................24
5.5 Método Estatístico ........................................................................................................25
5.6 Método Comparativo ....................................................................................................25
5.7 Método Experimental....................................................................................................25
6 APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA.........................................................27
O que é um projeto de pesquisa? .................................................................................27
7 PASSOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO ................................................34
8 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS ...................................................36
9 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO ................................................................37
9.1 Parte externa .................................................................................................................38
9.1.1 Capa ........................................................................................................................39
9.1.2 Lombada .................................................................................................................39
9.2 Parte interna ..................................................................................................................40
9.2.1 Elementos pré-textuais .........................................................................................40
9.2.1 Folha de rosto ........................................................................................................40
9.2.2 Errata .......................................................................................................................41
9.2.3 Folha de aprovação ...............................................................................................41
9.2.4 Dedicatória..............................................................................................................42
9.2.5 Agradecimentos .....................................................................................................42
9.2.6 Epígrafe...................................................................................................................42
9.2.7 Resumo no idioma do texto ..................................................................................43
9.2.8 Resumo em outro idioma......................................................................................44
9.2.9 Lista de ilustrações ................................................................................................44
9.2.10 Lista de tabelas ....................................................................................................45
9.2.11 Lista de abreviaturas e siglas ............................................................................45
9.2.12 Lista de símbolos .................................................................................................46
9.2.13 Sumário .................................................................................................................46
10 ELEMENTOS TEXTUAIS .................................................................................................47
10.1 Introdução ....................................................................................................................47
10.2 Desenvolvimento ........................................................................................................47
10.3 Conclusão ....................................................................................................................47
10.4 Elementos pós-textuais ..............................................................................................48
10.5 Referências..................................................................................................................48
11 REGRAS GERAIS .............................................................................................................49
11.1 Formato A formatação obedece às seguintes orientações:..................................49
12 ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTÍFICO .......................................................................50
12.1 Artigos científicos e sua estrutura detalhada ..........................................................50
12.1.1 Título: ....................................................................................................................50
12.1.2 Autor(es): ..............................................................................................................50
12.1.3 Epígrafe: ...............................................................................................................50
12.1.4 Resumo:................................................................................................................50
12.1.5 Palavras-chave: ...................................................................................................51
12.2 Corpo do artigo: ..........................................................................................................51
12.2.1 Introdução:............................................................................................................51
12.2.2 Desenvolvimento e Demonstração de Resultados: ........................................51
12.3.3 Conclusão:............................................................................................................51
12.3.4 Referências Bibliográficas: .................................................................................52
13 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS ...................................53
13.1 Fonte: ...........................................................................................................................53
13.2 Margens: ......................................................................................................................53
13.3 Numeração: .................................................................................................................53
13.4 Espaçamento: .............................................................................................................53
13.5 Destaques:...................................................................................................................53
14 CITAÇÕES .........................................................................................................................54
14.1 Definição de citação ................................................................................................54
14.2 Tipos de citação .......................................................................................................54
14.3 Citação direta ...........................................................................................................54
14.3.1 Citação direta com até 3 linhas .........................................................................54
14.4 Citação direta com mais de 3 linhas ........................................................................55
14.5 Citação indireta ...........................................................................................................55
14.6 Citação de citação ......................................................................................................56
14.7 Citação de texto traduzido pelo autor ......................................................................57
14.7.1 Dois autores .........................................................................................................57
14.7.2 Três autores .........................................................................................................57
15 NOTAS DE RODAPÉ .................................................................................................58
15.1 Notas explicativas .......................................................................................................58
16 REFERÊNCIAS..................................................................................................................59
16.1 Regras gerais para apresentação das referências: ...............................................59
16.2 Modelos de referências ..............................................................................................60
16.3 Modelos de referências para monografia ................................................................60
1 A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA PARA A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO.

Antes de tudo, vale destacar que o termo Metodologia significa “[...] estudo
dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência” (DEMO, 1995, p.
11). Ainda, segundo Demo (1995), a metodologia é uma disciplina que
instrumentaliza quanto aos procedimentos a serem tomados na pesquisa,
possibilitando acesso aos “caminhos do processo científico”, além disso, ela
visa, também, promover questionamentos acerca dos limites da ciência sob os
aspectos da capacidade de conhecer e de interferir na realidade. Para Severino
(2007, p. 17-18) o trabalho científico:

[...] refere-se ao processo de produção do próprio


conhecimento científico, atividade epistemológica de apreensão
do real; ao mesmo tempo, refere-se igualmente ao conjunto de
processos de estudo, de pesquisa e de reflexão que
caracterizam a vida intelectual do estudante [...]. (2007, p. 17-
18)

O conhecimento é importantíssimo para todos os segmentos da humanidade,


tornou-se valioso, pois quem o domina pode ter acesso a inúmeras
oportunidades. (TEIXEIRA, 2010). Vieira et al. (2003), aponta que o
conhecimento tomou proporções que vão além dos limites das instituições de
ensino ou do que o professor pode dispor, podendo ser construído em várias
formas e lugares.

Frente a essa afirmativa há a necessidade de sistematizar o conhecimento


científico, pois a partir disso a metodologia começa a ser instituída e atrela a
pesquisa o seu pleno desenvolvimento. Nesse sentido, Severino diz que a
pesquisa assume três dimensões na Universidade:

De um lado, tem uma dimensão epistemológica: a


perspectiva do conhecimento. Só se conhece construindo o
saber, ou seja, praticando a significação dos objetos [...] assume
ainda uma dimensão pedagógica: a perspectiva decorrente de
sua relação com a aprendizagem. Ela é mediação necessária e
eficaz para o processo de ensino/aprendizagem. Só se aprende
e só se ensina pela efetiva prática da pesquisa. Mas ela tem
ainda uma dimensão social: a perspectiva da extensão [...].
(SEVERINO,2007, p. 26).
Nesse contexto, a pesquisa assume papel importante, pois tanto docente,
quanto o estudante fará uso da pesquisa para aprimorar, pôr em prática e
construir conhecimento de maneira significativa. Severino (2007, p. 25-26) diz
que o “professor precisa da prática da pesquisa para ensinar eficazmente; o
aluno precisa dela para aprender eficaz e significativamente [...]”.

Segundo Teixeira (2010), para que se alcance uma educação de qualidade


esta deve estar atrelada ao conhecimento. Dessa maneira, será possível a
construção do conhecimento voltado para uma educação comprometida e,
realmente, construtiva.

Portanto, compete aos professores e estudantes, através da prática de


pesquisa, proporcionar a sociedade novos conhecimentos com a finalidade de
torná-la padrão na praxe do ensino superior e nas demais modalidades de ensino
(principalmente no ensino médio), o que certamente facilitaria,
significativamente, a vida do ingressante de ensino superior.
2 CONHECIMENTO

A preocupação em conhecer e explicar a natureza é uma constante desde os


primórdios da humanidade. Para conhecer, os homens interpretam a realidade
e colocam um pouco de si nesta interpretação, assim, o processo de
conhecimento prova que ele está sempre em construção, visto que para cada
novo fato tem-se uma análise nova, impregnada das experiências anteriores.

Segundo Ruiz (1996) entre todos os animais, os seres humanos, são os


únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; os únicos capazes de
aplicar o que aprendem, por diversos meios, numa situação de mudança do
conhecimento.

Dessa forma, a busca pelo entendimento de si e do mundo ao seu redor,


levou o homem a trilhar caminhos variados, que ao longo dos anos constituíram
um vasto leque de informações que acabaram por constituir as diretrizes de
várias sociedades. Algumas dessas informações eram obtidas através de
experiências do cotidiano que levavam o homem a desenvolver habilidades para
lidar com as situações do dia a dia.

Outras vezes, por não dominar determinados fenômenos, o homem atribuía-


lhes causas sobrenaturais ou divinas, desenvolvendo um conhecimento abstrato
a respeito daquilo que não podia ser explicado materialmente.

Em geral, fala-se que uma pessoa tem um certo conhecimento (ou está
ciente) quando detém alguma informação ou saber com relação a algum aspecto
da realidade.

O conhecimento é o ato de adquirir informações e dados sobre um


determinado assunto. Ele pode ser motivado pela necessidade de conhecer algo
ou saber sobre ele, bem como por curiosidade de conhecer/identificar o
procedimento, histórico, as características, o funcionamento, entre outros, de um
fato.

Assim, conhecimento “É um processo de reflexão crítica cujo objetivo é o


desvelamento de um objeto”. (BARROS; LEHFELD, 2000). Portanto, nesta
prática de reflexão e descoberta, é necessário o envolvimento de dois
segmentos: sujeito e objeto.

O sujeito é o indivíduo capaz de conhecer (desvelar), ou seja, é o


pesquisador, o aluno, o professor, enquanto o objeto é tudo que pode ser
conhecido (refletido, criticado), podendo ser algo físico/tangível, como um
acontecimento, um produto, um fenômeno, etc.

É nesta relação do sujeito com o objeto que se estabelece a busca pelo


conhecimento. Em termos mais específicos, é nesta relação que se dá a
pesquisa, a busca pelo conhecimento. O ser humano busca o conhecimento ao
problematizar o mundo vivido, sua relação com o meio e com os seus
semelhantes.

O conhecimento possibilita representar a realidade de maneira que o sujeito


possa se situar e agir no mundo. O conhecimento é uma forma de representação
da realidade. Ao produzir/buscar conhecimento, se cria uma representação
possível da realidade. A realidade, sendo uma construção do sujeito que
conhece, é elaborada com base nos referenciais do sujeito.

São muitas as variáveis da relação entre sujeito e objeto do conhecimento.


Para conhecer, o sujeito utiliza os referenciais que estão a sua disposição. Em
função dos elementos utilizados pelo sujeito, de sua visão de mundo, da
realidade, do resultado e dos procedimentos adotados, tem-se a geração de um
tipo de conhecimento mais ou menos específico. Muito embora seja necessário
levar em conta o caráter sistêmico e complexo do conhecimento, para fins
didáticos e reflexivos, é comum uma separação entre os tipos de conhecimento.

A tipologia do conhecimento, de forma simplificada, pode ser entendida como


o resultado da utilização, pelo sujeito, de diferentes tipos de referências para a
construção do conhecimento.

Convencionalmente, o conhecimento é tipificado em: conhecimento


popular/empírico, filosófico, religioso/teológico e científico. Contudo, levando-se
em conta outros referenciais e procedimentos possíveis, ainda é viável encontrar
outros tipos para essa divisão.
Os tipos de conhecimento podem coexistir em um mesmo sujeito da
cognição. Um cientista voltado para o estudo da biologia, por exemplo, pode ser
oriundo de uma religião, ter afinidades com um sistema filosófico e ter como guia
de sua vida cotidiana conhecimentos provenientes do senso comum.

Além disso, vale salientar que esses tipos de conhecimento podem ter um
mesmo objeto de estudo, como, por exemplo, a origem do universo. Mas, cada
um dos tipos de conhecimento pode apresentar a sua versão para tal fato.

Para que se entenda melhor como funciona essa diversidade de


conhecimentos, apresentam-se, em linhas gerais, os sete tipos de
conhecimento: o mítico, o popular/empírico, o religioso/teológico, o
estético/artístico, o filosófico, o técnico e o científico.

2.1 Conhecimento mítico

O conhecimento mítico busca o entendimento da realidade com base no


sobrenatural e na tradição. É um tipo de conhecimento que faz uso da intuição
para explicar a realidade, as origens e a cosmologia de um grupo.

O conhecimento mítico, assim como os demais tipos de conhecimento, cria


uma representação do real, atribuindo sentido, significado para as manifestações
da natureza e para as tradições culturais. A crença em seres fantásticos, em
simbiose com o meio ambiente e com os ancestrais explica o funcionamento do
social e do natural.

2.2 Conhecimento empírico ou senso comum


O conhecimento empírico é também chamado de conhecimento popular ou
comum. É aquele obtido no dia a dia, independentemente de estudos ou critérios
de análise. Foi o primeiro nível de contato do homem com o mundo, acontecendo
através de experiências casuais e de erros e acertos.

Segundo Galliano (1986, p.36) “[...] resulta de repetidas experiências casuais


de erro e acerto, sem observação metódica, nem verificação sistemática. Pode
também resultar de simples transmissão de geração para geração e, assim, fazer
parte das tradições de uma coletividade”.
É um conhecimento superficial, onde o indivíduo, por exemplo, sabe que
nuvens escuras é sinal de mau tempo, contudo não tem ideia da dinâmica das
massas de ar, da umidade atmosférica ou de qualquer outro princípio da
climatologia. Enfim, ele não tem a intenção de ser profundo, mas sim, básico.
Nesse sentido, Ruiz (1996, p.23) conceitua o conhecimento empírico como:

“[...] é o modo comum, espontâneo, pré-crítico de conhecer. É o


conhecimento do povo que atinge os fatos sem lhes inquirir as causas”. Portanto,
o conhecimento do tipo senso comum, produz informações sobrea realidade.

No entanto, tais informações normalmente se prendem aos seus objetivos


mais imediatos, ou seja, não se preocupa em saber as razões ou as causas dos
fenômenos. O conhecimento empírico ou senso comum fundamenta-se, nas
informações adquiridas na convivência familiar e social e, portanto, possui as
seguintes características:

Valorativo (vivência e emoção da vida cotidiana); assistemático (baseia-se


nas experiências próprias do sujeito cognoscente que aprende o objeto
conhecido, não possuindo um sistema organizado de ideias); verificável (pode
ser percebido na vida diária); falível e inexato (conforma-se coma aparência e
com o que ouviu dizer sobre o objeto). (Ver texto 01 – O senso comum).

É desenvolvido, principalmente, por meio dos sentidos e não tem a intenção


de ser profundo, sistemático e infalível. Usualmente, é adquirido por acaso ou
pelas tradições ou transmitido de geração para geração, não passando pelo crivo
dos postulados metodológicos.

O conhecimento popular/empírico é adquirido independentemente de


estudos, de pesquisas, de reflexões ou de aplicações de métodos. Entretanto,
pode tornar-se científico, desde que passe pelas exigências dos pares de uma
comunidade científica. Pode atingir o status de conhecimento científico, pois
Entre as características do conhecimento popular/empírico estão, segundo
Ander-Egg (1978 apud LAKATOS; MARCONI, 2000):

a) Superficial – conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode


comprovar simplesmente estando junto das coisas. Usam-se frases como: “Eu
vi”, “Eu estive presente”, “Porque disseram”, “Porque todo mundo diz”.
b) Sensitivo – refere-se às vivências, aos estados de ânimo e às emoções da
vida diária da pessoa. Essas vivências não são plausíveis de comprovação e de
mensuração.

c) Subjetivo – é o próprio sujeito que organiza suas experiências e os seus


conhecimentos.

d) Assistemático – a organização da experiência não visa a uma


sistematização das ideias e da forma de adquiri-las nem à tentativa de validá-
las.

Enfim, no conhecimento popular/empírico, o homem conhece o fato e a sua


ordem aparente, sem explicações de ordem sistemática, metodológica, mas pela
experiência, pelo costume e pelo hábito. Num embate entre o conhecimento
popular/empírico e o conhecimento científico, algumas pessoas poderão
argumentar que ambos têm o mesmo valor; outras poderão defender que o
primeiro é inferior e que o segundo é digno de confiança e mérito.

2.3 Conhecimento religioso/teológico


O conhecimento religioso/teológico (do grego theos, que significa Deus, e
logos, que significa tratado/discurso) está relacionado com a fé e a crença divina.
Apresenta verdades indiscutíveis e infalíveis. O que funda o conhecimento
religioso/teológico é a fé, não sendo necessário ter evidências para crer.

O conhecimento religioso/teológico apoia-se em doutrinas que contêm


proposições sagradas, valorativas, as quais foram ou são reveladas pelo
sobrenatural, pelo divino e, por esse motivo, tais proposições são consideradas
infalíveis, indiscutíveis e exatas. No conhecimento religioso/teológico, um corpo
coerente de crenças pode se transformar em religião. Já a religião é o uso de
forma sistematizada e institucionalizada dessas crenças.

Enfim, o conhecimento religioso/teológico parte do princípio de que as


verdades tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações
da divindade, do sobrenatural.
2.4 Conhecimento estético/artístico

A visão positivista de conhecimento colocou no topo da hierarquia a ciência.


Com as visões contemporâneas de saber, têm sido resgatados saberes e
fazeres que ajudam a entender a realidade e explicar as relações sociais e
fenômenos naturais. A arte tem sido elevada à categoria de conhecimento
validado para esses entendimentos e explicações.

O conhecimento estético ou artístico, baseado em sentimentos, emoções,


criatividade e intuição possibilitam conhecer e lançar possibilidades de
interpretação do real.

O cientista também está imerso e é influenciado por suas referências sobre


arte e estética. Assim, o conhecimento artístico traduzido nas obras de arte é
expressão de um contexto histórico cultural específico.

2.5 Conhecimento filosófico


O conhecimento filosófico pode ser entendido como resultado do esforço
racional, sistemático e lógico de busca de conhecimento sem recorrer à
experimentação. De acordo com Fachin (2003), o conhecimento filosófico busca
ser o guia para a reflexão e conduz à elaboração de princípios e de valores
universais válidos.

Ainda conforme Fachin (2003, p. 7), “o conhecimento filosófico conduz à


reflexão crítica sobre os fenômenos e possibilita informações coerentes. Seu
objetivo é o desenvolvimento funcional da mente, procurando educar o
raciocínio”.

Nesse tipo de conhecimento, é a razão que permite a coordenação, a análise


a síntese em uma visão clara e ordenada. Entre as características do
conhecimento filosófico estão, segundo Ander-Egg (1978 apud LAKATOS;
MARCONI, 2000):

• Valorativo - seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão


ser submetidas à observação, ou seja, as hipóteses filosóficas não se baseiam
na experimentação;
• Não-verificável - os enunciados das hipóteses filosóficas não podem ser
confirmados nem refutados;

• Racional - consiste num conjunto de enunciados logicamente


correlacionados;

• Sistemático - suas hipóteses e enunciados visam a uma representação


coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua
totalidade;

• Infalível e exato - suas hipóteses e postulados não são submetidos ao


decisivo teste da observação e da experimentação. O conhecimento filosófico
tem como característica o esforço da razão, ou seja, recorre-se à razão para
postular boas respostas aos problemas humanos, como, por exemplo,
conhecimento, ética, política e estética.

Enfim, o objeto da filosofia são as ideias, os conceitos, que não são redutíveis
à realidade material e que, por isso, não são passíveis de observação e
mensuração. Porém, vale lembrar que essa posição não é unânime.

2.6 Conhecimento técnico


O conhecimento técnico é a aplicação das outras formas de conhecimento
para solução de problemas e transformação da realidade. É baseado na
objetividade operacional da aplicação do saber fazer a um determinado contexto.

Tem como objeto o domínio do mundo e da natureza. É especializado e


específico e se esmera na aplicação de todos os outros saberes que lhe podem
ser úteis. Trata-se de um tipo de saber que auxilia o homem e a mulher a agirem
no mundo, levando-os às mais diversas atividades visando à produção técnica
da vida.

2.7 Conhecimento científico


A ciência é uma necessidade do ser humano que se manifesta desde a
infância. É através dela que o homem busca o constante aperfeiçoamento e a
compreensão do mundo que o rodeia por meio de ações sistemáticas, analíticas
e críticas. Ao contrário do empirismo, que fornece um entendimento superficial,
o conhecimento científico busca a explicação profunda do fenômeno e suas inter-
relações com o meio.
Em primeiro lugar, a ciência não é imediatista, não se contenta com
informações superficiais sobre um aspecto da realidade, mesmo que esta
informação seja útil de alguma maneira (por exemplo, saber que o fermento faz
o bolo crescer é proveitoso para a cozinheira, mas não é um conhecimento
suficiente para a ciência). Na verdade, a ciência pretende ser crítica, isto é, busca
estar sempre julgando a correção de suas próprias produções. Aliás, este é o
sentido da palavra crítica, de origem grega (kritikós).

Diferentemente do filosófico, o conhecimento científico procura delimitar o


objeto alvo, buscando o rigor da exatidão, que pode ser temporária, porém
comprovada. Deve ser provado com clareza e precisão, levando à elaboração
de leis universalmente válidas para todos os fenômenos da mesma natureza.

Ainda assim, ele está sempre sob judice, podendo ser revisado ou
reformulado a qualquer tempo, desde que se possa provar sua ineficácia. É
produzido pela investigação científica e através dos seus métodos.

A procura surge não só da necessidade de encontrar soluções para


problemas da vida diária, mas também do desejo de fornecer teorias que possam
ser testadas e criticadas, por meio de provas empíricas, portanto, pode-se dizer
que o que o senso comum é o motor do conhecimento científico. Na verdade, a
observação da realidade é o ponto de partida para qualquer teoria ou
investigação.

O conhecimento científico possui algumas características de consenso da


literatura especializada. Dentre elas, se destacam as seguintes, conforme Ander-
Egg (1978 apud LAKATOS; MARCONI, 2000):

• Real – lida com ocorrências, fatos, isto é, com toda forma de existência que
se manifesta de algum modo;

• Contingente – suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou


falsidade conhecida por meio da experimentação, e não pela razão, como ocorre
no conhecimento filosófico;

• Sistemático – saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias


(teoria), e não conhecimentos dispersos e desconexos;
• Verificável – as hipóteses que não podem ser comprovadas não pertencem
ao âmbito do conhecimento científico;

• Falível – não é definitivo, absoluto ou final;

• Aproximadamente exato – novas proposições e o desenvolvimento de


novas técnicas podem reformular o acervo de teoria existente;

• Objetivo – procura as estruturas universais e necessárias das coisas

investigadas;

• Generalizador – reúne individualidades, percebidas como diferentes, sob as


mesmas leis, os mesmos padrões ou critérios de medida, mostrando que
possuem a mesma estrutura;

• Racional – procura, assim, apresentar explicações racionais, claras, simples


verdadeiras para os fatos, opondo-se ao espetacular, ao mágico e ao fantástico;

• Previsível – busca demonstrar e provar os resultados obtidos durante a


investigação, graças ao rigor das relações definidas entre os fatos estudados; a
demonstração deve ser feita não só para verificar a validade dos resultados
obtidos, mas também para prever racionalmente novos fatos como efeitos dos já
estudados.

Enfim, o conhecimento científico é ordenado e contínuo, ocorrendo por meio


de estudos incessantes. Procura renovar-se e modificar-se continuamente,
evitando a transformação das teorias em doutrinas e estas em preconceitos
sociais. O conhecimento científico está aberto a mudanças e resulta de um
trabalho paciente e lento de investigação e de pesquisa racional.
3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Segundo Gil (1994), a pesquisa científica pode ser caracterizada de diversos


tipos, procedimentos técnicos e técnicas específicas. Nesta apresentação
abordaremos apenas aqueles mais compatíveis ao nível de iniciação científica e
técnico que, obviamente, também são utilizados em outros níveis de estudo.

Tipos de pesquisa

Apresentamos a seguir três tipos de pesquisa básicos:

a) Pesquisa Exploratória - Explora um problema, procurando, através de uma


investigação aprofundada, esclarecê-lo. Pode envolver levantamento
bibliográfico, entrevistas com pessoas relacionadas/conhecedoras do problema
pesquisado.

b) Pesquisa Descritiva - Descreve um problema. Através de técnicas


padronizadas de coleta de dados (questionários, entrevistas, filmagens,...),
procura levantar e descrever informações sobre o tema proposto.

Exemplo: Pesquisas eleitorais.

c) Pesquisa Explicativa - Explica o problema estudado. Preocupa-se em


responder, com base em dados coletados e estudos de campo implementados,
o porquê dos fatos analisados.

Procedimentos técnicos da pesquisa.

De acordo com o tipo de pesquisa escolhido, (variando conforme o problema


proposto e os objetivos estabelecidos), definem-se os procedimentos técnicos
da pesquisa. Pesquisa Bibliográfica - É a busca por informações e
fundamentações a partir de livros e artigos científicos.

Um trabalho de pesquisa não deve basear-se somente em conteúdos


retirados da Internet, principalmente pela incerteza da veracidade dos mesmos,
pois, vale a pena lembrar: qualquer indivíduo pode publicar algo na rede, sem a
preocupação com a fundamentação do que está digitando.
Pesquisa Experimental - É o desenvolvimento de um experimento, onde
variáveis serão impostas e controladas, ou apenas analisadas. Estudo de campo
- Procura através de técnicas como entrevistas, questionários e outros, investigar
a realidade de determinado grupo de acordo com o problema e os objetivos
estabelecidos. A pesquisa experimental e a pesquisa de campo utilizam coletas
de dados diversificadas.
4 CONHEÇA A SEGUIR ALGUNS INSTRUMENTOS:

a) Questionário - é uma lista ordenada de perguntas que são respondidas na


forma escrita. Pode conter perguntas abertas (questões subjetivas) ou fechadas
(questões objetivas de assinalar).

b) Entrevista - é uma conversa entre o pesquisador e pessoas previamente


selecionadas. Nessa conversa pretende-se obter dados necessários para melhor
compreender a situação problema da pesquisa. A entrevista pode ser
estruturada (ter um roteiro de perguntas pré-estabelecidas) ou não estruturada
(o entrevistador tem liberdade para dirigir a entrevista de maneira informal
podendo fazer alterações no decorrer da conversação para melhor alcançar os
objetivos proposto na pesquisa).

c) Observação - se refere à coleta de dados através da utilização dos sentidos


para se compreender como ocorrem determinados fenômenos. O pesquisador
não interfere na realidade dos fatos, apenas observa, registra e relata.
5 MÉTODO CIENTÍFICO

A ciência surge no contexto humano como uma necessidade de saber o


porquê dos acontecimentos (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 84), como um modo
de compreender e analisar o mundo através de um conjunto de técnicas e
métodos. Considerando a etimologia das palavras, ciência significa
“conhecimento”, todavia, vale ressaltar que nem todos os conhecimentos são
científicos nem pertence à ciência, como por exemplo, os conhecimentos
vulgares. Cervo e Bervian afirmam que:

A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo


empírico, envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do
conhecimento científico através do uso da consciência crítica
que levará o pesquisador a distinguir o essencial do superficial e
o principal do secundário. (2002, p. 16)

A metodologia científica é capaz de proporcionar uma compreensão e análise


do mundo através da construção do conhecimento. O conhecimento só acontece
quando o estudante transita pelos caminhos do saber, tendo como protagonismo
deste processo o conjunto ensino/aprendizagem. Pode-se relacionar então
metodologia com o “caminho de estudo a ser percorrido” e ciência com “o saber
alcançado”. Conforme descrito por Siqueira e colaboradores no livro, linguagem
e método.

Elaboração de projeto de pesquisa: O termo grego Méthodos é composto


pelas palavras “Meta” e “hódos”, possíveis de serem traduzidas
interpretativamente como caminho através do qual... se faz ciência” (BAILLY,
1950). O conhecimento científico obtido no processo metodológico tem como
finalidade, na maioria das vezes, explicar e discutir um fenômeno baseado na
verificação de uma ou mais hipóteses.

Sendo assim, está diretamente vinculado a questões específicas na qual trata


de explicá-las e relacioná-las com outros fatos. “Ao analisar um fato, o
conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas também busca
descobrir suas relações com outros fatos e explicá-los” (GALLIANO, 1986, p.
26).

Considerando o que já foi estudado até aqui, reforça-se a concepção de que


Ciência é um procedimento metódico cujo objetivo é conhecer, interpretar e
intervir na realidade, tendo como diretriz problemas formulados que sustentam
regras e ações adequadas à constituição do conhecimento. Tartuce (2006, p. 12)
apresenta alguns conceitos importantes para melhor compreendermos a
natureza do método científico:

Os métodos científicos são as formas mais seguras inventadas pelos homens


para controlar o movimento das coisas que cerceiam um fato e montar formas
de compreensão adequada dos fenômenos.

Fatos – acontecem na realidade, independentemente de haver ou não quem


os conheça.

Fenômeno – é a percepção que o observador tem do fato. Pessoas diversas


podem observar no mesmo fato fenômenos diferentes, dependendo de seu
paradigma.

Paradigmas – constituem-se em referenciais teóricos que servirão de


orientação para a opção metodológica de investigação. Mesmo que os
paradigmas sejam constituídos por construções teóricas, não há cisão entre a
teoria e a prática, ou entre a teoria e a lei científica. Portanto, um e outro
coexistem gerando o que se pode denominar praxiologia.

Método Científico – é a expressão lógica do raciocínio associada à


formulação de argumentos convincentes. Esses argumentos, uma vez
apresentados, têm por finalidade informar, descrever ou persuadir um fato. Para
isso o estudioso vai utilizar-se de:

Termos – são palavras, declarações, significações convencionais que se


referem a um objeto.

Conceito – é a representação, expressão e interiorização daquilo que a coisa


(compreensão da coisa). É a idealização do objeto. O conceito é uma atividade
mental que conduz um conhecimento, tornando não apenas compreensível essa
pessoa ou essa coisa, mas todas as pessoas e coisas da mesma época.
Definição – é a manifestação e apreensão dos elementos contidos no
conceito, tratando de decidir em torno do que se dúvida ou do que é ambivalente.
Saber utilizar adequadamente termos, conceitos e definições significa
metodologicamente expressar na Ciência aquilo que o indivíduo sabe e quer
transmitir.

5.1 Método Dedutivo

René Descartes (1596-1650) apresenta o Método Dedutivo a partir da


matemática e de suas regras de evidência, análise, síntese e enumeração. Esse
método parte do geral e, a seguir, desce para o particular. O protótipo do
raciocínio dedutivo é o silogismo, que, a partir de duas proposições chamadas
premissas, retira uma terceira chamada conclusão.

Exemplo:

Todo mamífero tem um coração. Ora, todos os cães são mamíferos. Logo,
todos os cães têm um coração.

No exemplo apresentado, as duas premissas são verdadeiras, portanto, a


conclusão é verdadeira. Parte-se de princípios reconhecidos como verdadeiros
e indiscutíveis, possibilitando chegar a conclusões de maneira puramente formal,
em virtude de sua lógica.

Este método tem larga aplicação na Matemática e na Física, cujos princípios


podem ser enunciados por leis. Já nas Ciências Sociais seu uso é mais restrito,
em virtude da dificuldade de se obterem argumentos gerais cuja veracidade não
possa ser colocada em dúvida (Gil, 1999).

5.2 Método Indutivo

Para Francis Bacon (1561-1626), o conhecimento científico é o único


caminho seguro para a verdade dos fatos. Como Galileu, critica Aristóteles
(filósofo grego) por considerar que o silogismo e o processo de abstração não
propiciam um conhecimento completo do universo. O conhecimento é
fundamentado exclusivamente na experiência, sem levar em consideração
princípios preestabelecidos.

O conhecimento científico, para Bacon, tem por finalidade servir o homem e


dar-lhe poder sobre a natureza. Bacon, um dos fundadores do Método Indutivo,
considera:

• As circunstâncias e a frequência com que ocorre determinado fenômeno;


• Os casos em que o fenômeno não se verifica;
• Os casos em que o fenômeno apresenta intensidade diferente.

Exemplo:

Antônio é mortal. Benedito é mortal. Carlos é mortal. Zózimo é mortal. Ora,


Antônio, Benedito, Carlos, ... e Zózimo são homens. Logo, (todos) os homens
são mortais.

A partir da observação, é possível formular uma hipótese explicativa da causa


do fenômeno. Portanto, por meio da indução chega-se a conclusões que são
apenas prováveis.

5.3 Método Hipotético-Dedutivo

Este método foi definido por Karl Popper, a partir de suas críticas ao método
indutivo. Para ele, o método indutivo não se justifica, pois o salto indutivo de
“alguns” para “todos” exigiria que a observação de fatos isolados fosse infinita.

Quando os conhecimentos disponíveis sobre um determinado assunto são


insuficientes para explicar um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar
o problema, são formuladas hipóteses; destas deduzem-se consequências que
deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tentar tornar falsas as
consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo se
procura confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo se procuram
evidências empíricas para derrubá-la.

Quando não se consegue derrubar a hipótese, tem-se sua corroboração;


segundo Popper, a hipótese se mostra válida, pois superou todos os testes,
porém ela não é definitivamente confirmada, pois a qualquer momento poderá
surgir um fato que a invalide.

Neste módulo introdutório, não se pretende fazer uma revisão de correntes


filosóficas (em cursos mais extensos, como os de Mestrado e Doutorado, essas
correntes são normalmente apresentadas em disciplinas específicas sobre
metodologia científica, que abordam a filosofia e epistemologia da ciência).

Entendemos que o aluno que pretende desenvolver um projeto de pesquisa,


uma monografia ou artigo científico terá que buscar muitos subsídios para essa
tarefa. Essa preparação envolve leitura tanto sobre o tema a ser investigado
quanto sobre a metodologia de pesquisa a ser utilizada.

5.4 Método dialético

Primeiro definimos uma tese considerada como sendo uma provável


verdade, depois temos a antítese que vai negar a tese apresentada
anteriormente. No embate resultante entre a tese e antítese surge a síntese.
Essa síntese pode dar origem a outra tese e dar-se início a um novo ciclo. Esse
ciclo acontecerá até que a tese não seja contestada.

Exemplo do Método dialético:

• O pesquisador A atribui a mortalidade dos peixes à vegetação

encontrada no lago. (tese)

• O pesquisador B afirma que a mortalidade dos peixes é causada pela

alta concentração de cromo na água. (antítese)

• No final de muitas discussões, os dois acreditam que existe uma


combinação de fatores que influenciam na mortalidade e que parte dela é
caudada pela vegetação e pelo cromo presente na água. (síntese)
5.5 Método Estatístico

Esse método utiliza a estatística para investigar um determinado fenômeno.


O método contribui para a coleta, a organização, a descrição, a análise e a
interpretação dos dados. Esse método está relacionado com a quantificação,
análise e interpretação dos dados coletados a partir de técnicas estatísticas
como média, moda, mediada e etc.

A estatística permite fazer generalizações a partir de uma amostragem ou


ocorrência de determinado fenômeno. Desta forma, é possível determinar em
termos numéricos a probabilidade de acerto de determinada conclusão, além
disso, é possível calcular a margem de erro dessa conclusão.

5.6 Método Comparativo

A investigação é feita por meio da análise de dois ou mais fatos e fenômenos,


analisando as diferenças e similaridades existente entre eles. Esse método é
bem versátil e pode ser utilizado em diferentes áreas de conhecimento, desde
ciências sociais por exemplo comparando dois grupos, até na química
comparando substâncias diferentes.

5.7 Método Experimental

Esse método científico submete o fenômeno estudado a influência


de variáveis controladas para analisar o impacto dessas mudanças no objeto
estudado. Esse tipo de método exige que o pesquisador faça um planejamento
rigoroso de como será feito.

Exemplo de Método Experimental:

Seja X o fenômeno estudado, que ocorre na presença dos fatores, A, B, C e


D. A ideia é controlar os fatores para identificar qual deles influência ou anula a
ocorrência dos demais. Assim analisamos o cenário abaixo:

• A,B e C produzem X
• A, B e D não produzem X
• B, C, e D produzem X
Com base nesses resultados podemos concluir que C precisa acontecer para
que se tenha X. Se removermos os demais e mesmo assim X acontecer,
podemos dizer que C é condição necessária e suficiente para que X aconteça.
6 APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

Elaborar um projeto de pesquisa exige


muito trabalho, persistência e paciência. É um exercício através do qual você vai
e volta muitas vezes para poder construir uma boa proposta. Isso ocorre porque
o projeto de pesquisa precisa ter uma lógica interna. Ou seja, o objeto de estudo
deve dialogar com o problema, que deve dialogar com os objetivos, que devem
dialogar com os procedimentos metodológicos e assim por diante.
A construção de um projeto de pesquisa requer planejamento. Como a
vida é dinâmica e cheia de imprevistos (sem querer parecer pessimista), o
planejamento exige ser sempre replanejado. Isso quer dizer que algo pode ser
modificado aos “45 do segundo tempo” e você deve entender, inclusive recuando
quando for necessário.
Se você seguir este artigo até o final, terá grandes chances de elaborar
um bom projeto de pesquisa. São 10 passos para chegar a esta finalidade.

O que é um projeto de pesquisa?

Um projeto de pesquisa é um documento onde se articula e se organiza


uma proposta de investigação acadêmica. Serve como um roteiro para o trabalho
que está por vir e deve responder basicamente a três questões: o que
pesquisar; por que pesquisar; e como pesquisar.

1º passo – O tema
Toda caminhada precisa do primeiro passo. Para elaborar um projeto de
pesquisa, este primeiro passo é dado com a escolha do tema. Trata-se ainda de
uma definição genérica do que você pretende estudar.
Com o grande acúmulo de produção acadêmica ao qual chegamos, fica
quase impossível eleger algum tema inteiramente original. E não há problema
nenhum nisso, já que há diversos aspectos (objeto de estudo, procedimentos
metodológicos, referencial teórico etc.) que vão diferir a sua pesquisa de outra
realizada anteriormente, como veremos mais adiante.
Portanto, não esqueça: o que confere originalidade ao tema é a
abordagem dada a ele, e não o tema em si. Por isso, não se preocupe de estudar
algo que outra pessoa está investigando naquele momento ou que pareça ter
sido muito explorado por pesquisadores.
Mas como escolher o que você quer pesquisar diante de uma infinidade de
assuntos? Eis alguns pontos para te ajudar nesta tarefa:

A) Questão reflexiva: geralmente, uma pesquisa parte de alguma


pergunta; aproveite para colocá-la no papel (para poder respondê-la).
B) Afinidade pessoal: pense naquilo que você gosta ou tenha alguma
familiaridade.
C) Interesse profissional: busque algo que esteja dentro do seu interesse
(ou faça parte da sua experiência) profissional.
D) Relevância acadêmica: tenha em mente um tema que possibilite um
diálogo com seus pares.

2º passo – O objeto de estudo

Se o tema é genérico, o objeto de estudo deve ser específico. Assim, na


passagem do tema (genérico, amplo) para o objeto de estudo (específico,
restrito), seu projeto de pesquisa começa a tomar forma, delimitando-se e,
consequentemente, distinguindo-se de outras investigações que, num primeiro
olhar, assemelham-se à sua.
Este recurso (delimitar o objeto de estudo) vai te ajudar a ter foco na
pesquisa, evitando que você corra o risco de ficar perdido no meio do caminho.
Uma boa recomendação para transformar seu tema em objeto de
estudo é colocá-lo num contexto particular: tempo e espaço definidos.
Veja abaixo alguns exemplos de objetos de estudo:

A) A ditadura militar na cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 1968 e


1970.
B) A representação da violência em jornais populares da cidade de
Salvador.
C) Os fatos que levaram ao impeachment do presidente Fernando collor
em 1992.
D) A construção da imagem do presidente Getúlio Vargas durante o Estado
Novo.
E) O uso de dispositivos tecnológicos em escolas públicas estaduais da
cidade de Recife.
F) A trajetória profissional dos presidentes do STF entre 2001 e 2016.
G) A formação de professores de sociologia em faculdades públicas de
São Paulo.
H) O processo de formação da “identidade maranhense” em
manifestações culturais populares da cidade de São Luís.

3° passo – O problema de pesquisa

Uma ideia que vai servir de base para um projeto de pesquisa parte,
geralmente, de uma pergunta (ou várias perguntas). Por exemplo: “por que algo
acontece de tal forma?” ou “como tal coisa ocorre?”.
No entanto, a pergunta nem sempre aparece de modo claro para o
iniciante (e também para o pesquisador em formação). É bom lembrar que essa
“pergunta inicial” pode levar a outras perguntas (secundárias).
O ideal é forçar-se (trata-se efetivamente de um exercício necessário)
para que ela apareça, transpareça, manifeste-se. Surge daí o que se chama no
campo científico de problema de pesquisa.
Insista nessa tarefa (tente colocar no papel as perguntas que
despontarem na sua cabeça)! Afinal, essa é uma parte importante do
projeto de pesquisa.
Seguem algumas dicas que podem te auxiliar na formulação do problema
de pesquisa, bem como na viabilidade da proposta:

Dá para elucidar o problema numa pesquisa acadêmica?

A) O problema é original?
B) Vou conseguir dar conta de resolver o problema no prazo estipulado
(lembrando que são dois anos de mestrado e quatro de doutorado)
C) Dá para realizar a pesquisa proposta?
D) Tenho recursos (financeiros, bibliográficos, cognitivos etc.) para
executar a pesquisa?
E) A pesquisa tem relevância científica e social?

4º passo – As hipóteses
Se uma pesquisa parte, geralmente, de uma pergunta (ou várias
perguntas), podemos dizer que elas carregam consigo possíveis respostas. Tais
respostas, ainda não comprovadas, são denominadas hipóteses.
Essas possíveis respostas podem estar na cabeça do pesquisador de
modo consciente ou não. Por isso, também se trata de um exercício. A hipótese
pode “aparecer” ou não.
É importante ressaltar que a construção de hipóteses não é um consenso
na investigação acadêmica. Ou seja, a hipótese não é um item obrigatório no
projeto de pesquisa, como os outros. Ela vai depender do tipo de orientação
(muitas vezes, essa é uma exigência do orientador), da necessidade da pesquisa
(a depender do objeto, há hipóteses claras) e da capacidade/vontade do próprio
pesquisador (é comum que um pesquisador a nível de mestrado não tenha
maturidade para elaborar hipóteses).
É necessário que o pesquisador tome cuidado, pois uma hipótese
desenvolvida de modo forçado pode contaminar todo o trabalho. Ele pode querer
confirmá-la a todo custo, colocando a pesquisa em risco. Saiba que uma
hipótese pode ser confirmada total ou parcialmente ou, até mesmo, negada.

5º passo – Os objetivos

Os objetivos deixam claro aquilo que você quer realizar de maneira


efetiva. Eles compreendem, portanto, uma instância mais prática da pesquisa,
configurando sua própria execução, como metas que devem ser rigorosamente
cumpridas.
Os objetivos dividem-se em dois níveis:

A) Objetivo geral: define a dimensão macro da pesquisa.


B) Objetivos específicos: apontam a dimensão micro da pesquisa e estão
ligados ao objetivo geral, complementando-o.

OBS: Os objetivos iniciam-se com um verbo no infinitivo (exemplos: analisar,


identificar, caracterizar, descrever, comparar etc.), indicando o que deve ser
feito.

6º passo – As justificativas
Neste tópico, deve ser revelada a pertinência da pesquisa. Ou melhor,
sua relevância científica e social, bem como as motivações que levaram a
aspectos como, escolha do tema, delimitação do objeto de estudo, opções
metodológicas, objeto empírico etc.
Claro que não há necessidade de justificar ponto a ponto, mas elementos
que ajudam a estruturar a pesquisa. Com isso, o pesquisador passa a ter clareza
e consciência sobre cada decisão tomada, sabendo a importância de cada passo
dado para o propósito que busca alcançar.

7º passo – Os procedimentos metodológicos

Este ponto representa a operacionalização da pesquisa. Ou melhor, como


o estudo vai ser colocado em prática. Cabe, então, fazer uma descrição
detalhada dos métodos e técnicas que serão adotados pelo pesquisador.
É preciso fazer uma distinção entre método e técnica de pesquisa. O
método representa uma opção ou um caminho que possa levar a um
determinado lugar que se busca alcançar. A técnica de pesquisa consiste em
instrumentos operatórios que integram o método adotado. O método é, portanto,
construído pelo pesquisador.
Os procedimentos metodológicos explicitam como os objetivos serão
alcançados. Por isso a importância em estabelecer objetivos (geral e
específicos). Lembra deles?
Há uma enorme variedade de métodos e técnicas para os mais variados
tipos de pesquisa. É preciso, no entanto, tomar cuidado no momento de escolha
desses vários recursos metodológicos para não se perder no caminho.
A recomendação é que, ao optar por determinado método, você tenha em
mente o objeto de estudo, o problema de pesquisa e os objetivos (geral e
específicos).

8º passo – O referencial teórico

O referencial teórico integra, basicamente, os autores com os quais você


irá “conversar” durante seu percurso de pesquisa. São eles que vão “iluminar”
sua análise. Isso quer dizer que é da relação dialética e dialógica entre teoria e
empiria que a realidade é explicada.
Por isso, escolha bem os autores com quem você vai “conversar”. Busque
conhecer sua escola de pensamento teórico, o contexto da obra, etc. Manifeste
tais aspectos no seu texto. Isso demonstra capacidade de contextualização não
só do objeto de estudo, mas também do autor com quem se “fala”, das
circunstâncias (históricas, geográficas, sociais etc.) em que se deram
determinado fenômeno e dos seus conceitos.
É importante destacar que não acrescenta em nada à pesquisa escolher
apenas autores que reiteram o que você pensa. Não vire as costas para autores
cujo pensamento você se opõe. Discorde, mas exponha os argumentos. Por
outro lado, tome cuidado com autores que você tenha predileções. Desconfie
sobretudo de quem você tende a concordar.

SEJA CRÍTICO! NÃO DEIXE OS AUTORES “FALAREM” POR VOCÊ E


NÃO FAÇA UMA MERA COMPILAÇÃO DE CONCEITOS. PROCURE
DIALOGAR COM OS AUTORES E ILUSTRAR OS CONCEITOS,
PROBLEMATIZANDO AMBOS.

9º passo – O sumário preliminar

O sumário preliminar, também chamado de sumário ampliado ou sumário


provisório, serve como uma espécie de mapa do trajeto a ser seguido. Ele ajuda
a organizar o trabalho que está por vir, uma vez que compõe a estrutura de
capítulos (com a descrição de cada um deles).
Claro que o sumário pode passar por alterações no decorrer da pesquisa.
Por isso, ele é preliminar.
Veja abaixo os elementos básicos que constituem um projeto de pesquisa:

A) Resumo (com palavras-chave)


B) Introdução (tema de pesquisa, objeto de estudo e problema de
pesquisa)
C) Hipóteses
D) Objetivos (geral e específicos)
E) Justificativas
F) Procedimentos metodológicos
G) Referencial teórico
H) Sumário preliminar
I) Cronograma de pesquisa
J) Referências
K) Anexos e apêndices

OBS: Anexo refere-se a algum item ou documento elaborado por outrem.


Apêndice diz respeito a algo produzido pelo próprio autor do trabalho.

10º passo – O cronograma

O cronograma ajuda a organizar a pesquisa no que se refere à sua


duração. Trata-se da relação entre o número de dias até o prazo final (são, pelo
menos, 2 anos de mestrado e 4 de doutorado) e o trabalho que precisa ser
executado até lá.
Defina as datas e as tarefas que precisam ser realizadas! Cada dia
“perdido” é um dia a menos. Por isso, é importante seguir o cronograma à risca,
já que imprevistos acontecem (tempo a mais na redação de determinado
capítulo, questões pessoais etc.).
Estrutura e elementos de um projeto de pesquisa: Elementos textuais,
tema, Tema/problema, Hipóteses de pesquisa, Justificativa, Objetivos, Exemplos
de Verbos para objetivos, Referencial teórico, Metodologia, Cronograma,
recursos. Assunto abordado pela pesquisa.
A atividade do projeto de pesquisa divide-se em:

• Escolha do tema.
• Delimitação do tema.
• Problema.
• Hipótese(s).
• Justificativa.
• Objetivos (Geral e específico).
7 PASSOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO

Para elaborar um bom projeto é importante seguir um caminho que já está


consagrado pela comunidade de pesquisadores, que envolve desde a
mobilização de uma ideia até a sua formatação final.

O que vou pesquisar? Inicialmente deve-se escolher o tema, para tanto, o


pesquisador deverá observar:

a) Afetividade em relação ao tema (gosto pelo assunto a ser tratado).

b) Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa e entrega do


relatório.

c) Disponibilidade de orientador para acompanhar a projeto.

d) Limite das capacidades do pesquisador em relação ao

tema.

e) A importância do tema escolhido.

f) Material de consulta e dados necessários ao pesquisador.

A definição do problema:

A capacidade de ler a realidade do cotidiano e fazer questionamentos a ela


é fundamental para o sucesso de um projeto. Os melhores projetos surgem
quando somos capazes de visualizar um problema no cotidiano e queremos
buscar uma solução ou uma resposta.

Esse questionamento, criado pelo pesquisador, irá definir o que a pesquisa


se propõe a responder, esclarecer. Pode ser expresso em forma de pergunta ou
descrito como afirmação. Sugere-se, neste curso, que seja descrito como
pergunta. Por que esta pesquisa é importante? (justificativa) Fazer uma
justificativa significa argumentar, esclarecer, fundamentar porque o trabalho é
importante, tanto para a comunidade científica, quanto para a sociedade, ou até
mesmo para um indivíduo.
É um convencimento sobre o valor do projeto a ser desenvolvido. Importante:
É um dos pontos que mais pesa na seleção de trabalhos para concorrer a bolsas
ou financiamentos.
8 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

A ABNT NBR 14724 diz respeito aos princípios gerais para a elaboração
de trabalhos acadêmicos, visando a sua apresentação à instituição (banca,
comissão examinadora e outros), bem como sua entrega à biblioteca. Esta
norma aplica-se às teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso (TCC),
trabalhos de graduação interdisciplinar (TGI), trabalhos de conclusão de curso
de especialização e/ou aperfeiçoamento e outros.

Todos os trabalhos acadêmicos são monográficos e devem ser feitos sob


a supervisão de um orientador. As monografias constituem o produto de leituras,
observações, investigações, reflexões e críticas desenvolvidas nos cursos de
graduação e pós-graduação. Sua principal característica é a abordagem de um
tema único (monos = um só e graphein = escrever).

Desta forma, os trabalhos acadêmicos distinguem-se uns dos outros pelo


grau de profundidade com que tratam o assunto. A tese é o documento que
apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo
científico elaborado com base em investigação original, de tema único e bem
delimitado. Tem o objetivo de contribuir para a especialidade em foco. Visa à
obtenção do título de doutor, livre-docente ou professor titular.

A dissertação é o documento que apresenta o resultado de um trabalho


experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único
e bem delimitado. Tem o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações.
Deve revelar a capacidade de sistematização do candidato e domínio do tema
escolhido. Objetiva a obtenção do título de mestre.

Os trabalhos de conclusão de curso (TCC), seja de graduação,


especialização e/ou aperfeiçoamento, trabalhos de graduação interdisciplinar
(TGI), são documentos que exibem o resultado de um estudo emanado da
disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados.
Os trabalhos de conclusão de curso são, geralmente, chamados de monografias.
9 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO

A estrutura do trabalho acadêmico é composta de duas partes: externa e


interna, as quais contêm elementos obrigatórios e opcionais, dispostos na ordem
a seguir.
9.1 Parte externa

São compreendidas como elementos pertencentes à parte externa dos


trabalhos acadêmicos a capa e a lombada.
9.1.1 Capa

Elemento obrigatório. É a proteção externa do trabalho sobre a qual se


imprimem as informações indispensáveis à sua identificação, exibidas na
seguinte ordem:

a) brasão da FATEO;

b) nome da instituição, seguido do centro ou faculdade, departamento,


programa de pós-graduação (se for o caso) e/ou curso;

c) nome do autor;

d) título do trabalho;

e) subtítulo, separado do título por dois pontos para evidenciar a


subordinação ao título;

f) número de volume. Se houver mais de um, deve constar em cada capa


o respectivo volume;

g) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado o trabalho. Em


caso de homônimos, recomenda-se o acréscimo da sigla da unidade da
Federação;

h) ano de entrega, em algarismos arábicos. Inicia-se na margem superior


da folha/página com todas as informações centralizadas, em letras maiúsculas,
em negrito, fonte tamanho 12 e espaço 1,5 entre linhas.

9.1.2 Lombada

Elemento opcional. É a parte da capa que reúne as margens internas das


folhas. São elaboradas conforme a ABNT NBR 12225:2004. As informações que
devem constar na lombada são: a) último sobrenome do autor e título do
trabalho, impressos longitudinalmente e legível de cima para baixo; b) ano de
publicação impresso na horizontal na altura de 1 cm; e c) quando houver mais
de um volume, identifica-se com elementos alfanuméricos, por exemplo: v. 1, na
horizontal, abaixo do ano.
9.2 Parte interna

Nesta parte, constam os elementos pré-textuais, textuais e pós textuais.

9.2.1 Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais são: folha de rosto, errata, folha de aprovação,


dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo no idioma do texto, resumo em
outro idioma, listas (ilustrações, tabelas, abreviaturas e siglas e símbolos) e
sumário.

9.2.1 Folha de rosto

Elemento obrigatório. Contém informações que identificam o trabalho,


dispostas no anverso e verso da folha, na ordem indicada. No anverso da folha
de rosto devem constar:

a) nome do autor;

b) título do trabalho;

c) subtítulo (se houver), separado do título por dois pontos para evidenciar
a subordinação ao título;

d) número do volume. Se houver mais de um, deve constar em cada folha


de rosto o respectivo volume em algarismos arábicos;

e) natureza – nota contendo o tipo do trabalho (tese, dissertação,


trabalhos de conclusão de curso e outros) e objetivo (aprovação em disciplina,
grau pretendido e outros); nome da instituição a que é submetido; área de
concentração;

f) nome do orientador e, se houver, do coorientador;

g) local (cidade) da instituição onde vai ser apresentado o trabalho. No


caso de cidades homônimas, recomenda-se o acréscimo da sigla da unidade da
federação;

h) ano de entrega, em algarismos arábicos.


9.2.2 Errata

Elemento opcional. Lista de erros ocorridos no texto, seguidos das


devidas correções. Deve ser inserida logo após a folha de rosto, constituída pela
referência do trabalho e pelo texto da errata. Apresenta-se em papel avulso ou
encartado, acrescida ao trabalho depois de impresso.

9.2.3 Folha de aprovação

Elemento obrigatório. Folha que contém os elementos essenciais à


aprovação do trabalho. Deve conter as seguintes informações, nesta ordem:

a) nome autor;

b) título;

c) subtítulo (se houver), separado do título por dois pontos;

d) natureza – tipo do trabalho (tese, dissertação, trabalhos de conclusão


de curso e outros), objetivo (grau pretendido, aprovação em disciplina e outros)
nome da instituição e área de concentração;

e) data de aprovação;

f) nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora


e instituição a que pertencem. Inicia-se na margem superior da folha/página com
autor e título centralizados, em letras maiúsculas, fonte tamanho 12 e espaço 1,5
de entre linhas.

A natureza do trabalho, nome da entidade a que é submetido, área de


concentração, orientador e coorientador (se houver) devem vir alinhados a partir
do meio da área do texto para a margem direita (recuo de 8 cm da margem
esquerda), em fonte tamanho 12, em espaço simples e justificado. A data de
aprovação deve vir em fonte tamanho 12, em espaço 1,5 entre linhas e alinhada
à esquerda.

A banca examinadora, nome, titulação, assinatura dos componentes e a


instituição a que pertence, em letras maiúsculas/minúsculas, fonte tamanho 12,
em espaço 1,5 entre linhas e centralizados.
9.2.4 Dedicatória

Elemento opcional. Texto em que o autor presta homenagem ou dedica


seu trabalho. Deve iniciar abaixo do meio da folha com recuo de 8 cm da margem
esquerda. Dispensa o uso da palavra dedicatória. O texto deve ser apresentado
em tamanho 12, justificado, espaço entre linhas 1,5, sem aspas.

9.2.5 Agradecimentos

Elemento opcional. Texto em que o autor faz agradecimentos dirigidos


àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração do trabalho.
Iniciam-se em folha/página distinta, com a palavra AGRADECIMENTOS na
margem superior, em letras maiúsculas, em negrito, sem indicativo numérico, em
espaço 1,5 entre linhas e centralizada.

O texto deve vir em espaço 1,5 entre linhas e justificado.

9.2.6 Epígrafe

Elemento opcional. Texto em que o autor apresenta uma citação, seguida


de indicação de autoria, data e página, relacionada com a matéria tratada no
corpo do trabalho. Deve ser elaborada conforme as regras de apresentação de
citação ABNT NBR 10520:2002.

Pode ser inserida após os agradecimentos ou nas folhas/páginas de


abertura das seções primárias. Após os agradecimentos, inicia-se abaixo do
meio da folha. Em folhas/páginas de abertura das seções primárias deve vir
abaixo do título da seção separados por um espaço 1,5 entre linhas em branco.

Quando houver até 3 linhas orienta-se o recuo de 8 cm da margem


esquerda, em tamanho 12, espaço 1,5 entre linhas, justificado, e entre aspas.
Quando houver mais de 3 linhas deve ser digitada em tamanho 10, espaço
simples entre linhas, justificado e obedecer ao recuo de 4 cm da margem
esquerda, sem aspas. Dispensa o uso da palavra epígrafe.
9.2.7 Resumo no idioma do texto

Elemento obrigatório. Apresentação concisa dos pontos relevantes do


documento, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões
do trabalho. Deve ser acompanhado das palavras-chave, que são palavras
representativas do conteúdo do trabalho escolhidas, preferencialmente, de
vocabulário controlado.

Devem ser indicadas, no mínimo, três palavras. O resumo deve ser


elaborado conforme a ABNT NBR 6028:2021, que sugere o uso do resumo
informativo em trabalhos acadêmicos, contendo objetivos, metodologia,
resultados e conclusões. Convém adotar as seguintes orientações:

a) linguagem clara, sucinta e afirmativa;

b) composto de uma sequência de frases concisas e sem enumeração de


tópicos;

c) usar verbo na terceira pessoa;

d) usar parágrafo único, justificado e sem recuo na primeira linha;

e) conter de 150 a 500 palavras;

f) evitar símbolos, contrações, reduções, equações, diagramas e fórmulas


que não sejam de uso corrente, assim como, comentário pessoal, críticas ou
julgamentos de valor.

Inicia-se em folha/página distinta com o título RESUMO, na margem


superior, em letras maiúsculas, em negrito, fonte tamanho 12, sem indicativo
numérico e centralizado. O texto do resumo deve ser digitado em espaço 1,5 de
entrelinhas, fonte tamanho 12 e justificado.

As palavras-chave devem figurar após o resumo, separados por uma linha


em branco e antecedidas da expressão “Palavras-chave:”. Devem ser separadas
entre si por ponto e vírgula, finalizadas por ponto e grafadas com as iniciais em
letra minúscula, com exceção dos substantivos próprios e nomes científicos, em
fonte tamanho 12, espaço 1,5 de entrelinhas e justificadas.
9.2.8 Resumo em outro idioma

Elemento obrigatório. É a tradução do resumo para outro idioma de


divulgação internacional. Em inglês ABSTRACT, em espanhol RESUMEN, em
francês RESUMÉ. Seguem as orientações:

a) aparece após o resumo no idioma do texto e em formato idêntico;

b) o resumo em língua estrangeira deve ser acompanhado das palavras-


chave nesse mesmo idioma. Exemplos: em inglês Keywords, em espanhol
Palabras clave, em francês Motsclés.

Inicia-se em folha/página distinta com o título ABSTRACT, RESUMEM ou


RESUMÉ, conforme o idioma, na margem superior, em letras maiúsculas, em
negrito, fonte tamanho 12, sem indicativo numérico e centralizado. O texto do
resumo em outro idioma deve ser digitado em espaço 1,5 de entrelinhas, fonte
tamanho 12 e justificado.

As palavras-chave em outro idioma devem figurar após o resumo em outro


idioma, separados por uma linha em branco e antecedidas da expressão
“Palavras-chave:” no idioma equivalente. Devem ser separadas entre si por
ponto e vírgula, finalizadas por ponto e grafadas com as iniciais em letra
minúscula, com exceção dos substantivos próprios e nomes científicos, em fonte
tamanho 12, espaço 1,5 de entrelinhas e justificadas.

9.2.9 Lista de ilustrações

Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem exibida no texto,


com cada item designado por seu nome e número específico, travessão, título e
número da folha/página em que os itens se encontram.

Quadro 1 – Adaptação do esquema de interação verbal ...................... 89

Inicia-se em folha/página distinta, com o título LISTA DE ILUSTRAÇÕES,


na margem superior, em letras maiúsculas, em negrito, fonte tamanho12, sem
indicativo numérico, em espaço 1,5 entre linhas e centralizado. A lista deve ser
digitada em fonte tamanho 12, em espaço 1,5 entre linhas e justificada.
Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para
cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos,
mapas, quadros, organogramas, mapas e outras), por exemplo: LISTA DE
GRÁFICOS, LISTA DE QUADROS.

9.2.10 Lista de tabelas

Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada no


texto, com cada item designado por seu nome e número específico, travessão,
título e número da folha/página em que se encontram os itens. Exemplo:

Tabela 1 – Frequência das marcas evidenciais quanto à posição ......... 31

Inicia-se em folha/página distinta, com o título LISTA DE TABELAS, na


margem superior, em letras maiúsculas, em negrito, fonte tamanho 12, sem
indicativo numérico, espaço 1,5 entre linhas e centralizado. A lista deve ser
digitada em fonte tamanho 12, em espaço 1,5 entre linhas e justificada.

9.2.11 Lista de abreviaturas e siglas

Elemento opcional. Relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas


no trabalho, seguidas das palavras ou expressões correspondentes, grafadas
por extenso. Exemplo:

ABNT Associação Brasileira de Norma Técnicas


FATEO Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Brasília

Inicia-se em folha/página distinta, com o título LISTA DE


ABREVIATURAS E SIGLAS, na margem superior, em letras maiúsculas, em
negrito, fonte tamanho 12, sem indicativo numérico, espaço 1,5 entre linhas e
centralizado. A lista deve ser digitada em fonte tamanho 12, espaço 1,5 entre
linhas e justificada. Quando necessário, pode-se elaborar lista própria para cada
tipo, por exemplo:

Lista de abreviaturas e lista de siglas.


9.2.12 Lista de símbolos

Elemento opcional. Lista de símbolos elaborada de acordo com a ordem


expressa no texto, com o devido significado. Exemplo: Dab Distância euclidiana
H2O Água Inicia-se em folha/página distinta, com o título LISTA DE SÍMBOLOS,
na margem superior, em letras maiúsculas, em negrito, fonte tamanho 12, sem
indicativo numérico, espaço 1,5 entre linhas e centralizado. A lista deve ser
digitada em fonte tamanho 12, espaço 1,5 entre linhas e justificada.

9.2.13 Sumário

Elemento obrigatório. Apresentação das divisões, seções e outras partes


do trabalho, na mesma ordem e grafia em que se sucedem no texto,
acompanhadas do respectivo número da página. Deve ser o último elemento
pré-textual.

Elaborado conforme a ABNT NBR 6027, obedecendo às seguintes


orientações:

a) os elementos pré-textuais não constam no sumário;

b) os indicativos numéricos das seções e subseções são alinhados à


esquerda, conforme a ABNT NBR 6024;

c) os títulos das seções e subseções sucedem os indicativos numéricos;

d) os títulos das seções e subseções são alinhados à margem do título do


indicativo numérico mais extenso;

e) a paginação deve ser apresentada à margem direita;

f) caso o trabalho seja apresentado em mais de um volume, em cada um


deve constar o sumário completo. Inicia-se em folha/página distinta, com o título
SUMÁRIO, na margem superior, em letras maiúsculas, em negrito, sem
indicativo numérico, espaço 1,5 entre linhas e centralizado. O sumário deve ser
digitado em fonte tamanho 12 e espaço 1,5 entre linhas.
10 ELEMENTOS TEXTUAIS

Exposição da matéria em três partes fundamentais: introdução,


desenvolvimento e conclusão. Nos elementos textuais, todas as seções são
numeradas. As seções primárias devem iniciar em página distinta e, quando
digitado nos dois lados da folha, no anverso (página ímpar). A nomenclatura dos
títulos dos elementos textuais fica a critério do autor.

10.1 Introdução

Tem como finalidade dar ao leitor uma visão concisa do tema investigado,
ressaltando-se: o assunto de forma delimitada, ou seja, enquadrando-o sob a
perspectiva de uma área do conhecimento, de forma que fique evidente sobre o
que se está investigando; a justificativa da escolha do tema; os objetivos do
trabalho; o objeto de pesquisa que será investigado durante o transcorrer da
pesquisa.

10.2 Desenvolvimento

Visa a expor e discutir o tema abordado no trabalho acadêmico. Não


possui uma estrutura rígida de apresentação, admitindo-se que seja constituído
de capítulos que devem apresentar a temática de forma detalhada.
Independentemente da natureza do estudo (pesquisa bibliográfica, de campo,
experimental, descritiva ou outra), a revisão de literatura, os materiais e métodos
e as análises ou resultados sempre constituem a parte textual do trabalho
acadêmico.

10.3 Conclusão

A conclusão deve ser decorrência natural do que foi exposto no


desenvolvimento. Assim, em qualquer tipo de trabalho, deve resultar de
deduções lógicas sempre fundamentadas no que foi apresentado e discutido
anteriormente. Visa a recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa.
10.4 Elementos pós-textuais

Os elementos pós-textuais são: referências, glossário, apêndices, anexos


e índices. Sucedem o texto e complementam o trabalho, na ordem em que se
seguem.

10.5 Referências

Elemento obrigatório. Listagem das publicações citadas na elaboração do


trabalho, podendo ser ordenada alfabeticamente ou pelo sistema numérico. As
referências são elaboradas conforme a ABNT NBR 6023:2020.

Inicia-se em folha/página distinta, com o título REFERÊNCIAS, na


margem superior, em letras maiúsculas, em negrito, fonte tamanho 12, sem
indicativo numérico, espaço 1,5 entre linhas e centralizada.

As referências devem ser digitadas em fonte tamanho 12, espaço simples


entre linhas, alinhadas à esquerda e separadas uma da outra por um espaço
simples em branco.
11 REGRAS GERAIS

Os trabalhos acadêmicos devem ser elaborados conforme a ABNT NBR


14724:2011.

11.1 Formato A formatação obedece às seguintes orientações:


a) impresso em papel branco ou reciclado, formato A4 (210 mm x 297
mm);

b) fonte Arial ou Times New Roman, fonte tamanho 12 para todo o


trabalho, inclusive a capa. Exceções: citações com mais de três linhas, notas de
rodapé, paginação, dados internacionais de catalogação-na-publicação (ficha
catalográfica), legendas e fontes das ilustrações e das tabelas, que devem ser
em fonte menor (tamanho 10);

c) o texto deve ser digitado em preto, podendo utilizar cores somente para
as ilustrações

d) pode ser digitado no anverso e verso da folha, ou somente no anverso,


com exceção da ficha catalográfica, que é impressa obrigatoriamente no verso
da folha de rosto;

e) quando digitado no anverso e verso da folha, os elementos prétextuais


(com exceção da ficha catalográfica), pós-textuais e seções primárias dos
elementos textuais devem iniciar no anverso da folha (página ímpar).
12 ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTÍFICO

Título.

Autor (es).

Epígrafe (facultativa).

Resumo e Abstract.

Palavras-chave;

Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão).

Referências.

12.1 Artigos científicos e sua estrutura detalhada

12.1.1 Título:
Deve conter os conceitos-chave

12.1.2 Autor(es):
Deve vir indicado do centro para a margem direita. Caso haja mais de um,
deverão vir em ordem alfabética. Caso tenham titulações diferentes, estar devem
seguir a ordem da maior para a menor. Demais dados sobre a titulação devem
ser indicadas em nota de rodapé.

12.1.3 Epígrafe:

Elemento opcional é um pensamento referente ao conteúdo central do artigo

12.1.4 Resumo:

Texto breve onde o objetivo do artigo, a metodologia e os resultados


alcançados devem ser expostos
12.1.5 Palavras-chave:

Características do tema que sirvam para indexar o artigo. Use até 6 palavras.

12.2 Corpo do artigo:

12.2.1 Introdução:

Tem como objetivo situar o leitor no tema pesquisado e oferecer uma visão
global do estudo. Deve esclarecer as delimitações feitas pelo autor, os objetivos
e as justificativas que levaram o autor até o objeto de estudo.

É importante apontar as questões de pesquisa para as quais o autor buscará


respostas. Também deve-se destacar a Metodologia que foi utilizada. Uma boa
introdução responde às perguntas “o quê” (problema de estudo), “para quê”
(objetivos do estudo) e “como” (metodologia utilizada).

12.2.2 Desenvolvimento e Demonstração de Resultados:

Aqui deve ser feita uma revisão da literatura e expor como ela foi aproveitada
pelo leitor. Deve ser feito uma exposição e uma discussão das teorias utilizadas
para entender e esclarecer o problema de pesquisa. É necessário analisar as
informações publicadas sobre o tema até o momento da redação final do
trabalho; isso demonstrada teoricamente.

É importante também expor os argumentos de forma explicativa ou


demonstrativa, através de proposições desenvolvidas na pesquisa, onde o autor
demonstra, assim, ter conhecimento da literatura básica, do assunto.

12.3.3 Conclusão:

Ela deve fechar o trabalho respondendo às hipóteses que foram levantadas


anteriormente. Lembre-se de se ater aos objetivos enunciados na Introdução
pois este momento não deve conter dados novos sobre o trabalho.
12.3.4 Referências Bibliográficas:

Uma listagem de tudo que foi utilizado para a confecção do artigo. As


publicações utilizadas devem ter sido mencionadas no texto do trabalho e devem
obedecer às Normas da ABNT 6023/2000.
13 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS

13.1 Fonte:

Deve ser Times New Roman ou Ariel, tamanho 12;

13.2 Margens:

Superior: 3,0 cm. da borda superior da folha Esquerda: 3,0 cm da borda


esquerda da folha. Direita: 2,0 cm. da borda direita da folha; Inferior: 2,0 cm. da
borda inferior da folha

13.3 Numeração:

Deve ser colocada no canto superior direito, a 2 cm. da borda do papel com
algarismos arábicos e tamanho da fonte menor, sendo que na primeira página
não leva número, mas é contada.

13.4 Espaçamento:

O espaçamento entre as linhas é de 1,5 cm. As notas de rodapé, o resumo,


as referências, as legendas de ilustrações, eventuais tabelas e as citações
textuais de mais de três linhas devem ser digitadas em espaço simples de
entrelinhas.

13.5 Destaques:

Os termos em outros idiomas devem constar em itálico, sem aspas.


Exemplos: a priori, on-line, savoir-faires, know-how, apud, et alii, idem, ibidem,
op. cit. Para dar destaque a termos ou expressões deve ser utilizado o itálico.
Evitar o uso excessivo de aspas que “poluem” visualmente o texto;
14 CITAÇÕES

A ABNT NBR 10520:2002 estabelece as condições exigidas para a


apresentação de citações em documentos técnico-científicos e acadêmicos.

14.1 Definição de citação

Segundo a ABNT (2002b, p. 1), citação é a “Menção de uma informação


extraída de outra fonte.” Assim, as citações são as ideias retiradas dos textos
lidos e servem para dar fundamentação teórica aos trabalhos acadêmicos,
comprovando a fonte das quais foram extraídas.

14.2 Tipos de citação

A citação pode ser: direta, indireta ou citação de citação, conforme se


descreve a seguir.

14.3 Citação direta

É a transcrição textual de parte da obra do autor consultado. Cruz e


Ribeiro (2004) afirmam que uma citação é direta, quando há a transcrição literal
do texto de um autor ou parte dele, conservando-se grafia, a pontuação e até
eventuais incoerências, erros de ortografia e/ou concordância. Nas citações
diretas, devem ser especificados, após a data, o volume (se houver) e a página
das fontes consultadas, precedidos pelos termos que os caracteriza, de forma
abreviada. Exemplos:

“A ética procura o fundamento do valor que norteia o comportamento,


partindo da historicidade presente nos valores.” (RIOS, 1999, p. 24).

Solomons e Fryhle (2009, v. 2, p. 405) afirmam que “[...] os químicos estão


se aproveitando da adaptabilidade natural do sistema imune para criar o que
podemos convenientemente chamar de catalisadores projetados.”

14.3.1 Citação direta com até 3 linhas

Devem ser transcritas entre aspas duplas (“...”), incorporadas ao texto,


sem destaque tipográfico, com indicação das fontes de onde foram retiradas.
Exemplo:
Segundo Vasconcelos (2010, p. 46), “[...] é imprescindível mapear as
atividades de estágio realizadas pelos alunos, identificando espaços, período, e
de que forma essa atividade vem sendo desenvolvida.”

Quando houver na frase que está sendo citada uma palavra ou trecho
entre aspas duplas, estas devem ser transformadas em aspas simples (‘...’).
Exemplo:

“A ‘codificação’ e a ‘descodificação’ permitem ao alfabetizando integrar a


significação das respectivas palavras geradoras em seu contexto existencial.”
(FREIRE, 2000, p. 10).

14.4 Citação direta com mais de 3 linhas

É transcrita em parágrafo distinto, destacada com recuo de 4 cm da


margem esquerda, com letra menor do que a do texto utilizado (tamanho 10),
sem as aspas e com espaçamento simples entre linhas. A citação deverá ser
separada do texto que a precede e a sucede por um espaço de entre linhas
simples em branco.

14.5 Citação indireta

É a transcrição das ideias de um autor, usando outras palavras,


conservando o sentido do texto original. Neste tipo de citação, não se utilizam as
aspas, mas o autor e a data de publicação devem ser indicados. Não é
obrigatório colocar o número da página, mas, se desta forma se fizer deve-se
repetir em todas as outras citações indiretas. Exemplos:

Com efeito, Sordi e Ludke (2009, p. 322) defendem a Avaliação


Institucional Participativa (AIP) como alternativa para se potencializar a adesão
dos agentes da escola a projetos de qualificação do ensino.

A Avaliação Institucional Participativa (AIP) é uma alternativa para se


potencializar a adesão dos agentes da escola a projetos de qualificação do
ensino (SORDI; LUDKE, 2009, p. 322).
14.6 Citação de citação

É a transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso


ao original. Este tipo de citação só deve ser utilizado na total impossibilidade de
acesso ao documento original. Neste caso, deve-se utilizar a expressão apud –
citado por, conforme, segundo – em itálico, para indicar a citação de citação.
Aparece na lista de referências apenas o trabalho dos autores citantes.
Exemplos:

No texto: Paulino et al. (2003 apud ANDRADE et al., 2010) exprimem que
o tipo de suplemento depende da composição química do pasto.

Na referência: ANDRADE, Eunice Maia de. Semiárido e o manejo dos


recursos naturais: uma proposta de uso adequado do capital natural. Fortaleza:
Imprensa Universitária da UFC, 2010. 396 p.

No texto: “Um texto é citado para ser interpretado ou para apoio a uma
interpretação.” (ECO, 1983, p. 121 apud KOCHE, 2009, p. 147).

Na referência: KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia


científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 28. ed. Petrópolis: Vozes,
2009. 182 p.

Regras gerais de apresentação de citações

Nas citações, quando o sobrenome do autor, a instituição responsável ou


título estiver incluído na sentença, este se apresenta em letras
maiúsculas/minúsculas, e quando estiverem entre parênteses, em letras
maiúsculas. Exemplos:

De acordo com Leite (2009, p. 14), “[...] os repositórios institucionais são


considerados como aqueles que, além de serem de acesso aberto, lidam com
informações científicas ou academicamente orientadas.”

“Para entender as necessidades e desejos do consumidor, torna-se


necessário entender a razão e a forma pela qual os consumidores realizam suas
compras.” (MARIANI; SORIO; PALHARES, 2010, p. 39).
14.7 Citação de texto traduzido pelo autor

No caso de citação de texto traduzido pelo autor do trabalho, utilizar a


expressão: tradução nossa. Exemplo:

“A biodança é uma postura filosófica, uma proposta educacional e uma


metodologia de conteúdos. O princípio biocêntrico é: a vida ao centro. Aprender
a aprender.” (TORO, 2006, p. 43, tradução nossa).

OBS.: Recomenda-se colocar a citação original em nota de rodapé.

14.7.1 Dois autores

Havendo dois autores na citação, citam-se os dois, separados por ponto


e vírgula, caso estes estejam após a sentença. Se os autores estiverem incluídos
na sentença, devem ser separados pela conjunção “e”. Exemplo:

Após a sentença: (OLIVEIRA; NUNES, 2011, p. 103).


Na sentença: Conforme Oliveira e Nunes (2011, p. 103).

14.7.2 Três autores

Havendo três autores na citação, citam-se os três, separados por ponto-


e-vírgula, caso estes estejam após a sentença. Se os autores estiverem incluídos
na sentença, devem ser separados por vírgula e pela conjunção “e”. Exemplos:

Após a sentença: (CRUZ; PEROTA; MENDES, 2000, p. 26).


Na sentença: Segundo Cruz, Perota e Mendes (2000, p. 26).

Mais de três autores

Havendo mais de três autores, indica-se o primeiro, seguido da expressão


et al. (do latim et alii, que significa “e outros”):

Exemplo (ALANDI et al., 2001, p. 198).

De acordo com Alandi et al. (2001, p. 198).


15 NOTAS DE RODAPÉ

As notas de rodapé são “Anotações colocadas ao pé da página a fim de


prestar esclarecimentos ou complementar o texto. Permitem que o leitor tenha
acesso mais rápido às informações adicionais ao texto.” (MIRANDA; GUSMÃO,
2003, p. 54).

As notas servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto
para não o sobrecarregar. Devem ser digitadas dentro das margens, separadas
do texto por um filete de 5 cm, a partir da margem esquerda, sem espaço entre
elas e com fonte menor (tamanho 10). A partir da segunda linha da mesma nota,
são alinhadas abaixo da primeira letra da primeira linha, de forma a destacar o
expoente.

A numeração das notas de rodapé é feita por algarismos arábicos, em


sequência única e consecutiva para cada capítulo. A indicação da numeração
pode ser feita entre parênteses alinhada ao texto ou acima da linha do texto, em
expoente e após a pontuação que fecha a citação. Podem ser de dois tipos –
notas explicativas e notas de referências.

15.1 Notas explicativas

A nota explicativa é usada para comentários ou explanações que não possam


ser incluídos no texto. Exemplo No texto: Convém-nos mencionar que
necessidade de informação difere de desejo de informação. (1974 apud
FIGUEIREDO, 1994, p. 34) afirma que a necessidade de informação refere-se
ao que um indivíduo necessita para realização de seu trabalho, pesquisa, dentre
outras atividades, enquanto o desejo de informação compreende o que um
indivíduo gostaria de ter.

No rodapé: ________________________ 10Line (1974 apud FIGUEIREDO,


1994) considera que termos como necessidade, desejo, demanda e usos da
informação necessitam estar bem definidos para que não haja confusão em sua
aplicação.
16 REFERÊNCIAS

A ABNT NBR 6023 é a norma que estabelece os elementos a serem incluídos


em referências, bem como sua ordem de apresentação. Uma referência é o
conjunto de elementos descritivos retirados de um documento que permitem sua
identificação individual. É constituída por elementos essenciais e pode ser
acrescida de elementos complementares. Ao conjunto de documentos citados
no corpo do trabalho dá-se o nome de Referências.

Uma referência é constituída por elementos essenciais e complementares,


os quais variam conforme o tipo de documento. Os elementos essenciais são
indispensáveis à identificação do documento. Os elementos complementares
são as informações que, acrescentadas aos essenciais, permitem melhor
caracterizar os documentos, podendo ser utilizados quando necessário. Em uma
lista de referências os elementos essenciais e complementares devem ser
apresentados em sequência padronizada. Ao optar pela utilização de elementos
complementares, estes devem ser incluídos em todas as referências respeitando
as particularidades de cada documento.

As referências podem ser encontradas: no rodapé, no fim de textos, partes,


seções ou capítulos, em lista de referências, antecedendo resumos (quando
publicado separadamente), resenhas, recensões e erratas. Nos trabalhos
acadêmicos, a lista de referências encontra-se após os elementos textuais sob
o título REFERÊNCIAS, sem indicativo numérico, em negrito, fonte tamanho 12
e centralizado.

16.1 Regras gerais para apresentação das referências:

a) as referências devem aparecer em ordem alfabética de entrada (autores


pessoais, entidades, eventos ou títulos) ou em ordem numérica, dependendo do
sistema de chamada utilizado nas citações, conforme a ABNT NBR 10520;

b) as referências são alinhadas somente à margem esquerda, em espaço


simples de entrelinha e separadas entre si por uma linha em branco de espaço
simples;
c) quando as referências aparecem em nota de rodapé e/ou sistema
numérico, a partir da segunda linha da mesma referência, serão alinhadas abaixo
da primeira letra da primeira linha, de forma a destacar o expoente ou número,
sem espaço entre elas;

d) o recurso tipográfico (negrito, sublinhado ou itálico) utilizado para destacar


o elemento título deve ser uniforme em todas as referências. Isto não se aplica
às obras sem indicação de autoria ou de responsabilidade, cujo elemento de
entrada é o próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas na primeira
palavra, incluindo artigo (definido ou indefinido) e palavras monossilábicas;

e) os elementos essenciais e complementares da referência devem ser


apresentados em sequência padronizada e retirados do próprio documento.
Quando isso não for possível, utilizam-se outras fontes de informação,
indicando-se os dados assim obtidos entre colchetes;

f) as referências constantes em uma lista padronizada devem obedecer aos


mesmos princípios. Ao optar pela utilização de elementos complementares,
estes devem ser incluídos em todas as referências daquele tipo de documento;

g) informações acrescidas, tais como notas e disponibilidade de acesso,


devem seguir o idioma do texto em elaboração e não do documento
referenciado.

16.2 Modelos de referências

Os modelos de referências são exemplificativos e não englobam todos os


tipos de documentos existentes. Ao elaborar as referências deve-se considerar
a necessidade de incluir ou não elementos complementares. Ao optar pela sua
utilização, eles devem ser incluídos em todas as referências daquele tipo de
documento.

16.3 Modelos de referências para monografia

Monografia é o documento completo, formado por uma só parte ou por várias


partes em quantidades preestabelecidas, elaborada por um ou mais autores.
Monografias compreendem livro ou folheto (manual, guia, catálogo,
enciclopédia, dicionário, entre outros) e trabalho acadêmico (tese, dissertação,
trabalho de conclusão de curso, entre outros). São:

autor, título, subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora e ano de
publicação. Se necessário, acrescentam-se elementos complementares para
melhor identificação do documento.

Exemplos:

– Elementos essenciais AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da


língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Delta, 1980.

COLLINS dicionário: inglês-português, português-inglês. 6th ed. Glasgow:


Collins, 2009. 12 FARIAS, I. M. S. et al. Didática e docência. 4. ed. Brasília, DF:
Liber Livro, 2014.

FARIAS, I. M. S.; SALES, J. C. B.; BRAGA, M. M. S. C.; FRANÇA, M. do S.


L. M. Didática e docência. 4. ed. Brasília, DF: Liber Livro, 2014.

LESSA, Sérgio. Cadê os operários? São Paulo: Instituto Lukacs, 2014.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra.
Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2012.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia


científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

O'HARA, Georgina. Enciclopédia da moda: de 1840 à década de 90. São


Paulo: Companhia das Letras, 2007.

RUA, João et al. Para ensinar geografia: contribuições para os trabalhos com
1º e 2º graus. Rio de Janeiro: ACCESS, 1993.

LESSA, Sérgio. Cadê os operários? São Paulo: Instituto Lukacs, 2014. 96 p.


ISBN 978-85-65999-18-2. POVILLA, Fernando Cesar. Dicionário da língua de
sinais do Brasil: a Libras em suas mãos. São Paulo: EDUSP, 2017. ISBN 978-
85- 31416-45-3.

TERZI, Renato G. G.; FALCÃO, Antonio Luis Eiras; VIDETTA, Walter (ed.).
Cuidados neurointensivos. São Paulo: Atheneu, 2013. 480 p. (Clínicas de
Medicina Intensiva Brasileira, v. 18). THE NEW encyclopaedia britannica:
micropaedia. Chicago: Encyclopaedia Britannica, 1986. 30 v.

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