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Como Calcular o BPM de uma Música

Para ser um DJ, você precisará ser capaz de combinar o fim de uma música com o início da
outra sem que essa transição fique estranha ou irregular. Para fazer um "mashup", você
deve garantir que apenas os detalhes da canção se igualaram - você precisa de tudo
funcionando de forma conjunta! A maior parte de fazer esse trabalho é achando o BPM
(batidas por minuto) de cada música: isso fará com que você saiba se precisa acelerar ou
diminuir o tempo para que as músicas toquem na mesma velocidade.

Calculando o BPM

1 Escute a música e preste bastante atenção na


batida. A forma mais fácil de fazer isso é fechar os
olhos, relaxar e sentir o batimento da canção. Bata o pé,
estale os dedos ou balance a cabeça na batida da
música.

 Se você tiver problemas com isso, tente isolar a bateria do resto dos instrumentos e
vocais. Se você é novato no assunto, tente primeiro com a versão instrumental da
música, caso disponível, para deixar tudo mais fácil.
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2 Olhe para um relógio com ponteiro de


segundos. Como alternativa, use um cronômetro (a
maioria dos celulares tem). Quando você tiver
certeza que pegou o ritmo da música, conte as
batidas - balançadas de cabeça, batidas do pé ou
estalar dos dedos - por 15 segundos.

 Pegue o número das batidas contadas, multiplique por 4 e você terá o número de
batidas por um minuto completo.

 Por exemplo, se você contou 24 batidas em 15 segundos, multiplicando 24 por 4 =


96. O tempo da música é 96 BPM. Você multiplica por quatro porque 60 segundos
divididos por 15 segundos = 4.

 Para aumentar a precisão, conte as batidas por períodos longos de tempo e calcule
o ritmo adequadamente. Usando a mesma canção do exemplo anterior, se você
contou por 30 segundos no lugar, você pode ter contado 50 batidas no lugar de 48, o
que significa que o tempo está um pouco mais acelerado: 50 x 2 = 100. (Multiplique
por dois porque 60 segundos divididos por 30 = 2.)

3 A Música

3.1 – A Estrutura da Música

Em toda música existe:

– Bumbos (marcação virtual das batidas ímpares. É nele que existe a primeira batida
do compasso)
– Pratos (marcação virtual da batida intermediária entre o bumbo e a caixa)
– Caixas (marcação virtual das batidas pares)
– Bpm (Batida por minuto)
– Compasso (Partes marcadas por viradas. 16 ou 32 batidas)
– Desenho (Sub-partes marcadas por repetições contínuas. 8 e 4 batidas).

3.1.a – Bumbo, Prato e Caixa

Esta, talvez, seja a fase mais complicada da parte teórica, pois aqui você terá que
utilizar bastante sua imaginação.

Imagine que você esta dançando uma música X, que tenha uma base House
(4×4/reta – se formos tentar descrever seria parecido com isso: “Tum” – “Tum” –
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“Tum” – “Tum”…. Esse “tum”, “tum”, “tum” são as batidas da música e essas batidas
é que formam o ritmo da música).

Imaginem que a batida nº1 é o Bumbo (o primeiro Tum) e a batida nº2 seja a nossa
Caixa (o segundo Tum). O Prato fica entre um bumbo e uma caixa, ele seria o nosso
contra tempo.

3.1.b – Bpm (Batida Por Minuto)

É importante saber o bpm, pois, é preciso saber qual das músicas que você está
trabalhando é a mais lenta ou mais rápida para que você execute a mixagem.
Para contar o bpm de uma música basta contar o números de bumbos e caixas que
contém a música no período de 1 (um) minuto.

3.1.c – Compasso

Toda música precisa de uma marcação para se saber quando vai entrar ou sair um
vocal, uma melodia, um instrumento, uma batida ou uma virada. O compasso é o
que irá marcar essas mudanças com o intuito da música ser mais “organizada”.
Claro que nem todos os músicos ou produtores seguem essa regra mas a grande
parte das músicas são bem marcadas.

O Compasso é o período de 16 ou 32 batidas (Bumbos e Caixas) que marca uma


mudança, entrada, ou saída de algum elemento na música. Para entender bem o
Compasso devemos primeiro saber contá-lo.

Para contar o compasso é preciso primeiro identificar o ritmo da música. Depois de


identificado, conte a partir da primeira batida (primeiro Bumbo ou cabeça do
Compasso) da música até que haja uma mudança. Se essa mudança ocorrer
quando você terminar de contar 16, é porque aquele compasso “é de 16” e se mudar
quando você terminar de contar 32 é porque aquele compasso “é de 32”. Esse
compasso se repetirá por toda a música.

Por exemplo, contagem de um compasso “de 16” é da seguinte maneira:


1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10…
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É muito importante identificar qual é o compasso pois na hora da mixagem, quando


as velocidades das músicas estiverem iguais, você soltará a batida 1 de uma música
junto com a batida 1 da outra música. Dessa forma as música irão mudar igualmente
nas viradas dos compassos.

3.1.d – Desenho

O desenho é um pouco parecido com o compasso. O processo de contagem é o


mesmo mais o número de batidas é diferente: são de 4 e 8 batidas. Se você contar
as batidas da música de 4 em 4 ou de 8 e 8 você perceberá que determinadas
seqüências de instrumentos se repetem nesse ciclo.

Obs: A contagem do Desenho e do Compasso


deve ter início sempre no primeiro Bumbo da
música (na cabeça do Compasso).

4 . A Técnica

Dentre as principais técnicas usadas pelos djs existem: Mixagem, Colagem, Back to
Back, Scratch e Back Spin. A cada dia que passa, novas técnicas vão sendo criadas
e aperfeiçoadas. Tudo isso graças ao advento de novas tecnologias em mixers,
mesas de efeitos, agulhas, e claro, da criatividade dos djs.

A técnica básica mais usada, e a que nos interessa neste manual, é a mixagem.

4.1 – Mixagem

O princípio da mixagem é juntar duas músicas de velocidades iguais (bpm) com


bumbo em cima de bumbo e caixa em cima de caixa.
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Repare que o Bumbo 1 está em cima do Bumbo 1 da outra música. Dessa forma
quando o compasso da primeira música “virar” o da outra também virará.

4.2 – Preparando as músicas para mixagem

A primeira coisa que o dj deve observar quando for mixar uma música é saber se a
“música que vai entrar” é mais lenta ou mais rápida do que a que está tocando na
pista. De acordo com o resultado, você utilizará o Pitch para modificar positivamente
ou negativamente a velocidade da “música que vai entrar”. Se esta música for mais
lenta será necessário acelerá-la para igualar os bpms e se for mais rápida será
necessário desacelerá-la. Evite fazer isso com a música que está tocando na pista.
Em última instância, faça muito (muito!) discretamente para que a “pista não sinta”.

Igualando os Bpms, chegou a hora de fazer a passagem de uma para outra: mixar.

A música deve ser solta “Bumbo com Bumbo”, na “Cabeça do compasso”, e por
conseqüência Caixa com Caixa.

Depois de soltar, você escolherá o ponto em que a “música que está saindo” deve
ser cortada. Nas músicas existem os melhores pontos de mixagem. Estes pontos
são os chamados “Pontos de mixagem” ou “Breaks” e são caraterizados pela
ausência de melodias e vocais.

Atenção:
Deve-se evitar misturar melodias e vocais, isso na maioria das vezes quebra a
harmonia das músicas. Lembre-se sempre: “ a boa mixagem é aquela discreta e
harmônica”.

4.3 – Dicas para uma boa mixagem

O princípio básico da mixagem é juntar duas músicas e fazer uma passagem da que
está acabando para a que está entrando. No entanto, essa técnica fica ainda mais
interessante quando usamos filtros e efeitos, controles na equalização, cuts com o
crossfader e back spin.

4.4 – Colagem

As colagens são interferências feitas pelo djs com trechos de outras músicas. Estas
podem ser feitas com batidas, vozes, instrumentos, dentro ou fora do tempo, mas
sempre com harmonia.

4.5 – Back to back


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Back to back é uma das performances mais usadas em campeonatos de djs. Alguns
djs se arriscam fazer em pista de dança. Esta performance consiste em ficar
repetindo trechos de duas músicas em diferentes pick-ups. Dependendo da técnica
do dj, essa repetição pode ser feita de 1 a 8 batidas.

4.6 – Scratch

A mais característica performance feita por djs. Sons tirados do vai-e-vem dos
discos e cuts do croosfader. O scratch evoluiu bastante. Hoje, são feitos com mais
velocidade e podem contar com recursos de Hi-cut nos croosfaders mais atuais.
Existem sctrachs feitos a partir de samples e scratchs feitos com sons contínuos e
mais trabalhados pelo croosfader.

4.7 – Back Spin

Back spin não tem mistério, mas se vacilar pode ficar “xoxo”. Back spin consiste em
voltar o disco com velocidade. Geralmente, é usado nas viradas das mixagens. Mas
o back spin pode interferir numa música como uma colagem e junto com efeitos.

4.8 – Efeitos

Existem mixers (como o Pionner DJM 600) e geradores (como o Pioneer EFX 500)
que desenvolvem efeitos diversos: Eco, Deelay, Pitch, Filter, Flanger e Sampler. Os
filtros e efeitos podem ser usados de várias formas, por isso é fundamental o
conhecimento desses para a aplicação mais adequada. Mas lembre-se, efeito
demais pode ser desagradável.

4.9 – Equalizando (grave, médio e agudo)

Com a chegada de novos mixers no mercado com equalizadores, as mixagens


ganharam um novo tom. Sem os equalizadores independentes por canal, as
mixagens eram duras e muitas vezes, quando virava a música, faltava alguma
freqüência ou elemento. O princípio da equalização em uma mixagem é como a da
mixagem de uma música em estúdio. O objetivo é suavizar a passagem de uma
música pra outra compensando as freqüências que faltam ou que estão em excesso.
Por exemplo, se a música que vai entrar tem muitos elementos agudos como caixas,
pratos e chimbais, a tendência é você abrir o canal da música que vai entrar com os
agudos baixos.

 
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Dicas

 Grande parte das canções de hip-hop tem o BPM entre 88 e 112. As músicas da
"House music" variam numa média de 120 BPM.
 Existem algumas máquinas que podem calcular o BPM de forma mecânica e são
mais exatas. Também existem mixers que podem estar equipados com
dispositivos assim.
 Uma grande ajuda para os DJ novatos é escrever os BPM das músicas nas
capas dos discos e organizá-los pela velocidade, das mais lentas às mais
rápidas. Dessa forma você você sabe quais são as melhores para mixar de forma
mais fácil.
 Não tente mixar músicas que tem mais de 5 BPM de diferença e sempre vá do
menor ao maior BPM. Exceções a esta regra, do menor para o maior, BPM
podem ser aplicadas caso você esteja iniciando um noto set ou quando chegou
ao "pico" do set atual e precisa retomar a pista de dança (ou a gravação).
 Existem vários aplicativos para smartphones que calculam o BPM através de
toques.
 Se você mixa músicas gravadas antes dos anos 80, perceberá que os BPMs não
são constantes durante toda a música. Elas mudam levemente a mais ou a
menos porque a bateria é gravada ao vivo no estúdio.
 Se você toca um instrumento, provavelmente também tem um metrônomo. É
muito comum que metrônomos possuam um botão que calcula o BPM através da
velocidade em que você bate repetidamente no botão. Bata ao longo da música,
dentro dos limites de 1-2 BPM, que vem com erro humano, e você terá o BPM
em uma questão de segundos.
 Tenha em mente que combinar não é o único modo de mixar 2 músicas; você
também pode cortar de uma para a outra w assim você não precisa acertar os
BPMs necessariamente.

Avisos

 Não confunda BPMs com RPMs. RPM é a velocidade que o disco toca.
Discos de vinil atuais tocam em 33 RPM e 45 RPM. Alguns discos antigos
tocam em 78 RPM.
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Materiais Necessários

 Uma fonte de música. (Pode ser de qualquer forma como um disco ou CDs)
 Fones de Ouvido ou alto falantes.
 Cronômetro. (Relógio, timer, relógio de pulso com ponteiro de segundos).

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