Livro Vögele Pavimentação - Português PDF

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JOSEPH VÖGELE AG

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67075 Ludwigshafen · Germany
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Fax: +49 (0)621 8105 461
Manual de pavimentação VÖGELE
marketing@voegele.info www.voegele.info

® ERGOPLUS, InLine Pave, NAVITRONIC, NAVITRONIC Basic, NAVITRONIC Plus, NIVELTRONIC, NIVELTRONIC Plus, RoadScan, SprayJet, VÖGELE e VÖGELE PowerFeeder são marcas
comunitárias registadas da JOSEPH VÖGELE AG, Ludwigshafen/Rhein, Alemanha. PCC é uma marca alemã registada da JOSEPH VÖGELE AG, Ludwigshafen/Rhein, Alemanha.
Manual de pavimentação VÖGELE
ERGOPLUS, NAVITRONIC Plus, NAVITRONIC BASIC, NIVELTRONIC Plus, SprayJet, VISION, VÖGELE e VÖGELE PowerFeeder são marcas da JOSEPH VÖGELE AG, Ludwigshafen/
Rhein, Alemanha, registadas no instituto de patentes e marcas dos E.U.A. Os textos e imagens contidos nesta brochura não implicam qualquer direito a pretensões juridicamente
vinculativas. Reservado o direito de proceder a alterações técnicas e construtivas. As imagens incluem também acessórios opcionais.
www.voegele.info
2280310 PT/04.14
PREFÁCIO

Prezado leitor!

Temos muito gosto em apresentar-lhe o nosso novo manual de pavimentação. Após


o grande êxito dos últimos anos, procedemos a uma revisão e actualização completas
do manual. Acrescentámos os capítulos “Alimentadoras”, “Tecnologia de pulverização”
e “Pavimentação asfáltica em duas camadas”, pois há muitas novidades para apresentar
nestas tecnologias.

O manual de pavimentação continuará, assim, a ser uma ferramenta indispensável para


os profissionais e estudantes na área da construção de estradas e superfícies. Encontrará
aqui respostas às perguntas e dúvidas que possam existir “à volta do sector da construção
rodoviária com pavimentadoras e tecnologia VÖGELE”.

Esperamos que a informação que encontra no manual lhe seja útil e que disfrute da
sua leitura!

JOSEPH VÖGELE AG

Axel Fischer Roland Schug

1
Manual de pavimentação VÖGELE

Índice

1 Conceito básico da pavimentadora 7

1.1 Diferenças entre outros equipamentos de máquinas de construção


e pavimentadoras .................................................................................................. 8
1.2 Elementos da pavimentadora .............................................................................. 10
1.3 Esquema da “mesa flutuante” . ............................................................................ 12
1.4 Representação teórica da “mesa flutuante” sem sistema de nivelamento . ...... 13
1.5 Pavimentadoras de rastos e de pneus ................................................................. 14
1.6 Gama VÖGELE . ....................................................................................................... 18
1.6.1 Classificação das pavimentadoras . .................................................................................. 20
1.7 Exemplos de aplicações com pavimentadoras ................................................... 22
1.7.1 Tipos de pavimentação . ..................................................................................................... 22
1.7.2 Tecnologia InLinePave / SprayJet ..................................................................................... 24
1.7.3 Materiais de pavimentação . .............................................................................................. 26

2 A mesa 29

2.1 Diferenças das mesas ............................................................................................ 30


2.2 Mesas extensíveis .................................................................................................. 32
2.2.1 Elementos da mesa extensível .......................................................................................... 32
2.2.2 Variantes de compactação ................................................................................................. 34
2.2.3 Montagem de extensões mecânicas ............................................................................... 36
2.2.4 Configurações básicas ......................................................................................................... 38
2.2.5 Montagem e manutenção do sistema telescópico . .................................................... 48
2.3 Mesas fixas . ............................................................................................................ 50
2.3.1 Elementos da mesa fixa ...................................................................................................... 50
2.3.2 Variantes de compactação ................................................................................................. 52
2.3.3 Montagem de extensões mecânicas ............................................................................... 54
2.3.4 Configurações básicas ......................................................................................................... 60
2.4 Mesas para as pavimentadoras da série VISION . ............................................... 62
2.4.1 Mesa VF (com extensões hidráulicas frontais) . ............................................................. 62
2.4.2 Mesa VR (com extensões hidráulicas traseiras) . ........................................................... 64
2.4.3 Principais áreas de aplicação ............................................................................................. 66
2.5 Mesa especial: mesa de alta compactação AB 600 TP2 Plus ............................. 68
2.6 Regulação ............................................................................................................... 70

2
2.6.1 “Tamper” ................................................................................................................................. 70
2.6.2 Barras de pressão . ................................................................................................................ 71
2.6.3 Parede dianteira da mesa ................................................................................................... 72
2.7 Chapa lateral .......................................................................................................... 73
2.7.1 Chapa lateral mecânica e hidráulica ................................................................................ 73
2.7.1.1 Chapa lateral hidráulica da VÖGELE . ............................................................................... 74
2.7.1.2 Chapa lateral “standard” da VÖGELE ................................................................................ 76
2.7.2 Acabadores de bermas . ...................................................................................................... 77
2.8 Aquecimento da mesa . ......................................................................................... 78
2.9 Indicações para a manutenção das mesas .......................................................... 80
2.9.1 Manutenção diária ............................................................................................................... 80
2.9.2 Manutenção semanal .......................................................................................................... 82

3 Parâmetros com influência na pavimentação 85

3.1 Informações gerais ................................................................................................ 86


3.2 Material / mistura .................................................................................................. 88
3.3 Parâmetros de pavimentação .............................................................................. 89
3.4 Definições da pavimentadora .............................................................................. 89
3.5 Relação entre “tamper” e velocidade de pavimentação . .................................. 92
3.6 Valores recomendados para os grupos de compactação .................................. 93
3.7 Função dos cilindros hidráulicos para levantar / baixar a mesa ....................... 94
3.7.1 Posição flutuante .................................................................................................................. 95
3.7.2 “Assistência da mesa” . ......................................................................................................... 95
3.7.3 Bloqueio da mesa (Screed Freeze) ................................................................................... 95

4 Recomendações / situações a ter em conta 97

4.1 Antes da pavimentação ...................................................................................... 98


4.1.1 Princípios básicos .............................................................................................................. 98
4.1.2 Cálculo da espessura da camada . ................................................................................. 100
4.1.3 Condições ambientais durante a pavimentação ....................................................... 104
4.1.4 Características das bases e superfície do pavimento ............................................... 105
4.1.5 Sem-fim e chapas limitadoras do túnel do sem-fim em mesas extensíveis .......... 108
4.1.6 Definição e preparação do troço de pavimentação . ................................................ 110

3
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1.7 Selecção de sensores adequados .................................................................................. 111


4.1.8 Pedir a entrega de material na central de asfalto . .................................................... 122
4.1.9 Preparação da referência para o nivelamento ........................................................... 123
4.1.10 Posicionamento correcto do sensor ............................................................................. 124
4.2 Durante a pavimentação . ................................................................................... 125
4.2.1 Posicionar a pavimentadora ........................................................................................... 125
4.2.2 Quantidade de material à frente da mesa . ................................................................. 126
4.2.3 Construção de juntas . ...................................................................................................... 127
4.2.4 Construção de juntas de dilatação . .............................................................................. 131
4.2.5 Pavimentação “quente a frio” . ........................................................................................ 132
4.2.6 Pavimentação “quente a quente” . ................................................................................. 133
4.2.7 Tarefas da equipa durante a pavimentação . .............................................................. 134
4.2.8 Ferramentas para um controlo permanente da pavimentação . ........................... 136
4.3 Depois da pavimentação .................................................................................... 138
4.3.1 Compactação final com cilindros .................................................................................. 138
4.3.2 Regras para compactar e evitar erros de compactação . ......................................... 142
4.3.3 Medição da densidade e da regularidade ................................................................... 143
4.3.4 Limpeza e manutenção diária, fim dos trabalhos em obra . ................................... 144

5 Erros de pavimentação 147

5.1 Identificação de erros de pavimentação ........................................................... 148


5.2 Problemas / erros na pavimentação .................................................................. 158
5.2.1 Irregularidades por circular em cima do material . ....................................................... 158
5.2.2 Irregularidades devido a um ângulo de ataque da mesa demasiado grande . ...... 159
5.2.3 Relevo produzido no arranque da pavimentadora . .................................................. 160
5.2.4 Pequenas irregularidades no sentido transversal ...................................................... 161
5.2.5 Irregularidades frequentes no sentido longitudinal . ................................................ 162
5.3 Segregação em geral ........................................................................................... 164
5.3.1 Bandas transversais . .......................................................................................................... 166
5.3.2 Bandas ao centro do pavimento asfáltico .................................................................... 167
5.3.3 Bandas nas margens . ........................................................................................................ 168
5.3.4 Cavidades de material na estrutura da superfície ...................................................... 169
5.4 Marcas transversais ............................................................................................. 170

4
Índice

5.5 Desnível longitudinal .......................................................................................... 170


5.6 Superfície não homogénea devido à desintegração do material .................. 171

6 Materiais – informações gerais 173

6.1 Construção de estradas ....................................................................................... 174


6.2 Produção de misturas asfálticas . ....................................................................... 180
6.3 Tipos de pavimentos . ......................................................................................... 184
6.4 Tipos de betume utilizados . .............................................................................. 185
6.5 Tipos e composição do material asfáltico ......................................................... 186
6.5.1 Asfalto mástique modificado com polímeros ............................................................ 186
6.5.2 Tipos de betão asfáltico (para pavimentação a quente) . ........................................ 188
6.5.3 Tipos de ligantes betuminosos ...................................................................................... 190
6.5.4 Misturas asfálticas para camadas base ......................................................................... 192
6.5.5 Asfalto poroso ..................................................................................................................... 194
6.6 Temperaturas do material em °C . ...................................................................... 196
6.7 Defeitos em betões asfálticos na pavimentação a quente e as suas causas ..... 197
6.8 Tipos de emulsões ............................................................................................... 198

7 Equipamentos e aplicações especiais 201

7.1 Tecnologia de pulverização ................................................................................ 202


7.2 Pavimentação em duas camadas ....................................................................... 208
7.3 Alimentadoras . .................................................................................................... 216

8 Índice / Apontamentos 221

5
Manual de pavimentação VÖGELE

6
1 Conceito básico da pavimentadora 7

1.1 Diferenças entre outros equipamentos de máquinas de construção


e pavimentadoras .................................................................................................. 8
1.2 Elementos da pavimentadora .............................................................................. 10
1.3 Esquema da “mesa flutuante” . ............................................................................ 12
1.4 Representação teórica da “mesa flutuante” sem sistema de nivelamento . ...... 13
1.5 Pavimentadoras de rastos e de pneus ................................................................. 14
1.6 Gama VÖGELE . ....................................................................................................... 18
1.6.1 Classificação das pavimentadoras . .................................................................................. 20
1.7 Exemplos de aplicações com pavimentadoras ................................................... 22
1.7.1 Tipos de pavimentação . ..................................................................................................... 22
1.7.2 Tecnologia InLinePave / SprayJet ..................................................................................... 24
1.7.3 Materiais de pavimentação . .............................................................................................. 26

7
Manual de pavimentação VÖGELE

1.1 Diferenças entre outros equipamentos de máquinas


de construção e pavimentadoras

De um modo geral, numa obra, a distribuição e o nivelamento do material asfáltico pode ser
feito com um bulldozer e uma motoniveladora, ou também com uma pavimentadora.
A pavimentadora, no entanto, tem-se imposto no trabalho do dia-a-dia devido às suas
características e capacidade de trabalho.
No “bulldozer“, a lâmina está ligada ao chassis da máquina por cilindros hidráulicos.
Ao passar por cima de irregularidades no solo, o bulldozer transmite o movimento gerado
para a lâmina, uma vez que o curso de elevação, entre a lâmina e a irregularidade (ver figura),
é muito curto. Por isso, as irregularidades mais pequenas não são corrigidas.
Na pavimentadora, o trabalho da mesa é independente do corpo da pavimentadora: a mesa flutua!
A mesa, ao passar por cima de pequenos desníveis, produz um efeito fortemente autonivelador
e, devido às condições cinéticas – relação entre a altura da irregularidade e a altura do ponto
dianteiro da mesa ao longo da longarina – é capaz de nivelar estas irregularidades mais pequenas
e curtas numa relação de 1 : 5.
Por isso, é seja importante utilizar uma pavimentadora logo nas primeiras camadas, para garantir,
de uma camada para a outra, um resultado cada vez melhor.

8
1. Conceito básico da pavimentadora

“Bulldozer“
A lâmina está fixada ao chassis através
de cilindros hidráulicos. Ao passar
por irregularidades no chão, estas são
transmitidas para a lâmina e não são
devidamente corrigidas, se não forem
realizadas manobras correctivas.

Elevação da lâmina

Motoniveladora
A lâmina está fixada ao chassis através
de cilindros hidráulicos. Ao passar por
irregularidades no chão, estas são
transmitidas ligeiramente para a lâmina,
se não forem realizadas manobras
correctivas.

Elevação da lâmina

Pavimentadora
A mesa não está fixada ao chassis.
A mesa fica apoiada no material a
espalhar (princípio de mesa flutuante)
e muda a sua posição apenas pela
alteração do ângulo de ataque. Trata-se
de um movimento logarítmico de subida
e descida da mesa, que reduz o
movimento após o impulso, atenuando
Alteração do ângulo de ataque da mesa
a irregularidade.

9
Manual de pavimentação VÖGELE

1.2 Elementos da pavimentadora

Tecnologia JOSEPH VÖGELE AG


As pavimentadoras espalham materiais betuminosos de qualquer tipo e outros materiais para
camadas de base e sub-base. O veículo de alimentação faz a entrega do material betuminoso,
que depois é transportado para a mesa pelos tapetes transportadores. É na mesa que ocorre
o processo de pavimentação propriamente dito. As pavimentadoras VÖGELE distinguem-se
em primeiro lugar pela elevada capacidade de espalhamento e qualidade de pavimentação,
mas também pela fiabilidade
e pela facilidade de uso e de
manutenção.

1 2 7 3

10
1. Conceito básico da pavimentadora

1. Tremonha e rolos de encosto 5. Mesa de compactação


Os veículos de alimentação depositam o A mesa é o elemento central da tecnologia
material na tremonha localizada à frente da de pavimentação VÖGELE: com o seu peso
pavimentadora. As rodas do camião entram próprio e a energia dos grupos de compactação,
em contacto com os rolos de encosto da a mesa actua sobre o material garantindo
pavimentadora, que giram sobre si mesmos. uma pré-compactação perfeita e um
nivelamento exacto do pavimento.
2. Tapetes transportadores
Os tapetes transportadores robustos e de
6. Aquecimento
grandes dimensões encaminham o material Para evitar que o material fique colado
para o túnel no interior da máquina. às chapas alisadoras e aos grupos de
compactação, o (“tamper” e a(s) barra(s) de
3. Mecanismo de translação pressão), estes elementos estão equipados
Nas pavimentadoras VÖGELE, um potente com sistemas de aquecimento eléctricos.
motor garante uma excelente capacidade de
tracção. A gama de pavimentadoras VÖGELE
7. Regulação da altura com cilindros
tem soluções de rastos e de pneus. de nivelação
O cilindro de nivelação integrado no tractor
8 da mesa permite ajustar o ângulo de ataque
da mesa e, deste modo, alterar a espessura
de pavimentação.
5 8. Assistência da mesa,
bloqueio da mesa
6
Conforme a situação na obra, é possível
pressurizar ou despressurizar o cilindro
hidráulico ligado ao braço da mesa.
4. Sem-fim de distribuição Isto tem um efeito no peso da mesa e,
O sem-fim é responsável pela distribuição por conseguinte, no comportamento
do material à frente da mesa. O comprimento flutuante (ver a partir da página 94).
do sem-fim é ajustado à largura de trabalho
da mesa, garantindo assim uma compactação
homogénea e um perfil exacto.

11
Manual de pavimentação VÖGELE

1.3 Esquema da “mesa flutuante”

As pavimentadoras distinguem-se das outras máquinas sobretudo pela capacidade flutuante


da mesa. Isto significa que a espessura da camada só é alterada através do ângulo de ataque da
mesa ou da altura do ponto de tracção da mesa. Desta forma, é possível reduzir irregularidades
no solo, sem a intervenção do sistema de controlo.

Pequenas irregularidades são niveladas


através da propriedade auto-niveladora
da “mesa flutuante”.

Ao passar sobre irregularidades maiores,


a mesa altera automaticamente a altura
do ponto de tracção, ajustando a altura
da camada.

Com a pavimentadora em movimento,


a quantidade de material a espalhar e
colocado sob a mesa depende do ângulo
de ataque da mesa, ajustando a altura da
camada de forma gradual e homogénea
ao longo de grandes distâncias.

A resposta da mesa às alterações


do solo depende de:
Altura do ponto
de tracção - velocidade da pavimentadora,
- alteração do ponto de tracção da mesa,
- c aracterísticas do material (densidade,
capacidade de carga).
Velocidade Características do material

12
1. Conceito básico da pavimentadora

1.4 Representação teórica da “mesa flutuante”


sem sistema de nivelamento

h = Altura após compensação


H = Altura da lomba
a = Profundidade da chapa
alisadora
b = Comprimento do braço
da mesa + profundidade
e largura da mesa

h a
H b

A partir do exemplo mostrado de uma pavimentadora que passa


sobre uma pequena irregularidade, pode deduzir-se a seguinte regra: Hxa
considerando o comprimento (b) (comprimento do braço da mesa h =
e profundidade das chapas alisadoras), de acordo com o tipo de
pavimentadora, ao passar sobre uma pequena irregularidade,
b
a compensação aproximada é de 5 : 1.
As grandes irregularidades só podem ser niveladas através do controlo activo da altura dos
cilindros niveladores.

Nota

A regularidade está relacionada com a camada anterior e deve aumentar


de camada para camada, ou seja, de baixo para cima.

13
Manual de pavimentação VÖGELE

1.5 Pavimentadoras de rastos e de pneus

As pavimentadoras VÖGELE estão disponíveis em duas versões: pneus ou rastos.


Cada sistema de accionamento tem as suas próprias vantagens.

Pavimentadora de rastos
Os rastos ajudam as pavimentadoras VÖGELE a transferir a elevada potência dos motores para
o solo. Comparando com os pneus, os rastos têm um maior contacto com o solo, garantindo
uma maior força de tracção. Nas pavimentadoras sobre rastos, a força é gerada no ponto onde
mais necessária: na roda “sprocket“, eixo motriz da pavimentadora.
Este tipo de accionamento permite o uso da pavimentadora mesmo sobre solos difíceis e a
pavimentação de grandes larguras (até 16 m). Os dois rastos têm um controlo electrónico
independente, o que permite pavimentar curvas apertadas a uma velocidade constante
e com extrema precisão.

14
1. Conceito básico da pavimentadora

VANTAGENS DAS PAVIMENTADORAS de RASTOS


Grande força de tracção.
Aplicação universal, versatilidade de aplicações.
Adequado para grandes larguras de pavimentação.
Trabalho perfeito em solos “macios”.
Capacidade de tracção com a tremonha cheia.

15
Manual de pavimentação VÖGELE

1.5 Pavimentadoras de rastos e de pneus

Pavimentadora de pneus
As pavimentadoras de pneus somam pontos sobretudo quando se muda frequentemente
de obra: com uma velocidade até 20 km/h, movimenta-se rapidamente, tornando desnecessário
um transporte no camião quando a obra seguinte fica nas proximidades. Com um raio de viragem
máximo de 6,5 m, a pavimentadora de pneus VÖGELE é também extremamente ágil.
A pavimentação de pavimentos de qualidade superior exige uma grande estabilidade e suavidade
de marcha. Nas pavimentadoras de pneus, isto garante-se através da suspensão oscilante do
eixo dianteiro e o efeito amortecedor das rodas traseiras.

16
1. Conceito básico da pavimentadora

VANTAGENS DAS PAVIMENTADORAS DE PNEUS


Movimentam-se sobre os seus próprios meios a 20 km/h mesmo na estrada.
Ideal para uma mudança rápida e frequente de obra para obra.
Baixos valores de ruído ao pavimentar.
Excelente mobilidade e facilidade de controlo.
Contacto permanente das rodas dianteiras com o solo através de eixo oscilante.

17
Manual de pavimentação VÖGELE

1.6 Gama VÖGELE

Série SUPER
Segmento Modelo Peso Largura básica Largura máxima Capacidade máx.
de pavimentação de pavimentação

Mini Pavimentadora
Class de rastos 5,9 ton 1,1 m 3,2 m 200 t/h
SUPER 700

Pavimentadora
de rastos 6,1 ton 1,1 m 3,2 m 250 t/h
SUPER 800

Compact Pavimentadora
Class de rastos 8,5 ton 1,8 m 4,2 m 300 t/h
SUPER 1100-2

Pavimentadora
de pneus 8,6 ton 1,8 m 4,2 m 200 t/h
SUPER 1103-2

Pavimentadora
de rastos 9,5 ton 1,8 m 5,0 m 350 t/h
SUPER 1300-2

Pavimentadora
de pneus 9,5 ton 1,8 m 4,5 m 250 t/h
SUPER 1303-2

Universal Pavimentadora
Class de rastos 18,4 ton 2,55 m 8,0 m 600 t/h
SUPER 1600-2

Pavimentadora
de pneus 17,0 ton 2,55 m 7,0 m 600 t/h
SUPER 1603-2

Pavimentadora
de rastos 19,3 ton 2,55 m 10,0 m 700 t/h
SUPER 1800-2

Pavimentadora
de pneus 17,3 ton 2,55 m 8,0 m 700 t/h
SUPER 1803-2

Highway Pavimentadora
Class de rastos 20,9 ton 2,55 m 11,0 m 900 t/h
SUPER 1900-3

Pavimentadora
de rastos 21,9 ton 2,55 m 13,0 m 1100 t/h
SUPER 2100-3

Pavimentadora
de rastos 28,7 ton 3,0 m 16,0 m 1600 t/h
SUPER 3000-2

18
1. Conceito básico da pavimentadora

Série SUPER
Segmento Modelo Peso Largura básica Largura máxima Capacidade máx.
de pavimentação de pavimentação

Special
SUPER 1800-2
Class com módulo SprayJet 20,8 ton 2,55 m 6,0 m 700 t/h

Pavimentadora para
inclinações acentuadas 23,6 ton 2,55 m 5,0 m 700 t/h
SUPER 1800-2
Pavimentadora para
camada de “binder” 26,6 ton 3,0 m 8,5 m 1100 t/h
SUPER 2100-2 IP

Série VISION
Segmento Modelo Peso Largura básica Largura máxima Capacidade máx.
de pavimentação de pavimentação

Universal Pavimentadora
Class de rastos 15,5 ton 2,45 m 5,8 m 700 t/h
VISION 5100-2
Pavimentadora
de pneus 14,9 ton 2,6 m 5,8 m 700 t/h
VISION 5103-2

Highway Pavimentadora
Class de rastos 19,4 ton 3,0 m 8,6 m 1200 t/h
VISION 5200-2
Pavimentadora
de pneus 18,5 ton 3,0 m 7,8 m 1200 t/h
VISION 5203-2

Série PowerFeeder
Segmento Modelo Peso Largura básica Largura máxima Capacidade máx.
de pavimentação de transporte

Special
PowerFeeder
Class 17,0 ton 3,0 m – 1200 t/h
MT 3000-2

PowerFeeder 23,0 ton 3,0 m – 1200 t/h


MT 3000-2 Offset

19
Manual de pavimentação VÖGELE

1.6 Gama VÖGELE


1.6.1 Classificação das pavimentadoras

1600
Capacidade máx. de pavimentação (t/h)

1500

1400

VISION 5200-2
1300

1200 VISION 5203-2

1100
Super 1800-2
com módulo SprayJet
1000

900 VISION 5103-2

800 VISION 5100-2

700 Pavimentadora para


inclinações acentuadas
Super 1800-2
600

500 Super 1603-2

400 Super 1100-2 Super 1300-2

300 Super 800 Super 1303-2

200 Super 700


Super 1103-2

100
1

20
1. Conceito básico da pavimentadora

Super 3000-2

Super 2100-3
Super 2100-2 IP
Pavimentadora para
camada de “binder“

Super 1900-3

Super 1803-2

Super 1800-2

Série SUPER

Super 1600-2 Série SUPER

Série SUPER
Special Class

Série VISION

Série VISION
10

11

12

13

14

15

16
9

Largura máx. de pavimentação (m)

21
Manual de pavimentação VÖGELE

1.7 Exemplos de aplicações com pavimentadoras


1.7.1 Tipos de pavimentação

Aplicações clássicas
Pavimentação de vias rodoviárias e outras
superfícies – espalhamento de vários tipos de
materiais asfálticos, em várias camadas. Estes
trabalhos podem ser feitos com todas as classes
de pavimentadoras e diferentes mesas. É possível
realizar espessuras de 2 cm a 40 cm.

Pavimentação numa inclinação acentuada


(na vertical)
Para além da construção de estradas convencionais
com declives e inclinações normais (subidas ou
descidas), as pavimentadoras também podem ser
utilizadas na construção de taludes e depósitos.
Em regra, essas aplicações exigem apenas pequenas
modificações ou conversões na pavimentadora.

Pavimentação numa inclinação acentuada


(na horizontal)
Como alternativa à pavimentação na direcção
vertical, as pavimentadoras também podem
trabalhar na direcção horizontal e numa posição
inclinada. Para estas aplicações, basta igualmente
efectuar pequenas alterações na máquina. Este
tipo de aplicação é utilizado com frequência na
construção de depósitos e canais.

22
1. Conceito básico da pavimentadora

Construção de perfis especiais


É possível construir uma grande quantidade
de perfis especiais com as mesas extensíveis
e as várias opções de regulação. Combinando
a altura das extensões hidráulicas com a
configuração da mesa, também é possível
fazer perfis em forma de M e W.

Caminhos rurais ou carris podem ser


construídos com a ajuda de cofragens
especiais.

Também é possível construir curvas


inclinadas em pistas de corrida com
cofragens especiais.

23
Manual de pavimentação VÖGELE

1.7 Exemplos de aplicações com pavimentadoras


1.7.2 Tecnologia InLinePave / SprayJet

SUPER 1800-2 com módulo SprayJet


A construção de camadas asfálticas finas a quente sobre uma camada impermeabilizadora
(DSH-V) é um método eficiente e económico para a reabilitação de camadas de desgaste.
Esta aplicação requer uma tecnologia especial.

A SUPER 1800-2 equipada com módulo SprayJet pulveriza o antigo pavimento com uma emulsão
betuminosa e espalha a nova camada de desgaste numa só passagem. Como a mistura asfáltica
é aplicada logo a seguir, a camada betuminosa não é pisada por outros veículos, criando uma
ligação perfeita entre as camadas. Além disso, este método evita a contaminação de estradas
vizinhas, porque os veículos não passam por cima da emulsão.

A tecnologia SprayJet é também ideal para a pavimentação de camadas de desgaste silenciosas.

Para conservar o índice de vazios da camada de desgaste, que ajudam a absorver os ruídos,
a compactação não pode ser igual à de pavimentos normais. O método convencional, com
duas passagens, afectaria a qualidade do pavimento, porque as camadas teriam de ser mais
altas e, devido a uma compactação menos intensa, durariam menos tempo.

24
1. Conceito básico da pavimentadora

Conjunto de máquinas InLine Pave


A construção de pavimentos asfálticos compactos de duas camadas através da técnica
”quente sobre quente“ permite construir estradas de qualidade e com uma maior vida útil.
Nesta técnica, as camadas “binder” e de desgaste são colocadas a “quente sobre quente” numa
só passagem, garantindo uma excelente aderência e uma interligação perfeita entre as camadas.
Além das vantagens técnicas, os pavimentos asfálticos compactos também são mais económicos.
A tecnologia InLine Pave da VÖGELE pode ser utilizada para fazer pavimentos de duas camadas
ou para pavimentos convencionais, sempre com a mesma qualidade.
O conjunto de máquinas InLine Pave é composto por três equipamentos: uma alimentadora
MT 3000-2 Offset, uma pavimentadora SUPER 2100-2 IP para a camada “binder” e uma
pavimentadora SUPER 1600-2 ou SUPER 1800-2 para a camada de desgaste. As máquinas
trabalham directamente uma a seguir à outra “in line”, ou seja, em linha.
A alimentadora está no início do processo de pavimentação. Recebe o material para a camada
“binder” e para a camada de desgaste e transporta-o, alternadamente, para a tremonha adicional
particularmente grande da pavimentadora da camada “binder” ou para a estação de transferência
integrada na tremonha da pavimentadora de camada de desgaste. A SUPER 2100-2 IP aplica
uma camada “binder” de alta densidade e com uma grande resistência à deformação.
Está equipada com uma mesa especial de alta compactação AB 600 TP2 Plus da VÖGELE.
A terceira máquina pode ser uma SUPER 1600-2 ou SUPER 1800-2, que assume a tarefa
de espalhar a camada de desgaste.

25
Manual de pavimentação VÖGELE

1.7 Exemplos de aplicações com pavimentadoras


1.7.3 Materiais de pavimentação

Material betuminoso
Para a camada de desgaste, para a camada
“binder” ou para a camada base, com betão
asfáltico, asfalto mástique ou qualquer
outro tipo de material ou aglutinado,
a pavimentadora é a máquina de
pavimentação “n.º 1” – no mundo inteiro.
Para isso contribuem sobretudo as seguintes
características: excelente comportamento
autonivelador, grande capacidade de
pré-compactação e a possibilidade de
aquecer os componentes da máquina
que estão em contacto com o material
asfáltico.

Pavimentação com PCC e RCC


As pavimentadoras também podem
espalhar PCC (Paver Compacted Concrete
= betão compactado com pavimentadora)
ou RCC (Roller Compacted Concrete
= betão compactado com cilindros),
desde que as fórmulas para a mistura
de PCC e RCC sejam respeitadas.
PCC e RCC são mais utilizados na América
do Norte e na Ásia, mas também na Europa
se regista um aumento desta técnica,
por exemplo, em zonas industriais.

26
1. Conceito básico da pavimentadora

Pavimentação de material para sub-bases e camadas base hidráulicas (HGT)


Devido ao efeito autonivelador e às vantagens da pavimentadora em relação às niveladoras
e aos bulldozers, as pavimentadoras são as máquinas indicadas para a construção de camadas
em brita ou camadas base hidráulicas (HGT).
A pavimentadora está especialmente indicada para a construção de novos troços e de estradas
que exigem uma elevada regularidade. Graças à compactação homogénea da mesa, cria logo
nas camadas inferiores uma estabilidade uniforme em toda a largura da estrada, para uma
estrutura asfáltica completa de qualidade superior.

27
Manual de pavimentação VÖGELE

28
2 A mesa 29

2.1 Diferenças das mesas ............................................................................................ 30


2.2 Mesas extensíveis .................................................................................................. 32
2.2.1 Elementos da mesa extensível .......................................................................................... 32
2.2.2 Variantes de compactação ................................................................................................. 34
2.2.3 Montagem de extensões mecânicas ............................................................................... 36
2.2.4 Configurações básicas ......................................................................................................... 38
2.2.5 Montagem e manutenção do sistema telescópico . .................................................... 48
2.3 Mesas fixas . ............................................................................................................ 50
2.3.1 Elementos da mesa fixa ...................................................................................................... 50
2.3.2 Variantes de compactação ................................................................................................. 52
2.3.3 Montagem de extensões mecânicas ............................................................................... 54
2.3.4 Configurações básicas ......................................................................................................... 60
2.4 Mesas para as pavimentadoras da série VISION . ............................................... 62
2.4.1 Mesa VF (com extensões hidráulicas frontais) . ............................................................. 62
2.4.2 Mesa VR (com extensões hidráulicas traseiras) . ........................................................... 64
2.4.3 Principais áreas de aplicação ............................................................................................. 66
2.5 Mesa especial: mesa de alta compactação AB 600 TP2 Plus ............................. 68
2.6 Regulação ............................................................................................................... 70
2.6.1 “Tamper” ................................................................................................................................. 70
2.6.2 Barras de pressão . ................................................................................................................ 71
2.6.3 Parede dianteira da mesa ................................................................................................... 72
2.7 Chapa lateral .......................................................................................................... 73
2.7.1 Chapa lateral mecânica e hidráulica ................................................................................ 73
2.7.1.1 Chapa lateral hidráulica da VÖGELE . ............................................................................... 74
2.7.1.2 Chapa lateral “standard” da VÖGELE ................................................................................ 76
2.7.2 Acabadores de bermas . ...................................................................................................... 77
2.8 Aquecimento da mesa . ......................................................................................... 78
2.9 Indicações para a manutenção das mesas .......................................................... 80
2.9.1 Manutenção diária ............................................................................................................... 80
2.9.2 Manutenção semanal .......................................................................................................... 82

29
Manual de pavimentação VÖGELE

2.1 Diferenças das mesas

O componente principal do sistema de pavimentação VÖGELE é a mesa. É aqui que estão os


grupos de compactação que permitem depois a construção de superfícies robustas e com uma
grande vida útil. As mesas VÖGELE estão disponíveis em duas variantes: mesas extensíveis (AB)
e mesas fixas (SB).

A função da mesa, que é a ferramenta da pavimentadora, é compactar o material uniformemente


ao longo de toda a largura de pavimentação e produzir uma estrutura fechada e uma superfície
nivelada.

Os grupos de compactação da mesa vão pré-compactar o máximo possível o material para


reduzir a influência das diferentes espessuras no número de passagens com o cilindro durante
a compactação final. Para a compactação, pode escolher-se entre diferentes grupos.

Abreviaturas dos grupos de compactação:


T = “Tamper“ (um veio excêntrico faz com que o “tamper“ se movimente para cima
e para baixo)
V = V
 ibradores (as vibrações são geradas a partir de um veio excêntrico que actua sobre
as chapas alisadoras no sentido transversal à direcção da marcha)
P = Barras de pressão (as barras de pressão pressionam hidraulicamente o material a espalhar
com uma frequência aproximada de 68 Hz e a uma pressão máxima de 130 bar)
P1 = Mesa com uma barra de pressão
P2 = Mesa com duas barras de pressão

30
2. A mesa

Mesa extensível

Mesa com largura variável, mais comum Ampla gama de aplicações.


hoje em dia. Indicada para construções que requerem
Larguras de trabalho limitadas. versatilidade e flexibilidade.

Mesa fixa

Grandes larguras de trabalho. Elevada precisão do perfil.


Aplicação versátil devido a extensões Adequada para pavimentação com
hidráulicas. alta compactação, por ex., camada base
hidráulica, RCC e PCC.

31
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.1 Elementos da mesa extensível

Guia telescópica monotubular

Sistema de restrição
do torque

“Tamper“ com resistência


de aquecimento

Vibração excêntrica Monitorização da resistência


de aquecimento

32
2. A mesa

Cilindros hidráulicos
para regulação da largura Extensão hidráulica
da mesa

Chassis da mesa

Chapa alisadora
com resistência de aquecimento

33
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.2 Variantes de compactação

V = Vibrador
Equipa:
Mesa extensível AB 200
Mesa extensível AB 340
Recomendado para:
Materiais fáceis de compactar.

TV = “Tamper“ e vibrador
Equipa:
Mesa extensível AB 200
Mesa extensível AB 340
Mesa extensível AB 500
Mesa extensível AB 600
Recomendado para:
Todos os materiais e misturas asfálticas
comuns.
Pavimentadoras de pneus (porque pesa
menos que as versões TP1 e TP2).
Materiais fáceis de compactar.

34
2. A mesa

TP1 = “Tamper“ e uma barra de pressão


Equipa:
Mesa extensível AB 500
Mesa extensível AB 600
Recomendado para:
Todos os materiais e misturas asfálticas comuns.
A pré-compactação produzida com uma
mesa TP1 é maior que numa TV e mais baixa
que na mesa da versão TP2.
Exige menos passagens do cilindro.

TP2 / TP2 Plus =


“Tamper“ e duas barras de pressão
Equipa:
Mesa extensível AB 500 (TP2)
Mesa extensível AB 600 (TP2/TP2 Plus)
Recomendado para:
Todos os materiais e misturas asfálticas comuns.
Materiais que são mais difíceis de compactar
devido à granulometria e à consistência.
A mesa TP2 proporciona uma excelente
pré-compactação em camadas mais espessas.
A mesa TP2 Plus destina-se sobretudo à
pavimentação de camadas base e “binder”,
devido à sua maior capacidade de compactação.
Exige menos passagens do cilindro.
Aplicações em que não é possível uma
compactação final com cilindros.

35
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.3 Montagem de extensões mecânicas

As mesas VÖGELE podem ser ampliadas com extensões mecânicas para adaptar a largura
de pavimentação às necessidades do trabalho. O sistema de extensões da VÖGELE permite
ampliar a largura das mesas de uma forma rápida e estável. Mesmo com grandes larguras
de espalhamento, as mesas VÖGELE fazem um trabalho de grande qualidade, com máxima
precisão e valores compactação constantes a toda a largura.
Ao colocar as extensões, a extremidade inferior das chapas alisadoras deve estar nivelada com
as peças vizinhas, sob pena de se produzir um desnível na superfície do pavimento ou alterar
o ângulo da mesa. Durante a processo de pavimentação, isto pode levar a um efeito negativo
na pré-compactação, na estrutura da superfície e no comportamento de flutuação da mesa.

AB 500

1,225 m 2,55 m 1,225 m


5,0 m

2 x 0,25 m
5,5 m

2 x 0,75 m
6,5 m

2 x 0,75 m + 2 x 0,25 m
7,0 m

2 x 1,25 m
7,5 m

4 x 0,75 m
8,0 m

4 x 0,75 m + 2 x 0,25 m
8,5 m

36
2. A mesa

AB 200 AB 340

0,8 m 1,8 m 0,8 m


3,4 m
0,45 m 1,1 m 0,45 m 2 x 0,25 m
2,0 m 3,9 m
2 x 0,4 m
2 x 0,35 m
4,2 m
2,7 m
2 x 0,55 m
2 x 0,6 m 4,5 m
3,2 m 2 x 0,8 m
5,0 m

AB 600

1,5 m 3,0 m 1,5 m


6,0 m

2 x 0,25 m
6,5 m

2 x 0,75 m
7,5 m

2 x 0,75 m + 2 x 0,25 m
8,0 m

2 x 1,25 m
8,5 m

4 x 0,75 m
9,0 m

4 x 0,75 m + 2 x 0,25 m
9,5 m

37
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.4 Configurações básicas

Configurações básicas na mesa: requisitos


1. A folga entre o bloco deslizante e a calha de deslizamento foi ajustada e controlada (ver página 48).
2. Regulação da altura: os fusos de regulação da altura foram controlados e/ou ajustados
(ver a partir da página 42).
3. Levantar a mesa e colocá-la nos pinos de bloqueio.
4. Mover os dois cilindros de nivelação para a posição mais baixa.
5. Colocar o perfil em 0 %.
6. Soltar o parafuso de aperto para a regulação da altura.
7. Colocar a altura da mesa extensível em 0 com a ajuda da escala.

3 4

6 7

38
2. A mesa

39
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.4 Configurações básicas

Ângulo de ataque da mesa extensível: regulação no exterior


Recolher completamente a mesa.
Colocar a régua [4] por baixo das chapas alisadoras, ao nível dos fusos de regulação exteriores.
Ajustar a extensão hidráulica de acordo com o mecanismo de regulação da altura,
de modo a que a régua fique apoiada sobre os três pontos [1], [2] e [3].
Medir a distância. Aproximadamente 30 mm depois da extremidade traseira do “tamper”,
tem de haver uma distância aproximada de 1 mm entre a régua e as chapas alisadoras.
Soltar as correntes nos fusos de regulação.
Ajustar o fuso da frente com ferramenta adequada.
Medir a distância e se for necessário, repetir o procedimento.

Ângulo de ataque da mesa extensível: regulação no interior


Abrir a mesa, até que os fusos de regulação fiquem debaixo das calhas do sistema
de deslizamento.
Colocar a régua [4] debaixo das chapas alisadoras, ao nível dos fusos de regulação interiores.
Ajustar a extensão hidráulica com o mecanismo de regulação da altura, de modo a que
a régua fique apoiada sobre os três pontos [1], [2] e [3].
Medir a distância. Aproximadamente 30 mm depois da extremidade traseira do “tamper”,
tem de haver uma distância aproximada de 1 mm entre a régua e as chapas alisadoras.
Soltar as correntes nos fusos de regulação.
Ajustar o fuso da frente com ferramenta adequada.
Medir a distância e se for necessário, repetir o procedimento.

40
2. A mesa

1 2 3

Nota
Depois de ajustar o ângulo de ataque, há que voltar a apertar o parafuso
para regular a altura. Em seguida, deve-se voltar a controlar a altura ajustada.

41
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.4 Configurações básicas

Fuso de regulação da altura

Regular o fuso de ajuste


Verificar a folga do casquilho de rosca [1] com o contraparafuso apertado.

Para ajustar:
Assentar a mesa com as extensões sobre calços de madeira.
Abrir as correntes [2] no elo de ligação.
Desenroscar os fusos de ajuste [3] para baixo para assegurar que estes assentam completamente,
com a face frontal [5], sobre a superfície do flange do chassis da mesa.
Retirar o parafuso sextavado interno [1] da flange.
Apertar o casquilho [4] com uma ferramenta adequada.
Soltar o casquilho [4] com uma volta de 45° até furação do parafuso de fixação ficar livre.
Apertar o parafuso sextavado interno [1].

Nota
Ajustar sempre todos os quatro eixos da mesa extensível.

42
2. A mesa

43
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.4 Configurações básicas

Preparação
Colocar calços ou paletes de madeira debaixo
da mesa para compensar possíveis desníveis
do solo.
As superfícies das flanges têm de estar limpas
e sem material asfáltico.

Conselho
Antes de montar as extensões mecânicas, é necessário
que os eixos do “tamper” da parte extensível da mesa
e da extensão mecânica estejam alinhados na vertical,
de forma a que a seta da peça de acoplamento
indique a abertura da roda dentada (ver figura).

Montagem rápida e fácil


com o sistema de engate rápido
O sistema de engate rápido em forma de
chanfro permite elevar as extensões sem
ser necessário apertar os parafusos.
Desta forma, é possível fazer a montagem
em solos irregulares.

Conselho
Os parafusos excêntricos dianteiro e traseiro têm
de ser colocados na posição “zero”, que é a posição
mais alta. Isto é importante para depois, fazer o
alinhamento da extensão mecânica com a mesa.

44
2. A mesa

Altura da extensão mecânica


A altura da extensão mecânica e da extensão
hidráulica, na relação entre si, regula-se com
a ajuda dos parafusos excêntricos, de forma
a que a extremidades traseiras das chapas
alisadoras da mesa fiquem alinhadas, enquanto
que as extremidades da frente ficam 0,5 a 1 mm
mais altas.

+ 0 mm
1 mm (max.)

Montagem dos apoios da mesa


Agora têm de se ligar entre si as estruturas das
extensões hidráulicas da mesa e das extensões
mecânicas têm que ser ligadas.
Os apoios, que se destinam a estabilizar a extensão
mecânica, devem ser ajustados de forma a
minimizar a pressão exercida sobre a extensão.

Conselho
Se os apoios se moverem facilmente, a pressão
está correcta. Se não se moverem, a pressão
é muito elevada.

45
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.4 Configurações básicas

Fazer as ligações
No passo seguinte, liga-se o aquecimento
da mesa (figura à esquerda em cima).
Em seguida, liga-se o veio do “tamper”
da extensão mecânica ao acoplamento
Haldex (figura à esquerda no centro).

A montagem de extensões em mesas de alta


compactação requer ainda mais dois passos
(ver à direita).

Montagem final
F inalmente, podemos montar a protecção
do “tamper”, os veios do sem-fim e os estribos
com as respectivas chapas de protecção.

46
2. A mesa

Os seguintes passos são apenas aplicáveis


a mesas de alta compactação com 1 ou 2
barras de pressão (TP1 ou TP2).

Ligar as barras de pressão


As barras de pressão P1 e P2 da extensão
mecânica ligam-se à mesa básica com anilhas
elásticas e um espaçador.
É importante assegurar que as pontas posteriores
das barras de pressão e da extensão hidráulica
ficam bem alinhadas. As extremidades
inferiores das barras de pressão também
devem estar niveladas (ver figura).
Em seguida, verificar se as barras
de pressão se movem fácil e suavemente.
Despressurizar a(s) barra(s) de pressão em
determinados intervalos.

Ferramentas especiais necessárias:


chave de roquete normal, adaptador
para parafusos sextavados e uma chave
sextavada interior.

Ligar os tubos hidráulicos


Ligar os tubos hidráulicos, por ex., à barra
de pressão.

A partir de aqui, os passos são iguais para


todos os tipos de mesa.

47
Manual de pavimentação VÖGELE

2.2 Mesas extensíveis


2.2.5 Montagem e manutenção do sistema telescópico

Tubos telescópicos
Lubrificar regularmente os tubos de guia com massa lubrificante.
Evitar o contacto com quinas vivas e objectos cortantes (pás, ancinhos, etc.).
Certificar-se que a junta entre os tubos está a vedar bem.
Evitar que a parte inferior dos tubos entre em contacto com materiais asfálticos
(por ex., ao abrir e fechar a mesa).

Sistema de restrição do torque


Lubrificar regularmente os blocos de deslizamento
e os patins do sistema de restrição do torque.
Os blocos de deslizamento têm de ser ajustados
de forma a assentarem sem folga durante o
funcionamento.
Substituir os blocos de deslizamento com maior
desgaste.

48
2. A mesa

Tubos de guia internos


Lubrificar os tubos de guia regularmente com massa lubrificante.
Evitar o contacto com objectos cortantes (pás, ancinhos, etc.).
Certificar-se que a junta entre os tubos está a vedar bem.
Evitar que a parte inferior dos tubos entre em contacto com materiais
asfálticos (por ex., ao abrir e fechar a mesa) no lado inferior dos tubos.

Outros trabalhos
Limpar, de manhã e à tarde, a frente da mesa e a área
do “tamper” com um produto de limpeza. Deixar escorrer
o material arrefecido sobre uma base adequada, com o
“tamper” a funcionar a baixa rotação.
Garantir que as barras de pressão se movem livremente.

49
Manual de pavimentação VÖGELE

2.3 Mesas fixas


2.3.1 Elementos da mesa fixa

“Tamper”
com resistência de aquecimento

Barras de pressão
com resistências de aquecimento

Vibração excêntrica

50
2. A mesa

Mesa básica Extensão mecânica

Chapa alisadora
com resistência de aquecimento

51
Manual de pavimentação VÖGELE

2.3 Mesas fixas


2.3.2 Variantes de compactação

TV = “Tamper” e vibrador
Equipa:
Mesa fixa SB 250
Mesa fixa SB 300
Recomendado para:
Todos os materiais e misturas asfálticas
comuns.
Materiais fáceis de compactar e camadas
menos espessas.
Troços com larguras de pavimentação
constantes e curvas grandes.

TP1 = “Tamper“ e uma barra de pressão


Equipa:
Mesa fixa SB 250
(e extensões mecânicas)
Mesa fixa SB 300
(e extensões mecânicas)
Recomendado para:
Todos os materiais e misturas asfálticas
comuns.
A pré-compactação produzida com uma mesa
TP1 é maior que com uma mesa TV e mais
baixa que na mesa da versão TP2. É necessária
menor compactação com o cilindro.
Troços com larguras de pavimentação
constantes e curvas grandes.
Menos passagens com o cilindro na
compactação final.

52
2. A mesa

TP2 = “Tamper“
e duas barras de pressão
Equipa:
Mesa fixa SB 250
(e extensões mecânicas)
Mesa fixa SB 300
(e extensões mecânicas)
Recomendado para:
Todos os materiais e misturas asfálticas
comuns.
Materiais fáceis de compactar devido
à granulometria e consistência.
A mesa TP2 permite uma maior
pré-compactação, mesmo em camadas
de maior espessura.
Troços com larguras de pavimentação
constantes e curvas grandes.
Menos passagens com o cilindro na
compactação final.

TVP2 = “Tamper“, vibrador


e duas barras de pressão
Equipa:
Mesa fixa SB 250
Mesa fixa SB 300
Mesa fixa SB 250 B
Recomendado para:
Troços com larguras de pavimentação
constantes curvas grandes.
SB 250, SB 300: todos os materiais e misturas
asfálticas comuns.
SB 250 B: também é adequada para
a pavimentação de PCC, uma vez que
este tipo de aplicação não necessita
de compactação posterior.

53
Manual de pavimentação VÖGELE

2.3 Mesas fixas


2.3.3 Montagem de extensões mecânicas

As extensões montam-se de ambos os lados, tanto quanto possível de forma simétrica.


A vantagem de uma mesa fixa é que a profundidade da chapa alisadora é de 500 mm, em vez
dos 250 mm como no caso das mesas extensíveis. Esta característica tem efeito positivo no
comportamento de flutuação da mesa. Para além disso, a parede dianteira da mesa forma
uma linha única sobre toda a largura de pavimentação e os diferentes ângulos de ataque
não deixam quaisquer marcas no pavimento. Com uma mesa fixa, podem conseguir-se
larguras de pavimentação consideravelmente maiores do que com uma mesa extensível,
embora com restrições na flexibilidade da mesa e da largura. As mesas fixas são, por isso,
mais adequadas para a pavimentação de troços de largura maior e em que a largura de
espalhamento é constante.

54
2. A mesa

As extensões hidráulicas permitem uma grande amplitude


de larguras de espalhamento também nas mesas fixas.

Nota

As extensões hidráulicas (0,75 m) só podem ser montadas em extensões mecânicas


com 1 m de largura ou mais compridas. A montagem das extensões pressupõe um
alargamento da mesa básica para, pelo menos, 1,5 m de cada lado.

55
Manual de pavimentação VÖGELE

2.3 Mesa fixa


2.3.3 Montagem de extensões mecânicas

Vista de cima
Abertura de uma mesa fixa SB 300
até à largura máxima Mesa básica 3,0 m

Apoios horizontais 1,5 m 1,5 m 0,25 m


6,0 m 6,5 m

0,5 m
0,5 m 1,5 m 1,5 m 0,25 m
7,0 m 7,5 m

1,0 m 1,5 m 1,5 m 1,0 m 0,25 m


8,0 m 8,5 m

0,5 m 1,0 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

9,0 m 9,0 m

0,5 m
0,25 m 1,0 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 0,5 m

9,5 m 10,0 m

0,5 m
0,25 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,0 m

10,5 m 11,0 m

0,25 m 1,0 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,0 m 0,5 m

11,5 m 12,0 m

56
2. A mesa

Mesa básica 3,0 m


1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 0,25 m

12,0 m 12,5 m

0,5 m 0,5 m

1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m


0,25 m
13,0 m 13,5 m

0,25 m

1,0 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,0 m

14,0 m 14,5 m

0,5 m

1,0 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

15,0 m 15,0 m

0,25 m 0,5 m

1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

15,5 m 16,0 m

57
Manual de pavimentação VÖGELE

2.3 Mesas fixas


2.3.3 Montagem de extensões mecânicas

Vista lateral
Ampliação de uma SB 300 Mesa básica 3,0 m
até à largura máxima
Apoios verticais
0,25 m
1,5 m 1,5 m

6,0 m 6,5 m

0,5 m
0,5 m 0,25 m
1,5 m 1,5 m

7,0 m 7,5 m

0,25 m
1m 1,5 m 1,5 m 1m

8,0 m 8,5 m

0,5 m

1m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

9,0 m 9,0 m

0,25 m 0,5 m
1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

9,5 m 10,0 m

0,5 m
0,25 m
1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1m

10,5 m 11,0 m

58
2. A mesa

Mesa básica 3,0 m

0,25 m
1m
1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

11,5 m 12,0 m

0,75 m
1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1m

12,0 m 12,5 m

0,5 m
0,5 m 0,25 m
1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

13,0 m 13,5 m

0,75 m
1m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1m 1m

14,0 m 14,5 m

1m

0,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

15,0 m 15,0 m

0,25 m 0,5 m

1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m

15,5 m 16,0 m

59
Manual de pavimentação VÖGELE

2.3 Mesas fixas


2.3.4 Configurações básicas

As extensões mecânicas montam-se


para aumentar a largura de espalhamento
da mesa e para ir ao encontro das
necessidades em obra. As extremidades
traseiras das chapas alisadoras devem
estar alinhadas ao longo de toda a largura
de espalhamento. As extremidades da
frente das chapas alisadoras devem ficar,
+0,5 mm +0,0 mm em cada extensão, cerca de 0,5 mm mais
+0,5 mm +0,0 mm
altas.

Vista de cima

1,5 m 1,5 m 1,5 m Mesa básica 1,5 m 1,5 m 1,5 m

Para evitar que as extensões se inclinem para trás, devido à pressão do material colocado à
frente da mesa, monta-se um suporte horizontal com vários apoios na parte traseira da mesa.
Este suporte não deve ficar sob tensão.

Vista de trás

Os apoios horizontais devem ser montados de forma a que as extremidades traseiras das
chapas alisadoras permaneçam bem alinhadas.

60
2. A mesa

Flecha

Para compensar as forças ascendentes exercidas


Recomendação
nas pontas, a mesa deve curvar ligeiramente
Largura
quando está levantada. O tamanho deste arco
de pavimentação Flecha
depende da largura de pavimentação e pode ser 16,0 m aprox. 5,5 cm
ajustado através dos apoios da mesa básica. 12,0 m aprox. 3,5 cm
até 10,5 m aprox. 2,0 cm

ATENÇÃO

Os valores apresentados na tabela são aproximados. Na obra, a equipa tem de verificar


a regularidade do pavimento no sentido transversal e reajustar os apoios da mesa básica,
sempre que for necessário.

61
Manual de pavimentação VÖGELE

2.4 Mesas para as pavimentadoras da série VISION


2.4.1 Mesa VF (com extensões hidráulicas frontais)

Sistema de regulação sólido e sem Extensão para inclinações transversais até 10 %.


solavancos para uma pavimentação Sistema de aquecimento eléctrico inovador.
precisa em todas as larguras.
Comando ErgoPlus – fácil e intuitivo.
Largura “standard“ 3,05 m.
Construção compacta para uma boa visão
Alargamento progressivo de 3,05 m
sobre todas as áreas da máquina.
a 5,95 m.
Ideal para a pavimentação de larguras variadas
Largura máx. de pavimentação 7,75 m.
e construção de auto-estradas e estradas
Grande variedade de perfis com a aplicação nacionais.
de extensões com inclinação regulável.
Perfil de caleira disponível como opção.

62
2. A mesa

3,05 m
5,95 m

6,55 m

7,15 m

7,75 m

Larguras de pavimentação 3,05 m a 7,75 m Inclinação transversal


(dependendo do tipo Extensão até 10 %
de pavimentadora) Perfis de caleira disponíveis em 30 cm, 45 cm e 60 cm
Largura “standard“ 3,05 m
ajustável hidraulicamente até 5,95 m Grupo de compactação V
Vibradores (V) vibração excêntrica até 50 Hz
Extensões 30 cm
60 cm Aquecimento c hapas alisadoras aquecíveis com
resistências de aquecimento eléctricas
Ajuste de perfis
hidráulico -2,5 % a +5 % Medidas de transporte (mesa básica)
perfis em M, W ou parabólicos Largura 3,05 m
Profundidade 1,17 m
Peso 3,72 t

63
Manual de pavimentação VÖGELE

2.4 Mesas para as pavimentadoras da série VISION


2.4.2 Mesa VR (com extensões hidráulicas traseiras)

Guias telescópicas grandes e robustas do torque criam uma suspensão sólida


para um trabalho de alta precisão. apoiada em 3 pontos, que absorve as
Proporcionam estabilidade à mesa forças que actuam sobre a mesa durante
e garantem excelentes resultados a pavimentação, garantindo um controlo
de pavimentação. suave da largura de espalhamento.
As guias telescópicas da mesa estão Largura “standard“ 3,05 m.
numa posição alta, evitando o contacto Alargamento progressivo de 3,05 m a 6 m.
com o material asfáltico.
Largura máx. de pavimentação 8,6 m.
Mesmo com a mesa na largura máxima,
Extensão para inclinações transversais
as guias telescópicas só abrem até metade,
garantindo a rigidez e estabilidade até 10 %.
necessárias. Guias telescópicas robustas com 3 pontos
Chapas alisadoras com maior profundidade de suspensão.
garantem uma flutuação excelente. Sistema de aquecimento eléctrico inovador.
A fixação das guias telescópicas, o apoio Comando ErgoPlus – fácil e intuitivo.
dos tubos de guia e o sistema de restrição

64
2. A mesa

3,05 m
6,0 m

2 x 0,65 m

7,3 m

4 x 0,65 m

8,6 m

Larguras de pavimentação 3,05 m a 8,6 m Inclinação transversal


(dependendo do tipo Extensão até 10 %
de pavimentadora)
Largura “standard“ 3,05 m Grupo de compactação V
ajustável hidraulicamente até 6,0 m Vibradores (V) vibração excêntrica até 50 Hz

Extensões 65 cm Aquecimento c hapas alisadoras aquecíveis com


resistências de aquecimento eléctricas
Ajuste de perfis
hidráulico -2,5 % a +5 % Medidas de transporte (mesa básica)
perfis em M, W ou parabólicos Largura 3,05 m
Profundidade 1,24 m
Peso 3,75 t

65
Manual de pavimentação VÖGELE

2.4 Mesas para as pavimentadoras da série VISION


2.4.3 Principais áreas de aplicação

Mesa com extensões frontais para trabalhos com larguras que variam
frequentemente
O trabalho a grandes velocidades e com diferentes larguras de espalhamento ao longo
da obra exige o uso de uma mesa que tenha a confiança da equipa de pavimentação e
garanta a qualidade da aplicação. A VF 600 da VÖGELE é essa mesa.
A mesa tem várias características que facilitam a operação da mesa. As extremidades da frente
das extensões hidráulicas, em forma de chanfro, evitam a resistência do material e, dessa
forma, os bloqueios da mesa. Outra vantagem: as placas laterais de uma mesa equipada com
extensões frontais tem metade do comprimento de uma mesa com extensões traseiras.
Esta característica permite uma pavimentação precisa e o trabalho junto a obstáculos,
reduzindo a necessidade de intervenção manual. A versatilidade da mesa também se
reflecte no amplo espectro de perfis possíveis.
As características da VF 600 fazem com que esta mesa seja especialmente indicada para
trabalhos de pavimentação em áreas urbanas e nacionais, com vários cruzamentos, em que
é necessário contornar obstáculos com frequência. A mesa mostra o seu potencial também
em obras com larguras variáveis, tais como parques de estacionamento com ilhas, postes de
iluminação ou tampas de saneamento.

66
2. A mesa

Mesa com extensões traseiras para pavimentação de estradas


com várias faixas
Em trabalhos com grandes larguras de espalhamento, independentemente da espessura
das camadas, o nivelamento é um critério decisivo para a qualidade final do pavimento. A mesa
VR 600 da VÖGELE oferece possibilidades impressionantes nesse campo de actuação. A mesa
tem uma largura “standard“ de 3,05 m e pode abrir hidraulicamente para 6 m, o que corresponde
quase à largura básica dupla. Equipada com extensões, alcança uma largura máxima de 8,6 m.
A mesa possui vibradores a toda a largura. A montagem das extensões com uma largura de
0,65 m faz-se muito rapidamente graças a um sistema de engate rápido.
O excelente conceito técnico global torna a mesa VR 600 a escolha certa para projectos
de médio e grande porte. Em estradas com várias faixas, a nova mesa oferece vantagens
decisivas em relação à pavimentação de faixa única, pois evitam-se as juntas longitudinais
– o ponto fraco das camadas asfálticas.

67
Manual de pavimentação VÖGELE

2.5 Mesa especial:


mesa de alta compactação AB 600 TP2 Plus

Para atender também às necessidades específicas do processo “quente sobre quente”, a mesa
AB 600 TP2 Plus foi aperfeiçoada nos últimos anos. Como mesa desenvolvida para o processo
InLine Pave, dispõe de uma pré-compactação tão eficiente que, dependendo do material
utilizado, alcança resultados muito próximos de uma compactação final.
Mesa AB 600 TP2 Plus – características principais
Área de aplicação: para pavimentação “quente sobre quente” de camadas “binder” e de base,
e preparação de sub-bases altas.
Largura máxima de pavimentação: 8,5 m.
Peso extra para aumentar a compactação.
Nova geometria do “tamper”: parede dianteira modificada para um melhor transporte
do material debaixo da mesa.
Velocidade de rotação do “tamper”: ajustável até 1800 rpm.
Ajustes especiais do curso do “tamper”: 4, 7 ou 9 mm.
2 barras de pressão com pressão progressivamente ajustável de 40 até 120 bar.

68
2. A mesa

Nas mesas VÖGELE, as barras de pressão P1 e P2


encontram-se na parte detrás da mesa. Esta posição torna
a compactação mais eficaz, uma vez que o material não
pode escorregar para a frente. À esquerda e à direita,
o material é, além disso, confinado por chapas laterais.
A mudança de alta compactação para compactação
normal faz-se muito rapidamente na consola de comando,
permitindo um uso flexível da mesa.
O ponto de partida da tecnologia de alta compactação da
VÖGELE é o gerador de impulsos que faz parte do sistema
hidráulico por impulsos. Este sistema gera impulsos
Circuito de retorno de pressão de alta frequência. Deste modo, as barras de
pressão estão em contacto permanente com o pavimento
e a mistura betuminosa fica bem compactada.
Devido à alta pré-compactação daí resultante, o número
Gerador de impulsos Reservatório Barra de pressão
de passagens posteriores com o cilindro pode ser
fortemente reduzido.
A elevada pré-compactação constitui a base para uma
perfeita composição das camadas e, por conseguinte,
para um resultado final com máxima precisão.
Em pavimentos com diferentes alturas de pavimentação,
a tecnologia de alta compactação da VÖGELE permite
que as barras de pressão compactem a diferentes
profundidades, mantendo a mesma pressão em toda
a largura de espalhamento. O resultado é um grau de
compactação uniforme em toda a superfície.
Os grupos de compactação podem ser controlados
e ajustados independentemente uns dos outros.
A regulação fina da pressão das barras de pressão
possibilita também o uso da tecnologia de alta
compactação VÖGELE em camadas de desgaste.

Legenda:  = “Tamper” P1 = Primeira barra de pressão


T
P2 = Segunda barra de pressão

69
Manual de pavimentação VÖGELE

2.6 Regulação
2.6.1 “Tamper”

O “tamper” deve ter o mesmo curso ao longo


Eixo excêntrico no ponto
de inversão inferior de toda a largura de pavimentação. O curso é
ajustado através da rotação do parafuso excêntrico
1 no eixo que acciona o ”tamper“. O eixo é acessível
2 a partir de trás, permitindo a configuração entre
troços da obra. Já a configuração do ponto de
inversão inferior do ”tamper“ em relação à chapa
alisadora demora um pouco mais de tempo.
Primeiro, desmontam-se as paredes dianteiras.
A seguir, tiram-se os parafusos das consolas dos
“Tamper” eixos. Depois de soltar igualmente a contraporca
(2), pode alterar-se a altura do ”tamper“ através
1 mm com um Aperto Chapa alisadora do parafuso (1). A definição da altura depende
curso de 4 mm
do curso do ”tamper“.

Curso de 2 mm Curso de 4 mm Curso de 7 mm

Aperto Aperto Aperto


0 mm 1 mm 2,5 mm
Chapa alisadora Chapa alisadora Chapa alisadora

Curso de 2 mm Curso de 4 mm Curso de 7 mm


O “tamper” está nivelado O ponto de inversão do “tamper“ O ponto de inversão do “tamper“
com a chapa alisadora no está 1 mm mais baixo que o está 2,5 mm mais baixo que o
ponto inferior de inversão. aperto da chapa alisadora. aperto da chapa alisadora.

Conselho

Com um curso de 2 mm, o “tamper“ deve estar nivelado com a chapa alisadora
(apalpar com a mão).

70
2. A mesa

2.6 Regulação
2.6.2 Barras de pressão

1
2
3
4 4

8 5

59,5 mm 6
6
7

4 mm Barra de Chapa alisadora 0,5 - 1 mm 0,5 - 1 mm


pressão

1. Desapertar a porca (2) com a anilha de freio (3) no cilindro da barra de pressão (1).
2. Rodar o cilindro da barra de pressão (1) para ajustar a altura da barra de pressão.
A distância (7) entre a(s) barra(s) de pressão e a extremidade inferior da chapa alisadora
deve ser, pelo menos, 4 mm.
3. V
 erificar se o cilindro da barra de pressão tem contacto com a chapa de metal (5),
quando retraída.
4. Ajustar uma tensão prévia na mola (6) de 5,5 mm através da porca (4) para criar uma
distância (8) de 59,5 mm.
5. Fixar novamente o cilindro da barra de pressão (3).

71
Manual de pavimentação VÖGELE

2.6 Regulação
2.6.3 Parede dianteira da mesa

3
2
1
0 mm
0,5 - 1 mm

O “tamper“ (3) deve ser ajustado de forma a ficar apoiado sobre a barra de desgaste (1)
ao longo de toda a largura. Ajustar depois a mola de aço (2) na parede dianteira da mesa
através do parafuso (4) pelo lado de trás, até que se obtenha uma folga de 0,5 - 1 mm entre
o “tamper“ e a mola de aço (2).
Desapertar os parafusos (6) e colocar anilhas (5), até que a parede dianteira esteja alinhada
com a mola de aço (2), pelo menos, de forma paralela ao “tamper“ ou, ainda melhor,
ligeiramente inclinada para a frente.
Verificar a seguir a distância entre o “tamper“ e a mola de aço e corrigir, se necessário.

72
2. A mesa

2.7 Chapa lateral


2.7.1 Chapa lateral mecânica e hidráulica

A regulação da altura da chapa lateral da mesa é uma função muito frequente durante
a pavimentação. O operador sabe por experiência própria quando deve utilizar esta função.
Por exemplo, na pavimentação ao longo de lancis altos ou baixos ou valetas.
Como as chapas laterais contribuem para uma qualidade perfeita?
Evitam que o material seja empurrado para fora durante a pavimentação.
Produzem juntas longitudinais e margens limpas.
Proporcionam uma compactação ideal, também nas extremidades do pavimento.

73
Manual de pavimentação VÖGELE

2.7 Chapa lateral


2.7.1.1 Chapa lateral hidráulica da VÖGELE

As chapas laterais hidráulicas ajustáveis na altura estão disponíveis opcionalmente para as mesas
extensíveis VÖGELE AB 500 e AB 600, proporcionando maior facilidade e conforto na operação.
Em vez de utilizar as manivelas montadas habitualmente nas chapas, o ajuste da altura faz-se
através de interruptores basculantes. As chapas sobem e descem por acção de dois cilindros
hidráulicos instalados em cada chapa.

Pavimentadora VÖGELE equipada com chapas laterais hidráulicas.

74
2. A mesa

A chapa lateral da mesa sobe ou desce


com um simples toque no interruptor
basculante.

As vantagens da chapa lateral hidráulica


são evidentes se o cilindro de regulação
da altura baixar totalmente por descuido.

Havendo irregularidades no solo (aqui


ilustradas por um pedaço de madeira),
a pressão no cilindro hidráulico aumenta.
Ao alcançar 15 bar, abre-se uma válvula
e o cilindro move-se para cima. Desta
forma, evita-se o bloqueio da mesa,
que continua a flutuar.

75
Manual de pavimentação VÖGELE

2.7 Chapa lateral


2.7.1.2 Chapa lateral “standard” da VÖGELE

Quando se pavimenta com uma chapa lateral “standard” da VÖGELE, o operador deve evitar
baixar demasiado o cilindro de regulação da altura. A corrente tem de ter folga suficiente.
Isto é importante, porque de outra forma a mesa não flutua.
Nota:
Uma mesa flutuante significa que a espessura de pavimentação só pode ser alterada através
do ângulo de ataque e/ou a altura do ponto de tracção da mesa. Deste modo, é possível evitar
irregularidades sem intervir activamente no controlo da mesa.

O ajuste mecânico da chapa lateral deve ficar aproximadamente


no centro e a corrente deve ter “folga suficiente”. Desta forma,
a acção flutuante da mesa não é afectada e os resultados são
excelentes.

Conselho

A régua e os acabadores de berma da VÖGELE podem ser montados tanto


na chapa lateral “standard” como na chapa lateral hidráulica.

76
2. A mesa

2.7 Chapa lateral


2.7.2 Acabadores de bermas

Os acabadores de bermas destinam-se a modelar e compactar as margens do material


pavimentado. Estão disponíveis com um ângulo de 45°, 52° e 60°. O seu tamanho depende
da espessura da camada a pavimentar. É possível montar opcionalmente uma resistência
de aquecimento para aumentar as propriedades de “deslizamento” dos acabadores.

Espessura Ângulo
da camada 45° (anterior) 52° (actual) 60° (anterior)

4 - 6 cm

6 - 12 cm

12 - 18 cm

77
Manual de pavimentação VÖGELE

2.8 Aquecimento da mesa

Todas as peças da mesa que entram em


contacto com o material devem aquecer
até aproximadamente 90° C antes de dar
início ao trabalho.
A mesa deve ser protegida contra perdas
excessivas de calor, para que o poder
calorífico seja utilizado de modo eficiente.
1 5 Para isso, desce-se a mesa até cerca de
5 cm acima do solo, para que o vento
2 não arrefeça a mesa.
De manhã, a máquina deve aquecer
6 durante 30 minutos antes de começar
3
a trabalhar.
7
Depois deve-se colocar a mesa em
4
cima do material quente e pavimentar
os primeiros 2 - 3 m e fazer uma pausa
de 5 minutos, para que a mesa possa ser
1. Motor a gasóleo aquecida regulamente pelo material.
2. Consola de comando
3. Caixa de comutação e/ou fusíveis
4. Caixa de distribuição
5. Gerador
6. “Tamper“ com resistência de aquecimento
7. Chapas alisadoras com duas resistências
de aquecimento

Conselho

Ao ligar o aquecimento da mesa, a funcionalidade das resistências eléctricas pode


ser verificada, tocando com cuidado no “tamper“, nas chapas alisadoras e nas barras
de pressão.

78
2. A mesa

Se a temperatura for muito baixa, o material


betuminoso pode colar-se no “tamper“, na
chapa alisadora ou nas barras de pressão.
Isto pode levar à formação de bandas e ao
desprendimento descontrolado de partículas,
mais finas, que podem gerar estruturas
irregulares na superfície. Até se alcançar a
temperatura de serviço, é possível que o
comportamento flutuante da mesa se altere,
produzindo diferentes espessuras.

Nas máquinas “traço 2” da VÖGELE, é possível configurar


o funcionamento das resistências de aquecimento numa
caixa de controlo.
Quando uma das lâmpadas sinalizadoras verdes se
apaga por um período mais prolongado, a resistência
de aquecimento está avariada.

Vantagem

Um problema que surja numa resistência de aquecimento é identificado


imediatamente, o que permite uma substituição rápida.

79
Manual de pavimentação VÖGELE

2.9 Indicações para a manutenção das mesas


2.9.1 Manutenção diária

A mesa é a ferramenta do operador da mesa. E da mesma forma como se cuida e conserva


uma ferramenta, também é importante cuidar, manter e verificar a mesa antes e depois de
cada utilização.
Inspecção visual diária de possíveis anomalias.
Controlar o funcionamento correcto dos parafusos de aperto no mecanismo de regulação
de altura (1) e apertá-los com contra-apoio.
Verificar regularmente a folga no sistema de restrição do torque (2) e na mesa extensível!
Limpar a mesa quando está quente com um produto de limpeza antes e depois de cada
utilização. Para isso, deixar o “tamper” e os vibradores, os tapetes transportadores e os
sem-fins a funcionar a baixa velocidade. As máquinas da geração “traço 2” possuem
um modo de limpeza.
Lubrificar o tubo telescópico e todos os tubos de guia interiores com massa para evitar
que o asfalto agarre aos tubos.
Lubrificar e proteger sempre as calhas do sistema de deslizamento e o sistema de
regulação do perfil.

80
2. A mesa

81
Manual de pavimentação VÖGELE

2.9 Indicações para manutenção das mesas


2.9.2 Manutenção semanal

Lubrificar os rolamentos do “tamper” e dos vibradores


Exemplo: “tamper” na mesa AB 500

Pontos de lubrificação para “tamper” no lado Ponto de lubrificação na extensão direita.


direito da mesa básica.

Exemplo: “tamper” na mesa AB 200

82
2. A mesa

Os rolamentos da mesa devem ser lubrificados a cada 50 horas de funcionamento.


Isto é representado graficamente com autocolantes em todas as mesas.
Utilizar apenas massa consistente para temperaturas elevadas
(resistente a temperaturas até 200° C).
Não lubrificar excessivamente os rolamentos!

Conselho
Embora existam pontos de lubrificação, os rolamentos dos vibradores da mesa
AB 200 TV não requerem manutenção. Conforme o tipo de mesa, os pontos de
lubrificação encontram-se directamente na caixa dos rolamentos (mesas AB 200,
mesas SB) ou na estrutura exterior, que está ligada às caixas dos rolamentos através
de tubos flexíveis (mesas AB 500, AB 600).

83
Manual de pavimentação VÖGELE

84
3 Parâmetros com influência na pavimentação 85

3.1 Informações gerais ................................................................................................ 86


3.2 Material / mistura .................................................................................................. 88
3.3 Parâmetros de pavimentação .............................................................................. 89
3.4 Definições da pavimentadora .............................................................................. 89
3.5 Relação entre “tamper” e velocidade de pavimentação . .................................. 92
3.6 Valores recomendados para os grupos de compactação .................................. 93
3.7 Função dos cilindros hidráulicos para levantar / baixar a mesa ....................... 94
3.7.1 Posição flutuante .................................................................................................................. 95
3.7.2 “Assistência da mesa” . ......................................................................................................... 95
3.7.3 Bloqueio da mesa (Screed Freeze) ................................................................................... 95

85
Manual de pavimentação VÖGELE

3.1 Informações gerais

86
3. Parâmetros com influência na pavimentação

A mesa, em geral, encontra-se, durante a pavimentação, no modo flutuante. Isto significa


que as alterações no equilíbrio de forças, por exemplo, uma maior resistência do material, etc.,
fazem com que a mesa altere a sua posição de pavimentação.
Como isto tem um efeito na precisão e regularidade do pavimento, é importante conhecer
os parâmetros que se podem alterar durante a pavimentação asfáltica para os manter estáveis
tanto quanto possível.
É evidente que, na prática, isto nunca se vai conseguir a 100 %. No entanto, o conhecimento
das causalidades é de extrema importância para se obter um pavimento de elevada qualidade.
Em seguida, explicam-se, sob os termos genéricos “material”, “parâmetros de pavimentação”
e “configurações de máquina”, os parâmetros relevantes e o seu efeito na pavimentação.

87
Manual de pavimentação VÖGELE

3.2 Material / mistura

Temperatura do material
A temperatura deve ser constante e suficientemente alta para prevenir
que o material endureça antes de ser aplicado.
O material arrefecido é mais difícil de compactar.
A capacidade de carga do material também depende da sua temperatura.
A alimentação tem de ser planeada para garantir a temperatura ideal do
material.

Granulometria
A granulometria do material a espalhar não deve exceder 1/3 da espessura
da camada, sob pena de o “tamper” poder actuar sobre os agregados da
camada directamente por baixo, podendo fragmentar as pedras.

Solidez / capacidade de carga


A composição do material asfáltico a espalhar deve ser igual durante
a pavimentação.

Características do material
As características do material influenciam o comportamento flutuante da mesa.
Os materiais com uma boa capacidade de carga exercem maior resistência
sobre a mesa do que os materiais de menor capacidade de carga.
Os grupos de transporte e de compactação podem ser configurados
de acordo com o material utilizado.

88
3. Parâmetros com influência na pavimentação

3.3 Parâmetros de pavimentação

Espessura da camada
Quanto maior a espessura da camada, maior o ângulo de ataque da mesa.

Largura de pavimentação
O comportamento de flutuação da mesa muda consoante a largura
de pavimentação.

Paragem de pavimentação
Quanto maior o tempo de paragem da pavimentação, maior será
a irregularidade que se formará no sentido longitudinal.

Condições ambientais
Condições ambientais, tais como a temperatura, podem influenciar
o material e modificar o comportamento de flutuação da mesa.

3.4 Definições da pavimentadora

Quantidade de material à frente da mesa


Demasiado material à frente da mesa pode levar a um arrefecimento do material
com um impacto negativo na pré-compactação e no comportamento flutuante
da mesa.
Uma quantidade constante de material é uma condição para uma flutuação
equilibrada.
Quanto maior é a altura da camada, maior é a força ascendente exercida na mesa.
O controlo proporcional dos tapetes transportadores (transporte do material)
e dos sem-fins de distribuição (distribuição do material) garante uma aplicação
eficiente do material, com maior qualidade do produto final.

89
Manual de pavimentação VÖGELE

3.4 Definições da pavimentadora

Curso e velocidade do “tamper”


O curso e a velocidade do “tamper” influenciam a pré-compactação do
material e o comportamento de flutuação da mesa.
Nas mesas VÖGELE, é possível ajustar o curso do “tamper”. Quanto maior
o curso do “tamper“, maior é a pré-compactação e a profundidade de
compactação. Por isso, o valor do curso do “tamper“ deve ser definido em
função da espessura da camada, de maneira a obter um ângulo de ataque
positivo da mesa tão reduzido quanto possível. Um curso demasiado grande
para a espessura a pavimentar pode gerar um ângulo de ataque negativo,
gerando superfícies abertas e fendas e/ou um nivelamento descontrolado
da mesa, produzindo pavimentos irregulares.

Velocidade do “tamper”
A velocidade do “tamper“ e a velocidade de pavimentação têm um grande
impacto na pré-compactação do material. Isso significa que a velocidade do
“tamper“ tem de ser adaptado à velocidade de espalhamento ou ”vice-versa“.
Os valores devem ser ajustados individualmente o mais possível, para
garantir um ângulo de ataque positivo e reduzir o desgaste dos grupos
de compactação.

Estabilidade da mesa
Grandes modificações ou alterações de um só lado do ângulo da mesa
podem levar à sua torção.

Bloqueio da mesa
O bloqueio da mesa é uma função que se torna activa por um curto espaço
de tempo, quando o modo de flutuação da mesa é interrompido. É aplicada
uma pressão de 30 bar do lado do pistão dos cilindros hidráulicos que
levantam e baixam a mesa, evitando que esta suba no arranque da máquina.

90
3. Parâmetros com influência na pavimentação

Velocidade de pavimentação
A velocidade de pavimentação determina a eficácia dos grupos de
compactação na superfície.
A velocidade de pavimentação e o nível de material à frente da mesa
têm de ser adaptados entre si.
Uma velocidade elevada gasta muito material e exige uma boa logística
da obra para garantir uma alimentação suficiente de material.
A velocidade de pavimentação deve ser definida de forma a garantir
o fornecimento de material constante dos veículos de alimentação.
Como a velocidade de pavimentação tem uma grande influência na
pré-compactação, esta deve ser seleccionada de forma a evitar que
a mesa espalhe o material com um ângulo demasiado positivo, uma vez
que daí podem resultar irregularidades. A velocidade de pavimentação
deve, portanto, permitir uma boa pré-compactação e a mesa deve flutuar
sobre o material com um ângulo pequeno.

Frequência da vibração
Ao pavimentar camadas mais altas, a frequência da vibração tem pouca
influência na compactação. A vibração é mais importante na pavimentação
de camadas de desgaste, onde ajuda a criar uma superfície uniforme e regular.

Pressão / frequência das barras de pressão


As barras de pressão movem-se para cima e para baixo, através de pressão
hidráulica pulsada. Estes impulsos são gerados por uma válvula rotativa
integrada na mesa a uma frequência de 58 Hz e 68 Hz. Cilindros hidráulicos
pressionam as barras de pressão para baixo ao longo de toda a largura
de pavimentação. No fim de cada impulso, as barras de pressão voltam
à posição inicial através da acção de molas que actuem contra a força
dos cilindros hidráulicos. A pressão aplicada nas barras de pressão modifica
a distância que as barras têm de percorrer em cada impulso.

91
Manual de pavimentação VÖGELE

3.5 Relação entre “tamper” e velocidade de pavimentação

Durante a pavimentação, é estabelecido um equilíbrio de forças entre a mesa e o material


pavimentado. Qualquer alteração dos parâmetros de pavimentação, por exemplo, a velocidade
de pavimentação ou a velocidade do ”tamper“, etc., tem um impacto imediato no comportamento
flutuante da mesa.
As velocidades do “tamper“ e de
pavimentação dependem fortemente uma
da outra. Ao modificar a velocidade de
pavimentação sem mudar a velocidade
do “tamper“ e a posição dos cilindros
niveladores, isto vai afectar a pré-compactação
do material. Se a velocidade de pavimentação
é aumentada sem aumentar simultaneamente
a velocidade do “tamper“, a capacidade
de carga do material reduz-se e a mesa
8 m/min 4 m/min pavimenta com um ângulo maior e uma
espessura mais fina.

Pavimentar com nivelamento automático


Reduzida pré-compactação
Elevada pré-compactação Quando se utiliza o sistema de nivelamento
automático, é possível manter a elevação
desejada da mesa aumentando o ângulo,
mas a pré-compactação não é constante.
Velocidade de pavimentação
8 m/min 4 m/min

Após a compactação cilindro


A pré-compactação irregular faz com
que se obtenham igualmente valores
de compactação final com o cilindro
diferentes, o que causa irregularidades
na superfície.
Velocidade de pavimentação
8 m/min 4 m/min

92
3. Parâmetros com influência na pavimentação

3.6 Valores recomendados para os grupos de compactação

Tipo de

pavimentação (m/min)

Velocidade de rotação

Velocidade de rotação
camada

dos vibradores (rpm)


Mistura betuminosa

pavimentação (cm)

Curso do “tamper“

Pressão das barras


do “tamper“ (rpm)

de pressão (bar)
Velocidade de
Espessura de

(mm)
Camada base AC 32 T 10 - 60 2 - 4 4 - 7 1500 - 1800 2600 - 3000 90 - 110
asfáltica

AC 22 T 6 - 10 2 - 5 4 - 7 1000 - 1400 2100 - 2400 70 - 100

Camada “binder“ AC 22 B 6 - 10 2 - 5 4 1000 - 1400 2100 - 2400 70 - 100


asfáltica

AC 16 B 4 - 8 2 - 6 4 600 - 1000 1800 - 2100 50 - 80

AC 11 B 4 - 6 3 - 6 4 600 - 800 1600 - 1800 50 - 70

Betão asfáltico AC 11 D 4 - 6 3 - 6 4 600 - 900 1600 - 1800 50 - 80


(camada de
desgaste)
AC 8 D 2 - 4 3 - 6 2 - 4 600 - 900 1300 - 1600 50 - 70

AC 5 D 2 - 4 3 - 6 2 - 4 600 - 900 1200 - 1500 Desligada

SMA 11 4 - 6 3 - 6 4 600 - 1500 1600 - 1800 50 - 80

SMA 8 2 - 4 3 - 6 2 - 4 600 - 1500 1300 - 1600 50 - 70

SMA 5 2 - 4 3 - 6 2 - 4 600 - 1500 1200 - 1500 Desligada

Camada asfáltica
base e de AC 16 TD 8 - 16 2 - 6 4 1200 - 1800 2200 - 3000 80 - 110
desgaste

Camada fina 1 - 3 3 - 10 2 500 - 1400 1000 - 1200 Desligada

93
Manual de pavimentação VÖGELE

3.7 Função dos cilindros hidráulicos para levantar / baixar a mesa

Posição flutuante

Pressão da “assistência da mesa”

Pressão de bloqueio da mesa

94
3. Parâmetros com influência na pavimentação

3.7.1 Posição flutuante


Normalmente o material é espalhado com a mesa em posição flutuante. Por outras palavras,
as válvulas do pistão e da haste que controlam os dois cilindros para elevar / baixar a mesa
estão abertas na direcção do reservatório hidráulico para permitir uma entrada e saída sem
resistência.

3.7.2 “Assistência da mesa”


Se o material tiver uma capacidade de carga reduzida, a mesa não vai atingir o valor
de elevação desejado, mesmo definindo um ângulo de ataque maior. A função “assistência
da mesa” permite que a pressão seja aplicada nos cilindros hidráulicos do lado direito
e esquerdo, separadamente, a partir de baixo. Esta pressão age contra o peso da mesa
e permite que flutue de acordo com o valor da pressão exercida.

ATENÇÃO! Esta função não deve ser utilizada para a pavimentação da camada de desgaste.

3.7.3 Bloqueio da mesa (Screed Freeze)


Esta função é activada automaticamente quando se liga a tracção, depois da paragem da
pavimentadora com a mesa no modo de flutuação. As válvulas que controlam os cilindros de
levantar / baixar a mesa são fechadas nos pistões e nos lados das hastes. A posição flutuante é,
assim, desactivada por um curto espaço de tempo para evitar irregularidades no pavimento
ao arrancar novamente a pavimentadora.

95
Manual de pavimentação VÖGELE

96
4 Recomendações / situações a ter em conta 97

4.1 Antes da pavimentação ...................................................................................... 98


4.1.1 Princípios básicos .............................................................................................................. 98
4.1.2 Cálculo da espessura da camada . ................................................................................. 100
4.1.3 Condições ambientais durante a pavimentação ....................................................... 104
4.1.4 Características das bases e superfície do pavimento ............................................... 105
4.1.5 Sem-fim e chapas limitadoras do túnel do sem-fim em mesas extensíveis .......... 108
4.1.6 Definição e preparação do troço de pavimentação . ................................................ 110
4.1.7 Selecção de sensores adequados .................................................................................. 111
4.1.8 Pedir a entrega de material na central de asfalto . .................................................... 122
4.1.9 Preparação da referência para o nivelamento ........................................................... 123
4.1.10 Posicionamento correcto do sensor ............................................................................. 124
4.2 Durante a pavimentação . ................................................................................... 125
4.2.1 Posicionar a pavimentadora ........................................................................................... 125
4.2.2 Quantidade de material à frente da mesa . ................................................................. 126
4.2.3 Construção de juntas . ...................................................................................................... 127
4.2.4 Construção de juntas de dilatação . .............................................................................. 131
4.2.5 Pavimentação “quente a frio” . ........................................................................................ 132
4.2.6 Pavimentação “quente a quente” . ................................................................................. 133
4.2.7 Tarefas da equipa durante a pavimentação . .............................................................. 134
4.2.8 Ferramentas para um controlo permanente da pavimentação . ........................... 136
4.3 Depois da pavimentação .................................................................................... 138
4.3.1 Compactação final com cilindros .................................................................................. 138
4.3.2 Regras para compactar e evitar erros de compactação . ......................................... 142
4.3.3 Medição da densidade e da regularidade ................................................................... 143
4.3.4 Limpeza e manutenção diária, fim dos trabalhos em obra . ................................... 144

97
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.1 Princípios básicos

Antes de começar o trabalho, deve ver qual é a largura de pavimentação mínima


e máxima e preparar a pavimentadora.
O decorrer da pavimentação deve ser coordenado com outras equipas para garantir
que a pavimentadora é alimentada com material suficiente e para evitar que outras
máquinas passem demasiado por cima da camada asfáltica ainda quente.
Os veículos de transporte do material devem ser organizados de forma a garantir uma
alimentação contínua e reduzir os tempos de paragem da pavimentadora.
Contactar os responsáveis da central misturadora para se certificar que o abastecimento
de material é cumprido conforme previsto.
Verificar se a pavimentadora está pronta para funcionar (níveis de enchimento,
funções eléctricas e hidráulicas, etc.).
Remover a lona do camião de alimentação pouco tempo antes de transferir o material
para a pavimentadora para evitar o arrefecimento do material.

98
4. Recomendações / Situações a ter em conta

99
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.2 Cálculo da espessura da camada

Devido aos vários parâmetros que influenciam o processo de pavimentação, é impossível desenvolver
uma fórmula única para ajustar os cilindros de acordo com uma determinada espessura de camada.
Nas mesas extensíveis, por regra, a espessura da camada em cm + (50 % a 100 %) determina
mais ou menos o valor aproximado a ajustar na escala de nivelamento da pavimentadora.
Os valores devem ser verificados após a pavimentação dos primeiros metros e deve proceder-se
à sua correcção, quando necessário.

H = Espessura da camada H W S
S = Espessura nominal
W = Valor de compactação

A mesa só assume a pré-compactação, sendo a compactação final feita com cilindros.


A compactação final deve situar-se num valor (W), situado entre a espessura da camada (H)
e a altura especificada (S). Sendo assim, (W) é o valor da compactação final e deve ser tido em
conta ao configurar a mesa de acordo com a altura de espalhamento.

100
4. Recomendações / Situações a ter em conta

H = Espessura de pavimentação

Como a mesa, em posição de trabalho, devido ao comportamento flutuante, precisa de


percorrer uma determinada distância até atingir o nível da espessura pretendida, há que
começar por baixar a mesa até ao nível pretendido, de acordo com a espessura da camada,
utilizando calços em madeira ou uma quantidade de mistura distribuída uniformemente.

101
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.2 Cálculo da espessura da camada

Escala de nivelamento
α
H
α = Ângulo de ataque
H = Altura da camada

O ângulo de ataque da mesa é determinado pela configuração da altura de espalhamento


H + (50 % a 100 %) através dos cilindros niveladores utilizando a escala de nivelamento.
A espessura da camada deve ser verificada imediatamente ao começar a pavimentar,
para que a posição dos cilindros possa ser corrigida, se necessário.

102
4. Recomendações / Situações a ter em conta

S = Espessura nominal

Após a compactação, a superfície deve ser verificada para assegurar que a espessura exigida
foi atingida. Não sendo o caso, é necessário corrigir a espessura da camada.

103
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.3 Condições ambientais durante a pavimentação

Na maioria das obras, as condições ambientais só podem ser levadas em conta até um certo
ponto devido ao calendário rigoroso. Este facto pode trazer problemas no espalhamento de
materiais asfálticos quentes.
Se a temperatura ambiente for muito fria e a distância entre a central de asfalto e a pavimentadora
for grande, a temperatura do material pode baixar para o valor mínimo permitido para pavimentar.

Dependendo do tipo de betume utilizado, A possibilidade de pavimentar não


é difícil fazer com que os cilindros depende apenas da temperatura do
obtenham a densidade final exigida, ar, mas também da temperatura da
se a temperatura do material estiver sub-base, uma vez que uma base faz
abaixo dos 120° C quando é descarregado igualmente com que o material arrefeça
para a pavimentadora. mais rapidamente.
Uma vez que a temperatura ambiente Pavimentar numa base molhada ou
faz com que o material arrefeça mais com poças de água não é recomendado.
rapidamente, a camada de desgaste não Podem formar-se vapores de água por
deve ser aplicada a temperaturas abaixo baixo da camada pavimentada quando
dos 3° C, ou melhor ainda, abaixo dos 6° C. se espalha o material sobre a sub-base.
Como o vapor tende a evaporar para cima,
A camada “binder“ contém material
geram-se espaços vazios que afectam
com maior granulometria, que retém
a capacidade de carga do pavimento
o calor, pelo que estas camadas podem
e a pré-compactação e que podem ter
ser pavimentadas com temperaturas
um efeito negativo na flutuação da mesa.
abaixo dos zero graus.
A formação de vapor é improvável na
Em determinadas circunstâncias,
pavimentação de emulsão fresca, uma
é possível pavimentar camadas de
vez que o ponto de ebulição é muito
base a temperaturas de -3° C, mas é
mais alto.
necessário que a sub-base esteja livre
de neve e gelo.

104
4. Recomendações / Situações a ter em conta

4.1 Antes da pavimentação


4.1.4 Características das bases e superfície do pavimento

A superfície de uma base não aglutinada É também importante verificar a altura


deve ser regular, nivelada, estável e bem das tampas de saneamento, drenagens
compactada, para que o pavimento ou bocas de incêndio, para que não
asfáltico conserve as capacidades e impeçam o processo de pavimentação
possa suportar as cargas do tráfego e continuem acessíveis depois da
rodoviário por muito tempo após ter pavimentação.
sido construído.
A base deve ser limpa com uma vassoura,
É aconselhável verificar, no âmbito de ar comprimido ou jacto de água, por forma
uma inspecção, se a superfície está de a assegurar uma boa adesão entre o
acordo com as especificações exigidas pavimento e a sub-base.
relativamente à capacidade de carga,
A superfície deve depois ser pulverizada
nível, regularidade e inclinação
com uma emulsão betuminosa ou com
longitudinal e transversal.
uma camada de aderência, para garantir
Quando se pretende pavimentar uma uma melhor ligação da mistura asfáltica
camada asfáltica sobre uma sub-base à sub-base.
aglutinada, a sub-base deve ser uniforme,
regular e deve estar compactada, tal como
uma base não aglutinada. Poderá ser
necessário nivelar primeiro a sub-base,
se esta for muito irregular.

105
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.4 Características das bases e superfície do pavimento

Perfil da superfície antes da


camada base
A altura da camada deve ser, quando
possível, igual ao longo de toda a largura
do pavimento. Antes de pavimentar, há que
regularizar a sub-base e a camada base,
reduzindo as diferenças mais notórias,
para garantir depois uma pré-compactação
(com a mesa) e compactação (com cilindro)
homogéneas.
O tipo de material utilizado para compensar
as irregularidades e garantir o nivelamento
Pré-nivelar uma depressão
deve ser adaptado à espessura da camada
a obter.
Este material pode ser espalhado
manualmente ou com a pavimentadora.
É importante garantir uma boa
pré-compactação da camada de
compensação.

Encher um desnível inclinado

106
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Adaptação da mistura asfáltica à altura de pavimentação

ATENÇÃO

A altura de espalhamento deve ter, pelo menos, o triplo do tamanho das maiores
partículas do material.

Se não for assim, os agregados podem ser esmagados e a mesa começa a saltar devido à energia
dos grupos de compactação.
Quando os agregados são esmagados, a cor das pedras torna-se visível à superfície. Esse aspecto
é fácil de identificar, porque normalmente os componentes do material estão cobertos por betume
asfáltico preto.
Além disso, existe o risco de a mesa não poder manter a altura desejada e espalhar uma
camada muito alta.

107
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.5 Sem-fim e chapas limitadoras do túnel do sem-fim em mesas extensíveis

Para poupar energia, a quantidade de material a espalhar à frente da mesa deve ser regular
e constante. Esta tarefa é assumida pelas chapas alisadoras e pelas chapas limitadoras do túnel
do sem-fim, que se adaptam à largura de pavimentação. A quantidade certa de material à frente
da mesa evita também as segregações do material e o arrefecimento precoce.

A próxima página mostra alguns exemplos de sem-fins de distribuição e chapas limitadoras


do túnel do sem-fim.

Conselho

O sem-fim e as chapas limitadoras devem terminar cerca de 20 cm


antes da chapa lateral.

108
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Chapa deflectora Apoio horizontal


Chapa limitadora do túnel do sem-fim Chapa lateral

Chapa deflectora Apoio vertical / horizontal


Chapa limitadora do túnel do sem-fim Chapa lateral

Extensão mecânica Extensão mecânica

Chapa deflectora Apoio vertical / horizontal


Chapa limitadora do túnel do sem-fim Chapa lateral

Extensões mecânicas Extensões mecânicas

109
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.6 Definição e preparação do troço de pavimentação

Para poder seguir uma trajectória certa,


o operador deve montar um indicador
ou referência na parte da frente da
pavimentadora, que sirva de linha de
orientação. O indicador ajuda o operador
a manter a pavimentadora paralela à linha
de referência e na distância certa. Assim,
os operadores da mesa já não precisam de
corrigir constantemente as manobras da
pavimentadora, jogando com as extensões
da mesa, para garantir margens direitas.
Este indicador também ajuda os motoristas
dos camiões de alimentação a fazer a
transferência do material para o centro
da tremonha da pavimentadora.

Em obras grandes ou ao trabalhar com


uma mesa fixa para grandes larguras de
espalhamento, é aconselhável aplicar
um controlo automático da direcção,
uma vez que o indicador ou a linha de
referência podem estar fora do ângulo
de visão do operador.
Com o controlo automático da direcção, a
pavimentadora mantém-se paralela à linha
de referência. Desta forma, o operador,
pode concentrar a sua atenção noutras
tarefas durante a pavimentação.

110
4. Recomendações / Situações a ter em conta

4.1 Antes da pavimentação


4.1.7 Selecção de sensores adequados

Sensor Aplicação

Praças e áreas de grande


Zonas residenciais de
velocidade reduzida

Estradas municipais

Vias rápidas; SCUTS


Estradas nacionais

(nova construção)

(nova construção)

(nova construção)
Auto-estradas

(reabilitação)

(reabilitação)
Autódromos

Autódromos
Aeroportos

Aeroportos
superfície
Rotundas

Mecânico
Sensor mecânico variável

Medição com fio de guia • •• ••• • ••• • •• •

Medição do solo ••• ••• ••• ••• •• •• •• •• ••• •• •••

Tubo de nivelamento ••• ••• ••• • • •• • ••


Sensor de inclinação transversal ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• •••

Acústico sem contacto


Sensor sónico simples ••• ••• ••• • •

Sensor sónico múltiplo

Medição com fio de guia ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• •••
Medição do solo ••• ••• ••• •• •• •• •• •• •• •• ••
Big MultiPlex Ski ••• ••• ••• •• •• ••• •• •••

Óptico sem contacto


Receptor de laser ••• •• ••

Sistemas de comando 3D
Navitronic Plus e
• ••• ••• •• ••• •• ••• •
Navitronic Basic

••• particularmente recomendado •• recomendado • adequado

111
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.7 Selecção de sensores adequados

Sensor mecânico variável


Para copiar uma referência (fio, base, etc.).

Sensor sónico múltiplo


Medição sem contacto para copiar uma
altura de referência (fio ou base).
Filtro interno compensa as irregularidades
maiores detectadas na base.

Sensor de nivelamento
Indicação do nivelamento no comando.
Introdução dos valores de nivelamento
(valor nominal) através do comando. Os
valores podem ser modificados durante
a pavimentação.
Tolerância ± 0,05 %.
Para larguras de pavimentação até 6 m.
Intervalo de medição do sensor ± 10 %.

112
4. Recomendações / Situações a ter em conta

O laser rotativo produz um


nivelamento perfeito.
O nivelamento gerado
pelo laser rotativo serve
de referência virtual.

Receptor de laser
Um nivelamento preciso serve de referência para
o receptor de laser. Este nível é gerado por um laser
rotativo.
A referência é independente das condições da sub-base.
O grande intervalo de medição de 22 cm permite
que o receptor laser trabalhe mesmo com maiores
desníveis na base, sem que a altura do laser rotativo
ou do receptor precise de ser corrigida.
A montagem do emissor e do receptor de laser a
altura até 4,5 m possibilita uma medição contínua
e ininterrupta.
Conforme a qualidade do laser rotativo utilizado,
a pavimentadora pode trabalhar num raio de 200 m
do laser rotativo.

113
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.7 Selecção de sensores adequados

Sensor sónico simples para


medição do nivelamento.

Um aro metálico, montado a uma distância


fixa da célula do sensor, determina o valor
para a compensação de temperatura.

Sensor sónico simples


Exploração sem contacto para copiar uma
referência.
A exploração faz-se com um feixe acústico.
Desta forma, produz-se uma altura da
referência numa relação 1 : 1, sem ser
necessário calcular valores médios.
O sensor, devido às suas dimensões
reduzidas, é particularmente adequado
para obras com espaço reduzido ou
estradas sinuosas com curvas muito
apertadas. É também a escolha ideal
para trabalhos que exigem a reprodução
exacta de uma referência.

114
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Big MultiPlex Ski


Suporte modelar até 13 m.
Também faz o nivelamento de
irregularidades prolongadas.
Medição da referência sem contacto
com 3 sensores sónicos da altura.
Comando fácil.
Montagem fácil na pavimentadora
ou na chapa lateral da mesa.
Aplicação versátil, também em curvas.
Comprimento variável da régua
entre 6,5 - 13 m.
Grande intervalo de medição 3 sensores sónicos múltiplos
vertical de 250 - 650 mm. com 5 células cada.

115
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.7 Selecção de sensores adequados

Régua Big MultiPlex Ski


Com três sensores sónicos ligados em série, é possível medir uma referência em vários pontos
seguidos, com uma distância igual entre si, ao mesmo tempo. A partir dos dados daí obtidos,
o sistema de nivelamento automático Niveltronic Plus da VÖGELE calcula uma referência virtual.
Por isso, este sistema de nivelamento garante um maior rigor e um pavimento final de grande
qualidade.

Conselho

A Big MultiPlex Ski é muito útil, sobretudo quando é necessário eliminar


irregularidades extensas e não há uma referência de altura absoluta.

116
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Régua pequena
Comprimento 0,3 m

Conselho

Só deve ser utilizada em curvas


apertadas ou para copiar de propósito
irregularidades da referência.

Régua grande
Comprimento 0,8 m

Conselho

Utilizar na pavimentação curvas


largas ou rectas grandes.

Régua de nivelamento
Comprimento 7 m

Conselho

Para a pavimentação de superfícies


que requerem grande regularidade.

117
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.7 Selecção de sensores adequados

Sensor sónico de grande alcance (com fio de guia)


Com o sensor sónico múltiplo, na medição com fio de guia, são emitidos 5 feixes de luz e o sinal
reflectido mais curto é enviado para o sistema de nivelamento automático. O sensor pode ser
montado a uma altura entre os 25 cm e 65 cm acima do fio. A altura desejada é depois confirmada
no sistema Niveltronic como valor específico para a camada.

ATENÇÃO

A medição do solo com fio de guia pode causar irregularidades no nivelamento, porque
com este sistema não há um valor médio. Os sinais acústicos podem mudar de direcção
devido ao vento ou a outros factores físicos.

118
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Laser rotativo
O laser rotativo gera um nível com um feixe de luz rotativo e esse nível é registado por um
receptor. Se o receptor sair do nível, o sistema de nivelamento recebe automaticamente
indicação para corrigir o movimento. Deste modo, o nível gerado pelo laser é utilizado
como referência para a altura da mesa e controlo do nivelamento.

Conselho

Utilizado em obras com inclinação longitudinal e transversal constante.

119
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.7 Selecção de sensores adequados

Navitronic Plus
Sistema de nivelamento e de navegação virtual.
Comando tridimensional para pavimentadoras.
Utilização de dados informáticos do projecto.
Para superfícies grandes e a construção de auto-estradas.
Controlo com precisão milimétrica garante a máxima qualidade final.
“Interface“ aberta para ligação a sistemas de posicionamento
3D de outros fabricantes.

Nivelamento
(controlo da altura e da inclinação
transversal da pavimentação)

Controlo totalmente automático


da posição da mesa

Controlo totalmente automático


da direcção da pavimentadora

120
4. Recomendações / Situações a ter em conta

O sistema de comando 3D Navitronic Plus estende o sistema de nivelamento automático


Niveltronic Plus para uma terceira dimensão. Isto significa que, para além da altura de
pavimentação, também é possível controlar a largura de espalhamento e a direcção do
trabalho com base nos dados projectados digitalmente. O sistema de nivelamento e
navegação virtual funciona com os sistemas de posicionamento de muitos fabricantes de
renome. O posicionamento faz-se através de estações totais de laser e um sistema mmGPS.

Conselho

Utilizado em obras em que não há objectos de referência (lancis, bermas, etc.)


e para a pavimentação de várias faixas (estradas, praças, pistas aeroportuárias, etc.).

121
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.8 Pedir a entrega de material na central de asfalto

O processo de construção propriamente dito, depois do projecto e do planeamento logístico,


começa com a requisição do material para a obra. Para um melhor planeamento da produção,
convém enviar, antes de começar os trabalhos, uma estimativa das necessidades e formalizar
a encomenda à central misturadora. Deste modo, garante-se que o material, com a mistura
pretendida, está disponível no momento certo e na quantidade necessária.

Todavia, podem ocorrer alterações no calendário previsto, por exemplo, devido a mau tempo
ou a problemas nos equipamentos, tanto na obra como na central. Para que ambas as partes
possam reagir aos imprevistos, é importante manter um contacto constante e garantir uma
boa comunicação entre as partes.

O material produzido na central de asfalto é recolhido pelo cliente ou transportado para a


obra pelo fabricante. Cabe ao cliente definir os pormenores do transporte, em questões como
a quantidade e o tamanho dos veículos de transporte. A capacidade de alimentação terá que
ser adaptada tendo em conta:
a capacidade da central misturadora,
a capacidade da pavimentadora,
a distância da obra,
as condições de trânsito.
Tendo em consideração estes factores, pode garantir-se um abastecimento contínuo da obra.
Esta é uma tarefa do encarregado ou do director de obra ou do capataz.

122
4. Recomendações / Situações a ter em conta

4.1 Antes da pavimentação


4.1.9 Preparação da referência para o nivelamento

0 % de inclinação transversal Por norma, a referência para o controlo


do nivelamento está fora da largura de
pavimentação, ou seja, ao lado da extremidade
da mesa. Uma vez que o suporte do sensor
está fixado à mesa, qualquer mudança na
inclinação transversal da mesa tem um
impacto na altura da referência e na altura
da camada, que varia em função da distância
entre a mesa e a referência e que tem de ser
corrigida, sempre que for necessário.

Exemplo: -2 % de
inclinação transversal

0,5 m

dh

inclinação transversal [%]


Alteração da altura (dh) = x distância [cm] = 1 cm
100
Exemplo:
Os valores actuais são retirados de uma referência com uma inclinação transversal de 0 %.
Mais à frente, a inclinação é alterada para -2 %. Se esta diferença não for tida em conta na
análise da referência, a camada fica 1 cm mais alta, numa distância de 0,5 m entre a mesa
e a referência.

123
Manual de pavimentação VÖGELE

4.1 Antes da pavimentação


4.1.10 Posicionamento correcto do sensor

Posição dos sensores para controlo da flutuação da mesa, tomando como exemplo o fio de guia

As características aplicam-se a todos os sensores destinados à medição de uma referência.

Correcto!
Sensor em posição ideal para pavimentação
de qualidade e com perfil exacto.

Errado!
O sensor está muito atrás. A altura
da extremidade traseira da mesa é
determinada com relativa precisão,
mas não há tempo para corrigir a
espessura da camada, se for necessário.
Consequência:
Irregularidades no pavimento.

Atenção!
O sensor está localizado muito à frente.
O ponto de tracção da mesa mantém-se
paralelo à referência, mas a informação
acerca do comportamento flutuante da
mesa e da altura de pavimentação só
é tida em conta até certo ponto.
Consequência:
Pavimentação uniforme, mas com perfil
impreciso.

124
4. Recomendações / Situações a ter em conta

4.2 Durante a pavimentação


4.2.1 Posicionar a pavimentadora

Ligar a consola de comando da mesa e o sistema de nivelamento à pavimentadora.


Aquecer a pavimentadora e a mesa até à temperatura de serviço.
Colocar uma chapa metálica ou um bocado de madeira por baixo da mesa até se alcançar
a altura de pavimentação pretendida, contando com a compactação posterior pelos cilindros.
Baixar a mesa sobre a chapa metálica ou a madeira.
Configurar o ângulo de ataque da mesa.
Configurar e ligar o sistema de nivelamento automático.
Encostar o veículo de alimentação à pavimentadora.
Encher a tremonha da pavimentadora com material. Ajustar os sensores para os tapetes
transportadores e para os sem-fins.
Configurar os grupos de compactação.
Configurar a velocidade de pavimentação.
Accionar o “joystick” para mover a máquina, as restantes funções fazem-se no modo
automático.

125
Manual de pavimentação VÖGELE

4.2 Durante a pavimentação


4.2.2 Quantidade de material à frente da mesa

A quantidade de material à frente da mesa


deve ser espalhada uniformemente ao
longo de toda a largura de pavimentação.
Para isso, recomenda-se a montagem de
chapas limitadoras do túnel do sem-fim
e deflectores.

O material não é espalhado adequadamente


de dentro para fora e existe demasiado
material à frente da mesa:
Reduzir a velocidade de pavimentação ou
aumentar a velocidade dos sem-fins.
Verificar / ajustar a posição dos sensores
para controlo dos sem-fins.
Ajustar a altura dos sem-fins.

Os tapetes transportadores não entregam


material suficiente:
Aumentar o débito dos transportadores
transportadores.
Reduzir a velocidade de pavimentação.
Colocar chapas limitadoras no túnel
do sem-fim.
Verificar / ajustar a posição dos sensores
para controlo dos sem-fins.
Ajustar a altura dos sem-fins.

126
4. Recomendações / Situações a ter em conta

4.2 Durante a pavimentação


4.2.3 Construção de juntas1

REGRAS
Uma junta é a ligação entre duas faixas contíguas (junta longitudinal). Juntas longitudinais
produzem-se durante o trabalho com várias pavimentadoras (“quente a quente”) ou na
pavimentação de faixa única (“quente a frio”). As ligações que se geram ao fim do dia ou
depois de interrupções do trabalho são designadas por juntas transversais. Em ambos
os casos, é necessário criar uma ligação duradoura entre as duas para evitar a entrada
de águas pluviais ou outras.

Junta longitudinal
Pavimentação “quente a quente“
O uso de duas ou várias pavimentadoras seguidas é a solução ideal para garantir uma boa
interligação das faixas.
Respeitar as seguintes instruções:
A distância entre as pavimentadoras deve ser tão curta quanto possível, para que a
superfície da junta da primeira faixa ainda esteja suficientemente quente.
Os cilindros que trabalham atrás de cada pavimentadora devem ter o mesmo peso operacional.
Os cilindros começam o trabalho de fora para dentro, até à junta. A compactação termina,
nos dois lados, a aproximadamente 15 cm da junta longitudinal. A zona da junta será
compactada numa última passagem com o cilindro. Deste modo, garante-se uma ligação
eficiente entre as duas faixas.

Eixo da estrada

Camada de desgaste asfáltica

Camada de “binder” asfáltica

Camadas de base asfálticas

Junta longitudinal
As juntas devem ser chanfradas e apresentar um perfil oblíquo e devem estar desalinhadas, de camada para camada.

1 T extos e gáficos nas páginas 127 – 130 segundo DAV, Deutscher Asphaltverband e.V.: asphalt LEITFADEN, Ratschläge für den Einbau von Walzasphalt,
Ausgabe 2, Edição de Julho de 2007, páginas 35 − 40.

127
Manual de pavimentação VÖGELE

4.2 Durante a pavimentação


4.2.3 Construção de juntas

Junta longitudinal
Pavimentação “quente a frio“
Não sendo possível evitar uma pavimentação em faixas únicas, por ex., devido ao trânsito,
deve prestar-se a maior atenção à configuração das juntas.

Respeitar as seguintes instruções:


O importante é, em regra, assegurar que a junta não fica directamente na área das futuras
marcações ou nas zonas onde passam os pneus dos veículos.
A posterior superfície da junta (superfície de contacto) tem de ser criada já na construção
da primeira faixa. A superfície de contacto tem de possuir um ângulo de inclinação de
70 - 80 graus. Assim cria-se uma superfície de contacto maior em relação a uma junta
vertical. Este perfil produz-se com um acabador de berma que se fixa na pavimentadora
e/ou com um cilindro com rolo de berma.

Para garantir uma adesão perfeita entre as faixas asfálticas, a superfície de contacto tem
de ser pré-tratada da seguinte forma (ver gráfico na página 132):
1. Limpeza profunda, incluindo a área limítrofe da sub-base, quando necessário.
2. Pulverizar e aplicar betume suficiente. Isto faz-se com revestimentos de materiais processados
a quente ou a frio.

Na pavimentação e compactação de duas faixas, devem respeitar-se os seguintes aspectos:


Aplicar a segunda faixa com uma ligeira sobreposição (2 a 3 cm), tomando em consideração
o valor de compactação do cilindro.
A falta de sobreposição ou uma sobreposição insuficiente evita que o material entre na
junta. As consequências seriam uma má compactação e posteriores defeitos na junta.
Se a sobreposição for muito larga, a pavimentação pode deslocar-se para cima da primeira
faixa. Isto leva a uma fragmentação dos agregados devido à força exercida na área
sobreposta e, por conseguinte, a uma má compactação da zona da junta.
Por isso, antes de se passar com o cilindro por cima, é necessário empurrar o material
sobreposto de volta para cima da segunda faixa.

128
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Juntas transversais
As juntas transversais criam-se no final de um dia ou após interrupções prolongadas
do trabalho.

É necessário executar os seguintes trabalhos:


Tirar a pavimentadora.
Aplicar o material manualmente nos pontos em que a altura não é suficiente e fazer um
corte longitudinal a direito.
Utilizar bocados de madeira de acordo com a altura da camada.
Aplicar uma camada fina de areia na camada de baixo, junto ao corte (preparação para a rampa).
Aplicar à mão material sobre a areia para fazer uma rampa.
Compactar tudo com cilindros, inclusive a rampa.
Antes de reiniciar a pavimentação, remover a rampa, a base com a areia e a tira de madeira.
Verificar com uma régua de rectificação, se a superfície anterior está bem no sentido
longitudinal. Se não for o caso, deve fazer outro corte.
Limpar a superfície da rampa e aplicar uma camada de aderência.
A compactação faz-se “quente a frio”.

129
Manual de pavimentação VÖGELE

4.2 Durante a pavimentação


4.2.3 Construção de juntas

Construção da junta

Protecção anti-salpicos,
quando necessário
Material betuminoso

Sobreposição (2 - 3 cm)
Empurrar
Após espalhamento

Cilindro Primeira passagem com cilindro

Passagem com cilindro, se não


for possível passar por cima da
camada pronta Cilindro

Última passagem com cilindro,


se não for possível passar por
cima da camada pronta Cilindro

130
4. Recomendações / Situações a ter em conta

4.2 Durante a pavimentação


4.2.4 Construção de juntas de dilatação2

REGRAS
As juntas de dilatação são feitas nas ligações de camadas com propriedades diferentes.

É o caso de: Pavimentos de betão


Caleiras (betão, calçada) Muros
Lancis (betão, pedra natural) Objectos/obstáculos

As juntas de dilatação criam-se por formação e descarga de um selante ou através


de cintas de juntas betuminosas.

Características das margens das juntas de dilatação


As juntas de dilatação devem ser construídas:
por toda a espessura da camada de desgaste
na vertical
de forma limpa e seca

Selagem
O espaço da junta de dilatação pode ser criado, em alternativa, através de:
corte
fresagem
entalhe

Passos para a selagem de juntas de dilatação


Respeitar e executar os seguintes trabalhos:
Remover toda a sujidade, limpar com ar comprimido e, se for necessário, lavar com água.
Secar o espaço da junta, por ex., com ar quente.
Aplicar primário e deixar secar.
Preparar com cuidado o composto selante.
Respeitar as instruções do fabricante do composto selante.
Encher com uma lança de selagem ou uma lata.

2 T extos na página 131 segundo DAV, Deutscher Asphaltverband e.V.:


asphalt LEITFADEN, Ratschläge für den Einbau von Walzasphalt, Ausgabe 2, Edição de Julho de 2007, páginas 41 − 42.

131
Manual de pavimentação VÖGELE

4.2 Durante a pavimentação


4.2.5 Pavimentação “quente a frio”

Pavimentar “quente a frio” significa que


o asfalto quente vai ser espalhado sobre
uma camada fria. As margens da camada
asfáltica fria devem ser uniformes e limpas,
de maneira a permitir uma boa ligação
entre as duas camadas. Uma superfície
rugosa, com uma camada de “binder“
suficientemente alta também proporciona
uma boa ligação das camadas.
Ao espalhar a camada de desgaste,
deve-se colocar uma cinta para juntas
Camada quente betuminosas nas margens da camada
asfáltica fria, que derrete devido ao calor
do material da camada quente, evitando
a penetração de água na junta a longo
prazo.
A camada asfáltica quente deve ser mais
alta do que a camada do lado depois da
Valor de passagem do cilindro de compactação,
compactação
Camada fria para que depois da compactação final
se produza uma transição sem juntas.
Junta longitudinal A chapa lateral da mesa deve ser ajustada
1ª faixa 2ª faixa para evitar que o material se sobreponha
(fria) à camada anterior, uma vez que isso pode
provocar a fragmentação dos agregados
e a deformação da superfície acção dos
rolos dos cilindros de compactação.
Camada Camada
base Camada de desgaste Em pavimentos com várias camadas,
“binder”
as juntas das diversas camadas devem
estar desalinhadas para garantir uma
boa ligação das camadas.

132
4. Recomendações / Situações a ter em conta

4.2 Durante a pavimentação


4.2.6 Pavimentação “quente a quente”

Para pavimentar “quente a quente”, as


pavimentadoras trabalham uma ao lado
da outra numa formação escalonada.
A compactação final com o cilindro faz-se
ao longo de toda a largura pavimentada.
O abastecimento com material deve ser
organizado de maneira a que todas as
pavimentadoras possam trabalhar à mesma
velocidade e a distância entre as máquinas
não aumente demasiado. Isto garante
que as faixas adjacentes tenham mais ou
menos a mesma temperatura ao serem
compactadas com o cilindro.
As pavimentadoras devem utilizar, de
preferência, o mesmo tipo de mesa,
Camada quente Camada quente
com uma configuração igual dos grupos
de compactação, para garantir uma
pré-compactação idêntica em toda a
largura. As duas camadas são, deste modo,
pré-compactadas com o mesmo valor
e podem ser pavimentadas lado a lado,
sem a ocorrência de “desníveis” entre elas.

ATENÇÃO
O valor da compactação com o cilindro deve ser levado em consideração também na
junta entre as duas camadas, sob pena de ocorrerem erros na inclinação transversal
e a água à superfície não poder escorrer conforme previsto.

133
Manual de pavimentação VÖGELE

4.2 Durante a pavimentação


4.2.7 Tarefas da equipa durante a pavimentação

Operador da alimentadora
Prestar atenção à posição correcta do tapete transportador (direcção e altura)
que transfere o material para a tremonha da pavimentadora.
Não encher a tremonha excessivamente. Assegurar que não há obstáculos durante
a transferência do material.
Assegurar um enchimento permanente da alimentadora.
Operar a alimentadora correctamente.
Controlar as zonas de perigo.
Preparar a alimentadora para o trabalho na obra e limpá-la depois de cada utilização.

Operador da pavimentadora
Prestar atenção durante a transferência do material para a tremonha da pavimentadora.
Operar a máquina correctamente, tendo em conta as particularidades do projecto.
Garantir que o material é espalhado correctamente à frente da mesa e que o sem-fim
de distribuição está na altura correcta.

134
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Operar a pavimentadora correctamente.


Prestar atenção às pessoas que se encontram na zona de trabalho.
Controlar, visualmente e em intervalos regulares, a qualidade do trabalho atrás
da pavimentadora.
Verificar, visualmente e em intervalos regulares, o resultado da compactação depois
da passagem do cilindro (impermeabilização, homogeneidade, regularidade).
Preparar a pavimentadora para o trabalho na obra e limpá-la depois de cada utilização.

Operador da mesa
Controlar as funções da mesa e, quando é necessário, alterar as configurações.
Prestar atenção ao nivelamento.
Verificar regularmente a espessura.
Prestar atenção à posição correcta da chapa lateral.
Adaptar a largura de pavimentação (abrindo ou fechando a mesa conforme necessário).
Prestar atenção às pessoas e veículos que se encontram na zona de trabalho.
Prestar atenção ao ângulo de ataque da mesa e à estrutura da superfície do asfalto.
Preparar a mesa para o trabalho na obra e limpá-la depois de cada utilização.

Controlo
Assegurar-se de que o material é fornecido em devidas condições (temperatura,
homogeneidade, especificações do material, qualidade).
Encomendar as quantidades necessárias na central de asfalto. Em caso de interrupções
na pavimentação, reduzir a quantidade ou suspender a ordem à central.
Processar e controlar o documento que acompanha o material.
Comparar a quantidade de material fornecida com a quantidade pavimentada.
Planear e assegurar a logística dos trabalhos: desde a entrega do material, transferência
do material para a pavimentadora, alimentação da mesa e trabalho da mesa).
Garantir que todos os intervenientes cumprem as normas de segurança.
Verificar o resultado atrás da pavimentadora e dos cilindros e, quando necessário,
proceder à correcção.

135
Manual de pavimentação VÖGELE

4.2 Durante a pavimentação


4.2.8 Ferramentas para um controlo permanente da pavimentação

Duas espátulas para limpar, por ex.,


a parede anterior da mesa.

Régua de 4 m para medir a regularidade


longitudinal e o perfil transversal
pretendido durante a pavimentação.

“Spray” de tinta em diferentes cores para


marcar os pontos críticos para o nivelamento,
por ex., tampas de saneamento, etc.

Nível de bolha de ar digital para


verificação do perfil transversal
(colocar em cima da régua de 4 m).

136
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Fita métrica de 30 m e dois


metros articulados.

Calibre de espessuras para medir,


em milímetros, a regularidade
por baixo da régua de 4 m.

Medidor da temperatura sem contacto


para se obter, a qualquer momento e com
rapidez, informações aproximadas sobre a
temperatura do material ou do pavimento.

Medidor da espessura asfáltica para


controlar, durante a pavimentação,
a espessura da camada pavimentada.

137
Manual de pavimentação VÖGELE

4.3 Depois da pavimentação


4.3.1 Compactação final com cilindros 3

Há alguns anos atrás, pensava-se que a compactação tinha um papel pouco importante
na construção de uma estrada. Entretanto, sabe-se que a qualidade da compactação tem
uma grande influência na qualidade final do pavimento, para além de permitir reduzir custos
e aumentar bastante a vida útil das estradas.
O material asfáltico acabado de ser espalhado tem de ser compactado para se conseguir, através
da deslocação dos agregados que compõem a mistura asfáltica, uma maior densidade final do
pavimento, ou seja, uma redução dos vazios. Todas as camadas e faixas são assim ligadas entre si,
formando uma estrutura compacta. Daí resulta uma melhor distribuição da pressão exercida
sobre o pavimento e na estrutura asfáltica, uma maior dispersão e dissipação das forças geradas
pelo tráfego e, assim, uma maior segurança e uma maior vida útil da estrada.
Existe uma grande variedade de cilindros que podem ser utilizados para a compactação
de estradas. A par da largura dos rolos e do peso, estes cilindros diferenciam-se pelo tipo
de direcção e pela tecnologia de compactação que usam.

3 P áginas 136 – 138 segundo: Hamm AG, Compaction. Verdichtung im Asphalt- und Erdbau,
 áginas 7, 18, 38 – 45.
Tirschenreuth 2008 (edição de autor), p

138
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Cilindros tandem
Um cilindro tandem possui dois rolos
de superfície lisa, cada um equipado com
uma unidade vibratória ou oscilatória no
interior, para uma excelente compactação.
Assim, o cilindro, além da pressão que
exerce à superfície, também produz
e transmite energia dinâmica a toda
a estrutura asfáltica. A transmissão
e a vibração são hidrostáticas.
Como os cilindros tandem destinam-se sobretudo à compactação de estradas, dispõem de um
sistema de pulverização de água integrado nos rolos, para evitar que o asfalto quente agarre
aos rolos. A operação tipo caranguejo é uma particularidade dos cilindros tandem, com influência
na forma como se trabalha com o equipamento. Com esta técnica, o rolo traseiro é deslocado
para a direita ou para a esquerda, aumentando assim a amplitude dos rolos, ou seja, aumentando
a largura de trabalho dos cilindros (nas máquinas HAMM, até 100 %).
Os cilindros tandem distinguem-se também pelo tipo de direcção. Nos cilindros com direcção
pivotante, a articulação encontra-se no centro do cilindro. Os cilindros articulados, por sua vez,
têm dois centros de rotação que permitem operar cada rolo separadamente ou em conjunto
no sentido oposto (direcção analógica).

Princípio da direcção pivotante: os cilindros tandem


alteram o eixo longitudinal do chassis da frente em
relação à parte posterior do cilindro, enquanto que
os rolos em si permanecem fixos ao chassis. (Figura
no centro: máquina em operação tipo caranguejo.)

139
Manual de pavimentação VÖGELE

4.3 Depois da pavimentação


4.3.1 Compactação final com cilindros

Cilindros de pneus
Os cilindros de pneus fazem parte dos
equipamentos compactadores estáticos,
isto é, compactam através da acção do
próprio peso aproveitando o efeito de
compactação dos pneus. Desta forma,
consegue-se uma impermeabilização dos
poros. O efeito de profundidade depende
do peso sob os pneus, da pressão dos
pneus e da velocidade de marcha.

Em camadas asfálticas que, no início do processo de compactação, revelam uma baixa estabilidade,
faz-se uma primeira pré-compactação com cilindros de pneus. Neste caso, aproveita-se a grande
superfície de apoio dos pneus. O pavimento é comprimido e preparado para uma compactação
final com cilindros tandem. Os cilindros de pneus aplicam-se também nas camadas asfálticas
finas (de fácil compactação) e em solos argilosos.

Cilindros estáticos
Os cilindros estáticos têm um rolo central
à frente e dois atrás. Cada rolo possui uma
superfície lisa. A passagem dos três rolos
sobrepõe-se. O accionamento faz-se com
um motor a gasóleo.
A capacidade de compactação de um
cilindro estático consiste exclusivamente
numa elevada carga linear estática gerada
pelo elevado peso do equipamento e nas
larguras reduzidas dos rolos. O cilindro tem um efeito em profundidade relativamente reduzido,
mas alcança uma muito boa regularidade. Por isso, é utilizado sobretudo nas camadas asfálticas
de desgaste e é utilizado em obras onde existe o risco de a compactação dinâmica puxar água
ou betume para a superfície.

140
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Cilindros combinados
Os cilindros combinados aplicam-se sobretudo na compactação de estradas. Junta as vantagens
dos equipamentos de compactação dinâmica com os efeitos de flexão e compactação dos cilindros
de pneus. Os cilindros combinados têm um rolo oscilatório ou vibratório no eixo da frente.
O eixo traseiro está equipado com pneus. Existem cilindros combinados com direcção pivotante
e articulados. Os cilindros combinados têm uma maior capacidade de tracção em terrenos
difíceis do que os cilindros tandem e proporcionam uma melhor ligação e impermeabilização
das camadas.

Além da compactação estática, os cilindros de pneus


impermeabilizam a superfície devido ao seu efeito
de flexão e compactação. Por isso, são ideais para
a uniformização e acabamento da camada asfáltica
depois de compactada.

141
Manual de pavimentação VÖGELE

4.3 Depois da pavimentação


4.3.2 Regras para compactar e evitar erros de compactação

1. A compactação deve ser iniciada logo que possível, uma vez que as camadas asfálticas só
são compactáveis quando estão quentes.
2. O cilindro compactador deve ser colocado na direcção da pavimentadora para evitar que
o material ainda não compactado se acumule à frente do rolo. Essas situações podem levar
ao aparecimento de fissuras transversais na superfície. Os trabalhos em inclinações muito
íngremes são a única excepção.
3. Os rolos devem ser pulverizados com água para evitar que o material asfáltico agarre.
4. A vibração não deve ser ligada enquanto o rolo estiver parado, pois os rolos podem deixar
marcas no pavimento.
5. Arrancar e inverter o sentido de marcha dos cilindros lentamente ou utilizar o controlo
electrónico de velocidade, para evitar a acumulação de material à frente dos rolos.
Evitar parar os cilindros sobre o pavimento (sobretudo os cilindros pesados).
6. Activar a vibração apenas com o cilindro em movimento e antes de inverter a marcha,
desligar ou utilizar o sistema automático. Como o cilindro, para inverter a marcha, reduz
primeiro a velocidade até parar, acelerando a seguir em marcha atrás, o efeito vibratório
seria maior no ponto onde travou e acelerou do que na restante área compactada.
Isso pode afectar a regularidade do pavimento.
7. Na pavimentação de faixas com inclinação transversal, começar sempre na margem mais
baixa e mover-se na direcção da margem mais alta.
8. O cilindro deve mover-se sobre o pavimento já compactado, de maneira a prevenir
acumulação de material à frente do rolo.
9. Nunca parar o cilindro no material quente. O peso do cilindro pode deformar o pavimento
no sítio dos rolos.
10. Para o cilindro parar na diagonalmente ao sentido de pavimentação. Possíveis marcas
deixadas no pavimento nesta posição não afectam o conforto de condução tão
fortemente como as marcas transversais.

142
4. Recomendações / Situações a ter em conta

4.3 Depois da pavimentação


4.3.3 Medição da densidade e da regularidade

O pavimento deve ter uma certa densidade,


Teste a amostra
por forma a obter uma certa capacidade de
carga. A densidade é medida no laboratório
Sondagem com base numa amostra e no próprio local
radiométrica
por um radiómetro (sonda Troxler).

A regularidade deve ser controlada na


obra durante e depois dos trabalhos com
uma régua de 4 metros e um calibrador
de espessuras. As tolerâncias não devem
exceder 2 mm.

143
Manual de pavimentação VÖGELE

4.3 Depois da pavimentação


4.3.4 Limpeza e manutenção diária, fim dos trabalhos em obra

10 passos depois de terminar a pavimentação: tempo necessário aprox. 30 minutos

Passo1:  ntes de o último camião encher o material na pavimentadora, desligar o


A
aquecimento da mesa e pulverizar a tremonha e o sem-fim com produto de limpeza.

Passo 2: Antes da transferência do material do último camião de alimentação, desligar o


sistema de nivelamento e colocar os dois cilindros niveladores no mesmo nível.

Passo 3: Levantar a mesa e colocá-la nos pinos de bloqueio.

Passo 4: Esvaziar a tremonha e o túnel do sem-fim.

Passo 5: Abrir completamente as extensões hidráulicas da mesa e seleccionar


o modo “N” (Neutro).

Passo 6: L impar os pontos da pavimentadora e da mesa que arrefecem mais rapidamente


(placas laterais, chapas protectoras à frente dos rastos, suporte do sem-fim,
chapas limitadoras do túnel do sem-fim, barras e rolos de encosto).

Passo 7: Seleccionar o modo “Posicionar” e activar a função “Limpeza”.

Passo 8: Pulverizar com produto de limpeza todas as peças da máquina que entram
em contacto com o material (pulverizar o “tamper” por trás e as barras
de pressão, por cima).

Passo 9: Recolher as extensões da mesa, desligar o motor, desligar a ignição.

Passo 10: Remover os sensores para o nivelamento e as consolas de comando da mesa.


Montar a protecção contra vandalismo na consola de comando do operador.

144
4. Recomendações / Situações a ter em conta

Conselho

No fim de trabalho na obra


Depois de terminar o trabalho na obra, deve fazer-se o seguinte:
1. Controlo técnico da máquina.
2. Verificar se a máquina está correctamente estacionada.
3. Proteger a máquina contra vandalismo.
4. Calcular a quantidade de material fornecido no dia de trabalho com base nas guias
de remessa.
5. V erificar se tudo está preparado para o próximo dia de trabalho (combustível suficiente,
encomenda de material enviada à central de asfalto para o dia seguinte, etc.).

145
Manual de pavimentação VÖGELE

146
5 Erros de pavimentação 147

5.1 Identificação de erros de pavimentação ........................................................... 148


5.2 Problemas / erros na pavimentação .................................................................. 158
5.2.1 Irregularidades por circular em cima do material . ....................................................... 158
5.2.2 Irregularidades devido a um ângulo de ataque da mesa demasiado grande . ...... 159
5.2.3 Relevo produzido no arranque da pavimentadora . .................................................. 160
5.2.4 Pequenas irregularidades no sentido transversal ...................................................... 161
5.2.5 Irregularidades frequentes no sentido longitudinal . ................................................ 162
5.3 Segregação em geral ........................................................................................... 164
5.3.1 Bandas transversais . .......................................................................................................... 166
5.3.2 Bandas ao centro do pavimento asfáltico .................................................................... 167
5.3.3 Bandas nas margens . ........................................................................................................ 168
5.3.4 Cavidades de material na estrutura da superfície ...................................................... 169
5.4 Marcas transversais ............................................................................................. 170
5.5 Desnível longitudinal .......................................................................................... 170
5.6 Superfície não homogénea devido à desintegração do material .................. 171

147
Manual de pavimentação VÖGELE

5.1 Identificação de erros de pavimentação

As três áreas mais importantes num trabalho de pavimentação são:

Máquinas utilizadas

Material a utilizar e preparação

Logística da obra

As empresas de obras públicas têm de garantir que as estradas que funcionam bem, no mínimo,
pelo período definido contratualmente. A qualidade e a relação custo / eficiência dependem
também da vida útil da estrada. E isso consegue-se com a utilização de equipamentos, tecnologias
e métodos / aplicações de confiança.
Para garantir a qualidade final do trabalho, antes de começar a pavimentar, é importante esclarecer,
da melhor maneira possível, todas as questões que se prendem com cada uma das três áreas mais
importantes num trabalho de pavimentação.

148
5. ERROS de pavimentação

Máquinas a utilizar
Qual é a largura de trabalho?
Qual é a espessura?
Qual a pavimentadora que devemos utilizar e quantas máquinas são necessárias?
Que tipo de mesa?
Que versão de mesa (mesa extensível ou mesa fixa, variante de compactação, etc.)?
Que velocidade de pavimentação?
Qual a velocidade de rotação do “tamper”?
Que pressão utilizar na barra de pressão?
Como medir o solo para o nivelamento?

Material a utilizar e preparação


Qual é a qualidade da sub-base?
Que material deve ser utilizado?
Qual é a granulometria? (Respeitar a relação entre a espessura de pavimentação
e as maiores partículas do agregado.)
Quanto material é necessário / deve ser fornecido por dia e/ou por hora?

Logística da obra
Por quantas centrais misturadores será o material fornecido?
Quantos camiões de transporte serão necessários?
Qual o grau de experiência da equipa de pavimentação?
Que tipo de cilindros devem ser utilizados e quantos cilindros são necessários?

149
Manual de pavimentação VÖGELE

5.1 Identificação de erros de pavimentação

Localização e eliminação de erros de pavimentação com base em descrições

Formação de ondulações Marcas no asfalto, relevos causados


no arranque, compactação
insuficiente
Falhas na superfície

Segregações Outros problemas

Formação de ondulações

A) Formação de ondulações durante a pavimentação em toda a largura


de espalhamento em intervalos irregulares
1.  A
 s ondulações ocorrem também sem o sistema de nivelamento automático?
Em caso negativo, continuar com o passo 5.
2. Verificar a sensibilidade do Niveltronic e configurar o Niveltronic.
3. A referência é muito imprecisa (fio esticado incorrectamente, desníveis no solo).
4. Verificar se os sensores utilizados são os correctos (sensores sónicos reagem a variações
da temperatura devido ao vento ou à chuva).
5. Folga no mecanismo para regulação da altura das extensões ou nos tubos telescópicos?
6. O acoplamento da mesa à pavimentadora e o sistema de engate estão firmemente
apertados?
7. Folga no sistema de restrição do torque?
8. As extensões têm um ângulo de ataque negativo.
9. A velocidade de rotação do “tamper” é muito alta para a velocidade de pavimentação
seleccionada.
10. Verificar os valores regulados nas barras de pressão (altura e pressão).
11. A velocidade de pavimentação não é constante.
12. A alimentação de material não é constante. Os sensores nos tapetes transportadores
e sem-fins estão configurados correctamente?

150
5. ERROS de pavimentação

13. A relação entre as maiores partículas do agregado e a espessura de pavimentação foi


respeitada ou há fragmentação dos grãos? (A “assistência da mesa” pode potenciar
este efeito. Por isso, não deve ser utilizada na pavimentação de camadas de desgaste.)
14. A válvula flutuante da mesa funciona perfeitamente?
15. A placa lateral pode ser movida livremente?
16. Em grandes larguras de espalhamento, os apoios foram montados correctamente
(horizontal/vertical)?

B) Formação de ondulações em toda a largura de espalhamento


em intervalos regulares
1. As ondulações ocorrem também sem o sistema de nivelamento?
Em caso negativo, continuar com o passo 5.
2. Verificar a sensibilidade do Niveltronic e configurar o Niveltronic (substituir os
componentes).
3. A referência é muito imprecisa (desníveis no solo ou fio esticado incorrectamente:
distância do suporte = 6 m).
4. Foi alcançada a pré-compactação necessária atrás da pavimentadora ou as ondulações
resultam de um erro na compactação final com os cilindros?
5. Folga no mecanismo para regulação da altura das extensões ou nos tubos telescópicos?
6. Folga no sistema de restrição do torque?
7. As extensões têm um ângulo de ataque negativo.
8. A velocidade de rotação do “tamper” é muito alta ou muito baixa para a velocidade
de pavimentação seleccionada (para aprox. 3 m/min = 700 rpm,
para aprox. 5 m/min = 1000 rpm, para aprox. 10 m/min = 1800 rpm).
9. A alimentação de material não é constante. Os sensores nos tapetes transportadores
e sem-fins estão configurados correctamente?
10. Em grandes larguras de espalhamento, os apoios foram montados correctamente
(horizontal / vertical)?

C) Formação de ondulações apenas na zona das extensões à direita e à esquerda


1. A
 s ondulações ocorrem também sem o sistema de nivelamento?
Em caso negativo, continuar com o passo 5.
2. Verificar a sensibilidade do Niveltronic e configurar o Niveltronic (substituir os
componentes).
3. A referência é muito imprecisa de um só lado (desníveis no solo ou fio esticado
incorrectamente: distância do suporte = 6 m).

151
Manual de pavimentação VÖGELE

5.1 Identificação de erros de pavimentação

4. O s cilindros hidráulicos para levantar / descer a mesa, a válvula de flutuação da mesa


e as válvulas de vedação funcionam correctamente?
5. Folga no mecanismo para regulação da altura das extensões ou nos tubos telescópicos?
6. Folga no sistema de restrição do torque?
7. A alimentação de material não é constante. Os sensores nos tapetes transportadores
e sem-fins estão configurados correctamente?
8. As extensões da mesa ou o sistema telescópico foram danificados devido a colisão
com os cilindros ou na marcha atrás da pavimentadora.
9. Em grandes larguras de espalhamento, os apoios foram montados correctamente
(horizontal / vertical)?
10. As placas laterais podem ser movidas livremente?

D) Formação de ondulações apenas na zona das extensões mecânicas à direita ou à esquerda


1. A largura de pavimentação admissível foi excedida?
2. As extensões mecânicas foram montadas na ordem correcta?
(Correcto: as peças compridas ficam no interior e as curtas, no exterior.)
3. As extensões mecânicas foram fixadas correctamente (parafusos nos furos previstos)?
4. A placa flangeada está nivelada? Os valores de regulação foram cumpridos
(ângulo de ataque 1 mm de extensão para extensão)?
5. Algumas ou todas as extensões mecânicas têm um ângulo de ataque negativo?
6. As ondulações ocorrem também sem o sistema de nivelamento?
7. A referência é muito imprecisa de um só lado (fio esticado incorrectamente,
desníveis no solo).
8. Os cilindros hidráulicos para levantar / descer a mesa, a válvula de flutuação da mesa
e as válvulas de vedação funcionam correctamente?
9. Folga no mecanismo para regulação da altura das extensões ou nos tubos telescópicos?
10. Folga no sistema de restrição do torque?
11. União roscada errada (utilização de parafusos errados ou não foram inseridos todos
os parafusos)?
12. As barras de “tamper” das extensões apresentam muito menos desgaste do que as
barras de “tamper” da mesa básica.
13. A velocidade de pavimentação não é constante. Os sensores nos tapetes
transportadores e sem-fins estão configurados correctamente?
14. Em grandes larguras de espalhamento, os apoios foram montados correctamente
(horizontal / vertical)?

152
5. ERROS de pavimentação

Marcas no asfalto, relevos causados no arranque, compactação insuficiente


A) A mesa deixa marcas no pavimento após a paragem da máquina.
Marcas mais fortes na extremidade traseira.
1. O bloqueio da mesa não está activo ou foi activado muito tarde.
2. Válvulas de vedação da mesa avariadas.
3. Cilindros hidráulicos para levantar / descer a mesa: as hastes dos cilindros ficaram
descentradas.
4. A mesa é muito pesada ou a capacidade de carga do material é muito reduzida
para o peso da mesa.
5. As mesas pesadas tendem mais a afundar-se no asfalto do que as mesas leves.
6. Tempos de paragem muito longos.
7. O ângulo de ataque ajustado na mesa é muito grande.
8. Em grandes larguras de espalhamento, a mesa está apoiada correctamente
(na horizontal / vertical)?
9. Os camiões encostam demasiado rapidamente à pavimentadora.
10. As barras de pressão são accionadas muito cedo.

B) A mesa deixa marcas regulares e fortes no pavimento após paragem da máquina


1. O bloqueio da mesa não está activo ou foi activado muito tarde.
2. Válvulas de vedação da mesa avariadas.
3. Cilindros hidráulicos para levantar / descer a mesa: os olhos das hastes de cilindro
ficaram descentrados.
4. A mesa é muito pesada ou a capacidade de carga do material é muito reduzida
para o peso da mesa.
5. Tempos de paragem muito longos.
6. Em grandes larguras de espalhamento, a mesa está apoiada correctamente
(horizontal / vertical)?

C) Relevos causados no arranque em toda a largura de pavimentação


1. O bloqueio da mesa não está activo ou foi activado muito tarde.
2. Válvulas de vedação da mesa avariadas.
3. Cilindros hidráulicos para levantar / descer a mesa: as hastes dos cilindros ficaram
descentradas.
4. O material arrefeceu demasiado ou os tempos de paragem da máquina são muito longos.
5. Velocidade de rotação muito elevada do “tamper” após períodos de paragem prolongados.

153
Manual de pavimentação VÖGELE

5.1 Identificação de erros de pavimentação

6. O ângulo de ataque ajustado na mesa é muito grande.


7. Em grandes larguras de espalhamento, a mesa está apoiada correctamente
(horizontal / vertical)?

D) Relevos causados durante o arranque na zona das extensões hidráulicas ou mecânicas


1. Ver ponto C.
2. Verificar se existe uma folga no sistema de restrição do torque, no cilindro hidráulico
para recolher / abrir a mesa e no mecanismo para ajuste da altura.
3. As barras do de “tamper” apresentam um desgaste irregular.
4. Diferentes velocidades de rotação dos “tampers” (mesa básica, extensão hidráulica,
extensão mecânica)?
5. O material é espalhado de forma homogénea diante da mesa (mesa básica, extensão
hidráulica, extensão mecânica)?
6. A altura da placa lateral foi ajustada de forma correcta e a condução mecânica forçada
por meio de dispositivo auxiliar está garantida?
7. Em grandes larguras de espalhamento, a mesa está apoiada correctamente
(horizontal / vertical)?

E) Compactação insuficiente por toda a largura


1. A “assistência da mesa” foi activada ou a pressão ajustada é muito alta (com ângulo
de ataque muito baixo!).
2. Velocidade de rotação do “tamper” muito baixa.
3. Velocidade de pavimentação muito alta.
4. Compactação insuficiente (poucos cilindros, leves ou modelos errados).
5. Material frio.
6. O curso do “tamper” não foi adaptado à espessura de pavimentação.
7. O “tamper” está desgastado.
8. O ataque de arranque da mesa é muito acentuado.
9. A mesa é muito leve ou funciona de forma irregular.
10. Seria mais adequado utilizar barras de pressão.
11. Sub-base demasiada instável.
12. A granulometria do material não é homogénea e, por isso, é difícil de compactar.
13. O ar foi removido das barras de pressão?

154
5. ERROS de pavimentação

F) Compactação insuficiente debaixo da extensão hidráulica ou mecânica


1. Ver ponto E.
2. Passagem unilateral errada com o cilindro.
3. Em caso de utilização das barras de pressão: estas não funcionam correctamente nesta área.
4. O curso do “tamper” ou o próprio “tamper” não estão bem configurados em toda a largura.
5. Folga no sistema de guia do tubo telescópico da mesa.
6. Em caso de problemas na compactação nas zonas exteriores do pavimento asfáltico,
verificar a posição das placas laterais.
7. Em grandes larguras de espalhamento, a mesa está apoiada correctamente
(horizontal / vertical)?

Falhas na superfície
A) Formação de bandas ao começar a pavimentar
1. O “tamper” e as barras de pressão conseguem trabalhar correctamente (não estão
sujos ou emperrados)?
2. A mesa não alcançou ainda a temperatura necessária (aquecer durante 30 minutos
e continuar depois a aquecer o material).
3. Chapas alisadoras desgastadas?
4. Material demasiado frio ou não está misturado de forma homogénea.
5. As barras de pressão estão muito baixas (posição correcta: 4 mm acima da borda
inferior da chapa alisadora).

B) Marcas no material na área das extensões hidráulicas


1. A mesa não está completamente extraída e a extensão hidráulica mais inferior
arranha a superfície pré-pavimentada (adaptar a altura).
2. A mesa não está correctamente aquecida nesta área (por ex., resistência
de aquecimento avariada).

C) Formação de riscas longitudinais durante a pavimentação


1. As chapas de vedação entre a mesa básica e a extensão hidráulica não estão bem
montadas (correia de transporte do material entre extensão e mesa básica).
2. Riscas longitudinais mais fortes no centro do pavimento (ajustar eventualmente
um perfil menos acentuado).
3. Ajustar a altura do suporte da estrutura do sem-fim (para evitar uma falha de material).
4. Verificar a pá do sem-fim (para garantir uma distribuição correcta do material).

155
Manual de pavimentação VÖGELE

5.1 Identificação de erros de pavimentação

D) Superfície permanente ou temporariamente aberta


1. Verificar a homogeneidade do material (o material fornecido pelas centrais misturadoras
varia fortemente).
2. O material tende temporariamente a segregar, colar ou arrefecer durante o seu transporte.
3. Aquecimento insuficiente.
4. O material é muito frio ou apresenta grandes variações no tamanho e granulometria.
Falta de aglutinante.
5. Cilindros errados.

Segregações
A) Segregações longitudinais na zona do suporte do sem-fim
1. Aumentar a distância entre o suporte do sem-fim e a parede da frente da mesa.
2. Montar pás pequenas no suporte do sem-fim para transportarem o material para
baixo ou montar pás com um diâmetro mais pequeno. Caso necessário, fazer a
montagem de forma a que as pás do sem-fim transportem o material para dentro
e para fora.
3. Alterar a altura do sem-fim (altura normal: 4 cm acima da extremidade inferior da mesa).

B) Segregações nas zonas exteriores do pavimento


1. As chapas limitadoras no túnel do sem-fim não estão colocadas ou são muito curtas.
2. Posição errada do sensor do sem-fim (fixar no exterior).
3. Garantir a alimentação contínua de material à frente da mesa.
4. Quando necessário, reduzir o diâmetro das pás do sem-fim ou montar alternadamente.

C) Segregações em pontos isolados


1. Verificar o funcionamento do aquecimento da mesa (um aquecimento insuficiente
da mistura asfáltica faz com que o material mais fino se acumule, formando grumos).
2. Espaço demasiado grande entre a parede dianteira da mesa e o “tamper”.
O material acumula-se ali e fica colado à parede.
3. A mistura asfáltica fornecida não é homogénea.
4. Limpar bem a mesa antes e depois de cada utilização.

156
5. ERROS de pavimentação

D) Segregações transversais no sentido de marcha da pavimentadora


1. O material fica demasiado tempo na tremonha.
2. Assegurar que a tremonha está sempre bem cheia.
3. Homogeneidade do material. Verificar se as centrais de asfalto fornecem material
igual e com a mesma qualidade.

Outros problemas
A) A espessura pretendida para a camada não é atingida
1. A capacidade de carga do material não é consistente ou o material não é homogéneo.
2. A mesa é demasiado pesada para o material (utilizar a função “assistência da mesa”
ou uma mesa fixa).

B) Não é possível pavimentar camadas finas


1. A mesa é muito leve.
2. A capacidade de flutuação da mesa é muito reduzida. A mesa não reage ou reage
lentamente às alterações dos parâmetros.
3. O curso do “tamper” é muito grande.
4. A relação entre a granulometria dos agregados da mistura asfáltica e a altura da
camada não foi cumprida (desintegração dos agregados).

C) O nivelamento da superfície no sentido transversal não é regular


1. Na exploração com o sensor mecânico de inclinação transversal a largura de
pavimentação máxima foi excedida ou o sensor oscila em demasia.
2. A capacidade de carga do material não é consistente ou o material não é homogéneo.
3. A mesa é demasiado pesada para o material (utilizar a função “assistência da mesa”
ou uma mesa fixa).

157
Manual de pavimentação VÖGELE

5.2 Problemas / erros de pavimentação


5.2.1 Irregularidades por circular em cima do material

Erro
Ao pisar o material acumulado na zona
dos rastos / pneus da pavimentadora,
se esse movimento não for devidamente
compensado pelos cilindros de nivelação,
o ângulo de ataque da mesa pode alterar-se,
criando uma irregularidade no pavimento.

Solução
Evitar espalhar material na área dos
rastos / pneus e remover o material aí
acumulado.
Para pavimentadoras de rastos, equipar
os rastos com chapas deflectoras.

158
5. ERROS de pavimentação

5.2 Problemas / erros de pavimentação


5.2.2 Irregularidades devido a um ângulo de ataque da mesa demasiado grande

Erro
Devido a uma insuficiente capacidade de
carga do material (por ex., camada base),
a mesa adopta um ângulo de ataque
demasiado grande para espessura da
camada pretendida.
Um ângulo de ataque demasiado grande
favorece a formação de irregularidades
no pavimento.

Solução
Utilizar a função “assistência da mesa”.
Definir um valor de pressão baixo e constante.
Aumentar a velocidade do “tamper“ e reduzir
Pressão da “assistência da mesa”
a velocidade da pavimentadora.
Aumentar o comprimento do curso do “tamper”.

Recomendação
A “assistência da mesa” não deve ser utilizada
na pavimentação da camada de desgaste.
Posição de flutuação

159
Manual de pavimentação VÖGELE

5.2 Problemas / erros de pavimentação


5.2.3 Relevo produzido no arranque da pavimentadora

Erro
No arranque, gera-se um relevo.

Paragem

Causa
Peso da mesa

As paragens afectam o equilíbrio de forças que há


na “flutuação da mesa”. Os factores principais que
influenciam este equilíbrio são o peso da mesa, o
movimento para a frente e o movimento para cima
e para baixo. O relevo provocado também depende
da capacidade de carga do material betuminoso,
do seu grau de arrefecimento, além do tipo de
mesa e da configuração do “tamper” e da parede
Movimento para a frente nal frontal do “tamper”. À medida que a temperatura
ncio
e
asc do material desce, aumenta a sua rigidez,
nto
vime aumentando o desnível da lomba provocada
Mo
com os braços da mesa na mesma posição.

Solução
Activar o bloqueio da mesa.
Pressão de bloqueio da mesa As paragens ao longo da pavimentação
devem ser reduzidas e breves.
Avaliar, se for necessário, a possibilidade de
continuar a pavimentar com o material que
há na tremonha e voltar depois a parar, de
forma a distribuir os efeitos da interrupção
no trabalho por várias paragens.

160
5. ERROS de pavimentação

5.2 Problemas / erros de pavimentação


5.2.4 Pequenas irregularidades no sentido transversal

a = Chapa alisadora
Erro
b = Traçado
Pequenas irregularidades em pequenos intervalos.
a

Ângulo de ataque negativo

a = Chapa alisadora Causa


b = Traçado
O ângulo da mesa é negativo. Em consequência
disso, só o “tamper“ e a parte da frente da chapa
a alisadora têm contacto com o material. A reduzida
área de contacto não é suficiente para nivelar as
b
irregularidades da superfície.
Ângulo de ataque positivo

Solução
Estrutura “standard” Parte extensível
O ângulo da mesa é normalmente positivo.
Esta é a única maneira de assegurar que toda
a superfície da chapa alisadora é utilizada
para nivelar as pequenas irregularidades
no pavimento. Assim, é produzida uma
superfície regular e nivelada.
As chapas alisadoras de uma mesa extensível
devem ter todas o mesmo ângulo, para que
máx. 0,5 mm o comportamento flutuante da mesa não
seja reduzido por diferentes larguras de
pavimentação.
Ao ajustar a mesa, deve assegurar-se de que a
extremidade da frente da chapa alisadora das
extensões hidráulicas fica pelo menos 0,5 mm
mais alta que a extremidade traseira.

161
Manual de pavimentação VÖGELE

5.2 Problemas / erros de pavimentação


5.2.5 Irregularidades frequentes no sentido longitudinal

Erro
Irregularidades no pavimento a intervalos
quase constantes.
Os defeitos são mais pronunciados no sítio
das extensões hidráulicas do que atrás da
mesa básica.

Causas
Irregularidades na referência em que o sistema
de nivelamento automático lê o desnível
(p. ex., fio arqueado, etc.).
A distância dos suportes do fio não deve ser
superior a 6 m.

Fitas de “teflon” gastas no sistema de guias


dos tubos telescópicos.
Guia telescópica

Fitas de “teflon”

162
5. ERROS de pavimentação

Desgaste na sistema de restrição do torque.


Sistema de restrição Calhas
do torque de deslizamento

Folga na regulação da altura da extensão.

Regulação da altura

Parafusos soltos no braço da mesa.

163
Manual de pavimentação VÖGELE

5.3 Segregação em geral

Erro
Segregação na superfície atrás da mesa.

Causa
A segregação pode ocorrer quando se pavimentam materiais com diferentes granulometrias
e com pouco aglutinante. Os agregados de maior dimensão tendem a acumular-se na parte
de fora da mistura. Esta segregação pode ocorrer no carregamento do material para o camião,
na transferência para a pavimentadora ou dentro do sistema de alimentação da pavimentadora.

Solução
Se a segregação ocorrer na tremonha,
ao fechar as paredes da tremonha, os
tapetes transportadores devem estar
cobertos de material.
Além disso, deve-se evitar accionar as
paredes da tremonha para evitar que o
material grosseiro acumulado no exterior
seja levado pelos tapetes transportadores.
As paredes da tremonha só se devem
fechar quando o material nas laterais
estiver a arrefecer muito rapidamente,
impossibilitando a sua utilização.

164
5. ERROS de pavimentação

Se a segregação ocorrer à frente


da mesa, pode tentar-se melhorar
a situação ajustando a altura
dos sem-fins. Se isto não surtir o
efeito desejado, podem montar-se
pás pequenas adicionais ou pás
diferentes no eixo do sem-fim.
Com pás mais pequenas ou diferentes,
o sem-fim tem de trabalhar mais
Altura de pavimentação Altura de pavimentação
pequena grande depressa ou continuadamente.
O material é, assim, misturado mais
facilmente no compartimento do
Conselho sem-fim.
Dependendo do tamanho das pás
As pás do sem-fim devem estar, aproximadamente,
4 cm acima da extremidade inferior da mesa. do sem-fim, devem montar-se chapas
limitadoras do túnel e raspadores.

Se as segregações ocorrerem na


área do apoio central do sem-fim,
pode deslocar-se a mesa mais para
trás, para aumentar a quantidade
de material espalhado à frente
da mesa e garantir que todas as
granulometrias são transportadas
para trás do apoio do sem-fim.

165
Manual de pavimentação VÖGELE

5.3 Segregação em geral


5.3.1 Bandas transversais

Erro
Aparecem bandas no pavimento no
sentido transversal ao sentido de marcha,
depois de cada alimentação de material
com camião de alimentação.

Causa
A segregação é sempre provocada ou favorecida pela má qualidade do material asfáltico
(mistura “pobre”, com pouco betume, ou pouco homogénea). É ainda causada quando se
acciona as paredes da tremonha já quase vazia, fazendo com que o material já segregado
seja transportado para o compartimento do sem-fim.

Solução
Accionar as paredes da tremonha o menor possível e nunca quando estiver quase vazia.
Assegurar-se de que a tremonha está sempre cheia.

166
5. ERROS de pavimentação

5.3 Segregação em geral


5.3.2 Bandas ao centro do pavimento asfáltico

Erro
Aparecimento de uma banda porosa
e rugosa no centro do pavimento.

Causa
Uma quantidade insuficiente de material ou com pouca altura à frente da mesa favorece
o aparecimento de segregações, sobretudo no centro da área pavimentada.

Deslocar os parafusos de fixação Maior distância Sentido de espalhamento

Solução
Aumentar a distância entre o apoio central do sem-fim e a parede dianteira da mesa.
Aumentar a altura do sem-fim.
Trocar uma ou duas pás do sem-fim na zona do apoio central, para transporte do material
para dentro, ou montar pás mais pequenas.

167
Manual de pavimentação VÖGELE

5.3 Segregação em geral


5.3.3 Bandas nas margens

Erro
Aparecimento de bandas de material
segregado nas margens exteriores
da área pavimentada ao aumentar
a largura de pavimentação.

Causa
A segregação é causada pela ausência de chapas limitadoras no túnel e por um erro
na configuração do sensor de nível para o transporte de material.

Solução
Colocar chapas limitadoras, se necessário, até à largura máxima de pavimentação.
Montar reguladores do nível nas laterais e optimizar a sua configuração.
Optimizar a quantidade de material colocado à frente da mesa.

168
5. ERROS de pavimentação

5.3 Segregação em geral


5.3.4 Cavidades de material na estrutura da superfície

Erro
Aparecimento esporádico de alterações
na superfície do pavimento. No betume
asfáltico, na maioria dos casos, a superfície
é lisa ou apresenta manchas.

Causa
Estas aglomerações são compostas por agregado fino com um elevado teor de betume. Podem
tratar-se de resíduos provenientes da central misturadora, que se soltaram de forma descontrolada
e chegaram à obra.
Estas aglomerações também podem ocorrer quando a mesa não foi aquecida suficientemente.
Nesses casos, acumula-se sobretudo agregado fino na parede dianteira da tremonha ou no ”tamper“,
que se solta depois de forma espontânea e descontrolada, alterando a estrutura da superfície.

Solução
Verificar o aquecimento da mesa.
A pavimentadora e a mesa devem ser limpas correctamente, especialmente após cada utilização.
Se necessário, desmontar, limpar e reajustar a parede dianteira da mesa.
Informar sempre a central de asfalto de que ocorrem segregações.
Reduzir a velocidade de rotação do “tamper”.

169
Manual de pavimentação VÖGELE

5.4 Marcas transversais 5.5 Desnível longitudinal

Desnível

Erro
A extremidade traseira da mesa produz
uma marca no sentido transversal à largura
de pavimentação.

Causa
A mesa afunda-se no material durante uma
Erro
paragem da pavimentadora. Isto pode ocorrer
devido a uma paragem da flutuação, em que Aparecimento de desnível atrás da mesa,
o peso da mesa faz com que esta penetre no entre a mesa básica e a extensão.
material. A marca também pode ser originada
por um pequeno impacto causado durante Causa
um acoplamento menos cuidadoso do A mesa trabalha normalmente com ângulo
camião, o qual é transmitido para a mesa. positivo. Uma vez que as extensões estão
deslocadas para trás, qualquer mudança
Solução do ângulo tem um efeito na altura de
 ssegurar que os cilindros que levantam
A pavimentação da mesa básica e da extensão.
e baixam a mesa seguram a mesa durante
a paragem (as válvulas do lado da haste Solução
devem fechar-se). Ajustar a altura das extensões, até que seja
Assegurar-se que o solo está nivelado para
obtida uma superfície nivelada atrás da mesa.
evitar ressaltos da pavimentadora.
Trabalhar com um ângulo de ataque tão
pequeno quanto possível.

170
5. ERROS de pavimentação

5.6 Superfície não homogénea devido à desintegração do material

Erro
Em camadas com diferentes espessuras, os
agregados são esmagados nas partes mais finas.
Isso é perceptível pela cor das pedras ou pelo
pó esbranquiçado que aparece à superfície.

Causas
 energia de compactação da mesa é muito
A
alta para a espessura da camada, esmagando
os agregados.
 s agregados com maior granulometria
O
são demasiado grandes para a espessura
da camada.

Solução
Adaptar os grupos de compactação à camada
mais fina. Pavimentar uma camada de
compensação, se necessário.

171
Manual de pavimentação VÖGELE

172
6 Materiais – informações gerais 173

6.1 Construção de estradas ....................................................................................... 174


6.2 Produção de misturas asfálticas . ....................................................................... 180
6.3 Tipos de pavimentos . ......................................................................................... 184
6.4 Tipos de betume utilizados . .............................................................................. 185
6.5 Tipos e composição do material asfáltico ......................................................... 186
6.5.1 Asfalto mástique modificado com polímeros ............................................................ 186
6.5.2 Tipos de betão asfáltico (para pavimentação a quente) . ........................................ 188
6.5.3 Tipos de ligantes betuminosos ...................................................................................... 190
6.5.4 Misturas asfálticas para camadas base ......................................................................... 192
6.5.5 Asfalto poroso ..................................................................................................................... 194
6.6 Temperaturas do material em °C . ...................................................................... 196
6.7 Defeitos em betões asfálticos na pavimentação a quente e as suas causas ..... 197
6.8 Tipos de emulsões ............................................................................................... 198

173
Manual de pavimentação VÖGELE

6.1 Construção de estradas4

Estradas urbanas com juntas de dilatação


Tampas de saneamento Caixas
Juntas transversais
(fim do dia de trabalho)
Superfície
Juntas de dilatação
Berma

a
c

Estrutura asfáltica (camadas base,


binder e desgaste) Sub-base
Juntas de Áreas anexas
Camadas
dilatação a = Drenagem
Juntas longitudinais b = Lancil/passeios
c = Colector/sarjeta

Por razões técnicas e económicas, os pavimentos asfálticos são constituídos por diferentes
camadas asfálticas: camada base, camada “binder” e camada de desgaste. Cada camada tem
a sua função específica e contribui para a capacidade de carga da estrada, dependendo da sua
espessura e posição no conjunto asfáltico. As camadas asfálticas e a sua melhor interligação numa
estrutura compacta, também são determinantes na qualidade geral e na vida útil da estrada.

4 Gráfico na página 174 segundo: DAV, Deutscher Asphaltverband e.V., asphalt LEITFADEN. Qualität von Anfang an, edição de Agosto de 2007, página 5.
Textos e gráficos nas páginas 174 − 177 segundo: DAV, Deutscher Asphaltverband e.V., asphalt LEITFADEN. Ausschreiben von Asphaltarbeiten,edição
de Dezembro de 2003, páginas 12 – 15.

174
6. Materiais – informações gerais

Camada base
Funções da camada base asfáltica:
No âmbito da execução da obra, esta camada proporciona uma protecção rápida e eficaz
da sub-base contra a chuva, conservando a sua capacidade de carga.
Constitui ainda uma base uniforme e sólida para as camadas que se seguem (camada de
“binder“ e de desgaste).
Durante a sua vida útil, absorve, juntamente com as camadas superiores, as cargas exercidas
pelo trânsito, distribuindo-as uniformemente para a sub-base.

Camada “binder”
Em estradas com mais trânsito, aplica-se uma camada de “binder” asfáltica entre as camadas
base e de desgaste.

Funções da camada “binder”:


Esta camada reduz possíveis irregularidades ainda existentes na camada base, criando
condições para a construção da camada de desgaste numa espessura constante e com
a regularidade necessária.
Acima de tudo, no entanto, a camada “binder” deve absorver as forças transversais
provocadas pelos veículos, evitando assim que surjam deformações no pavimento.

175
Manual de pavimentação VÖGELE

6.1 Construção de estradas

Camadas base e de desgaste


A combinação da camada base e de desgaste é, como o nome o indica, uma fusão das duas
camadas (base e desgaste). Esta técnica foi desenvolvida para pavimentos asfálticos relativamente
finos e aplica-se nos casos em que a altura total do pavimento, embora suficiente para a capacidade
de carga especificada (8 a 10 cm por ex.), não permite a separação da camada base e de desgaste,
por não terem as espessuras mínimas admissíveis.

Características de cada camada

Camada de desgaste Resistência ao desgaste/


impermeabilização

Camada “binder” Dispersão de forças


Forças transversais geradas pelo trânsito

Camada base Capacidade de carga

176
6. Materiais – informações gerais

Legenda de abreviaturas dos tipos de misturas asfálticas5

Marcação da mistura asfáltica segundo Exemplos:


DIN EN 13108 AC 32 T
AC = Betão asfáltico (Asphaltic Concrete) Betão asfáltico para camadas de base
SMA = Mastique asfáltico asfálticas com uma granulometria máxima
(Stone Mastic Asphalt) de 32 mm para aplicação em áreas de
MA = Betão betuminoso (Mastic Asphalt) tráfego sujeitas a cargas elevadas.
PA = Asfalto de poros abertos
(Porous Asphalt) AC 11 D N
Betão asfáltico para camadas de desgaste
asfálticas com uma granulometria máxima
de 11 mm para aplicação em áreas de
Suplemento nacional para subclassificação tráfego sujeitas a cargas normais.
de betão asfáltico
T = Asfalto para camadas de base asfálticas MA 8 S
B = “Binder” asfáltico Betão betuminoso líquido com uma
D = Mistura asfáltica para camadas granulometria máxima de 8 mm para
de desgaste aplicação em áreas de tráfego sujeitas
TD = Mistura asfáltica para camadas a cargas elevadas.
combinadas (base/desgaste)

Suplemento nacional para classificação


da carga
L = Cargas ligeiras
N = Cargas normais
S = Cargas elevadas

5 Fonte: Tabela de tipos de asfalto da DEUTAG GmbH & Co. KG

177
Manual de pavimentação VÖGELE

6.1 Construção de estradas

Camadas de base asfálticas Camadas base e de desgaste asfálticas


Tipo de mistura Categoria da Altura de Tipo de mistura Categoria da Altura de
asfáltica construção pavimentação (cm) asfáltica construção pavimentação (cm)
AC 32 T S* SV / I / II mín. 8,0 AC 16 TD* VI 5,0 - 10,0
AC 22 T S* SV / I / II / II mín. 8,0
AC 16 T S mín. 5,0
Camadas de desgaste em betão betuminoso
AC 32 T N* IV / V / VI mín. 8,0
Tipo de mistura Categoria da Altura de
AC 16 T N mín. 5,0 asfáltica construção pavimentação (cm)
AC 32 T L mín. 8,0 MA 11 S* SV / I / II / III 3,5 - 4,0
AC 22 T L* Passeios mín. 8,0 MA 8 S* SV / I / II / III 2,5 - 3,5
AC 16 T L mín. 5,0 MA 5 S* SV / I / II / III 2,0 - 3,0
MA 11 N* IV / V / VI 3,5 - 4,0
Camadas “binder” asfálticas MA 8 N* IV / V / VI 2,5 - 3,5
Tipo de mistura Categoria da Altura de MA 5 N* IV / V / VI 2,0 - 3,0
asfáltica construção pavimentação (cm)
AC 22 B S* SV / I / II 7,0 - 10,0
AC 16 B S* SV / I / II /III 5,0 - 6,0
Camadas de desgaste em mastique asfáltico
AC 16 B N* IV 5,0 - 6,0 Tipo de mistura Categoria da Altura de
asfáltica construção pavimentação (cm)
AC 11 B N Compensação de perfil
SMA 11 S* SV / I / II / III 3,5 - 4,0
SMA 8 S* SV / I / II / III 3,0 - 4,0
Camadas de desgaste em betão asfáltico SMA 5 S 2,0 - 3,0
Tipo de mistura Categoria da Altura de SMA 8 N* IV / V / VI 2,0 - 3,5
asfáltica construção pavimentação (cm)
SMA 5 N* VI 2,0 - 3,0
AC 16 D S 5,0 - 6,0
AC 11 D S* II / III 4,0 - 5,0
AC 8 D S 3,0 - 4,0 Camadas de desgaste em asfalto de poros abertos
AC 11 D N* IV / V 3,0 - 4,0 Tipo de mistura Categoria da Altura de
asfáltica construção pavimentação (cm)
AC 8 D N* IV / V 3,0 - 4,0
AC 11 D L 3,5 - 4,5 PA 16 SV / I / II / III > 5,0

AC 8 D L* VI / Ciclovias 3,0 - 4,0 PA 11* SV / I / II / III 5,0 - 6,0

AC 5 D L* e passeios 3,0 - 4,0 PA 8* SV / I / II / III 4,5 - 5,0

* Fonte: Tabela de tipos de asfalto da DEUTAG GmbH & Co. KG

178
6. Materiais – informações gerais

Misturas asfálticas – gamas de espessuras e espessuras recomendadas para cadernos de encargos.6

Tipos de misturas asfálticas Espessura de camada segundo Espessuras recomendadas


Camada as directivas alemãs ZTV para cadernos
Asphalt-StB ou ZTVT-StB (cm) de encargos (cm)

Camadas AC 16 D S 5,0 - 6,0 5,0


de desgaste AC 11 D S 4,0 - 5,0 4,0
AC 11 D N, AC 11 D L 3,5 - 4,5 4,0
AC 8 D N, AC 8 D L 3,0 - 4,0 3,0
AC 5 D L 2,0 - 3,0 2,0

SMA 11 S 3,5 - 4,0 4,0


SMA 8 S 3,0 - 4,0 3,5
SMA 8 N 2,0 - 3,5 3,0
SMA 5 N 2,0 - 3,0 2,0

MA 11 S, MA 11 N 3,5 - 4,0 3,5


MA 8 S, MA 8 N 2,5 - 3,5 3,0
MA 5 S, MA 5 N 2,0 - 3,0 2,0

Camadas “binder” AC 22 B S 7,0 - 10,0 ≥ 8,0


AC 16 B S 5,0 - 9,0 ≥ 6,0
AC 16 B N 5,0 - 6,0 ≥ 5,0

Camadas base AC 32 T S, AC 32 T N, AC 32 T L ≥ 8,0 ≥ 8,0


AC 22 T S, AC 22 T N, AC 22 T L ≥ 8,0 ≥ 8,0

Camadas base e de AC 16 TD ≥ 8,0 ≥ 8,0


desgaste asfálticas

6 Fonte: Tabela de tipos de asfalto da DEUTAG GmbH & Co. KG

179
Manual de pavimentação VÖGELE

6.2 Produção de misturas asfálticas7

Equipamento técnico de uma central de asfalto


Peneira vibratória

Elevador de cubas 5

Silo de aditivantes (“filler“) 9

6
Doseadores

8
2
12
10
16

17

11

Não ilustrado:

1 Caixas de armazenamento

Depósito
13 de aditivos
Tapete colector Reservatório de betume
Doseador
14 de aditivos

Doseador
15 de agregado asfáltico Tambor secador

Balança
19 para os camiões
de alimentação

180
6. Materiais – informações gerais

Princípio de funcionamento
A produção de misturas asfálticas decorre há muitos
anos segundo o mesmo princípio. Independentemente
do fabricante da central, são utilizados, portanto,
determinados módulos de instalação numa ordem
semelhante.
Os agregados de minerais geralmente húmidos,
armazenados na central (1) (areia, gravilha e britas),
são carregados nos doseadores (2). Os doseadores
alimentam a central com a quantidade de agregados
18 Silo da mistura
necessários para o produto asfáltico na proporção
Silo quente exacta, conduzindo-os através do tapete colector (3)
para o tambor secador (4).
Balança de minerais
A mistura de minerais é seca e aquecida no tambor
Doseador de “binder”
Balança de aditivantes (“filler“) secador até alcançar a temperatura adequada à
produção do asfalto. Os próximos módulos são
agrupados, frequentemente, um em cima do outro,
numa espécie de torre, para poupar espaço.
Para o transporte da mistura de minerais aquecida
para os níveis superiores da torre utilizam-se
elevadores de cubas (5).

Cubas elevadoras
Misturadora

7 Textos e imagens nas páginas 180 - 183 segundo: DAV, Deutscher Asphaltverband e.V.,
asphalt LEITFADEN. Qualität organisieren. Wer, was, wann, wie, wo,
Edição de Junho de 1999, páginas 32 - 33.

181
Manual de pavimentação VÖGELE

6.2 Produção de misturas asfálticas

Vista para a torre misturadora

5 Elevador de cubas

6 Peneira vibratória

7 Silo quente

8 Balança de minerais

10 Balança de aditivantes
12

16 Misturadora

Dosagem de “binder”

182
6. Materiais – informações gerais

O material é transportado pelo elevador O asfalto reciclado em forma de granulado


de cubas para a peneira vibratória (6), que asfáltico é adicionado ao processo através
volta a classificar a mistura pré-doseada de um doseador próprio (15). Distingue-se
nas diferentes granulações. Se a mistura entre diferentes processos segundo o ponto
carregada no elevador de cubas contiver de adição ou o tipo de pré-tratamento,
asfalto, não é possível utilizar a peneira. por ex., adição pela misturadora, elevador
Por baixo da peneira encontram-se silos de cubas ou tambor “paralelo”. No tambor
próprios para cada granulometria, os quais “paralelo”, o granulado asfáltico é seco e
são designados por silos quentes (7). aquecido em separado com cuidado.
As granulometrias podem ser agora
Na central são misturados todos os
descarregadas dos silos por peso. Isso
componentes e transportados como asfalto
acontece através da balança de minerais (8).
pronto a pavimentar numa cuba móvel (17)
Quando as granulometrias maiores se
para o silo da mistura (18). Daí são levados
encontram no reservatório de pesagem,
para o camião, que transporta o material
a mistura passa para a central (16).
para a obra, depois de pesado (19).
Os aditivantes (“filler“), “binders” e outros
possíveis aditivos entram na central por
diferentes vias. Os aditivantes são
armazenados no silo de aditivantes (9) e o
“binder”, em depósitos de armazenamento
(11). Em ambos são utilizados dispositivos
doseadores especiais – balança de
aditivantes (10) e doseador de “binder”
(12). Os aditivos são armazenados segundo
as suas características (13), passando depois
para a central manualmente ou através de
dispositivos automáticos (doseadores 14).

183
Manual de pavimentação VÖGELE

6.3 Tipos de pavimentos

Tipo de pavimento Métodos de construção

Pavimentos asfálticos - Betão asfáltico (pavimentação a quente)


- Asfalto mástique modificado com polímeros (“split mástique“)
(ZTV Asphalt-StB)
- Betão betuminoso
- Asfalto mástique
- Mástique asfáltico / impermeabilização
- Betão asfáltico

Pavimentos asfálticos - Camadas finas aplicadas a frio


(outros tipos) - Camadas finas aplicadas a quente
- Asfalto de poros abertos, etc.

Pavimentos de betão - Camadas de betão (ZTV Beton-StB)


- Camadas de betão armado
- Camadas em betão pré-esforçado
- Camadas de betão compactado a cilindro
- Pistas de rodagem em betão, etc.

Calçadas - Calçada de pedra natural


- Calçada portuguesa
- Calçada em mosaico
- Calçada em pedra de betão
- Calçada de pedras quadradas, rectangulares e hexagonais
- Calçada de pedra sintética
- Calçada de tijolos
- Ladrilhos
- Betão, etc.

Pavimentos sem “binder” - Macadame hidráulico de gravilha ou brita

184
6. Materiais – informações gerais

6.4 Tipos de betume utilizados

Tipo de Betume modificado por polímeros


Betume DIN 1995
segundo TL PmB, Parte 1
camada

PmB PmB PmB PmB


160/200 70/100 50/70 30/45 20/30
80A 65A 45A 25A

Camada base
m l l m m

”Binder” asfáltico l l l l

Betão asfáltico m l l m

Asfalto mástique
modificado com
polímeros m l l m m m l
(“split mástique“)

Asfalto de poros
abertos l l l

Mástique asfáltico /
impermeabilização m l m l l

Camadas de base
e desgaste l l

Compostos selantes
para juntas l l l l l

Engenharia hidráulica m l l m

l Aplicação em casos normais m Aplicação em casos especiais

185
Manual de pavimentação VÖGELE

6.5 Tipos e composição do material asfáltico8


6.5.1 Asfalto mástique modificado com polímeros

O asfalto mástique modificado com polímeros (“split mástique”) é uma mistura de minerais com
uma elevada percentagem de agregados e betuminosos. Como a mistura contém um elevado
teor de agregados finos e agregados com maior granulometria (brita) e uma percentagem baixa
de areia, é necessário adicionar ao material betuminoso utilizado, especialmente na construção de
estradas, ligantes de estabilização à mistura asfáltica (por ex., fibras orgânicas e minerais, sílica ou
polímeros), para que os agregados possam absorver as forças exercidas pelos pneus dos veículos.
Minerais utilizados:
Pó britado
Areias finas; finos
Agregados finos

As maiores granulometrias podem variar entre 5, 8 e 11 mm.

Requisitos do asfalto mástique modificado com polímeros (“split mástique” – SMA)


Designação Unidade SMA 11 S
Materiais
Agregado (agregado fornecido)
Percentagem de agregados finos C 100/0; C 95/1; C 90/1
Resistência à fragmentação SZ18 / LA20
Resistência ao polimento PSV indicado (51)
Percentagem mínima de agregados finos com ECS 35 % 100
Ligante, tipo e espécie 25/55 - 55; 50/70
Composição de misturas asfálticas
Mistura de agregados
Crivo com 16 mm % de material 100
11,2 mm % de material 90 até 100
8 mm % de material 50 até 65
5,6 mm % de material 35 até 45
2 mm % de material 20 até 30
0,063 mm % de material 8 até 12
Percentagem mínima de ligante Bmín 6,6
Agente ligante % de material 0,3 até 1,5
Mistura asfáltica
Índice de vazios mínimo MPK Vmín 2,5
Índice de vazios máximo MPK Vmáx 3,0
Grau de enchimento de vazios % a indicar
Profundidade proporcional aos sulcos de pneus % a indicar

8 Fonte das tabelas indicada nas páginas 186 - 195: TL Asphalt-StB 07

186
6. Materiais – informações gerais

Aplicação de asfalto mástique modificado com polímeros (“split mástique”)


As camadas de desgaste com asfalto mástique modificado com polímeros caracterizam-se
pela sua elevada estabilidade e resistência ao desgaste. Este material é particularmente
apropriado para estradas nacionais e urbanas com tráfego intenso.
Graças à sua composição específica, também é indicado para pavimentos com espessuras
variadas ou com irregularidades na sub-base.
A compactação final deve ser feita logo a seguir à aplicação da camada, por cilindros pesados
estáticos. Para garantir a aderência da estrada, assim que a via é abeta ao trânsito, é necessário
espalhar 1 - 2 kg/m2 de brita fina sem pó de 2/5 mm ou 0,5 - 1 kg/m2 de uma mistura de finos
e brita sobre a camada de desgaste ainda quente e compactar depois com um cilindro.
O material não aglutinado tem de ser removido depois de arrefecer.

SMA 8 S SMA 5 S SMA 8 N SMA 5 N

C 100/0; C 95/1; C 90/1 C 100/0; C 95/1; C 90/1 C 90/1 C 90/1


SZ18 / LA20 SZ18 / LA20 SZ18 / LA20 SZ18 / LA20
PSV indicado (51) PSV indicado (48) PSV indicado (48) PSV indicado (48)
100 100 50 50
25/55 - 55; 50/70 45/80 - 50; 50/70 50/70; 70/100

100 100
90 até 100 100 90 até 100 100
35 até 55 90 até 100 35 até 60 90 até 100
20 até 30 30 até 40 20 até 30 30 até 40
8 até 12 7 até 12 7 até 12 7 até 12
Bmín 7,2 Bmín 7,4 Bmín 7,2 Bmín 7,4
0,3 até 1,5 0,3 até 1,5 0,3 até 1,5 0,3 até 1,5

Vmín 2,5 Vmín 2,0 Vmín 1,5 Vmín 1,5


Vmáx 3,0 Vmáx 3,0 Vmáx 3,0 Vmáx 3,0
a indicar a indicar a indicar a indicar
a indicar

187
Manual de pavimentação VÖGELE

6.5 Tipos e composição do material asfáltico


6.5.2 Tipos de betão asfáltico (para pavimentação a quente)

O betão asfáltico espalhado a quente é uma mistura equilibrada de minerais com poucos vazios
e uma boa granulometria, que depois de espalhado e bem compactado, apresenta uma boa
densidade, estabilidade e resistência às cargas do tráfego. A percentagem relativamente elevada
de brita garante com uma boa integração dos agregados e produz camadas de desgaste com
uma boa estabilidade e aderência.
Minerais utilizados:
Pó britado
Areia natural e finos
Agregados finos

A granulometria maior utilizada pode ser de 5, 8,11 ou 16 mm, mas tem que ser adaptada
à espessura de pavimentação.

Requisitos do betão asfáltico para camadas de desgaste asfálticas


Designação Unidade AC 16 D S AC 11 D S
Materiais
Agregado (agregado fornecido)
Percentagem de agregados finos C 90/1 C 90/1
Resistência à fragmentação SZ18 / LA20 SZ18 / LA20
Resistência ao polimento PSV indicado (48) PSV indicado (48)
Percentagem mínima de agregados finos com ECS 35 % 50 50
Ligante, tipo e espécie 25/55-55; 50/70 25/55-55;
10/40-65 50/70
Composição de misturas asfálticas
Mistura de agregados
Crivo com 22,4 mm % de material 100
16 mm % de material 90 até 100 100
11,2 mm % de material 70 até 85 90 até 100
8 mm % de material 70 até 85
5,6 mm % de material
2 mm % de material 35 até 45 40 até 50
0,125 mm % de material 7 até 17 7 até 17
0,063 mm % de material 5 até 9 5 até 9
Percentagem mínima de ligante Bmín 5,4 Bmín 6,0
Mistura asfáltica
Índice de vazios mínimo MPK Vmín 2,5 Vmín 2,5
Índice de vazios máximo MPK Vmáx 4,5 Vmáx 4,5
Grau de enchimento de vazios % a indicar a indicar

188
6. Materiais – informações gerais

Aplicação de betão asfáltico


É utilizado sobretudo nas camadas “binder”.
Também pode ser utilizado em camadas de desgaste em zonas urbanas ou estradas secundárias.

AC 8 D S AC 11 D N AC 8 D N AC 11 D L AC 8 D L AC 5 D L

C 90/1 C 90/1 C 90/1 C 90/1 C 90/1 C 90/1


SZ18 / LA20 SZ22 / LA25 SZ22 / LA25 SZ26 / LA30 SZ26 / LA30 SZ26 / LA30
PSV indicado (48) PSV indicado (42) PSV indicado (42) PSV indicado (42) PSV indicado (42) PSV indicado (42)
50
25/55-55; 50/70; 50/70; 70/100; 70/100 70/100
50/70 70/100 70/100 50/70

100 100
100 90 até 100 100 90 até 100 100
90 até 100 70 até 85 90 até 100 70 até 90 90 até 100 100
65 até 85 70 até 85 70 até 90 90 até 100
40 até 55 45 até 55 45 até 60 45 até 60 45 até 65 50 até 70
8 até 20 8 até 22 8 até 20 8 até 22 8 até 20 9 até 24
6 até 12 6 até 12 6 até 12 6 até 12 6 até 12 6 até 14
Bmín 6,2 Bmín 6,2 Bmín 6,4 Bmín 6,4 Bmín 6,6 Bmín 7,0

Vmín 2,0 Vmín 1,5 Vmín 1,5 Vmín 1,0 Vmín 1,0 Vmín 1,0
Vmáx 3,5 Vmáx 3,5 Vmáx 3,5 Vmáx 2,5 Vmáx 2,5 Vmáx 2,5
a indicar a indicar a indicar a indicar a indicar a indicar

189
Manual de pavimentação VÖGELE

6.5 Tipos e composição do material asfáltico


6.5.3 Tipos de ligantes betuminosos

Os ligantes betuminosos são uma mistura asfáltica composta por agregados com granulometria
especificada e enriquecida com betuminosos. A composição do material faz com que a densidade
e distribuição granulométrica do betuminoso asfáltico não se alterem devido às cargas exercidas
pelo tráfego rodoviário.
Minerais utilizados:
Pó britado
Areia natural e/ou finos
Agregados minerais

As maiores granulometrias utilizadas podem variar entre 11, 16 e 22 mm.

Requisitos dos
del ligamento
ligantes betuminosos
bituminoso
Designação Unidade
Materiais
Agregado (agregado fornecido)
Percentagem de agregados finos
Resistência à fragmentação

Resistência ao polimento
Percentagem mínima de agregados finos com ECS 35 %
Ligante, tipo e espécie

Composição de misturas asfálticas
Mistura de agregados
Crivo com 31,5 mm % de material
22,4 mm % de material
16 mm % de material
11,2 mm % de material
8 mm % de material
2 mm % de material
0,125 mm % de material
0,063 mm % de material
Percentagem mínima de ligante
Mistura asfáltica
Índice de vazios mínimo MPK
Índice de vazios máximo MPK
Grau de enchimento de vazios %
Profundidade proporcional aos sulcos de pneus %

190
6. Materiais – informações gerais

Aplicação de ligantes betuminosos


É utilizado como base antes das camadas de desgaste e destina-se a absorver as forças
exercidas pelo trânsito.
Nivelamento e compensação de irregularidades do solo.

AC 22 B S AC 16 B S AC 16 B N AC 11 B N

C 100/0; C 95/1; C 90/1 C 100/0; C 95/1; C 90/1 C 90/1 C 90/1


SZ18 / LA20 SZ18 / LA20 SZ18 / LA20 SZ18 / LA20
SZ22 / LA25
PSV indicado (51) PSV indicado (48) PSV indicado (48) PSV indicado (48)
100 100 50 50
25/55-55; 30/45 25/55-55; 30/45 50/70; 50/70
10/40-65 10/40-65 30/45

100
90 até 100 100 100
65 até 80 90 até 100 90 até 100 100
65 até 80 60 até 80 90 até 100
60 até 80
25 até 33 25 até 30 25 até 40 30 até 50
5 até 10 5 até 10 5 até 15 5 até 18
3 até 7 3 até 7 3 até 8 3 até 8
Bmín 4,2 Bmín 4,4 Bmín 4,4 Bmín 4,6

Vmín 3,5 Vmín 3,5 Vmín 2,5 Vmín 2,5


Vmáx 6,5 Vmáx 6,5 Vmáx 5,5 Vmáx 5,5
a indicar a indicar a indicar a indicar
a indicar a indicar

191
Manual de pavimentação VÖGELE

6.5 Tipos e composição do material asfáltico


6.5.4 Misturas asfálticas para camadas base

Trata-se de uma mistura composta por betuminosos e minerais.


Minerais utilizados:
Pó britado
Areia natural e/ou agregados finos
Agregados minerais

As maiores granulometrias utilizadas podem variar entre 16, 22 e 32 mm. A utilização de


agregados produzidos em pedreiras da região nem sempre pode ser uma realidade face às
enormes cargas a que as estradas são sujeitas hoje em dia. As camadas de desgaste podem ser
aplicadas a temperaturas de até -3° C devido à capacidade térmica das camadas mais altas.

Requisitos do betão asfáltico para misturas asfálticas utilizadas em camadas de base


Designação Unidade AC 32 T S AC 22 T S AC 16 T S
Materiais
Agregado (agregado fornecido)
Percentagem de agregados finos C 50/30 C 50/30 C 50/30
Percentagem mínima de agregados
finos com ECS 35 % 50 50 50
Ligante, tipo e espécie 50/70; 50/70; 50/70;
30/45 30/45 30/45
Composição de misturas asfálticas
Mistura de agregados
Crivo com 45 mm % de material 100 100
31,5 mm % de material 90 até 100 100
22,4 mm % de material 75 até 90 90 até 100 100
16 mm % de material 75 até 90 90 até 100
11,2 mm % de material 75 até 90
2 mm % de material 25 até 40 25 até 40 25 até 40
0,125 mm % de material 4 até 14 4 até 14 4 até 14
0,063 mm % de material 2 até 9 2 até 9 2 até 9
Percentagem mínima de ligante Bmín 3,8 Bmín 3,8 Bmín 4,0
Mistura asfáltica
Índice de vazios mínimo MPK Vmín 5,0 Vmín 5,0 Vmín 5,0
Índice de vazios máximo MPK Vmáx 10,0 Vmáx 10,0 Vmáx 10,0

192
6. Materiais – informações gerais

Aplicação de camada base


Impermeabiliza a sub-base de forma rápida e eficaz contra a chuva durante a obra e oferece
uma base uniforme, sólida e regular para as camadas de “binder” e de desgaste de alta
qualidade.
A camada base, com uma boa ligação com as camadas superiores, absorve as forças exercidas
pelo tráfego, distribuindo-as para o solo.

AC 32 T N AC 22 T N AC 16 T N AC 32 T L AC 22 T L AC 16 T L

C NR C NR C NR C NR C NR C NR

70/100; 70/100; 70/100; 70/100 70/100 70/100


50/70 50/70 50/70

100
90 até 100 100 90 até 100 100
75 até 90 90 até 100 100 80 até 90 90 até 100 100
75 até 90 90 até 100 80 até 90 90 até 100
75 até 90 80 até 90
25 até 40 25 até 40 25 até 40 40 até 60 40 até 60 40 até 60
4 até 14 4 até 14 4 até 14 4 até 17 4 até 17 4 até 17
3 até 9 3 até 9 3 até 9 3 até 10 3 até 10 3 até 10
Bmín 4,0 Bmín 4,0 Bmín 4,0 Bmín 4,0 Bmín 4,0 Bmín 4,2

Vmín 4,0 Vmín 4,0 Vmín 4,0 Vmín 4,0 Vmín 4,0 Vmín 4,0
Vmáx 10,0 Vmáx 10,0 Vmáx 10,0 Vmáx 10,0 Vmáx 10,0 Vmáx 10,0

193
Manual de pavimentação VÖGELE

6.5 Tipos e composição do material asfáltico


6.5.5 Asfalto poroso

O asfalto de poros abertos (PA) é constituído por um agregado de partículas grossas ou


finas, um aditivante (“filler“) e betume modificado por polímeros como ligante e aditivos
como base do ligante. A mistura dos agregados contém muitos vazios.
Minerais utilizados:
 gregados constituídos por partículas com maior granulometria e elevada resistência
A
ao polimento.

A maior granulometria utilizada pode variar entre 8, 11 e 16 mm.

Requisitos do asfalto de poros abertos (PA)


Designação Unidade
Materiais
Agregado (agregado fornecido)
Percentagem de agregados finos
Resistência à fragmentação
Resistência ao polimento
Percentagem mínima de agregados finos com ECS 35 %
Ligante, tipo e espécie
Composição de misturas asfálticas
Mistura de agregados
Crivo com 22,4 mm % de material
16 mm % de material
11,2 mm % de material
8 mm % de material
5,6 mm % de material
2 mm % de material
0,063 mm % de material
Percentagem mínima de ligante
Agente ligante % de material
Mistura asfáltica
Índice de vazios mínimo MPK
Índice de vazios máximo MPK
Grau de enchimento de vazios %
Profundidade proporcional aos sulcos de pneus %

194
6. Materiais – informações gerais

Aplicação do asfalto de poros abertos


As camadas de desgaste com asfalto de poros abertos são utilizadas para a redução do ruído,
em particular em estradas de duas faixas situadas fora das localidades. O elevado efeito redutor
de ruídos (na ordem de -5 dB(A) segundo a lei alemã DStrO) deve-se sobretudo ao elevado
índice de vazios da camada compactada (22 a 28 % vol.) e à textura favorável da superfície
da estrada. O ruído, em grande parte, penetra no interior da camada asfáltica onde é absorvido
pelos vazios ligados entre si.
A água superficial (chuva) entra igualmente na camada e é drenada pela camada inferior que
tem um efeito impermeabilizador – ao contrário do que acontece com os outros tipos de
camada de desgaste asfáltica que drenam a água na superfície. Isto evita esguichos de água
e o risco de “aquaplaning”. Dependendo da velocidade máxima admissível e da proporção
de veículos pesados no trânsito total, podem construir-se superfícies com asfalto de poros
abertos com uma camada (OPA) ou duas camadas (ZWOPA).

PA 16 PA 11 PA 8

C 100/0 C 100/0 C 100/0


SZ18 / LA20 SZ18 / LA20 SZ18 / LA20
PSV NR PSV indicado (54) PSV indicado (54)
100 100 100
40/100-65 40/100-65 40/100-65

100
90 até 100 100
5 até 15 90 até 100 100
5 até 15 90 até 100
5 até 15
5 até 10 5 até 10 5 até 10
3 até 5 3 até 5 3 até 5
Bmín 5,5 Bmín 6,0 Bmín 6,5
≥ 0,3 ≥ 0,4 ≥ 0,5

Vmín 24 Vmín 24 Vmín 24


Vmáx 28 Vmáx 28 Vmáx 28
a indicar a indicar a indicar
a indicar a indicar

195
Manual de pavimentação VÖGELE

6.6 Temperaturas do material em °C

Tipo de asfalto
Tipo
de aglutinante Betão asfáltico Asfalto mastique
”Binder” asfáltico; Mástique asfáltico / Camada base
na mistura (para pavimentação modificado com Betão betuminoso
ligante impermeabilização e de desgaste
a quente) polímeros

20/30 - - - 200 - 250 - -

30/45 130 - 190 140 - 190 - 200 - 250 180 - 220 -

50/70 120 - 180 130 - 180 140 - 200 200 - 250 180 - 220 -

70/100 120 - 180 130 - 180 130 - 190 - 180 - 220 120 - 180

160/200 - 120 - 170 120 - 170 - 170 - 210 100 - 170

PmB 25A - - - 200 - 250 - -

PmB 45A 130 - 190 140 - 190 - 200 - 250 180 - 220 -

PmB 65A 120 - 180 130 - 180 140 - 200 200 - 250 180 - 220 -

PmB 80A 120 - 180 130 - 180 130 - 190 - 180 - 220 120 - 180

Os valores limite inferiores aplicam-se ao material carregado na pavimentação e os valores


limite superiores, ao material que sai da central de asfalto.

196
6. Materiais – informações gerais

6.7 Defeitos em betões asfálticos na pavimentação a quente


e as suas causas

Defeitos observados
Causa
Vazios na amostra Ligante necessário Vazios nos agregados
(mistura de agregados)

baixo alto baixo alto baixo alto

Pouco aditivante (”filler“)


l l

Demasiado
aditivante (”filler“) l l l

Areia
muito fina l l l

Areia
muito grossa l l l

Poucos
agregados finos l l l

Demasiados
agregados finos l l l


granulometria l l l

Minerais
muito lisos l

Minerais
muito porosos l

Pouca
brita fina l

Demasiada
brita fina l

Muitos
espaços vazios l l

Poucos
espaços vazios l l

197
Manual de pavimentação VÖGELE

6.8 Tipos de emulsões

Resumo dos tipos de emulsões para camadas finas silenciosas


O tipo e a forma de aplicação do fluido pulverizado são de grande importância para
a construção de camadas finas. Por exemplo, é imprescindível que a emulsão seja aplicada
de forma constante e na quantidade certa por toda a superfície, para que a água contida
na emulsão possa evaporar.
É por isso que, nas camadas finas, também se aplica asfalto semipermeável, que permite
que a humidade residual ainda contida no asfalto depois da pavimentação possa escapar
pela estrutura aberta. A água é, portanto, retirada da emulsão, ficando apenas uma película
de betume. Este processo é designado, na linguagem técnica, por “ruptura da emulsão”.

Tipo de emulsão Teor nominal Classe de ruptura No contacto


de betume em % de massa com a base

C60BP1‑S 60 1 não rompe

C40BF1‑S 40 1 não rompe

C67BP5‑DSH‑V 67 5 rompe muito rapidamente

C67BP5‑DSH‑V é uma emulsão betuminosa catiónica, modificada com polímeros, com


um comportamento de ruptura da classe 5. Isto significa que a emulsão, no contacto com
a base, rompe muito rapidamente. O comportamento de ruptura e o elevado teor de betume
desta emulsão são ideais para a pavimentação de camadas finas com a técnica “quente sobre
quente” (DSH-V).

198
6. Materiais – informações gerais

Como a água se evapora da emulsão betuminosa


1. Base preparada sob a forma de uma
superfície fresada ou uma camada “binder” 4
acabada de ser pavimentada.
2. Pulverização da emulsão betuminosa
com a SUPER 1800-2 com módulo SprayJet.
A pavimentadora trabalha no modo de
pulverização, aplicando a quantidade
de emulsão exacta e necessária –
pré-aquecida a uma temperatura de 60
a 75° C. É desencadeada imediatamente uma
reacção química, que se designa por “ruptura
da emulsão”. Neste processo, a água é extraída
da emulsão, permanecendo apenas uma
película de betume aderente.

1 2 3

3. A mesa espalha logo a seguir a camada 4. A água ainda contida na emulsão


fina de asfalto poroso. O material quente evapora-se através dos “poros abertos”
faz evaporar mais água. da camada asfáltica.

199
Manual de pavimentação VÖGELE

200
7 Equipamentos e aplicações especiais 201

7.1 Tecnologia de pulverização ................................................................................ 202


7.2 Pavimentação em duas camadas ....................................................................... 208
7.3 Alimentadoras . .................................................................................................... 216

201
Manual de pavimentação VÖGELE

7.1 Tecnologia de pulverização

Com a SUPER 1800-2 equipada com módulo SprayJet, a VÖGELE apresenta um conceito
inovador e económico para a pulverização de emulsões betuminosas. A máquina pode
ser aplicada para a reabilitação de estradas através da reabilitação da camada de desgaste.
Optimizada para a pavimentação de camadas finas a quente sobre uma camada impermeabilizadora,
a SUPER 1800-2 com módulo SprayJet atende às mais elevadas exigências a nível técnico,
económico e ecológico. A SUPER 1800-2 constitui também para empresas não especializadas
uma alternativa eficiente para obras em que se pretende aplicar primeiro a emulsão e logo
a seguir o asfalto.
O módulo SprayJet oferece muitas vantagens do ponto de vista tecnológico. A quantidade
de betume, por exemplo, uma vez que pode ser ajustada já a partir de 0,2 kg/m²*, permite
pulverizar a emulsão em pequenas quantidades e a baixas velocidades de pavimentação.
O sistema garante uma pressão de pulverização constante de apenas 3 bar. Os fumos
e a sujidade podem ser assim reduzidos ao mínimo. Isto protege não só o meio ambiente,
mas também a saúde das pessoas que trabalham com a máquina.
A SUPER 1800-2 com o módulo SprayJet pode ser reconvertida numa pavimentadora convencional
sem grandes esforços e está assim disponível a qualquer momento também para trabalhos
de construção comuns.

* A quantidade de espalhamento por m2 deve ser determinada em função da emulsão ou da camada de aderência aplicada. Esta depende da sua consistência,
temperatura e do bico pulverizador utilizado.

202
7. Equipamentos e aplicações especiais

Três vantagens importantes


1. É obtida uma impermeabilização da camada inferior e uma ligação perfeita entre as camadas.
A nova camada de desgaste dura assim mais tempo.
2. Como a máquina não passa por cima da emulsão, evita-se a contaminação das áreas de
trânsito adjacentes.
3. Como deixa de ser necessário pulverizar a emulsão à parte, reduz-se o tempo de preparação e,
por conseguinte, o tempo necessário em obra.

A pavimentadora pulverizadora
é a máquina ideal para a renovação
de camadas de desgaste em mau estado.
O pavimento é substituído por uma camada
fina, que se aplica a quente sobre uma
camada impermeabilizadora (DSH-V).

Graças à reduzida altura de camadas, pode


prescindir-se de uma adaptação dispendiosa
das margens. Esta técnica de construção
constitui uma boa alternativa para obras
urbanas.

A camada de desgaste com 1,2 a 2 cm


de espessura é particularmente duradoura
graças à perfeita ligação entre as camadas.

203
Manual de pavimentação VÖGELE

7.1 Tecnologia de pulverização

Pulverização de emulsão por toda a superfície


A VÖGELE SUPER 1800-2 com módulo SprayJet está preparada para uma largura de pulverização
máxima de 6 m. Com 5 barras pulverizadoras e 24 bicos cria-se uma película homogénea de emulsão
que cobre toda a superfície, evitando quaisquer sobreposições mesmo em larguras variadas.

Barras azuis = barras pulverizadoras

Os bicos pulverizadores de alta qualidade,


com duas aberturas, garantem uma
pulverização perfeita.

204
7. Equipamentos e aplicações especiais

Pulverizadores tamanho Os bicos pulverizadores funcionam


Unidade
07 10 16 por impulsos e independentemente
Pressão de
bar 2 3 3
uns dos outros. A duração dos impulsos
pulverização
é controlada automaticamente em
Taxa
de kg/m2 0,2 - 0,5 0,3 - 0,8 a partir função da quantidade de emulsão,
pulverização de 0,8
da velocidade e da largura de
Distância de

pulverização no mm 35 35 35 pavimentação.
sentido de marcha

Dosagem perfeita da quantidade de pulverização


Os bicos pulverizadores com duas fendas produzem um padrão de pulverização perfeito,
independente da velocidade de pavimentação. Para uma regulação mais precisa da
quantidade pulverizada, os bicos estão disponíveis em 3 tamanhos com diferentes débitos:
Bicos pulverizadores tamanho 07 (aprox. 70 % de débito)
Bicos pulverizadores “standard“ tamanho 10 (100 % de débito)
Bicos pulverizadores tamanho 16 (160 % de débito)

A quantidade pretendida pode ser ajustada muito facilmente no ecrã táctil entre
0,2 e 1,6 kg/m2. A dosagem depende:
do tipo de emulsão
da sua viscosidade
da temperatura durante a pulverização.
Reduzindo a pressão de pulverização e a névoa produzida através de gotas maiores,
é possível trabalhar de forma limpa ao longo de lancis e reduzir os fumos de emulsão
a um mínimo.

Semelhante ao modo de funcionamento


de uma impressora a jacto de tinta,
os bicos não pulverizam de forma
contínua, mas por impulsos. Os
impulsos são ajustados automaticamente
em função da quantidade de emulsão,
da velocidade e da largura de
pavimentação.

205
Manual de pavimentação VÖGELE

7.1 Tecnologia de pulverização

O conceito de comando da SUPER 1800-2 com módulo SprayJet


A consola de comando é – tal como o conceito de comando ErgoPlus da pavimentadora – fácil
de entender e está equipado com pictogramas compreensíveis independentemente da língua.
A quantidade pretendida de pulverização ou a temperatura da emulsão, por exemplo, ajustam-se
num instante.

A estrutura da consola de comando ErgoPlus


é muito clara. O ajuste das diferentes funções
faz-se de forma fácil e intuitiva no ecrã.

Premindo a tecla de função F7, alcança-se


o menu do módulo de pulverização.

Com a tecla de função F2 activa-se o modo


de pulverização automática.

As funções automáticas “Início da obra” e


“Fim da obra” activam-se com uma simples
pressão das teclas F6 e F8, respectivamente.

206
7. Equipamentos e aplicações especiais

Grande versatilidade e ampla gama de aplicações


Quer na cidade quer na auto-estrada – a SUPER 1800-2 com o módulo SprayJet executa
qualquer tarefa de forma eficaz, económica ou limpa.

Reabilitação de estrada interurbana


Pavimentação convencional com pulverização prévia
por SprayJet com o trânsito a circular
Largura da obra: 7 m,
em duas faixas de 3,5 m cada no processo “quente a frio”
Espessura: 4,5 cm
Quantidade pulverizada: 0,2 kg/m2 sobre asfalto

Reabilitação de estrada nacional


Pavimentação a quente de camadas finas
Largura da obra: 13 m,
em três faixas de 4 - 4,5 m cada no processo “quente a frio”
Espessura: 2 cm
Quantidade pulverizada: 1 kg/m2 sobre asfalto

Reabilitação em zona residencial


Pavimentação convencional com pulverização prévia
por SprayJet
Largura da obra: 5 m, numa só passagem
Espessura: 4 cm
Quantidade pulverizada: 0,35 kg/m2 sobre asfalto

Reabilitação de auto-estrada
Pavimentação de camada fina de asfalto de baixo ruído
Largura da obra: 7,6 m,
em duas faixas de 3,8 m cada no processo “quente a quente”
Espessura: 1,5 cm
Quantidade pulverizada: 0,35 kg/m2 sobre asfalto

207
Manual de pavimentação VÖGELE

7.2 Pavimentação em duas camadas

A técnica “quente sobre quente” melhora a aderência entre


as camadas e proporciona pavimentos de longa durabilidade.

Com o conceito InLine Pave, a VÖGELE oferece um método inovador de pavimentação


especialmente adequado para a construção “quente sobre quente” de pavimentos asfálticos
compactos. Mas as máquinas InLine Pave da VÖGELE também realizam trabalhos convencionais
com toda qualidade e economia.
Com o InLine Pave, as camadas de “binder“ e de desgaste aplicam-se numa só passagem,
criando uma perfeita interligação entre as camadas e os agregados. Ambas as características
são uma condição essencial para que as estradas aguentem muito tempo.
A técnica InLine Pave baseia-se em máquinas de série normais, que recebem ligeiras
modificações para a aplicação na técnica de “quente sobre quente”.

208
7. Equipamentos e aplicações especiais

Grande versatilidade devido a uso de tecnologia convencional


O conjunto de máquinas InLine Pave desenvolvido pela VÖGELE cobre uma ampla gama de
trabalhos de pavimentação – desde a reabilitação de pavimentos até à construção de novas estradas.
O transporte das máquinas até à obra, apesar da nova tecnologia, pode realizar-se como de
costume, pois no InLine Pave só se aplicam máquinas de série.
O uso de InLine Pave ajuda a reduzir consideravelmente o tempo total de uma obra; graças à
tecnologia compacta, também é possível reabilitar faixas separadas com o trânsito a funcionar.
O conjunto de máquinas InLine Pave foi concebido para larguras de 3 m a 8 m. Desde modo,
é possível reabilitar ou construir ruas, estradas urbanas, estradas nacionais e auto-estradas
no mais curto espaço de tempo.

Pavimentação convencional Pavimentação em duas camadas


(classe de construção SV segundo RStO) (classe de construção SV segundo MKA)

4 cm Camada de desgaste 2 cm
Camada de aderência

8 cm Camada “binder” 10 cm

Camada de aderência

22 cm Camada base 22 cm

209
Manual de pavimentação VÖGELE

7.2 Pavimentação em duas camadas

A tecnologia InLine Pave da VÖGELE

4 3

Pavimentadora da camada de desgaste A mesa de alta compactação


SUPER 1600-2 ou SUPER 1800-2 AB 600 TP2 Plus
Para a camada de desgaste utiliza-se, como terceira Esta mesa, baseada na técnica de impulsos hidráulicos,
máquina do conjunto, uma pavimentadora exclusiva da VÖGELE, possui duas barras de pressão.
SUPER 1600-2 ou SUPER 1800-2. Tratam-se igualmente É o exemplo tecnológico mais importante da técnica
de máquinas “standard“, nas quais se montaram InLine Pave. Durante a pavimentação com esta
dispositivos pulverizadores de água para os rastos mesa, a camada “binder” fica bem compactada,
e uma tremonha de grandes dimensões e permitindo que a pavimentadora da camada de
termicamente isolada, com um volume total de 25 ton. desgaste possa passar por cima da primeira camada.

210
7. Equipamentos e aplicações especiais

2 1

Pavimentadora da camada de “binder” Alimentadora MT 1000-1


SUPER 2100-2 IP ou MT 3000-2 Offset
A pavimentadora da camada de “binder” SUPER 2100-2 IP A alimentadora está no início do processo
é uma pavimentadora convencional, ligeiramente de pavimentação. Este equipamento recebe
modificada e que dispõe de um módulo de transferência o material para as camadas de “binder” e de
para o transporte do material de desgaste. desgaste e transporta-o alternadamente para a
À SUPER 2100-2 IP cabe espalhar uma camada “binder” tremonha da pavimentadora da camada “binder”
bem compactada e, por conseguinte, mais sólida. ou, através de um módulo de transferência, para
A máquina está equipada com uma mesa de alta a tremonha da pavimentadora de camada de
compactação AB 600 TP2 Plus, particularmente eficiente. desgaste.

211
Manual de pavimentação VÖGELE

7.2 Pavimentação em duas camadas

As vantagens da técnica InLine Pave num relance


1. Máxima regularidade
Para se obterem pavimentos regulares, o modo convencional de construção de estradas
é o ideal. Nesta técnica, as camadas base, “binder” e de desgaste são espalhadas em três
passagens separadas. O “comportamento auto-nivelador” da mesa da pavimentadora
garante um aumento da regularidade, de camada para camada.
No processo InLine Pave, este princípio é posto em prática a 100 %. Embora a pavimentação
seja feita “quente sobre quente”, a mesa de alta compactação da VÖGELE garante uma
compactação da camada de “binder” com valores superiores a 98 %, independentemente
da composição do material, tal como se tivesse sido compactada com o cilindro antes de
se aplicar a camada de desgaste. Por outras palavras: na técnica “quente sobre quente”,
a camada de desgaste é colocada sobre uma camada “binder” que, no que respeita à
regularidade e à compactação, está ao nível das camadas compactadas por métodos
convencionais. A pavimentação InLine Pave não exige uma regularidade específica
da camada base.
2. Utilização de cilindros convencionais
A pré-compactação da camada “binder”, conseguida pela pavimentadora no processo
InLine Pave, é tão elevada que pode fazer-se a compactação final logo a seguir à pavimentadora,
com cilindros de peso médio. Assim, deixa de ser necessário compactar as camada de desgaste
e “binder“, passo a passo, com cilindros leves e pesados. Reduz-se também o risco de se destruir
a regularidade após o espalhamento com a pavimentadora.
Com a técnica de alta compactação da VÖGELE utilizada no InLine Pave alcança-se uma
pré-compactação tão elevada que bastam poucas passagens com o cilindro para se obter
uma compactação final, sobretudo quando se utilizam cilindros com oscilação da HAMM.
A compactação cuidadosa da técnica de oscilação HAMM é a solução ideal para a compactação
de camadas de desgaste finas.
3. Separação nítida das camadas
Uma pré-compactação muito elevada da camada “binder” evita que o material desta
camada se misture com o material da camada de desgaste. O resultado é uma separação
clara das camadas e, desta forma, um acabamento perfeito da superfície, com uma camada
de desgaste de óptima qualidade e com a espessura desejada. Além disso, é possível medir
as espessuras das camadas a qualquer momento durante o espalhamento.

212
7. Equipamentos e aplicações especiais

Mediante o processo InLine Pave, consegue-se um entrosamento excelente entre as camadas de “binder” e de desgaste.
A alta compactação da VÖGELE proporciona ao mesmo tempo uma separação nítida das camadas.

4. Elevado grau de aproveitamento devido a máquinas convencionais


A alimentadora e a pavimentadora da camada de desgaste que fazem parte do conjunto
InLine Pave podem ser utilizadas a qualquer momento como máquinas convencionais,
sem a necessidade de grandes modificações. O módulo de transferência da pavimentadora
da camada de “binder” SUPER 2100-2 IP monta-se e desmonta-se em poucas horas.
5. Construção de camadas de desgaste com a SUPER 2100-2 IP
A SUPER 2100-2 IP com AB 600 TP2 Plus também pode ser utilizada separadamente para a
construção de camadas de desgaste altamente compactas. A particularidade desta técnica é
que também permite espalhar uma só camada. Conforme o material que se utiliza, é possível
por exemplo, construir uma camada de desgaste com uma espessura de 18 cm numa só
passagem, em vez de duas camadas de 9 cm cada, o que ajuda a poupar tempo e dinheiro.
Isto é conseguido com as barras de pressão da tecnologia de alta compactação da VÖGELE,
que podem ser reguladas progressivamente até 100 bares.
6. Comando fácil para uma maior fiabilidade
Graças o conceito ErgoPlus, o comando das máquinas é praticamente idêntico ao de trabalhos
convencionais. E também no que diz respeito ao nivelamento, a equipa de pavimentação pode
apoiar-se no aprendido anteriormente.

213
Manual de pavimentação VÖGELE

7.2 Pavimentação em duas camadas

Gama de aplicações do InLine Pave da VÖGELE

Reabilitação de auto-estrada: largura de pavimentação Reabilitação de auto-estrada: largura de pavimentação


4,0 m. Reabilitação da faixa de pesados com o trânsito 3,75 m. Reabilitação da faixa de pesados. Temperatura
a circular nas faixas adjacentes. ambiente durante a pavimentação: 0° C.

Reabilitação de auto-estrada: largura de pavimentação Reabilitação de auto-estrada: largura de pavimentação


7,5 m. Pavimentação de duas camadas de asfalto poroso. 7,5 m. Reabilitação de duas faixas. Espessuras das camadas
de “binder“ e desgaste 10 cm e 2 cm, respectivamente.

Construção de auto-estrada: largura de pavimentação 5,0 m. Reabilitação de estrada interurbana: largura de


Antes da colocação das camadas “binder” e de desgaste, pavimentação 7,5 m. Reabilitação com a estrada
espalhou-se uma camada base com a SUPER 2100-2 IP. completamente vedada ao trânsito. Nivelamento da
camada de “binder” com régua MultiPlex Ski da VÖGELE
sobre camada base anteriormente fresada. Perfil de
2,5 % e inclinação transversal até 3,5 % nas curvas.

214
7. Equipamentos e aplicações especiais

Reabilitação de estrada nacional: largura de pavimentação Reabilitação de auto-estrada: largura de pavimentação


2 x 3,2 m. Reabilitação de faixa única com o trânsito 4,7 m. Reabilitação de auto-estrada com trânsito intenso
a circular. à noite.

Reabilitação de estrada interurbana: larguras variadas de Reabilitação de estrada nacional: largura de pavimentação
5,5 - 7,0 m. Construção de camada de “binder“ e desgaste 3,75 - 5,25 m. Reabilitação de faixa única com trânsito a
de 9,5 cm e 2,5 cm, respectivamente, num turno de circular e 2 % de inclinação transversal. A exploração de
12 horas – nada mais fácil para o conjunto de máquinas. base fresada com régua MultiPlex Ski possibilita uma
pavimentação com máxima regularidade.

Construção de estrada nacional: largura de Reabilitação de travessia de localidade: largura de


pavimentação 7,5 m. Pavimentação de duas faixas entre pavimentação 2 x 3,2 m. Construção de faixa única
6 pontes. Sobre as pontes foi espalhada apenas uma de 950 m com o trânsito a circular. A rapidez com que se
camada de desgaste. Nivelamento com uma régua converte a pavimentadora, em apenas 2 horas, permite
Big MultiPlex Ski. a utilização em troços curtos, com vantagens económicas.

215
Manual de pavimentação VÖGELE

7.3 Alimentadoras

MT 3000-2

A alimentação das pavimentadoras sem Protecção anti-colisão e regulação


interrupções e sem contacto proporciona da distância.
máxima qualidade. O comando ErgoPlus proporciona uma
O conceito de transporte moderno, utilizado excelente visibilidade e um comando
em combinação com tremonha grande com seguro e fácil.
capacidade para 16,4 toneladas, possibilita Elevada capacidade de transporte,
descarregar grandes camiões em apenas
de 1.200 toneladas de material por hora.
60 segundos.

216
7. Equipamentos e aplicações especiais

MT 3000-2 Offset

A alimentação das pavimentadoras sem O tapete transportador pode ser


interrupções e sem contacto proporciona oscilado em 55° para a esquerda
máxima qualidade. e direita, proporcionando uma
O conceito de transporte moderno, ampla variedade de aplicações.

utilizado em combinação com tremonha O sistema ErgoPlus para comando


de grande capacidade (16,4 toneladas), por um ou dois operadores é sinónimo
possibilita descarregar grandes camiões de operações fáceis e seguras.
em apenas 60 segundos.

217
Manual de pavimentação VÖGELE

7.3 Alimentadoras

Capacidade de alimentação

0 segundos: O camião encosta-se à alimentadora.

30 segundos: Graças ao conceito de transporte de alta capacidade, já está descarregada mais de metade das
25 toneladas de material.

6 0 segundos: O processo de alimentação está concluído. O material está distribuído na tremonha da alimentadora
e na tremonha extra da pavimentadora.

Para se obter uma boa qualidade na pavimentação de estradas, há que ter em consideração
vários factores. Uma alimentação ininterrupta do material, sem contacto do camião com
a pavimentadora, para evitar interrupções durante o processo, é um factor extremamente
importante. Por isso, e sobretudo em grandes obras, a utilização de uma alimentadora é uma
grande ajuda e pode ser o primeiro passo para um trabalho de qualidade e economicamente
eficiente. A moderna MT 3000-2 Offset consegue resultados impressionantes. O tapete
transportador giratório está preparado para uma grande diversidade de aplicações, permitindo
um melhor aproveitamento da máquina. Com uma capacidade máxima de 1200 t/h, o conceito
de transporte inovador é imbatível, pois permite esvaziar um veículo de alimentação (25 toneladas)
em apenas 60 segundos!
A MT 3000-2 Offset é uma alimentadora da nova geração PowerFeeder da VÖGELE. O conceito
tecnológico inovador, a redução de custos operacionais e as dimensões compactas são algumas
das principais características/vantagens.

218
7. Equipamentos e aplicações especiais

Grande potência em novas áreas de aplicação


A alimentação lateral com o tapete giratório
pode tornar-se necessária, por exemplo, quando
se pavimentam camadas base sobre faixas
fresadas em que um camião teria dificuldade
para manobrar.

A precisão e o ângulo de 55° do tapete


transportador são ideais para o enchimento
de todo o tipo de valas. A distância máxima
entre a extremidade exterior da alimentadora
e o ponto de descarga do tapete é de 3,5 m.

O enchimento de espaços entre separadores


centrais pode ser feito com maior rapidez
e economia.

Nas obras com espaço reduzido onde não é


possível fazer uma alimentação convencional
da pavimentadora, a transferência de material
pode ser feita a partir da faixa ao lado, por
exemplo, na construção de passeios e ciclovias.

219
Manual de pavimentação VÖGELE

220
8 Índice
A Área da junta ........................................ 110, 111
“Assistência da mesa” . ............... 11, 94 f., 151,
Acabadores de bermas ................................. 77 .......................................................... 154, 157, 159
Accionamento da parede de tremonha ... 166
Aço para molas . .............................................. 72 B
Aditivos .................................................. 180, 183
Ajustamento .................................................... 23 Barras de encosto ......................................... 144
Ajuste .......................... 92, 100, 133, 135, Barras de pressão . ............... 30, 34, 47, 49, 50,
..................................... 150, 159, 168, 171 .................................................. 53, 68 ff., 93, 144,
Ajuste da barra de pressão . ......................... 71 ............................................ 149 f., 154 f., 210 213
Ajuste da cobertura do “tamper“ . .............. 72 Base . ......................................... 49, 104 f., 128 f.,
Ajuste da mesa .......................... 38, 40 ff., 60 ff. ..................................................154, 175, 191, 193,
Ajuste da pressão ......................................... 159 .....................................................................195, 198
Ajuste do nivelamento ....... 11, 23, 38, 40, 42, Betume . ........................... 104 f., 107, 130, 140,
.................................................. 73, 74, 80, 150 ff., ....................................... 160, 169, 171, 180, 184,
................................................................... 163, 170 .............................................. 186, 190, 192, 202 f.
Ajuste do “tamper“ . ....................................... 70 Big MultiPlex Ski................... 111, 115 ff., 214 f.
Alimentação . ......................... 10 f., 88, 98, 135, Bloqueio da mesa ............ 13, 90, 95, 153, 160
..................................................... 144, 166, 216 ff.
Alimentação sem contacto ..................... 216 f. C
Altura de pavimentação .......... 103, 119, 120,
................................................. 123, 124, 132, 157 Cálculo de valor médio ...................... 114, 118
Altura de referência ............................ 112, 114 Calibre de espessuras ......................... 137, 143
Altura do sem-fim .... 126, 134, 156, 165, 167 Camada de aderência . ....................... 105, 129
Altura do “tamper“ ......................................... 70 Camada base .............................. 26, 27, 35, 68,
Ângulo de ataque . ................ 11 ff., 36, 54, 76, ..................................................... 159, 212 ff., 219
....................................... 89 ff., 95, 102, 125, 135, Camada base e de desgaste ... 92, 176 f., 185
................................................. 150 ff., 158 ff., 170 Camada de compensação ................. 106, 171
Aplicação de emulsão ........................ 198, 203 Camião ............................ 11 f., 125, 140 f., 144,
Apoios ........................................................ 60, 61 ........................................ 149, 153, 183, 195, 218
Aquecimento ................. 11, 46, 53, 55, 63, 65, Capacidade de carga .............. 12, 88, 91, 105,
................................................. 78f., 144, 156, 169 ......................................... 143, 153, 159 f., 174 ff.
Aquecimento da mesa ......................... 78, 169 Capacidade de espalhamento . ................. 122

221
Manual de pavimentação VÖGELE

Características do material . .................. 12, 88 .......................................................... 154, 157, 159


Carregamento ................................................. 18 Curvas . ..................................... 8, 23, 114 f., 117
Chapa alisadora ................... 11, 13, 30, 36, 40,
................................................... 51, 54, 60, 63, 65, D
........................................................... 70 f., 79, 161
Chapas do túnel ............... 108f., 126, 144, 165 Débito . ................................................... 216, 218
Cilindro . ................... 13, 75, 91, 100, 102, 104, Deformação ................................................... 175
.................................. 127 ff., 132 ff., 138 ff., 142, Depositar ............................................... 142, 144
............................... 149, 152, 154, 156, 187, 212 Deslizador lateral........... 108 f., 132, 135, 151 ff.
Cilindro da barra de pressão ........................ 71 Desnível .................................... 36, 54, 133, 170
Cilindro de nivelamento .......... 11, 15, 38, 91, Detecção pelo sensor ....................... 112 - 115
................................................. 100, 102, 144, 158 Direcção ........................................... 8, 110, 138 f.
Cilindro hidráulico ............................... 9, 32, 74 Distância ............ 40, 71 f., 118, 123, 127, 133,
Compactação . .................. 24, 27, 30, 35 f., 54, ................................................. 156, 162, 167, 219
............................................... 68 f., 73, 88, 90, 92, Distribuição, sem-fins de ...... (ver “Sem-fins”)
.................................... 100, 107, 125, 127 f., 133, Dosagem ........................................................ 205
.............................................. 138 f., 149 f., 153 ff.,
................................................................... 171, 212 E
Compactação final ... 41, 70, 77, 109, 146, 160
Compensação de perfil ...................... 178, 191 Eixo excêntrico ................................................ 30
Comportamento flutuante ... 11, 36, 54, 76, 79, Encosto . ........................................ 142, 153, 170
.......................................................... 88 ff., 101, 124, Escala de nivelamento ....................... 100, 102
................................................................... 161, 170 Espessura .............................. 12, 69, 92, 100 ff.,
Condições climatéricas . .............. 89, 104, 122 ................................................ 121, 129, 135, 151,
Conduzir ....................................... 134, 139, 142 ........................................................... 154,178, 207
Configuração básica ....................... 38 - 47, 60 Espessura de pavimentação . ... 11, 12, 22, 30,
Configurações da máquina ................ 87, 89 f. .............................................. 35, 53, 76f., 79, 88f.,
Configurações das barras de pressão ...... 150 ................................................. 90, 100 - 107, 165,
Controlo automático da direcção ............. 110 ................................................. 171, 186, 188, 192
Controlo do funcionamento ................. 78, 98 Estrutura da superfície .................... 36, 54, 79,
Corrente dos rastos ........................................ 14 ............................................................ 90, 169, 171
Cubas de material . ....................................... 166 Erro de pavimentação ............. 148, 158 - 171
Curso . ................. 9, 68, 70, 90, 93, 151 ff., 159 Exploração . .................. 70, 112, 124, 144, 157
Curso do “tamper“ ............................ 68, 70, 90, Exploração de referência ............................ 123

222
8 . Índice

Extensões . ........................................................ 55 Indicador de condução ............................... 110


InLine Pave.................................25, 68, 208 - 215
F Instruções de pavimentação ............. 98 - 145
Interruptor principal de marcha ........ 95, 125
Faixa central ................................................... 167 Intervalo de tolerância ................................ 112
Faixa de rodagem ............... 73, 105, 110, 142, Inversão . ......................................................... 142
Faixa transversal ........................................... 166 Irregularidades .................... 8 f., 14 f., 44, 75 f.,
Ferramenta de pavimentação .............. 80, 136 ................................................. 90 f., 95, 105, 117,
Fiabilidade de processo .............................. 213 ................................................... 134, 158 f., 161 f.,
Fio de guia . ...................... 118, 120 f., 124, 162 .......................................................... 175, 187, 191
Fissuras causadas pelo cilindro ................. 142
Fitas de “teflon“ ............................................. 162 J
Fragmentação do agregado .............. 88, 107,
................................................................... 132, 171 Junta ............................ 108, 109, 110, 112, 136
Frequência . ...................................................... 30 Junta longitudinal ............................... 127, 132
............................................................175, 184, 212 Juntas de dilatação ......... 131f., 138, 174, 185
Junta transversal . ................................ 127, 129
G
L
Gama de medição ............................ 112 f., 115
Gerador ...................................................... 69, 78 Largura .......................... 14, 21, 36, 52 ff., 60 ff.,
Grupos de compactação . .. 11, 30, 63, 65, 69, ..................................... 63 ff., 68, 70, 89, 98, 108,
......................................................... 88, 90, 2, 107, ....................................... 121, 126, 133, 135, 149,
.......................................................... 125, 133, 171 ................................ 152, 157, 161,170, 205, 209
Guias telescópicas ........................................ 162 Largura básica ................................ 62 - 65, 215
Laser . .................................... 111, 113, 119, 121
I Laser rotativo . ...................................... 113, 119
Ligação das camadas . ..... 24 f., 141, 203, 208
Imagem de pavimentação ......................... 170 Ligação de junta ........................................... 108
Impermeabilização ................... 24, 198, 202 f. Limpeza .......................... 49, 80, 105, 128, 131,
Inclinação ................ 63, 65, 105, 111 f., 119 f., ............................................ 134 ff., 144, 156, 169
........................................... 123, 133, 156 f., 214 f. Lombas . .............................................. 46, 70, 83,
Inclinação transversal .... 63, 65, 105, 111, 119, ..................................................... 113, 116, 150 ff.
................................................. 123, 133, 157, 214 f. Longarina de nivelamento ............................ 11

223
Manual de pavimentação VÖGELE

M P

Mala para a equipa de pavimentação ..... 136 Pá do sem-fim . ......................... 155 f., 165, 167
Manobra ......................................................... 110 Parâmetro . ................. 85, 87, 89, 91, 100, 157
Manutenção . ............................... 48, 80 ff., 144 Parede dianteira . ............................................ 68
Marcas no pavimento . ..... 142, 150, 153, 170 Parede dianteira da mesa ............ 49, 72, 156,
Mástique asfáltico ................ 177 f., 184 ff., 196 ................................................................... 167, 169
Mecanismo de translação . .................... 11, 16 Paredes da tremonha .................................. 164
Medidor da espessura asfáltica . ............... 137 Pavimentação a frio ..................................... 184
Mesa básica . ......................... 23, 44, 47, 50, 55, Pavimentação a quente .......... 24, 184, 188 f.,
...................................... 58 f., 61, 63, 65, 82, 126, ......................................... 196 ff., 202 f., 207, 212
................................................. 152, 155, 162, 170 Pavimentação de camada fina .................. 198
Mesa de alta compactação ................. 25, 46, 68, Pavimentação
........................................................................... 210, 211 “quente sobre quente” .......... 25, 68, 208, 212
Misturadora . ........................ 98, 104, 122, 135, Pavimentadora de rodas . .......................... 16 f.
....................................................... 145, 156 f., 169 Pavimentadora sobre rastos ............... 14, 158
Modificado por polímeros . ...... 185, 194, 198 Pegas de puxar . ............................................ 102
Perda de calor . ................................................ 78
N Perfil . ..................... 23, 38, 63, 65, 80, 155, 212
Perfil longitudinal . ....................................... 162
Navitronic ........................................... 111, 120 f. Peso . ................................ 68, 95, 138, 140, 142,
Ninhos de material . ..................................... 169 ................................................. 153, 160, 170, 183
Nivelamento ........................ 13, 118, 120, 125, Peso da mesa ................................. 11, 153, 160
.......................................................... 135, 213, 215 Placa lateral hidráulica................73 ff., 115, 144
Nível de bolha de ar digital ........................ 136 Plataforma . ................................. 27, 105 f., 170
Nível de enchimento ................................... 168 Ponto de tracção . ................... 12, 76, 124, 160
Nível de material à frente da mesa .... 60, 89, Poroso . .................. 177 f., 185, 194 f., 199, 214
.......................................................... 126, 154, 165 Portas da parede de tremonha ................. 166
Nível de referência ....................................... 116 Posição de flutuação . .................... 90, 94 f., 159
Niveltronic ........................ 116, 118, 121, 150 f. Posição de flutuação da mesa ... 90, 94 ff., 159
Potência ........................ 11, 13, 26, 35, 78, 122,
O ....................................... 129, 140, 156, 177, 179,
..................................................... 202, 211, 216 ff.
Opção ...................................... 13, 62, 74, 77, 79 Potência de aquecimento ................... 78, 156

224
8 . Índice

Pré-compactação ............ 11, 26, 30, 35 f., 52, S


...................................... 54, 68 f., 89 ff., 100, 104,
........................................ 106, 133, 140, 151, 212 Segregações . ........ 108, 150, 156 f., 164 - 169
Pré-nivelar ................................................. 105 ff. Selecção de sensores ........................ 112 - 121
Pressão de bloqueio da mesa . ........... 94, 160 Sem-fins .......................... 11, 46, 108, 126, 134,
Pré-tratamento ............................................ 183 .............................................. 144, 155 f., 165, 167
Problemas de pavimentação .......... 158 - 163 Sensor.........................................111 - 121, 123 ff.,
Pulverizadores................................................204 f. ......................................... 126, 144, 150 ff:, 156 f.
Pulverização . ........................................ 128, 203 Sensor de inclinação . ............................... 111 f.
Sensor de nivelamento ...................... 116, 124
Q Sensor sónico da altura . .......................... 115 f.
Sensor sónico de raio amplo ..................... 118
Qualidade ....................... 24, 73, 113, 122, 135, Sensor Troxler ................................................ 143
......................................... 148 f., 187, 209, 216 ff. Sentido da pavimentação ................. 120, 142
Quantidade pulverizada................... 202, 205 ff. Sentido longitudinal . .................. 89, 129, 170
“Quente sobre quente” . ............ 127, 133, 207 Sistema automático
“Quente sobre frio” ................ 127 ff., 132, 207 de nivelamento ............................ 91, 116, 119,
..................................................... 144, 150 ff., 162
R Sobreposição ............................... 128, 139, 204
Sobreposição de material . ......................... 132
Raio de curvas ...................................... 114, 214 Sub-base . ............................. 15, 44, 75, 104 ff.,
Raspador . .................. 46, 108 f., 126, 144, 165 .......................................... 112 f., 118, 150 ff., 174,
Rastos ............................................................. 14 f. ...................................................187, 191, 198, 215
Referência . ................. 110, 112 ff., 116 f., 119, Superestrutura ........................................... 174 f.
......................................... 121, 123 f., 150 ff., 162 Superfície . ............... 30, 36, 54, 79, 90 f., 103,
Referência de nivelamento ........................ 116 .................................. 105, 107, 126, 134, 140 ff.,
Regras de compactação por cilindro ....... 142 ................................. 150, 155 f., 161 f., 164, 169,
Régua dobradiça . ...................................... 136 f. ....................................... 171, 174, 186, 188, 190,
Regulação . .............................................. 13, 216 ................................................. 192, 194, 195, 212
Resistências de aquecimento ........ 50, 63, 65, Superfície da junta .............................. 110, 111
....................................................................... 78, 79 Suporte do sem-fim ....... 144, 155 f., 165, 167
Ruptura da emulsão . ................................... 196

225
Manual de pavimentação VÖGELE

T V

Tamanho dos grãos . ............................. 88, 190 Valor de compactação . ............. 30, 91, 100 f.,
“Tamper“ . ....................... 11, 30, 32, 34 f., 52 f., ....................................................... 106, 125, 132 f.
......................................... 69 f., 72, 78, 82, 88, 91, Válvulas .................................................... 95, 151
........................................... 144, 154 f., 160 f., 169 Variantes de compactação .................... 34, 52
Tapete transportador . ....................... 126, 164 Velocidade de pavimentação . ... 90, 91, 125 f.,
Temperatura ..................... 88 f., 104, 114, 125, ................................................. 149, 151, 154, 205
........................................ 135, 137, 181, 199, 205 Velocidade de rotação . .............................. 49, 80
Temperatura do gerador . ............................. 79 Velocidade de rotação
Temperatura do material ........... 88, 104, 137, do “tamper“ ............ 68, 90 f., 149 ff., 153 f., 169
................................................................... 160, 196 Velocidade do sem-fim .................................. 126
Tensão de mola ............................................... 71 Vibrador ......................... 36, 40, 49, 69, 71, 161
Tipo de mesa ........................... 47, 83, 149, 160
Tipo de pavimentadora . .................. 13, 63, 65
Tipos de emulsão . ........................................ 198
Torção ................................................................ 90
TP . ................................................... 34 f., 47, 50 f.
Tracção ........................................................... 16 f.
Tractor da mesa . ....... 8, 11, 13, 115, 150, 163
Transporte ............................... 25, 98, 104, 110,
...................................................... 122, 155 f., 164,
.......................................................... 183, 209, 211
Transporte do material . .................. 155 f., 164
Tremonha ....... 110, 44, 157, 164, 166, 216 f.
Túnel do sem-fim . .............................. 11, 165 f.
TV . ......................................................... 34 f., 52 f.

Ultra-sons ............................. 111 f., 114 ff., 150

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