Em 1930, o compositor Ratinho, da dupla Jararaca e Ratinho, gravou uma
coletânea de valsas e choros de sua autoria. Neste artigo, irei analisar as diferenças entre a gravação original e uma versão mais moderna da mesma música, do Saxofonista Zé Pitoco. (2018)
A primeira que levamos em consideração é a data de gravação de cada uma
das versões, o que vai afetar diretamente a interpretação do choro, tanto no quesito “equipamento” quanto no “técnica instrumenta”.
Segue abaixo os links paras as gravações as quais me refiro:
Versão original: https://immub.org/album/saxofone-por-que-choras-luis- americano-ratinho Versão Zé Pitoco: https://youtu.be/kwuAtgst76A
Comparação:
Diferente do tradicional, a gravação não tem a anacruse que é a marca dessa
música, começa tética. Uma coisa bem marcante também é o uso das dinâmicas que Zé Pitoco faz bastante nesta gravação, diferente de Ratinho. Isso se deve a data da gravação que, por ser muito antiga, exigia uma emissão maior do instrumento. Os equipamentos não eram tão desenvolvidos, o que fazia as articulações e as dinâmicas não ficarem tão claras. Zé Pitoco faz várias variações na melodia também, tanto na parte rítmica, quanto na melódica. Como exemplo, esse trecho que é quase completamente alterado:
Mais variações até o fim da música:
Conclusão:
O choro é uma música que está em constante evolução e transformação,
com os avanços da tecnologia de um modo geral, temos a renovação da forma de tocar choro.