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Evento: abertura
PROCESSO
Nº 50066012720228240064
Capa do Processo
Nº do Processo: 5006601-27.2022.8.24.0064 Data de autuação: 04/04/2022 19:00:27 Situação: MOVIMENTO-AGUARDA DESPACHO
Órgão Julgador: Juízo do Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de São José Juiz(a): Lilian Telles de Sá Vieira
Competência: Penal - Maria da Penha Classe da ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário
Assuntos
Partes e Representantes
AUTOR RÉU
ALLAN JONES MORAES FUNES (003.762.339-74) - Pessoa Física
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA Procurador(es):
CATARINA (76.276.849/0001-54) - Entidade GALILEU BROERING SC064553 DATIVO
INTERESSADO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA (83.931.550/0001-51)
Procurador(es): LEONARDO DE CAMPOS
OFENDIDO
GEISA NUNES MORAES FUNES (074.004.099-56)
Procurador(es): EDUARDO DA ROCHA DANIEL DATIVO
UNIDADE EXTERNA
Unidades Prisionais FLORIANÓPOLIS - CASA ALBERGADO ()
Procurador(es): RAFAEL ESPINDOLA BITTENCOURT
FABIO GIOVANI DA SILVA
RUBENS RAMOS
HERICK NEIVA MESQUITA
JULIO CESAR PAGANI
KETTY DOS SANTOS
CARLO PEGORARO NICOLOSO
LIVIA SALLES DE ASSIS
PAULO ROGERIO MURBACK BORA
DYEGO DA SILVA CABRAL
GABRIEL NEVES PANTE DE AZEVEDO
WESCLEY DE CARVALHO GARRETT
GUSTAVO LUIZ TELLES
LIGIA INES MISSIO
CARMEN RITA VASQUES DE ALMEIDA
ROGER EDUARDO DA SILVA COSTA
HENRIQUE EVANDRO MAFRA
JULIANO PERES PIRES
MARLON ANTONIO WAGNER
SILVIA CAROLINE DOS SANTOS HEERDT
CRISTIANE APARECIDA DO NASCIMENTO
LEANDRO FERRARO
DIEGO COSTA LOPES
ANDREOMAR ROSSETO
RAFAEL MEIRA DE MOURA
RICARDO DE BRITO MARQUES
HELIOMAR WEIRICH
HUMBERTO MORAZZI VIEIRA
JUCELIO VIEIRA BERNARDO
RODRIGO SILVEIRA DUARTE
DENISE CAMILE BATTISTELLA
FABIO DA SILVA KINCZESKI
FABIO FRANCISCO ROSA
IOLANDA ISOPPO
JULIANA DE ANDRADE ABEL
LEANDRO RAMOS FERNANDES
JEANCARLO KUSIAK HINTZ
MAICON RONALD ALVES
MAYTON RICARDO FARIAS
NATHASHA DABERKOW VIEIRA
MAICON PEREIRA
CARLOS HILÁRIO DA SILVA
TIAGO GUAREZI DE SOUZA
RICARDO VALMICIO LUIZ
SANDERSON MENEZES DE ALMEIDA
TAISON ESPADA PLUCINSKI SILVA
EDSON NILTON DOS PASSOS JUNIOR
JONI VIDAL DA FONSECA
FABIANO PIAZZA TEIXEIRA
JOSE ROBERTO SOARES
CAROLINA LINHARES TEIXEIRA
EVERTON JERONIMO DA SILVA
PATRICIA TOMASI DA SILVA MARTINS
GILSON DE BORBA
LEONARDO JOSE LAMARQUE
DIORGENES DEGON MACHADO
RAFAEL SOUZA BEZERRA DE MELLO
DAISY CRISTINA ZAMPOLI
Informações Adicionais
Chave Processo: 477364690222 Valor da Causa: R$ 0,00 Nível de Sigilo do Processo: Segredo de Justiça (Nível 1)
Anexos Eletrônicos: Não há anexos Ação Coletiva de subst. processual: Não Admitida execução: Sim
Antecipação de Tutela: Não Requerida Grande devedor: Não Justiça Gratuita: Não requerida
Penhora no rosto dos autos: Não Penhora/apreensão de bens: Não Petição Urgente: Não
Documento 1
Tipo documento:
DENÚNCIA
Evento:
DISTRIBUÍDO POR DEPENDÊNCIA
Data:
04/04/2022 19:00:27
Usuário:
MPSC - MINISTÉRIO PÚBLICO DE SANTA CATARINA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
1
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 1, DENUNCIA1, Página 1
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ
DENÚNCIA
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ
discussão a que deu causa, agrediu fisicamente a vítima Geisa Nunes Moraes Funes, ao
empurra-la, joga-la no chão, rasgar suas roupas e desferir socos em seu rosto, nuca e
partes íntimas, causando-lhe as lesões corporais demonstradas nos registros fotográficos
anexos.
Na mesma ocasião, ou seja, no dia 02 de abril de 2022, por volta das
14h40min, na residência conjugal, situada na Rua Maria Manchen de Souza, nº 387,
apartamento nº 402, Bairro Kobrasol, nesta cidade, o denunciado Allan Jones Moraes
Funes, munido com um canivete (auto de exibição e apreensão – fl. 13 – evento 1 – autos
nº 5006475-74.2022.8.24.0064), mediante ameaça de que faria mal à vítima Geisa Nunes
Moraes Funes, pois afirmou que ia "fincar-lhe" referido objeto, danificou as roupas que ela
vestia, conforme demonstrado nos registros fotográficos anexos.
De ser salientado que as condutas do denunciado foram baseadas no
gênero da vítima, com a qual ele é casado, restando evidenciado o nexo entre a violência
exercida sobre ela e a relação íntima de afeto existente entre ambos, situação que se
amolda aos anseios protetivos preconizados do art. 5º da Lei Maria da Penha.
Diante do exposto, incidiu o denunciado Allan Jones Moraes Funes nas
sanções dos artigos 129, § 13 e 163, parágrafo único, inciso I, ambos do Código Penal,
este último crime c/c art. 61, inciso II, alíneas "e" e "f", do mesmo diploma legal, em
concurso material e nos moldes do art. 7º, incisos I e II, da Lei nº 11.340/06, motivo pelo
qual o Ministério Público promove a presente ação penal, requerendo o recebimento da
denúncia e a citação do réu para apresentação de defesa escrita.
Requer, ainda, o prosseguimento do processo, com a oitiva das pessoas
adiante arroladas, até final condenação do acusado, inclusive no que se refere à reparação
dos danos causados, nos termos do art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal.
[assinado digitalmente]
LUCIANA ROSA
Promotora de Justiça
Rol de testemunhas/informantes:
a) Geisa Nunes Moraes Funes, vítima, CPF nº 074.004.099-56, qualificada no evento 1 (fl.
18 – doc. 2 – autos nº 5006475-74.2022.8.24.0064), que poderá ser encontrada na Rua
______________________________________________________________________________________________________________________
Rua Manoel Loureiro, nº 1808 - Ed. Mercury - Bairro Barreiros - CEP: 88.117-331 - São José/SC - Telefone: 48 3288-4513 e 3288-4565
saojose13pj@mpsc.mp.br
2-3
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 1, DENUNCIA1, Página 3
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ
Maria Manchen de Souza, nº 387, apartamento nº 402, Bairro Kobrasol, nesta cidade,
telefone nº 48 9 8809-6578;
b) Jean Carlos Adriano, policial militar, CPF nº 064.015.819-64, qualificado no evento 1 (fl.
24 – doc. 2 - autos nº 5006475-74.2022.8.24.0064), que poderá ser encontrado no 7º BPM
de São José/SC;
c) Leandro Nunes, policial militar, CPF nº 057.175.609-31, qualificado no evento 1 (fl. 25 –
doc. 2 – autos nº 5006475-74.2022.8.24.0064), que poderá ser encontrado no 7º BPM de
São José/SC.
______________________________________________________________________________________________________________________
Rua Manoel Loureiro, nº 1808 - Ed. Mercury - Bairro Barreiros - CEP: 88.117-331 - São José/SC - Telefone: 48 3288-4513 e 3288-4565
saojose13pj@mpsc.mp.br
3-3
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 2
Tipo documento:
FOTO
Evento:
DISTRIBUÍDO POR DEPENDÊNCIA
Data:
04/04/2022 19:00:27
Usuário:
MPSC - MINISTÉRIO PÚBLICO DE SANTA CATARINA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
1
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 1, FOTO2, Página 1
IMPRESSÃO DE IMAGENS
Imagens dos Envolvidos
Objeto Objeto
Objeto
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
RECEBIDA A DENÚNCIA
Data:
05/04/2022 13:24:12
Usuário:
LILIANTELLES - LILIAN TELLES DE SA VIEIRA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
3
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 3, DESPADEC1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de São José
Domingos André Zanini, 380 - Bairro: Barreiros - CEP: 88117200 - Fone: (48) 3287-5291 - Email:
saojose.juizadocriminal@tjsc.jus.br
DESPACHO/DECISÃO
Trata-se de ação penal proposta pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina
em desfavor de A. J. M. F., imputando-lhe a prática da infração penal descrita no art. 129, §13º,
e 163, parágrafo único, inciso I, ambos do Código Penal, este último crime c/c art. 61, inciso II,
alíneas "e" e "f", do mesmo diploma legal, em concurso material e nos moldes do art. 7º, incisos I
e II, da Lei nº 11.340/06.
Cite-se e intime-se o acusado para que, no prazo de 10 dias, resposta à acusação, nos
termos dos arts. 396 e 396-A do CPP.
Documento eletrônico assinado por LILIAN TELLES DE SA VIEIRA, Juíza de Direito, na forma do artigo 1º, inciso III, da
Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310026167696v2 e do código CRC e1730800.
5006601-27.2022.8.24.0064 310026167696 .V2
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIÇÃO DE MANDADO
Data:
05/04/2022 13:50:49
Usuário:
GRACESM - GRACE DA SILVA MACHADO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
5
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 5, MAND1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de São José
Domingos André Zanini, 380 - Bairro: Barreiros - CEP: 88117200 - Fone: (48) 3287-5291 - Email:
saojose.juizadocriminal@tjsc.jus.br
MANDADO Nº 310026173189
Documento eletrônico assinado por GRACE DA SILVA MACHADO, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de
dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico
https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310026173189v2 e do código CRC c0207892.
5006601-27.2022.8.24.0064 310026173189 .V2
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
JUNTADA DE MANDADO CUMPRIDO
Data:
08/04/2022 15:10:17
Usuário:
MARINES - MARINES PIRES DA CUNHA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
9
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 9, CERT1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Central de Mandados - Florianópolis
AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO Nº 5006601-27.2022.8.24.0064/SC
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
RÉU: ALLAN JONES MORAES FUNES
CERTIDÃO
Documento eletrônico assinado por MARINES PIRES DA CUNHA, Oficial de Justiça, na forma do artigo 1º, inciso III, da
Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310026363953v1 e do código CRC 40c7e9a5.
5006601-27.2022.8.24.0064 310026363953 .V1 marines© marines
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
NOMEAÇÃO DE DEFENSOR
Evento:
JUNTADA DE PEÇAS DIGITALIZADAS
Data:
20/04/2022 14:59:59
Usuário:
TIAGOSP - TIAGO SOARES PINTO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
12
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 12, NOMEAÇÃO1, Página 1
NOMEAÇÃO DE PROFISSIONAL
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
JUÍZO COMUM
Nomeação n.: 20220200035343
Exmo. Sr. Diretor do Foro da Seção Judiciária: Responsável Comarcas
DADOS PROCESSUAIS:
N. do processo: 50066012720228240064
Tipo de atuação: 10.1 AÇÕES CRIMINAIS DE PROCEDIMENTO ORDINÁRIO OU
SUMÁRIO
Especialidade: DIREITO PENAL
Assistido(s): ALLAN JONES MORAES FUNES
Réu: ALLAN JONES MORAES FUNES
Autor principal: MINISTERIO PÚBLICO
Nesta data, o profissional aqui identificado foi nomeado a prestar serviço de Assistência Judiciária Gratuita
do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina nesta Vara.: 20/04/2022
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
DETERMINADA A INTIMAÇÃO
Data:
20/04/2022 17:40:32
Usuário:
LILIANTELLES - LILIAN TELLES DE SA VIEIRA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
13
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 13, DESPADEC1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de São José
Domingos André Zanini, 380 - Bairro: Barreiros - CEP: 88117200 - Fone: (48) 3287-5291 - Email:
saojose.juizadocriminal@tjsc.jus.br
DESPACHO/DECISÃO
O acusado ao ser citado informou que constituiria advogado nos autos (ev.09), o que
não ocorreu até a presente data. A fim de conferir regular prosseguimento ao feito, nomeio para
atuar na qualidade de Defensor Dativ (em favor do acusado): Galileu Broering, CPF 079.103.609-
08.
Intime-se. Cumpra-se.
Documento eletrônico assinado por LILIAN TELLES DE SA VIEIRA, Juíza de Direito, na forma do artigo 1º, inciso III, da
Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310026740302v4 e do código CRC 560bf6cd.
5006601-27.2022.8.24.0064 310026740302 .V4
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
DEFESA PRÉVIA/DEFESA PRELIMINAR/RESPOSTA DO RÉU
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 14
Data:
21/04/2022 23:37:47
Usuário:
SC064553 - GALILEU BROERING
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
16
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 16, DEFESA PRÉVIA1, Página 1
Autos nº 5006601-27.2022.8.24.0064
Allan Jones Moraes Funes, já qualificado nos autos, devidamente assistido por seu
defensor dativo, vem apresentar resposta à acusação, com fulcro nos artigos 396 e
396-A do Código de Processo Penal.
No dia 2 de abril de 2022 o paciente Allan foi preso em flagrante pela suposta
prática do crime de lesão corporal no âmbito doméstico (art. 129, § 9º, do CP) e de
dano (art. 163, CP).
No dia 6 de abril de 2022, foi deferida medida protetiva à suposta vítima dos
crimes, com a determinação de que o réu mantenha-se afastado do lar, não se
aproxima da ofendida (distância mínima de 200m), e ainda, não mantenha contato
com ela por nenhum meio.
É o relato necessário.
Do direito - mérito
Ainda na audiência de custódia o réu pediu que pudesse usar seus remédios
durante o cárcere o que restou negado, sob o fundamento de que seria necessária a
apresentação de receita médica. Ocorre que por encontrar-se segregado o réu não
pode encaminhar-se até o ambulatório para pedir nova receita. Desta forma, o Juízo no
momento da aplicação da prisão preventiva não levou em consideração a realidade
momentânea do acusado.
Neste ínterim, aponta-se que o inc. V, do art. 319, CPP, aponta como uma das
medidas cautelares “o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga
quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos”.
No caso dos autos, o acusado é funcionário administrativo da Prefeitura de São
José4, de maneira que se mantido em cárcere poderá perder seu emprego, bem como
seu sustento.
1
Link: < https://consultaremedios.com.br/bromazepam/bula/para-que-serve>. Acesso em: 21 de abril de
2022.
2
Link: < https://consultaremedios.com.br/carbonato-de-litio/bula/para-que-serve>. Acesso em: 21 de
abril de 2022.
3
Link: <https://consultaremedios.com.br/alprazolam/bula>. Acesso em: 21 de abril de 2022.
4
Link: <http://transparencia.pmsj.sc.gov.br:90/pronimtb/index.asp>. Acesso em: 21 de abril de 2022.
Comprovante vai junto da petição.
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 16, DEFESA PRÉVIA1, Página 3
Assim, as medidas cautelares dos incisos I até o V, do art. 319. do CPP5, serão
capazes de garantir a aplicação da lei penal, a instrução criminal e evitarão a prática
de novas infrações penais.
Além disso, a decisão recente do TJSC de que no âmbito de acusação de
violência doméstica, após a fixação das medidas protetivas é cabível a substituição da
prisão preventiva por medidas cautelares.
HABEAS CORPUS. LESÃO CORPORAL NO ÂMBITO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
(ARTIGO 129, § 13, DO CÓDIGO PENAL). PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA
EM PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. MEDIDAS
PROTETIVAS DE URGÊNCIA NÃO FIXADAS NA ORIGEM. INEXISTÊNCIA DO
FUNDAMENTO DA GARANTIA DE SUA EXECUÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 313,
INCISO III, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
CONFIGURADO. PRISÃO PREVENTIVA SUBSTITUÍDA POR OUTRAS
MEDIDAS CAUTELARES PREVISTAS NO ARTIGO 319 DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL. ORDEM CONCEDIDA. (TJSC, Habeas Corpus Criminal n.
5062880-65.2021.8.24.0000, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, rel. Cinthia
Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, Quinta Câmara Criminal, j. 09-12-2021).
A análise dos autos demonstra que a situação econômica do acusado não lhe
permite pagar quaisquer custas derivadas da presente ação penal sem prejuízo do
próprio sustento6 – conforme se depreende do salário líquido recebido por ele
(documento comprovante junto da petição) –, razão pela qual faz jus ao deferimento
da justiça gratuita (art. 5º, LXXXIV, CF).
Pedidos
5
I - comparecimento periódico em juízo; II - proibição de acesso ou de frequentar determinados lugares;
III - proibição de manter contato com determinadas pessoas; IV - proibição de ausentar-se da Comarca,
necessária para a instrução; V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.
6
Valor encontra-se no documento que vai junto da petição.
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 16, DEFESA PRÉVIA1, Página 4
Galileu Broering
OAB/SC 64.553
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 2
Tipo documento:
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA/POBREZA
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 14
Data:
21/04/2022 23:37:47
Usuário:
SC064553 - GALILEU BROERING
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
16
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 16, DECLPOBRE2, Página 1
Documento 1
Tipo documento:
DENÚNCIA
Evento:
PETIÇÃO - ADITAMENTO À DENÚNCIA - REFER. AO EVENTO: 17
Data:
22/04/2022 16:35:18
Usuário:
WS-MPSIG - WS-MPSIG - USUARIO DE INTEGRACAO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
19
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 19, DENUNCIA1, Página 1
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ
Autos nº 5006601-27.2022.8.24.0064
RÉU PRESO
DENÚNCIA
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ
íntimas.
Assim agindo o denunciado Allan Jones Moraes Funes ofendeu a
integridade corporal e saúde da vítima Geisa Nunes Moraes Funes,
causando-lhe as lesões corporais de natureza leve demonstradas nos
registros fotográficos acostados no evento 1 destes autos e descritos no
laudo pericial nº 2022.21.002273.22.002-00 (evento 50 – doc. 27 – autos nº
5006475-74.2022.8.24.0064), quais sejam, "equimoses violáceas
digitiformes em ambos os antebraços; escoriação no cotovelo direito;
equimose vermelha violácea na região mandibular esquerda (hemiface
esquerda)".
Na mesma ocasião, ou seja, no dia 02 de abril de 2022, por volta das
14h40min, na residência conjugal, situada na Rua Maria Manchen de Souza,
nº 387, apartamento nº 402, Bairro Kobrasol, nesta cidade, o denunciado
Allan Jones Moraes Funes, munido com um canivete (auto de exibição e
apreensão – fl. 13 – evento 1 – autos nº 5006475-74.2022.8.24.0064),
mediante ameaça de que faria mal à vítima Geisa Nunes Moraes Funes,
pois afirmou que ia "fincar-lhe" referido objeto, danificou as roupas que ela
vestia, conforme demonstrado nos registros fotográficos anexos.
De ser salientado que as condutas do denunciado foram baseadas no
gênero da vítima, com a qual ele é casado, restando evidenciado o nexo
entre a violência exercida sobre ela e a relação íntima de afeto existente
entre ambos, situação que se amolda aos anseios protetivos preconizados
do art. 5º da Lei Maria da Penha.
Diante do exposto, incidiu o denunciado Allan Jones Moraes Funes nas
sanções dos artigos 129, § 13 e 163, parágrafo único, inciso I, ambos do
Código Penal, este último crime c/c art. 61, inciso II, alíneas "e" e "f", do
mesmo diploma legal, em concurso material e nos moldes do art. 7º, incisos I
e II, da Lei nº 11.340/06, motivo pelo qual o Ministério Público promove a
presente ação penal, requerendo o recebimento da denúncia e a citação do
réu para apresentação de defesa escrita.
Requer, ainda, o prosseguimento do processo, com a oitiva das pessoas
adiante arroladas, até final condenação do acusado, inclusive no que se
refere à reparação dos danos causados, nos termos do art. 387, inciso IV,
do Código de Processo Penal.
Rol de testemunhas/informantes:
a) Geisa Nunes Moraes Funes, vítima, CPF nº 074.004.099-56, qualificada
no evento 1 (fl. 18 – doc. 2 – autos nº 5006475-74.2022.8.24.0064), que
poderá ser encontrada na Rua Maria Manchen de Souza, nº 387,
apartamento nº 402, Bairro Kobrasol, nesta cidade, telefone nº 48 9
8809-6578;
b) Jean Carlos Adriano, policial militar, CPF nº 064.015.819-64, qualificado
no evento 1 (fl. 24 – doc. 2 - autos nº 5006475-74.2022.8.24.0064), que
poderá ser encontrado no 7º BPM de São José/SC;
c) Leandro Nunes, policial militar, CPF nº 057.175.609-31, qualificado no
evento 1 (fl. 25 – doc. 2 – autos nº 5006475-74.2022.8.24.0064), que poderá
ser encontrado no 7º BPM de São José/SC.
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ
______________________________________________________________________________________________________________________
Rua Manoel Loureiro, nº 1808 - Ed. Mercury - Bairro Barreiros - CEP: 88.117-331 - São José/SC - Telefone: 48 3288-4513 e 3288-4565
saojose13pj@mpsc.mp.br
3-5
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 19, DENUNCIA1, Página 4
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ
Ainda, o fato do réu possuir trabalho fixo, não basta para sua
soltura.
Neste sentido:
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ
meio social, diante da gravidade efetiva dos delitos" (STJ, Min. Jorge
Mussi). WRIT CONHECIDO E ORDEM DENEGADA. (TJSC, Habeas Corpus
(Criminal) n. 4002530-02.2019.8.24.0000, de Itapiranga, rel. Getúlio Corrêa,
Terceira Câmara Criminal, j. 12-02-2019). (grifo).
[assinado digitalmente]
LUCIANA ROSA
Promotora de Justiça
______________________________________________________________________________________________________________________
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5-5
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Data:
26/04/2022 12:53:48
Usuário:
LILIANTELLES - LILIAN TELLES DE SA VIEIRA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
23
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 23, DESPADEC1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
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Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de São José
Domingos André Zanini, 380 - Bairro: Barreiros - CEP: 88117200 - Fone: (48) 3287-5291 - Email:
saojose.juizadocriminal@tjsc.jus.br
DESPACHO/DECISÃO
2. Recebo a defesa preliminar (ev. 16), na qual o acusado postula pela revogação da
prisão preventiva. Para tanto, refere que é paciente psiquiátrico e que necessita fazer uso de
medicação diariamente. Apontou também que na ocasião de sua prisão ainda não haviam sido
estabelecidas medidas protetivas em seu desfavor.
Decido.
3.1 – O alegado uso da elencada medicação não possui, por si só, o condão de alterar
o entendimento emanado pela decisão que decretou a prisão preventiva do acusado. Registro
que o pleito aportou desacompanhado de qualquer declaração subscrita por eventual médico
que faz acompanhamento do acusado ou mesmo, de receituário médico.
7 Intimem-se. Cumpra-se.
Documento eletrônico assinado por LILIAN TELLES DE SA VIEIRA, Juíza de Direito, na forma do artigo 1º, inciso III, da
Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310026832143v5 e do código CRC 635ed407.
5006601-27.2022.8.24.0064 310026832143 .V5
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
DETERMINADA A INTIMAÇÃO
Data:
16/05/2022 16:07:58
Usuário:
LILIANTELLES - LILIAN TELLES DE SA VIEIRA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
35
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 35, DESPADEC1, Página 1
Poder Judiciário
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DESPACHO/DECISÃO
Ante a ciência e não manifestação da defesa acerca do teor do decisum de ev. 23 (ev.
24 e 32), evoluindo na marcha processual, evidenciados suficientes os indícios de autoria,
materialidade (prova indireta) e potencial tipicidade, à vista das declarações prestadas na etapa
investigatória, a conferir momentâneo amparo à denúncia. Ao revés, inexistem elementos de
prova a autorizar a absolvição sumária prevista no art. 397, do Código de Processo Penal,
soando imprescindível a produção de prova judicial.
Saliento que, constatada impossibilidade de participação no ato por meio virtual, será
disponibilizada a sala de audiências do Juizado Especial Criminal, no Fórum de São José/SC, na
mesma data e horário.
Documento eletrônico assinado por LILIAN TELLES DE SA VIEIRA, Juíza de Direito, na forma do artigo 1º, inciso III, da
Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
OFÍCIO
Evento:
EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO
Data:
16/05/2022 16:26:00
Usuário:
DAIANEROSA - DAIANE DE OLIVEIRA DA ROSA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
38
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 38, OFIC1, Página 1
Poder Judiciário
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OFÍCIO Nº 310027807362
Documento eletrônico assinado por DAIANE DE OLIVEIRA DA ROSA, Técnica Judiciária, na forma do artigo 1º, inciso III,
da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
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5006601-27.2022.8.24.0064 310027807362 .V2
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIÇÃO DE MANDADO
Data:
16/05/2022 16:30:53
Usuário:
DAIANEROSA - DAIANE DE OLIVEIRA DA ROSA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
41
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 41, MAND1, Página 1
Poder Judiciário
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MANDADO Nº 310027808062
Documento eletrônico assinado por DAIANE DE OLIVEIRA DA ROSA, Técnica Judiciária, na forma do artigo 1º, inciso III,
da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
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5006601-27.2022.8.24.0064 310027808062 .V2
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
OFÍCIO
Evento:
EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO
Data:
16/05/2022 16:31:51
Usuário:
DAIANEROSA - DAIANE DE OLIVEIRA DA ROSA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
42
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 42, OFIC1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
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Domingos André Zanini, 380 - Bairro: Barreiros - CEP: 88117200 - Fone: (48) 3287-5291 - Email:
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OFÍCIO Nº 310027808223
Informo que o link de acesso a sala virtual será encaminhado por contato telefônico
com WhatsApp no dia do ato, para tanto, solicitamos o envio do contato das referidas
testemunhas.
Documento eletrônico assinado por DAIANE DE OLIVEIRA DA ROSA, Técnica Judiciária, na forma do artigo 1º, inciso III,
da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310027808223v2 e do código CRC ab8a705a.
5006601-27.2022.8.24.0064 310027808223 .V2
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
FOTO
Evento:
JUNTADA DE MANDADO CUMPRIDO
Data:
17/05/2022 15:20:04
Usuário:
RODRIGO.RACHADEL - RODRIGO TARGINO RACHADEL
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
50
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 50, FOTO1, Página 1
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 2
Tipo documento:
FOTO
Evento:
JUNTADA DE MANDADO CUMPRIDO
Data:
17/05/2022 15:20:04
Usuário:
RODRIGO.RACHADEL - RODRIGO TARGINO RACHADEL
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
50
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 50, FOTO2, Página 1
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 3
Tipo documento:
FOTO
Evento:
JUNTADA DE MANDADO CUMPRIDO
Data:
17/05/2022 15:20:04
Usuário:
RODRIGO.RACHADEL - RODRIGO TARGINO RACHADEL
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
50
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 50, FOTO3, Página 1
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 4
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
JUNTADA DE MANDADO CUMPRIDO
Data:
17/05/2022 15:20:04
Usuário:
RODRIGO.RACHADEL - RODRIGO TARGINO RACHADEL
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
50
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 50, CERT4, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Central de Mandados - São José
AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO Nº 5006601-27.2022.8.24.0064/SC
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
RÉU: ALLAN JONES MORAES FUNES
CERTIDÃO
¹ Com fulcro nos cuidados que estão sendo observados em todo o território nacional nesse período de pandemia da doença
provocada pelo COVID-19 (coronavírus), orienta-se o primeiro grau de jurisdição a atuar em consonância com as seguintes
ponderações: [...]
(III) procedimento para as exceções: o ato deverá ser feito, regra geral, por videoconferência / forma virtual / meio não
presencial;
Outrossim, igualmente de acordo com o conteúdo exarado no parecer e na decisão pertinentes, importa destacar, na medida
do possível:
(I) a viabilidade, acaso assim entenda o(a) magistrado(a) e sempre em atenção à preservação da essência do ato, da utilização
de meios alternativos (à distância) de comunicação dos atos processuais, com destaque ao aplicativo WhatsApp, ao e-mail e à
ligação telefônica, respeitadas as orientações incidentes; [...]
² Considerando a regra geral de cumprimento remoto dos atos processuais no período de pandemia vivenciado - a ser
igualmente observada, inclusive, quando houver o retorno gradual das atividades presenciais -, bem como os argumentos
jurídicos devidamente expostos no parecer do Juiz Corregedor do Núcleo II - Estudos, Planejamentos e Projetos desta
Corregedoria-Geral da Justiça, são apresentadas, ao Primeiro Grau de Jurisdição, as seguintes orientações: [...]
(a) esfera de aplicação da Circular n. 76/2020-CGJ: a partir da emissão da presente Circular n. 222/2020-CGJ, aquela que lhe
precede (n. 76/2020) será observada, somente, para fins de intimações e demais notificações processuais; [...]
Oficial de Justiça
5006601-27.2022.8.24.0064 310027859297 .V1 rodrigo_rachadel© rodrigo_rachadel
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS
Evento:
JUNTADA DE CERTIDÃO
Data:
25/05/2022 12:19:49
Usuário:
BRUNALIMA - BRUNA RENATA LIMA ALVES
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
52
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 52, CERTANTCRIM1, Página 1
Certifico que, até a presente data, nos registros da base de dados de Processos em Andamento, com relação a:
_____________________________________________
(carimbo e Assinatura)
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
TERMO DE AUDIÊNCIA
Evento:
DETERMINADA A INTIMAÇÃO
Data:
03/06/2022 17:27:58
Usuário:
BIANCA.FIGUEIREDO - BIANCA FERNANDES FIGUEIREDO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
58
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 58, TERMOAUD1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de São José
Domingos André Zanini, 380 - Bairro: Barreiros - CEP: 88117200 - Fone: (48) 3287-5291 - Email:
saojose.juizadocriminal@tjsc.jus.br
TERMO DE AUDIÊNCIA
Na forma do art. 400 do CPP, foram tomadas as declarações da vítima, acompanhada pelo
assistente judiciário acima designado, nos moldes do art. 27 da LMP, e ouvidas as testemunhas
arroladas.
Ao final, ciente das acusações, o acusado foi interrogado e exerceu o direito constitucional ao
silêncio.
Instadas a manifestarem-se sobre o disposto no art. 402 do CPP, as partes informaram que não
possuem diligências a requerer, estando satisfeitas com a prova produzida.
Na sequência, o Ministério Público apresentou alegações finais orais. Por outro lado, o
Assistente de acusação e a Defesa pediram prazo para ofertá-las por memoriais.
A audiência foi registrada em meio audiovisual, nos termos do art. 241-A do Código de Normas
da Corregedoria Geral da Justiça, incluído pelo Provimento 20, de 07 de agosto de 2009,
destinando-se a gravação única e exclusivamente para instrução processual, sendo
expressamente vedada a sua utilização ou divulgação por qualquer meio, punida na forma da Lei
(art. 20 da Lei n. 10.406/2002), ex vi do art. 241-C da mesma normativa.
Ao final da audiência pela MMa. Juíza foi dito: "Vistos etc. I. Fica o Assistente de acusação e
a Defesa intimados para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar suas alegações
finais por meio de memoriais, iniciando pelo primeiro. II. Após, venham os autos
conclusos para sentença. III. Presentes intimados." E, para constar, foi determinada a
lavratura do presente termo. Eu, Vitória Fagundes, o digitei, e eu, Grace da Silva Machado,
Chefe do Cartório, o conferi e subscrevi.
Documento eletrônico assinado por BIANCA FERNANDES FIGUEIREDO, Juíza Substituta, na forma do artigo 1º, inciso
III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310028653865v7 e do código CRC 07838c75.
5006601-27.2022.8.24.0064 310028653865 .V7
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 58, TERMOAUD1, Página 2
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Documento 1
Tipo documento:
VÍDEO
Evento:
JUNTADA DE ÁUDIO/VÍDEO DA AUDIÊNCIA
Data:
03/06/2022 17:42:38
Usuário:
VITORIAF - VITORIA FAGUNDES
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
59
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Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS
Evento:
JUNTADA DE PEÇAS DIGITALIZADAS
Data:
07/06/2022 12:32:17
Usuário:
GRACESM - GRACE DA SILVA MACHADO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
61
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 61, CERTANTCRIM1, Página 1
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Documento 1
Tipo documento:
ALEGAÇÕES FINAIS
Evento:
ALEGAÇÕES FINAIS - REFER. AO EVENTO: 60
Data:
15/06/2022 16:16:29
Usuário:
SC055154 - EDUARDO DA ROCHA DANIEL
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
63
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 63, ALEGAÇÕES1, Página 1
I – FATOS
Allan Jones Moraes Funes foi denunciado por ter cometido os crimes previstos
nos artigos 129, § 13 e 163, parágrafo único, inciso I, ambos do Código Penal, nos mol -
des do art. 7º, incisos I e II, da Lei nº 11.340/06, sendo preso em flagrante no dia
02/04/2022, convertendo-se a prisão em flagrante em preventiva.
Narra a denúncia que no dia 02 de abril de 2022 o denunciado Allan Jones Mo-
raes Funes, durante discussão a que deu causa, agrediu fisicamente a vítima Geisa Nu -
nes Moraes Funes, ao empurra-la, joga-la no chão, rasgar suas roupas e desferir socos
em seu rosto, nuca e partes íntimas, causando-lhe as lesões corporais. Na mesma ocasi-
ão, o denunciado Allan Jones Moraes Funes, munido com um canivete, mediante ameaça
de que faria mal à vítima Geisa Nunes Moraes Funes, pois afirmou que ia "fincar-lhe" refe -
rido objeto, danificou as roupas da vítima.
A denúncia foi recebida pelo juízo no dia 05/04/2022.
Após, foi apresentada a resposta à acusação (Evento 16).
Realizada a Audiência de Instrução e Julgamento, foram ouvidas a vítima e
duas testemunhas de acusação. Ao final, realizou-se o interrogatório do acusado.
O Ministério Público apresentou alegações finais orais em audiência, requeren-
do a total procedência da denúncia.
____________________________________________________________________________________
E-mail: eduardo_rocha_daniel@hotmail.com – Telefone: (48) 9 9904-1456
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 63, ALEGAÇÕES1, Página 2
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
1. DO CRIME DE LESÃO CORPORAL
A materialidade e autoria do delito estão devidamente comprovados nos autos
do Inquérito Policial e ratificados em Audiência de Instrução e Julgamento.
Conforme se observa a vítima até a data de hoje está extremamente abalada.
Ao relatar os fatos ocorridos demonstra temor que o réu venha a cometer novamente ou -
tro crime contra ela.
Além disso, a vítima narra de forma coerente os fatos e as agressões sofridas.
Conforme o seu relato, em Audiência de Instrução e Julgamento, o acusado agrediu ela
jogando-a ao chão, desferindo socos em seu rosto, nuca e partes íntimas.
Destaca-se que os socos desferidos pelo réu foram devidamente comprovados
por meio de laudo pericial, bem como com as fotos juntadas aos autos (evento 1).
Além do mais, os relatos da vítima demonstram a agressividade que o réu pra-
ticou as condutas contra a vítima que estava indefesa.
Soma-se a isso o fato dos relatos dos Policiais Militares que confirmaram as in-
formações de que teriam ocorrido as agressões.
Ainda, o relato em juízo do Policial Militar Jean também traz a informação de
que a mãe do réu confirmou que as agressões já ocorreram outras vezes, não sendo a
primeira vez que o réu agrediu a vítima.
Assim, considerando que a violência se deu no contexto de violência doméstica
e familiar, bem como ficou demonstrado pelos relatos da vítima o menosprezo à condição
de mulher diante das falas e atitudes do réu, requer a condenação do réu pelo art. 129, §
13º, do Código Penal.
____________________________________________________________________________________
E-mail: eduardo_rocha_daniel@hotmail.com – Telefone: (48) 9 9904-1456
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 63, ALEGAÇÕES1, Página 3
Eventos 58-59), tendo, assim, evidente prejuízo financeiro com a destruição do seu patri -
mônio.
Ademais, as fotos juntadas (evento 1) comprovam o dano causado as roupas
da vítima, que em um ato de humilhação e desrespeito foram destruídas pelo réu.
Assim, os relatos e as fotos juntadas aos autos comprovam que existiu o dano
ao patrimônio da vítima. Ainda, o dano é qualificado pela ameaça, pos conforme relato da
vítima, munido com um canivete o réu ameaçou fincar-lhe o objeto e, ato seguinte, e des-
truiu as suas roupas, inclusive as roupas que estavam em seu corpo.
Diante do exposto, requer a condenação do réu pelo art. 163, parágrafo único,
inciso I, do Código Penal, tendo em vista o dano ao patrimônio da vítima que teve todas
as suas roupas destruídas pelo réu.
“Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvol-
vimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, cren -
ças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer
outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação”.
Narra a denúncia que o réu agrediu fisicamente a vítima Geisa Nunes Moraes
Funes, ao empurra-la, joga-la ao chão, rasgar suas roupas e desferir socos em seu rosto,
nuca e partes íntimas.
A vítima narrou em seu depoimento em juízo que o réu visando humilhá-la
agrediu batendo em suas partes íntimas. Além disso, rasgou sua roupa e realizou
diversas ameaças. Narrou, ainda, as ridicularizações feitas pelo réu que afirmou que
ninguém iria querer ela, entre outras humilhações. Os relatos também trazem aos autos
os atos de controle e obsessividade do réu para com a vítima.
Assim, se o soco que o réu proferiu no rosto da vítima visava ofender a
integridade física dela, o tapa que o acusado deu em suas partes íntimas visava humilhá-
la.
____________________________________________________________________________________
E-mail: eduardo_rocha_daniel@hotmail.com – Telefone: (48) 9 9904-1456
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 63, ALEGAÇÕES1, Página 4
Além do mais, ao rasgar as roupas que estavam em seu corpo, bem como a
ridicularização feita pelo réu, comprovam a intenção dele de, além de lesionar a vítima,
causar dano ao patrimônio, humilhá-la e causar ridicularização, configurando o tipo penal
previsto no art. 147-B do Código Penal.
Outrossim, os relatos da vítima em audiência de Instrução e Julgamento
demonstram o dano emocional que ela sofreu, pois, mesmo após meses, ainda
demonstra estar extremamente abalada emocionalmente.
Diante do exposto, requer a condenação do réu pelo delito previsto no art. 147-
B do Código Penal, tendo em vista a violência psicológica que a vítima sofreu com os atos
de humilhação e sofrimento causados pelo réu.
2. Das agravantes
Inicialmente, requer a aplicação da agravante da reincidência, conforme ficou
comprovado na certidão de antecedentes criminais do réu.
____________________________________________________________________________________
E-mail: eduardo_rocha_daniel@hotmail.com – Telefone: (48) 9 9904-1456
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 63, ALEGAÇÕES1, Página 5
No mais, requer a aplicação das agravantes previstas no art. 61, inciso II,
alíneas “e” e “f”, pois o crime foi cometido contra o cônjuge, bem como prevalecendo-se
de relações domésticas e com violência contra a mulher na forma da lei específica.
____________________________________________________________________________________
E-mail: eduardo_rocha_daniel@hotmail.com – Telefone: (48) 9 9904-1456
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 63, ALEGAÇÕES1, Página 6
V – REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer o recebimento da presente peça, bem como:
a) a condenação do réu Allan Jones Moraes Funes pelos crimes previstos nos
artigos 129, § 13º, 147-B, 163, parágrafo único, inciso I, todos do Código Penal, nos
moldes do art. 7º, incisos I e II, da Lei Maria da Penha.
b) a exasperação da pena base diante da circunstância, motivos e
consequências do crime serem desfavoráveis ao réu, pois, o crime foi cometido na
presença dos filhos da vítima, por motivos de o réu ter ciúmes da vítima, bem como diante
das consequências do delito fundada nos abalos psicológicos e nas dores intensas da
vítima, conforme ficou demonstrado nos autos, em especial em seu depoimento em juízo.
c) a aplicação da agravante da reincidência e das agravantes previstas no art.
61, inciso II, alíneas “e” e “f”, pois o crime foi cometido contra o cônjuge, bem como
prevalecendo-se de relações domésticas e com violência contra a mulher na forma da lei
específica.
d) a aplicação do regime inicial fechado, diante da reincidência do réu e as
circunstâncias judiciais desfavoráveis.
e) a fixação de valor mínimo para a compensação do dano moral e material
sofrido pela vítima.
f) a fixação dos honorários advocatícios para este Defensor dativo que atuou
neste processo em favor da vítima.
Nesses termos,
Requer deferimento.
____________________________________________________________________________________
E-mail: eduardo_rocha_daniel@hotmail.com – Telefone: (48) 9 9904-1456
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
ALEGAÇÕES FINAIS
Evento:
ALEGAÇÕES FINAIS - REFER. AO EVENTO: 64
Data:
27/06/2022 09:48:28
Usuário:
SC064553 - GALILEU BROERING
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
66
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 66, ALEGAÇÕES1, Página 1
Autos nº 5006601-27.2022.8.24.0064
Allan Jones Moraes Funes, já qualificado nos autos, devidamente assistido por seu
defensor dativo, vem apresentar alegações finais por memoriais, conforme artigo 403, §
3º, do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
Relato processual
O réu foi denunciado pelos crimes previstos nos artigos 129, § 13 e 163,
parágrafo único, inciso I, ambos do Código Penal.
Direito
Nos laudos consta que há ofensa à integridade corporal das duas partes, tanto
Geisa, quanto Allan. E dos relatos de ambos, não é possível saber como começou a
briga, pois os dois vão em sentidos opostos.
Soma-se a isso que as únicas testemunhas policiais não souberam dizer como de
fato ocorreram os fatos, uma vez que quando chegaram a porta estava trancada.
A mãe de Allan estava na casa e era a única testemunha que poderia dizer o que
realmente aconteceu. Segundo o policial ela disse apenas que as brigas entre o casal
eram frequentes, sendo que ela sequer foi levada para a Delegacia para prestar
depoimento.
Desta forma, há uma incerteza sobre como realmente deram-se os fatos, já que
ambos detinham lesões corporais de ordem mecânica, maneira pela qual não se sabe
quem estava de fato se defendendo e quem estava sendo atacado.
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 66, ALEGAÇÕES1, Página 2
Não se olvida que a palavra da vítima merece ser ouvida, porém não houve
nenhum outro testemunho que corrobore o que por ela foi dito. Os policiais não viram
os fatos, o réu disse que ela o prendeu dentro de casa e que ele estaria se defendendo,
ao passo que a terceira pessoa que estava em casa disse que as brigas eram recorrentes.
Assim, haveria incerteza em uma eventual condenação do réu pelo crime de lesão
corporal.
Ao passo que neste mesmo viés não se sabe como ocorreram os eventuais danos
às roupas que teriam sido rasgadas, já que os policiais não viram o acusado com a faca
à qual teria sido usada para rasgar as vestimentas. O policial Gean sequer lembrava
como a faca havia sido levada para a delegacia.
Assim, pede-se que o pedido para condenação do acusado pelo crime do art.
147-B, do CP, não seja sequer recebido, haja vista total incongruência com o momento
processual, como também com a atribuição do assistente de acusação.
Pedidos
Pede a absolvição do acusado pelo in dubio pro reo, conforme art. 386, inc. VI e
VII, uma vez que não há provas que sustentem a versão apresentada pelo Ministério
Público. Ademais, requer que o pedido para condenação pelo art. 147-B, do CP, não seja
recebido, e se recebido, seja aberto prazo para manifestação e data para nova audiência
de instrução e julgamento.
Caso a absolvição pelo in dubio pro reo não seja o entendimento deste Juízo, de
maneira subsidiária, requer a absolvição imprópria (art. 386, inc. III, do CPP), uma vez
que o acusado é portador de esquizofrenia paranoide e não havia tomado nenhum de
seus remédios no dia dos acontecimentos, de maneira que, conforme o relato do policial
Gean, o acusado estava alterado, nervoso e ofegante. Com a absolvição imprópria pede-
se que sejam aplicadas medidas de segurança ao réu, que visem tanto à proteção da
suposta vítima, quanto a sua proteção em virtude de seu quadro psiquiátrico.
Por fim, se este não for o entendimento do Juízo, pede-se que as penas sejam
aplicadas no mínimo legal, bem como seja aplicada a atenuante inominada (art. 66, CP),
uma vez que o acusado é portador de esquizofrenia paranoide que o faz sofrer de
diversos abalos psíquicos dificultando demasiadamente sua convivência em sociedade.
Uma condenação dificultaria ainda mais sua convivência no seio da sociedade.
Galileu Broering
OAB/SC 64.553
1
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de
prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público
deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo
em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente. § 1o Não procedendo o órgão do
Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. § 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5
(cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação
da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. §
3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. § 4o Havendo aditamento, cada parte
poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do
aditamento. § 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.
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Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Data:
29/06/2022 14:58:07
Usuário:
LILIANTELLES - LILIAN TELLES DE SA VIEIRA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
69
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 69, DESPADEC1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de São José
Domingos André Zanini, 380 - Bairro: Barreiros - CEP: 88117200 - Fone: (48) 3287-5291 - Email:
saojose.juizadocriminal@tjsc.jus.br
DESPACHO/DECISÃO
Por sua vez, a defesa do acusado também apresentou as suas alegações finais. Em
resumo, além de sustentar acerca da insuficiência probatória, argumentou que o acusado é
portador de esquizofrenia paranóide e que não havia feito uso dos seus medicamentos no dia do
episódio, razão pela qual rogou pela absolvição imprópria do réu, com a adoção de medidas de
segurança (evento 66).
É o breve relato.
DECIDO.
Não obstante articulado e compreensivo acerca das acusações, o réu, desde a sua
prisão em flagrante, seja perante a autoridade policial (auto de prisão em flagrante) e judiciária
(audiência de custódia), reverberou que fazia tratamento psiquiátrico, era portador de
esquizofrenia paranóide e bipolaridade afetiva e que havia sido submetido a várias internações
no Instituto Psiquiátrico São José. Inclusive, na audiência de custódia, pontuou que não havia
feito uso da medicação controlada no dia dos fatos, o que teria acarretado na sua alteração de
humor (evento 1 - VÍDEO7; evento 12 - VÍDEO2, autos apensos n. 5006475-74.2022.8.24.0064).
Em juízo, o acusado reservou-se a dizer que, no dia do episódio, não havia feito uso de
seus medicamentos e, por isso, enfrentou surto psicótico (eventos 58 e 59), o que culminou com
o pleito de absolvição imprópria formulado pela defesa (evento 66).
Ex officio, por haver fundada dúvida a respeito da integridade mental do réu, reabro
a instrução criminal e, por consequência, determino a instauração de incidente
de insanidade mental do acusado, nos termos do art. 149 do Código de Processo Penal.
Em prol dos interesses do acusado, designo como seu curador o advogado Galileu
Broering - OAB/SC n. 64.553, que deverá declarar acerca da aceitação do múnus e,
querendo, indicar quesitos e apresentar documentação clínica correlata ao acusado, se assim
entender necessário.
Com urgência, até por se tratar de réu preso, oficie-se ao Hospital de Custódia e
Tratamento Psiquiátrico (HCTP) para que designe dia e data para realização do exame.
A propósito, dispõe o Código de Processo Penal, com redação dada pela Lei n.
13.964/2019:
"Art. 316.
[....]
Insta rememorar que o acusado foi preso em flagrante delito no dia 02/04/2022,
sendo que a respectiva prisão restou convertida em preventiva em sede de audiência de custódia
(evento 12 - TERMOAUD1, autos n. 5006475-74.2022.8.24.0064).
Intimem-se.
Documento eletrônico assinado por LILIAN TELLES DE SA VIEIRA, Juíza de Direito, na forma do artigo 1º, inciso III, da
Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
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5006601-27.2022.8.24.0064 310029774923 .V26
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Documento 1
Tipo documento:
PETIÇÃO
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 70
Data:
04/07/2022 22:12:45
Usuário:
SC064553 - GALILEU BROERING
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
80
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 80, PET1, Página 1
Autos nº 5006601-27.2022.8.24.0064
Allan Jones Moraes Funes, já qualificado nos autos, vem por meio de seu
advogado dativo, apresentar resposta à decisão interlocutória de evento 69.
Galileu Broering
OAB/SC 64.553
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Documento 1
Tipo documento:
OFÍCIO
Evento:
JUNTADA DE CERTIDÃO - TRASLADO DE PEÇAS DO PROCESSO
Data:
05/07/2022 19:43:29
Usuário:
GRACESM - GRACE DA SILVA MACHADO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
81
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 81, OFIC1, Página 1
Documento 1
Tipo documento:
OFÍCIO
Evento:
PETIÇÃO
Data:
04/07/2022 17:50:40
Usuário.:
UEX05999239974 - LUIZA CAROLINE FERRAZZA DIAS ANTUNES - UNIDADE EXTERNA.
Processo:
5006475-74.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
57
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064,
5006475-74.2022.8.24.0064/SC,
Evento
Evento
81, 57,
OFIC1,
OFIC1,
Página
Página
2 1
Respeitosamente,
(assinatura digital)
Guilherme Soares
Mat 957.061-6-03
Setor Jurídico HCTP
Documento 1
Tipo documento:
INFORMAÇÃO
Evento:
EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO
Data:
06/07/2022 13:23:01
Usuário:
LILIANTELLES - LILIAN TELLES DE SA VIEIRA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
85
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 85, INF1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de São José
Domingos André Zanini, 380 - Bairro: Barreiros - CEP: 88117200 - Fone: (48) 3287-5291 - Email:
saojose.juizadocriminal@tjsc.jus.br
a) Identificação do periciado:
b) Quesitos do Juízo:
Documento eletrônico assinado por LILIAN TELLES DE SA VIEIRA, Juíza de Direito, na forma do artigo 1º, inciso III, da
Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310030106954v2 e do código CRC e379ca55.
5006601-27.2022.8.24.0064 310030106954 .V2
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Documento 1
Tipo documento:
PARECER/PROMOÇÃO/MANIFESTAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 83
Data:
06/07/2022 15:43:15
Usuário:
WS-MPSIG - WS-MPSIG - USUARIO DE INTEGRACAO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
87
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 87, PROMOÇÃO1, Página 1
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª Promotoria de Justiça da Comarca de São José
Autos nº 5006601-27.2022.8.24.0064
SIG nº 08.2022.00120805-3
[assinado digitalmente]
LUCIANA ROSA
Promotora de Justiça
______________________________________________________________________________________________________________________
Rua Manoel Loureiro, nº 1808 - Ed. Mercury - Bairro Barreiros - CEP: 88.117-331 - São José/SC - Telefone: 48 3288-4513 e 3288-4565
saojose13pj@mpsc.mp.br
1-1
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Documento 1
Tipo documento:
OFÍCIO
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 73
Data:
11/07/2022 15:17:30
Usuário:
UEX07106004960 - ISABELA DA CUNHA BRONAUT
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
92
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 92, OFIC1, Página 1
Respeitosamente,
(assinatura digital)
Guilherme Soares
Mat 957.061-6-03
Setor Jurídico HCTP
Documento 1
Tipo documento:
LAUDO
Evento:
PETIÇÃO
Data:
11/08/2022 13:50:02
Usuário:
UEX07106004960 - ISABELA DA CUNHA BRONAUT
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
105
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 1
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 2
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 3
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 4
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 5
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 6
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 7
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 8
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 9
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 105, LAUDO1, Página 10
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Documento 1
Tipo documento:
PARECER/PROMOÇÃO/MANIFESTAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 106
Data:
11/08/2022 18:45:21
Usuário:
WS-MPSIG - WS-MPSIG - USUARIO DE INTEGRACAO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
108
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 108, PROMOÇÃO1, Página 1
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª Promotoria de Justiça da Comarca de São José
Autos nº 5006601-27.2022.8.24.0064
SIG nº 08.2022.00120805-3
[assinado digitalmente]
LUCIANA ROSA
Promotora de Justiça
______________________________________________________________________________________________________________________
Rua Manoel Loureiro, nº 1808 - Ed. Mercury - Bairro Barreiros - CEP: 88.117-331 - São José/SC - Telefone: 48 3288-4513 e 3288-4565
saojose13pj@mpsc.mp.br
1-1
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Documento 1
Tipo documento:
PETIÇÃO
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 110
Data:
22/08/2022 01:09:21
Usuário:
SC055154 - EDUARDO DA ROCHA DANIEL
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
112
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 112, PET1, Página 1
Ciente do laudo de sanidade mental juntado aos autos no evento 105, requer a
continuidade do feito com a procedência da denúncia e a ratificação das alegações finais
já apresentadas, com a devida condenação do acusado, tendo em vista que ele era intei -
ramente capaz de entender o caráter ilícito dos seus atos à época dos fatos.
Nesses termos,
Requer deferimento.
____________________________________________________________________________________
E-mail: eduardo_rocha_daniel@hotmail.com – Telefone: (48) 9 9904-1456
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Documento 1
Tipo documento:
ALEGAÇÕES FINAIS
Evento:
ALEGAÇÕES FINAIS - REFER. AO EVENTO: 109
Data:
29/08/2022 18:02:53
Usuário:
SC064553 - GALILEU BROERING
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
114
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 114, ALEGAÇÕES1, Página 1
Autos nº 5006601-27.2022.8.24.0064
Allan Jones Moraes Funes, já qualificado nos autos, devidamente assistido por seu
defensor dativo, vem apresentar alegações finais.
O réu foi denunciado pelos crimes previstos nos artigos 129, § 13 e 163,
parágrafo único, inciso I, ambos do Código Penal.
Reaberta a instrução para que fosse feito laudo no Acusado, voltam os autos para
alegações finais.
O perito chega à conclusão em seu laudo que há ofensa à integridade física das
duas partes, tanto Geisa, quanto Allan. Ao passo que tanto na oitiva da fase policial,
quanto na audiência de instrução não fica claro como começou a briga, pois ambos os
relatos vão em sentidos opostos.
A mãe de Allan, única testemunha que estava na casa e que poderia dizer como
realmente ocorreram os fatos naquela noite, não foi levada à delegacia, nem prestou
depoimento em Juízo. Desta forma, não se sabe quem de fato iniciou a briga ou quem
estava de fato se defendendo ou atacando.
Noutro limiar, não se foge ao ponto de que a palavra da vítima merece ser ouvida,
nada obstante a isso nenhum outro testemunho corroborou junto ao dela. Os policiais
não viram os fatos, o réu disse que foi preso dentro de casa e agredido por ela, enquanto
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 114, ALEGAÇÕES1, Página 2
a terceira pessoa que estava na casa não testemunhou nada. Acerca da mãe do acusado
que estava dentro da casa no momento dos fatos, os policiais apenas testemunharam
que ela disse que as brigas eram recorrentes.
Ou seja, ninguém corroborou com o roteiro narrado pela suposta vítima, de modo
que há grande insegurança acerca dos fatos descritos na denúncia.
O policial Gean testemunhou em Juízo que sequer lembrava ou sabia como a faca
havia sido levada para a delegacia, porquanto ele não viu o objeto quando adentrou na
casa.
Nada obstante a isso, este pedido veio após a fase de instrução e julgamento,
com a consequente inovação da denúncia, com a impossibilidade de defesa do Acusado.
A defesa não foge ao ponto de que a instrução foi reaberta pelo Juízo, entretanto
foi reaberta para avaliar a condição psíquica do Acusado. E quando aberto prazo ao
assistente para manifestar-se nada foi dito.
Naquela ocasião, poderia o assistente ter feito pedido para nova oitiva de
testemunhas ou exame psiquiátrico na vítima para aferir eventual dano psicológico
sofrido. Porém, nada foi dito ou levantado pelo assistente de acusação.
Logo, não há como o presente pedido pela condenação por violência psicológica
ser recebido, uma vez que foi feito fora do momento processual adequado, assim como
com a atribuição do assistente de acusação, ao qual não cabe inovar, nem aditar a
denúncia.
Pedidos
Pede a defesa pela absolvição do acusado com base no in dubio pro reo, de
acordo com o art. 386, inc. VI e VII, do CPP, haja vista que não há provas que sustentem
a versão apresentada pelo Ministério Público.
Além disso, requer que o pedido para condenação pelo art. 147-B, do CP, não
seja recebido, e caso recebido, seja aberto prazo para manifestação e data para nova
audiência de instrução e julgamento1.
Caso recebido e levado ao julgamento, pede pela absolvição do réu, por falta de
materialidade que indique que tenha havido dano psicológico à suposta vítima.
Por fim, caso o Juízo entenda pela condenação, pede-se que sejam aplicadas as
penas no mínimo legal, bem como seja aplicada a atenuante inominada (art. 66, CP),
uma vez que o acusado levanta o ponto de que é portador de esquizofrenia paranoide
que o faz sofrer de diversos abalos psíquicos dificultando demasiadamente sua
1
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em
conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida
na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em
virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o
aditamento, quando feito oralmente. § 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento,
aplica-se o art. 28 deste Código. § 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido
o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da
audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e
julgamento. § 3º Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. § 4o Havendo
aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz,
na sentença, adstrito aos termos do aditamento. § 5º Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 114, ALEGAÇÕES1, Página 4
Galileu Broering
OAB/SC 64.553
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Documento 1
Tipo documento:
SENTENÇA
Evento:
JULGADO PROCEDENTE O PEDIDO - CONDENATÓRIA
Data:
06/09/2022 12:01:35
Usuário:
TIANE - TIANE LOHN MARIOT
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
116
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 116, SENT1, Página 1
SENTENÇA
I. RELATÓRIO
Citado (evento 9), o réu, por intermédio de defensor dativo (evento 13), ofertou
resposta à acusação (evento 16).
Ocorre que, no dia 02 de abril de 2022, por volta das 14h40min, na residência
conjugal, situada na Rua Maria Manchen de Souza, nº 387, apartamento nº 402,
Bairro Kobrasol, nesta cidade, o denunciado Allan Jones Moraes Funes, durante
discussão a que deu causa, agrediu fisicamente a vítima Geisa Nunes Moraes Funes,
ao empurra-la, joga-la no chão, rasgar suas roupas e desferir socos em seu rosto,
nuca e partes íntimas.
Assim agindo o denunciado Allan Jones Moraes Funes ofendeu a integridade corporal
e saúde da vítima Geisa Nunes Moraes Funes, causando-lhe as lesões corporais de
natureza leve demonstradas nos registros fotográficos acostados no evento 1 destes
autos e descritos no laudo pericial nº 2022.21.002273.22.002-00 (evento 50 – doc. 27
– autos nº 5006475-74.2022.8.24.0064), quais sejam, "equimoses violáceas
digitiformes em ambos os antebraços; escoriação no cotovelo direito; equimose
vermelha violácea na região mandibular esquerda (hemiface esquerda)".
Na mesma ocasião, ou seja, no dia 02 de abril de 2022, por volta das 14h40min, na
residência conjugal, situada na Rua Maria Manchen de Souza, nº 387, apartamento nº
402, Bairro Kobrasol, nesta cidade, o denunciado Allan Jones Moraes Funes, munido
com um canivete (auto de exibição e apreensão – fl. 13 – evento 1 – autos nº 5006475-
74.2022.8.24.0064), mediante ameaça de que faria mal à vítima Geisa Nunes Moraes
Funes, pois afirmou que ia "fincar-lhe" referido objeto, danificou as roupas que ela
vestia, conforme demonstrado nos registros fotográficos anexos.
Evoluindo à marcha processual, por não restar vislumbrada nenhuma das hipóteses
de absolvição sumária (art. 397, CPP), designou-se data para realização de audiência de
instrução e julgamento (evento 35).
Por sua vez, a defesa do acusado também apresentou as suas alegações finais. Em
síntese, argumentou que não existem provas suficientes para a prolação de um édito
condenatório, razão pela qual pleiteou a absolvição do réu a teor do disposto no art. 386, inciso
VII, do Código de Processo Penal, com supedâneo no princípio do in dubio pro reo. Outrossim,
suscitou que o réu não era capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta, tendo em vista
que é portador de esquizofrenia paranoide e que não havia feito uso de seus medicamentos no
dia dos acontecimentos. Nessa perspectiva, requereu a absolvição imprópria do acusado, com a
imposição de medidas de segurança, nos termos do art. 386, inciso VI, do Código de Processo
Penal. Em pleito sucessivo, postulou a defesa o reconhecimento da circunstância atenuante
inominada (art. 66, Código Penal), uma vez que o acusado é portador de doença psiquiátrica e
eventual condenação penal dificultaria ainda mais sua convivência no meio social (evento 66).
É o breve relato.
Decido.
II. FUNDAMENTAÇÃO
De início, cabe explicitar que a Lei n. 14.188/21, vigente desde 28/07/2021, incluiu o
§ 13 no art. 129 do Código Penal, criando nova circunstância qualificadora, que objetiva, de
forma específica, coibir a violência de gênero contra a mulher.
[...].
Sob o crivo do contraditório, a vítima Geisa Nunes Moraes Funes aduziu que é casada
com o acusado, desde 2010, e tem 02 (dois) filhos com o réu. Relatou que, ao tempo do ocorrido,
o acusado passou a semana inteira telefonando para seu trabalho e dizia que rasgaria suas
roupas caso a vítima não fosse para casa dormir com ele. Em casa, colocou o colchão no quarto
dos seus filhos e dormiu ao chão. Pontuou que, no sábado, o acusado a procurou novamente,
puxou a vítima pelos pés, quando disse a ela que deveria ir para o quarto com ele, tendo
asseverado ao réu que "não queria mais". Passou a procurar um imóvel para alugar, mas teve
dificuldade por conta de seu salário e inaceitação de crianças. Afirmou que foi para a sala de sua
casa, momento em que o acusado desferiu um tapa em suas partes íntimas e falou que ninguém
iria querer a vítima. No corredor da casa, o réu rasgou a blusa que estava usando e a empurrou,
quando caiu ao chão. Pontuou que o acusado estava "arregalado" olhando-a. Correu em direção
ao quarto da mãe do acusado, momento em que ele, na porta do banheiro, efetuou 03 (três)
socos na vítima, 02 (dois) na "parte detrás" e outro no lado do seu queixo. Acionou a força
policial, até porque seus filhos estavam "apavorados". Disse que o acusado rasgou todas as suas
roupas e ficou apenas com uma calça. Esclareceu que a roupa que estava usando o réu rasgou
com a mão ("de fora a fora") ("ficou nua"), e as demais roupas o acusado rasgou com um
canivete. Destacou que o acusado, no momento em que estava com o canivete em mãos,
insinuou que "fincaria" a arma na vítima. Fez exame de corpo de delito e pontuou que a lesão na
região mandibular foi proveniente do soco que sofreu no rosto e a lesão no cotovelo aconteceu
quando caiu ao chão. Comentou que suportou agressão física pretérita. Explicitou que o acusado
rasgou praticamente todas as suas roupas e que apenas ficou com uma calça. Articulou que está
muito abalada psicologicamente. Também destacou que o acusado tem ciúmes da vítima.
Explicou que foi a vítima que chamou a força policial. Aduziu que o acusado "quebrou a chave na
porta" e estava com uma "faquinha" na mão, de modo que passou a gritar, quando o acusado
pediu para que ficasse quieta com a arma branca na mão. Disse que os policiais esperaram o
chaveiro abrir a porta para que pudessem entrar na casa. Aludiu que tem medo de que o
acusado "possa fazer alguma coisa". Apenas tomou conhecimento de que o acusado é portador
de patologia psiquiátrica no ano de 2014, quando o acusado enfrentou um surto psicótico
(Sistema Audiovisual de Gravação - eventos 58 e 59).
O policial militar Jean Carlos Adriano afirmou que foram acionados para atender uma
ocorrência e, no local (um apartamento), tomaram ciência de que o acusado teria agredido a
vítima, que apresentava ter lesões e estava com as suas roupas rasgadas. Pontuou que o acusado
cortou as roupas das vítimas. Não lembrou em que região do corpo a vítima estava lesionada.
Explicitou que o acusado havia quebrado a chave da porta que dá acesso à casa, ao passo que foi
chamado um chaveiro para abrir a porta. Disse que a vítima estava nervosa. Confirmou que a
vítima estava lesionada. Comentou que a mãe do acusado chegou a ventilar que o episódio já
teria acontecido em outras oportunidades. Anotou que o acusado estava com o estado de ânimo
"um pouco alterado", nervoso, ofegante e falando rápido (Sistema Audiovisual de Gravação -
eventos 58 e 59).
No mesmo diapasão, o policial militar Leandro Nunes asseverou que foram acionado
para atender uma ocorrência de violência doméstica. No local, mediante acesso pelo porteiro ao
apartamento, identificaram a porta trancada e mantiveram contato verbal com a vítima e
acusado. Disse que a chave havia sido quebrada no tambor da fechadura e que já havia sido feito
contato com o chaveiro, que abriu a porta. Afirmou que a vítima estava machucada no rosto,
tendo ela asseverado que o réu havia lhe agredido. Conversaram com o réu e efetuaram a sua
prisão em flagrante. Abordou a vítima aos policiais que as suas roupas teriam sido rasgadas pelo
acusado. Segundo a vítima, o réu teria utilizado uma faca para rasgar as roupas e que o acusado
teria ameaçado a ofendida. Abordou que, num primeiro momento, não conseguiram apreender a
faca, porque teria o acusado escondido o instrumento. Salientou que a vítima estava bastante
nervosa e chorosa. Lembrou que precisou pedir à vítima para trocar a roupa rasgada, tendo em
vista que ela também teria de ir à delegacia. Anotou que o réu atendeu às ordens dos policiais e
comentou que precisava fazer uso de remédios (Sistema Audiovisual de Gravação - eventos 58 e
59).
De sua vez, o réu, em seu interrogatório judicial, exerceu o seu direito constitucional
ao silêncio. Apenas reverberou que é paciente psiquiátrico e que, no dia do episódio, não fez uso
de seus medicamentos (Sistema Audiovisual de Gravação - eventos 58 e 59).
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 116, SENT1, Página 4
Como se vê, as palavras da vítima são firmes a apontar que foi agredida fisicamente
pelo acusado. Aliás, é relevante gizar, no caso em espécie, que as palavras da vítima detém
especial relevância para fundamentar um édito condenatório, notadamente porque a conduta
delituosa foi perpetrada em contexto de violência doméstica, cometida em situação de
clandestinidade - no interior de unidade habitacional.
Veja-se a jurisprudência: "Em casos de violência contra a mulher – seja ela física ou
psíquica –, a palavra da vítima é de fundamental importância para a devida elucidação dos fatos,
constituindo elemento hábil a fundamentar um veredito condenatório, quando firme e coerente,
máxime quando corroborada pelos demais elementos de prova encontrados nos autos" (Tribunal
de Justiça de Santa Catarina. Apelação Criminal n. 0002194-97.2014.8.24.0014. Rel. Des.
Paulo Roberto Sartorato. Data da Decisão: 26/04/2018).
Ademais, as assertivas da ofendida não se encontram solteiras nos autos, uma vez que
corroboradas pelo depoimento judicial dos policiais militares que efetuaram a prisão do acusado.
Ressalte-se que o réu restou preso diante das agressões sofridas pela vítima, as quais ensejaram
marcas aparentes em seu rosto.
E não é só. Vislumbra-se que as lesões corporais indigitadas pelo exame de corpo de
delito são compatíveis com a dinâmica factual desvelada pela vítima. Urge rememorar que a
lesão no cotovelo direito é proveniente da queda da vítima ao chão ocasionada pelo acusado
(empurrão), e que a equimose na região mandibular foi provocada pelos socos que sofreu no
rosto.
A propósito: "As palavras da vítima, no sentido de que foi agredida fisicamente pelo
acusado, confirmadas por laudo pericial certificador da lesão, caracterizam suficientemente
a autoria do crime de lesão corporal" (Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Apelação
Criminal n. 0006460-70.2016.8.24.0075. Rel. Des. Sérgio Rizelo, Segunda Câmara Criminal.
Data da Decisão: 22/01/2019).
Por sua vez, o réu, em seu interrogatório, argumentou que é paciente psiquiátrico e
que não fez uso de sua medicação no dia dos acontecimentos, de forma que sua defesa, nessa
perspectiva, alegou que o acusado não era capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta.
Nesses termos, pleiteou pela absolvição imprópria do réu, com a imposição de medida de
segurança.
Todavia, a prova técnica (exame de sanidade mental) apontou que o acusado "não
apresenta qualquer alteração de comportamento ou cognição que se encaixe nos critérios
diagnósticos da CID 10. Ele apresentava plenas condições de responder pelas suas capacidades
cognitivas e volitivas". E, em arremate, concluiu, nos termos do laudo pericial: "Allan Jones
Moraes Funes apresentava à época dos fatos capacidade de entendimento dos seus atos e
capacidade de se determinar de acordo com esse entendimento" (evento 105).
É notável, portanto, que o acusado era imputável ao tempo do crime e que bem
entendia o caráter ilícito de sua conduta, o que afasta a alegação da defesa.
Urge registrar que o réu perpetrou a infração penal prevalecendo-se das relações
domésticas que mantinha com a ofendida, sua companheira à época dos fatos. Aliás, o delito
aconteceu no âmbito de unidade doméstica, onde réu e vítima mantinham relação íntima de
afeto. Em verdade, o comportamento do acusado derivou do sentimento de submissão e
dominação, subjugando a ofendida por conta do gênero feminino, tanto que se
considerou autorizado a mostrar autoridade e superioridade frente à vítima, diante de
sua vulnerabilidade física e emocional. Tal delineação factual permite, assim, a aplicabilidade da
Lei n. 11.340/2006 – Lei Maria da Penha (art. 5º, incisos I, e art. 7º, incisos I).
Passa-se, assim, à dosimetria penal, a teor do disposto no art. 68, caput, do Código
Penal.
II.II Do dano qualificado pela grave ameaça - art. 163, parágrafo único, inciso
I, do Código Penal.
(...)
De igual maneira, a autoria é certa e, uma vez mais, deve ser imputada ao acusado.
E, ainda:
Por oportuno, urge ressaltar que o acusado cometeu o crime de dano qualificado
também prevalecendo-se das relações domésticas e de afeto que mantinha com a ofendida, sua
cônjuge. Malcontente com o fato de a vítima ter ignorado o acusado e, assim, não mantido com
ele relações sexuais, ao ameaçá-la de morte (violência psicológica) e danificar praticamente
todas as suas roupas (violência patrimonial), demonstrou o acusado sua superioridade física e
psíquica em detrimento da vítima, de modo a desprezar a ofendida (mulher) como pessoa,
colocando-a na condição de objeto (objetificação do gênero feminino), sujeita à submissão e
autoridade do homem, tudo defronte a nítida vulnerabilidade da ofendida. Logo, iniludível que é
aplicável ao caso em espécie a Lei n. 11.340/2006 – Lei Maria da Penha (art. 5º, inciso I, e art.
7º, incisos II e IV).
Passa-se, assim, à dosimetria penal, a teor do disposto no art. 68, caput, do Código
Penal.
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 116, SENT1, Página 7
Na primeira etapa da dosimetria da pena (art. 59 do Código Penal), observa-se que a
culpabilidade do réu, aqui entendida como o grau de reprovabilidade da sua conduta, é normal
à espécie. O réu não apresenta antecedentes criminais (a condenação penal que pesa contra o
acusado será sopesada na segunda fase da dosimetria). Não há elementos factuais relevantes
acerca da personalidade e da conduta social do réu que possam tornar negativas as
respectivas circunstâncias judiciais. Os motivos do crime são normais à espécie. As
circunstâncias do crime extrapolaram a normalidade típica, uma vez que o acusado cometeu o
delito na presença dos seus filhos, de tenra idade, sem qualquer preocupação com os
consectários psicológicos deletérios aos infantes. Eleva-se a reprimenda em 1/6 (um sexto). As
consequências do crime são próprias do tipo penal infringido. Por fim, o comportamento da
vítima não contribuiu para o cometimento do delito. Assim, estabeleço a pena básica em 07
(sete) meses de detenção, e 11 (onze) dias-multa.
Outrossim, o réu é reincidente em crime doloso (art. 44, inciso II, do Código Penal).
Por sua vez, é inviável a concessão da suspensão condicional da pena, a teor do que
dispõe o art. 77, inciso I, do Código Penal, em razão da reincidência do acusado.
II.VI Da reparação mínima dos danos causados à vítima - art. 387, inciso IV,
do Código de Processo Penal.
Não obstante o pleito ser genérico e não indigitar a espécie do dano vindicado, é
cediço que, nos casos envoltos à violência doméstica e familiar contra a mulher, o dano moral é
presumido (dano in re ipsa) e dispensa prova específica, conforme decidido pelo Superior
Tribunal de Justiça no REsp n. 1.675.874/MS, submetido ao rito dos repetitivos (CPC, art. 1.036).
Segue a tese extraída do aludido Recurso Especial: "Nos casos de violência contra
a mulher praticados no âmbito doméstico e familiar, é possível a fixação de valor
mínimo indenizatório a título de dano moral, desde que haja pedido expresso da
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 116, SENT1, Página 8
acusação ou da parte ofendida, ainda que não especificada a quantia, e
independentemente de instrução probatória".
Extrai-se dos autos que a vítima foi agredida fisicamente pelo acusado, na presença
dos filhos. Ademais, tem-se que o réu, mediante ameaças de morte e de porte de um canivete,
danificou praticamente todas as suas roupas. Neste ponto, aliás, desnecessária nova análise
sobre a ação do réu e sua culpa, eis que devidamente demonstradas com a certeza necessária
para a condenação criminal.
Insta analisar a detração penal (art. 42, CP), isso com vistas a determinação do
regime inicial para o cumprimento da pena privativa de liberdade. Prevê o Código de Processo
Penal, em seu art. 382, § 2º, do Código de Processo Penal: "O tempo de prisão provisória, de
prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado
para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade".
A despeito disso, não há de se falar no caso em apreço em detração penal para fins de
determinação do regime prisional inicial da pena privativa de liberdade - na forma do art. 387, §
2º, do Código de Processo Penal.
É que a fixação do regime prisional mais gravoso (semiaberto) não ocorreu com
supedâneo no quantum sancionatório estabelecido, mas em razão da reincidência criminal do
acusado. Nesse sentido: "Mostra-se irrelevante a detração do período de prisão cautelar, nos
termos do art. 387, § 2º, do CPP, considerando que o regime prisional mais gravoso foi
estabelecido em virtude da reincidência do réu" (Superior Tribunal de Justiça. AgRg no AREsp
n. 1.834.978/SP. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, DJe 10/5/2021).
Disciplina o art. 387, § 1º, do Código de Processo Penal: "O juiz decidirá,
fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de
prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de
apelação que vier a ser interposta".
Ademais disso, exsurge que os elementos que ensejaram a prisão cautelar não mais
subsistem, isso porque a imposição das medidas protetivas de urgência (art. 22 da Lei n.
11.340/2006) a serem por esta sentença estabelecidas (proibição de aproximação e de contato),
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 116, SENT1, Página 9
bem como a determinação de medidas cautelares diversas da prisão, notadamente
o monitoramento eletrônico (art. 319, inciso IX, CPP), o que ensejará maior segurança à vítima,
são suficientes para a tutela de liberdade da ofendida.
Insta destacar, por sua vez, que o regime prisional adotado por sentença é
o semiaberto. Sendo assim, é mister compatibilizar a prisão com o resgate da reprimenda, sob
pena de o réu estar cumprindo sanção penal em regime mais gravoso do que o estabelecido na
própria sentença penal condenatória. Além do mais, o acusado já resgatou boa parte da
reprimenda privativa de liberdade estabelecida por esta sentença.
Veja-se:
De igual sentido:
"A prisão preventiva é a medida cautelar mais grave no processo penal, que
desafia o direito fundamental da presunção de inocência. Não pode, jamais,
revelar antecipação de pena. Precedentes. O aspecto cautelar próprio da
segregação provisória, do que decorre o enclausuramento pleno do agente,
não admite qualquer modulação para adequar-se a regime inicial mais
brando (semiaberto) definido em sentença condenatória superveniente"
(Supremo Tribunal Federal. Habeas Corpus n. 132.923. Data da Decisão:
26/04/2016).
Desse modo, por não subsistirem mais os motivos da segregação preventiva, é de ser
revogada a prisão do réu, nos termos do art. 316 do Código de Processo Penal.
III. DISPOSITIVO
Condeno o réu ao pagamento das custas do processo, a teor do disposto no art. 804
do Código de Processo Penal.
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 116, SENT1, Página 10
Por inexistirem motivos factuais a justificar a manutenção da segregação cautelar,
nos termos da fundamentação da sentença, REVOGO A PRISÃO PREVENTIVA e outorgo ao
réu o direito de recorrer em liberdade, forte nos arts. 316 e 387, § 1º, do Código de Processo
Penal.
2. Fixo área de exclusão o perímetro que dista 500 (quinhentos) metros do local de
trabalho e da residência da vítima, dados a serem extraídos do processo/diligências do Meirinho,
sujeitos a confirmação pela Chefe de Cartório em contato telefônico com a vítima, caso
necessário, com especificação no mandado. A vítima deverá ser orientada acerca do telefone de
contato da Central de Monitoramento para informar eventual alteração dos seus endereços
diretamente e assim tornar eficaz tal providência e o acompanhamento;
Solicite-se à Central que envie mapa ao monitorado que permita visualizar as áreas
de exclusão, com as vias cujo acesso ensejarão violação e poderão acarretar revogação da
medida e seu recolhimento à prisão.
Eventual outra decisão judicial tomada na vara da família que já exista ou,
porventura, sobrevenha, isso no tocante à guarda e direito de visitação, prevalecerá
sobre a deliberação tomada por este juízo criminal.
Deixa-se de realizar a detração penal (art. 387, § 2º, do Código de Processo Penal),
nos termos da fundamentação da sentença.
(iii) retornem os autos para deliberação atinente ao cumprimento das sanções penais
irrogadas por esta sentença.
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MANDADO Nº 310032919161
DELITO COMETIDO: art. 129, § 13 e no art. 163, parágrafo único, inciso I, ambos
do Código Penal, este último com a incidência do art. 61, inciso II, alíneas "e" e "f", do mesmo
Diploma Legal, em concurso material (art. 69, Código Penal), os quais teriam sido perpetrados
no contexto do art. 7º, incisos I e II, da Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha
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ALVARÁ DE SOLTURA
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EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA
Data:
06/09/2022 16:05:43
Usuário:
TIANE - TIANE LOHN MARIOT
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
122
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 122, ALVSOLTURA1, Página 1
OBJETO: COLOCAR imediatamente em liberdade, se por outro motivo não estiver presa, a
pessoa a seguir qualificada:
FILIAÇÃO: MARCOS LEANDRO SILVA FUNES e VERA LUCIA DOS SANTOS MORAES FUNES
Responsável Liberado
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11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico
https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310032917168v3 e do código CRC 0d6f3a3f.
5006601-27.2022.8.24.0064 310032917168 .V3
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIÇÃO DE MANDADO
Data:
06/09/2022 16:15:45
Usuário:
DAIANEROSA - DAIANE DE OLIVEIRA DA ROSA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
128
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 128, MAND1, Página 1
MANDADO Nº 310032923051
OBJETO: INTIMAÇÃO da pessoa adiante relacionada quanto ao teor da sentença prolatada com medida protetiva de urgência
deferida (conforme abaixo transcrito), com obediência às formalidades legais. Dispensada a remessa de peça processual,
conforme orientação da Corregedoria.
DECISÃO: "De oportuno, a fim de tutelar a integridade física e psíquica da vítima (art. 19 da Lei n. 11.340/2006), determino
a imposição das seguintes medidas protetivas de urgência: 1) a proibição de o sentenciado se aproximar da ofendida, da
sua residência e do seu local de trabalho, fixando a distância mínima de 500 (quinhentos) metros como limite, nos termos do
art. 22, III, "a", da Lei n. 11.340/2006; 2) a proibição de o sentenciado manter contato com a ofendida, por qualquer meio de
comunicação, ex vi do art. 22, III, "b", da Lei n. 11.340/2006. Caso necessite buscar e entregar o filho em comum para
exercer o direito de visita, deverá o réu, por intermédio de terceira pessoa de confiança dos genitores, combinar
data e hora para buscar os infantes em frente à residência materna ou outro lugar, mediante ajuste prévio com
pelo menos 1 dia de antecedência, de modo a permitir preparo dos pertences da criança. Em tais ocasiões, é
necessária a intermediação por alguém da confiança dos pais. Eventual outra decisão judicial tomada na vara da
família que já exista ou, porventura, sobrevenha, isso no tocante à guarda e direito de visitação, prevalecerá sobre
a deliberação tomada por este juízo criminal. A vítima e o acusado deverão ser intimadas e cientificados de que
essa medida de proteção permanecerá em vigor pelo prazo de 06 (seis) meses, da data do deferimento e, durante
esse período, a vítima poderá requerer a prorrogação das medidas (contatos telefônicos: 48 3287-5290, 48 3287-5291,
48 98809-0602 e e-mail: saojose.juizadocriminal@tjsc.jus.br), devendo justificar a necessidade trazendo fatos recentes e
documentação comprobatória. Decorrido prazo, ausente manifestação, as medidas protetivas perderão sua vigência,
independente de intimação. Em caso de nova situação de violência, as medidas (caso expiradas) poderão ser renovadas
através de requerimento justificado da parte e ou órgãos da rede de proteção, reabrindo-se este mesmo procedimento para
análise judicial. O réu deverá ser advertido que o descumprimento das medidas protetivas de urgência acarretará a
prática do crime descrito no art. 24-A da Lei n. 11.340/2006, bem como ensejará o restabelecimento de sua prisão
cautelar. (...)
DESTINATÁRIO: GEISA NUNES MORAES FUNES, CPF: 074.004.099-56Rua Nossa Senhora dos Navegantes, 1064, Serraria,
São José/SC - 88115400 (Residencial) - (48) 98809-6578
Chave dos autos: 477364690222
Documento eletrônico assinado por DAIANE DE OLIVEIRA DA ROSA, Técnica Judiciária, na forma do artigo 1º, inciso III,
da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310032923051v2 e do código CRC 639e773c.
5006601-27.2022.8.24.0064 310032923051 .V2
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
ALVARÁ DE SOLTURA
Evento:
COMUNICAÇÕES - REFER. AO EVENTO: 124
Data:
06/09/2022 17:59:35
Usuário:
UEX88780180906 - RODRIGO SILVEIRA DUARTE
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
131
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 1
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 2
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 3
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 4
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 5
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 6
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 7
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 8
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 9
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 10
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 11
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 12
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 13
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 14
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 15
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 16
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 17
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 18
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 19
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 20
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 21
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 22
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 23
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 24
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 25
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 26
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 27
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 28
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 29
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 30
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 31
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 32
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 33
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 34
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 35
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 36
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 37
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 38
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 39
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 40
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 41
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 42
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 43
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 44
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 45
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 46
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 47
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 48
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 49
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 50
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 51
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 52
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 53
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 54
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 55
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 56
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 57
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 131, ALVSOLTURA1, Página 58
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
JUNTADA DE MANDADO CUMPRIDO
Data:
07/09/2022 10:50:51
Usuário:
JGR19346 - JEAN GILBERTO RIBEIRO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
132
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 132, CERT1, Página 1
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao mandado extraído dos autos mencionados, fiz contato
telefônico através do número (48)98809-6578 e pelo aplicativo WhatsApp, após as formalidades
legais, procedi à intimação de GEISA NUNES MORAES FUNES, que bem ciente ficou do inteiro
teor do mandado e recebeu uma cópia em PDF enviado eletronicamente. Dou fé.
Conduções: 01
5006601-27.2022.8.24.0064 310032948346 .V1 jgr19346© jgr19346
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
OFÍCIO/COMUNICAÇÃO
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 120
Data:
08/09/2022 12:32:18
Usuário:
UEX10562646914 - CAROLINA NASCIMENTO DA SILVA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
134
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 134, OFÍCIO/C1, Página 1
Senhor(a) Juiz(a),
Respeitosamente,
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
JUNTADA DE CERTIDÃO
Data:
08/09/2022 15:15:42
Usuário:
VICTORIAB - VICTORIA BOMFIM DOS SANTOS
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
135
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 135, CERT1, Página 1
CERTIDÃO
Certifico que, na presenta data compareceu a esta unidade, ALLAN JONES MORAES
FUNES, para informar seu endereço atualizado, sendo: Rua Maria Manchen de Souza, n°387,
apto 402 - Kobrasol - São José, CEP: 88102-500.
Documento eletrônico assinado por VICTORIA BOMFIM DOS SANTOS, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de
19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico
https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310032985142v2 e do código CRC cafda96f.
5006601-27.2022.8.24.0064 310032985142 .V2
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
JUNTADA DE CERTIDÃO
Data:
08/09/2022 16:38:04
Usuário:
ANAJ - ANA JULIA OLIVEIRA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
136
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 136, CERT1, Página 1
CERTIDÃO
CERTIFICO que, na presente data, compareceu a este juízo ALLAN JONES MORAES FUNES,
informando que já retonou para seu endereço tendo em vista que a vítima se mudou no dia
06/09/2022 para Rua dos operários S/N, jardim zanellato, São José/SC, pede que seja altera a
área de exclusão no monitoramento.
Documento eletrônico assinado por ANA JULIA OLIVEIRA, Técnica Judiciária, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei
11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico
https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310032996882v2 e do código CRC 83756729.
5006601-27.2022.8.24.0064 310032996882 .V2
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(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
DETERMINADA A INTIMAÇÃO
Data:
08/09/2022 17:36:42
Usuário:
TIANE - TIANE LOHN MARIOT
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
140
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 140, DESPADEC1, Página 1
DESPACHO/DECISÃO
Abra-se vista ao Ministério Público para que se manifeste acerca do teor dos eventos
135 e 136.
Documento eletrônico assinado por TIANE LOHN MARIOT, Juíza Substituta, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei
11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico
https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante o
preenchimento do código verificador 310033004181v2 e do código CRC 37d1812c.
5006601-27.2022.8.24.0064 310033004181 .V2
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
PARECER/PROMOÇÃO/MANIFESTAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 141
Data:
08/09/2022 20:12:39
Usuário:
WS-MPSIG - WS-MPSIG - USUARIO DE INTEGRACAO
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
145
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 145, PROMOÇÃO1, Página 1
______________________________________________________________________________________________________________________
13ª Promotoria de Justiça da Comarca de São José
Autos nº 5006601-27.2022.8.24.0064
SIG nº 08.2022.00120805-3
[assinado digitalmente]
LUCIANA ROSA
Promotora de Justiça
______________________________________________________________________________________________________________________
Rua Manoel Loureiro, nº 1808 - Ed. Mercury - Bairro Barreiros - CEP: 88.117-331 - São José/SC - Telefone: 48 3288-4513 e 3288-4565
saojose13pj@mpsc.mp.br
1-1
PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
INFORMAÇÃO
Evento:
COMUNICAÇÕES
Data:
09/09/2022 11:23:19
Usuário:
UEX10562646914 - CAROLINA NASCIMENTO DA SILVA
Processo:
5006601-27.2022.8.24.0064
Sequência Evento:
146
Processo 5006601-27.2022.8.24.0064, Evento 146, INF1, Página 1
Perfil: Provisório: PV
Período exibido: Data inicial*: 08/09/2022 17:24 Data final*: 08/09/2022 18:34 Distância percorrida: 4.756,51m Dados da Violação
Id. violação: V123709088 - Alarme: exc Área de exclusão individual MP fixa
Observações
VIOLAÇÃO PROCEDENTE - TENTATIVA DE CONTATO ATRAVÉS DO TELEFONE 48988135845, SEM ÊXITO - NÃO
ATENDEU
SAC24 - Sistema de Acompanhamento de Custódia 24 horas Gerado pelo usuário em 09/09/2022 11:22:50 - Cód. Análise: 295V1237090881662733370822