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CURITIBA
2022
In the groove: recursos musicais que impulsionam o groove da bateria
Abstract: the drums are responsible for dictating the rhythm in the music, being popularly
known as the “heart of the band”. With this instrument, we can have different grooves
depending on the musical genre and the rhythmic cell we want. In music, the term “groove”
refers to a sense of rhythm that interferes with the listener and the musician, as it is through
sound waves that sound reaches our body, awakening the desire to dance and express
ourselves when listening to this sound. Therefore, this connection with the instrument has
been instigating us to understand the catalysts of this chemical equation that has music as its
product. We've narrowed our focus to the core rhythmic elements of the drum set - the kick
drum, snare drum and hi-hat - to understand the musical features that drive the drum groove.
The research focuses on analyzes of music scores with a constant and unique rhythm, giving
the example of the song Californication by the band Red hot Chili Peppers, showing the
groove diluted by the drummer. This analysis can serve as support for producers and
drummers when deciding on a drum timbre and the way to play the instrument, bringing a
unique sound. As a result, we perceive the influence of each one's emotions at the moment
of creation of the music and the techniques of dynamics, ghost notes and the connection with
the band, which guarantee a fluency for the music.
1. Introdução
A palavra groove origina-se de uma expressão chamada "In the groove" que
começou a aparecer em meados da década de 1930. Neste período, os bateristas já
utilizavam elementos rítmicos marcantes do jazz e que, posteriormente, o funk nos
anos de 1950 utilizará, como por exemplo as técnicas de dinâmica entre as peças da
bateria.
Uma união rítmica importante e que se deve ser sempre levada em conta, é a
combinação entre a bateria e o baixo. Estes instrumentos executam a mesma
divisão na condução de uma música, estabelecendo um entrosamento com os
demais instrumentos. É interessante desenvolver uma linha de bumbo que case com
a linha do baixo, para que a levada da música tenha mais intensidade e sirva como
uma base sólida para toda a banda. A criatividade aqui é marcante. Amplia o groove.
Contudo, é essencial ter um certo cuidado pois muitas notas, mesmo sendo muito
divertido, pode acabar atrapalhado o ouvinte a entender todo o contexto musical ou
tirar o equilíbrio entre os instrumentos da banda.
Os caminhos para criar os ritmos está cada vez mais desenvolvida,
principalmente devido a tecnologia que auxilia maneiras de criar instrumentos virtual
soarem como instrumentos reais e com mais potência devido ao desenvolvimento de
compressores e equalizadores que trazem uma sonoridade muito forte, até mesmo
para bateria. O MIDI (Musical Instrument Digital Interface) nos possibilita a criar
diversos ritmos bem característicos de acordo com o que queremos expressar.
Referindo-se a MIDI, Siqueira (2020, p.200) nos explica que:
2. A base do groove
Para criar um groove temos que ter como base as informações como
andamento, o pulso e a fórmula de compasso da música. Está coleta de dados é
importante “é um componente central da leitura musical, fornecendo inúmeras
informações para que a música seja executada dentro das exatas proporções
pretendidas pelo compositor “(GOROSITO, 2020, p. 79). A partir daí, prosseguimos
para a levada que vamos executar. Podemos elaborar nossas ideias a partir de um
ritmo de base da música e depois colocamos nossa identidade na bateria.
Um caminho muito usado é com o uso das partituras que nos auxiliam na
organização estrutural da música, sendo muito utilizada para mostrar o ritmo que
será tocado e para a anotar viradas na bateria que serão feitas em determinados
momentos da música, que podem ser para dar ênfase no refrão ou para fazer uma
transição entre uma parte A da música para uma parte B. É importante usar a
partitura ou fazer suas próprias anotações em um caderno para que não toquemos
só a partir da nossa memória que temos sobre a música.
A partitura segue uma estrutura de posições definidas para colocarmos as
figuras rítmicas no pentagrama para que, quando formos escrever uma partitura,
termos como bases as regiões na pauta musical onde as peças da bateria se
encontram. As principais partes de uma bateria são: o bumbo (marcação do tempo
da música), a caixa, o chimbal, os tons (agudos e médios), o surdo, o prato de
ataque e o prato de condução.
Figura1: Notação de partitura de bateria
Disponível em: https://www.teclacenter.com.br/blog/20-viradas-bateria-para-iniciantes/. Acesso em: 15
nov. 2022.
Está é uma notação inicial de uma levada na bateria. Ela pode ser escrita com
um ou mais compassos. Se o caso for um ritmo que se repete várias vezes, 2
compassos são suficientes. Entretanto, se o ritmo possuir variações entre algumas
partes da música, utilize mais compassos para retratar bem as ideias rítmicas.
Aqui temos o bumbo nos tempos 1 e 3 e a caixa nos tempos 2 e 4. O chimbal
segue em colcheias pelos 2 compassos. Encontramos por exemplo este ritmo na
música Billie Jean do artista Michael Jackson, que segue o mesmo ritmo durante a
música com adições de viradas na caixa, pratos no tempo 1 junto com o bumbo para
marcar o tempo forte e marcar o início de uma nova parte da música.
3. Aspectos técnicos
Quando vamos executar o ritmo na bateria, podemos utilizar algumas
ferramentas e métodos que adicionam mais profundidade a música, pois trabalha
com a intensidade do som produzido pela bateria e, portanto, se refere ao som fraco
(de baixa intensidade) e ao som forte (de alta intensidade).
Antes de tudo, a prática de rudimentos trabalha a coordenação motora de
nosso cérebro e nos auxiliam na execução precisa de cada nota, por isso exercitá-
los diariamente são importantes. Comece com 1 toque com a mão esquerda e outra
com a direita e com o tempo trabalhe com mais toques, alterando entre as mãos.
Para alcançar o groove ainda mais definido utilize as viradas na bateria, pois
criam uma personalidade para música. As viradas funcionam como uma transição
dentro da música e como uma extensão do groove quando adicionado uma virada
que volta para levada, estabelecendo um novar ar para o ritmo. Para fazer isto,
aplique as mesmas células rítmicas que estão no chimbal, caixa e bumbo e espalhe
pelas outras peças da bateria, obtendo uma virada inédita.
A dinâmica musical está muito presente em ritmos como o jazz e o blues, uma
vez que é utilizada em trechos que são tocados suavemente pela bateria. Desta
forma, abre um espaço para outros instrumentos solarem, levam o ouvinte a
entender que o contexto musical neste local específico foi alterado e quando se tem
partes tocadas com mais intensidade, retratam o ápice da música. Deste modo,
podemos nos expressar e atingir a sensibilidade das pessoas pois criamos
expectativas na música para o próximo trecho musical.
As acentuações criam mais volume sonoro já que destacam notas que não
seriam tocadas com mais intensidade que as outras. Logo, cria uma variação para a
levada e pode ser usada em qualquer lugar dentro da fórmula de compasso. Para
obter um som mais definido, a utilização das acentuações no contratempo dos
tempos principais como o 2 e o 4, criam uma nova perspectiva na música e definem
um groove mais solto para a bateria, visto que as notas tocadas no contratempo não
deixam a levada enjoativa.
Em paralelo as acentuações encontramos as “ghost notes”, que são tocadas
de forma suave no ritmo, colaborando para uma batida mais preenchida. Estas
possuem um valor rítmico muito importante para o groove na bateria porque
aumentam a dimensão do ritmo, o torna único e o deixa bem elaborado
tecnicamente.
Tendo estes conceitos em vista, podemos trabalhar com o timbre do nosso
instrumento. Antes de tudo, vale dizer que precisamos ter alguns cuidados com a
bateria para que o seu timbre característico não se altere e garanta a sonoridade
que precisamos. Verificar sempre que possível a sua manutenção e as suas peças,
principalmente a caixa e os pratos mais usados, garantem a vida útil da bateria e do
som único do instrumento.
Para tirar o máximo do instrumento podemos criar sons a partir de alguns
acessórios simples, que temos no dia a dia. Panos, pequenas almofadas, pequenas
peças de materiais de inox etc. Itens como estes criam sonoridades quando
colocados sobre alguma peça da bateria podendo abafar o som criando um som
mais grave, prolongando mais o som dando uma sensação de espacialidade para a
música e agregando mais a bateria quando adicionamos alguns instrumentos
singulares da percussão, que são os blocos sonoros e o cowbell.
Utilizar as baquetas corretas e confortáveis auxiliam na execução do
instrumento e para isso existem diversos modelos de baquetas. Os tamanhos
encontrados são a 5A, a 5B, a 5AB e a 7A. Os modelos mais usados são as 7A que
é mais leve e mais finas do que as outras, as 5A e as 5B são mais pesadas e mais
grossas, mas oferecem mais precisão ao toque. Existem também baquetas que são
chamadas de vassourinhas que são feitas de aço ou nylon usadas no country e no
jazz e as rods que são feitas de um apanhando de mateiras mais finas usadas no
MPB.
4. Análise musical
Considerações finais
REFERÊNCIAS
BRASIL. CÂNONE MUSICAL. Dicas para estudar música. 2022. Disponível em:
https://canone.com.br/bateria/163-o-que-e-groove. Acesso em: 26 de out. 2022.
TECLACENTER. 20 viradas de bateria para iniciantes. 2022. Disponível em:
https://www.teclacenter.com.br/blog/20-viradas-bateria-para-iniciantes/. Acesso em:
15 nov. 2022.