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Zee Griston e os Olhos do

Pirineu – Thalys Eduardo


Barbosa- Billy Ventura Remak

1-A Tapera das Aranhas

O dia da Mobilização Terenzo Acende


Zee Chris Columbus Griston

Zee Griston O Menino que tem o Rosto de Prazer como Dinheiro Tales Polo
O livro Magico os Olhos do Armagedom da o mesmo prazer de tocar no Dinheiro

Já era noite quando o jovem Zee Griston girava em seu balanço de Pneu ao som de um poderoso
vendaval que pairava sobre toda a tapara das aranhas , Zee pegou um Caldeirão bem Grande e subiu
até uma pequena escadinha de tijolinhos perto das Flores de Alfazema , e abaixo da grande Arvore
de Sabugueiro de sua avó Maria que logo se aproximava quando Cerberus o Cão da residencia latiu
rumo a fiação que estampava uma linda lua Minguante coberta por nuvens em um dia de Chuva de
estrelas Cadentes em kent.
-Saia deste Balanço saia deste monte de Terra Zee e não ouse me lançar algum olhar insolente seu
Pirralho .
E peça pra essa maldita Gata Xandoca parar de arranhar meus Pés
Xandoca era uma Gata Persa Roxa com olhos cor de Abobora .
Zee deitou-se observando a lua
quando sua mãe se aproximou Keila Griston e acabara de chegar da casa da tia de Zee Kenia que
preparava o almoço .
Zee se aproximou de um caldeirão Grande e Negro de um Saboroso ensopado de Galinha
apimentada com Pimenta Anil Seara .
Caveirinha era o Padrasto de Zee Griston ele prendia o Garoto numa especie de Pedra na Parede
num rasgo de pano ao aparar petúnias Pela manhã .
E falava que o Garoto não podia sair de Casa .
Zee ficou lendo uma revista antiga de sua avó e outra a Mulher Aranha no Visgo enquanto Ventava
e chovia perto do azulejo da vidraça na forma de uma teia de aranha enquanto Xandoca dormia e
sonhava com Novelos de lã .
Em uma cidade chamada Filoso kimbilier perto das flores de alfazema roxa morava um garotinho
chamado Noha Grister , que gostava de rachar lenha e amava sexta-feira treze , e Halloween
e o dia dos Kimbulos , em um Condado Inglês na chuvosa e cheia de nevoeiro da fazenda próximo a
Londres , em 45 ploffergood , certa noite Noha Tark Billy Grister estava próximo a lareira lendo
sobre umas pessoas chamadas de Kimbulos , ele estava curiosa pra saber o que era isso
quando encontrou um livro antigo onde leu um nome Zee Griston
ele então lera sobre a história de Zee Griston
e ele queria se tornar um kimbulo , mais não sabia como
então ele adormeceu
quando acordou estava decendo numa bicicleta no nevoeiro
quando chegou até uma especie de colina
a noite , quando uma enorme coruja roxa e abobora o empurrou num caldeirão com uma poção de
açafrão e pedra kalcificada
ele então mergulhou no caldeirão e fora parar numa mina
ele subiu num carrinho de mineiro e fora voando pra dentro da mina vendo morcegos e teias de
aranhas quando abriu-se no meio da floresta e apareceu um seu ombro a marca de uma coruja roxa
em espiral na forma de um sol como uma cicatriz ou tatuagem
Noha tinha cabelos vermelhos e olhos azuis
ele caiu sobre uma arvore de maçãs no meio da noite cheia de maçãs em uma nevoa roxa
ele usava uma jaqueta roxa com o planeta saturno nas costas e cotovelos
ele parou pra comer maçãs e guardou uma fotografia sua com uma Guitarra
perto do coração
Dentro da sua mochila na Forma da Coruja Lowd Roxa
havia poção Osso Negro e Ovo de mistura
havia um quebra cabeças enigma de Zee com brisas e temporais de ambiente de Kimbulândia
ele tinha um ovo de vespa
tinha uma moeda da imortalidade do rei que nunca morre numa chave de portal
tinha um nabo magico do príncipe tibetano
ele ficou em cima da arvore quando surgiu uma Fada na Floresta
voando numa vassoura dançante Chamada Francisca Branca de Neve
que congelou um pequenino lago perto dos salgueiros e soprestos
ela mecheu na bolsa e pegou uma folha de bordo na forma de uma coruja de coração
e subiu numa abobora e levou Noha Grister até o deserto dos queijos
ela disse rapido Sir . Noha
eles andaram rapido chegaram ao deserto e havia pequeninos besoares tilintando como poção num
vidro de poção Fantasy Coração
eles então subiram num Pônei De Ouro
e foram até o Bar Abobora Magica
no Egito no deserto dos Queijos
a noite estava brilhando estrelas como uma chuva de estrelas cadentes
eles param no Deserto e Noha vestiu um casaco de pele Abobora
com uma folha de bordo nas costas
e comprou um escudo na forma de uma coruja roxa
e o Livro os Famosos Kimbulos dos Séculos
e Mistery of Azupocus
e eles comeram um sanduiche de Chedar e Picles
e Noha comprou uma Fadinha de ouro com cabelo lisos como da cleopatra
e com letras em elfico roxo em fogo
e luvas de Cervo pintado
e um perfume Midnight La preire
e uma corujinha laranjada chamada Guloseima
Noha fora pegar o balão
que estampava na lona roxa um ovo misterioso
Noha ficou nas patas da esfinge e disse Onda Vinho
e logo entrou no balão com Francisca Branca de Neve
ele tinha uma cachorrinha Chamada Maria Kimberly Britney's
e usava tênis Nike de Cano Médio Azul
ele entrou na Cabine e Dormiu num Travesseiro de Gagal Plume
e chupava um pirulito de caramelo
quando fez amizade com uma Kimbulo chamada Rosalyn
e um menino chamado Pieguis Quentin Ambrose Raclete
e ele estava apaixonado por uma Menina Chamada Talibriney Corujine Tahana que andava com
Ravena
e ele fez amizade com um menino Chamado Devil Harvey Mineiro das Minas
eles chegaram em Kimbulândia
em Firenze na Itália
na iniciação de Noha ele mordeu sua maçã de cereja e surgiram os olhos petrificais
ele foi pros Americus
a professora Glover e o professor Damonios
Noha ganhou um sapo de presente chamado Senhor Nations Jhonny
e um Gato Negro Chamado Meia-Noite Quack
Noha dormiu quando apareceu um pergaminho dizendo
Conde Bass quer velo na sala Dele
Conde Bass chamou Noha pra dar a ele um objeto magico ele deu a noha
uma especie de caixa com um pó magico chamado de pasta blocos
segundo o senhor Bass
Noha devia usar a pasta magica no codigo de barras do livro de Zee Griston e os Olhos do
Armagedom .
O feitiço era bem simples era necessario pegar a pasta pronta e fazer um ritual
sobre a lua pra desencantar os livros
pra serem vendidos
uma especie de organizador da livraria
e quem ajudaria ele seria
o senhor Gatos .
E a Senhora Aranhas.
Noha Grister desencantou todos os livros prontos pra vendas ,
e entregou a Sra Ruivos Grimera nos Tijolos Alphas.
Kimbulândia tem um programa de estudos pra cada livro de Zee Griston vendido
o aluno ganha uma bolsa de estudos oferecida pela Martins e o Reitor Oscar
pra Estudar nas melhores Faculdades existentes em todo mundo com todos os estudos pagos
principalmente de medicina desde que a criança comece a iniciar seus trabalhos desde pequena com
Zee Griston , como uma projeção do novo magista pro futuro em Oscar Freire e Nova Iorque
Kimbulândia .

Ele fez uma especie de Sotão abaixo das escadarias com uma jaula onde disse que ia amarrar Zee
Zee era uma criança que morava em pleno Cerrado Brasileiro ao lado de sua mãe e sua avó que
estava sempre dormindo depois de tomar Conhaque de Gengibre
ela tinha olhos Azuis como se fosse puxado pro lado das estrelas um limbo cosmico azturiano
. A Avó de Zee havia acabado de chegar do Bar do Velho Alaor .
A vida em Cansville era sempre a mesma meninos e meninas embarcando a grande avendida sideral
rumo ao colegio de Torminel sempre com seus uniformes com um colibri Dourado .
Ao meio dia o Ônibus escolar passava pra buscar os alunos .
Zee tinha os olhos Castanho Esverdeados num tom bem Verde , e cabelos Louros
Zee sempre se reunia com seus amigos eles eram os “Zlod “, um Grupo de amigos formados desde
o quarto ano Loryn a garota Gordinha e Legal Otavio Olliver o Timido e Douglas Miller o
misterioso do Grupo e Zee Griston que era Rico orfão estudioso .
algo seleva essa amizade um pacto de sangue com a mecha do cabelo de cada um deles enterrado
num terreno Baldio .
Em plena Quinta-Feira Zee caminhou pelo Quintal observando a lua bem Cheia e alaranjada cortada
pela fiação .
Quando se encontrou com Lorrayne Scatena sua amiga que vestia uma Jardineira elegante e
chupava um Picolé de Limão , Zee Havia sonhado o sonho foi assim :


Zee estava deitado no capim quando um monte de borboletinhas brancas sairam voando , pelo
campo , o sol brilhava entre a cevada , quando chegou um kimbulo com um turbante na forma de
uma abobora com uma pena azul e uma barba lilás , bem grande que fazia um espiral , e tinha
brilhantes , com um cachimbo de madeira na forma de um cogumelo .
Ele ficou na casa de Zee , quando uma estrela cadente surgiu no céu e logo chegou outro kimbulo
um com barbas bem ruivas , e sapatos de leprechau , segurando um dragão verde caribenho no colo
que soltava um arroto verde , Zee parou e fora escrever , pegou um bolsão de água , e foi até a mesa
e vira um besouro de ouro fazendo barulho com as asas , então Zee fora até onde o besouro voava ,
o besouro levou Zee pra uma casinha magica , onde Zee vira mãozinhas de ouro a casa feita de
corujinhas entalhadas em madeira , e tinha uma chaminé e aboboras no quintal , e grama bem
pomposa , e vários tijolinhos e Zee viu um tinteiro na forma de uma maçã azul e beije com uma
pena branca quando anoiteceu , e um corvo ficou em cima do musgo Zee vestia um casaco lilás
meio roxo , e uma calça vinho , com um cinto de Dragão .Quando Zee viu um cavalinho parecido
com um pônei , e ao mesmo tempo com um burrinho , brincando na areia gelada , tentando pegar o
besouro que tilintava como um guizo de natal
na areia fria no roda pé da casinha .
Zee usava all stars em veludo de rubis com cadarços de esmeralda .
Zee então abriu a maçaneta que tinha a forma de um pequeno cervo prateado .
E entrou na casinha .
Quando viu sobre a mesa um porco salgado .
Picles , e manjar turco . Sushi de peixe com maçã .
Quando Zee viu uma maçã e uma paredinha com vários diamantes pregados num fundo de uma
minazinha .
E uma maçã que iluminava como vela a noite .
Zee vira uma parede com vários tijolinhos e um tapete em letras de Zelda .
Quando Zee viu um cachorrinho vinho , lambendo ele .
Zee atravessou a parede e saiu numa ruazinha de pedras triangulares em areia cintilante feitas de
ouro. E Zee vira uma pena branca acompanhando ele , enquanto ele passeava
por casinhas de tijolinhos .
Quando Zee vira um Poltergaist varrendo a casinha , com uma vassoura que dançava .
E apareceu pra Zee um tapete magico , e Zee subira sobre e tapete azul e voou
quando chegou nas margens de um riacho
onde Zee vira meninos voando em aboboras voadoras .
E uma encontrou um pergaminho com uma doninha que formava a letra Z .
Zee vira Bone , correndo num lugar lilás .
E no peito de Zee apareceu um colar em ouro com o logo da warner um pingente .
E Zee encontrou uma luva russa que fazia Castelos com seu rosto
quando Zee brincou de pular num cogumelo gigante e cair num feno com folhas de bordo e
borboletas e um urso polar de Baltos Noel .
Quando Zee vira um Amorá chegar trazendo uma saca de batatas e cenouras .
E Zee ajudou a guardar na dispensa .”
Zee contou a Loryn um sonho no qual uma coruja Grande e acinzentada o levantou pelo Capuz do
seu Moletom no qual o Pacote que ele Trazia com Ovos se quebrara por inteiro .
Loryn disse – Zee você precisa parar de ler tanto esses livros de Magia .
Mas os dias passavam e Zee não conseguia tirar esse sonho inquietante de sua mente .
Zee fora ao Dentista e parou pra cortar o cabelo
logo ele foi Caçar Cervos com seu Avô
e no dia seguinte foi ao Zoologico
antes uma Coruja voou até a Casa de Zee na Rua PlofferGoood e deixou uma carta no correio
uma carta verde da cor de esmeralda com um brasão de selo onde Zee leu Quarite Zedom Aspecta
Vestra in Magia , no qual tinha um Lobo um dragão um Cervo e uma Coruja .
Zee então ficou imaginando o que era aquilo
quando ele abriu a carta antes de abrir seu Primo Pedro disse olha Tio Zee Recebeu um Carta Hoje
-Impossivel disse Julio . Enquanto sua avó disse Miudo Zee me ajude a pegar este cesto de Otarias e
estender e mecha o Caldeirão com Sabão . A tia de Zee encontrou as mesmas cartas em verde
esmeralda ao quebrar os ovos dentro dos ovos enderaçadas a Mr. Zee Griston Ploffergood Drive 45
Kimbuland Quarite Zedom Aspecta Vestra in Magia .
E cuide do Bacon e do Salsichão e do Salame .
Zee vestia Meias Verdes até os Joelhos e uma mochila do Ken do Street Fighter .
- Vamos a Avenida Ocidental Hoje Zee perguntou Doug no Domingo .
- Não Doug ainda não terminei minha Lição de Toda Nova Zelândia pro Professor Oscar .
Ok – eu a Loryn e o Otávio e estaremos lá caso queira colar mais cartazes pra sacanear aquele idota
do Erick Liga tá ok.
Ok .
Quando Zee se espriguiçou até a Sala de Jantar decendo as escadas atiçando os gravetos do Fogão
de Lenha e da lareira .
Onde o Caldeirão Borbulhava um ensopado de Coração de Coelho
e Zee fora tomar banho entrou na banheira e calçou um Hobbie
e Pantufas de Poltergaist
ele abriu uma coca cola que esta escrito Magic num Rotulo Roxo Brilhante
e quando se escreveu naquele Outono Magico
Feliz Aniversario Zee faça um Pedido
e Zee naquela Chuva Bem Forte de raios e Trovoadas Assoprou a vela que se apagou como um
desejo feito
quando a Porta Sacudiu e do corpo de Zee sua Sombra sumiu de traz da Luz da Vela
até o Outro Lado da Porta de Madeira
Zee perguntou quem é Você Ora quem acha que sou senhor Griston -
Sou Bilba Dark a fada e dentes e fantasias de doze aniversários seus – Sou sua Sonbra Disse Bilba
Dark .-que tinha Cheiro de Sabão em Pó e Pele de Porco ao esquentar uma Salsicha na Fogueira
Que vestia luvas em Couro de Dragão
e uma bengala Cravejada de Pedras em Brilhantes
ela se sentou no sofá perto da lareira e apontou suas Luvas e acendeu as velas novamente
o Padrasto de Zee acordou com a cara da Cor de uma Beterraba e disse
Quem é Você
Logo Bilba disse Zee você é um Kimbulo .
Zee perguntou eu sou o Que .
Um Kimbulo – Disse Bilba
Agora precisamos ir aquele Cão Bobão esta passando dos limites .
Senhora que Cão do que esta Falando .
Eu sou só um menino de doze anos com lição escolar a fazer
meu lindo rapaz não é todo dia que se faz doze anos você ainda tem três anos acha mesmo que já
viveu um milênio .
Impossivel senhora
o Padrasto de Zee amarrou uma corda na perna de Zee no sotão ele não vai .
E Bilba disse e imagino que um Grande Otário como você vai impedi-lo não é .
Otário é quem não é Kimbulo .
Bilba assoprou pra dentro da espingarda que deixou a cara de Julio cheio de Pólvora .
E eles seguiram caminhando eles voaram até o Cerrado dos Mineiros e
Zee perguntou Bilba fora Voando em uma Vassoura Dançante
e Zee foi na Bicicleta quando ele caiu e o que lhe caousou um feio machucado no joelho que
parecia o mapa do metro de Londres .
Zee vestia um Moletom Vinho , logo ele trocou de Roupa e colocou um Blusão Xadrez Acinzentado
e uma Camiseta Roxa com uma Folha de Bordô Abobora
e calçava All Stars Roxos com cardaços na cor de Queijo Xedar .
Eles entraram no meio de uma nevoa de Brilhantes Roxa em um espaço magico e Obscuro
Girando entre a Gravidade .
Num Vapor que Subia do tapete .
Quando Bilba Dark Murmurou “Lavirum”.
E começou a chover folhas de bordo com risos de criança
e Alegria .
Quando surgiu uma Porta com o Numero 45
Zee perguntou – Como vou Abrir a Porta -
Por Sorte quando você tinha dois anos guardei esse pedaço de fumo negro dos cachimbos de sua
avó Zee .
Bilba esfregou o Fumo nas narinas de Zee Griston
que deu um forte e barulhento espirro e a fechadura logo se dissolveu formando uma estrela
inversa .
E se escreveu sobre a Porta Zee Griston Magic Candles .
Estava ali ele dormindo dentro de uma Bolha que um Cão Grande e engraçãdo arrotava Varias
Bolhas Pela Boca
um Cão engraçado Chamado Mr. J
Bilba Pegou um Espeto de Limão e Furou a Bolha
Logo o Bebê caiu rapido no Berço
e logo se escreveu sobre a madeira “Viva um Sonho “
.
Logo Bilba tomou uma Poção Chamada de PollyBridge Potion e virou uma Fada Chamada Maria
Branca de Neve .
Zee fora parar numa Sala onde uma Cadeira Balançava sem Parar uma Sala muito Antiga um Velho
de Longos Cabelos Brancos e Cachecol de Raposa surgira .
Zee perguntou
quem é você .
Ora Bolas Quem acha que Sou senhor Griston
Sou Merlin .
Merlin apanhou uma cesta cheia de Chicletes e Guloseimas até Zee Griston apenas com os olhos
Onde exatemente estou senhor Merlin .
O senhor esta no Eixo da Magia Kim Sr. Griston
Certamente Bilba aquela sombra travessa o trouxe até mim seis minutos atrasada
Merlin tinha Barbas Roxas e um Chapéu na Forma de uma Abobora e tinha uma Doninha em torno
do pescoço e estava Perto de uma Cesta de Nabos e Café no Bule .
E usava Sapatos de Laprechaum .
O que exatamente esta acontecendo
já era tempo de lhe dizer Zee que você enquanto Brincava naquela Macieira exalou no mundo
vários encantamentos e isso pequeno Zee é um requisito importante pra consira-lo um Kimbulo .
Eu sou um velho Kimbulo de Varios Século Morto mas continuo a exercer meu Oficio .
Mais senhor o que é isso o que é um kimbulo .
Um Kimbulo senhor Zee são as pessoas mais inteligentes e exencialmente sonhadoras que exala no
universo magico o poder de viver seus sonhos mais profundos de uma forma concreta
devo crer que aquele pacto de sangue entre você e seus amigos os tornam iguaizinhos .
Zee Griston o Balão o espera .
Mais que balão é esse e eu não tenho nada pra Kimbulândia .
Como não tem nada seus sonhos no mundo kim são seu dinheiro o que precisara encontrara no
Deserto dos Queijos , Acho que Bilba já aguarda
há e boa sorte Zee .
Um Sapo Pulou dentro de um malão
e Zee viu areia cobrir completamente seus Tênis ele notara que aquilo era areia Movediça e sentia
que estava sendo puxado lentamente para baixo , era noite
e um besouro tilintava na areia como um Guizo de natal na areia Gelida do deserto como areia
brilhante Gliter .
E um céu muito estrelado Uma Chuva de estrelas Cadentes .
Zee estava sobre uma Arvore de Maçã
com Maria Branca de Neve sua Fada .
Que logo eles voaram num tapete persa até uma estalagem
num dia Chuvoso no Egito a nevoa Palida perto dos Troncos e Zee vestia uma Roupa Roxa e as
piramides estavam congelantes como se fosse chocolate gelado e estrelas cadentes .
Chamada Abobora Magica O Pônei Chuvisqueiro
Zee e Maria Branca de Neve , pediram Batatas Fritas e uma Sopa de Tomate e Pés de Galinha e Zee
ficou perto de um Mago com nabos e Doninhas de olhos azuis perto da Chaleira de Café perto do
Fogo da lareira e Tijolinho com um sapo grunhindo com visgo congelado nos pés . Usando uma
Blusa Azul e Amarela de manga longa .
Zee chegou ao Subterrâneo Magico de Kim
o Piso era Todo Quadriculado em Roxo e Branco como um Jogo de Xadrez
o sol sumiu sobre a superficie dando espaço um grande olho em forma de piramide que aquecia
tanto quanto o Próprio Sol .
Varias pessoas passavam com roupas épicas e elegantes
Zee passou pela Loja Preficalis
Baby Calderon e Consolem
Maria Branca de Neve retirou um Pergaminhou com algumas inscrições luminosas
O Senhor Zee Griston Kimbulo deve trazer a Kimbulândia :
-Uma Ampulheta Com Areia Harmoniosa
-Vestes do Primeiro Ano
-Luvas Encantadas
-Frascos com Arco-íris Liquido
-Besouros Mensageiros cintilantes
-Um Gato Egipcio ou um cão Reduzível
-Canetas Oculares que se adapte ao Couro de Animais
- Um Par de Sapatos pra Kimboll
e os Livros
-”Magia Principiante “”Fogo de Dragão a Pesadelos “ , “ Herbokim “
“Jogando Kimboll Aquatico e Solar “ “ Cosmopocus “ “Mistery of Azupocus “ “ O Salgueiro
Aromatizado” “ Berith” e orelhas de corvos de beirute .
e por fim os “Famosos Kimbulos dos Séculos “ “Kimboll Através dos Séculos “.
Onde encontraremos tudo isso
Maria Branca de Neve subiu na Vassoura Dançante junto de Zee Griston
e eles foram Até o Beco 483 Vale Magico .

Poplimingo Apple Ruivo


Zee Griston , estava numa dimensão onde Merlin o colocou numa missão
Merlin deu a Zee uma especie de Bola com Garras com de Rosa num Sol Vermelho
esse sol era Magico numa especie de Esfera e devia ser aquecido num tecido pra ficar Oculto
Zee enquanto isso devia Carregar o Sol do Sexo
que lhe daria Poder pra tudo que deseja-se ele então já livre de Julio
devia reunir os objetos magicos
o Termometro do Subsolo de Mercurio Hermes
o Eclipse de Ferrari
e o Djavu de Femme Fatale
e a Lista Secreta de Thalys
e a Bolsa de Hermes
ele Devia esconder o sol do Sexo num lugar onde ninguém o Encontraria
então ele se encontrou com um Anão vestido de Vermelho no Domingo
e ele disse que segundo a profecia
Zee devia colocar o sol dentro do Olho que serviria
como Bussola pra não ficar perdido
em meio a emensidão
Zee então colocou o sol de 5112 de 2011 e 2012 no olho quando ouve um cortex e o sol se
conectou com o olho de luz do deserto dos Queijos
e Zee viu que o sol do sexo havia se mudado pro olho magico de Thalys de Zedom no Deserto dos
Queijos
e então viu o Djavu de Femme Fatale no Ano novo do Coelho em 2023
e logo Paracelso surgira deixando o tempo em sua Hora como em 2011
Zee agora estava livre pra comprir sua missão ele parou pra pegar um coelho de Alice e cozinha-lo
e acabou com os fugiin fugiin
com a estrela de Igrelily de George
surgiu em sua mão uma especie de bussola oculta que funcionava como um pato e uma lampada
de Hold .
Dentro de um Chapeu vermelho .
Com o simbolo de Field , Hold , Malicia , e Banana um Coelho um elefante vermelho bronze e um
gato , uma porcelana branca , e um negrinho de Inside , um Golfinho , uma Gata, um Limão , uma
Boca de Mel , e um Acle .
A Bussola tinha o nome de Thalys
e era ativada quando apertava ela brilhava um Camelo que soltava Fumaça
que indicava a loclização do Caminho que Zee Griston devia seguir até o Vulcão no Cinemeca de
Portugal que se conectava ao olho de Thalys no Deserto dos queijos .

Zee estava vestindo uma Blusa Verde com um Broxe com um pingente de um coração cheio de
areia Roxa
Maria Comprou uma Capa da Invisibilidade Azul pra Zee Griston
uma Bolsa de Melchon Haagente Haguendaz Bernini .
E o Livro a montanha da Pedras Filosofais e o olho da Vespa
e Conto de Crave o O Olho e o Conto de Bupanpert .
“Global Fears e a Criança Cosmopocus Tiberi Griston .
Comprou luvas de Cervo um Pônei Chamado Julio .
E uma Coruja Chamada Azupocus e um Cão Chamado Nicolau Tochus Toxic Tijolus
Maria e Zee foram até o Banco de Kimgolden
Zee entrou no seu cofre que estava abarrotado de Gold Dreams
e parecia a Mina dos Anões da Branca de Neve e Maria pegou um ovo com um anel dentro preso
num cordão com uma pedra que parecia chocolate branco enrolado num tecido de couro de
Dragão .os Duendes Cabotoins levaram Zee por uma portinha numa escada dentro da mina do
banco
E ela disse que isso fique só entre nós .
eles foram até a igreja Kim St. Zedom
Toda de Diamantes
Zee passou por Fadas que eram feitas de Chocolate com Cabeças que pareciam da Cleopatra e
outras em Ouro com letras em elfico Roxo por Paredes que pareciam Gelocosmico roxo em espiral
perto do diamante do Castelo
logo Zee encontrou com Oripus
um senhor com aspecto de Javali
que trouxe até Zee uma Par de Luvas de Teia de Aranha do Branco ao Azul em Couro de Dragão
num com Azevinho e Fênix Azul .
Zee disse Tok Tok
e o Nariz do Velho Kimbulo virou um Salsichão
Maria tirou uma Nota que dizia 200 Gold Dreams
o Cão de Zee Maria Futrica mordeu o espeto perto da Bola de Cristal de Isis e Osires nos Tempos
de Cleópatra .
E Zee comrprou vestes com capuz em forma de vel roxo com um Dragão Vermelho as costas .
O rosto de Zee tinha varias sardinhas
como shopin de sardinhas
ele comprou uma pequenina Fadinha
e um Besouro Chamado Bimbo .
A esfinge estava como Chocolate congelado
e o Balaão na Plataforma de Omaha 5112
5 3\6 os ingleses estavam no bar bebendo Tonico Alcoílico
Zee se aproximou da fila de embarque com um Passe de Viagem no Balão com Varias Cabines
ele pegou um trem Paracelsos Hermes Borrachinha Fantasy Balloon
até o balão Seu Bilhete era a forma de um tijolo alado em ouro .
O Balão estampava na Lona Roxa Letras em Cor Abobora Kimbuland Express
Zee entrou no Balão e adormeceu
rumo a Firenze na Itália .
Zee se sentou na sua Cabine no Balão uma cabine de Madeira com Vidraças e cortinas Negras com
estrelinhas na cor Preta
Porem ele se sentia muito Sozinho
para onde aquele enorme balão o levaria do lado de fora da janela dava pra ver a neve Caindo Zee
estava Voando sobre uma Enorme Montanha Roxa de Alpes de Neve
quando não acreditou no que estava vendo era seus melhores amigos
Loryn que estava agora Magra e Otavio Oliver e Doug elas diziam Zee , Zee nosso amado Zee .
Eles disseram Yoshy Roxo e Camas Surgiram
Loryn deitou-se junto de Zee acariciando seus cabelos até o menino adormecer
Doug deu um Berro alto e incomodante disse pra Otavio Desembucha
eles estavam com fome
quando passou uma senhora com um Carrinho de Guloseimas
Havia Pirulitos de Bolhas , Ovos Alados de Chocolate com Cards em forma de Pentagono com os
kimbulos famosos de todo mundo
feijõezinhos com sabor dos sentimentos Amor Alegria Entusiasmo Criatividade Amizade e Saudade
Push Pop e Baba de Bruxa , e Tortinhas de Abobora e Cup Cake e Panetone com Gotas de
Chocolate Zee mostrou varias Moedas e Gold Dreams pro seus amigos que disseram Uau .
Eles encontraram Erick Vilarinho ,que tinha a cara de Buldogue na Opinião de Zee sua Sombra era
um Palhaço Assassino Zee não imaginava como ele também era um Kimbulo .
O balão desceu na Itália a Meia-Noite
eles foram pra Firenze
eles ficaram a Frente uma Loja de Brinquedos , quando Loryn Olhou um Unicornio correndo atraz
da loja e viu uma menina virando Fumaça Vapor Magico em Brilhantes azul e sumiu
sugada pelos Canos de Ar
Gente temos que virar fumaça é Obvio
Zee abriu seu livro e disse “Forma de Davi “.
Os meninos foram parar sobre um monte de poeira num Hotel sobre um armário
.Todos estavam descendo uma escada em um alçapão , havia um porão ali e uma kimbulo negra
absolutamente linda e elegante que dizia :
-Rápido Garotos , Rápido antes que os Vejam .
Todos escorregaram em escorregadores de Mármore
caindo sobre um monte de algodão de Mércurio Hermes
- Esta é uma das três passagens pra o Castelo de Kimbulândia
Alunos esta Escola Foi Fundada a Séculos com o devido proposito Kimbolizar Cada um de Vocês
Por trás destas paredes de mármore esta situda a grande Mesa Kim
e seus bens e pertences serão levados aos sonhos de cada um de vocês no primeiro dia
e nada de pegadinhas catastróficas é aceita aqui agora vamos até a Sala Primordial
Os Portões já foram selados Cada aluno Aqui mordera sua Maçã e sera selecionados para suas
Casas Elas São Luminarios Americus Little Owl e Cervogrifo a Arvore do Deus da Magia espera
por Vocês a arvore de Zedom .
disse a Professora Senior Rose Marry uma Kimbulo de olhos claros e Cabelos que arrastava até a
grama do Saguão e lembrava Hecate um menino Quentin Pegou um Sapo Chamado Chaveiro e a
Kimbulo Deu um Olhar Severo .
Erick se aproximou de uns meninos e disse então é Verdade Zee Griston esta mesmo em
Kimbulandia
os outros alunos diziam Uau Zee Griston , Zee Griston ...impossivel , Brilhante
Mario Pegou um Grande Lamparina um homem Grande e Corpulento
e disse por aqui meninos ele se aproximaram do Castelo e se ouviu o Som de uma Opera de Sapos
ao se olhar o castelo de kimbulândia e as crianças ficavam Boquiabertas olhando a Torre que
levitava separada o Castelo Parecia o Castelo da Disney negro assombrado e magico A catedral
Circular .um Trono imponente de Sabath em Roma .
As vidraças eram Roxas
eles foram em direção a arvore de Zedom
podia se ouvir o som de guizos de natal e brilho e neve magica uma menina dizia a sua amiga
Comprei a coleção completa de Britney Regina Crash a Kimbulo que tem as canções mais
poderosas do Pop Magic e do Cantor Angelo Neon .
Não é de verdade este teto só foi enfeitiçado pra parecer o cosmo a noite eu li sobre isso em
Kimbuland uma História .
E Arvore era uma arvore com maçãs douradas que ficava a levitar
com letras em elfico lilas com o nome de cada um dos kimbulos
o professor de Turbante Vermelho Will Stick estava a Mesa lançando um olhar de severo natalino a
Zee Griston ;
eles colocavam um Cahpéu Vermelho na Cabeça e eram selecionados pra suas Casas após morder
duas maçãs o Chapéu do Caçador da Branca de Neve .
Linde Frow apanhou a primeira Maçã Erick Vilarinho o garoto sorriu e se deu uma mordida em sua
maçã e foi pra Americus
logo o professor apanhou outra maçã Lorrayne Scatena e a Garota chorou Bronze e Foi pra
Luminarius
e logo Otavio Oliver que mordeu sua maçã e foi pra Luminarius
e Disse Quentin que Mordeu sua Maçã e foi pra Little Owl segurando o Sapo Chaveiro Bass Bass
e logo Talibrine Nicole Corujine Filosofo Oz que foi pra Cervogrifo .
As velas de lua que iluminavam todo o ambiente ficavam a flutuar no teto estrelado
logo Logo o professor pegou mais uma maçã uma maçã Grande e Viçosa com seguinte nome Zee
Griston Pètrificado .o garoto se pois a frente e deu uma mordida na maçã misteriosa .

2- As Lagrimas de Ouro

A Iris e Pulila de Zee haviam sumido completamente . O pequeno Zee estava Girando no Ar
levitando como se ouvesse uma imensa dor e fraqueza quando começou a chorar Ouro , Ouro
liquido e em seu rosto formou-se a letra “ Z “ e então antes dele cair daquela altura
Rose Marry disse Liderius e o menino caiu no Chão logo se ouviu como em alto falantes
“LUMINARIUS” . Zee então se lembrou do que Bilba havia lhe contado a lenda do filho proibido
do Deus da Magia o filho de Zedom a criança que era o fruto proibido o filho de Zedom .
A profecia que uma criança choraria as lagrimas de ouro .
Antes de ir pra Kimbulandia a Mãe de Zee fez um par de lentes de contato magicas feitas de pedras
Filosofais pra proteger os olhos do menino .
Merlin disse que começe o Banquete !!!
com Aves e maçãs e milhares de delicias do mundo todo ali . Feito pelos Elfos Azupocus Linces.
Todos os professores começaram a
32 33
cochichar coisas como “impossível, impossível”. “O que poderia
ser impossível?”, perguntava-se Zee em seus pensamentos.
Então ele acabara de lembrar o que Bilba Dark havia lhe falado
sobre Zedom e a lenda do fruto proibido. A história do filho
lendário que, segundo o que Bilba havia contado, seria o filho do
Deus do Mundo Kim. Zee Griston começou a entender, mesmo
assustado com todos aqueles olhares. Algo lhe fazia sentir-se bem
e feliz de estar do lado dos Luminarius, que para ele representava
o lado do bem no Mundo de Kim e em Kimbulândia. Seus amigos
com certeza nada sabiam sobre a história que Bilba havia lhe contado.
Todos estavam sorridentes naquele momento, como se nada
pudesse abater tanta alegria. A magia em Kimbulândia naquela
noite mágica caia do teto formando o emblema de um gigantesco
dragão. Todos estavam agora felizes e presentes naquela noite surreal,
que ficaria para sempre na memória de Zee. Mas o que havia
por trás daquelas lágrimas? E o que significa “Z”, além de ser a
inicial do nome de Zedom e de Zee Griston? O que mais poderia
haver por trás deste grande mistério?
– Para os aposentos! – gritou uma escultura do Rei Salomão.
Para os aposentos!
E todos foram, enfileirados, descendo todas aquelas escadarias
em forma espiral até os quartos da ala dos Luminarius. Cada
aluno tinha seu próprio quarto e todos os seus pertences já haviam
sido levados a cada aposento da enorme catedral redonda, que
mais parecia o grande Coliseu romano. No quarto de Zee havia
lindas cortinas nas vidraças e em torno de toda sua cama, estampadas
com vários sóis, estrelinhas e átrios amarelos sobre o azul
royal do tecido; o estofado do colchão era extremamente macio,
como se afundasse em uma nuvem e, ao longe, via-se todo o bosque
e florestas incrivelmente exuberantes. A lua estava, mais uma
vez, bem cheia e alaranjada, como naquele sonho no qual os ovos
se quebravam em um saco de papel. Mesmo o barulho de Bimbo,
o besouro, não foi suficiente para fazer o dono das lágrimas de
ouro dos Luminarius se incomodar, visto que Zee Griston acabara
de dormir.
O sol nascera. Zee estava contorcendo-se por toda a cama,
criando forças para levantar-se quando ouviu um barulho alto
que o incomodava vindo dos corredores da área lateral dos outros
quartos. Era o fiscal dos Luminarius dando batidas estrondosas
às portas de todos os quartos, batidas realmente fortes. O garoto
correu, tirando todo seu pijama de corações, indo até seu banheiro,
onde observou um forte jato de água cair de um chuveiro que
tinha a forma de um peixe de metal que soltava uma água quente,
quase escaldante, de sua boca. A pasta de dentes tinha sabor de
amendoim e todas as toalhas eram invisíveis. Era hora de ir para
a aula de Controle do Tempo. Zee vasculhara todas as suas coisas
procurando seu par de luvas e sua ampulheta. Havia combinado
de se encontrar com seus amigos perto da escultura do Conde
Drácula, próximo da escada giratória no primeiro andar. Quando
chegou lá, não havia ninguém; provavelmente eles tinham se
atrasado. Longe, ao meio das pilastras de mármore da gigantesca
catedral, Zee viu algo brilhante surgindo, nem imaginava um homem
tão brilhante e com vestes tão engraçadas.
– Olá! – disse o garoto com um olhar duvidoso.
–Olá? Como me diz olá por Zedom? Sabe quem sou eu,
garoto?
– Hum... Não. Quem é e o que é o senhor?
– Sou o gênio Kasmín. Vivo em Kimbulândia desde antes
de o senhor nascer, exatamente há trinta séculos. E não me peça
para realizar nenhum desejo, pois não posso; aliás, nenhum gênio
34 35
neste lugar pode, pois aqui existem encantamentos muito, muito
poderosos que nos permitem apenas viver aqui e nada mais.
O gênio muito gordo e vermelho ou Lilás cosmico num caldeirão saiu procurando uma de
suas namoradas que, segundo ele, havia sida presa em uma esfera
por um dos alunos da Americus. Não era só isso que existia de
diferente naquela escola, à noite ouvia-se uivados na floresta de
Gregório e, segundo alguns alunos, a encanação da escola era interligada
com a do Vaticano e lá havia um bando de zumbis, mas
graças aos encantamentos dos professores, nenhum deles jamais
conseguiu passar pela segurança. Através dos vidros dava para ver
vários meninos do último ano fotografando as belíssimas sereias
no Rio das Fadas dos Dentes. Dizem que no fundo do rio, as fadas
dos dentes depositam os dentes de leite de todas as crianças dos
Mil Mundos, com a intenção de que um dia as crianças as libertem.
As sereias balançam suas caldas e sorriem felizes para as fotos.
Quando chega o inverno, elas viajam para longe à procura de um
lugar mais agradável e depois retornam.
Toda a comida do castelo é a base de caça e é preparada na
gigantesca cozinha mágica de Kimbulândia e tudo, tudo com a
ajuda de anões escoceses que devem tributo e lealdade à escola por
permitir que eles mantenham suas minas no subsolo do castelo, de
onde extraem muito ouro e vários tipos de pedras preciosas vendidas
a alto preço a sonhadores do mundo real. O Rio das Fadas dos
Dentes serve como campo aquático para o maior jogo no mundo
Kim, o kimboll. Ao longe, Zee via alguns Luminarius treinando
contra os Americus quando apareceu Otávio com a cara cheia de
marcas do travesseiro e pasta de dentes na gravata de seu uniforme.
Em seguida, Doug e Loryn também apareceram discutindo
sobre o sumiço de certo coelho chamado Bilde.
– Você, Lolo Plomp, pegou a Bilde e desapareceu com algum
daqueles feitiços, sua Kim lunática eu vi você conversando com o Poltergaist Birra e a
Fantasma Jo -que -esta -sem -cabeça.
– Hey, Doug! Não acha mesmo que vou perder tempo com coelhas,
não é mesmo? Acho que você anda usando alguma daquelas
drogas mágicas com aqueles meninos do quinto ano.
Zee pediu para os amigos pararem de brigar. Todos já estavam
3 minutos atrasados e isso, para uma aula que relativamente
era sobre tempo, era realmente muito, muito importante.
Todos os alunos entraram na sala e sentaram em suas carteiras
de madeira, que tinham forma de lua minguante. Em seguida,
ouviram uma porta fechando e um kimbulo com vestes de sangue
entrou pela porta. O ambiente era sombrio, totalmente obscuro
e muito frio.
– Meu nome é professor Will Stik e, esse ano, serei o professor
de Magia do Tempo. Todos com suas ampulhetas. Abram seus
livros, agora.
O kimbulo lançou um olhar muito misterioso e hostil a Zee
Griston, como se houvesse algo de errado com a presença do garoto
naquela aula, mas, ao decorrer da aula sobre objetos e artefatos
capazes de interferir no tempo do passado, presente e futuro, o
pequeno Zee percebeu que o professor o ignorava, fazia com que
ele se sentisse insignificante ali, como um nada. Zee parou para
pensar. Será que isto era porque, após ter mordido aquela maçã e
suas lágrimas terem derramado ouro, havia se tornado uma ameaça,
diferente, anormal? O professor fez com que Zee se sentisse
de uma forma negativa durante toda a aula, como se ele fosse diferente
do resto da turma.
Erick Vilarinho se deu muito bem com o professor. Os dois
eram iguaizinhos. Em alguns segundos o professor kimbulo fez
sua ampulheta rodopiar, voltando todos ao começo da aula. Se
não fosse por todos os encantamentos naquela escola, Griston vol36
37
taria até aquele momento e jamais teria mordido a maçã. Seus
amigos evitavam tocar no assunto. Agora, com certeza, todos os
três já sabiam exatamente o que realmente acontecera na noite anterior
e o porquê do grande espanto dos professores e dos alunos
mais velhos. Ao sair da aula, Zee encontrou um bilhete rabiscado
com uma magia misteriosa, que não parecia coisa de um aluno,
com as seguintes inscrições:
Ao lágrimas de ouro, cuidado.
As trevas já sabem que a lenda é real.
Apenas T.C. pode viver.
Z. Morrerá.
Ao Sortunus.
O garoto saiu correndo ao encontro de seus amigos, assustado.
Como poderia haver algum traidor na escola? Como poderia
alguém ameaçá-lo de morte em seu primeiro dia de aula? Assustado,
ele abriu a porta da gigantesca biblioteca rodeada de gênios
ranzinzas e duendes e deu um grito:
– Loryn, Loryn.
A menina ficou boquiaberta ao ver o bilhete. Como alguém
poderia matar seu melhor amigo? E ela sem poder fazer nada. Mas
não era só isso. Otávio trazia seu besouro e, junto com ele, uma
revista com Zee Griston estampando a capa com a seguinte inscrição:
“Será Zee Griston a Lenda de Zedom e do mundo Kim?”
– É claro! Agora sei o porquê do aviso na minha porta. Alguém
deve ter mandado mensagens para a imprensa de Kim,
todo o nosso mundo já sabe das lágrimas e do “Z” em meu rosto.
Como não percebi? Agora aquele bando de kimbulos que eu vi
na Consolem virão atrás de mim.
– Consolem? O que é isso, Zee? – perguntou com curiosidade
Loryn. – Escutem. A Consolem é uma loja estranha e obscura que
eu vi no centro de Kim quando fui com Bilba Dark comprar meus
materiais. Ela me disse que eles são praticantes de feitiçaria das trevas,
proibidas pela policia de Kim. Eles praticam rituais, evocam
espíritos maus, entre outras coisas. O pior de tudo é que nenhum
deles possui alma; são capazes de matar qualquer um que cruze o
caminho deles. A maioria está na prisão de Kim; o resto está livre
por aí, adorando e cultuando Magnus, um feiticeiro que enganou
os grandes kimbulos e deixou os nossos mundos dominados por
caos e trevas. Ele matou Zedom e com certeza vai me matar também
– disse Zee com muito medo e aflição.
– Impossível, Zee, Magnus morreu. Após a árvore, ele jamais
retornou, ele é controlado por uma prisão de todos os poderosos
Kimbulos e Alquimistas do bem inclusive o próprio Merlin . E
outra, você é a lenda, o filho de Zedom. A lenda não é mais apenas
lenda. A lenda morreu. Agora é realidade. Você chorou lágrimas
de ouro. O filho de Zedom é você, tem que ser você. E enquanto
estivermos aqui, nossos sonhos estarão protegidos por essas paredes.
Ninguém, nenhum kimbulo das trevas pode te atacar. E
para te atacar, terá que nos atacar também – disse Loryn muito
confiante.
– “Chamanum”! – murmurou Doug com suas luvas e o bilhete
se queimou por inteiro.
A tarde se passou e Zee não conseguia tirar de sua mente
aquela mensagem deixada naquele pedaço de pergaminho. Algo o
assustava. Visões estranhas o perturbavam, como quando aquele
grande Z cobriu sua face no galpão principal. Os kimbulos fechando
as cortinas na Consolem, tinha medo de que sua família
estivesse correndo algum perigo, medo de que os kimbulos do mal
38 39
fizessem algum mal a sua mãe ou sua avó que ele tanto amava. Mas
não era só isso que o preocupava. As aulas estavam extremamente
difíceis, além do mais, ele nem tinha ideia de como começar a
mexer com o tempo e ele ainda tinha que decorar 330 encantamentos
em uma semana para as primeiras provas dos principiantes
para professora Rose Marry que, por acaso, era uma kimbulo
incrível na opinião de Zee Griston. Deu-lhe uma bola aquática da
marca Fidelius a melhor do mercado Kim.
Na visão de Griston, Kimbulândia era uma grande cidade,
nada diferente de Cansville. Ao longe, viam-se várias lojas nas
quais os alunos podiam comprar objetos irados para as aulas e
outros mantimentos para suas criaturas fantásticas. Loryn estava
se divertindo muito no Salão de Gilda Matilda, onde todas as
kimbulos não saíam, sempre ficavam lindas com penteados e visuais
extremamente exóticos e ousados. Os cinco dragões da Arábia
acorrentados por correntes mágicas e alguns encantamentos
que passavam longe dos conhecimentos dos alunos do primeiro
ano protegiam os terrenos de toda a propriedade de Kimbulândia
de qualquer ataque ou kimbulo das trevas. Doug e Otávio
estavam empolgados colecionando cards de criaturas Kim, como
Carubras, que são metade coruja, metade cobra; e Gnorcegos, os
gnomos vampiros.O Correio passou por kimbulândia numa revoada de Corujas e levou ate
Zee um jornal a Chave foi Roubada dos Cofres de Kimgolden os Duendes admitem que
nada foi roubado a chave era a chave de um portal e estava um Gênio Cosmico Roxo e
Merlin na capa do Jornal o Porfecista Times .
A chuva estava forte naquela noite e pelas vidraças do grande
Galpão da enorme estrutura redonda viam-se vários raios batendo
forte no coro dos gigantescos dragões acorrentados, que estavam
muito irritados e lançavam várias bufadas de fogo céu afora. A
comida estava deliciosa, mas Griston mal tocou em sua sopa de
couve e carne. Os kimbulos professores, ao centro, esbaldavam-se
com vinho português. As canelas de Zee já doíam de tanto o garoto
dar batidinhas no metal colado na madeira da gigantesca mesa;
em seu prato, existia apenas o reflexo das cinco pequeninas luas
que iluminavam o saguão. Seus amigos comiam sem parar. Pouco
depois, Zee e seus amigos recolheram-se para seus quartos, mas a
insônia de Zee Griston era inquietante. Nada se ouvia ou dizia em
Kimbulândia sobre os últimos acontecimentos. Sua cama estava
quente e confortável, quando ele ouviu um estranho rangido em
uma das portas dos corredores da ala dos Luminarius. Zee calçou
suas pantufas de coelho e saiu caminhando sobre o corredor.
Tudo estava escuro, não dava para ver nada, apenas era possível
ouvir os passos de Zee Griston, que seguiu caminhando e desceu
a gigantesca escada de espiral até uma porta grande, muito grande
de metal enferrujado. Ela estava entreaberta. Quando entrou, o
menino viu ali, desacordada no chão, sua amiga Loryn rodeada de
velas negras que formavam uma grande estrela, um pentagrama.
Sua amiga estava presa e amordaçada por cordas vermelhas que
prendiam seus pés, mãos e boca. Ela estava desacordada e com
um corte em seu antebraço, com a seguinte inscrição “As Trevas
acharão e destruirão Zee Griston”. O menino saiu assustado e,
gritando, subiu até o corredor do quarto dos professores, batendo
forte em uma porta de madeira. Dali saiu a professora Rose Marry
que, assustada, logo perguntou:
– O que faz fora de seu quarto, senhor Griston?
– Senhora, os Sortunus acharam minha amiga. Precisa ver o
que fizeram com ela. Ela esta na sala negra, perto da ala dos Americus.
Professora, há traidores nesta escola.
– Deve estar tendo pesadelos, senhor Zee, mas irei ver o que
está acontecendo.
Quando eles chegaram ao encontro da senhorita Loryn Scatena,
a professora ficou extremamente assustada. Apanhou seu par
de luvas, murmurou “Aprumus Foul” e a garotinha desacordada
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acordou muito assustada. Logo todos os professores já estavam ali
e junto com eles vários alunos de pijamas. Todo mundo achou que
Zee havia praticado tal magia negra Kim dentro dos terrenos de
Kimbulândia.
– Quem lhe fez isso, senhorita? – perguntou, espantada, a
professora Judite Dingol.
– Bem, eu não sei, senhora. Estava saindo da livraria perto
do Salão com algumas meninas e encontrei este sapato. Senti
como se estivesse sendo seguida. Depois do jantar, fui para meu
quarto e ouvi uma garotinha pequena me pedindo ajuda contra
o gênio Silvano Hilme e ela me trouxe ate aqui. Quando vi, ela
havia se transformado em um grande espectro negro com luvas
de carne, murmurou algumas palavras esquisitas, me prendeu em
torno deste círculo de velas, fez aparecer um punhal de suas luvas,
escreveu isto que está em meu braço e sumiu como vento. Depois,
eu dormi. Só me lembro disso.
Todos os professores ficaram extremamente assustados com
as revelações da garotinha e acharam muito misterioso e intrigante
o fato deles terem ido atrás da senhorita Scatena e, na opinião do
próprio Zee Griston, já era óbvio que os Sortunus Magnistas já
sabiam sobre as lágrimas de ouro e viriam atrás dele, mesmo em
Kimbulândia. A professora Judite Dingol fez todas as pequeninas
luas iluminarem o ambiente daquela sala e ela avistou um sapato
caído perto da janela da sala negra. Tal sala era usada apenas
por professores para treinamento avançado de proteção contra as
trevas. O solado do sapato encontrado era aveludado e continha
a seguinte inscrição: “Consolem”. Todos os professores e muitos
alunos sabiam que ali nos terrenos de Kimbulândia existiam alguns
kimbulos praticantes da alta magia negra e eles voltariam
atrás de Zee Griston. Mas quem seriam e o que queriam?
Na manhã seguinte, a professora retirou Zee, Doug, Loryn e
Otávio da aula de Transformação Hospitalar à base de Arco-Íris
Líquido e os levou até sua sala, dizendo que precisava falar seriamente
com os quatro. A sala era linda, cheia de aquários e luzes
incandescentes com um carpete de flores por todo o chão.
– Bem, jovens senhores, eu preciso alertá-los de um perigo
terrível. Eu e mais alguns professores examinamos aquele sapato
e ele pertence ou pertenceu a ninguém menos que Terenzo Crack.
Certamente vocês jovens do primeiro ano não sabem quem é
Terenzo Crack; ele é o maior Kimbulo das Trevas, totalmente maligno
e um magnista que assassinou vários kimbulos. Impossível
de ser capturado e muito menos destruído, ele é muito rápido e
pratica magias muito, muito poderosas; todas, é claro, à base de
Alquimia Negra, tudo dentro da Goétia. Ele deve ter descoberto
sobre as lágrimas através de algum Americus, sendo ele um antigo
kimbulo desta turma. Ele é quase imortal. A senhorita Scatena
teve muita sorte dele não ter bebido todo o seu sangue, que é o
que ele faz com a maioria de suas vítimas pelo mundo afora. O
Governo Kim já está devidamente avisado sobre o ocorrido e nossa
escola está recebendo a polícia de Kim, enviada pelo grande olho
de Zedom, que presumo queira protegê-lo, senhor Griston, pois a
lenda acaba de se tornar realidade. O senhor é o filho proibido de
Zedom, o único o dono das legítimas e sagradas lágrimas de ouro
dos Mil Mundos Kim. Cuidado é tudo que peço aos quatro, pois
um pacto de amizade envolvendo sangue os tornam iguais. E um
jeito fácil de atacar o senhor Zee seria destruir e aniquilar primeiros
seus amigos ou sua coragem – disse a kimbulo.
– Mas se todos eles já sabem, senhora, eles vão nos pegar. Não
temos como nos defendermos precisamos de ajuda. Antes de vir
à escola estive com Merlin; ele disse que estava morto, mas que
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ainda exercia seus ofícios e que se ele pudesse, nos ajudaria – disse
Zee aflito.
– Meu caro, Merlin está e sempre estará aqui e em todo lugar.
Mas é impossível que o senhor tenha estado com ele, pois ele
só aparece para kimbulos da Confederação Governamental Kim;
não para devaneios de um garoto de doze anos. Mas, se isto for
verdade, a coisa é bem mais séria do que presumia. Zee Griston,
aproxime-se.
A kimbulo trouxe um sol, que na verdade era um espelho
com luzes em seu contorno, e colocou em frente ao garoto. Logo,
com um forte, empurrão o garoto foi parar caído às margens de
uma ilha toda em pedras brancas, onde as ondas do mar batiam
com força em seus pés, molhando todas as suas calças. Ao topo
da ilha havia uma casinha de madeira e um lindo bosque, cheio
de borboletas e gnomos jardineiros que cuidavam das árvores de
sabugueiro repletas de abelhas. Zee subiu e logo atrás dele viu os
seus três amigos tentando sair da água. Os quatro foram juntos
até a casinha; havia uma porta de pau muito velha com uma placa
“faça um desejo”. Zee, então, aproximou-se e disse:
– Desejo ver o kimbulo Merlin.
E a porta se abriu. Estava novamente dentro da casa pequena
e aconchegante do velho e simpático Merlin, mas agora com seus
amigos. O kimbulo, continuava a se mover em sua cadeira de
balanço e agora levava à boca um cachimbo com fumo, que lembrava
muito o da avó de Zee. Os quatro ficaram observando o ambiente
por alguns momentos e, em seguida, Zee começou pedindo
licença ao velho senhor kimbulo que, antes de ouvir mais alguma
palavra do pequeno Zee Griston, ofereceu-o uma generosa xícara
de chá de erva cidreira. Os garotos, agradecidos, recusaram e, logo
em seguida, começaram a contar ao kimbulo sobre tudo o que
havia acontecido. O velho kimbulo ouviu calado até o fim e, em
seguida, disse:
– Meus jovens, eu já imaginava que suas jornadas acabaram
de começar desde que vi seus olhos brilhantes ao meio das minhas
areias. Senhor Griston, bem, em nada posso lhe ajudar, a única
ajuda que posso te dar é um presente de natal. Então, vamos lá.
Para o Griston, tenho um travesseiro ouro djin que o ajudará em
suas aventura contra todo esse bando de kimbulos das trevas que,
a essa hora, já estão a sua busca; à senhorita Loryn Scatena posso
conceder um pouco do meu poderoso spray de arnica mágica; ao
senhor Otávio Oliver, um cubo de cristal com nuvens tibérias, as
mesmas usadas por sua avó, senhor Griston; e ao calado Douglas
Miller, um arco que eu mesmo usei em vários combates contra
o Sortunus Vendramine em algumas de minhas batalhas na juventude.
Agora, por favor, preciso tirar minha soneca da tarde. E
peçam para a professora Rose Marry não me incomodar, digam a
ela que já estou morto, sou apenas uma lembrança kimbulo e não
um policial de Zedom. Ah, senhor Zee é bom o vê-lo e, mais uma
vez, boa sorte, rapaz.
Os quatro saíram correndo da casinha e foram até as margens
de pedra na ilha. Eles se jogaram na água tão salgada e, quando
perceberam, estavam totalmente secos e de volta à sala da professora,
trazendo com eles os presentes recebidos do velho kimbulo
morto Merlin. Zee voltou para aula e deixou cair bastante arco-íris
líquido em uma das páginas de seu livro. Uma página parda que
dizia claramente: “Objetos para uso em aventuras perigosas” e, em
uma das figuras dos objetos estava ali um travesseiro, como aquele
que acabara de ganhar do próprio Merlin naquela mesma tarde.
Após o jantar, Zee foi para seu quarto e deitou-se. Ao apagar
as pequeninas luas que iluminavam o aposento, percebeu que o
44 45
travesseiro brilhava intensamente. O menino não hesitou, colocou
o travesseiro em sua cama exageradamente macia e deitou-se,
fechando os olhos com muita força. Então, Zee foi parar em um
vilarejo, onde nevava fortemente, a neve cobria todas as suas vestes
e fazia muito frio. Apanhou suas luvas brilhantes e murmurando a
palavra “prefunde” fez aparecer um lindo e quente casaco de pele
de urso. Ali, naquele local, ele viu um rapaz sendo atacado por
um kimbulo vampiro. Nenhum deles podia vê-lo, mas ele aproximou-
se mesmo assim para ouvir a conversa. O Kim vampiro dizia
claramente:
– Terenzo Crack retornará e aquele maldito garoto será expurgado
de Kimbulândia em breve, seu imbecil. Entregue-me o
selo de Raum e o pouparei.
O outro, com muita dor, respondeu à altura:
– Jamais, seu assassino. Eu nunca entregarei o selo e nem direi
com quem está. Zee é a esperança do meu mundo, ele é o Garoto
Proibido, filho de Zedom. Ele destruíra todos vocês, malditos sortunus,
e quando isso acontecer, sorrirei, mesmo que esteja morto
ao lado dos fiéis a Zedom e Merlin.
O vampiro kimbulo rapidamente sugou todo o sangue do
rapaz kimbulo e o vampiro Kim foi-se embora em meio à neblina
daquele vilarejo. Zee aproximou-se do corpo do rapaz moreno de
vestes verdes que estava caído sobre a neve e magicamente apareceu
um livro com as palavras “Os Olhos do Armagedom” escritas
na capa. Zee apanhou o livro e saiu correndo, fugindo de alguns
kimbulos que acabavam de chegar trazendo com eles tochas de
fogo extremamente violetas. Zee tropeçou e acordou novamente
em seu quarto em Kimbulândia com aquele misterioso livro em
suas mãos.
No dia seguinte, Zee acordou cedo e foi para a cantina. Levou
consigo seu mais novo livro que, pra ele, trazia mensagens necessárias
para colocar fim a todos aqueles tormentos que estavam
tirando a felicidade de seus olhos, os quais já não estavam brilhando
mais. Após mastigar seu prato com feijão doce, bacon, ovos
fritos e batatas e suco de laranja, Zee abriu o livro e na primeira
página havia a seguinte mensagem: “Para o Lágrimas de Zedom,
com amor, papai .” Zee também achou um álbum de bebe de seu pai no mar de Jonas com
ele no colo vestido de azul bem escuro na praia com sua prima Claudia e sua mãe ;
Zee não acreditava no que acabara de ler. Aquele livro havia
pertencido ao seu pai, que não estava mais ao seu lado. Não parou
de pensar um instante em como seu pai já sabia que ele era o filho
de Zedom. Como tal coisa poderia ter acontecido? Pensou Zee.
Mas Zee imaginava que uma coisa era certa; ele havia acabado de
ganhar um mais novo grande amigo: Merlin, que o presenteou
com aquele magnífico travesseiro de sonhos absolutamente reais
e mágicos.
– O que é isso? – perguntou Otávio.
Então Zee contou aos seus amigos tudo o que acontecera.
Eles ficaram ouvindo em seu quarto, sem acreditar que aquilo
tudo realmente tivesse acontecido. Todos se abraçaram e olharam
o céu fora da vidraça, lembrando e rindo, de alguma maneira, felizes
por terem conseguido fugir do professor Oscar em Cansville,
mas assustados com os perigos e outras coisas que nunca passaram
por suas cabeças. Porém, uma coisa se mantinha firme, os ZLOD,
aquela amizade, uma vez jurada ser eterna, agora se fortalecia a cada
segundo perante tantos encantamentos e perigos em Kimbulândia.
Eles tiraram uma câmera fotográfica mágica e retrataram aquele momento
com um sorriso feliz, emoldurando a foto sobre as paredes
de mármore nos aposentos de cada um deles, com a seguinte frase
reluzindo sobre seus rostos: “Magicamente amigos para sempre.”
Todos os alunos da Luminarius e Americus acompanhados de
46 47
seus cães e gatos encantados seguiram o professor Alejandro Volps
que lecionava História Kim. Caminharam até o bosque dos perdizes
e dali se teletransportaram, dentro de um baú velho e antigo,
até um cemitério em Roma, em uma excursão para observarem a
tumba do antigo imperador romano Júlio Cesar. Depois, foram
até Paris, ao encontro do velho morto Leonardo da Vinci, que
morava no subterrâneo de um restaurante perto do museu Kim
Louvre Mil. Ali o kimbulo nada dizia, mas estava fazendo uma
pintura engraçada acima de vários entulhos em uma sala iluminada
a velas de lua. Ao olhar nos olhos de Zee Griston, o pintor famoso
kimbulo começou a usar cores do marrom ao verde em sua
pintura, como os olhos de Zee Griston que, rapidamente, notou
que o kimbulo estava pintando um escravo com uma rocha em
suas mãos e na rocha, que era muito bonita, havia agora a forma
de um lindo cavalo se movendo, levando consigo as cores do olhar
de Zee Griston.
Logo em seguida, eles foram a mais um lugar; foram para
as lindas praças em Lisboa, viajando, mais uma vez, pelo mágico
teletransporte a baú. Ali já anoitecera. As esculturas dos belos
leões dourados se abriam dando lugar para uma porta de grades.
O professor disse às alunas kimbulos que a menina que usasse
com maior habilidade o encanto “Limon” e preparasse a melhor
limonada ganharia uma bela tiara cheia de pedras reluzentes como
presente. A senhorita Loryn Scatena rapidamente aproximou-se
e disse bem alto “Limon Gargadus” e uma enorme jarra apareceu
com uma deliciosa limonada de limão china. Toda a turma de Luminarius
e Americus se deliciou tomando a limonada em copos de
madeira. A garotinha saiu dali naquela noite com uma linda tiara
de pedras, que eram mais lindas que próprios diamantes.
Novamente eles retornaram ao colégio. Já era hora do jantar
e Zee nem havia começado a ler o misterioso livro que achara naquele
povoado sobre aquele sonho encantado. O dia seguinte era
o grande dia de Kimboll e todos da turma estavam muito excitados,
pois kimboll era o melhor jogo do mundo. Todos os meninos
e meninas estavam totalmente malucos com suas bolas aquáticas
e Zee notara que o campo aquático mágico já estava sendo preparado
para o primeiro jogo. Os novos jogadores seriam escolhidos
entre Luminarius e Americus para jogar os 14 jogos daquele ano..
Otávio estava muito ansioso e esperava ser o centroavante com
todas as suas forças; já Zee ficaria muito feliz sendo apenas um
goleiro. Enquanto Doug amarrava os cadarços de seus tênis ao
caminho de seu quarto ficou surpreendido com dois garotos do
terceiro ano brigando por causa de um apito de Merlin. Um garoto
era da Luminarius e o outro da Americus; um deles dizia:
– Seu idota, vou acabar com você. Eu serei o juiz, ok?!
O outro dizia:
– Hey, Frank, não mesmo. Acha que não sei que vai roubar
para os Americus? Tenho certeza que este ano o juiz será um professor,
caso não tenha notado, hoje estava à mesa Armênio Milbe, o
maior juiz de kimboll, otário. O próprio juiz do último jogo entre
o Corinthians Kim e o Liverpool Kim, acha mesmo que um pateta
como você tem alguma chance? Volta pra Índia chorando, paspalho.
Doug saiu limpando o mousse de maracujá de suas vestes e
tentando entender que jogo era esse que, por incrível que pareça,
fazia com que ele se lembrasse muito do futebol no seu antigo
mundo. Agora, bolas aquáticas para Doug e para os seus amigos
até parecia bem refrescante, como aqueles comerciais de pasta de
dentes que ele costumava ver na TV em sua casa, que já nem se
lembrava mais. E assim a noite passou. Nada de travesseiro mágico
naquele momento para Zee, e, por incrível que pareça, esse dia
48
tinha sido tão agradável que o garoto com pijama curto e meias
nem parou para pensar em kimbulos das trevas, ataques e aquilo
tudo que o menino havia passado. E, por mais uma vez, Zee
Griston e seus incríveis amigos adormeceram na linda e redonda
catedral de Kimbulândia, rodeada por dragões guardiões e encantamentos
inúmeros de proteção. A noite era calma com flocos de
neve caindo lentamente naquele Natal; toda a enorme catedral
estava enfeitada com uma gigante árvore cheia de bolas de cristal,
enfeites de corvos, corujas, sol, e ao topo da linda árvore, um
enfeite com o olho de Zedom brilhando com uma perfeita luz
dourada; a neve caia por kimbulândia, marcando como mais uma
lembrança feliz vinda junta com presentes para todos a beira da
árvore. Papai Noel, ao longe, já ia acenando para todos em seu

lindo trenó voador. 3


O Fenomenal Kimboll
51
U m longo tempo se passou. As aulas, para Otávio Oliver

e seus cabelos encaracolados, estavam sendo ótimas.


Todos os quatro amigos haviam acumulado notas altíssimas,
tudo estava calmo, a escola de Kimbulândia estava cada
vez mais divertida e varias amizades já haviam se formado. Loryn
não desgrudava de Ganine Hill, uma menina do Havaí; Douglas
e Zee Griston tinham também se tornado bons amigos de Danilo
Bianucci, filho de Carlos Holms, o atacante do Real Madri Kim,
um jogador kimbulo fantástico no mundo da magia, além de ser
muito rico. Danilo estava realmente treinado e confiante para a
seleção dos jogadores de Kimboll para o primeiro ano.
– Hey, Doug, você já tem seus tênis de kimboll?
– Tênis? Que tênis?
– Tênis. Nossa, você quer jogar kimboll sem nem ter os melhores
pares de tênis mágicos? Eu, claro, já ganhei do meu pai dois
pares da marca Fidelius.
Zee ouvindo calado lembrava-se de que essa era a maior marca
para produtos mágicos para kimboll. Ele tinha ganhado uma
bola dessa mesma marca.
– Bianucci, espere – disse Zee, ao chamar o novo amigo.
– Diga-me mais sobre esses tênis.
– Nossa, vocês são mesmo dois alunos muito mal informados.
52 53
Se quiserem mesmo saber sobre kimboll vamos lá pra fora.
– Certo! – disse Bianucci com o olhar de um garoto experiente
no assunto.
Danilo, juntamente com Zee e Doug, foi para fora da escola.
O menino de traços orientais trazia consigo uma caixa de fósforos
que fazia um barulhinho intrigante. De repente, ao pararem em
cima do piso quadriculado às margens do Rio das Fadas, o menino
retirou com dois dedos um par de tênis muito engraçados com
asas, como All Star vermelhos alados incrivelmente lindos. Logo
em seguida, ele os colocou e começou a flutuar, depois, retirou
uma bola de água que rapidamente foi atraída para perto de seus
pés, como um imã. pressionou Em seguida, apanhou a bola, que
ficou flutuando na palma de uma das suas mãos, sem nem precisar
tocá-la.
– Bem, vou dizer apenas uma vez, gravem bem em suas cabeças.
Meninos, o kimboll se resume, basicamente, em fazer kolls,
um koll, no kimboll, pode ser feito com seus pés ou mãos. Apenas
os pés tocam as bolas aquáticas, suas mãos terão luvas mágicas
tornando impossível ultrapassar cinco centímetros. Cada time
luta entre si. No kimboll, é permitido que os jogadores de times
diferentes se agridam, mas nunca se deve tocar em nenhum jogar
do próprio time. Quando um time ultrapassa os 14 kolls uma das
sereias pula na arena aquática e foge. O time que primeiro conseguir
aprisionar a sereia dentro da bola, após os 14 pontos, vence.
Mas cuidado, há anos as sereias vêm ficando cada vez mais ariscas
e defensivas e são capazes de desamarrar os tênis dos kimbulos
jogadores, fazendo os beber muita água enquanto tentar amarrar
os tênis novamente. Eu mesmo já fui parar na enfermaria depois
de beber litros de água. Os jogos de times famosos nas grandes
cidades Kim são muito, muito mais perigosos, pois lá eles jogam
por cima de um vulcão e têm que aprisionar um demônio em suas
bolas profissionais de fogo, e não uma sereia. Então, para nós é
um jogo muito fácil, mas os testes só selecionarão para o time os
alunos excepcionalmente excelentes, como eu – disse Bianucci se
sentindo o máximo.
O aluno continuou:
– Ah! E se os Americus acertarem a bola com muita força em
algum de vocês, pode haver um grande estrago dependendo da
magia que estiver ao fundo da bola, ok? E quanto ao tênis, posso
dar um par paro Zee, já que é o famoso Lágrimas de Ouro da Luminarius;
e Doug, não se sinta mal.
Doug olhou com cara de quem não fizesse parte do mundo,
já Zee ficou muito feliz com seu par de tênis Fidelius. Os dois
voltaram para a cantina e ficaram falando sobre o jogo por horas.
Loryn pouco se importou, lançando alguns olhares que mostravam
a opinião dela de como achava que aquela conversa era boba.
Otávio estava mesmo muito interessado em Herbokim. Trazia
com ele um vaso de ramos de Tamburão, para trato de rins enfeitiçados,
Zee parou e virou-se para seu lado esquerdo. Ao longe,
via-se uma jovem kimbulo extremamente linda com cabelo castanhos,
com um brilho que nem a lua continha, e grandes olhos
castanhos. Zee ficou bobo e com as pernas bambas. Nunca havia
visto uma menina tão linda na vida. Ela o deixou totalmente bobo
e desconcertado, mas ela passou reto e não deu nada além de um
olhar, como se não o notasse ali. Loryn, sua amiga, percebeu e
logo disse:
– Essa, Zee, é Marina Capucci, a princesinha da Americus. A
mãe dela é redatora do Realirum Kim, um jornal cheio de mentiras
que, inclusive, saiu falando sobre o dia da sua iniciação – disse
a garota em tom de ciúme.
54 55
Zee nem ouviu muito o que a amiga havia falado, pois estava
tão encantado com Marina Capucci que podia ver corações saltitando
sobre sua cabeça, nada mais mágico que aquela paixão.
O dia da seleção para os jogadores do primeiro ano havia chegado.
Todos estavam aos pisos quadriculados em volta do Rio das
Fadas. De um lado, toda a turma da Americus, inclusive Erick que,
definitivamente, odiava cada vez mais Zee Griston. Agora era pior,
pois, sendo um kimbulo, ele podia totalmente usar truques de magia
para fazer Zee e seus amigos se darem mal. De repente, ao fundo
do rio saiu um tubo e lá dentro estava Armênio Milbe que, em um
sussurro baixo, disse:
– “Legiti” – e a correnteza do rio parou por completo.
Ele fez aparecer duas pontes que ligavam as duas margens do
rio e dividiu-se em dois: um para cada lado. Os dois (ou o mesmo)
retiraram uma enorme vara grossa de amora e saíram dando
tapinhas nos traseiros e costas de cada um, ajeitando a postura de
todos ali, tanto dos Luminarius, quanto dos Americus, que lançavam
um olhar desafiador aos seus oponentes. O kimbulo pediu
a todos para que colocassem seus tênis e apanhassem suas bolas
aquáticas. Doug nada tinha; Erick deu gargalhadas até levar uma
forte varada na cabeça, dada pelo bravo professor Armênio.
Em um instante, a maioria dos alunos tinham seus corpos
fora do chão e suas bolas grudaram como imãs em seus pés e
mãos. O professor disse tudo o que o jovem Bianucci já havia dito
sobre kimboll. Todos os alunos do primeiro ano ouviram em total
silêncio, muito encantados com o maior jogo do mundo. Uns
queriam fazer kolls, outros queriam mesmo ser goleiros. As horas
foram passando e o professor avaliou um a um. Saiu e voltou em
seguida com um grande pedaço de pergaminho com a lista dos
jovens escolhidos do primeiro ano. Todos os nomes da Americus
haviam sido ditos e Erick havia acabado de ganhar o lugar de atacante
central, junto com outros dois de olhares males. Agora era a
hora de dizer o nome dos escolhidos para os Luminarius. Danilo
Bianucci saiu dando saltos de alegria: tinha acabado de ganhar o
lugar de centroavante. Os nomes foram sendo ditos e, no último
instante, quando Zee achou que já havia terminado, ouviu o professor
gritar em alto e em bom tom:
– Zee Griston. Atacante.
Zee não acreditou no tinha acabado de ouvir. Era o mais novo
atacante da Luminarius. Erick o olhou com um olhar de ódio e
desprezo; já seus amigos correram e lhe deram um abraço forte e
caloroso, mas mesmo muito feliz em ganhar essa oportunidade,
Zee estava com bastante medo de que algo desse errado. Zee nunca
foi bom em esportes e a única coisa em que ele era bom, era em
corrida, mas isso não ia ajudá-lo muito, visto que era um jogo no
qual se flutuava sobre um campo aquático paralisado, rodeado de
toda escola e de um punhado de sereias líderes de torcida.
Voltando para dentro dos enormes aposentos na enorme catedral,
Zee foi dar ração para Futrica, que já estava grande e muito
sapeca. Depois, ele sentou-se em sua cama. Estava calmo e sem
pensar em muitas coisas. Foi folheando algumas das páginas do
livro que encontrara naquele estranho vilarejo certa noite durante
aquele sonho para o qual fora levado por um travesseiro que havia
recebido de presente de Natal do próprio Merlin. Era um livro velho
com algumas simbologias estranhas que Zee jamais havia visto.
Dentro do livro havia vários capítulos sobre alquimistas, entre
outras coisas. Em uma parte do livro Zee notou a palavra Zedom
e os perigos da Goétia para o Rei Salomão. Zee Griston começou
a ler aquelas inscrições que diziam claramente:
“Goétia é escrituras e uma religião sagrada, muito perigosa
56 57
usada, primeiramente, pelo Rei Kimbulo Primordial Salomão,
também chamada de “A arte de Uivar”. Certa vez, Rei Salomão
conseguiu aprisionar dentro de um anel 72 demônios que eram
usados pelos Sortunus, Kim das trevas. Estes obrigavam os demônios
os escravizados a fazerem tudo, tudo o que qualquer kimbulo
desejasse, como, por exemplo, conseguir ouro, Gold Dreams, beleza
e gigantescas fortunas do mundo da magia. Rei Salomão foi
abençoado por Zedom, que deu-lhe total poder para aprisionar
todos os 72 demônios neste anel, chamado Anel de Zedom, porém,
após a morte do Rei Salomão, que teve todo seu sangue sugado
por um velho e poderoso kimbulo vampiro, o Conde Drácula,
o anel foi roubado, indo parar em mãos erradas, como de kimbulos
das trevas. Entretanto, nenhum desses kimbulos foi capaz de
escravizar qualquer demônio, nem mesmo usando magia negra de
alto grau. A única maneira seria encontrar os 72 selos escondidos
pelo próprio Rei Salomão ao redor do mundo. O Rei teve bastante
cautela em relação a cada selo; apenas 5 selos foram encontrados e
todos estes selos eram de Merlin que, após sua morte, deixou um
deles cair nas mãos do maligno magnista sortunus Terenzo Crack,
o próprio assassino de Merlin. Terenzo vem se mantendo vivo há
séculos, mas isto é provavelmente mais uma lenda no mundo dos
kimbulos.”
Zee entendera porque Merlin queria que ele achasse esse livro.
Agora tudo se encaixava e nem passava por sua cabeça como
esse livro havia pertencido ao seu pai, ou o que Terenzo Crack
faria quando o encontrasse; se iria matá-lo, ou, pior, sugar a sua
alma. Zee continuou a sua leitura na parte em que o livro se referia
a Raum.
“Raum é o demônio da Goétia de número 45. Muito difícil
de ser aprisionado em um anel e seu selo está quase escondido
do mundo pelo próprio Zedom. O Kimbulo que encontrar este
selo terá muita riqueza e muito poder absorvido das trevas graças
à própria presença de Magnus vinda das sombras medonhas de
todos os pesadelos Kim dos Mil Mundos.”
Zee saiu correndo e foi ao encontro de seus amigos. Mostroulhe
tudo o que estava no livro. Todos os quatro ficaram de cabelos
em pé e muito assustados, imaginando que aquelas histórias
resultariam em pesadelos. Zee não pensou muito e rapidamente
evocou Bilba Dark, que resmungou e saiu de uma vez despregada
do solado dos sapatos de Zee. Bilba ouviu tudo o que o garoto
disse e resmungou muito de sono. Disse a Zee e seus amigos que
não se preocupassem, pois Kimbulândia havia encantamentos suficientes,
invocados pelo próprio Rei Salomão, para proteger Zee
de qualquer ataque das trevas. Disse-lhes também Geometri era
matéria do segundo ano e não coisa de meninos de doze anos do
primeiro ano. Zee então contou o que havia acontecido a Loryn.
Disse que Terenzo Crack teve acesso à escola e voltaria atrás dele,
pois sabia das lágrimas de ouro. Contudo, a fada da sombra nada
mais disse, pois estava absolutamente sonolenta e voltou a se recolher
aos pés de Zee Griston.
Todos eles passaram a noite assustados e imaginando os perigos
que corriam. Na volta para os quartos, quando os quatro retornavam
para seus aposentos, não viram ninguém pelo caminho,
porém, avistaram uma grande sombra. Todos se aproximaram e
pegaram nas mãos uns dos outros e de trás de uma parede surgiu
um gigantesco e horroroso Gárgula que não hesitou em abrir suas
asas e ir em direção a Zee Griston, que correu o máximo que pôde.
Zee acabou caindo e o Gárgula o segurou pelo pescoço, quase o
estrangulando e dizendo:
– Agora é seu fim, Zee Griston.
58 59
Doug rapidamente apanhou o arco que havia ganhado de
Merlin e atirou uma gigantesca flecha de fogo azul rumo ao coro
do gárgula, que não sentiu nadinha. Loryn apanhou seu spray
de arnica mágica e jogou nos olhos do Gárgula, que soltou Zee
Griston no chão. Depois, quebrou uma vidraça e saiu voando
noite afora.
Zee e seus amigos estavam totalmente desconsertados. Após
aquele terrível ataque, tinham plena certeza de que aquilo tudo
tinha a ver com o maligno Terenzo Crack. Alguém de dentro da
escola e alguém da loja Consolem estavam conspirando a seu favor.
Na opinião de Doug, era Erick, que sempre os odiou e agora
odiava mais ainda quem era dos Luminarius. Mas, na opinião de
Zee, isso era coisa de alguém realmente perigoso, como um inimigo
Kimbulo que devia odiar sua família, ou pior, que podia odiar
seu pai e até ter matado ele.
Tudo voltou a ficar confuso e assustador para a mente do
pequenino Zee Griston. Nem o kimboll tinha espaço devido a
tamanhos acontecimentos. Como quatro kimbulos de doze anos
enfrentariam tamanho poder? Será que Terenzo Crack já havia
tido alguma oportunidade de matar Zee Griston e seus amigos?
Zee não podia mais falar sobre aquilo com nenhum professor; não
queria complicar a vida de seus amigos e nem fazê-los serem expulsos,
pois não era culpa de nenhum deles que aquelas lágrimas
douradas tivessem marcado a face de Zee Griston perante todo o
mundo Kim.
Zee sentou-se em seu banheiro e chorou a noite toda sentindo
muito medo e dor só de imaginar que poderia perder alguns de
seus amigos ou fazê-los sofrer ele. Era uma dor que nem as gotas
de água que saíam da boca daquele chuveiro de peixe, nem qualquer
poder mágico conseguiriam tirar de seu coração. Naquele
momento, Zee estava sentindo uma dor sem remédios, uma dor
que, pra ele, apenas sua alma sentia, então, Zee fechou seus olhos
completamente nu e pediu a Zedom que lhe desse alguma chance,
alguma saída. Isso, na opinião do garoto, eram todo os seus
sonhos, toda a magia Kim que poderia viver em seu sangue correndo
em suas veias, o amor por seus entes queridos que jamais
sairiam de dentro do seu coração.
Os dias se passaram rápido, rápido demais e agora era a hora
da estreia de Zee Griston e de toda a turma do primeiro ano no
primeiro jogo de kimboll. Zee estava extremamente nervoso. Seus
amigos tentavam animá-lo, mas era difícil. Depois daquilo tudo
que ele sentia, ainda tinha mais aquele jogo para ganhar para os
Luminarius, que estavam todos em total histeria, agitados e empolgados,
gritando e cantando:
– Kim. Kim. Kim. Kimboll se joga assim. Kim. Kim. Kim,
seu anzol se joga assim.
Loryn e todos os meninos estavam com bandeiras e camisetas
do time da Luminarius. O Olho de Zedom estava extremamente
brilhante, tanto quanto o sol. Agora era hora de Zee se preparar.
Suas vestes eram basicamente óculos de aviador com proteção e vassouras Tiberi 3000
Broom e o campo havia Bandeirinhas Língua de Dragão ou Lingua de Cobra
contra a beleza das sereias, que já estavam liderando todos os lados
do Rio das Fadas, e seus tênis mágicos da Fidelius. Suas vestes mais
pareciam malha de surfistas totalmente justas ao corpo. Logo,
todo o time seguiu as pontes do rio. Do outro lado, Zee olhou
encarando com firmeza e coragem os olhos obscuros de Erick, que
com certeza não pensaria duas vezes em acabar com Zee.As pontes
foram ficando invisíveis, até desaparecerem por completo, e o professor
juiz daquele jogo, Armênio Milbe, deu o soar barulhento de
dragão de seu apito. Começou o jogo.
A bola aquática passa às mãos de Augusto Torm, da Ameri60
61
cus, que passa para Erick, que da uma forte bolada bem no peito
de Zee, que saiu rodopiando pelo ar quase caindo nos braços de
uma sereia de cabelos azuis. Zee logo volta ao jogo, dribla Erick,
pega a bola e passa para Danilo Bianucci, que faz um belo koll pra
os Luminarius. O jogo se estendeu e quase toda areia da ampulheta
já havia caído. O placar já estava 14 a 13 para os Americus,
que estavam à solta tentando pegar a bola e aprisionar uma das
duas sereias que estavam totalmente dominadas pelos jogadores
da Americus. Então, Havanna Nil fez o décimo quarto ponto para
os Luminarius. Naquele momento, venceria o time que primeiro
conseguisse prender a sereia na bola aquática.
Zee deu um mergulho de ponta, sumindo da arena. Enquanto
todos imaginavam que ele se afogara, ele retornou, voando, segurando
uma belíssima sereia de cabelos de fogo por sua cauda reluzente.
Mandy Lima lança a bola e Zee lança a sereia contra a esfera
de água, que absorveu a sereia por completo, gerando uma grande
luz amarela que logo iluminou todo o estádio com letras gigantescas:
LUMINARIUS VENCEU. Erick cuspiu nas sereias de tanta
raiva. Zee e toda a turma dos Luminarius estavam muito felizes e
traziam com eles um troféu de ouro com o nome de Zee marcado
com data e hora: “Ao prestigioso dos Luminarius, Zee Griston”.
No dia seguinte, todos os alunos e professores vieram prestigiar
Zee pelo magnífico jogo e sua perfeita captura da sereia com
cabelos de fogo e cauda reluzente. Mesmo com toda essa felicidade
pelo primeiro – e perfeito jogo, Zee e seus amigos ainda
estavam tomando bastante cuidado, atentos às futuras ameaças
que poderiam aparecer novamente nesse mundo que, para eles,
era loucamente mágico demais.
Zee ficou inquieto na aula de Magia Egípcia Kim. Mal conseguia
fazer Bastet beber em sua tigela de leite; já Loryn não teve
problemas, as meninas que conseguiam fazer tal feito eram sempre
presenteadas com alguma joia rara ou com as famosas folhas dos
pergaminhos perdidos de Nefertite.
Um vento gelado entrava pelas janelas, apagando as velas de
lua no quarto de Otávio, onde os quatro estavam se divertindo
com um jogo de copo irlandês. Os arrotos dos anões dos pubs do
oeste da Irlanda exalavam um encanto que fazia os copos girarem,
servindo como uma maneira de se comunicar com os espíritos,
que respondiam charadas adolescentes como, por exemplo, quando
se deu o primeiro beijo. Era um jogo muito engraçado.
Zee ficou acordado até tarde revirando incansavelmente as
páginas do livro misterioso, que já o ajudara a descobrir tanto sobre
assuntos antes desconhecidos por ele. Quase no meio do livro,
ele deparou-se com certas inscrições em uma língua diferente, algo
parecido com Latim. Zee arrumou seu gorro de crochê azul e reparou
que no rodapé do livro estava escrito: “Contra T.C.”. Griston
sabia que essas eram as iniciais do nome de Terenzo Crack. Se
fosse seu pai quem tivesse anotado aquilo, então aquelas páginas
eram extremamente importantes. Ali estava escrito:
“O mito da Caverna Kim. Certa vez, kimbulos aprisionados
em uma caverna não conseguiram fugir dali nem usando encantamentos
muito poderosos, até que um dia um kimbulo conseguiu
escapar. Este kimbulo, deixando levar-se pelo poder e trevas, usou
sombras para confundir e castigar o resto do seu povo, que foi
largado na caverna, junto a sombras de animais e dragões sobre o
fogo, que faziam com que kimbulos de todas as idades, raças e nacionalidades
definhassem perante às imagens, que nada mais eram
que um truque do maligno para escapar. Vivendo, ao longe, uma
vida de poder e riqueza, após morder sua maçã e contar mentiras
para legiões de todo o mundo. Na caverna, nada se tinha; apenas
62 63
tortura, fome e uma forte gravidade. Ninguém até hoje sabe como
esse kimbulo escapou de lá ou quantos prisioneiros – tanto física
como mentalmente – ainda existem lá. Isso é um mito até hoje no
mundo da magia Kim.”
Zee ficou imaginando durante horas e se lembrou da caverna
abaixo do monte do morro de cupim, na qual havia caído quando
esteve com Bilba Dark pela primeira vez. Pensou que isso teria
algo a ver com Terenzo Crack. Por que tal mensagem? Zee imaginou
um mistério surgindo ali. Seria Terenzo Crack o kimbulo
que conseguiu escapar da caverna? Isso fazia bastante sentido na
mente de Zee, pois só um kimbulo com tais poderes para quebrar
os encantamentos da caverna poderia penetrar até Kimbulândia e
atacar Loryn. E também, só alguém poderoso assim poderia mandar
avisos e comandar aquele terrível Gárgula. Zee colocou o livro
dentro do seu criado-mudo de cerejeira e adormeceu.
No dia seguinte, não se falava em outra coisa no colégio de
Kimbulândia a não ser a fenomenal vitória dos Luminarius sobre
os Americus, que estavam sendo vaiados por todos os corredores da
catedral circular. A nova febre do momento eram os famosos Skates
Flutuantes, que a maioria dos alunos usava do lado de fora do colégio,
flutuando sem parar sobre os pisos quadriculados em preto e
branco, derrapando sobre alguns pedaços de grama. Uns até faziam
manobras iradas pelo ar e arrancavam todas as orquídeas falantes
do jardim do jardineiro Alfredo Banks, que já estava bastante irritado
e com o rosto todo vermelho de tanto correr atrás dos alunos.
Zee aprendeu que arco-íris líquido servia para bastantes coisas, por
exemplo, poderia ser usado para fechar ferimentos, como antídoto
e que só era encontrado na boca de elfas da Bélgica, que trabalhavam
muito para isto, fornecendo o líquido em grandes lotes para os
maiores Hospitais das grandes capitais do mundo Kim.
Folheando mais uma vez seu misterioso livro durante uma de
suas aulas, Zee descobriu que ele continha, em uma de suas 500
páginas, uma réplica pequena do grande Olho de Zedom. Ao abrir
o livro nessa página específica, o Olho flutuava como uma bola de
basquete, como uma estrela, sendo possível tocá-lo com as mãos,
como um brinquedo. Isso era muito, muito lindo para Zee que,
à noite deitava-se e imaginava como seria se seu pai estivesse ali,
para que Zee pudesse dividir aquilo tudo com o amado pai. Com
muita veneração, Zee fazia orações a Zedom onde dizia a baixo
para “Para lapidação de kimbulos do bruto ao puro – Zedom.”
Zee mantivesse inquieto em sua cama, como se alguma coisa
o incomodasse e o fizesse sentir tamanha insônia. Embaixo de sua
cama, seu travesseiro luminoso brilhava tanto quanto antes e mesmo
fazendo o máximo de força pra não voltar a usá-lo, a problemática
cabeça de Zee o fez retirar o travesseiro debaixo da cama,
jogando Futrica para o lado e o colocando-o novamente sobre sua
cama macia.

4
A Coroa Alada
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Z ee ajeitou o macio e brilhante travesseiro sobre sua cama


e se deitou delicadamente de barriga para cima, sentindo
um ar frio passando pelo seu umbigo. De repente, viu
uma luz tomar todo o ambiente em seu quarto. Ele havia acabado
de parar em uma sala em forma pirâmide, contornada por fogo de
ponta a ponta e ali estava um baú de madeira, quase da mesma cor
de seu criado de cerejeira. Zee aproximou-se e foi quando surgiu
uma criatura mediana, um gato com asas de pássaro e enorme
olhos esverdeados usando um chapéu marrom.
– O que é você? – perguntou Zee bastante intrigado.
– Meu nome é Roberto Bolas-de-Tricô, e você, quem é? –
perguntou também o Gato com um olhar de curiosidade.
– Meu nome é Zee, senhor, Zee Griston. Sou da Luminarius.
– Oh, sim. Venero os Luminarius. Mas o que o senhor faz
aqui em meus aposentos? Apenas uma pessoa vem aqui, jamais
outra – disse o gato firmemente.
– Bem, senhor Roberto, eu cheguei aqui através de um presente
mágico que ganhei do próprio Merlin. Não imaginei que
iria parar aqui. Onde estou?
– Aqui é a América, senhor Griston. Está no subsolo de Nova
Iorque. Vigio este lugar há séculos.
Zee não imaginava estar em Nova Iorque. Sempre foi seu so68
69
nho conhecer essa cidade e pra ele, estar ali era realmente um presente,
ou melhor, mais um presente mágico de Merlin.
Em um piscar de olhos o enorme baú começou a sacudir e
Zee caiu no chão, sentindo dores imensas em seu peito. Começou
a chorar e surgiram novamente lágrimas douradas de seus
olhos. O gato Roberto assustou-se e começou a voar sobre a sala
em forma de pirâmide. Das lágrimas derramadas por Zee um
objeto começou a se formar, após algum tempo levitando no ar,
o objeto tomou a forma de uma grande e dourada chave antiga
em ouro puro.
– Oh, senhor Griston. Você é o dono do baú. Por que não
me disse antes? – murmurou o gato querendo, de alguma forma,
chamar atenção.
Os dois ficaram em frente ao baú. O gato apanhou a chave
que levitava sobre o ar na sua frente e abriu o baú. Dentro do
baú havia veludos por todo parte e, abaixo do veludo retirado
pelo próprio gato, havia uma magnífica e linda coroa de Duque
cravejada com pedras brancas como gelo. A coroa continha asas,
uma auréola e um pedaço de pergaminho com a seguinte palavra:
“KING”. O menino aproximou-se, agachando-se perto do baú e
observando de perto tal objeto, que começou a levitar da mesma
forma como a chave que abrira o baú.
Todo o pijama de Zee queimou-se e a coroa agora havia se
transformado em um desenho, algo como uma marca ou tatuagem,
que impregnou nas costas de Zee Griston, marcando-o a ferro
e fogo, sem que ele sentisse um pingo de dor. Abaixo da coroa
alada, voando em suas costas como uma tatuagem em movimento,
estava uma fita de pergaminho com aquela inscrição.
– Senhor Zedom o escolheu. Escreveu seu próprio nome em
sua pele e o presenteou com sua coroa, usada antes da traição do
maligno Magnus. Você é o Kimbulo Proibido, o broto de Lotus,
que vai derramar em nosso mundo a total luz contra as trevas –
disse o gato muito impressionado.
Zee estava bastante assustado com aquilo tudo que havia
acontecido. Pensava em como lavaria ou faria para sumir com
aquela marca, pois tinha apenas doze anos e isso não era idade
para um garoto ter uma marca ou uma tatuagem. Em sua cabeça,
pensava que estava ferrado. Em questão de um suspiro, o pequeno
Zee voltara para sua cama quentinha em Kimbulândia, mas agora
trazendo com ele uma marca impossível de ser apagada ou retirada,
uma marca que, segundo o gato Roberto, havia sido deixada
pelo próprio grande Olho de Zedom.
Zee correu para o banheiro, esfregando a tatuagem com muita
força, usando buchas das plantas de Kimbulândia, mas, mesmo
esfregando com muita força, a marca continuava a levitar em sua
pele, como um feitiço, e nada fazia com que aquilo desaparecesse.
Zee Griston correu até o quarto de seus amigos e contou-lhes
tudo o que havia acontecido. Eles usaram alguns encantamentos
de limpeza corporal, entre outros para remover inscrições em peles
de animais, mas, mesmo assim, a marca não pôde ser removida
da pele do garoto. Zee, agora mais do que nunca, estava muito
preocupado.
No dia seguinte, todos foram para a aula de Herbokim com
a professora Raimunda Zolou. Começaram a fazer suas orquídeas
falantes cantarem o hino de Kimbulândia:
“Kim Kim Kim
Kimbulândia é assim
Kim Kim Kim,com Zedom estamos sim
Kimbulândia,
70 71
Kimbulândia nossa amada Kimbulândia
Os Gnomos são amados,
Há Dragões enfeitiçados,
Kim Kim Kim
Kimbulândia é assim.”
As orquídeas estavam, aos poucos, cantando juntamente com
todos os alunos ali presentes. Loryn estava encantada com a canção
que se referia a tudo que ela mais amava: magia. Os quatro
estavam cada vez mais diferentes, mas ainda, um tanto iguais.
Douglas estava se saindo um grande trapalhão; Otávio era um
bom aluno, mas estava servindo como alvo de piada para os alunos
da Americus, que adoravam colar suas vestes nas cadeiras e
colar bilhetes como: “Otavio, o otário Kim”; Loryn só fazia devorar
as páginas de revistas de Celebridades Mágicas, sonhando um
dia em se tornar uma Kim Famosa, ela adorava cantar e treinava
sempre que podia; já Zee estava se concentrando cada vez mais em
encantamentos que o ajudassem a se defender de algum ataque de
Terenzo Crack e à noite sempre ficava horas lendo seu livro, “Os
Olhos do Armagedom”, que já tinha o ajudado bastante.
Já era Maio e a primavera havia chego nos terrenos de Kimbulândia.
As flores estavam lindas e se comunicavam entre si, acordando
a escola com lindas canções junto aos galos, que cantavam
às seis da manhã todos os dias. O Grande Olho de Zedom brilhava
no céu fortemente. Algumas meninas da Americus ficavam todos
os dias à beira do Rio das Fadas tomando sol junto às sereias.
O romantismo também estava no ar. Meninos e meninas
do último ano se beijavam loucamente e trocavam carinhos às
escondidas por trás do corredor dos Santos. Douglas jurava ter
visto Loryn com Danilo Bianucci trocando cartas amorosas atrás
da escultura de São Judas. Nas aulas de Espiritologia todos estavam
aprendendo sobre dons e premonições. Com a professora
Jean Baby, aprendiam sobre encantar espíritos e se prevenir contra
acidentes sobrenaturais. As aulas de Química Kim também
estavam sendo bastante interessantes. O professor Jacob Morgan
havia pedido para toda a turma preparar um refresco de damascos
Ogros no laboratório giratório; Otávio teve um ataque de
gases após ingerir o seu próprio refresco.
Ao entardecer, a turma do primeiro ano seguia para a Academia
de Ginástica Kimbulo, aula que era orientada e acompanhada
pela professora fada Inês Volps. Todos usavam uma espécie de fita
na cabeça e tinham que contorcer seus corpos como geleia. Para
conseguir isso, os alunos tomavam um suplemento mágico à base
de ossada de Dinossauros Carnívoros. A academia era repleta de
casulos de marimbondos africanos.
Em uma dessas aulas de Ginástica Kimbulo, a professora notou
pela regata negra de Zee uma marca estranha que se movia
nas costas dele. Zee não teve outra escolha a não ser mostrar à
professora a sua marca. A professora ficou muito assustada e, balançando
suas asinhas de fada, levou o pequeno Zee até a sala da
professora Rose Marry que, usando suas luvas prateadas e dizendo
“mogibara”, despiu, em um passe de mágica, o tórax e as costas de
Zee por completo. Rose queria todas as explicações de como Zee
carregava tal símbolo impregnado em sua pele, mas o garoto estava
totalmente assustado; não podia dizer à professora que andava
se aventurando por aí dentro de um livro. Então ele disse:
– Bem, professora, foi um feitiço que um aluno da Americus
do quarto ano me jogou, não sei o que é isso.
– Volte pra sua aula, senhor Griston. E saiba que estarei de
olhos bem abertos, vigiando cada passo do senhor.
72 73
– Ok, professora.
– Ah! E se estiver envolvido com magia negra, senhor Zee
Griston, voltará para casa dentro de um frasco de acetona antes
do outono.
O menino ficou com muito medo, imaginando sua mãe encontrando-
o ao fazer as unhas. Ele sabia que, agora mais do que
nunca, era hora de tomar bastante cuidado, pois tempos que já
eram difíceis estavam começando a ficar cada vez mais difíceis na
escola durante aquela primavera.
Zee sentiu sua marca coçar a noite toda e não conseguiu dormir.
No outro dia, adormeceu na aula do professor Will Stick que
lhe deu um forte beliscão no braço.
Erick Vilarinho havia arrumado uma maneira de colocar
vários alunos da Americus contra Zee. Todos eles estavam agora
fazendo zombarias e piadas de mau gosto em relação ao dia da iniciação
de Zee e, sempre que passava pelos Americus, era recebido
com trombadas de ombros muito forte e dolorosas. Meninos do
primeiro ano não tinham chance nenhuma de enfrentar os grandalhões
do quinto e sexto anos que agora não desgrudavam do
senhor Vilarinho.
Certa noite, Zee havia se empanturrado com bastante sashimis
e continuava a folhear seu livro, “Os Olhos do Armagedom”,
quando viu um título que dizia claramente: “A coroa do
apocalipse”:
“A coroa do apocalipse é nada menos que o conjunto de sangue
dos antigos anjos guardiões após suas mortes pelos malignos
Sortunus. A Coroa do Apocalipse, reza a lenda, irá coroar o afortunado
príncipe, filho legítimo de Zedom, dando-lhe, com amor,
seu exército mágico de luz e total poder celestial. É uma coroa
abençoada pelos Mil Mundos Kim. O dono desta coroa é o guerreiro
e guardião da realidade Kim e apenas ele, no confronto final
dos Mil Mundos Mágicos, pode derrotar o Dragão Caído sobre as
trevas Magnus.”
Zee entendera agora o porquê de suas lágrimas, da chave e de
sua marca. Ele agora compreendia que teria o poder único para
enfrentar os kimbulos do mau e proteger Kimbulândia e todo o
universo mágico de Kim contra o mal. Mas ele não tinha nada de
especial, nenhum poder que o fizesse diferente dos seus amigos e
de nenhum outro aluno daquela escola, mesmo com todas estas
evidências, ele se sentia ainda um menino normal e mal compreendido,
tanto neste como em seu antigo mundo.
Contudo, um sentimento de coragem e esperança o tomava
por inteiro. O amor e a confiança em seus entes queridos o faziam
sentir-se um kimbulo muito poderoso. Talvez essas coisas
fossem seu escudo e sua arma, pois nenhum Sortunus do mal havia
conseguido se aproximar dele ou fazê-lo algum mal até aquele
momento. Naquela mesma noite, Zee pegou uma jarra cheia de
água benta e acendeu uma vela de Sol muito vermelha. Apanhou
suas luvas e fez algumas conjuras que eram ensinadas embaixo das
páginas do livro:
“Eu, Zee Griston, ordeno às trevas a se punirem entre si, se
castigarem entre si. Zedom me lapide, me proteja, lace o mal e
destrua meus inimigos”.
A vela despejou um pó, como purpurina, totalmente alaranjado.
Zee colocou o pó em torno de toda sua cama e guardou o
resto em um pote com estampas de abacaxi. O garoto sabia que
Zedom o protegeria, sabia que o amor de sua família e de seu
pai, que não estava mais entre ele, também o ajudaria. Naquele
momento, porém, a coisa mais importante pra ele era a união e
a verdade da amizade eterna que havia sido jurada em um pacto.
74 75
Ele sabia que aquela amizade era eterna e que ela ligava-os a seus
amigos de forma mágica e sincera.
Os dias se passaram e certa noite Zee e seus três amigos estavam
comendo no restaurante “O Gato que Ri”, dentro de Kimbulândia.
A comida estava deliciosa, todos eles estavam rodeados
de alunos da Luminarius e todos tomavam suco de morangos
e comiam um delicioso frango assado, quando Zee começou a
sentir sua coroa nas costas queimar. Ele estava tendo um forte
e profundo Dejavù, e tal Dejavù não passava. Zee, então, disse
para os seus amigos o que estava acontecendo, mas nenhum deles
disse nada, pois apenas Zee estava tendo este Dejavù. Tudo o
que acontecia, as portas batendo, as pessoas entrando e saindo,
os cachorros latindo terreno afora, tudo aquilo ele tinha a certeza
de já ter visto. Zee fez o máximo de força possível para aquilo
passar, mas não passou.
Ao chegar a seu quarto, estando sozinho, sentou-se à cama e
arrancou sua camiseta com apenas uma das mãos. Logo, tesouras
douradas começaram bater com força por todas as suas coisas chegando
a quebrar sua ampulheta, que era usada nas aulas do professor
Will Stick. Rastejando pelo chão, o garoto começou a apertar
os dentes. Naquele momento o último dente de leite de Zee pula
de sua boca e, de repente, o forte Dejavù acaba. Zee apanhou
seu dente com as mãos cheias de sangue e o observou. Deitou-se
muito suado, sem nem mesmo tirar seu jeans. Colocou seu dente
sobre o criado, ao lado de um par de óculos Ray Ban e foi quando
uma Fada encantada com vestes completamente douradas entrou
como um fantasma pelas paredes de mármore.
– Olá, senhor Griston.
– Olá – disse Zee.
– Vejo que tem consigo seu último dente de leite.
– Sim, este é o último.
– Desta vez não irá mais jogá-lo sobre os telhados de sua casa,
senhor Griston.
– Não, não vou – disse o menino sentindo muita dor ao fundo
de sua boca.
– Bem, devo lhe conceder um desejo, senhor Griston.
O menino ficou imaginando o que pediria à Fada Dourada,
então ele disse:
– Eu gostaria de descobrir tudo sobre Terenzo Crack.
A Fada se foi. Zee fechou os olhos e ouviu uma doce e suave
voz, como a de sua mãe, começando a contar-lhe uma história:
“Era uma vez um menino rude e invejoso que sempre roubava
e trapaceava em Kimbulândia. Tal menino sempre estava cativando
e conquistando todos os professores. Sobre este menino, nada
as pessoas sabiam; apenas que era um garoto estranho, ranzinza
e criado por velhas irmãs kimbulos. Abandonado por sua mãe,
o garoto de nome Terenzo Crack cresceu amargurado e possuído
por sentimentos ruins, que, ao decorrer de sua vida, levaram-no
para o lado das trevas. Terenzo matou muitos kimbulos e seguiu
juntando ao seu lado um exército de esqueletos dominados por ele
por feitiços proibidos. Sempre procurado pela polícia Kim, Terenzo
teve como sua última vítima Joe Griston e, pelo que se sabe, ele
possui o selo de Baal, que lhe deu a ele poderes extraordinários no
mundo dos Magnistas.”
A voz doce se foi. Zee estava com raiva, enfurecido, chorando
e esperneando. Ele conhecia agora o assassino de seu pai. A
única coisa que ele queria era encontrar Terenzo Crack e matá-lo
com suas próprias mãos. Ele entendeu o porquê do livro. O livro
sabe que seu pai foi um kimbulo bom que lutou com todas
as suas forças para proteger o Mundo Kim das trevas e sabe que
76 77
a presença de seu pai era o poder suficiente para se vingar do
maligno sortunus que tirou uma infância feliz dos olhos de Zee.
Olhando para o céu, Zee ficou imaginando quanto seu pai
pôde ter sofrido nas mãos deste assassino e também pensou a razão
dele matar seu pai e não ele. Se ele realmente sabia que Zee era o
dono das lágrimas de ouro, por que ele não o atacou? Então, Zee
lembrou-se da bolha do grande cão no quarto 45. Aquilo era um
encantamento certamente deixado por seu pai para protegê-lo. O
cão vem protegendo-o dentro de uma bolha desde os seus três anos.
Proteger de qualquer sortunu magnista Sua mãe, agora na visão de
Zee, era a mulher mais corajosa do mundo. O bronze dos batons
de Keila Griston nada mais era o amor por sua família e por toda a
Luminarius.
Zee caiu em um sono profundo e seu único sonho durante a
noite foi o de poder girar nos braços de seus pais após uma feliz
e passageira noite de Natal, na qual ele havia ganhado um sino a
pilhas de seu pai e depois, foram a um parque e desceram sobre a
radical e grande montanha russa.
Na manhã seguinte Zee contou sobre a Fada e seu dente e sobre
Terenzo Crack para os seus três amigos. Eles ficaram bastante
impressionados em saber que Zee ainda tinha um dente de leite
e também estavam certos de que Terenzo Crack era um kimbulo
muito mau caráter. Loryn trazia consigo um livro de poemas e
com um voz calma começou a recitar um para Zee tentando, de
alguma maneira, confortá-lo e fazer seu amigo sentir-se mais feliz,
já que ela agora sabia o que aconteceu ao pai de Zee.
“Vampiro da noite
Que petrifica meu olhar,
Seus cabelos cor de mel
Adquirem o brilho da lua,
Seu sorriso afrodisíaco
Torna-me cada vez mais pura.”
Zee achou os poemas lindos e estava feliz nas aulas ao lado
de seus amigos que, agora no outono, estavam tão kimbolizados
quanto as folhas mágicas que caiam das gigantescas árvores de eucalipto
campos afora do terreno. As folhas exalavam um perfume
incrível que era carregado pelos ventos, que batiam em suas peles
lisas por debaixo de toda aquelas roupas quentes usadas para se
aquecerem do frio que fazia na Itália durante aquele outono.
Zee observava mais uma vez a garota linda e sorridente, Marina
Capucci, que agora, por incrível que pareça, olhava-o também,
um pouco constrangida, mas olhava.
– Oi – disse Zee com as mãos suando frio.
– Oi, Zee – respondeu a menina com os olhos grandes e brilhantes,
segurando uma caneca com chá de cebola para gripe.
– Como vão as aulas? – perguntou Zee para a menina da
Americus que já estava no segundo ano.
– Estão bem, estou adorando as aulas. Bem, preciso ir, Zee –
disse a garota, observando suas amigas chamando-a.
– Até logo, Marina. A gente se vê por aí.
– Até. Ah, Zee, você foi ótimo no kimboll, torci muito por
você – e saiu.
A garota, com suas veste longas, estava junto de suas amigas,
cochichando e olhando para Zee, que estava totalmente tímido,
imaginando se elas sabiam que ele estava apaixonado. Ao longe,
perto da biblioteca, Zee esbarrou em uma garota, Jessica Rardy,
do primeiro ano da Luminarius. Era uma menina diferente. Tinha
cabelos lisos e castanhos e algumas sardas pelo rosto. A garota
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recolheu seus livros caídos pelo chão com a ajuda de Zee e, antes
de sumir pelos corredores, Zee ouviu:
– Hey, garoto Zee, espere um segundo.
Zee foi até a garota que estava muito tímida. Ela aproximouse
e perguntou:
– Fiquei sabendo que você tem uma tatuagem. É verdade?
– Não, eu não tenho, e não gosto de falar sobre isso. Desculpe
– disse Zee muito incomodado em saber que os alunos da escola
estavam todos falando dele e sabendo tanto de sua vida.
Com certeza alguém na aula de Ginástica Mágica havia espalhado
o boato sobre a marca. A marca brilhou a noite toda nas
costas de Zee Griston como um lindo lampejo azul incandescente.
Era uma marca que ele desconhecia. Uma marca que ele iria
agora carregar para o resto da vida e, quem sabe, para o resto da

morte também. 5
O Funeral
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O s gatos da Luminarius miavam por toda a catedral. Zee

estava se levantando mais uma vez, iluminado por seu


abajur laranja que ficava em cima de seu criado mudo
de cerejeira, quando uma magia vendou seus olhos por completo.
Então o garoto ouviu:
– Feliz Aniversario, Zee! – o garoto mal se lembrava de que já
era Domingo de Setembro, dia do seu aniversário.
Seus amigos estavam cheios de esparadrapos por todos os dedos
depois de ralarem toda a mão nas folhas dos milharais de Kimbulândia.
Todos foram para fora da escola e sentaram-se embaixo de
uma grande árvore de Pinheiro. Loryn havia usado magia e colorido
seus cabelos e os de Zee de azul bebê. Estavam deliciando-se com o
maravilhoso bolo de limão e biscoitos de chuva que eles haviam preparado.
Otávio fazia alguns desenhos para o amigo; desenhos que
se movimentavam. Um dos desenhos era dos quatro amigos juntos
e felizes sobre o Olho de Zedom. As meias velhas e surradas de
Doug cheiravam muito mal, fazendo todos os meninos tamparem
o nariz. Logo chegou Erick Vilarinho que estava incomodado com
a felicidade dos outros alunos. Zee murmurou “Burriculus” e um
grande par de orelhas de burro apareceram sobre a cabeça do aluno
trombadinha da Americus. Ele realmente não estava com sorte.
O livro de Zee estava na grama, embaixo da grande árvore e,
82 83
de repente, de dentro das páginas do livro apareceu a inscrição:
“Para o brechó A-Minha-Avó-Tinha.” Os quatro correram para
dentro do quarto de Zee, apoiaram o livro dourado contra parede
e em um feixe de luz fez com que os quatro fossem parar em uma
rua com uma grande escultura de Poseidon. Eles foram para a porta
da loja da qual três meninas haviam acabado se sair com roupas
de crochê. Um velho à porta disse:
– Apenas o senhor Griston.
Zee Griston entrou na loja, olhando a porção de objetos e
roupas diferentes que lá havia, como fantasias e óculos para mergulho.
O senhor de face muito severa nada mais falou a Zee. Em
seguida, surgiu uma garota baixa e de cabelos da cor de chocolate.
– Olá, senhor Griston, sou Caduca K. Sou sua figurinista hoje.
– Figurinista? Para que preciso de uma figurinista?
Logo depois, outro Kimbulo apareceu. Ele estava com um
colete de botões e tinha cabelos grisalhos, também usava óculos
com armações completamente douradas. Ele fazia várias perguntas
à Caduca K, por exemplo, se ela aprovava certas roupas em
Zee. Durante um dos momentos em que Caduca descia as escadas
de madeira da loja para pegar mais caixas, o senhor de cabelos
grisalhos, chamado Frans Bilte, colocou em um dos dedos de Zee,
sobre suas luvas, um anel com a cabeça de um leão e disse em
seguida:
– Feliz aniversário, senhor Griston.
– Obrigado – respondeu o garoto.
Após provar todas aquelas roupas e figurinos, sem ter a mínima
ideia de o porquê daquilo tudo, Zee saiu porta afora ao encontro de
seus amigos. Todos os quatro deram as mãos, apertando fortemente,
e voltaram para o quarto de Zee Griston.
Zee ficou horas observando aquele anel prateado, sem entender
a razão daquilo tudo. Algo o fazia pensar que aqueles kimbulos
quisessem vê-lo maluco, mas Merlin não o colocaria em tal perigo.
Assim, ao escurecer todos se sentaram em volta da lareira, comeram
várias cenouras cruas que estavam em uma cesta e ficaram observando
fixamente uma esfera de água com golfinhos que dançavam,
mais um presente de Merlin para Zee que chegou através de seu
besouro com o seguinte bilhete:
“Nunca deixe de sonhar e acreditar
Em seus sonhos, Zee Griston.
Ah, e boa sorte. Merlin.”
Zee estava muito feliz. Este tinha sido o melhor aniversário
de sua vida. Uma vez por ano cada aluno podia usar o telefone tigrado,
que era sempre vigiado pelo grande cão de pedra. Zee ficou
muito feliz em ouvir a voz da sua mãe, da sua avó e até ficou feliz
em ouvir os resmungos de seu padastro, que nem imaginava o que
estava acontecendo; ele achava que Zee estava em Aclimação, na
casa de parentes, estudando em outro colégio.
A esfera que Zee ganhou de Merlin veio junto com uma bolsa,
dessas que se usam de lado, na qual estava escrito: “A bolsa do
mestre”. Era uma bolsa feita à base couro de dragão. Loryn havia
pesquisado na biblioteca sobre a tal sinistra bolsa e, segundo ela,
aquela bolsa protegia o kimbulo fazendo-o seguir seus instintos e
aflições do coração, ou seja, ela ajudava quando o kimbulo realmente
precisasse. A única coisa que Zee havia retirado de sua bolsa
até aquele momento havia sido o seu skate flutuante, mas era muito
difícil se equilibrar e Zee levou vários tombos.
Loryn colocou um lindo girassol sobre os cabelos e todos os
alunos da Luminarius seguiram em frente para a aula de Controle
84 85
de Seus Signos. Zee estava tentando controlar o seu, que era um
Grifo vermelho e luminoso muito feroz. Todos ficaram babando
ao ver o pequeno Zee usar o feitiço “Signum Triplo”, que o permitia
assustar a grande fera com um chicote de fogo.
Ao sair da aula, Zee ouviu dois garotos da Americus falando
sobre o “Grande Banho de Sangue da Última Guerra em Kim”.
Ele ficou muito curioso sobre o assunto, então naquele mesmo
dia, na aula da professora Rose Marry, ele e seus amigos pediram
para a professora falar sobre o assunto. Segundo ela:
“Os grande sortunus saídos dos vales da morte
Entraram em milhares de residências de kimbulos
Honestos, para roubar, matar e saquear. Todos seguidos de Seu
líder, Terenzo Crack, o sanguinário. Todos
acompanhados de vários
alquimistas e kimbulos das trevas extremamente
Poderosos. As famílias que resistiram acabavam mortas
E a maioria acabava passando para o lado das trevas
Por medo. A última família escondida no Brasil resistiu e
Não se entregou ao exército de assassinos,
eram os...os...Griston!
A Guerra só teve fim quando Terenzo Crack
conseguiu o que estava
Procurando, que é o que ninguém sabe.
Ele banhou-se em sangue
Inocente, e Zedom enfureceu-se, fazendo com
que todas as espadas
E armaduras das tropas malignas derretessem
a imensidão dos
Corpos dos inocentes. Após isso, a polícia de Kim
manteve-se atenta
Contra futuros episódios dolorosos para o nosso mundo,
que ainda
Chora essa lamentável perda.”
Zee não acreditava no que tinha acabado de ouvir. Seu pai
foi nada menos que um grande herói que morreu para proteger
sua família e as leis sagradas de Zedom. Ele era o kimbulo mais
incrível do qual Zee já tinha ouvido falar. Não entendia como sua
família e ele próprio ainda estivessem vivos. Na opinião de Zee,
todo esse banho de sangue é algo incomum em qualquer mundo
e o fez lembrar-se das Guerras Mundiais com muita, muita dor.
Como um kimbulo pode matar e sacrificar outros kimbulos, passando
por cima das leis de Zedom por poder e dinheiro? No Mundo
Kim, poder e dinheiro eram basicamente sonhos em forma de
papel, como papel higiênico ou algo do tipo. Zee pretendia ser um
kimbulo honrado e honesto, como seu pai havia sido e queria dar
orgulho para sua família, que a cada dia estava sendo mais sincera
com ele em relação ao mundo Kim.
Durante a manhã, Otávio e Douglas estavam se divertindo
na cantina com um pião que tinha uma espécie de aranha presa
dentro. O pião girava sobre a madeira onde Zee e Loryn se lambuzavam
com torradas com requeijão e mel. Estava tudo delicioso e
quando tomaram seus copos de leite com café, seus rostos ficaram
marcados com bigodes, que nem ele e, muito menos ela, que era
uma garota, poderiam ter.
Zee correu apanhar sua mochila para a sua aula de Magia Para
Alunos do Primeiro Ano, quando, mais uma vez teve uma imensa
vontade de revirar aquele seu livro que já o havia levado a tantas
aventuras. Exatamente na página 75 havia outro rabisco: “Aqui
86 87
reza a morte”. O garoto não pensou duas vezes e, mesmo sabendo
que poderia perder a sua aula, mergulhou dentro daquelas enormes
páginas amarelas. Estava em sua casa, em Cansville, em um
funeral. Seu pai estava deitado sobre um caixão de madeira negra,
havia várias margaridas em torno dele e um véu cobrindo sua face
por baixo de um vidro.
Zee instantaneamente começou a derramar lágrimas que agora
eram apenas lágrimas comuns, lágrimas de um garoto que estava
sentindo muita dor em ver a perda de um ente querido. O
corpo estava sendo velado e ali estavam sua mãe, aos prantos; sua
avó, bebendo, para não sentir a dor daquela perda; seu tio Jozé
da Gaita; e sua tia Fiínha. De repente, sua casa foi tomada por
kimbulos encapuzados e com vestes vermelhas como sangue, que
traziam suas mãos uma espécie de espada e cartola. Eles levaram
o caixão com o corpo de seu pai e Zee que estava ali apenas como
um voyeur os seguiu.
Eles entraram em um galpão e fecharam as portas com correntes
e cadeados. Nada mais se via do lado de fora. Eles levaram
o corpo do pai de Zee Griston. Os kimbulos das trevas levaram
não só a vida, mas também o corpo de Joe Griston para dentro do
mundo do mal, como aquele mundo que Zee havia visto na Feira
dos Queijos na loja Consolem.
Naquele instante, o menino voltou para seu quarto chorando,
gritando e com raiva, sabendo que todos esses kimbulos estavam
livres e soltos, destruindo e continuando a ferir corações das
pessoas. O mestre de todos, o kimbulo que carregava o punhal e
a cartola era visível para Zee. Ele era ninguém menos que Terenzo
Crack. Mesmo sabendo que não era certo, nem permitido, Zee
não conseguia tirar o ódio e a raiva que sentia de Terenzo Crack.
Ele queria acabar com esse maldito kimbulo com suas próprias
mãos, não só por justiça, mas também por vingança.
Zee não comentou nada com seus amigos sobre o que havia
visto, pois aquele sentimento frio, que agora estava entranhado
dentro dele, não era algo que o pequeno kimbulo desejaria dividir
nem com seus melhores amigos, nem com ninguém.
As aulas estavam cada vez mais surpreendentes e fascinantes
para Douglas e os outros. Zee estava se saindo bem. Havia decorado
todos os feitiços para os professores e sabia que esses feitiços
poderiam ajudá-lo muito caso tivesse que se proteger ou atacar Terenzo
Crack. Na mente de Zee, Terenzo estava ali mesmo, dentro
de Kimbulândia, esperando o momento certo para atacá-lo, mas
alguma coisa o impedia.
Zee Griston perdeu horas e horas tentando descobrir o que
realmente impedia esse famoso e poderoso kimbulo inimigo de
matá-lo. Sempre via a face de Merlin em sua memória, como se,
mesmo distante, Merlin estivesse usando algum encantamento
para protegê-lo. Zee não estava nem um pouco preocupado com
sua proteção. Ele só queria mesmo olhar nos olhos do assassino de
seu pai. Queria poder enfrentá-lo e mostrar para o Mundo Kim
que ele não era apenas um menino de doze anos, como havia dito
a professora Rose Marry. Zee queria mostrar que tinha coragem
suficiente perante o olho de Zedom. Queria mostrar que estava
kimbolizado e pronto para aquele confronto.
Loryn trazia consigo um bilhete sigiloso de Marina Capucci,
que dizia:
“Zee Griston, cuidado!
Algumas pessoas nesta escola
Não são confiáveis. Fique alerta.
Confio em você, e sei que é o
88 89
Kimbulo proibido. Pessoas
Estão reunindo forças
Para atacá-lo. Fique próximo dos
Amigos e destrua este bilhete.
Com carinho, Marina Capucci.”
O menino sabia que a garota havia ouvido alguma coisa dentro
da ala dos Americus. Zee sabia, também, que muitos alunos
da Americus vinham de famílias que haviam sido magnistas e que
estavam ao lado de Terenzo Crack na Guerra Kim, na qual o jovem
Zee Griston perdeu seu pai. Mas o que Zee não entendia era
porque Marina Capucci, que era da Americus, estava tentando
ajudá-lo. Alguns sentimentos passavam pelo coração de Zee e, por
um instante, ele teve a leve impressão de que a garota também estava
nutrindo algum sentimento por ele, mas, até então, ele escondeu
bem. Antes daquele bilhete nada aconteceu entre eles além
daquele “oi”.
Erick Vilarinho andava vigiando os quatro amigos naquelas
semanas, como se quisesse achar algum ponto fraco ou irregularidade,
para poder entregá-los ao conjunto de professores. Com certeza
ele ficaria muito feliz em ver os quatro voltando, de uma vez
por todas, para Cansville. Ficaria feliz em vê-los voltando direto
para Torminel, rodeados de redações gigantescas do professor Oscar,
Mas os quatro estavam na vigia e não usaram nem o travesseiro
e, muito o menos, o livro pra fugir dos terrenos de Kimbulândia.
Zee estava extremamente grato a Marina pelo aviso e queria
alguma chance de se aproximar e agradecer pelo gigantesco favor.
Por todo o piso quadriculado às margens do Rio das Fadas
havia vários alunos do Conservatório de Música. Eles estavam
tocando uma linda canção como o hino de Kimbulândia. Usavam
suas flautas e violinos mágicos. Eles eram os músicos que
treinavam para um musical que logo seria apresentado no palco
principal da área de St. German. A melodia, incrivelmente linda,
fez Zee lembrar-se de quando tinha cinco anos e sua mãe cantava
uma canção bonita, mas assustadora. Loryn já havia decorado
essa canção e, ao perceber o menino olhando para os músicos,
começou a cantar, abraçando fortemente o amigo:
“Boi, boi, boi. Boi da cara preta,
Pega esse menino que tem
Medo de careta. Boi, boi, boi.
Boi que é perneta, vá embora logo
E não mexa a sua cabeça!”
Zee começou a rir de sua amiga, que cantava muito mal. Ela
ficou muito irritada e deu-lhe um forte cascudo na cabeça. Loryn
era uma menina muito especial. Tinha dois irmãos e vivia em uma
casa legal com seus pais. Sua mãe era muito severa com a garota
e sempre exigia dela trabalho e ajuda para cuidar dos irmãos, que
eram pequenos e muito travessos.
Doug tinha apenas um irmão, Gustavo, que sempre se metia
em encrencas e não dava muita importância para o garoto, mas os
pais de Doug eram bem legais. Sua mãe tinha uma loja de roupas
no mundo deles e seu pai trabalhava em uma marmoraria.
Otávio era adotado e sua mãe, Anita, o amava muito, mas
ele sempre se queixava de alguma coisa. O garoto achava que
ela dava mais amor paro seu irmão, Marcos, mas isso era uma
grande besteira.
Zee, por sua vez, era filho único, mas tinha vários primos e
primas. Era bem amigo de Arthur, seu primo de onze anos, e eles
90 91
sempre se deram muito bem. Arthur tinha uma piscina legal em
sua casa e eles, na infância, divertiam-se muito com enormes caminhões
de madeira que ganhavam da avó. Mas aquele era o outro
mundo. O mundo em que Zee estava vivendo agora era diferente.
Ele ficava feliz em saber que trazia com ele três partes daquele
mundo: seus melhores amigos eram uma parte, e as outras duas
partes estavam entranhadas dentro do coração de Zee.
Ao olhar o céu à noite, Zee sempre via o rosto de seu pai junto
ao dele, bem no alto, como no dia em que seu pai deu-lhe um estilingue
de presente que havia sido feito por ele mesmo. Zee amava
cavalos, segundo sua mãe tinha vários, e também sempre andava
de charrete, Antes de dormir, Zee sempre ficava imaginando como
seria legal pescar e andar a cavalo com seu pai. Queria, com todas
as suas forças, estar ao lado do seu amado pai novamente, mas
isso era apenas um sonho, pois seu pai estava morto. Agora ele era
como Merlin, uma mera lembrança dentro do coração galopante
e transparente de Zee Griston.
– Hey! O que está fazendo? – perguntou Loryn a Douglas.
– Ah, estou participando da Feira de Ciências Kim.
– Nossa, e o que é isso?
– Isto é nada menos que o meu projeto: uma réplica da Árvore
de Zedom, com acerolas prateadas no lugar de maçãs.
– Isso não parece mesmo com a Árvore de Zedom, Doug.
– Como não? Veja só.
Douglas pegou uma das acerolas prateadas e deu para Otávio.
O menino instantaneamente começou a ficar com furúnculos
por todo o corpo, indo parar direto na enfermaria. Otávio ficou
por lá uns três dias e, mesmo depois de três dias, mal conseguia
se sentar. Estava enfurecido com o amigo, que não tinha se saído
nada bem, levando um grande “MF”, de muito fraco, na Feira
de Ciências Mágicas. Doug estava muito decepcionado e triste.
Enquanto tomava seu suco de manga, mal olhava para Zee e os
outros. Ao andar, levou vários tropeções, graças a feitiços para sacaneá-
lo lançados por Erick e seus novos amigos da Luminarius,
Willian “Cabeça de Martelo” e Karina “Macho-fêmea”, apelidos
que o próprio Doug havia colocado.
– Nossa, vocês souberam da suspensão dos garotos dos sexto
e sétimo anos, da Luminarius?
– Não – respondeu Otávio para Loryn.
– Willer Lesco e Felipe Cordeiro tomaram garrafas e garrafas
de rum e estavam nadando nus entre as sereias no Rio das Fadas.
A professora Rose Marry os mandou direto para a casa. Eles eram
da África do Sul.
– Loryn! – chamou Zee.
– Como pode os alunos desta escola virem de várias partes do
mundo todos falarem a mesma língua?
– Há é o feitiço de kilíngue que permite que você ouça qualquer
palavra em seu idioma, ou seja, tudo o que você diz, eles
ouvem no idioma deles. Se você falar em Inglês ou Espanhol, eles
podem entender em Latim ou Português. Segundo a professora
Jaiane Lopes, de Linguagens da Magia, essa magia antiga é uma
das grandes ideias que Merlin teve quando ainda estava vivo.
– Quando eu vivia em Cansville e não sabia que era Kimbulo,
queria ser aeromoça, mas agora sonho intensamente em lecionar
aqui mesmo, em Kimbulândia, em um futuro próximo – disse
Loryn a Zee.
– Só se for dar aula de Vodu – disse Doug, ainda irritado por
ter se saído mal com seu projeto.
– Garoto besta! – respondeu a menina, muito brava.
Naquela noite Zee teve um grande pesadelo. Via o rosto de
92
seu pai novamente naquele caixão e quando ele se aproximava,
percebia os olhos de seu pai ainda abertos, porém, paralisados
como uma estátua, daquelas que vivem nos museus. Zee queria
tanto que seu pai aparecesse para ele, mesmo que fosse uma lembrança,
como Merlin.
Zee não intendia o porquê de poder falar com Merlin, que já
havia partido, mas não com seu pai, que também já estava morto.
Zee decidiu contar tudo para seus amigos, que se sentiram muito
mal com essa história. Otávio, que sempre foi muito medroso,
achava que eles eram não só kimbulos das trevas; achava que o
fato dos kimbulos do mal terem buscado o corpo do pai de Zee
no velório fazia parte de algum ritual macabro, coisa que passava
longe dos entendimentos de magia que eles haviam aprendido até
aquele dia.
Loryn, Otávio, Douglas e Zee só estavam começando uma
grande trajetória de aventuras, medos, perigos e riscos mortais no
Mundo Kim em meio a luz e trevas. Os quatro deram as mãos e
disseram:
– Assim que vou olhando para trás. Amigos são demais. Você
ainda não viu. Somos, sim, amigos de verdade. Pura raridade, os
ZLOD são assim.
Quando terminaram de dizer aquelas palavras, surgiu entre
eles uma grande luz, meio violeta, meio verde, marcando com
total amor e magia aquela amizade intocável, poderosa e muito,
muito verdadeira. Foi aquela amizade que fortaleceu o brilho dos
olhos de Zee Griston após ele ter presenciado o sombrio funeral
de Joe Griston.

6
Lady Escorpião
95

Z ee estava observando o ninho de alguns cisnes no meio do

imenso milharal de Kimbulândia. Ele usava uma boina


cinza, de aspecto italiano, e suspensórios estrelados soltos
pelo seu jeans quando notou um duende de pele amarelada aproximando-
se dele.
– Olá, senhor Griston. Sou Mocco, um duende. Trabalho na
cozinha de Kimbulândia.
– Olá, Mocco, prazer em conhecê-lo.
– Vim de Portugal, senhor. Cheguei há dois meses e fiquei
sabendo de várias histórias sobre o senhor. Fiquei sabendo também
de suas valiosas lágrimas a Zedom. Isso agora é uma lenda,
como tantas outras, senhor. Os duendes bebês estão pedindo
para suas mães contarem a história da noite de sua iniciação. Já
tem até contos infantis sendo vendidos em várias livrarias e fãclubes
estão sendo formados em todo o Mundo Kim. As jovens
kimbulos andam histéricas, senhor, à procura de pôsteres mágicos,
etc...
Zee ficou surpreso que, em tão pouco tempo, já estivesse tão
famoso; no fundo, ele não queria isso. Algo estava fazendo-o amadurecer
rápido demais; tão rápido que ele já havia se esquecido das
coisas que costuma fazer em seu antigo mundo. O duende Mocco
era muito simpático, tinha a face enrugada e a voz rouca.
96 97
O garoto já estava atrasado para sua aula com o professor
Will Stick, que ficava mais chato a cada dia que passava. O professor
continuava lançando olhares incomodantes em direção a
Zee e, agora que descobrira sobre sua marca as costas em forma
de coroa alada, ele estava ficando cada vez pior. Certa aula, Zee
notou uma pintura estranha, bem diferente, perto de uma janela
de madeira que tinha marcas de patas de ganso. Zee esperou todos
os colegas de classe saírem com suas ampulhetas porta afora
e perguntou ao professor:
– Professor, do que se trata aquela pintura que antes não estava
ali?
– Por que devo dar-lhe alguma explicação, famoso senhor Zee
Griston? – perguntou o professor de uma forma absolutamente
insinuante.
– Bem, sou aluno e gostaria de aprender o máximo possível,
professor, apenas isso e nada mais – respondeu Zee à altura.
O professor de vestes vermelhas como sangue e cabelos cor
de poeira fechou um livro grosso, que parecia ter mil páginas, e
aproximou-se da pintura, começando a falar sobre ela:
– Isto é a imagem de Eros, Pam e Psique – disse o professor.
– O senhor poderia me falar sobre eles, professor?
– Pois, bem... Eros é um querubim, o último restante da classe
dos anjos, que foram todos aniquilados dos dois mundos. Ele é
fruto de Psique, que era, basicamente, meio mulher e meio deusa,
representante da Medicina Psicológica Mágica em nosso mundo.
Ela deu à luz a Eros, que sempre a presenteava com coroas de
flores das margens de um lago do antigo Éden. Pam era o pai,
metade kimbulo, metade bode. Eles viviam, e ainda vivem, em
perfeita harmonia nas histórias, pinturas e lendas. Segundo uma
história para crianças, a família que representasse a imagem de
Eros, Psique e Pam nos Mil Mundos Kim dariam ao filho o poder
de chorar as lágrimas de ouro como fruto proibido do Olho de
Zedom, sendo o filho o único capaz de enfrentar as trevas e os
magnistas fiéis às sombras.
Após uma breve pausa, o professor continuou:
– Não pense que este seja você, senhor Griston, que, pelo que
vejo e levando em conta suas notas em minha aula, não é diferente
de nada, nem de ninguém. Agora, por favor, saia. E pare de usar
tanto este maldito perfume amadeirado. Não o use em minha aula,
sou alérgico a essas porcarias vendidas na “Magicus Fragrance”.
Zee não havia usado perfume nenhum, com certeza isso tinha
sido obra de Erick Vilarinho, que estava com metade da cabeça
para fora da porta. O garoto ficou pensando horas e horas sobre
aquela história. Agora fazia todo sentido. Sua mãe sempre dizia
que gostaria de ser médica e seu pai venerava cavalos, cabritos,
bodes, todos esses tipos de animais. A história de Eros fazia com
que ele entendesse a marca e sua vontade de sempre estar no colo
de sua mãe quando criança.
Zee estava se diferenciando cada dia mais dos outros meninos.
Tornara-se mais confiante e astuto. Conjurava feitiços poderosíssimos
nas aulas, impressionando todo o primeiro ano. Já estava
tirando notas altas como as que tirava no colégio de Torminel,
em Cansville, e seus amigos estavam aprendendo muito com ele.
Aos olhos da professora sênior Rose Marry, Zee representava um
aluno exemplar, dando muito orgulho à escola, tanto nas aulas,
quanto no kimboll, o maior jogo do Mundo Kim.
Zee não conseguia mais se enxergar em outro mundo que não
fosse aquele. Tudo estava indo de vento em popa. Nada mais havia
ouvido sobre Terenzo Crack, que, para Zee, estava escondido e
com medo de enfrentá-lo. Acima do grande escudo de Kimbu98
99
lândia havia as inscrições sagradas do Colégio: “Quaerite Zedom
aspectum, somnia vestra in magia.”. Tudo escrito em letras vermelhas
e mágicas sobre o metal em ouro bem grande no galpão principal.
Após Zee comer todo o seu jantar, correu para seu quarto e
mais que depressa abriu seu livro “Os Olhos do Armagedom”. A
parte de dentro da capa estava mudando do vinho para o negro e
Zee mergulhou história adentro.
O garoto foi parar em um povoado kimbulo cheio de casas
flutuantes com chaminés engraçadas e muitas corujas violetas. Zee
estava dentro de um fusca velho e vermelho, que não ligava. Ele
saiu do fusca e foi caminhando reto, vestindo suas luvas reluzentes
mágicas. No final da rua havia um portão de grade entreaberto. O
garoto percebeu uma espécie de gato saindo das sombras de um pé
de pitanga. Era um gigantesco Tigre de Metal que disse:
– Suba.
O garoto subiu sobre o grande felino que era extremamente
gelado, tão gelado quanto a neve que caia naquele momento.
O animal rodeou todo o quarteirão até parar em uma casa toda
de madeira. A casa parecia abandonada. Zee desceu do Tigre de
Metal e o animal sumiu floresta adentro. O menino caminhou
lentamente até a porta principal da casa, que era escura, feita de
madeira velha e com cercas de arame farpado.
Zee estava sozinho e com muito medo. Nunca estivera em
um lugar tão medonho em sua vida, nem imaginava o que poderia
haver naquela estranha casa, que flutuava sobre uma espécie
de neblina. O garoto aproximou-se da porta e, com muita, delicadeza
abriu a maçaneta. Ao entrar na casa, passou por uma sala
muito escura, mas cheia de velas, com alguns pombos caídos no
chão, como se tivesse sido devorados por algum animal. Dentro
de um dos quartos uma luz branca e forte lampejava. Zee aproximou-
se bem devagar, dando passos silenciosos, tentando não fazer
nenhum barulho. Ali estava uma mulher sentada em uma cadeira.
Ela tinha cabelos compridos muito negros.
A mulher virou e Zee conseguiu ver os olhos dela, que eram
muito verdes. Ela arregalou os olhos em direção a Griston e disse:
– Entre, menino, entre.
Zee aproximou-se e ela perguntou:
– Você sempre tem a audácia de entrar em residências privadas
sem ser convidado?
– Não, senhora, é que a porta estava aberta.
– Sente-se – disse a kimbulo, que era muito magra e bonita,
porém, sombria. Suas unhas eram muito grandes e vermelhas
como sangue.
– Qual seu nome, rapaz?
– Meu nome é Zee, senhora, Zee Griston.
A mulher jogou pela janela um pombo que parecia estar sendo
devorando a sangue frio e começou a estrangular o menino.
– Sabe quem sou eu, Zee Griston? Sou Lady Escorpião, irmã
de Terenzo Crack. Há tempos venho buscando tê-lo em minhas
mãos para matá-lo. Graças aquela sua maldita mãe sou obrigada
a me alimentar de animais sujos e rastejantes, pois ela me amaldiçoou
com uma magia vaga chamada “bondade”. Imundo Griston,
você terá o mesmo fim patético de seu pai e será agora.
A maligna Lady Escorpião fez todas as unhas de uma de suas
mãos formarem um escorpião da cor de um rubi e do tamanho
da palma de sua mão. O escorpião rapidamente rasgou a camiseta
de Zee, próximo ao peito e grudou em sua pele. O garoto caiu no
chão de dor e tortura.
Quando percebeu, estava de novo em seu quarto. Sentindo
muita dor, saiu rastejando até a porta do quarto de Otávio, que
100 101
ficou muito assustado em ver o amigo naquela situação. Otávio
apanhou seu cubo com nuvens tibérias e um pouco de arco-íris
líquido. Aproximou o cubo ao peito do amigo e o objeto quadrado
abriu-se como uma pequenina caixa de vidro, fazendo aparecer
uma pequenina nuvem azul. A nuvem começou a chover sangue
fazendo com que o escorpião impregnado se transformasse em
suor. O ferimento no peito de Zee estava feio e profundo e estava
próximo ao seu coração, que estava sendo tomado por veneno.
Otávio derramou um pouco do líquido que estava em um pequeno
frasco de vidro sobre a pele de Zee, então, o ferimento e
veneno do escorpião rubi sumiram por completo.
No dia seguinte, Zee e seus amigos prometeram para si mesmos
que nunca mais usariam aquele livro, que já havia se tornando
perigoso demais. Loryn estava dando fortes batidas nas costas
de Otávio, pois ele acabara de tomar vários goles de água batizada,
que era água de gênios e não de kimbulos. O garoto vomitou todo
o seu almoço e eles seguiram para a aula do professor Lafaiete
Cosi, que lecionava Cosmologia. Era uma aula muito estranha.
O professor era bonito, tinha os cabelos penteados para o
lado e fazia suas alunas suspirarem. Ele estava pedindo que todos
os alunos estimulassem seu cosmo interior perante o Olho de
Zedom. Segundo ele, essa era a magia mais poderosa no mundo
Kim. Ele trazia consigo um par de luvas alaranjadas, que estavam
cortadas nos dedos. Ele exigia que todos os alunos usassem aquelas
luvas durante aquela aula.
Zee achou as luvas muito maneiras. Mas, para ele, as conjuras
ao cosmo e ao universo era besteira. Porém, para o professor, o
poder do cosmo era a única maneira de enfrentar Gênios do mal,
que serviam todos os desejos de kimbulos das trevas.
Zee estava pensando bastante no que Lady Escorpião havia
lhe dito. Ele sabia que ela fora apenas um refresco do que ainda estava
por vir. Terenzo Crack não lhe colocaria apenas um escorpião
cheio de trevas; ele o mataria e ainda iria a seu velório. Zee estava
definitivamente pensando em treinar alguma magia mais perigosa,
mesmo que negra; algo que o ajudasse a enfrentar no mesmo
nível o temido kimbulo do Mundo da Magia.
Então, Zee entrou na sala negra, na qual sua amiga havia sido
atacada da outra vez e lá encontrou vários objetos estranhos, como
medalhões, pêndulos, facas e algumas armaduras que certamente
os professores haviam tomado dos alunos da Americus. Quando
menos esperava encontrou um livro de capa marrom com páginas
negras. Zee levou o livro para seu quarto e leu o título: “Feitiços
Mortais”. Um dos feitiços era o tal “Injetus”, que pode ser conjurado
por luvas feitas à base de insetos, vespas um moto de montanha vermelha de pedras
filosofais tais quais escorpião, aranha,
abelha e gafanhoto negro. Esse feitiço envenena a alma do kimbulo,
levando à morte em um único suspiro. É um dos feitiços preferidos
dos sortunus e um dos mais letais, causando dor por duas
horas, mesmo após a morte. É sempre usado em casos de vingança
entre famílias kimbulos, etc.Unicornio Branco de Xifre roxo Aranha de teia Fina Belfegor
Profesor Demonios e a Professora Vitoria Aranhas Rapa Dura Paprica Coloral Gato Noha
Grister o largo do feijão Que-Luz e Vassago na floresta 003 montana Gil
pactotius Spell Camelo e panamera azul de Fita do Cão Cerberus Egito fita rosa ;
Zee ficou imaginando o que Terenzo Crack sentiria caso ele
usasse aquele feitiço contra o kimbulo do mal. Zee queria justiça.
E queria que o assassino de seu pai e a irmã dele, aquela assassina,
sofressem como os Griston.
No outro dia, Zee escondeu o livro de seus amigos embaixo
do colchão; não queria que nenhum de seus amigos soubessem
que ele estivera praticando magia negra dentro de Kimbulândia.
Ele sabia que isso poderia afetar, e muito, a amizade dos quatro
amigos, que estava indo tão bem e continuava forte, baseada no
amor e na sinceridade, como sempre.
– Zee!! Socorro!!!. – gritou Loryn
102 103
– O que foi, Loryn?
– Meu banheiro está cheio de vaga-lumes venenosos.
O banheiro de Loryn estava cheio de vaga-lumes que mais
pareciam vespas. Eles estavam espalhados por todo o vaso sanitário
e box. Zee não sabia o que fazer, nem como lidar com aquele
tipo de inseto, então, ele apontou suas mãos vestidas com as luvas
luminosas e disse:
– Injetus.
Os vaga-lumes, que eram muito perigosos, caíram todos ao
chão, batendo as asinhas mesmo depois de mortos. Loryn ficou
espantada e com pena dos insetos, que tinham doze centímetros.
Ela nunca havia ouvido nada sobre a maldição “Injetus” e, como
estava muito curiosa, perguntou a Zee onde ele havia aprendido
tal feitiço macabro. O garoto disse que tirou isso de sua cabeça.
A garota acreditou, achando que tinha a ver com a marca misteriosa
de coroa alada que ele agora levava em suas costas.
Zee estava muito triste em ter que mentir para a amiga, mas
não podia dizer a verdade, pois isso poderia deixar ela e seus outros
dois amigos com medo dele. E já bastava o medo que o garoto estava
sentindo de si próprio.
Vários garotos da Luminarius haviam feito uma roda e estavam
jogando um jogo diferente, no qual se usava baralhos mágicos.
O jogo era definido de maneira simples: o kimbulo que
matasse o coringa vivo do outro, vencia e tinha que pagar 50
Gold Dreams para o adversário. Douglas estava empolgado jogando
contra Otávio, que havia acabado de perder para o amigo.
O coringa simplesmente pulou da carta e começou a dançar. Depois
de se apresentar, o oponente devia massacrá-lo ou ele daria
tempo para que o outro oponente massacrasse o outro coringa.
Doug usou o feitiço “chamanum” e o coringa do baralho de Otávio
se queimou todinho, como um churrasquinho.
A escola de Kimbulândia estava estremecida. O desfile de Nazaré
Hilms, uma das maiores estilistas dos Mil Mundos dos Kimbulos,
acabara de ser anunciado. Todas as alunas e alunos Kim
estavam fazendo testes. Loryn estava felicíssima de ter sido selecionada
para o tal desfile de Moda Mágica.
Todas e todos os jovens modelos kimbulos estavam deslumbrantes.
Usavam botas de couro luminosas e capas estreladas muito
glamorosas. Os chapéus em veludo chamavam e roubavam a atenção
de todos. Todas as alunas estavam magras, pois tinham usado
um feitiço estranho para prenderem seus espartilhos. Os garotos
usavam coletes e calças de couro de dragão e outras calças com cordas
de múmias. Agora Zee entendia o porquê de Caduca K tirar
suas medidas no brechó da loja A-Minha-Avó-Tinha, Azupocus em Paris.
O último a entrar na passarela coberta por luas e estrelas era
ninguém menos que Zee Griston, que mal sabia desfilar ou dar
sorrisos para as câmeras. Com fortes empurrões ele foi lançado
à passarela e, mesmo bem desengonçado, conseguiu se sair bem.
Erick Vilarinho, por sua vez, estava se sentindo o máximo, sem
notar que havia alface nos seus dentes da frente; ele estava posando
para as fotos, sem saber que no outro dia todos os jornais de
Kimbulândia estampariam esse vexame.
Loryn e Marina Capucci estavam incrivelmente lindas Zee.
estava impressionado com Nina – era assim que ele chamava a
linda e nova amiga da Americus. Ele também estava encantado
ao ver as botas de fadas que Loryn estava usando. A última garota
a entrar vinha vestida com uma curta saia de penas de pombos
fazendo Zee sentir calafrios ao lembrar-se de Lady Escorpião e de
sua última aventura através de seu complicado livro mágico.

7
A Banda Mágica
107
D o lado de fora das janelas nos campos da grande Kimbulândia

o temporal estava forte, fazendo com que os


quatro amigos se reunissem no quarto de Zee, divertindo-
se com o jogo “mágica ou consequência”, que fazia com que
os pequenos kimbulos revelassem segredos. Na vez de Doug, ele
virou-se para Zee e fez uma pergunta intrigante.
– Zee, mágica ou consequência?
Zee respondeu:
– Mágica.
– Existe algo que já escondeu de seus amigos?
Zee, sem perceber, respondeu que não. No mesmo instante
uma mágica fez com que o livro que o garoto escondera embaixo
de seu colchão pulasse para o chão, no mesmo lugar os quatro
haviam feito uma roda em torno da lareira.
– Zee, você escondeu isso de nós? – disse Loryn.
– Não, vocês não entenderam – disse Zee.
– Entendemos sim. Você não confia nos seus melhores amigos
– disse Doug olhando para Otávio.
Os três saíram muito desapontados do quarto de Zee, que
ficou a noite toda se sentindo muito mal por ter mentido para seus
amigos, que agora estavam tristes com ele. O garoto desejou com
todas as forças que amanhecesse logo. No caminho para a aula
108 109
da professora Rose Marry o garoto disse que só havia feito aquilo
para preservar todos eles e pediu desculpas sinceras. Os três deram
um sorriso franco e perdoaram o amigo.
– Hey, Zee. Olha o que encontrei – disse Otávio.
Otávio tirou do quarto uma guitarra louca. A madeira brilhava
como fogo e ele disse que sabia tocar. O som era irado! Algo
como o som de um dragão bufando de cócegas. Loryn teve uma
ideia genial: os quatro deveriam formar uma banda. E assim surgiu
a banda “Magics”.
Eles encontraram um trailer perto do milharal e começaram
a ensaiar todos os dias. Zee ficou com o vocal sônico, Loryn com
a bateria de cogumelos vermelhos, Otávio com sua guitarra de
fogo e Doug com um pandeiro de meia lua encantado. Os ensaios
estavam ficando cada vez mais quentes. Zee estava cantando muito
bem e Loryn estava fazendo as letras das músicas. Eles sabiam
que iriam estourar em toda a escola a partir do primeiro show. A
música de abertura do show deles já estava sendo criada. Danilo
Bianucci estava colando vários folhetos por toda Kimbulândia e,
então, surgiu a canção mágica de número um:
“Somos os Magics, somos os Magics.
Vamos saltar como fogo de dragão
Soltando pó de fada pelo saguão.
Viramos anjos na multidão,
Giramos forte como um pião.
Solte o cosmo do seu coração,
Junte-se a nós em nosso balão,
Um carrossel de elfos ou um furacão.
Chore arco-íris ou vire um anão...”
A música havia se tornado um sucesso. Em pouco tempo todos
estavam ouvindo em seus fones encantados. Zee e seus amigos
estavam se preparando para o show que aconteceria em um terreno
vago, perto do restaurando “O Gato que Ri”. Loryn havia
separado jaquetas verde limão para todos, e as costas unicórnios
relinchando as calças seriam todas douradas e, aos pés, os tênis de
kimboll.
O grande dia chegou. Todos os alunos da Luminarius estavam
presentes e alguns poucos da Americus. No palco de cristal
estavam eles, arrebentando os autofalantes florais. Todos gritavam
histéricos e pulavam animadíssimos com o som encantado dos
“Magics”. Zee estava loucamente feliz em saber que, agora sim, o
seu sucesso vinha de seu suor e não da mídia mágica de Kim.
Em pouco tempo, a banda fez tanto sucesso que já havia se
tornado famosa em todos os Mil Mundos Kim, mas a ideia dos
quatro largarem os estudos e se aventurarem na estrada da música
mágica era impossível. Os estudos vinham em primeiro lugar. O
novo sucesso acabara de ser lançado, o hit era chamado “Demônios
podem chorar”:
“Hey, hey, hey.
Demônios podem chorar.
Hey, hey, hey.
Sereias vão cantar.
Há, há, há.
Zedom vai nos amar.
Podemos, sim, virar uma
Epidemia.
Somos, sim, o vírus
”Da magia...”
110 111
O espírito da juventude havia tomado toda a escola. Agora
Zee e seus amigos eram nada menos que os meninos mais descolados
de todo o colégio de Kimbulândia, impressionando alunos
e professores. Esse espírito dominava por inteiro os corações dos
adolescentes que não escondiam o tamanho fanatismo pelos “Magics”.
Zee estava muito contente, mas alguns alunos da Americus,
influenciados por Erick Vilarinho, fizeram uma forte denúncia ao
conjunto de professores e a professora Rose Marry foi obrigada
a proibir todos os shows e a divulgação da banda que agora era
sensação.
As noites estavam cada vez mais chatas. Restaram-lhes apenas
as aulas, agora que o maior hobbie dos meninos haviam sido retirado,
graças aqueles bobocas da Americus. Zee e seus amigos ficaram
os finais de semana tentando se distrair com suas sombras, mas isso
não era o suficiente para eles depois de terem passado por aquela
experiência incrível. A última coisa que a professora disse foi:
– A fama, meus caros talentosos e queridos alunos, é muito
comilona e ela chega a devorar a alma das pessoas, tendo vários
casos de ataques ferozes no mundo da magia. Quem sabe, talvez
um dia, quando estiverem com seus cards de maior idade, possam
voltar a fazer seus shows. Até lá, nada de música alta pelos corredores
deste colégio.
A música fazia muita falta para eles, pois aquela estava sendo
a chance dos poderosos amigos se manterem mais unidos, como
em um único sopro de mágica.
Todavia, Zee e seus amigos não se deixaram abater pelo acontecido.
As lembranças boas e felizes que haviam passado os dominavam.
À noite, dava pra ver uma tribo distante de kimbulos
índios mágicos tocando as músicas deles e fazendo seus rituais de
chuva distantes dali, bem longe, descendo pelas cachoeiras e montanhas,
passando pelas nuvens.
No dia seguinte, após o almoço, uma garota saiu aos berros
pela cantina do colégio. Era Jéssica Rardy.
– Monstros! Monstros! Eles estão vindo!
Segundo Jéssica, havia vários monstros saídos dos pântanos
de Lailorville, uma cidade ali perto. A garota chorava e estava
muito aflita com os terríveis monstros. Todos os professores fecharam
as portas da escola e mandaram os alunos esconderem-se
nos quartos, mas Zee achou muito suspeito, visto que essa cidade
não era tão perto assim de Kimbulândia. Então, ele e seus amigos
esconderam-se em seus quartos ouvindo, ao longe, fortes batidas
no corredor da ala da Luminarius. Os monstros nada fizeram, apenas
deixaram uma pele com inscrições a sangue.
“Kimbulândia, Kimbulândia.
Nossa amada Kimbulândia.
Do pântano fomos enviados
Para alertar ao que fomos encarregados.
Essa escola agora guarda a nossa ameaça.
Sabemos que Zee Griston
Quer nos levar a extinção.
Entreguem-no a nós
E não haverá devastação.
Sempre fomos pacíficos
E não queremos conflitos,
Apenas exigimos o nosso
Inimigo... Nada mais,
Nada menos.
Gratos, Monstros do Pântano de
Lailorville.”
112 113
Os garotos só viram o imenso recado deixado à pele de animal
no dia seguinte. Todos na escola olhavam calados para Zee, como
se ele estivesse andando por aí com os cadarços desamarrados. Ele
jamais fez mal algum a nenhum monstro. Ele nem sabia que eles
existiam, mas ele tinha plena certeza de que alguém estava por trás
disso. Ele achava que Terenzo Crack estava por trás disso tudo,
só para poder pegá-lo depois das mãos nojentas dos monstros e
matá-lo de uma vez por todas.
A professora Rose Marry e os outros professores do comitê
haviam garantido a Zee total proteção, não por ele, mas pelas leis
sagradas no Mundo Kim e pelo Grande Olho de Zedom, que
estava sempre ali, observando tudo e pronto a punir qualquer um
que praticasse o mal.
Zee saiu durante a tarde. Estava muito triste e confuso, e tudo
estava pesando em sua cabeça. Encontrou no vale uma gigantesca
árvore, na qual se encostou para ouvir o piado das corujas. Naquela
mesma árvore havia uma porta invisível, quase impossível de ser
vista. Ela estava quase toda tampada por folhas e ramos.
Zee tirou alguns dos ramos e abriu a porta, entrando em uma
passagem secreta que tinha saídas para vários locais. Ele ficou intrigado
e encantado em saber que agora poderia escapar com seus
amigos sem que nenhum aluno da Americus os visse. Quando
Zee mostrou aquele lugar para seus amigos, eles seguiram uma
das muitas estradas das passagens subterrâneas e foram parar em
um jardim um tanto diferente, com um lago cheio de crocodilos
bebês e golfinhos azuis. Todo dia a as treze horas Mr . J virava o homem espelhar e ia até
Billy Bupanpert
Zee despiu-se por completo e subiu sobre um dos golfinhos,
divertindo-se para valer, enquanto Loryn ficava de olhos tapados
atrás de um toco serrado devidamente por algum anão lenhador.
Naquele momento, os corações dos quatro amigos pareciam estar
interligados, pois os todos estavam com uma imensa vontade de
ver Merlin novamente. Toda vez que estão ao lado do grande kimbulo
é como se fosse Natal, o ar muda para melhor e sempre se
sentem felizes, aconchegantes e com um ótimo astral.
Todos os alunos do colégio estavam totalmente envenenados,
sussurrando sobre Zee e mantendo-se sempre afastados. Zee Griston
agora era alvo de perseguição não só pelos alunos da Americus,
mas também pelos próprios Luminarius, que estavam assustados e
sem saber o que fazer em relação ao recado dos terríveis Monstros
do Pântano, que haviam deixado aquelas inscrições enormes cheias
de sangue e lodo pelo colégio Perto da Torre do Castelo
Zee e seus amigos estiveram, mais uma vez, na presença de
Merlin, levados pelo espelho da professora Rose Marry. Eles foram
escondidos, sem que ela soubesse. Merlin estava risonho e muito
alegre agora ao lado de seu cão, o Mr. J., que agora pertencia a
Merlin. Zee ficou imaginando porque Merlin e seu pai haviam
deixado o cão arrotar bolhas sobre ele quando ele tinha 3 anos de
idade. Na casa de Merlin existiam várias coisas muito interessantes,
como um lindo gato muito negro trazido em uma das grandes
viagens de Merlin à Pérsia.
Merlin ficou horas e horas contando histórias de seus parentes
afastados e de suas batalhas contra os terríveis sortunus da
Alemanha. Merlin adorava vinho espanhol. A ideia dos grandes
obeliscos teria saído dos sonhos que o velho e inteligentíssimo
kimbulo tivera na infância. Merlin gostava das fadas e mantinha
várias delas nos jardins de sua residência. Elas enfeitavam as flores
e as hortas cheias de almeirão, repolho e alfaces gigantescos. Todos
estavam passando uma tarde incrível ao som de uma fabulosa
flauta mágica que Merlin assoprava muito bem.
O senhor apanhou um vaso de barro e encheu com cinzas de
114 115
seu cachimbo e com sal e salsas. Colocou cinco ovos de galinha e
ateou fogo, fazendo com que o vazo borbulhasse, cozinhando os
ovos, que tiveram a cor de suas cascas alteradas do branco para o
azul. Todos comeram e tudo estava absolutamente muito saboroso.
A chaminé de Merlin era tomada por chamas vermelhas que
exalavam fumaças acinzentadas céu afora perto das montanhas
com picos cobertos de neve, em várias e várias colinas por ali.
Os coelhos falantes andavam por todos os aposentos e estavam
sentindo-se muito incomodados pela chaga do cão fila, Mr. J., que,
segundo eles, estava os perseguindo. Zee contou a Merlin sobre os
“Magics” e também sobre as aulas. Merlin disse que já tinha ouvido
o último vinil que os garotos lançaram em uma feira na Noruega e
ficou triste tentando consolar os garotos sobre o acontecido.
Todos voltaram para a sala da professora Rose Marry, dando
de cara com Jéssica Rardy, a garota que havia alertado a todos sobre
os monstros. Eles pediram para a amiga da Luminarius guardar
segredo e a menina concordou dando um sorriso de alguém
que estava feliz em fazer algo prestativo.
Todos os discos haviam sido queimados na grande lareira violeta
do Saguão principal. Agora, mais do que nunca, os “Magics”
haviam acabado e os amigos estavam infelizes, como se todo aquele
trabalho com a banda mágica não tivesse valido nada.
Zee apanhou sua bolsa e seguiu com seus amigos até o vilarejo
do Mine Trolls para alimentar alguns pôneis alados. Eles
comiam cenouras gigantes que Zee retirava de sua bolsa mágica.
Em uma das vezes, ao colocar a mão na bolsa à procura de mais
cenouras, Zee sentiu a forma de um objeto de metal. Retirou tal
objeto da bolsa e deparou-se com uma máscara de bronze muito
engraçada, como uma máscara daquelas de carnaval, usadas em
seu antigo mundo.
Zee colocou a máscara em sua face e como uma forte neblina
tomando seu corpo, ele havia se transformado em sua amiga
Loryn. Eles haviam acabado de encontrar uma máscara mística
que permitia que eles se transformassem em qualquer pessoa, até
no próprio Merlin. Zee usou a máscara várias vezes para ir até a
casa de Merlin, usando a forma física da professora Rose Marry.
Ele sabia que como havia sido a bolsa que o havia presentado com
tal objeto, não haveria mal algum em usar a máscara em prol de
coisas boas. Quem sabe ele até poderia usar a máscara para destruir,
de uma vez por todas, o assassino de seu pai, Terenzo Crack,
que, segundo Merlin, não passava de um covarde que tinha medo
de mostrar o rosto aos olhos do Mundo Kim, pois tinha medo de
ir para a prisão de Réguas e Compassos, em Kimcerol, a prisão de
maior poder contra magia das trevas do Mundo Kim.
Zee e seus amigos estavam saboreando mershamoras, uma espécie
de cogumelos de amoras um tanto suculentos, quando Zee
sentiu sua marca nas costas brilhar intensamente. Zee e seus amigos
correram para dentro do box do seu banheiro. Havia alguém
os espionado em seu quarto. Não poderia ser nenhum aluno da
Americus, pois os grandes santos da ala dos Luminarius não permitia
a entrada de nenhum deles naquela ala. Os quatro saíram
do banheiro e encontraram, pendurada à porta, uma fita de cabelo
de alguma das meninas da Luminarius. Com certeza era alguma
enxerida do último ano.
Zee, Loryn, Doug e Otávio ficaram atentos. Agora, mais do
que nunca, pararam de confiar em outros alunos, até mesmo da
Luminarius, pois se havia espiões em sua turma, o perigo estava
cada vez mais próximo deles. E nem livros mágicos, nem bolsas
mágicas e muito menos marcas sobre a pele os ajudariam a enfrentar
o mal que os quatro sabiam que estava ali sobre os enormes
116
pisos quadriculados terreno afora daquela catedral.
Nas aulas de Magia Egípcia, os alunos estavam aprendendo
sobre magias sagradas carregadas há milênios. Algumas destas magias
e objetos formavam uma lista em uma das páginas do livro do
pequenino professor:
– Brincos de serpentes trocadoras de almas;
– Leite de Rathor, a vaca deusa;
– Anéis de Nefertite;
– Olhos de Hórus;
– O cinturão de Anúbis;
– O colar de Cleópatra;
– A bola de cristal da Deusa Ísis; e
– A chave de Num.
Segundo o professor, esses objetos eram relíquias e o kimbulo
que obtivesse esses itens, entre outros, poderia obter grande poder,
tanto na defesa, quanto no ataque. Para Zee tais objetos eram
mais que necessários, mas Loryn nem deu muito atenção. O que
ela queria mesmo eram algumas ameixas da própria Afrodite para
produzir elixir do amor, talvez ela estivesse querendo conquistar
alguém. Doug queria um pouco de ramo de algodão do Deus
Mercur, para poder ficar um pouco mais belo.

Zee Griston and the Armageddon Eyes -Thalys Eduardo Barbosa – Billy Ventura
Zee caminhou pelo bosque pé de trevo , passando pelo musgo , e pelo orvalho das arvores que caia
sobre ele , quando parou num vale de copas , densas e caminhos verdes e frescos , perto das
montanhas , Zee parou e tirou uma bolsa d’agua , perto do penhasco numa cachoeira .
Quando viu um esquilo e um guaxinim brincando entre as folhas de bordo .
Zee fora mais adiante quando o sol raiou , Zee estava , sentado sobre o capim verde
entre o sol dormindo sobre o tipo de uma arvore
com um capim na boca , Zee entrou pra dentro de casa , quando pegou um pergaminho e molhou a
pena no tinteiro .
E começou a desenhar o mapa das minas kimbulos .
Logo atravessou o riacho e fora até a roda d’agua
Zee fora mais adiante desceu , as colinas , e chegou até os o chiqueiro levar cenouras ao porcos
logo Zee caiu entre os ramos do visgo e raízes , e logo entrou pra dentro da casa
a lareira estava acesa , quando Zee olhou pro céu e viu uma charrete , voadora , brilhando no céu
primeiro como uma estrela , depois parecia chuvas de estrelas cadentes , e logo um cometa
era Merlin que veio ao encontro de Zee .,
Zee abriu a porta e Merlin entrou , com barba branca , sobre o cinza das nuvens , e prateado das
estrelas , ele fora até Zee , pegou um cachimbo e em frente a lareira , começou a fumar erba de
fumo , e logo disse a Zee , que Zee precisava ver algo
Merlin então retirou um embrulho , muito antigo com letras douradas , quando Zee olhou pra
chama da lareira e viu um dragão dançando logo a barba de Merlin começou a pegar fogo , ele disse
pra Zee esparar um minuto , apagou as cinzas de sua barba , e logo , retirou uma salsicha e poise a
tostar na fogueira , Zee curioso , pra saber o que havia no embrulho suspeito .
Logo Merlin retirou um curioso Ovo de galinha dourado com o olho de Zee no ovo ,Zee perguntou
o que era quando Merlin tacou o ovo no fogo , e começou-se a ouvir piramides feitas de arvores , na
floresta , e no meio um fogo verde e vermelho que subia , mostrando uma enorme montanha de
fogo , onde Zee viu num espelho seu Pai numa esfera nas mãos de Terenzo Crack
que surgira com uma armadura negra meio avermelhada e esverdeada .
E um grande olho estava observando .
E Zee numa visão , viu a arvore das luzes , controlando este poder .
O mundo dos kimbulos .
Merlin disse , Lord Zee Griston , Mr, precisa ir .
Deixe que a magia o leve como vento .
Zee então correu , quando se baixou vira Gayo Rodrigues , lhe seguindo , e logo os dois foram pros
estabulos , pegaram um cavalo chamado Lord.
E foram , parando num bar onde se longe via-se , um Dragão voar no céu .
Na chuva , Zee fora quando parou num campo ao amanhecer
Zee no meio do milharal com um espantalho
Zee vestira vestes cor de musgo com um escrito em rubi as costas .
Com um saco de couro de dragão com o ovo de ouro .
Logo Zee e Gayo , chegaram num lugar onde se encontraram com um forasteiro ,
que no meio do vendaval , deixou eles debaixo de um tronco de carvalho de raízes grandes ,
escondidos , quando Zee e Gayo , subiram num Dragão verde e foram , até a floresta verdejante .
No meio do caminho Zee parou pra cantar musicas da Branca de Neve , e sobre minas de diamantes
e pedras preciosas .
Quando subiram num carrinho nas minas , o carrinho voou entre os trilhos e Zee passou por paredes
cheia de brilhantes , quando encontrou os Duende Flamely e Fantasy , os quatro correram , pra
Dentro do chapéu de Flamely , chegando a uma floresta , onde Zee Griston , viu uma especie de
Edem de pedras filosofais nas montanhas , e o mar de elixir da imortalidade .
Zee se aproximou da fonte , daquele edem , quando fiu um Leão de fogo nadar no mar .
Pegando fogo como se sua juba fosse cronicas.
Logo , Zee subiu uma escadaria embaixo da cachoeira muito azul safira ,.
E Zee viu outro ovo com seu olho .
Logo um Dragão começou a voar .
E Fantasy rapido por aqui .
E eles entraram dentro do fogo rosa e verde caribenho de Fantasy
e pararam numa floresta onde nevava muito
e ali eles ficaram quando Zee andou pela floresta ., quando se aproximou de um lago , quando
estava mais próximo Zee olhou no fundo de lago , e havia um cristal brilhando no fundo do lago ,
Zee então mergulhou quando visgos brancos apareceram no seus cabelos , e ele usava uma calça
branca uma ceroula , mergulhando no fundo Zee estava numa água muito gelada , quando se
aproximou do cristal que iluminou a brilhar com mais luz ,e Zee desmaiou , quando acordou estava
andando numa especie de caverna de cristais , com uma nevoa branca e um fundo azul .
Quando Zee acordou novamente era um sonha , ele estava deitado sobre um travesseiro de feno
vendo chover estrelas cadentes , perto do cerrado dos mineiros .
Zee fora mais adiante , adentrando uma floresta de neve , muito pomposa , a noite , e subia um ar
gelido lilás , sobre a neve , Zee vestia , botas brancas , e uma calça de metal mitreo , uma camiseta
roxa com um unicórnio no peito , e uma jaqueta , branca com o castelo da Disney nas costas .
Quando Zee dormiu , sobre o tronco de uma arvore , quando acordou estava na floresta , e Merlin
sobre nuvens cinzas , surgira vestindo uma roupa azul bem clarinha , com um cajado com um cristal
, iluminando o rosto de Zee Griston , logo ele disse a Zee Griston , pra montar no cavalo ,
Arcadentfox , até Azturia uma terra perto de Avalon , quando Zee montado no cavalo correu , ao seu
aproximar , de um bosque , onde Zee viu seu cabelo se transfomar em teias de aranha , e logo Zee
correra a descer do cavalo , e mais adiante . Viu uma nevoa de Cristais e mais e arco-íris lilas .
E um brilho de magia , fazia uma abobora voar , Zee subira na abobora voadora , que levou Zee até
o Dragão Forever .
Que levou Zee até um lugar misterioso , na floresta , as roupas de Zee mudaram ele usava uma
blusa xadrez em azul e branco , e uma jaqueta azul bem clarinha , e luvas prateada , e sua coroa
alada escrita king começou a brilhar .
E ele tirou oculos azuis , e deixou perto de uma arvore de cedro , quando viu-se dormindo as
margens de uma cachoeira , com os cabelos no cascalho e aguas muito azuis , movimentando seus
cabelos na margem da cascata .
Zee então colocou um capacete , branco , com brilho magico , com azas ,.
quando adentrou na floresta uma mina de ouro , quando vira um outro lago uma magia estranha ,
arremessou Zee na agua , ele caira na agua , quando seu corpo mudou de cores sua pele ficou
dourada , com listras azuis , e a ponta do seu nariz parecia linguado da pequena sereia , ele havia
virado um menino linguado , com nadadeiras que parecia pés de ornitorrinco, com os cabelos da cor
de cheddar , quando voltou do lago Zee estava nadando fundo , perto das algas douradas .
Uma agua azul onde dava pra ver a lua por de baixo da água .
Logo Zee voltou ao normal , e vestira , roupas secas , bordadas uma ave dourada que ao lua ficava
azul como cristal .
Zee pois uma flauta esculpida a madeira sobre um dos joelhos e começou a cantar , quando sai fogo
do som da flauta magica , que subia como magia , atraindo as criturinhas magicas até ele na floresta
, grudadas nos cogumelos gigantes , troncos Zee viu pequeninos elfos , grudados nas teias e no
visgo congelado .
Quando Zee se viu mergulhando no mar gelado na Anatolia .
No mar roxo .
Logo Zee fora mais adiante se aproximou de um deserto que tilintava , um besouro de ouro na
areia . E Zee se aproximou da areia roxa .
Quando um Duende surgira , num Fogo Rosa e Verde .
O Duende Fantasy .
E então levou Zee pra dentro do seu Chapéu .
Zee fora num lugar onde a terra era roxa brilhante .
E se aproximou de uma arvore , e nesta arvore , Zee encontrou um carrinho de mineiro , voando no
carrinho de mineiro , em paredes cheia de diamante como nas minas da Branca de Neve , Zee vira ,
uma fada correr no bosque , abrindo a boca e saindo magia e libelulas e fadas , e uma coruja
piando .
E uma poção magica .
Logo Zee encontrou com o Duende Flamely , que disse rapido , quando se aproximaram , de um
lago de cristal onde Zee vira um cervo alado , um cervogrifo . E Zee voou sobre o cervo grifo ,
quando vira uma luz neon ,sair de suas luvas , e quando estava entrando numa caverna , onde um
Dragão Visgo Lilás , lutou com Zee , e ele empunhou uma espada que tinha uma luz azul e rosa ,
magica com escritos Armandgo.
Logo Zee lutou com o Dragão que soltou um fogo roxo em Zee que fora defendido , com um
escudo azul bem clarinho .
Logo , Zee chegou num lugar onde vira o balão de kimbulândia parado no deserto dos queijos .
Na areia , perto de um circo de lonas Roxas. No Balão Azul com escritos em vermelho Morango ,
Magic . E um nevoiro de uma nevoa azul brilhante bem clarinha .
Zee em orbitas , fora até um lugar , onde vira , Vilarejo Azupocuz .
Zee então fora se viu mergulhando num espelho .
E logo o seu corpo virou um imã da magia . E a pedra filosofal surgira ate Zee Griston atraída por
Zee levitando na margem do riacho .
E Zee vira o livro os olhos do armagedom brilhar uma luz roxa .
Quando adentrou , uma caverna com sombras , um Cair da Noite . Surgiu , parede iluminada , por
uma luz fluorecente roxa na parede de roxa negra . Zee então pegou um livro com um pato uma
borboleta e um ovo no meio o olho de Zee no centro do ovo na capa do livro de capa amarela .
Zee agora estava usando uma camiseta amarela e azul da Warner Bros , justa aos musculos . E um
colete Lilás. E tênis all star vermelhos em rubi com cadarços roxos .,
Zee vira seu corpo virar uma especie de magia envolto por nuvens , e que saiam do rosto de Zee em
magia negra congelante , e no topo de kimbulândia em espiral e uma torre gigante levitando que
parecia , uma brilho magico .
Zee logo estava vendo seu nome em letras em ouro retorcido , em um ceu com nuvens azuladas
cinzentas . Estrelas se movimentando e escrevendo Zee Griston em constelação no céu .
Zee fora até um lugar onde tinha um colar de vidro na forma de coração com um pingente com areia
roxa dentro
e perto de castelinhos . E uma cesta de maçãs congeladas e maçãs roxas gigantes .
Ele se escondeu quando surgiu um cervo de ouro que soltava um fogo roxo abaixo dos pés
e Zee voou no cervo a ponta do nariz de Zee ficou desenhada com em pinceu linhas de ouro verde..
e logo Zee estava bebendo uma cerveja verde .
E voando sobre um dragão verde.
E fumando erba de fumo no cachimbo .
E mais adiante Zee usava um perfume que tinha cheiro de gelatina de uva ao ser preparada.
Logo Zee e Gayo e os dois Duendes , chegaram a hospedagem do Romild Pig

Zee Griston estava em seu loft , quando terminou de tomar banho , e pegou um frasco de creme
biotherm azul , e passou no rosto logo ele foi ali mesmo em bruxelas onde chovia muito até o
restaurante Edwine Platin , onde Zee se sentou e comeu um pato , logo Zee fora o deserto dos
queijos , quando vira um Gargula a voar , que lhe fez lembrar de Loryn , quando fora atacada por
um Gargula , em kimbulândia , Zee então ali no deserto dos queijos numa noite vira o balão de lona
azul e rubi brilando morangos em pedra filosofal , logo Zee fora pra kimbulândia , Zee estava com
o sapatinho de Sofie .
Logo Zee vira um filhotinho de cervo patinando num lago de gelo em meio a muita neve , e subir
um ar gelido lilás num céu de nuvens cinzentas , e logo Zee entrou numa sala magica o bar magico ,
Rormilds Pigs , Zee entrou numa sala onde vira meninos de ouro com pés sujos de lama .
Como Smurfs .quando um kimbulo deu a Zee uma caneca de Cerveja muito grande , e erba de fumo
, logo Zee fora para os quartos do Pônei Alado , e Zee começou a treinar encantamentos , se
transforma em um menino cenoura e logo voltava ao normal .
Quando Zee parou e perto de biscoitos de chocolate molhados no leite com café .
Zee pegou uma cesta de maçãs
e fora até o brejo , onde dormia um Cavalo de nome Arprinlox , Zee montou no cavalo branco , que
levou Zee até uma cascata de roda d’ água , onde havia dentro de kimbulândia os alunos segurando
porcos nas mãos no coral , e crianças kimbulos no balé magico kimbulo chamado , de
Palegriuns ,.Vestidos de preto branco e Roxo , com lagrimas de pinoquio.
Zee então voltara ele vestira uma roupa marrom avelã , e rodava um objeto com uma maçaneta de
ouro e atraz dele havia uma chuva de folhas de bordo , e o tudo roxo e azul e mostarda ...
Logo Zee caminhou com Gayo e sentou-se , muitos anões , com barbas ruivas , e foi quando surgiu
um cavaleiro , com uma espada de ouro um Lord , num cavalo negro , no meio da chuva , Zee voou
com Gayo em cima de uma Dragão Abobora Roxa , e fora até as minas faiscas de ouro em brilhante
os ferreiros faziam , nas espadas , perto da mina os anões trabalhavam a noite toda .
Zee segurou o Ovo e caminhou ,.
passando pela floresta roxa de Minas Philosofyc.
Zee parou pra comer maçãs com bacon , e salsichas .
E logo seguiram viajem chegando numa floresta montanhosa
onde Zee Griston dormiu e Gayo do lado de um caldeirão de ensopado de coelho dormiu também .
Zee Griston e Gayo rodrigues , caminharam por uma floresta com copas em musgo sombreadas
num vale de folhas bem verdes , ao anoitecer , quando fizeram uma fogueira , e fizeram salsichas , e
ovos fritos , e bacon fritos , quando dormiram e nuvens azuis tamparam o céu e da lua laranja que
estava ali perto do bosque , surgira , mãos com dedos palidas pro lado do verde surgira uma criatura
com olhos esbugalhados azuis topazio , pele palida esverdeada , e face avermelhada com a
aparencia de um anão só que mais estranho .
A criatura disse :
- Malditos kimbulos , nós odeia eles malditos , cade ele , cade , eles roubaram ele da gente ,
sapatos , e espelhos trocados , nós quer ele maldito sejam .
Quando Zee e Gayo acordaram e prenderam a criatura numa bolha , ele estourou a bolha e pulou
sobre Gayo acertando a cara de Gayo dentro do caldeirão com ensopado
pulando em Zee com muita força , descontrolado e histérico ,.
Zee perguntou quem era ele
Ele disse sou Dormelho ,.
Zee perguntou o que você quer
ele disse o meu valioso e deu um grito com dentes cheio de pedras
Dormelho ou Julywerm , já possuiu o livro os olhos do armagedom , para poder fazer com que o
livro volta-se a ser uma pessoa . Na cabeça dele o livro era uma pessoa
que ele chamava
ao dizer Tão azul , tão brilhante , meus espelhos
malditos kimbulos nós odeia eles
eles roubaram ele de nós meu tales mã valioso ,
nós odeia ele nós quererer ele de volta
malditos pequeninos
nois vai matar eles nois vai sufocar ele em manccine , de novo , nós vamo conseguir o valioso de
volta .
Zee e Gayo amarraram a corda do balanço no pescoço de Dormelho
e o arrastou , quando ele gritou , malditos kimbulos , fizeram cordas .
Esta queimando , queima a gente , tira isso da gente
por favores
nós implorium
nós jura
nos pedi
tira isso da gente .
Zee Griston se aproximou de Dormelho e lhe perguntou se ele sabia sobre seu pai
e sobre o livro os olhos do armagedom
e ele disse que já sabia o caminho pra Zee encontrar o que buscava
Zee disse vai nos levar até o portão de Terenzo Crack
Dormelho correra pulava sobre as pedras
e dizia o mestre mandou pro portão pro portão
não não vamos voltar pra lá taperas e espelhos
malditos kimbulos
quando ele fugiu entre as pedras ,
e Gayo disse o que eu disse aquele bandido fugiu , que belo amigo .
Quando ele surgiu de traz de uma arvore de gamba e disse venham sigam-me kimbulos pequeninos
quando pararam num bosque , e Zee disse o que temos pra comer
Gayo tirou da bolsa , pão e disse mais pão
logo Gayo disse odeio esse lugar não tem nem jujubas e nem maionese pra comer
Dormelho disse o que é maionese valioso
- nos estares com fome
eres , nos tá com fome , kimbulo com cara de coruja não liga se nois tá com fome
mais o mestre liga sim , o mestre sabe , o valioso , ele então dependurou sobre o livro os olhos do
armagedom , devolve , meu diamante , meu valioso , meu espelho , meu menino azul .
Malditos pequeninos e deu um berro alto nois querer ele
logo ele sorrira e se olhou no reflexo do espelho da agua , e disse ,
nois quer o valioso com ele nois vai ve ele de novo e nois vai ser o mestre de novo
Zee e Gayo , sairam e subiram montanhas ,
quando entraram num pântano que Dormelho os levou , Zee e Gayo conversaram
devemos abandona-lo senhor Zee .
Ele quer o livro ele só pensa no livro os olhos do armagedom , ele quer te matar pra te tomar o livro
senhor Zee .
Enquanto isso , Dormelho ficou de frente pra um espelho , e disse , luzes amarelas
e binoculos , e lupas , nois vai ser igual detetive , nois vai matar os kimbulos
depois nois vai pras montanhas
e vai esconder o valioso , da avó dele
meu amor , meu bebê , acorda meu bebe , você dorme demais
é nois vai pega ele de volta pra nóis e leva pro castelo de espelho e vai por ele no sofá e ele vai ser
nosso amor
nosso valioso de novo
nosso Tales-mã
malditos kimbulos , eles não querem devolver ele pra nois meu tales-mã
malditos nós odeia eles
eles cantam pro nosso valioso todo dia ,
nois tá faminto
, nois quer linguado , nois quer linguado .
Dormir , e Tchako .
Nois vai conseguir , tomar ele de volta
ai nos vai de taxi
nois vai ser fantasma .
Nois vai ser imperador
Dormelho , Dormelho vomitou seu próprio nome.
Ai nois esquece do nosso nome
nois esquece
de tudo
e some , nois vira mestre .
E nois esconde ele de novo .
E nois vai esconder ele na bolsa .
E nois vai ser ovo .
Zee acordou e foi até ele e perguntou o que você quer .
O meu valioso o meu livro do armagedom
haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa gritou .
Cinzas e poeiras ora bolas.
Depois Dormelho disse
eles não podem saber , esconde esconde , se eles souberem que o livro existe , eles vai tomar , ele
de mim
eles tem que ficar na caverna , como ursos ,
nois vai dar vinho pra eles vai engana eles ,
nois vai menti
e vai pegar ele de volta .
E nois vai ser o mestre .
De novo , Dormelho .
Zee apontou a espada Bauni Luminarius , quando Dormelho , esganiçava , Gayo , e disse essa é a
Bauni Luminarius , você já a viu antes não é Juliverm.
Ele gritou e disse , nois tá roco , nois tá roco , tira , essa corrente de nois , nois odeia , nois jura
Gotas negras a todo momentos , é o que nois quer , solta nois tira essa corda .
Nois só quer o ovo da capa do livro .
Ele é nosso valioso , o anel oval .
Nois quer ele toda hora .
Nois jura pelo valioso .
Pelo valioso
e pelo diamante e pelo espelho
Quando Zee e Gayo soltou Juliverm
que disse sem o valioso nois volta a ser sapo
nois jurou céu de poeira
e abacaxi e salame
nois que ele desesseis vezes nois andou procurando por ele
nois achou ele
aquele dia nois deu taça de cerveja , o livro é nosso
nois quer ele nosso menino de olhos azuis .
Tão louro , tão brilhante , tão espelhar .
Nosso bebê , nosso ox,.
Quando eles dormir nois pega ele de volta , e nois vai viajar , e vai pegar um peixe , um peixe
branco , um salmão , e um linguado , e um namorado .
E nois vai ter muito cartão e vai sumir no espaço e tempo
e vai rasgar ele , puxe , duche , disse Juliverm.
E nois vai fazando , fazano ,
o que é ano , valioso .
O que é peru .
Zee Griston e Gayo Rodrigues , continuaram com Juliverm , subindo as montanhas , até o vulcão de
fogo.
E Juliverm disse nois odeia velas negras , nois odeia velas e alfinetes kimbulos de Rose..
nois vai fugir , o que é mar , valioso .
Cabeça de vento disse Zee.
Nois respira morango do valioso .
Ys e ys meu valioso.
O que são bela valioso Billy.
Zee estava caminhando por uma floresta com uma luz lilás no ar
borboletas cinzas brincavam na floresta , quando Zee abaixou-se e sentou com Talyorrane de
frante pra uma fogueira , pequeninos
quando olharam um cervo patinando no vale
e Zee viu um troll das montanhas chegar
Zee e ela se abaixaram
e correram belo bosque , escorregando por cascatas
segurando um caldeirão
quando cairam numa especie de neblina
e foram arremessados contra uma porta com cabana velha
como se seus corpos virassem nuvens magicas.
Quando chegou em casa sua avó fez uma sopa de frango e tomates
e eles comeram .
E dormiram
ao ouvir um coelho correndo no jardim em Lailorville .
Zee sonhou .

8
A ave de Rá
119

Z ee estava na cantina saboreando seu mingau de maisena,

quando Erick passou dando uma grande gargalhada insinuante.


Então, Doug disse:
– Não coma! – mas Zee já havia engolido.
Erick Vilarinho tinha jogado um pouco de areia do tempo
roubada da sala do professor Will Stick. Zee, com muita raiva,
tentou vomitar, mas não conseguiu. À noite, Zee deitara-se em
sua cama enfurecido por saber que Erick estava tentando envenená-
lo com areia do tempo. Seu quarto estava uma tremenda
bagunça e Zee estava com tanto sono, que nem notou que estava
com a cabeça apoiada naquele misterioso presente de Merlin: o
travesseiro mágico.
O sol estava forte, mas Zee não estava forte. Ele não estava
mais em Kimbulândia. Acabara de acordar em meio ao deserto,
coberto de areia, areias como aquelas que havia visto no Egito.
Ele não tinha dúvidas de estava exatamente ali. O dia passou e
Zee não havia comido nada, nem mesmo uma gota de água havia
descido em sua garganta. De repente, ao longe, ele viu uma miragem.
Saiu correndo, aproximou-se e encontrou uma pequenina
ilha em meio àquele imenso deserto, que, aquela altura, já estava
totalmente escuro, com o céu coberto de estrelas.
Zee agachou e, com as mãos, bebeu bastante água retirada do
120 121
pequenino lago daquele deserto. Ao amanhecer, Zee seguiu caminhando.
Vestia roupas antigas, uma túnica transparente cobria seu
nariz e boca e sobre um cinto estranho que ele vestia estava um
punhal. Ao longe, Zee avistou as grandes pirâmides do antigo Egito.
Ele sabia que por ali mesmo estava o Subterrâneo Deserto dos
Queijos. Ao aproximar-se, vários kimbulos com vestes muito raras
e antigas prenderam-no e levaram-no para dentro da pirâmide. Lá
estava um trono de ouro e, sentando ao trono, estava ninguém
menos que o antigo Faraó Amon-Rá.
– Quem é você? – perguntou o Faraó.
– Sou Zee Griston. Aluno de Kimbulândia.
– Como ousa entrar em minha pirâmide? Quer roubar meu
trono milenar?
– Não, senhor Faraó. Estava perdido, devo ter viajado pelo
tempo. Um menino chamado Erick colocou areia do tempo em
meu mingau e assim vim parar aqui.
– Eu sei o que veio buscar. Quer o olho de Hórus para você,
mas para que eu lhe entregue o olho, terá que lutar contra mim,
em minha arena. Vamos para lá agora. E saiba que apenas com
sangue derramado poderá levar o que veio buscar – disse o Faraó
firmemente.
Todos os guardas da grande pirâmide levaram Zee Griston
para um lugar com areia rodeada por Quimeras de Fogo. Servas
passaram óleo e uma espécie de creme dourado por todo o corpo
do Faraó Amon e de Zee. Eles estavam se preparando para a batalha.
As luvas mágicas que o Faraó usava eram lilás . Havia
uma grande águia sobre as pilastras da arena; a mesma águia grande
e dourada pairava nas costas do Faraó com chicote cósmico roxo
– Está pronto, ladrão? – perguntou o Faraó.
– Estou! – respondeu Zee Griston com bravura e medo ao
mesmo tempo.
Os dois estavam com suas luvas e entraram na grande arena
de areia escura. O Faraó fez aparecer de suas mãos uma lança de
metal. Todos os servos da pirâmide tinham as suas cabeças raspadas
e estavam gritando em favor do Faraó.
– Rá, Rá, Rá!
– Rá, Rá, Rá!
Segundo eles, aquela enorme águia representava o espírito de
Rá, ali presente perante o Olho de Zedom. O Faraó era jovem e
lindo e tinha a pele bronzeada e dourada, assim como a de Zee.
Naquele momento, o Faraó correu em direção ao garoto, que se
abaixou e fez aparecer de suas luvas um enorme chicote de fogo,
igual ao que viu certa vez. O Faraó ficou espantado com tamanha
magia e atirou a afiada lança em direção ao garoto, que conseguiu
escapar do ataque por um triz. Zee girou seu chicote e prendeu os
pés do Faraó, que deixou sua lança e ficou pendurado de cabeça
para baixo. Todos os escravos ficaram espantados pensando que
um pequeno garoto forasteiro tivesse derrotado o grandioso Faraó.
Após a derrota do Faraó kimbulo, as servas de cabeças raspadas
e pele escura trouxeram uma pequena almofada com o olho
esquerdo do Faraó que, rapidamente, transformou-se em um olho
de ouro: o olho de Hórus. Zee apanhou o olho em suas mãos e ele
transformou-se em uma película com uma lente de contato que
acabou grudando no olho esquerdo de Zee Griston, que começou
a enxergar o ambiente como meio-dia, meia-noite e logo toda sua
visão voltou ao normal.
A ave dourada que rodeava o Faraó diminuiu e foi se acomodar
aos ombros de Zee. Ele acabara de ganhar sua mais nova
companheira, Rá, ou a ave que continha o espírito de Rá. Zee sorriu
feliz imaginando que Erick havia lhe dado um presente, mes122
123
mo sem querer. O garoto estava sendo saudado e aplaudido por
toda aquela legião e, após a batalha, todas as escravas lhe serviram
maná, uma espécie de arroz doce, e uma grande taça cheia de vinho
de caracol, que tinha um sabor parecido com suco de abacaxi.
Zee deitou-se em um templo e ao amanhecer estava novamente
em Kimbulândia, agora com uma ave e o olho de Hórus
em sua visão, que lhe permitia ver o mundo de uma forma mais
mágica e poderosa.
Zee correu e bateu nos quartos de seus amigos contando tudo
sobre Rá, o Faraó e também as grandes quimeras e os gigantes de
fogo. Eles ficaram muito fascinados com cada detalhe da história
de Zee, que fez essa louca viagem pelo tempo, voltando no passado
graças à sabotagem de Erick Vilarinho.
Seus amigos estavam tentando entender como Zee estava enxergando
o mundo agora, já que trazia em seu olho esquerdo o
olho de Hórus. Eles correram e colocaram a máscara mágica dos
Trolls, indo até o encontro de Merlin, que ficou muito intrigado
com a história, mas nem um pouco surpreso. O olhar de Merlin
não escondia o carinho que o velho kimbulo, que amava seu
cachimbo, estava sentindo por Zee. O garoto queria muito que
seu pai estivesse ali para ouvir esta história. Zee sabia que podia
derrotar Terenzo Crack, pois já tinha derrotado o Faraó, um dois
maiores e mais poderosos kimbulos dos tempos milenares.
Zee ficou a noite toda acariciando sua águia dourada, que se
divertia muito comendo os ratos que Zee havia conseguido dentro
do Laboratório Mágico na aula de Química Kim. Ele não entendia
muito aquela ave que agora estava com ele. Era uma ave interessante,
que podia ficar grande e depois pequena e que não era de
seu tempo. O nome dela agora era Amorá. Amorá estava apegada
a Zee tanto quanto Futrica e o besouro mágico.
No dia seguinte, Zee e seus amigos seguiram para a aula de
História da Arte Kim, na qual aprendiam sobre ninfas e Deuses
do Olimpo, como Dionísio e Afrodite. Segundo a professora
Matilda Santa, os kimbulos sempre se apegaram a esses deuses,
como Athena, que trazia consigo a coruja, um dos símbolos do
mundo de Kimbulândia. Todos naquela aula haviam ganhado
lindos broches prateados com a figura de uma pequenina coruja
de Athena.
Eles tinham que decorar a oração Mundial Kim para orar na
aula de Religião Mágica. A oração dizia:
“Onde houver trevas,
Haverá luz.
Onde houver fome,
Haverá mágica.
Onde precisar de Zedom,
Encontrará a maçã.
Onde precisar de fé,
Encontrará aves.
Esta oração é selada pelo Papa
Crowley Cipriano.
Em nome de Zedom,
Em nome do grande
Olho Guerreiro
Fix. Bíblia De Zedom.”
Zee fez sua oração ao noitecer perante uma vela de lua e pediu
que sua família estivesse protegida e sua amizade com seus amigos,
cada vez mais brilhante e forte. Zee orou a Zedom e ao Papa
Crowley Cipriano que, segundo o que a professora dizia, sempre
124 125
que a fé estivesse com um kimbulo, Zedom o protegeria contra as
trevas, e isso era o que ele mais precisava naquele momento.
“Quando os trovões
Cairam sobre o Mundo Kim,
Um grande dragão de fogo
Fora lançado ao mar.
Um dragão dominado por sombras,
Denominado Magnus,
Que devorou a alma de todos os anjos
Sobre toda Babilônia,
Devastando as terras médias,
Degustando a bondade dos
Corações dos nobres guerreiros
Nas cruzadas, até sobrar
A última família que se
Manteve forte.
A família dos Arqueiros Kimbulos,
Que sempre foi fiél a Zedom
Até Magnus e os sortunus
Serem derrotados.”
Esta era a página que Zee acabara de ler em “O Eterno Apocalipse
Kim”, episódio que durou muitos séculos. Zee estava entrando
muito na área de religião e seus amigos estavam incomodados
com tamanho interesse do amigo sobre essas histórias macabras.
Seria ele um integrante da família dos Arqueiros? Pelo que ele sabia,
ele poderia ser, pois essa era uma família nobre que estava no
mundo há séculos e, depois de ver tamanha coragem e fidelidade
de seu pai a Zedom e suas lágrimas de ouro referentes à lenda do
Kimbulo Proibido, Zee acreditava que isso era possível.
Ele vinha do Brasil, assim como seus amigos. Segundo as histórias
que sua avó contava, os ancestrais de Zee haviam vindo da
Europa na época das Guerras Mundiais que, para o menino, nada
mais eram que guerras causadas por Hitler e sua tamanha sede
por poder e sangue. Entretanto, ao se aprofundar no assunto, Zee
acabou descobrindo que Hitler também era um kimbulo magnista
sortunu declarado, que sujou o nome de Zedom e destruiu
várias famílias inocentes, tanto do mundo dos homens, quanto no
mundo dos kimbulos. Tal kimbulo, dominado por sonhos cheios
de horror e terror, despejou sangue em torno dos Mil Mundos.
Zee se divertia muito ao ver sua ave dourada voando sobre o
céu, deixando um forte rastro de magia milenar sobre o ambiente.
A visão era tão bonita quanto um pedaço de pergaminho ou as chamas
nas bibliotecas de Alexandria, estampadas em vários quadros
da catedral redonda ali em Firenze, aos olhos da escultura de Davi.
Zee, agora com o olho de Hórus em suas vistas, estava relendo
algumas das páginas de seu livro “Os Olhos do Armagedom”.
O livro, agora, mostrava várias inscrições que antes não estavam
ali. Tudo estava estranho, com as letras em um idioma diferente,
algo como uma linguagem élfica. Zee apanhou seu dicionário e
traduziu um parágrafo que dizia:
“Às margens das cachoeirasProibidas, surge o mal
nascido de um ramo
De capim cuspido ao oeste
Nas terras de Tronvor.
Esse mal venerava o metal.
Certa vez ele conseguiu penetrar na
Coroa de um Rei
126 127
Que, percebendo o mal que estava ali,
Atirou sua coroa no oceano
E enlouqueceu.
A coroa nunca mais foi vista,
Dizem que ela estivera
Guardada em terras
Distantes. Uma coroa alada
E maligna, que fora
Usada por Zedom no
Mundo da Magia.”
Zee ficou assustado, pois ele sabia que se tratava de sua marca
nas costas, deixada após a visita à sala secreta do gato voador Roberto
no subterrâneo da cidade de Nova Iorque. Zee não notou nada
maligno em sua marca e nem poderia, pois as últimas descobertas
sobre a morte de seu pai deixaram-no com ódio e dor suficientes,
fazendo com que ele quisesse apenas destruir Terenzo Crack, que
matou seu pai e arrancou a luz de uma criança de três anos que era
Zee Griston.
Zee e seus amigos foram até Merlin. Zee pediu que o mestre
não contasse a ninguém sobre o que ele leu naquele livro. Merlin
ficou intrigado e levou o menino até o fogo, iluminando sua marca
com um pedaço de brasa de lenha próxima à lareira. A marca,
que antes era uma simples tatuagem luminosa, agora estava obscura
e cheia de magia das trevas. Merlin tirou uma semente grande de
alguns potes de farinha e fez Zee engolir. Zee mastigou aquela semente,
que tinha um sabor próximo ao de chá de boldo, e, em um
segundo, vomitou um jato de piche, que se movia como se estivesse
vivo dentro dele. Daquele jato formou-se um bebê imundo, que
sumiu como fumaça.
Zee não sabia, mas acabara de dar à luz, ou às trevas, ao próprio
mal que estava, agora, de volta em seu mundo em forma de um
bebê das trevas. Merlin disse para Zee que ele devia voltar à escola,
pois ali não era mais seguro. O menino não entendeu e perguntou o
porquê daquela situação. Zee queria respostas sobre aquilo e a razão
pela qual o Kimbulo estava tratando-o com tanta rejeição.
Zee não conseguia entender o que realmente era aquilo que
havia saído de dentro dele. O bebê das trevas Magnus. Como ele
poderia ter saído de dentro de Zee? Para Merlin, aquilo nada mais
era que o ódio e trevas que Terenzo Crack havia plantado no garoto
propositalmente dia-a-dia. Zee estava tão confuso com os últimos
acontecimentos, que não estava percebendo que dentro dele estava
habitando tal criatura do mal. Talvez fosse isso que havia feito
com que ele mentisse para seus amigos da outra vez. Pouco tempo
depois, seus amigos já estavam sabendo do ocorrido e ficaram preocupados
com Zee. Queriam saber se ele realmente estava bem e
queriam levá-lo ao hospital, mas Zee se recusou.
– Você tem que tentar tirar isso da sua cabeça, Zee – disse
Loryn.
– Isso, Zee. Você não pode achar que é sua culpa que uma
criatura sinistra tenha voltado para o nosso mundo – frisou Doug.
Mas Zee não parava de pensar e de se culpar nem por um
segundo se quer. Estava tendo sonhos terríveis com aquela cena,
na qual estava abaixado e vomitando aquela água preta aos pés
de Merlin que, pela primeira vez, pareceu assustado e impressionado
com algo.

9
O Cadáver da Princesa
131

O s olhos do menino não escondiam o medo. Queria que

o mundo sumisse e que nada daquilo tivesse acontecido.


Era muito raro para Zee, que sempre foi um garoto
muito calmo, estar, naquele momento, que o mundo explodisse.
Em sua mente, passavam vários flashes, imagens de seu pai sendo
levado de um velório, sua primeira viagem no balão mágico, sua
primeira aula de magia, o encontro com seus amigos na cabine e
também o pacto de amizade que eles haviam feito.
Zee estava refletindo sobre toda a sua vida, sobre aquelas lágrimas
de ouro e aquele “Z” desenhado em cores douradas por
sua face. Para ele, o mundo da magia podia, às vezes, ser tão
incrível, mas, ao mesmo tempo, tão doloroso quando se tratava
de sentimentos. Contudo, Zee ainda acreditava nele mesmo e
nunca poderia desistir ele tinha sua honra sua coragem e o mais
importante seus amigos.
Zee e seus amigos ficaram até tarde decorando feitiços de
Grimórios do século XVII. Eles estavam fascinados com a chave
mágica de Salomão, “A chave menor de Salomão”, que permitia a
invocação e evocação de anjos e demônios, na qual, mais uma vez,
estavam os 72 demônios da Ordem Goética:
Os 72 Espíritos:
132 133
– Agares
– Vassago
– Samigina
– Marbas
– Valefor
– Amon
– Barbatos
– Paimon
– Buer
– Gusion
– Sitri
– Beleth
– Laraie
– Aligos
– Zepar
– Botis
– Bathin
– Saleos
– Pierson
– Marax
– Ipos
– Aym
– Neberius
– Glasya
– Lebolas
– Bune
– Ronove
– Berith
– Astaroth
– Forneus
– Foras
– Asmoday
– Gaap
– Furtur
– Marchosias
– Stolas
– Phenex
– Halphas
– Malphas
– Raum
– Focalor
– Vepar
– Sabnock
– Shax
– Vine
– Bifrons
– Vual
– Hagenti
– Crocell
– Furcas
– Balam
– Alloces
– Camio
– Murmur
– Orobas
– Gremory
– Ose
– Amy
– Orias
– Vapula
134 135
– Zagan
– Valac
– Andras
– Haures
– Andrealphus
– Cimejes
– Amdusias
– Decarabia
– Seere
– Dantalion
– Andromalius
– Baal
Zee saiu noite afora procurando um lugar no qual pudesse refletir
sobre os últimos acontecimentos. Correndo com suas vestes
e seu capuz estrelar, ele entrou novamente na árvore que dava saída
para as passagens secretas, indo parar em um local com paredes
de barro a sua volta e um balde. Ao olhar no fundo do balde, apenas
se via o rosto de uma mulher. Zee mergulhou dentro do balde,
caindo em um quarto secreto com paredes de mármore, como as
de Kimbulândia. Ele sabia que aquilo era um quarto secreto da
escola, selado e escondido por alguém Griston , estava brincando na neve perto de uma
escultura de pedra quando surgira no meio da floresta perto dos pinheiro cobertos de gelo e
neve algo estranho , Zee apontou a lamparina , quando um monstro peludo das neves surgira
, sacudindo Zee e o levando pra debaixo de uma passagem magica , Zee chegou em um
lugar muito estranho havia uma enorme arvore de pinho na cor lilás e um pergaminho com
uma maçã vermelha de selo de tinteiro derretido no pergaminho , Zee se aproximou e leu
Princesa da Neve , Bruxa da Neve , quando Zee se aproximou de vários cristais de gelo que
parecia cabelos na neve com raios roxos e então viu escrito princesa Tharrana .
E um barco na forma de um cisne de gelo levou Zee até um lugar onde Zee encontrou uma caverna
de Edwine Platin , e vira a princesa desmaiada com um vestido roxo .
Zee se aproximou da princesa enquanto a neve caia quando uma coruja voou bem alto ao anoitecer
e então Zee acendeu o caldeirão e a princesa de cabelos louros , e olhos azuis , olhou ao acordar pra
Zee , e disse é real não foi apenas um sonho .
Quando eles voltaram pro um enorme Castelo sobre o Dragão Branco Perolado Forever .
E no meio de uma nevoa de brilhantes lilás .
Ela acendeu o caldeirão no meio do bosque , e começou a cantar e começou a surgir aboboras feitas
de gelo e fora quando um floco de neve caiu e como magia marcou a mão da princesa .
Uma neve lilás , ilumava enquanto grandes homens quebravam alpes de geleira pingos congelados .
Surgira um cervo no meio da floresta que patinava no lago que a princesa congelou .
Eles pararam e ouviam os anões voltando das minas .
Quando pararam pra tomar uma sopa de coelhos com batatas
quando a princesa fez maçãs congeladas gigantes vermelhas
e visgos de aranha de gelo .
Quando entraram numa estalagem onde havia lenha e um alce e um urso polar feito de neve que a
princesa fez de gelo .
Quando a princesa .
Começou a cantar “ Há ha ha o Amanhã dorme sobre a neve e o arco-íris o cristal me da forças , me
pressiona algo contra o meu coração sai faiscas um floco de neve um unicórnio de gelo . Devo me
envolver no bosque , eu brilho , eu brilho , eu brilho .”
Eu Brilho
Eu Brilho
sou branca como a neve
congelada não ficarei
um espelho de água azul reflete meu brilho , outra princesa do gelo esta aqui , sou a verdadeiro a
princesa perdida Tharrana
ela correu até uma grande nevasca
e começou a levantar um castelo de gelo e cristal que começou a flutuar sobre nuvens roxas
quando suas roupas surgiram um brilho e um capacete alado
e ela estava vestida de branco Cantando Pó de Diamante
e Gelo de Cristal
quando ela se aproximou de uma enorme janela
o belisco de frio nunca me tocará !

Princesa Neves .

Zee caminhou por uma floresta usando uma mascara de poltergaist caçador , quando chegou num
lugar onde libélulas e corujas voavam e piavam em baixo de uma arvore de bordo e podia se ouvir o
som de cristais de gelo
quando Zee vira um unicórnio caminhando saltitando na neve
Zee então chegou em uma especie de cachoeira de gelo com gelo que parecia com cabelos
compridos congelados em brilhantes no meio de uma nevoa de brilhantes lilás
Zee vira uma mulher com cabelos grandes louros naturais e olhos azuis como se fosse peanteado
por raios cabelos compridos como se fosse cabelos congelados e frisados pela neve na forma de um
raio grande ,com um vestido branco dançando e cantando na floresta
onde chovia neve de cristal
Zee se aproximou , e então começou a levitar com a voz da mulher ,envolta num vel de brilhantes e
neve .ela jogou um cristal na forma de uma libélula na floresta
e Zee fora até seu encontro , quando Zee novamente viu cachos de gelo na beirada da montanha
como se fosse o cabelo da rapunzel na forma de gelo , um frozen magico , a mulher segurou um
cristal na mão na forma de um vidro de sereno , e então guardou uma canção dentro do cristal .
Quando um raio lilás e rosa começou a cair do céu junto com uma tempestade de neve
Zee correra atraz da mulher até o monte de neve no meio de um nevoeiro e montanha lilás com
picos de neve .
Ela sumira e Zee vira uma rosa .
E um raio roxo caio no penhasco de cachos de neve congelada .
Deu alguns passos e luzes se acenderam, revelando uma cama
toda de cristal com uma mulher fortemente linda e loura, com
um vestido de princesa, como as princesas dos Contos de Fadas
que Zee tanto ouvira. O garoto aproximou-se e notou que ela
não estava dormindo pois não respirava mais estava morta era um
cadáver. O menino ficou enfeitiçado pela beleza da moça, que
chegava a ser hipnotizante, Em volta da cama da moça havia uma
placa de metal que dizia:
“Princesa Pantera, Princesa Tharrana minha amada filha.
Merlin!”
A moça era ninguém menos que a filha de Merlin ou pelo
menos era o seu corpo deixado ali, naquele lugar, como uma lembrança
boa de alguém que já se foi. Zee tocou as mãos da tal princesa
que levemente abriu seus olhos, que eram tão azuis quanto safiras.
No mesmo instante, ela ficou rodeada de rosas azuis, como as
de seu vestido, com inúmeras borboletas transparentes encantadas.
– Olá! – disse a princesa.
– Olá! – respondeu Zee com um olhar carinhoso.
– Você me ama! – disse a princesa Pantera.
– Bem, acho que todos te amam né! – respondeu Zee.
– Eu sei que morri – disse ela. Mas porque está aqui?
– Sou amigo de seu pai. – disse Zee chorando.
– Ele mandou você?
– Não. Ele nem sabe que estou aqui.
– Qual seu nome?
– Meu nome? Meu nome é Zee Griston, senhorita.
A princesa lançou a Zee um olhar profundo e penetrante,
como se aquele fosse o mesmo que ela dera na hora de sua morte,
e de seus olhos azuis, como o azul mais lindo do mundo, caiu uma
lágrima, que escorreu levemente sobre seu perfeito rosto caindo e
caiu no chão, brotando uma linda flor de vidro.
– Pegue-a – disse ela.
Zee abaixou-se com os olhos cheios de água, como se o mundo
estivesse acabando naquele momento. A flor de vidro quebrou,
cortando as palmas de suas mãos, que começaram a derramar gotas
de sangue.
As gotas caídas sobre o lindo e perfeito vestido da moça deram
forma a uma frase sobre as suas delicadas mãos encantadas:
136 137
“Use o anel Cabeça de Leão”. Ela fechou seus olhos e caiu novamente
em seu sono profundo, em sua viagem, a princesa voltou a
viajar ao lado da morte. Zee apanhou um véu de aparência turca
e cobriu a mais bela face que já havia visto em toda a sua vida e se
foi, voltando novamente para o barro nas passagens perdidas em
meio a tantas estradas escondidas.
O garoto saiu correndo pela porta da árvore e voltou para o
quarto, lembrando-se da face da Princesa Pantera, a mulher mais
linda que ele já havia visto. Zee vasculhou todo seu quarto, mas
não conseguiu encontrar o anel que havia ganhado no brechó AMinha-
Avó-Tinha. Ele não se lembrava onde tinha guardado o
anel. Para Zee, achar aquele anel muito importante. Pantera jamais
revelaria isso a qualquer um se não fosse realmente importante,
tão importante a ponto de ser acordada da morte.
Zee já havia se cansado de tanto procurar pelo anel perdido.
Ele tinha plena certeza de que estava na gaveta de seu criado de
cerejeira, ao lado de sua cama. Depois de muito procurar, o garoto
saiu perguntando para seus amigos se algum deles havia visto
o anel, mas nenhum deles se lembrava de nada. Aliás, no dia em
que Zee foi até o brechó A-Minha-Avó-Tinha, ele entrou sozinho
na loja; seus amigos não haviam se quer tocado naquele estranho
anel de metal prateado com a cabeça de um leão.
– Será que alguém entrou aqui, Zee, e roubou o seu anel? –
perguntou Doug.
– Não, é impossível. Sempre deixo a porta trancada e nunca
entreguei minha chave para ninguém, você sabe disso.
– Acho que o Douglas pode ter razão, Zee. As coisas não
costumam sumir assim aqui em Kimbulândia – disse Loryn.
– Quem sabe você não o perdeu por ai. Deve ter deixado cair
pelos bolsos de suas vestes – repetiu a menina.
– Não, eu sei que não perdi. Não posso ter perdido!
– Mas porque precisa tanto deste anel, Zee?
Zee então contou tudo sobre Pantera e o que havia acontecido
no quarto estranho em que ele estivera. Seus amigos ficaram
intrigados em saber que alguém, , pudesse ter acordado da morte
e dito a ele pra usar aquele anel estranho. Zee percebeu que seus
amigos estavam achando que ele estava mentindo ou ficando louco,
mas, mesmo assim, o garoto não parou de procurar. Imaginou
se Futrica ou, quem sabe, Amorá, sua ave, pudessem ter pego
o anel por brincadeira e levado para longe. Dentro de sua bolsa
mágica, nada havia e também, nada embaixo do colchão; apenas
aquele livro cheio de magia negra.
Achar esse anel estava se tornando uma obsessão, ele queria
saber o que havia com aquele anel. Com certeza algo que explicasse
o que tivera acontecido quando estava com Merlin, algo sobre o
bebê que sumiu como fumaça na sua última visita à velha casinha
do kimbulo.
Zee então abriu seu livro e forçou, com muita pressão, suas
vistas, já que agora ele estava com o olho de Hórus, que poderiam
ajudá-lo em sua busca pelo anel perdido. Instantaneamente sua
visão mudou. Era como se o pequeno kimbulo estivesse enxergando
com uma visão raio-X. Ele podia ver através das paredes e,
de repente, viu algo reluzir. Era um pequeno pedaço de metal que
estava dentro do seu banheiro, perto do box. Zee aproximou-se e
ali estava o anel, no fundo do vaso sanitário. Com um pouco de
nojo, o garoto enfiou uma de suas mãos dentro do vaso e retirou
aquele que, agora, era não apenas um anel comum, mas um valioso
objeto que trazia a história de uma moça encantadora que agora
não estava mais entre os vivos. O anel trazia, também, o olhar e
memória de Pantera.
138 139
Pouco tempo depois, o garoto tomou um banho com um jato
bem quente de água, ensaboando todo o seu corpo, e deitou-se na
cama. Colocou o anel em sua frente e ficou olhando para ele por
vários minutos, tentando entender que mistérios ele esconderia e
o que de surreal poderia haver nele para Pantera ter lhe sobre ele.
Quando Zee ganhou aquele anel, tudo foi muito rápido.
Ele lembrava-se apenas de estar rodeado de objetos em uma loja
Kim durante um de seus passeios pelas páginas adentro de seu
livro mágico.
Antes de tocar no anel, Zee chamou seus amigos e contoulhes
que havia encontrado o anel. Todos ficaram aliviados em saber
que a busca incansável do amigo havia terminado.
– O que está esperando, coloque o anel! – disse Otávio.
– Isso, Zee, coloque o anel!
Todos estavam esperando, loucos para saber o que se escondia
ali, mas o garoto estava muito intrigado. E se fosse uma armadilha
de Terenzo Crack, como aquela da vez em que ele fora parar na
casa da irmã do perverso kimbulo, Lady Escorpião? E se tudo o
que Zee tivesse visto no quarto de Pantera fosse mais uma das mil
e uma magias das trevas? Ele pensou e pensou e, por fim, disse:
– Bem, verei o que tem no anel, mas só amanhã.
– Não, Zee. Estamos muito curiosos, veja agora – disse Loryn
realmente muito ansiosa.
– Definitivamente, não. Preciso descansar. Acho que foi muito
até agora. Minha cabeça está cheia e, antes de saber o que o anel
guarda, preciso estar prevenido. Quem sabe? Poderia ser um ataque.
Depois do que anda me acontecendo, estou com o pé atrás
em tudo que envolva magia e artefatos misteriosos. Não quero
parar no Egito de novo e ter que lutar com Faraós.
– Ah, se prefere assim, tudo bem – decidiram seus amigos ao
mesmo tempo.
“Quando o kimbul0 desiste da
Luz, seu coração se torna
Apenas um medalhão,
E um medalhão pode ser destruído.
A luz nunca pode morrer
Como as trevas nunca podem
Se retorcer. Zedom perdoa
Em torno de um olhar justo.
Os antigos anjos apoiam
Quem a eles recorrerem
Em suas orações.
A magia existe para ajudar
Os filhos do Deus maior
E os corpos podem se fechar
Para as trevas, basta
O kimbulo relaxar a sua alma
Ao colo de Zedom, que é o único
Pai que ama e cuida,
Mesmo nas horas de tormenta
E dor...”
Disse Papa Crowley Cipriano em uma das páginas da Bíblia da
Magia Kim. Zee leu tudo o que estava escrito ali e então adormeceu.
Na manhã seguinte, Zee acordou em meio à tamanha bagunça
que se encontrava ali ao seu redor. Loryn ajudou-o a arrumar tudo
com o feitiço “Vitalus” e, um segundo, tudo estava novamente em
seus devidos lugares. Loryn destacava-se bastante dos meninos. Ela
sempre acariciava Zee e estava presente quando ele mais precisava.
O garoto sentia o seu lado mais família com a amiga, que se mostrava
como uma verdadeira irmã que ele nunca tivera. Ela, além de
140
bonita e muito meiga, adorava escutar o que Zee tinha a dizer e ajudá-
lo em tudo que ele estivesse precisando. E Zee nunca imaginara
que Kimbulândia seria o local em que ele mais precisaria de amigos.
A hora de descobrir o que o misterioso anel, que tinha a cabeça
de um leão de boca aberta, escondia estava chegando e Zee
sabia que era um momento decisivo. Que segredo poderia haver
por trás daquele objeto que Pantera havia mencionado?

10
O Encantado Anel Cabeça de Leão
143

Z ee se aproximou do anel e colocou-o em um de seus dedos

indicadores. Estava sozinho, sem a presença de nenhum


de seus amigos. Ao seu redor, o clima estava muito gélido
e o céu acinzentado. Por um instante, Zee sentiu a felicidade deixar
seu coração. O garoto encarou o chão com seus fortes olhos
castanho-esverdeados. Um grande círculo de terror formou-se
abaixo dele no piso de mármore, ali em Kimbulândia. Miados de
gatos foram ouvidos por todo o ambiente, quando apareceu um
pedaço de pergaminho em frente ao garoto no qual estava escrito:
“Pigmaleão mágico de Gobllins Monks.”
Logo o pergaminho virou pó e Zee Griston começou a sentir
palpitações, tudo começou a se misturar, da mesma forma quando
uma borboleta entra em estado de metamorfose. O menino
retirou o anel e seguiu corredores adentro até encontrar seus amigos.
Todos experimentaram o poder do anel e então foram para a
biblioteca pesquisar. Ficaram lá por várias horas, até que acharam
um livro que dizia:
“Pigmaleão mágico é a magia que kimbulos usam para encontrar
uma direção ou o que precisam, é como uma bússola. É
indicado para quando o kimbulo tem seus pensamentos confusos
dentro de seus sonhos e de sua realidade. Muito perigoso, a maioria
dos objetos com o poder de pigmaleão, se mal usados, podem
144 145
levar o kimbulo à prisão, pois, aos olhos dos Governos de Zedom
no Mundo Kim, estes objetos são armas que kimbulos das trevas
usam para encontrarem suas vítimas.”
Zee sabia que Pantera e o próprio Frans, que havia lhe dado
aquele anel, queriam que ele encontrasse algo; alguma coisa desalinhada,
algo escondido e que precisasse da intervenção do jovem
kimbulo. Talvez até para encontrar Terenzo Crack, que podia estar
escondido, reunindo forças para atacar Zee a qualquer momento.
Zee não usou mais o anel, já bastava tamanha munição que
tinha em suas mãos: lágrimas de ouro, travesseiro, bolsa mágica,
olho de Hórus, o livro das trevas, além de uma mascara mística.
E agora, aquele intrigante anel que, para ele, era uma espécie de
radar, como se a pessoa que o usasse, fosse transformada em um
morcego, agindo por seu novo sentido.
Zee havia guardado uma frase muito importante de Merlin
“Faze o que queres, desde que não faça mal a ninguém.”
E isso era realmente o que ele estava fazendo: o bem, pois
não queria nem ódio, nem trevas dentro de seu coraçãozinho
de doze anos. Zee observava seu anel em cima da mágica mesa
de luz em seu quarto. Tentava não sentir vontade de usá-lo e
tentava entender o que aquele estranho objeto estivera querendo
lhe mostrar. Então, após certa hora, ele não podia mais esperar
e colocou o anel.
Outra vez, a sensação de um radar sobre sua cabeça voltou.
Ele estava caminhando em um corredor imaginário, cheio de portas,
e a porta de número 968 estava aberta. Lá havia vários kimbulos
que não podiam vê-lo. Era como uma vaga lembrança, deixada
no passado. Um deles dizia:
– Éol, nasceu o filho Monstro!
– Sim, Euríale, nasceu. O garoto está guardado bem longe
daqui, em campos de amazonas e elfos guardiões.
– Na hora exata ele deve ser executado.
– Após a cerimonia das três luas negras do aniversário dele,
mate o seu genitor e traga para mim seu coração.
– Está bem, meu amo, farei o que pediu.
– Escute, Terenzo, tome muito cuidado. Este é o menino
monstro de Zedom banhado em bondade, o nojo para nosso
mundo. Não deixe nenhum rastro, quero eu mesmo beber todo o
seu sangue e colocar seus olhos na balança das trevas. E quanto à
família dele, mate todos.
– Mas, Éol, e se o olho de Zedom nos pegar?
– Até lá estarei com os 72 selos e o anel de Salomão. Isso nos
blindará contra o maldito Olho de Zedom.
Zee retirou o anel e, tremendo de medo, arremessou-o longe.
Ele estava entendendo tudo agora. Terenzo trabalhava pra alguém
bem superior a ele e esse alguém estava controlando toda a situação
desde o dia do seu nascimento. Para eles, ser bom é uma
grande monstruosidade. Pantera queria que Zee visse que estava
lidando com algo que ia além do seu entendimento e Merlin havia
se assustado com o vômito negro porque sabia que aquilo era obra
desses grandes kimbulos das trevas, que nem ousavam mostrar o
rosto. Zee sentiu-se extremamente encrencado. No dia seguinte,
Zee recebeu uma carta de Merlin, que dizia claramente:
“Meu caro Zee, estou em uma viagem longa pelas montanhas
do sudeste da Ásia e leste da Escócia, à procura de Harpias,
Ciclopes, elfos arqueiros e um grande número de kimbulos guerreiros.
Estou reunindo uma tropa para enfrentar um mal que se
aproxima. Fique perto dos amigos e saiba: amor é a lei, amor sob
vontade. E boa sorte! Merlin.”
O garoto ficou muito aliviado em saber que Merlin já estava
146 147
tomando medidas severas contra as trevas que estavam se aproximando.
Seus amigos estavam muito instáveis, as aulas e suas notas
estavam caindo e agora, a obsessão dos quatro amigos era feitiços
de ataque e proteção. Eles sabiam que iriam enfrentar kimbulos
terríveis, além de bestas sanguinárias. Eles haviam aprendido bastante
sobre isso e o mais importante:
“Não há Deus além de Zedom! O único que sabe que todo
kimbulo é uma estrela.”
De 1 a 36 alunos de Kimbulândia olhavam Zee de forma
diferente. Agora ele não era mais um kimbulo, e sim um ícone
do mundo da magia. Também pudera, além de poderoso, ele era
nada menos que o Kimbulo Proibido, o filho sagrado de Zedom.
Sobre réguas e compassos, a Geometria Mágica nunca se enganou
e nunca se enganará, ele encarnava nada menos que o poder e a
justiça no Mundo Mágico Kim e todos o amavam. Havia outra
frase que estava sempre em sua mente:
“Todo kimbulo perante Zedom tem liberdade e poder suficiente
para se mover e amar como quiser, desde que plante sementes
mágicas do bem, pois dessa forma, a luz sempre germinará em
montes generosos na colheita da vida.”
Sempre foi assim nos dois mundos que ele havia conhecido
e esses valores nenhum kimbulo das trevas arrancaria de dentro
dele. Tudo no colégio ia como antes, os alunos da Americus sempre
implicando com os da Luminarius, as aulas a cada dia com
uma surpresa nova, o que para Doug era muito cansativo. Zee se
mantinha concentrado e ansioso por mais alguma mensagem de
Merlin, que naquele momento já deveria estar na Escócia, recrutando
soldados Kim para o confronto contra o mal. Mal que Merlin
havia presenciado em sua própria casa, com os vômitos de Zee
e o bebê que desapareceu como uma fumaça suja e negra. Loryn, a
cada dia que passava, estava mais linda e Otávio, mais inteligente,
estava agora obcecado pela linguagem élfica. Doug estava mais
valente e esperançoso em relação ao kimboll.
Zee sentiu-se muito mal ao presenciar aquela conversa. Algo
dentro dele dizia que aqueles kimbulos do mal estavam aproximando-
se cada vez mais rápido. Mas ele também tinha total certeza
de que, quando aquele momento chegasse, ele, seus amigos,
os professores, Merlin e seus soldados estariam à frente dele, como
um escudo de amor, para lutar e proteger o Mundo Kim em fidelidade
a Zedom.
– Hey, Zee, já fez a sua redação sobre Cosmologia? – perguntou
Doug.
– Não, e você?
– Bem, não acho essa aula muito interessante – disse o garoto,
rindo da matéria.
Na aula de Biokim, lecionada pelo professor Leônidas LaVey,
eles estavam aprendendo sobre os chamados “Elementais”, que já
haviam sido descritos pelo professor como criaturas terríveis.
“Os elementais são criaturas terríveis
E perigosas. Eles podem usar magia de qualquer elemento,
Como água, ar, fogo, terra, metal, eletricidade e até as plantas.
Eles podem matar rapidamente
Qualquer kimbulo que, por ventura, incomode-os.
Eles vivem em tocas pelo mundo
Afora. Os mais antigos são chamados de Lords Elementais
Pelas várias naturezas deles, de diferente tipos de elementos.
Nunca são encontrados juntos, mas também não há nenhum
Conflito aparente entre eles.”
– São terríveis, os elementais, não acha? – disse Loryn.
148 149
– Com certeza são terríveis, espero que nenhum deles cruze
o nosso caminho.
– Bem, turma, agora coloquem suas luvas. Ensinarei um feitiço
poderoso contra a maioria dos elementais – disse o professor
LaVey.
E o professor continuou:
– Quando se encontra um tipo qualquer de elementar, ele
pode estar invisível ao olho nu e para atacar ele com certeza ira
usar pedras, rios, trovões e até sua fogueira se estiver acampando,
eles não escolhem quem vão atacar, apenas atacam tentando proteger
seus ovos que guardam em sua boca, o primeiro feitiço que
devem usar é este. – explicou LaVey franzindo a testa.
-Elementus caudados, mas este não é um feitiço simples ,para
usa-lo o kimbulo deve cruzar seus dedos com suas luvas como se
estivessem dizendo eu te amo na língua dos mudos com as duas
mãos ,assim desta maneira. – mostrou o Kimbulo
Após demonstrar, o professor voltou a explicar:
– Basta dizer em voz alta, em frente ao Elementar, “Elementus
Caudados” que o elementar fugirá para longe. Então, fiquem
atentos caso vejam fogueiras ou relâmpagos surgirem do nada,
pois essas coisas não aparecem do nada sobre a terra. Fiquem atentos,
garotos.
A turma saiu cedo da aula de Biokim e foi para a cantina
almoçar. O almoço estava delicioso e todos se deleitaram com a
sobremesa, que estava divina, um verdadeiro manjar dos deuses.
Ao chegar em seu quarto após o almoço, Zee deparou-se com
mais uma mensagem sobre sua cama. Era de Merlin e dizia:
“Zee, você não está seguro.
Precisa fazer um ritual mágico
De proteção. Faça tudo que estiver aqui
Neste bilhete. Procure pó de tijolos,
Um caldeirão de ferro e uma vareta de pitangueira.
Acenda um fogo e adicione bastante pena de
Corvo com saliva de duende e água benta.
Deixe ferver por meia hora. Você e seus
amigos devem ficar dentro
De um círculo do pó de tijolo.
Depois, jogue cuspe seu e de seus amigos no caldeirão.
Mexa o líquido do caldeirão e, por fim,
Diga as palavras:
‘Zedom pervoaron’.
Este é um ritual de proteção,
Assim terei mais tempo até
Voltar. Fique atento, ninguém pode ver este
Ritual. Boa sorte.
Merlin.”
O garoto correu ao encontro de seus amigos e todos foram
para o vale, levando com eles tudo o que Merlin havia dito no bilhete.
Os quatro estavam com medo de serem vistos e acusados de
estar praticando rituais de magia negra, mas, mesmo assim, o ritual
de proteção era preciso ser feito, já que as forças do mal estavam
vindo ao encontro de Zee, ali mesmo dentro de Kimbulândia.
Loryn fez um grande círculo em volta do enorme caldeirão
de ferro e colocou todo o pó de tijolo. Quando a saliva de duende
começou a borbulhar, ela jogou várias penas de corvo e os quatro
amigos cuspiram dentro do caldeirão. Depois, eles falaram ao
mesmo tempo e por várias vezes: “Zedom pervoaron, Zedom pervoaron,
Zedon pervoaron”.
150 151
De dentro do caldeirão saiu um campo de luz muito roxa
que jogou os quatro longe, fazendo escorrer sangue de seus narizes.
O ritual estava feito, agora os quatro estavam temporariamente
protegidos contra qualquer mal que pudesse aparecer por ali.
Merlin é o kimbulo mais poderoso e inteligente, na opinião deles
e, enquanto ele estivesse ao lado deles, eles estariam sãos e salvos.
Zee, mais uma vez, sentia-se melhor, como se aquele ritual tivesse
mudado por completo o seu humor.
Pelos corredores, Zee estava sendo muito paquerado pelas alunas
ciganas da Espanha, que sempre estavam lindas com suas pedrarias
sobre suas vestes. Elas eram inteligentíssimas e tinham certo
dom para mágica. Loryn as odiava, pois as jovens ciganas sempre
excluíam a garota e andavam apenas com outras ciganas. Elas eram
muito populares e ousavam ao vestirem-se com sais rodadas e provocantes
e sempre traziam um olhar mágico e poderoso, como se
estivessem dando tiros nas nuvens com os olhos. Em suas testas,
sempre traziam uma estrelinha adesiva e nunca davam bola para os
alunos mulçumanos, pois, segundo elas, eles eram muito brutais,
mas Zee era muito interessante para estas meninas, que veneravam
seus lindos gatos persas. A maioria delas era da Luminarius e elas
sempre usavam perfumes florais, que ficavam por todo o saguão.
Zee e seus amigos estavam agora usando pulseiras mágicas de
olho-turco para se protegerem de maus olhados, que vinham com
frequência dos Americus. Para eles, aquele ritual de proteção era
incrível, mas ainda não se sentiam totalmente seguros para confiar
nos alunos do colégio.
Os quatro estavam se divertindo muito com seus animais; a
dourada ave de Zee gostava muito de voar e caçar ratos quando
amanhecia. Loryn sentia muito nojo; a garota tinha asco de ratos
e os odiava muito, tendo vários pesadelos com ratazanas peruanas
que, segundo os livros, eram mortais. Doug havia aprendido a
profetizar algumas coisas na aula de Espiritologia que, pra ele, era
algo tão fascinante quanto as onças pintadas e animais exóticos
que ele adorava.

11
O Segredo de Joe Griston
155
G orgonos estavam devastando os campos de Kimbulândia.

Eles eram metade homem, metade dragão e soltavam fogos


pela boca. Estavam sempre junto aos monstros dos
pântanos. Eles adoravam roubar e causar enormes incêndios em
trens, povoados e, agora, na escola. Os professores todos haviam se
reunido e, usando grandes feitiços, espantaram os Gorgonos para
longe dali. A escola estava em pânico, sem ter a mínima ideia do
que Merlin estava planejando para combater o mal que rodeava o
céu da Escola Kim.
– Nossa, ainda bem que a professora Rose Marry é ótima com
feitiços, nunca vi uma kimbulo tão poderosa – disse Otávio com
a boca cheia na cantina.
– É, ela é realmente boa! – disse Loryn concordando com seu
amigo.
Os modestos duendes sapateiros estavam por toda a catedral.
Zee não ousou usar aquele intrigante anel novamente e seus amigos
estavam loucos para usar o telefone mágico tigrado para entrar
em contato com suas famílias.
– Zee, já ouviu falar dos cavaleiros templários?
– Já. Eles eram kimbulos praticantes de várias magias e totalmente
fiéis a Zedom. Li naquele livro do mal – respondeu o
garoto a Otávio Oliver.
156 157
Loryn estava muito ocupada lendo uma apostila para uma
das provas, que já se aproximavam, sobre ferramentas para kimbulos
iniciantes:
• Livro: representa a sabedoria;
Nele são escritos fundamentos,
Inúmeras formas de rituais Kim,
Tratados para kimbulos, pactos a Zedom e receitas
De trabalhos de magia e feitiços.
O idioma kimbulo varia conforme a importância,
Significado ou tipo de assunto. Pode ser em Hebreu,
Latim, Português ou símbolos de significados
Importantes dentro da magia.
• Chicote: representa o poder dominador.
Pode ser de qualquer material, mas a preferência
É todo de couro.
• Espada: representa o poder de defesa e ataque Kim.
Pode ser de qualquer metal e
O tamanho pode variar, desde pequena,
Usada por antigos kimbulos romanos,
Até grandes, utilizadas nas forças
De Zedom atuais.
• Corda: representa o poder de segurança,
Apoio ou autocontrole.
Pode ser de qualquer material
E deve dar duas voltas na cintura.
A mesma deve ser utilizada para apoiar a espada na cintura.
• Anel: representa a nobreza. Pode ser de qualquer metal Kim.
O mais indicado é o que seja de prata
E que possua uma ou mais pedras.
Cores indicadas de pedras:
Preta, vermelha, branca ou verde.
• Faca ou punhal: sem representação.
Utilizada para diversos fins,
O cabo deve vir sempre na cor branca,
Independente do material.
• Adja: não faz parte das ferramentas,
Contudo, se for do interesse do
kimbulo iniciado, ele poderá
Utilizar este instrumento em alguns rituais.
Pode-se utilizar tantos Adjas quanto desejar,
Desde que o número de “bocas cantando”,
Somadas, não tenham uma quantia par.
• Caldeirão: utilizado para queimar incensos ou fazer poções.
• Luva Mágica: usada para direcionar energias mágicas.
• Sombra Kim: usada para dissipar e varrer energias negativas.
• Magia para iniciantes Kim.
Zee estava preocupado com a demora de Merlin, que já há
algum tempo não entrava em contato. Os dias estavam passando e
ele queria fazer algo de útil. Não podia se arriscar usando seu anel
novamente, mas podia usar o travesseiro mágico, o qual estava
guardado em seu criado-mudo. À noite, quando todos na enorme
catedral redonda foram se deitar, Zee foi se aventurar, mais uma
vez, em seu encantado travesseiro de luz amarelada aos fios.
158 159
Zee estava agora em um tormento de alguém que ele não
conhecia. Ele apenas ouvia:
– Este trevo sela o meu segredo para proteger meu filho.
Mesmo que eu morra, das mágicas artes de fazer ouro,
Entrego como segredo absoluto meu fruto, meu
único filho, ao meu
Deus único e sagrado. Zedom que o proteja e o abençoe perante
às luzes e derrotando as trevas. Que nenhum kimbulo consiga
Atacá-lo por doze anos. Aqui, o meu sangue torna
meu único filho
Como o vidro encantado, que sempre fiz com
tanto amor, perante
Os mil mundos Kim.
O garoto havia presenciado um ritual, uma lembrança deixada
no passado pelo seu próprio pai, que o entregou em mantos
de ouro a Zedom, para guardá-lo e protegê-lo das sombras. Claro
que a família de Zee nunca soubera deste ritual de amor, pois este
era o maior segredo de Joe Griston, o pai de Zee, que se foi após
ser morto pelos poderes do mal. O garoto estava sentindo a falta
de seu pai mais do que nunca.
Ele não havia perdido apenas um ente querido, mas seu herói
e tudo o que uma criança acredita. Zee estava compreendendo
que seu pai era um kimbulo do bem e de amor. Seu coração era
habitado apenas por luz, tendo ele próprio se entregue para salvar
a vida de seu único filho, que tanto amava. Mesmo morto, ele
estaria em um jardim perfeito, rodeado de anjos e flores e Zee
tinha certeza que um dia veria o lindo sorriso de seu pai de novo.
E neste dia, ele não faria nada além de dar um forte e amoroso
abraço em seu amado pai. Os garotos agora estavam aprendendo
como identificar “os maus agouros dos bons agouros”, que era um
tipo de magia normal no dia-a-dia. Os agouros eram lançados sem
o kimbulo murmurar nenhuma palavra por qualquer um consiga
se aproximar. Loryn tinha bastante dúvidas sobre tipos de talismãs
que pudessem proteger o kimbulo dos chamados “maus agouros”,
então, ela conseguiu uma lista com alguns deles:
– Dente de Sabre
– Olho vítreo
– Olho turco
– Trevo de quatro folhas
– Figa
– Pé-de-coelho
– Estrela-do-mar
– Caveira da cabeça de rato
– Cristal roxo
– Mini pirâmide
– Pentágono japonês
– Folha de louro
– Folha de macaco
– Cabelo do pé de duende
– Cadeado mágico
– Chupeta roubada de bebê
– Grampo de Cabelo de Fada
– Relógio de Zedom
– Urina de Pônei
– Tapete de pelo de gato preto
– Apito de Harpia
– Cruz quebrada
160 161
– Flor de lótus em cristal
– Anel de Papa
– Chaveiro de borboleta ou unicórnio
– Pimenta de dragão
– Chave antifantasma
– Sapato de crocodilo
– Bolsa de sucuri
-Ovo de Vespa
-Coruja Cosmopocus

Loryn era obcecada por todos esses objetos a ponto de fazer


uma enorme coleção. Zee não se importava muito, pois sabia que
apenas um talismã não seria capaz de derrotar Terenzo Crack que,
com certeza, estava perto dele.
No domingo, os quatro montaram uma barraca e chamaram
uma menina, Patrícia Menguer, também da Luminarius. Eles acenderam
uma fogueira, comeram pizza no vale, cantaram e também
contaram muitas piadas iradas. Patrícia estava totalmente afim de
Zee, que não deu muita bola. Ela era uma menina ruiva e que curtia
muito rock mágico. Ela era também uma grande amiga de Loryn,
e estava fazendo de tudo para aproximar-se dos quatro. Ela sempre
vestia vermelho que, segundo ela, era sua cor favorita, e sempre tinha
seus olhos borrados de preto. Ela parecia muito confiável, mas
mesmo assim, Doug, Zee e Otávio não se abriam muito com a garotinha
louca que os cutucava com um espeto de bambu, como se
estivessem com pulgas pelo seu corpo.
Patrícia era veneradora da lua e gostava de ser chamada de
Paty Moon. Segundo ela, seu pai era construtor de ancoras mágicas
para navios de kimbulos piratas e a família dela vivia se mudando
para vários países. A garota disse que já havia morado no
Chile, Japão, Estados Unidos e África do Sul. Ela comia muito rápido
e em instantes havia devorado vários pedaços de pizza. Loryn
estava aproximando-se muito da menininha descolada com olhos
borrados de preto e com tênis de skatista flutuante.
Zee estava esperando mais alguma notícia de Merlin que não
entrava em contado há semanas. Os jogos de kimboll também
estavam quentes entre os alunos do terceiro ano, que se saiam
muito bem. Zee estava agora imaginando se estaria vivo até se
formar um kimbulo totalmente kimbolizado. Ele não sabia o que
queria ser no futuro, pensava em dar continuidade no trabalho do
pai ou em ser um eletricista, pois o garoto não tinha intenção de
abandonar as raízes do seu antigo mundo. Mas isto, nem a magia
o permitia descobrir.
Seu futuro só seria feito a partir daquele presente que, até aquele
instante, era cheio de surpresas, tão surpreendente quanto um
jato de fogo saindo da boca de um Gorgono. À noite, Zee sempre
pensava no segredo de seu pai que tanto amava. Ele sempre deixava
flores no vale, pois sabia que seu pai costumava ir lá enquanto
estudava ali em Kimbulândia, e lamentava em saber que seu pai
não tivera permissão de fazer a magia da “eternidade para sempre”,
usada por Merlin, magia que permitia nunca morrer. Essa magia
era exclusiva para kimbulos que prestavam serviço ao governo de
Zedom e leis eram leis. Mas de alguma forma, a lembrança de Joe
Griston nunca sumiria do cheiro dos serenos do Mundo Kim. Zee
desejava apenas paz e uma vida calma e harmoniosa.
Um circo havia chego aos terrenos de Kimbulândia. Era um
circo cheio de palhaços kimbulos trapezistas, muitos animais, como
leões e elefantes, um kimbulo mestre de espetáculos e várias tendas
de diversão. Todos os alunos estavam se divertindo bastante. Zee e
seus amigos entraram na Tenda do Espanto, onde havia vários perigos
inofensivos, como fantasmas e monstros encantados, que não
faziam mal algum a nenhum aluno. Quando eles saíram, foram a
uma fila para pegar pipoca doce.
O Professor Will esta ensinando o Feitiço Orias com Poção Osso da Câmara Sagrada
162
Doug avistou uma Tenda do Futuro. Zee e seus amigos correram
para lá. O circo ficaria apenas um dia no colégio e eles queriam
aproveitar bastante. Na tenda mal iluminada havia um gato e, sobre
a mesa, uma enorme bola de cristal, com várias cartas de tarô. Uma
kimbulo vidente com um enorme gorro negro sobre a cabeça apareceu
e os convidou a se sentarem. Zee foi o primeiro. Sentou-se bem
à frente da kimbulo vidente, chamada Madame Zara.
– Sente-se, menino, sente-se – disse a senhora.
Zee sentou-se à mesa tossindo por causa da fumaça forte de
Alecrim que exalava na barraca cheia de velas coloridas. A senhora
pediu a mão de Zee para observar as linhas da vida daquele jovem
garoto que estava assustado, mas, ao mesmo tempo, nem acreditava
muito nestas coisas.
– Vamos, vamos, vamos. O que vejo? Ah, sim, aqui. Esta é a
linha de sua vida, meu rapaz.
Instantaneamente a senhora de cabelos brancos arregalou os
olhos. Ela estava com um olhar de enorme espanto.
– Por, Zedom, meu rapaz! Vejo sim, está aqui, o mal, o mal, o
senhor vai morrer. Está aqui, uma morte terrível banhada em sangue!
Saia de minha tenda agora! – gritou a vidente, muito assustada
com o que tinha acabado de ver nas linhas da mão esquerda de Zee.
O garoto foi para seu quarto sozinho. Preferiu ficar só, pensando
no que aquela senhora havia dito e imaginando se realmente
aquele seria seu fim. Agora ele deveria ter coragem, para
ter uma morte corajosa e honrada. Preferia morrer como seu pai,
morrer por lealdade a Zedom e às pessoas que ele amava.

12
O Beijo
165

Z ee Griston estava extremamente aterrorizado com as previsões

de Madame Zara sobre seu futuro. O garoto sentia


que não lhe restava muito mais tempo, precisava viver
cada segundo como se fosse o último, pois talvez no amanhã ele
não estivesse mais naquele mundo. Ele tinha plena certeza de que
seria vítima de Terenzo Crack e das obras das trevas. Ele agora deveria
fazer tudo o que tinha vontade, antes que fosse tarde demais.
Para ele, a vida e a morte eram sempre uma caixinha mágica de
surpresas, cheia de sorte e azar.
Loryn disse para o amigo não pensar naquilo e não se sentir
mal, pois aquela Madame Zara era mais uma das muitas charlatãs
que existiam tanto no mundo da magia, como fora dele. Mesmo assim,
Zee não conseguiu parar de pensar. O garoto já nem tinha mais
expectativas em relação a Merlin. Para ele, a busca do velho kimbulo
a tentar ajudar, mais poderia ajudar mantendo seus amigos a salvo.
Todos estavam passando a tarde em um dos pomares da escola
colhendo acerolas. Zee abaixou sua cesta e lhe veio um sentimento
ruim, como se alguma coisa estivesse para acontecer. O garoto
nunca tinha esses pressentimentos e ao tomar banho ele observava
a água escorrer lentamente sobre seu corpo. Aquilo que Zee estava
sentindo talvez fosse o que os kimbulos do mal quisessem que ele
sentisse: medo e dor.
166 167
Mesmo com toda aquela pressão, ele estava indo a todas as
aulas de cabeça erguida. Observava, de longe, os outros estudantes.
Uns alunos se divertiam, outros estavam concentrados em
uma profunda leitura, e seus amigos, brigando por um simples
corvo. Certo dia, na biblioteca, Zee estava de cabeça abaixada e
com sua mente vazia, sozinho, tentando não compartilhar o que
estava sentindo, quando uma garota, muito linda de saia jeans
rasgada e cabelos sedosos com franja, aproximou-se.
– Olá, Zee – disse a garota.
– Olá, Nina. O que está fazendo aqui? – perguntou o garoto
à Marina Capucci, que deu um sorrisinho tímido.
– Bem, notei que estava sozinho. Achei que gostaria de conversar
sobre armas forjadas por ferreiros ou sobre destino, acredita
nele? – perguntou a garota.
– Bem, não muito. E agora com as coisas que têm me acontecido,
prefiro não acreditar.
– Zee, tudo na vida é destinado, assim como eu estou destinada
a estar aqui agora, e fui destinada a te mandar aquele aviso para
você tomar cuidado. Senti que pessoas ruins estavam a sua volta.
Bem, agora preciso ir – disse a garota.
– Por que não fica aqui comigo? – perguntou o garoto.
– Mas, Zee, eu sou da Americus. Pensei que isso fosse um
empecilho a nossa conversa e amizade.
– Isso não é um problema comparado ao que eu sinto por
você – respondeu o garoto.
A sala da biblioteca estava vazia e de algum lugar, como se
Zedom quisesse, começou a tocar uma linda musica romântica.
A garota abaixou o rosto, tímida, e olhou novamente para Zee,
em total silêncio. Ela tinha um olhar de total inocência e amor.
Zee tocou delicadamente o rosto da menina que, em segundos,
colocou seus braços sobre o ombro do garoto. Eles fecharam os
olhos deixando a magia pairar, como a primavera, e começaram
a dançar ao som romântico e doce que estava tocando ali. Ao
encostarem seus rostos um no outro, Zee deu a ela um especial
beijo. Um beijo de um garoto de doze anos que estava amando
pela primeira vez, fazendo cair flocos de neve por toda a sala. A
menina descolou seu rosto e sorriu levemente.
– Guarde isto, Zee. É meu presente de coração para você e
saiba que, aconteça o que acontecer, eu sempre, sempre vou te
amar, mesmo que todos digam que este amor é proibido. Eu jamais
esquecerei este momento, seus lábios são macios e têm cheiro
de morango.
Zee calou-se e ficou muito tímido. Nunca havia beijado uma
garota antes, muito menos uma garota tão linda e especial como
Marina Capucci, que agora era seu primeiro amor. O menino foi
para seu quarto e a desenhou em um pedaço de pergaminho. O
garoto desejava que aquele momento ficasse guardado para sempre
dentro dele. Ele estava sonhando com o próximo encontro,
o que diria pra menina que havia roubado completamente seu
coração adolescente. Deitado em sua cama, ele não conseguia, era
como se estivesse em órbitas. Ficou pensando em como os olhos
dela brilhavam e no perfume da pele dela, que era macia e que ele
não queria ter parado de tocar;
Algo nele o mutilava. Sim, era o amor. Para Zee, ela era a
perfeição. Se o vento arranhasse a face de Marina, Zee odiaria o
vento. Se o sol tocasse com fervor sobre a pele dela, Zee odiaria o
sol. Se alguma rosa perfurasse ou arrancasse uma gota de sangue
de sua amada, Zee odiaria as rosas. Pela primeira vez na vida o
garoto descobriu o fervor e o borbulhar da paixão dentro dele,
esquecendo-se por completo das aulas e dos kimbulos do mal.
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Ele só queria ver, mais uma vez, os cabelos dela iluminados
pelas velas, como uma obra prima esculpida pelos anjos e por Zedom,
mais valiosa que qualquer magia. O amor estava fazendo
com que Zee tivesse uma noite incontrolada, enlouquecedora.
Ele dormia inocentemente e sonhava com o beijo, ou selo, que
destruiu seu esqueleto naquela noite que, para Zee, chamava-se
“noite do amor”. A noite mais inesquecível desde que chegara à
Kimbulândia. Em sua mão, com grafite e na presença da forte
chuva da madrugada, Zee rabiscou a seguinte inscrição “Zee e
Nina para sempre”.
Marina Capucci havia conseguido um espaço dentro de Zee,
um espaço como o de Loryn, Otávio e Doug. Agora ela era intocada
e uma pessoa com a qual Zee agora se preocupava também.
O garoto não queria ver sua doce e querida paixão nas mãos de
nenhum kimbulo das trevas. Ele faria o que fosse preciso para
protegê-la e, naquele momento, não queria, não estava a fim de
morrer, não. Naquele momento, estava decidido a ser feliz e nem
Terenzo Crack, nem ninguém tiraria a felicidade do dono das lágrimas
de ouro, o legítimo filho de Zedom e o kimbulo proibido.
Zee Griston, esse era o seu nome.
Na manhã seguinte, Zee chamou seus amigos dizendo que
tinha que contar uma coisa muito séria.
– Pessoal, escutem o que eu vou dizer, é muito importante –
disse Zee para seus amigos com uma cara ótima.
– Conta logo, Zee, estamos muito curiosos – resmungou Otávio,
louco para saber o que o amigo tinha a dizer.
– Bem, como vou dizer? Está bem. Pessoal, noite passada dei
meu primeiro beijo.
– Nossa, Zee, em quem? – perguntou Loryn intrigada
– Na professora Rose Marry que não foi, né, sua boba – implicou
Doug.
– Calma, pessoal, não briguem. Foi na Nina. Eu não esperava,
nunca havia dado um beijo antes, foi como se todas as estrelas
caíssem. Eu fiquei nervoso e calmo ao mesmo tempo e, quando
vi, já tinha acontecido.
– Wow, Zee! Ela é uma gata – disse Otávio.
Loryn ficou com uma enorme cara de quem estava com ciúmes
do amigo e logo foi perguntando como a menina se portou
na hora do beijo.
– Ela não fez nada. Nos atraímos do nada, como um imã.
Rolou muita química, mas foi só um beijo. Fiquei pensando, na
verdade, sonhando com ela a noite toda. Não consigo tirá-la dos
meus pensamentos. Acham que estou apaixonado?
– Sim – responderam os três ao mesmo tempo.
Zee escreveu uma carta com alguns poemas. Um deles dizia:
“Napoleão com sua espada
Conquistou uma nação,
Marina Capucci com sua magia
Conquistou meu coração. Zee, para sempre seu.”
O garoto levava o bilhete na mão, quando foi pego por Erick
e mais três alunos da Americus na ala deles. Os garotos jogaram
Zee na parede e tomaram-no o bilhete. Zee tentou retomá-lo,
mas foi impossível, eles já haviam lido tudo o que estava escrito
ali. Os garotos da Americus entregaram Zee e Marina aos professores
que os proibiram de se encontrarem novamente. Agora
havia se tornado realmente um amor proibido: a amada da Americus
e o sofredor da Luminarius. Os alunos estavam fazendo
piadas e zombando deles pelos corredores da catedral circular.
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Marina ficou muito envergonhada e com medo de sua família
descobrir, mas, mesmo assim, a paixão pelo garoto crescia dentro
dela a cada segundo. Era como se ela precisasse de Zee para respirar.
A garota estava pensativa nas aulas e para ela, assim como
para Zee, o mundo havia parado naquele beijo que, mesmo sendo
proibido, era inevitável, pois o sentimento era forte demais. Zee
prometeu amor eterno e ela só queria dizer que também o amaria
para sempre, pois o amor é a maior magia e está nunca morrerá,
mesmo separados, estariam juntos e mesmo de longe, bastaria um
olhar, que valia mais que todo Gold Dream do mundo.
À noite, Marina saiu escondida e foi até o quarto de Zee. Ele
não acreditava no que estava vendo. Sua maior paixão ali, na frente
dele, em seu quarto. A menina disse que era muito perigoso ela
estar ali no quarto dele, então, eles combinaram de se encontrar
em uma floresta um pouco longe do colégio. Zee sabia que eles
podiam usar a árvore com as passagens secretas para chegar até a
floresta. Para eles, essa era por uma boa razão, pois os momentos
que passariam juntos valeriam qualquer risco do mundo.
Após as aulas os dois foram para floresta, deitaram-se entre as
flores e ficaram observando o pôr-do-sol. Zee estava totalmente
encantado, Marina ficava linda deitada sobre um campo de flores.
O amor e a paixão os dominavam. Eles estavam embriagados com
o ambiente e com aquela sintonia mágica que havia entre eles. Zee
passou horas colocando inúmeras flores nos cabelos da menina,
que observava os pássaros cantarem para eles. Aquele era o segredo
que eles estavam guardando dentro de seus corações, eles podiam
sentir o respirar um do outro. O céu formava lindas imagens que
eram desenhadas pelas nuvens. A garota estava se sentindo frágil
e viva, com medo do perigo de estar ali e, ao mesmo, tempo feliz
de estar amando um menino que, mesmo parecendo isolado e
estranho, era tudo o que ela queria.
– Você é tudo para mim, Nina.
– E você é minha vida, Zee. Te perder seria como perder a mim
mesma.
– Desejo ficar ao seu lado para o resto da minha vida e até
depois dela – disse o garoto.
Eles se separaram e voltaram para o colégio. Estavam com
medo de serem vistos, pois estavam quebrando as regras. Era como
se estivessem metralhando, com magia, as proibições. Não tinham
mais domínio sobre aqueles sentimentos, apenas agiam pelos instintos
que os faziam ligarem-se um ao outro, formando um coração
em um beijo.
Eles não estavam fazendo mal ao mundo, ninguém os entendia.
Por suas veias circulavam doses exageradas do veneno do amor.
Zee queria saber que magia era aquela que o deixava enlouquecido,
em estado de transe, sem controle e vulnerável a um sentimento que
ele jamais soubera que existisse. Mas Zee sabia que, mesmo sentindo
esses turbilhões dentro dele, precisava colocar a cabeça no lugar
e voltar ao mundo. Precisava se preparar para as provas e para o que
ele não sabia que estava se aproximando. Zee estava tão nocauteado
dentro do peito, sem respirar, apenas voando em direção aquilo que
era perfeito e aqueles momentos que se esqueceu de tudo o que
havia acontecido com ele até aquele momento.
Zee não tinha mais o que dizer aos seus amigos. Para ele, o
amor e Nina era tudo que existia no mundo naqueles dias especiais
e mágicos. Seus amigos estavam muito preocupados, pois o
garoto havia se esquecido por completo dos perigos; eles sabiam
que aquele romance estava tirando o amigo do seu estado normal,
mas, mesmo assim, nenhum deles ousou se intrometer. Loryn não
conseguia esconder o ciúme; talvez, dentro dela existisse, pelo ami172
go, um sentimento escondido e nunca dito. Ela estava destruída,
querendo chorar e dizer pra ele “lembre-se de seus amigos!”, mas
não teve coragem para isso.
Zee e Nina continuavam a se encontrar às escondidas e nada
de Merlin entrar em contato. Naquele momento era como se
Doug, Otávio e Loryn estivessem no controle e Zee estivesse fora
de si. Aquele menino centrado e que sempre tomava a liderança,
agora só mergulhava nas águas do amor, afogando-se, morrendo
mil vezes e adorando viver aquilo tudo. A magia, para ele, era totalmente
pequena perto do que estava sentindo.
– Zee, você não está normal, não presta atenção nas aulas, fica
no mundo da lua. Não quero me intrometer na sua vida, mas acho
que esses encontros estão mudando você – disse Doug.
– Mudando o quê? Estou normal, sempre estive. Não posso
fazer nada contra Terenzo e a Marina me ajuda a fugir da realidade
– tentou explicar Zee.
– É esse o problema. Você foge da realidade quando está
com ela e você precisa voltar Zee, ainda mais agora – disse Loryn
muito preocupada.

13
A Boneca Ventríloquo
175

L oryn continuava confusa com o comportamento do amigo,

que estava se arriscando a andar de patins com Marina às


escondidas. Merlin, enfim, mandou uma mensagem para
os quatro alunos da Luminarius que dizia:
“Caros e jovens amigos,
Fiquem alerta. O perigo está à solta
Pela escola. Não se esqueçam com
Quem estão lidando. Sejam prudentes.
Em breve estarei de volta com uma tropa
Preparada para enfrentar Terenzo Crack.
Já sei que ele está infiltrado entre vocês,
Onde vocês menos esperam. Zee, mais uma vez,
Boa sorte. Merlin.”
Os quatro, principalmente Zee, voltaram a colocar os pés no
chão, ficando todos de olhos bem abertos a tudo e todos ao redor
deles.
As notas das provas haviam sido entregues pelo professor Linde
Frow. Doug havia tirado notas medianas, como Zee e Loryn. Já
Otávio estava soltando fogos de artificio mágicos por ter se saído
muito bem em varias matérias, inclusive em Cosmologia e História
176 177
da Arte Kim. Zee não estava muito vibrante e triste pelas notas só
pensava mesmo em o pior que pudesse vir perante a tal presença de
Terenzo Crack e seu relacionamento com Nina, que agora andava
lhe mandando varias cartas e lenços com seu perfume doce e floral.
Loryn saiu da aula de Kimbologia Egípcia e foi sozinha para
seu quarto. Lá, tudo estava normal. Várias revistas com manequins
de vitrine na capa e muitos livros sobre “Como se maquiar usando
magia”. Ao lado de sua penteadeira havia uma boneca, a menina
estava se arrumando para encontrar seus amigos na cantina quando
observou algo de muito estranho em seu quarto. A boneca
ventríloquo, que ficava ao lado de sua penteadeira, havia sumido,
como magia, indo parar em cima de sua cama. A menina ficou
surpresa, mas tinha certeza de que era apenas um de seus amigos
lhe pregando alguma peça. A boneca sumiu novamente, a menina
subiu na cama, abaixo e, lá estava ela, a boneca, embaixo da cama.
– Boneca louca, pare de me assustar – falou a menina para a
boneca.
– Você está assustada, Loryn? – respondeu a boneca ventríloquo
com voz de homem
– Você fala? Como pode falar? Não usei magia agora – disse
Loryn à boneca.
A boneca foi andando e aproximando-se. Loryn havia notado
que os olhos da boneca, pintados à mão, estavam muito estranhos,
como se existisse algo de mal neles.
– Eu não vou te machucar, Loryn, não precisa ficar assustada.
Não sou uma boneca indefesa, se é o que está pensando – disse a
boneca em um tom sombrio.
– Quem é você, então?
– Sou Terenzo Crack e estou aqui no corpo desta maldita boneca
para pedir uma coisa. Aliás, pedir não, obrigar.
– O que quer de mim, maldito? – gritou a menina.
– Quero que engane seu amiguinho, o nojento Zee Griston.
Terei prazer em recebê-la do lado bom, minha querida, o meu
lado, um lado que jamais teria a chance de conhecer. O poder, a
glória, a vitória das sombras contra a luz. Imagine você: rica, poderosa,
imbatível, assim como eu, dotada de artes que esta escola
medíocre jamais lhe ensinará sobre o olho imbecil de Zedom. Terá
o mundo aos seus pés. A única coisa que preciso de você é que
entregue algo a Zee. Ele não iria confiar em ninguém mais, além
de uma amiga, alguém próximo e que, pelo que sei, tem um pacto
de amizade.
– Nunca! Jamais trairei meu melhor amigo, prefiro morrer.
Mate-me, se é o que pretende, pois esperar isso de mim é o mesmo
que esperar o nada. E não suje o nome de Zedom com sua boca
imunda de um traidor do seu próprio mundo. Você é uma vergonha
e todos os que o seguem também. Isso sim é tudo de nojento
que vemos.
– Pois bem, menininha imbecil. Vejo que o Gárgula e meu
círculo de morte não foram suficientes para você aprender de que
lado a balança pesa.
– Foi você! Eu sabia.
A boneca começou a levitar e abriu a boca, em questão de
segundos começou cuspir tiros de agulhas. De repente, porta se
abriu e ela ouviu: “Valiun Maldicion”. Zee havia acabado de arremessar
um forte feitiço violeta em direção à boneca ventríloquo,
que começou a pegar fogo. Os quatro amigos estavam tremendo
de medo. Zee contou à Loryn que eles estavam ouvindo a conversa
por detrás da porta. As agulhas estavam caídas no chão.
Antes de tocar a pequena Loryn, que abraçou Zee com todas
as forças do mundo, os quatro correram e encontraram com o pro178
179
fessor Will Stick em um dos corredores. Os garotos contaram tudo
o que havia acontecido, mas de nada adiantou; o professor não
acreditou em nada. Então eles enviaram uma mensagem a Merlin,
contando o que Terenzo Crack tinha feito. Doug disse à amiga que
ela estava bem grandinha para brincar de bonecas e que ele nunca
gostou dos olhos verdes e medonhos da boneca ventríloquo.
Eles estavam muito tensos e em total pânico. Se Terenzo conseguiu
atacar uma estudante através de uma mera boneca, ele estava
por ali e, em breve, mostraria sua cara. Eles também sabiam
que, da próxima vez, o ataque não seria um Gárgula, uma boneca
ou um círculo do mal, mas sim feitiçaria das trevas de alto grau.
Zee agora estava mais aflito do que antes, seu medo e sua coragem
haviam dobrado. Loryn teve muita sorte, se Zee demorasse mais
um minuto para entrar no quarto dela, ela já estaria morta. Mas,
mesmo que morresse, ela sempre seria leal aos seus amigos, pois
como dito uma vez, “ZLOD: amigos para sempre”. Essa frase,
para os quatro, era mais que sagrada, era indestrutível.
Zee queria, de todas as maneiras, que a amiga lhe contasse de
quem ela havia ganho a boneca. A menina, trêmula e com muito
medo, disse que Jéssica Rardy havia lhe dado como um presente
na primeira noite em Kimbulândia. Os quatro correram pelo colégio
à procura de Jessica Rardy. Encontraram-na jogando baralho
mágico com algumas meninas da Luminarius no pátio principal.
– Jéssica, onde conseguiu aquela boneca ventríloquo que deu
para Loryn na primeira noite na escola?
A menina, muito assustada com a forma com que fora abordada,
logo respondeu.
– Bem, eu ganhei e fiquei com medo dela, aí dei para Loryn.
– E quem foi que te deu essa boneca, Jéssica? – perguntou Zee
mais uma vez.
– Foi Marina Capucci, uma menina de cabelo castanho e
franja, do segundo ano. Ah, ela é da Americus – finalizou Jéssica
sem saber muito sobre o que se tratava.
Zee paralisou por um instante e ficou arrasado. Não acreditava
no que tinha acabado de ouvir. Não acreditava que aquilo que
era perfeito, agora acabara de se transformar em puro terror. O
garoto e seus amigos ficaram calados por horas, imaginando o que
realmente havia acontecido.
– Você acha que ela tem alguma ligação com um kimbulo das
trevas, Zee? – perguntou Otávio.
– Bem, eu não acredito. Claro que não. Ela não.
Zee estava assustado. O anjo que lhe dera o primeiro beijo
poderia ser um monstro, sem ele saber. Era como se o mundo
acabasse de desabar por inteiro na cabeça do garoto. Ele antes não
sabia o que era um beijo e, muito menos, o que era uma enorme
decepção. O garoto não podia esperar. Então, ao anoitecer, encontrou-
se com Nina, que estava normal, meiga e linda como sempre.
– Nina, se eu te fizesse uma pergunta, você seria totalmente
sincera comigo? – perguntou o garoto para a menina.
– Claro, Zee. Claro que sim, que pergunta é essa?
– Olha, sei que deu uma boneca ventríloquo para Jessica Rardy
no início das aulas, onde conseguiu essa boneca?
– Ganhei. Alfredo Banks, o jardineiro do colégio, encontrou
a boneca caída no jardim, aí ele me deu, mas achei-a muito feia.
Então, vi uma menina passando e dei para ela, mas porque essa
pergunta, Zee?
O garoto nada respondeu. Estava completamente aliviado em
saber que sua maior paixão não tinha nenhuma relação com Terenzo
Crack. Sorriu e, antes que a garota ficasse com alguma dúvida,
ele lhe deu um doce beijo sobre o luar cheio de estrelas cadentes.
180 181
Zee revelou o que sabia a seus amigos, que agora ficaram matutando
como e quem havia colocado aquela terrível boneca no
jardim do colégio. Na opinião de Doug tinha sido Erick Vilarinho,
pois o garoto era da Americus e muito perverso, sempre estava à
espreita, tentando prejudicar os quatro amigos. Loryn achava que
não, pois qualquer objeto que fosse relacionado à magia negra já
teria sido rastreado entre os pertences dos alunos no primeiro dia
de aula. Era bem mais complicado do que os quatro imaginavam.
Zee e Nina não voltaram a tocar em assuntos bizarros. Eles
preferiam viver o romance mágico que tinha sabor extremamente
proibido com cores cristalinas. Eles estavam se conectando cada
vez mais, ensinando um ao outro as milhões maneiras de se amar e
de se demonstrar afeto e carinho. Zee se sentia o máximo ao estar
do lado dela, como estar voando sobre um pônei alado, ao final de
uma linda aurora encantada.
Zee foi para seu quarto e ficou lembrando-se de como era a
vida em Cansville antes de conhecer aquele novo mundo surreal e
fantástico no qual estava vivendo, antes de conhecer magia, o amor
e a paixão que, para ele, eram a coisa mais louca que existia. Mas ele
sabia que não podia desviar seus pensamentos, tinha que descobrir
quem estava por trás daquelas armadilhas, tinha que descobrir o
que Terenzo Crack queria que sua amiga Loryn entregasse para ele.
Tinha que descobrir qual seria esse terrível plano que tinha a intenção
de eliminá-lo do mundo. O garoto ficou pensando por horas,
deitado, olhando para o teto. De alguma maneira ele tinha as peças
desse quebra-cabeça, mas não sabia como montá-lo. De repente,
ele ouviu um barulho, alguém estava batendo em sua porta.
– Nossa, o que querem a essa hora? – perguntou Zee para os
amigos.
– Zee, precisa ver isso. – disse Loryn.
Eles traziam com eles a boneca ventríloquo, totalmente queimada.
Os três entraram no quarto do garoto, que já estava quase
pegando no sono, e mostraram-no outra coisa.
– Zee, observe, aqui, as costas da boneca.
– Tire o vestido queimado e olhe – disse Doug.
Zee observou as costas de madeira onde estava escrito:
“Pertence à Que-Luz”
– “Que-Luz”, quem é “Que-Luz”? – perguntou Zee.
– É isso que não sabemos, Zee. Não sabemos quem é essa
“Que-Luz”, mas pode ter certeza que ela está envolvida no que
aconteceu. Com certeza deve ser alguma aluna da Americus.
Deve ter sido ela quem jogou a boneca de propósito no jardim
para alguém pegar. Foi ela, deve estar trabalhando dentro da escola
para Terenzo, aposto – disse Loryn.
– Só tem uma maneira de descobrir quem é essa garota – disse
Zee com um olhar de firmeza.
– Como? – perguntou Otávio.
– Usando o livro “Os Olhos do Armagedom” – disse Zee para
os três amigos.
– Mas, Zee, pode ser uma armadilha de Terenzo. Não se lembra
do dia em que foi parar na casa da tal Lady Escorpião? É muito
arriscado. E imagina se algum professor souber que está usando
um livro desse tipo dentro da escola? Ficaria de suspensão ou coisa
pior – disse Loryn segurando o rosto de Zee com as duas mãos.
– É o único jeito se quisermos ajudar Merlin e por um fim
em Terenzo, vamos ter que arriscar. Não tenho nada a perder. É a
mim que ele quer e não vocês, eu vou sozinho, Vocês ficam aqui
me esperando. Se eu não voltar, mandem um besouro enviar uma
mensagem a Merlin. É tudo que podem fazer – disse Zee com um
olhar decisivo.
182
– Não. Se nosso melhor amigo for, iremos também, ou você
por acaso se esqueceu do nosso juramento? Esqueceu-se do nosso
pacto de amizade eterna? Não seja tolo! Se você morrer, preferimos
morrer lutando ao seu lado, porque você tem a nós e nunca
Zee, nunca, te deixaremos só. Seremos leais e amigos até o fim,
mesmo que seja um fim doloroso – disse Doug.
Os quatro se abraçaram e derramaram lágrimas de amizade
verdadeira. Mesmo sabendo que o perigo podia separá-los, eles
não se deixaram abater pelo medo, pois a esperança e a amizade
deles eram mais forte que tudo. Naquele momento havia em
torno deles um laço não só de sangue, mas de luz, que brilhava
muito refletindo nas enormes vidraças dos aposentos, uma forte
luz alaranjada, o brilho do sentimento de amor entre amigos verdadeiros,

os ZLOD. 14
A Que-Luz
185

O garoto apanhou seu livro de páginas douradas e os três

saíram como um pião. Numa das páginas que se abrira,


eles foram parar em cima de uma charrete em um lugar
muito frio. Em questão de segundos, usando o feitiço “roupalius”,
eles fizeram aparecer gorros e agasalhos que estavam aquecendo-os
por completo. A charrete os levou até a porta de um local estranho
com enormes anjos esculpidos em pedra, na entrada havia uma
placa que dizia “Instituto para Kimbulos com Doenças Mentais”.
Eles estavam às portas de um sanatório. Loryn apanhou um objeto
de seu bolso, uma espécie de localizador mágico.
– Nossa, gente, viemos parar na Rússia – disse a garota bastante
preocupada.
– Rússia? Não podia ser o banheiro dos professores? Estamos
encrencados – resmungou Doug.
– Isto é um sanatório, certo? – perguntou Doug.
– Pode apostar que sim – respondeu Otávio olhando para os
portões do Instituto.
– Mas como vamos entrar e achar essa louca, a tal de Que-Luz?
– Sei um feitiço de amolecer metal, venham – disse Doug.
Os quatro se aproximaram das grades e Doug murmurou
usando suas luvas: “exmetal” e as grades dos portões se transformaram
em cordas de borracha. Os quatro passaram tranquila186
187
mente pelas grades flexíveis e caminharam com passos leves na
calada da noite.Zee Griston , Zee vestia uma jaqueta verde fluorecente com um planeta com
aneis na cor lilas nas costas, Zee passou um Square onde viu um show de homens de
chapeis negros dançando como lobos feitos de diamantes , galanteadores , Zee vira Billy
Ventura com uma roupa azul branca meia perolada uma especie de Macacão do Elvis
Presley , com o rosto perfeito segurando um microfone de ouro com uma piramide com um
olho nas costas , Zee então vira uma especie de praia muito linda com flores roxas , e bem
azul a água do mar , onde dava pra ver os golfinhos , Zee se transformou numa especie de
menino no espaço feito de ouro e começou a dançar com um outro eu dele mesmo no espaço
como escultura de ouro .
Zee logo viu ele na forma de uma Fantasma .
E viu um eu dele vestindo um chapéu .
Zee viu uma especie de sereia ave sibipiruna feita os seus cabelos perto da areia
e seu corpo ficou em 3d , movimentando e o som de sua voz lembrava a animação da pequena
sereia , perto do bronzeado do seu corpo , como um tritão ou linguado .
Zee vira uma praia onde viu um Homem Vestido num lugar bem bonito perto da praia uma roupa de
vel branco com cabelo bem lisos com uma mecha branca como se fosse um frezi de uma aguia
Zee estava sorrindo sua pele estava sedosa e rosada como um picole de iogurte de morando com os
labios com gloss de morango , segurando um livro chamado Blush com a Capa Roxa e escrito
magic de pink , Zee estava numa brisa da manhã vendo um jardim de cristais e pedras azuis com um
pequeno corrego , e um cheiro de café após a garoa da manhã e uma arco-íris invadindo o jardim
Zee vira um menino em plumas azuis em forma de coração num sofá azul envolto de uma magia cor
de rosa em nevoa na forma de magia brilhante Thalys .
Zee vira uma menino assoprando areia roxa que caia como magia em Disney Fantasia
Zee estava treinando o Feitiço Azupocus
ele viu um menino vestido de roxo na camiseta escrito Magic Hecate com os Cabelos bem lisos e a
pele com gliter lilás
Zee vira um menino loiro , bronzeado como em elfo com azas lilás perto de uma cortina estrelada
o balão de Kimbulândia estava Roxo e Abobora com letras em ouro
Zee estava vestindo uma Boina Roxa ao lado de uma Coruja da cor do Neon roxo .
Zee vira um lugar onde saia teias de aranha nos cantos azuladas
Zee estava com a pele perfeita com uma luva roxa e o cabelo bem liso com um brilho lilas
Zee estava treinando o feitiço Magic Candle e o um feitiço chamado Garden Green .
E o Feitiço Welldon.
E o feitiço Baby Dragon que capturava criaturas magicas .
Quando se passou entre um luz flutuante lilás por debaixo de sua capa
e petrificante .
Zee estava treinando o feitiço American Blue .
E o feitiço Peryun Butterfly .
Quando Zee pegou uma cesta de maçãs cor de rosa e uma roupa cor de rosa e um chapéu bem
grande .
E viu um cachorrinho filhotinho perto de uma ilha na praia com cheiro de peixe brincando na areia
Zee abriu uma coca cola de mão com garrafa de vidro com a tampinha roxa .
E disse o feitiço Pocuzei .
Logo Zee estava usando all stars Roxo com cadarços laranjas cor de ovo .
Flutuando entre as bolhas onde ouviu bolhas em forma de coração
e seus olhos ficou num tom de pele de Dragão Branco lilás perolado .
E seu cabelo bem liso com uma mecha roxa meio pink .
E ele estava dentro de um ovo que parecia ovo de dinossauro com a casca lilás
saindo de dentro de um travesseiro cheio de pluma com uma espada de ouro numa banheiro em
forma de som bem quente
quando fora pra um aquário onde nadou numa especie de piscina Egípcia
no fundo saindo perto de uma piramide onde encontrou uma especie de luva na forma de um visgo
de raios roxos .
Quando Zee subiu num tapete e caiu sobre areias e um guizo começou a tilintar na neve
Zee fora parar num lugar onde subia uma especie de nevoa perto de um cristal roxo muito brilhante
quando Zee tocou o Cristal
viu uma especie de Faraó de ouro rindo no espelho como uma ilusão
quando surgiu um chicote feito de luz lilás
e puxou Zee .Zee fora pra um lugar feito de chocolate
quando Zee vira uma especie de Gato persa Roxo .
E os Cabelos de Zee ficaram azuis brilhantes
e suas vestes vermelhas e uma especie de mascara de abobora .
Quando ele viu uma escada fita de aboboras bem grandes
Zee subiu as escadas
e fora parar num vaso de barro .que rolou levando Zee pra um lugar onde havia uma estatua com
uma pena
Zee então quebrou o vaso
e logo encontrou uma folha de bordo da cor do arco-íris
quando um caldeirão soltou uma magia lilás brilhante
e Zee Griston fora pra um lugar sobre um cervo Vermelho de chifres roxos .
Quando Zee fora pra um lugar feito de nuvens e um azul com um Gênio lilás brilhante e um
kasaniquel ,quando começou a brincar no caçaniquel e apareceu trez corujas roxas de chapéu de
filosofo quando sairam flautas dos cantos da parede e começou a despejar moedas e Zee Griston
fora afundando nas moedas se afogando nas moedas .
Quando o Cervo lhe salvou
e Zee voou até o outro lado perto da vassoura dançante
quando Zee encontrou uma monte de Turbante roxos de pano levitando
Zee subiu nos turbantes
que o levou pra uma sala
onde encontrou um caldeirão na forma do mesmo turbante Zee caiu no caldeirão
e um monte de rostos começou a gritar como faces ele caiu numa especie de sala que parecia um
aquário onde havia esses rostos levitando como se fosse o espelho da bruxa da branca de neve
quando Zee viu suas vestes mudar pra uma especie de azul e amarelo e roxo
e seus cabelos e pele estavam perfeitos .
Quando Zee vira um destes rostos brilhar na cor roxa e vermelha
quando tocou e viu um homem com a face na forma de um coração roxo de turbante na forma de
uma abobora e aspecto de um nabo ou fantasma
era Eol .
Eol tentou sair dos espelhos
quando apareceu uma cobra verde
e enrolou Zee Griston num Vaso de tapete roxo
e atravessou e o espelho e voltou com Eol
quando ele tentou pegar os olhos do armagedom
e Zee Griston viu uma mão de Merlin o puxar de volta num cortex do livro os olhos do
armagedom .
E Zee voltou pra Kimbulândia .
Zee estava com um coração de vidro cheo de areia roxa
um beetime .
E disse o feitiço Blurturkey.

– E agora, como vamos entrar sem sermos vistos? – perguntou


Zee.
– Só tem uma maneira, Zee, temos que nos passar por enfermeiros
– respondeu Loryn.
A garota vestiu suas luvas mágicas e disse as palavras “face do
diabo” Sabrinas e apareceram em suas mãos quatro jujubas coloridas. A
garota entregou uma a cada um e disse:
– Olha, pessoal, isso aqui é um feitiço para camuflagem. É
como um elementor. A gente vai virar pedra, parede ou coisa pior.
É a única maneira de não sermos vistos. Partiremos daqui, pelo
chão, e vamos até leito de internação dessa Que-luz, ok? – concluiu
a menina.
Eles comeram as jujubas, que eram extremamente doces, e
em um instante suas roupas começaram a virar pedra, como as
do chão em que eles pisavam. Em instantes apenas suas cabeças
formavam um volume baixo, imperceptível, movendo-se entre as
escadas, indo até o lado interno do hospital psiquiátrico. Eles se
moveram por vários leitos até que, em uma parte escura onde a luz
acendia e apagava, leram as seguintes informações:
“Mariz Lourdes, vítima da maldição vira-coco.
Problemática e inofensiva. Prefere ser chamada de Que-Luz.
Atenciosamente, Dr. Davis Fond.”
Os garotos entraram no quarto e aos poucos suas formas foram
voltando ao normal. Eles estavam observando a biruta deitada
sobre a cama. Os garotos se aproximaram e cutucaram a kimbulo
lunática de leve que, deitada, logo perguntou:
– É você, Jenifer? Trouxe café com limão? Estou gripada, preciso
disso – falou Que-Luz com uma voz muito estranha.
– Oi, senhora. Não somos Jenifer. Meu nome é Zee Griston.
A kimbulo era muito magra e tinha cabelos negros com fios
grisalhos na altura dos ombros. Ela sentou-se na cama coçando
fortemente a cabeça, como se estivesse com caspa ou piolhos, e os
olhou com um olhar de medo.
– Quem são vocês, malditos? – perguntou Que-Luz, dando
fortes coçadas na cabeça e entortando sua boca, que já era muito
torta.
– Desculpe-me por vir até aqui. Somos alunos de Kimbulândia,
você já estudou lá, lembra-se, Que-Luz? – perguntou Zee.
– Sim, eu me lembro, mas minhas irmãs me trouxeram para
esse hospital depois, depois... – a kimbulo não terminou de falar.
– Depois de quê, Que-Luz, depois de quê? – perguntou Zee
com muita pressa e com medo de que entrasse alguém no quarto.
– Não conheço vocês, vão embora. Acham que eu não sei que
querem me atirar pedras – gritou Que-Luz.
– Não, Que-Luz, não vamos atirar pedras, somos amigos, fique
tranquila. Só precisamos saber o que aconteceu com a sua boneca
ventríloquo, uma boneca que pertenceu a você – disse Loryn.
– Quem lhes deu Sofie? Ela é minha, devolva-me – pediu
Que-Luz.
– Ela não era mais uma boneca, ela era Terenzo Crack. O que
você sabe sobre ele?
– Não, não, ele está vindo novamente. Diga que estou dormindo,
diga que morri – disse Que-Luz chorando.
– Não, ele está dentro da escola, presumimos. Só precisamos
saber qual é a sua ligação com ele, apenas isto – disse Doug.
– Ele é mal. Ele matou uma de minhas irmãs e foi a irmã
dele, a Lady Escorpião, quem jogou a maldição vira-coco em
mim e fiquei assim, como se tivesse tido um derrame. Ela e ele
188 189
são muito maus, eles queriam que eu contasse qual era o endereço
de um amigo do colégio, o Joe Griston. Eu não contei e aí,
fiquei assim. Só o que me lembro é isso, mais nada. Mas se me
tirarem daqui, eu limpo toda a casa de vocês em troca de um
punhado de tomates e uma barra de sabão, o que acham garotos?
– Certo, já entendemos. Desculpe-nos, Que-Luz, mas temos
que ir agora. Somos amigos, em breve talvez poderemos
ajudá-la, vamos deixar os tomates e o sabão para você – disse Zee
muito comovido.
– Zee, se você for realmente um Griston sei quem sabe de
muita coisa e pode te ajudar. O idiota, o gênio de Kimbulândia,
Kasmín. Ele sabe de tudo, procure ele, tenho certeza que ele sabe
de algo, os gênios sabem de tudo, basta dar para ele uma rolha de
garrafa. Não se esqueça.
Otávio murmurou “Coliplicks” e apareceu um pacote com tomates
e sabão à beira da cama da senhora. Ela sorriu com muita
felicidade, mostrando enormes pés-de-galinha em sua face. Então,
os garotos se foram e voltaram para cima da cama de Zee, saídos de
dentro do livro.
– Agora sabemos que Lady Escorpião é irmã legítima de Terenzo
e que Kasmín sabe de algo e pode ajudar – disse Zee.
– Mas, Zee, será que é seguro o que aquela lunática da Que-
Luz nos disse? Será que podemos confiar? – perguntou Doug.
– É no que podemos acreditar agora, Doug. É tudo que temos.
– respondeu Zee olhando as sereias se pentearem no Rio das
Fadas pela vidraça de seu quarto.
A madrugada obscura tomou o colégio de Kimbulândia. Toda
a escola estava adormecida. A lua era confidente e as estrelas, testemunhas.
Na manhã seguinte, os quatro amigos encontraram-se na
cantina para o café da manhã. Zee estava planejando um jeito de
conseguirem arrancar alguma informação do Gênio Kasmín, que
era quase impossível de ser encontrado.
– Ele sempre some, Zee, e se não o acharmos? – perguntou
Otávio.
– Desculpe, mas estão falando de Kasmín? – perguntou um
garotinho muito gordinho de cabelos castanhos bem encaracolados.
– Quem é você? – perguntou Zee.
– Ele é o Oto Broks, da Luminarius, Zee. É um ótimo jogador
de baralho mágico, mata o coringa muito rápido – disse Doug.
– Prazer, Oto. Mas o que sabe sobre o Kasmín? – cumprimentou
e perguntou Zee, com expectativa.
– Eu sei os lugares em que ele flutua pela escola. Se quiser,
posso ajudá-los a procurá-lo, o que acham? – falou o menino com
uma enorme vontade de andar com Zee e seus amigos.
– Está certo, então. Se você sabe, começaremos a procurá-lo
amanhã. Hoje tenho que ver a Nina, sabe tenho um encontro,
mas não diga nada para ninguém, certo, Oto?
– Claro, não vou falar nadinha. Minha boca é como um zíper,
Zee. Somos amigos, agora? – perguntou o garotinho gordo.
– Sim, claro que somos! – respondeu Zee com um sorriso
sincero.
Zee havia se atrasado um pouco. O campo florido ao longe
mostrava lindas colinas e, de perto, Zee foi surpreendido por mãos
que tamparam seu rosto.
– Adivinha quem é? – perguntou uma voz suave.
– Nina! – acertou Zee.
Eles se deitaram entre as flores e deram um beijo secreto com
seus lábios quentes. Suas respirações estavam ofegantes e em suas
barrigas havia borboletas. O cheiro do romance e o fogo do romance
voltaram novamente, laçando-os e prendendo-os junto a
190 191
tanta beleza e magia que havia ali, naquele surreal vale. Os amantes
do destino perfurando os sentidos um do outro com a maior
magia existente, amor e amor, apenas amor.
A presença de Marina tornava Zee mais forte e corajoso, dava
uma graça para seu ego e força para as asas da coroa que ele trazia,
como uma tatuagem, em suas costas. Como eram perfeitos
aqueles momentos para Zee. Ela era delicada e, ao mesmo tempo,
selvagem e provocante pra uma menina tão jovem. Zee pensava,
será que o que estavam fazendo era tão proibido assim? Namorar,
passando por cima das leis do colégio, ficando sempre em estado
de hipnose angelical, como se estivessem sendo acertados, a cada
segundo, por vários querubins, cupidos escondidos sobre as emolduradas
nuvens em mosaico acima de suas cabeças. Eles estavam
pensando, o que era aquilo? Que fortuna era aquela que o amor
lhes permitia ter tão isoladamente, como uma madrugada em seu
silêncio e uivar de lobos? Quem eram e o que eles foram? Eles estavam
pensando. Amor era o que lembravam, amor.
Mas uma antiga lembrança veio até Zee. A perda de seu pai.
Para sua mãe, um romance muito forte que se quebrou e, se Zee
um dia também fosse embora, o que seria de sua doce Nina que,
para ele, significava sua existência, assim como significavam seus
amigos? Ele não queria ir se deitar nos braços da morte e muito
menos ter que deixar de tocar com os lábios os lábios de sua amada.
Zee não queria entregá-la para o beijo da escuridão profunda. Nem
no mundo da magia a morte era definida. O isolamento do espírito
e a fome pela carne, ao se fecharem os olhos para o vazio eterno.
Zee só queria deitar-se naqueles braços que lhe faziam tão
bem. Era como se se deitasse em um colchão de pétalas de rosas: o
perfume, a maciez, o carinho... Que especial, aquilo era um espelho,
como a paixão de almas gêmeas que se encontraram depois de
serem separadas por épocas milenares deixadas para trás, como as
páginas dos livros. Eles estavam ali por um único motivo: estar ali.
Zee estava conseguindo sentir na pele os sentidos de sua amada.
Ele sentia gigantescas overdoses de carinho, deixando ao deserto
dos sonhos, poeira multicolorida.
As horas passavam muito rápido, como um relâmpago, quando
eles estavam juntos e Zee sempre voltava para a aula com pássaros
coloridos voando em seus pensamentos. Não podia definir que
sensação era aquela. Eles eram jovens e destinados a se amarem tão
intensamente, como uma magia antiga, o amor nunca explicado,
apenas sentido desde o começo dos Mil Mundos. Não importava
para o garoto que sentimento era aquele, pois era igual à chuva,
apenas caia quando era hora de cair, molhando seu coração que
sempre se dissolvia ou ficava muito alagado com a saudade. Saudade,
que é uma palavra rara em algumas línguas, mas que, para
os que não sabiam, podiam apenas dizer “Sentir falta de alguém
especial”. E assim ele definia os momentos e palpitações em seu
peito. Escrito em um salgueiro apenas inicias Z e M rodeado por
um coração marcado vento a fora escondido no vale que agora se
chamava o Vale dos amores essa era a vida as aventura e amores de
Zee Griston ou apenas Z lagrimas de ouro.

15
Revelações de Kasmín
195

O s quatro amigos se arrumaram e foram se encontrar com

Oto, que havia marcado com eles no segundo piso, perto


da escada em espiral. Os quatro ficaram meia hora
plantados à espera do garotinho, que demorou muito a aparecer.
– Olá, pessoal, me atrasei?
– Não muito – disse Doug sem graça.
– Então, Oto, por onde devemos começar? – perguntou
Loryn.
– Atrás da Academia de Ginástica da professora Inês Morgan.
Já vi Kasmín comendo várias asas de formigas por lá – disse Oto
falando muito rápido.
Os cinco foram para trás da Academia, mas nenhum sinal de
Kasmín que, segundo o jardineiro, nem havia passado por lá. Eles
foram procurar nos corredores perto da sala de Cosmologia, mas
Kasmín também não estava lá. De repente, depararam-se com um
barril perto da cantina. Um velho barril de rum em madeira. O
barril estava vazio. Zee abaixou-se e deu um pontapé no barril.
Então eles ouviram:
– Pelas areias da Arábia. Quem ousa chutar a minha casa? –
perguntou o gênio muito irritado.
– Casa? Isso é uma casa? – perguntou Loryn dando gargalhadas.
196 197
– Sim, senhorita, aqui é minha casa, e não ouse me incomodar.
Não sou seu escravo, menina irritante! – respondeu Kasmín
em um tom muito hostil.
– Kasmín, desculpe-me, já nos encontramos uma vez. Lembra-
se de mim? – perguntou Zee.
– Por todas as lâmpadas, é claro que me lembro. Sou um gênio,
ou não percebe a fumaça e brilho em minha pele, rapaz? Sim,
eu me lembro! – disse o gênio.
Zee começou:
– Estivemos com uma senhora, o nome dela é Que-Luz, e ela
nos disse para procurar você, Kasmín. O que sabe sobre Terenzo
Crack?
– Sei que ele é um kimbulo muito poderoso, capaz de matar
qualquer um com um piscar de olhos. É dono de sabedoria incomum
para mágistas normais e é muito perigoso – disse Kasmín
deixando todos muito assustados.
– E, por acaso, sabe de algo recente sobre ele? – perguntou
Zee novamente.
– Isso é um interrogatório? Não sou obrigado a responder
nada a ninguém – disse Kasmín.
– Nem se esse alguém tiver uma tigela cheia de asas de formigas?
– perguntou Doug com um ar de esperteza.
– Está bem. Direi o que posso dizer. A última vez que vi
Terenzo, ele estava querendo que uma carta de baralho mágico
chegasse até o senhor Zee Griston. A carta era um coringa. Ele
pediu isso para um aluno e, pelo que vejo com meus olhos cósmicos
de gênio, este aluno acaba de colocar a carta em sua gaveta, no seu
quarto, senhor. Agora, por favor, as asas de formiga. Trato é trato –
disse Kasmín.
Doug usou o feitiço “rispinik” e várias asas de formigas foram
parar em uma tigela. Rapidamente, o musculoso gênio de pele muito
luminosa preparou um piquenique dentro do barril que chamava
de casa. Zee correu para seu quarto ver se realmente era verdade
que alguém havia colocado uma carta de baralho em sua gaveta.
Chegando a seu quarto, Zee encontrou pegadas de água por
todo chão indo diretamente rumo ao seu criado de cerejeira. Lá
dentro, em meio às páginas de seu enorme livro, estava um coringa
que dançava pelo papel, fazendo estripulias, como uma carta
comum de baralho mágico. Zee, muito assustado, observou a carta
e a colocou no bolso, tentando imaginar quem havia entrado no
seu quarto e deixado uma simples carta. Ele realmente não imaginava
o que significava aquilo, um sinal? Uma ameaça? Aquilo era
uma charada e apenas ele poderia descobrir do que se tratava.
– Mas, Zee, isso não é nada – disse Loryn.
– Claro que não é nada, Zee. Apenas uma carta de um jogo
Kim, só isso, não há o que temer – concluiu Oto.
– Mesmo assim, acho que deve destruir isso, Zee – disse
Loryn.
– Por enquanto, não. Antes eu preciso saber o que significa
isso – decidiu Zee.
Todos foram para seus quarto e Zee ficou sozinho, deitado em
sua cama, observando a carta que agora, na visão do garoto, guardava
um enorme mistério. O menino observava a carta fixamente.
Ele se virou e sentiu um imenso sono tomar todo o seu corpo.
Estava bocejando e se espreguiçando todo quando ouviu um barulho.
Zee não imaginava de onde vinha o barulho, que parecia de
um metal tocando na madeira. Ele sentou-se novamente em sua
cama e apanhou a carta. O coringa, no mesmo instante, parou de
dançar, paralisado, como se estivesse observando o garoto.
– Olá – disse uma voz duplicada.
198 199
– Quem está aí? – perguntou Zee muito assustado.
– Olá – repetiu a voz duplicada.
O garoto percebeu que quem estava falando com ele era o coringa
da carta de baralho, e muito intrigado observou a carta mais
atentamente. Quando, de repente, as mãos do coringa saíram de
dentro da carta e deram um forte puxão, levando Zee para um
lugar branco, como uma sala branca cheia de ecos e totalmente
vazia. Uma bola vermelha começou a pular e veio em direção a
Zee. Magicamente, a bola se transformou no coringa que agora
tinha uma forma humana, com o rosto pintado de branco, como
o de um palhaço, calças de lycra e sapatos de coringa, vermelhos,
como seu chapéu e vestes.
– Devo fazer uma reverencia ao senhor – disse o coringa.
– Como vim parar aqui? Onde estou? – perguntou Zee muito
nervoso.
– Ora, ora, ora. Está onde deveria estar, no seu quarto, mas
dentro da carta de baralho em que humildemente vivo, rapaz – respondeu
o coringa com um olhar de raposa.
– O que quer de mim, coringa?
– Eu? De você? Nada! – disse o coringa dando inúmeras gargalhadas.
– Na verdade, tenho algo para lhe presentear, não é todo
dia que recebo visitas. Tenho isto aqui.
O coringa tirou de suas meias um objeto de cristal, um pêndulo
muito bonito.
– Um pêndulo? Não preciso de um pêndulo. –disse Zee.
– Meu caro rapaz, isto não é um pêndulo normal, este aqui
tem poderes secretos, é na verdade um pêndulo de sonhos bons.
Com essa belezinha aqui você vai poder conhecer todas as maravilhas
dos Mil Mundos, viajar em seus sonhos mais profundos, ter
riquezas, prazeres muitos amores e, também, reencontrar quem já
se foi. Poderá a ver os mortos e ter toda a liberdade que sua mente
suportar. Não quer?
– Isso é verdade? – perguntou Zee, que tinha uma enorme
vontade de reencontrar seu pai.
– Sim, muito seguro. Palavra de coringa. Leve, rapaz, leve.
O coringa colocou o pêndulo as mãos de Zee, que agradeceu
e pediu para voltar. Novamente, ele estava sobre a sua cama e o
coringa continuou com aspecto de uma inofensiva carta de baralho
mágico. O garoto foi correndo encontrar com Doug, Loryn
e Otávio. Eles ficaram fascinados com o pêndulo e também tranquilos,
pois sabiam que não havia nenhum perigo. Doug usou o
feitiço “multiplus” e o pêndulo multiplicou-se, ficando um pêndulo
para cada um deles. Otávio estava louco para experimentar,
nunca soubera de algo que tivesse tal poder.
– Vou usar o pêndulo esta noite – disse Otávio empolgado.
– Eu também. E você, Zee, não vai usar? – perguntou Loryn.
– Vou, vou sim. Esta noite – respondeu o amigo.
Todos foram para a aula de História Kim com o professor
Alejandro Volps. Ele estava contando a história de vampiros através
dos séculos:
– Os vampiros estão existem há séculos. Eles não se misturam
jamais com lobisomens. Alimentam-se de sangue humano,
mas, pela nossa lei, vampiros são totalmente proibidos de atacar
kimbulos. Existem algumas maneiras de se defender deles. Esqueçam
alho e crucifixos, isso, para um vampiro kimbulo, não
adianta nada. Os vampiros quando sentem cheiro de sangue de
morcego, sentem-se fracos e quase desmaiam. Em muitas lojas de
perfumes há fragrâncias com essência de sangue de morcego, mas
como saber quando eles estão à espreita? É simples, eles sempre
espirram com o cheiro de erva de gato, portanto, sempre levem
200 201
consigo uma dessas ervas e perceberão quem é um vampiro. Eles
sempre andam sozinhos, no seu próprio isolamento. São sedentos
por sangue adolescente, na verdade, esse é seu alimento favorito,
pois é fresco e, ao mesmo tempo, quente. Eles são mortos-vivos e
temem ramos de roseiras silvestres – explicou Alejandro sobre os
tais sanguinários.
Mas Zee pouco estava se importando com vampiros, para ele
a presença de Crack era tudo de horrível que poderia existir. Ele
agora tinha um pêndulo de sonhos bons e não tinha a menor ideia
de como realmente funcionava aquele objeto, mas, naquela noite,
ele e seus amigos iriam descobrir. Zee garantiu uma cópia de seu
objeto para Nina também. Se viajaria em sonhos, seus amigos e
sua namorada deviam vir junto.
– Nina, olha isso aqui. É um pêndulo de sonhos bons – informou
Zee.
– Nossa, Zee, que legal. Como conseguiu? – perguntou a menina
olhando, encantada, o objeto.
– Ganhei em um jogo – disse o menino sem dar muita explicação.
– Ótimo, mas, como usamos? – perguntou novamente a menina
segurando sua cópia em uma das mãos.
– Quando for se deitar, enrosque no braço e durma. Só isso.
Bem, acho que é só – disse o menino sorrindo para Nina.
– Te vejo em meus sonhos, então, Zee – disse docemente
Marina.
Zee sorriu e foi para seu quarto. Tomou um banho muito
quente, colocou seu pijama e deitou em sua cama com o pêndulo
de sonhos bons entrelaçado em suas mãos.
– Que realmente me traga sonhos bons – disse Zee.
O garoto adormeceu. O quarto manteve-se em silêncio profundo.
Todos na enorme catedral circular já haviam se deitado. O
garoto estava precisando relaxar, mesmo que em seus pensamentos,
pois, ultimamente, estava levando uma vida arriscada. Mesmo
tendo a alegria que seus amigos e sua amada, Zee emoldurava uma
foto no quadro da vida, estampando a figura um garoto corajoso,
sensível e, o mais importante, transparente e de coração puro.

16
O pêndulo dos sonhos bons
205

Z ee foi parar em um campo com a grama baixa, isolado do

mundo. Levantou-se e ficou deslumbrado com a paisagem.


Não acreditava no que estava vendo, a beleza era tanta que
fugia de seus olhos. O pêndulo realmente funcionara. Ele corria
pelo capim e por um bosque maravilhoso, como se estivesse no paraíso.
Em questão de segundos, estava no topo de uma montanha,
da qual podia pular e voar sobre a neblina secreta de um sonho lindo.
Podia voar pelo céu e ir parar no oceano, mergulhando despido
por águas cristalinas sem se afogar. Estava longe do mundo e de
qualquer perigo, pois o perigo não existia nesse sonho.
Zee estava desfrutando de prazeres que nunca haviam sido
descobertos. Mesmo sabendo que aquilo era um sonho, o sabor
das frutas, a natureza, tudo era muito real. Ele podia ser um anjo
com asas inquebráveis e, ao mesmo tempo, um elfo caído sobre o
orvalho das belíssimas vegetações que o rodeavam.
– Loryn! – gritou Zee para a imensidão.
Não obteve resposta.
– Doug! Otávio! Nina! – voltou a repetir Zee, à procura de
alguém dentro de suas imaginações.
De repente, uma linda ciranda se envolveu ao seu redor. Todos
estavam ali, todos os seus amigos e sua amada.
– Chame, Zee, chame seu pai – disse uma voz de eco para Zee.
206 207
– Pai, pai, pai! – Zee chamou freneticamente.
Quando o garoto caiu em nuvens, girando seu corpo em lençóis
azuis, seu pai veio voando. Tinha cabelos castanho-escuros e
estava muito feliz. Segurou a mão de Zee e eles voaram até chegarem
a uma linda cachoeira. Zee não acreditava que aquilo tudo
fosse verdade, tudo era incrível demais para sua realidade.
– Pai, você está aqui! – disse Zee chorando ao olhar os olhos
do pai.
– Sim, filho, estou. Eu amo você, nunca te deixei – disse Joe
para o filho. O pai de Zee estava chorando muito e abraçou o filho
fortemente.
Estavam todos ali. Seus amigos, sua mãe, sua avó e seu amado
pai, viajando em um sonho lindo e secreto. Zee estava viciado
naquilo tudo, não queria sair daquele espaço encantado jamais.
Aquele era o mundo que Zee queria viver para sempre. A felicidade
era tanta que ele não continha as suas inúmeras lágrimas, que
naquele momento eram de felicidade. Ao mesmo tempo em que
estava com seus amigos, podia estar com seus pais; ele não queria
mais saber que significava aquele pêndulo, só queria saber do que
estava vivendo.
– Nunca me deixe só, papai – disse Zee para a imagem de seu
pai à sua frente.
– Não te deixarei, filho. Eu e sua mãe te amamos e estamos
aqui – disse Joe Griston novamente para Zee.
A mãe de Zee estava linda, jogada ao vento e ao sol, com
um vestido florido, como uma manhã de primavera. A magia que
Zee havia descoberto em Kimbulândia era pequena para aquela
nova magia que ele estava sentindo. Mergulhava sobre corais segurando
estrelas do mar em suas mãos, ele podia ser tudo o que
imaginasse. Podia voar nas costas de um dragão branco sentindo
o vento gelado sobre sua face, envolvido pelo gigantesco azul do
céu, ou podia voar alto, tão alto, aproximando-se da lua girando
com a gravidade, viajando em um sonho por planetas desconhecidos
descobrindo criaturas jamais vistas aos olhos das pessoas que
nunca experimentaram os limites de seus sonhos, aquele era o seu
mundo agora esse sonho longo que era uma vida interminável e
extremamente desejada, repleto de qualquer coisa que sua mente
o permitia ver e tocar, tudo era concreto vivo, ele não sabia o que
estava acontecendo, mais estava vivendo isso tudo com adrenalina
e sentimentos poderosos.
Loryn estava sendo fotografada por holofotes de todo o mundo.
Aquele era seu sonho. Estava em meio a pétalas de flores com
um vestido de princesa e uma linda carruagem brilhante ao som
de violinos, longe de madrastas e pensamentos ruins, abraçada
e protegida por Zee que, para ela, era seu anjo, esculpido pelo
próprio Zedom. Ela se aquecia em nas asas daquele anjo seu lindo
sonho de menina. Um mundo cor de rosa, mas mais misterioso
que o próprio sorriso de Monalisa. Um salão cheio de lindas fadas.
A garota podia ser o que quisesse dentro daqueles sonhos trazidos
pelo pêndulo. Podia ser uma sereia com cabelos estonteantes ou
uma fada com asas cobertas por purpurina. Como Zee, ela havia
quebrado os seus limites, descobrindo as belezas nos jardins de sua
alma, coberto por lâmpadas e seus cabelos como um tapete em seu
pequenino globo celestial.
Otávio estava rodeado de pessoas que o observavam como se
ele fosse a própria escultura de Davi. A coragem transformava seu
olhar em fogo, dando-lhe toda a glória do mundo. Ele se sentia,
pela primeira vez, lindo, forte e belo, rodeado de meninas pedindo
um único e precioso beijo. Otávio estava no núcleo terrestre
vestido de laranja, sua cor favorita, sendo o melhor kimbulo do
208 209
mundo. Brilhante, inteligente, sendo prestigiado, como um rei
em seu mundo, em seu trono pessoal, com poderes que ele jamais
soubesse que existiam. Estava de mãos dadas com o universo, bebendo
toda a alegria da fonte de suas emoções e deixando sua marca
pelo mundo, como um simples respirar. Estava embriagando-se
com o despertar de uma nova aurora, o amor por seu secretíssimo
mundo era o que dominava seu espírito, que agora galopava ferozmente
como um corcel. Este era seu espírito, o espírito livre
que relinchava para um sonho que, como o de Zee e o de Loryn,
prendia-o fortemente.
Doug estava dentro de um jogo, como os jogos de videogame.
Era um herói forte, implacável, dono do seu jogo. Estava
derrubando Erick Vilarinho e qualquer oponente que estivesse em
sua realidade, trancando por completo as portas de seu mundo
misterioso, cheio de tapetes vermelhos, deslumbre, luxo, glamour,
riqueza, ouro, flashes e celebridades. Ele subia e descia, fazendo
manobras perigosas em uma bela Panamera azul de grande luxo,
acompanhado de modelos belíssimas, e protagonizando o seu filme,
seu longa metragem. Estava rodeado de maquiadores e recebendo
prêmios de melhor jogador de kimboll. O sorriso mais
caro do mundo da magia estava estampando a revista Magic People.
Este era seu universo. Voar e saltar sobre tabloides midiáticos,
além de estar ao lado de seus amigos, ele tinha dinheiro, fama e
tudo o que um jovem garoto sonha. Doug estava vivendo em um
mundo onde era preciso de senha pra entrar, um espaço futurístico
com robôs, todos com seu rosto, tocando sua musica favorita,
jogado em uma pista de dança.
Zee estava nadando em uma lagoa, escondido do mundo, entregando-
se por completo às mãos da mãe natureza. Abria a boca
e comia flocos de neve, que tinham sabor de sorvete de morango.
Estava protegido dos perigos, iluminado pelo sol que deixava seus
cabelos como fios de ouro, deitado em cobertores de luz, cortando
uma imensa alegria com uma espada de luz imaginária. Seus
pensamentos levavam-no para um mundo nunca descoberto, uma
poesia montada sobre um leão feroz em meio a um campo dourado
e épico.
Naquele momento, devorava trovões como um Deus em seu
Olimpo, tendo a força de um gigante, flutuando como um falcão,
colocando seu planeta na palma de suas mãos ao som de uma
canção tocada pelo vento, como um músico invisível rodeado por
folhas canadenses. Estava em seu mundo peculiar, no qual só entravam
as pessoas mais especiais e queridas para ele.
– Zee, não devíamos já ter acordado? – perguntou Loryn.
– Sim, acho que sim – respondeu Zee.
– Loryn, vamos voltar. Já deve estar de manhã. Temos que
voltar para aula. Vamos retirar os pêndulos – disse Zee.
Eles retiraram os pêndulos. Otávio e Doug estavam em transe
profundo, mas Loryn conseguiu arrancar os pêndulos dos amigos.
Os quatro estavam de volta ao mundo real. Estavam em Kimbulândia,
em suas camas, em seus quartos, sem acreditar que todas
aquelas coisas realmente tivessem acontecido, mas tendo noção
que aquilo tudo, os sabores, os lugares e os cheiros eram totalmente
reais em seus sonhos.
– Nossa, Zee, eu estava super. Não acredita nas coisas que fiz
– disse Otávio muito feliz.
– Eu sei, eu estava lá com meu pai e com vocês, depois fui
parar em lugares com paisagens maravilhosas, incríveis. – contou
Zee encantadíssimo.
– Agora eu nunca mais vou esquecer aquele vestido, aquela
carruagem. Era tudo tão perfeito, tudo que eu mais queria, exa210
211
tamente como aconteceu – falou Loryn com os olhos brilhando.
Eles ficaram no mundo dos sonhos durante toda a aula de
Magia do Tempo. O professor Will estava muito bravo com eles,
suspeitando que eles estivessem fazendo algo de errado.
– Zee, eu não sei o que você e seus amigos estão fazendo e
não me deixe descobri que é magia das trevas, pois, se for, os quatro
serão banidos da escola para sempre! – informou o professor
severamente.
Zee não estava com medo. Não podia haver magia negra nas
coisas maravilhosas que ele e os amigos estavam vivendo em suas
aventuras pelos sonhos. E para eles, era só isso o que importava:
serem felizes independente de tudo. Havia perigo, mas a sensação
era tão boa que todos eles estavam loucos para que chegasse à noite
para voltarem para dentro dos sonhos.
– Zee, e a Nina? Só me lembro de tê-la visto na hora que encontramos
com você, depois ela desapareceu – disse Otávio.
– Talvez ela não tenha muitos sonhos ou tenha acordado –
falou Zee para o amigo.
Zee encontrou com Nina e perguntou o porquê de menina
ter desaparecido dos sonhos.
– Mas, Zee, eu não estava lá. Eu não usei o pêndulo ainda –
disse Nina ao garoto.
Zee estava certo de que era ela sim que estava na ciranda dentro
dos sonhos mágicos, mas não entendia o motivo de sua amada
continuar a dizer que não esteva lá. Isso não importava. A felicidade
em reencontrar o pai, mesmo que em um sonho, era tão
grande que Zee não estava se importando com nada, apenas com a
lembrança do seu pai e das lágrimas de alegria que caíram do rosto
de seu ao rever o filho. Para Zee, aquilo era muito real e ele tinha
que fazer aquelas coisas de novo, ter aquela liberdade novamente.
Era uma liberdade que ele nunca havia experimentado, era, para
ele, um meteoro que havia caído em seus sentidos, tomando sua
vida e seu amor e paixão pela vida.
17
Um romance perfeito
215

Z ee voltou ao seu sonho mágico como espelho líquido. Ele

estava em uma piscina segurando as mãos de sua amada,


Marina Capucci, que usava um vestido de neblinas
negras. Ela estava absolutamente linda, sua silhueta mostrava o
corpo de uma menina-deusa, incrivelmente bela e apaixonante aos
olhos de Zee.
– Leve-me, leve-me com você para o infinito de suas fantasias
– disse Nina com uma voz agora um pouco diferente, parecendo
uma mulher.
– Levarei-te onde quiser ir, meu amor – Zee respondeu com
carinho a sua sempre muito desejada Nina.
Eles sumiam pelas sombras de uma noite cheia de areia, iluminados
pela lua, rolando por areias frias e quentes que o amor
lhes permitia sentir a flor da pele.
– Zee, quero estar ao seu lado para sempre! – disse uma nova
Marina.
– Sempre estará comigo, Nina. Eu amo você mais que tudo
nessa vida. – respondeu Zee, com muito amor nos olhos, para a
menina.
Eles estavam sentindo o amor mais forte do mundo na ponta
de um iceberg. Estavam aquecendo um ao outro com beijos que
um sonho não poderia revelar a ninguém. O frio não conseguia ser
216 217
o vilão de tal paixão tão poderosa. A chave para vários sentimentos
que eles sentiam apenas eles possuíam. Estavam trancados em um
mundo sem limites, sem fronteiras. Então, eles saíram voando em
um lindo cavalo branco alado, rumo à felicidade, deleitando-se
com a juventude e amor que aqueles momentos continham. Cada
toque, cada abraço sobre o lindo cavalo alado era especial para
Zee, que estava abraçado com a sua amada sob um céu lindo.
– Quero tatuar seu nome em minha alma, Zee – disse Marina.
– Você já esta gravada eternamente em mim, Nina – concluiu
Zee Roku.- Magic Candles
– Me abrace forte e tire minha dor, Zee – finalizou a garota.
Eles não perceberam o sol sair em seus sonhos e foram parar
deitados sobre na Torre Eiffel. Depois, ficaram girando no carrossel
que, a cada volta, mostrava uma fotografia, imagens com sabor
de morangos ou simplesmente amor, romance, calor e muito,
muito fogo.Zee entrou numa sala onde se lia Hecate e o Cão Cerberus , pra vencer o cão era
preciso prendê-lo um num trovão , outro num dejavu , e ultimo num ciclone .
Os garotos então colocaram suas luvas magicas e cada um prende o Cerberus .
Logo Zee disse esta muito facil
quando encontrou sapatos alados Zee tinha que pegar uma vassoura voadora , de ouro
Zee então voou e no meio de um monte de vassourinhas , de ouro levitando ele devia pegar a
vassoura Maria Division Victoria Fire .
Logo então ele voou com tênis alados , quando as vassouras começeram a voar não deixando Zee
passar Zee então conseguiu pegar a vassoura .
E então , ela era uma chave que se encaixava a abrir uma porta enorme .
Numa masmorra de pedras cinzentas .
Zee Griston , e Loryn e Gayo Rodrigues , entraram numa sala onde era um tabuleiro de xadrez
onde havia peões segurando cata ventos igual patos de pedra , e a rainha era a rainha da Branca de
Neve segurando uma maçã nas mãos , e o rei usava uma coroa de Duck alada .
E o Bispo usava uma roupa preto e branco e o cavalo era azul com listras brancas .
Eles começaram a jogar
quando as pessas vencidas eram transformadas em queijo e destruídas no tabuleiro
lutando umas com as outras
virando estatuas de queijo até a Rainha .
Quando Gayo disse pro cavalo ir em L até o ponto mais critico , e virou uma estatua de Queijo pra
salvar os amigos , e Zee Griston se aproximou e disse a rainha
Xeque Mate ,.
E ela soltou a maçã no tabuleiro mármore .
Com fitinhas brancas e verdes .
E Zee então conseguira passar .
Quando Encontrou o professor Will Jan Van Eyck, de numa
porta olhando pra uma montanha num edem de montanhas de pedras filosofais
porem ele queria o olho que controlava aquela magia o olho ovo , os olhos do armagedom
então ele gritou , venha aqui Zee Griston
de frente pra uma estatua magica Egípcia
ele perguntou a Zee diga-me o que você vê .
Zee vira um ovo com um olho ,que apareceu dentro de sua calça
logo o homem começou a falar ele tirou o turbante e em sua cabeça havia uma esfera com Terenzo
Crack dentro .
Me de o olho Zee .
Então Zee correra , e o homem disse detenha-o
e então redomas de fogo surgiram novamente
e logo Zee tocou a cara do professor Will , que virou uma estatua de Ouro
e a esfera grande na sua cabeça se quebrou em rubis e Terenzo Crack , sumira .
Atravessando Zee que fez um coração com luvas vermelhas e viu Davi .
Zee acordou na enfermaria
quando Merlin surgira
e disse presentes dos seus fãs Zee Griston
Fãs , o que aconteceu com você e o professor Will Jan Van Eyck , é segredo absoluto , então todos
já sabem .
E o Olho ,.
Esta Guardado .
Quando encontraram o professor Will desacordo dentro de Baú .
Era outra pessoa um Sortuno .
E não o professor will que havia se transformado , com a poção Polyxion
Sabe Zee por que o professor Will não conseguiu o tocar
Zee respondeu não com a cabeça
por causa do amor Zee , o amor .
Zee Griston vira uma magia subir lilás em cores bem clarinhas , ele vira o castelo onde estava
segurando uma maçã de ouro com um fundo lilás , num nevoeiro lilás , muito bonito , com seu nome
escrito em letras de ouro retorcido de fogo flamejante Zee Griston e os Olhos do Armagedom , Logo
Zee vira um unicórnio correndo na floresta Zee Mareou com o Duende Flamely , e chegou a uma
especie de caverna da branca de neve , Zee vestira uma jaqueta com o logo da Warner Broz nas
costas jeans .
Zee então subiu numa especie de carrinho de gelo das minas de ouro e diamantes , e Zee chegara
num lugar que parecia a mina dos sete anões da branca de neve ,Zee subiu sobre uma enorme
abobora lilás que voava quando Zee e Flamely escorregou numa cachoeira de brilhantes , e Zee
vira seu rosto num vidro pegando um besouro dourado que tinha o som de ouro tilintando na neve
no natal , quando Zee montou num cervo de ouro e chegou num lugar onde Zee começou a tocar
uma flauta flutuando como Deus Pam , e então vira o Dragão Visgo Lilás , Zee correra voando sobre
um carro cinza azulado do Batman voador , quando retirou sapatos do batman com asas de morcego
que voava , Zee encontrou outro Dragão perdido na neve , quando surgira um expectro , negro com
dentes e uma nevoa verde , Zee então Gritou o feitiço “Haleluian Forever “ , logo Zee chegara no
carrinho da mina num lugar com muitos diamantes presos na parede . Zee estava com um colar que
era um coração de vidro , com areia roxa dentro num cordão de ouro uma especie de pingente
ampulheta , que voltava no tempo , Zee se aproximou numa chuva avassaladora , e vira a casinha da
branca de neve , no natal . E um filhote de cervo brincando num lago de gelo , ficando com o nariz ,
congelado , Zee vira o Papai Noel voar num balão Roxo , usando roupas de Mago azuis bem
clarinhas . E um ceia de natal com velas de maçãs iluminando a casinha da branca de neve perto da
mina , Zee caira numa floresta chamada com uma planta chamada coroa da rainha , e chegara , a
um lugar onde encontrou uma casinha azul e branca que parecia castelinhos ali .
Zee e flamely , viram o unicórnio mais uma vez , Zee vira uma plantação de maçãs roxas e
vermelhas gigantes congeladas , e se lembrou de quando beijou Marina Capucci no visgo de neve e
teias de aranha na arvore de salgueiro . Eles estavam se aproximando da Montanha de Pedras
Filosofais e o Mar de elixir da Imortalidade
Zee acordou por um moneto e seguiu o unicórnio , que correra por uma Floresta Chamada
“Warlock Tales Bard” Zee e Flamely chegaram a uma especie de floresta onde a gruta era
pedras cosmiscas roxas e lilás , e tinha fadas voando , fadas com cabelos lisos como das
Egipcias . Zee entrou numa especie de carrinho das minas , atravessando as minas de ouro ,
chegando ele e Flamely perto de um gato negro , atrás da mina que parecia com a mina dos
anões da Branca de Neve , Zee então chamou o Dragão Forever , que voou pelo céu que
chegou com Marina Capucci , Zee Flamely e Nina , voaram no Dragão , chegando onde Zee
Griston encontrou um livro chamado “The Philosopher Kimbulo -Tales of Nicolau Flamel
and Philosopher's Stone “ , Zee encontram uma lenda que dizia que no subsolo de
kimbulândia se escondia uma mistério , Zee então e Nina com o Livro os Olhos do
Armagedom que era a chave pra se chegar neste lugar , chegaram em kimbulândia , Zee
então enfrentou o Dragão e Nina que tinha um livro com a face de um Cervo , afastou as
vestes , de Zee em esmeralda e rubis bordados , em Snow Path , e Zee deixou cair um livro
Contos Dark Fantasy Blood Radiator , Zee se aproxiamara , Zee estava com outro livro em
que estava na capa um livro com letras de ouro meio lilás ao redor de muitos espelhos da
Bruxa da Branca de Neve , e um Cavaleiro com uma espada de ouro na chuva muito forte ,
em arvores de Cedro , Zee então ao enfrentar o Dragão escorregou por de baixo do dragão ,
e marina encaixou o livro , e Zee Griston , então estava inside numa floresta que era
montanhas de cristais da cor de rubi , onde Zee vira um enorme estatua de ouro , de Tales ,
perto de nuvens azuladas chamadas Nuvens de Filosofo , Zee olhou pras montanhas
vermelhas , e um mar que é o elixir da imortalidade , Zee então vira o coelho canguro , Zee
chegou no Edem da Pedra Filosofal , o lugar onde originalmente a primeira Pedra fora
descoberta , como conta o livro
– Nina, precisamos voltar. Está tudo perfeito, mas temos
aulas.
Zee retirou o pêndulo e acordou daquele sonho mágico. Arrumou-
se muito rápido e correu para a aula de Kimbologia Egípcia.
Foi o último a entrar na sala do professor Linde Frow, que o
lançou um olhar de desgosto. Seus amigos já estavam lá.
– Como se atrasou? – perguntou Loryn dando cutucadas
em Zee.
– Estava sonhando com a Nina. Fomos a Paris – cochichou
Zee.
Zee contou para seus amigos tudo o que fez com Nina. Eles
ouviram com cara de sono.
– Eu não estou mais usando o pêndulo – disse Loryn.
– Por quê? – perguntou Zee.
– Sabe o que é, Zee, devemos colocar os pés no chão e não
viver de sonhos. Aquelas coisas não são verdade, prefiro estar completamente
no nosso Mundo Kim. Aliás, se te pegarem usando o
pêndulo, será expulso – disse Loryn novamente.
– Mas você não tem ideia do que estou sentindo. Estou muito
feliz, estou me sentindo livre pela primeira vez na vida.
Os quatro andavam rumo à aula de Cosmologia quando Zee
encontrou Nina. Ele deu um grande sorriso.
– A noite foi incrível, Nina – disse Zee.
– Noite, Zee? Que noite? – perguntou Nina.
– Ah, vai me dizer que se esqueceu de que estávamos no sonho?
– disse Zee para a menina.
– Não, Zee, não estávamos. Eu não usei o pêndulo, fiquei
com medo, sabe. Desculpe – disse Nina.
– Então, se não era você, quem era?
Zee ficou muito intrigado. Marina disse que não esteve com
ele em sonho algum, ele não entendia então o que aconteceu. Ele
ficou pensando que pudesse ser o pêndulo. Estava muito pensativo.
Um mistério rondava a cabecinha de Zee. Quem estava com
ele no sonho? Se não era Marina, quem era, então?
– Loryn, aconteceu uma coisa muito estranha – disse Zee.
– O que, Zee? – perguntou Loryn.
– Olha, noite passada tenho certeza que a Nina usou o pêndulo.
Estava lá com ela, fizemos um monte de coisas, mas ela disse
que não usou o objeto por medo. Se não foi ela, quem estava lá?
– Zee, eu não sei, mas pode ser perigoso. Isso é muito estranho
– disse Loryn mexendo no cabelo.
Zee decidiu descobrir o que realmente havia acontecido. Ele
e os amigos combinaram de usar o pêndulo pela última vez, para
descobrir o que estava havendo de tão estranho. Zee deitou-se na
218 219
cama e colocou sua cabeça no seu travesseiro mágico que havia ganhado
de Merlin, deixando o pêndulo enroscado em suas mãos. De
repente, o garoto caiu com as costas em um chão muito duro e em
questão de alguns minutos seus amigos também foram parar lá.
– Zee, onde estamos? – perguntou Doug.
– Bem, não sei, acho que é uma estação de metrô abandonada.
– Não estou gostando disso Zee. Isso não parece mais um
sonho – disse Loryn muito assustada.
– Como sabe, Loryn? – perguntou Otávio.
– Porque eu esfolei meu braço, garoto. – disse a menina aos
berros.
– Muito estranho, tem um mapa ali, podemos ver onde estamos
– falou Zee.
Mapa de localização do Metrô Estadual – Estação Brigadeiro
– Já tive uma camiseta com esse mapa, Zee. Estamos na estação
de metro estadual. Precisamos sair daqui. Tirem o pêndulo.
Os garotos retiraram os pêndulos, mas de nada adiantou.
– Zee, não estamos conseguindo. Não funciona mais – disse
Loryn muito aflita.
– Então o jeito é sairmos usando as escadas mesmo, vamos.
Eles subiram por uma escada rolante quebrada sobre as ruínas
de uma velha estação de metro abandonada. Quando eles chegaram
ao piso de saída havia uma sala muito estranha. Zee observou
a porta, que estava entreaberta, como se alguém tivesse acabado
de correr.
– Esperem, pessoal. Ali naquela sala acho que tem alguma
coisa.
– Não, Zee, vamos embora. É perigoso ficar aqui. E se não
conseguirmos voltar? – falou Doug com medo.
Zee e seus amigos entraram na sala misteriosa com muito cuidado,
sem fazer nenhum barulho. Na sala havia várias fitas cassetes
e uma TV fora do ar, com chuviscos na tela. Zee colocou uma das
fitas em um aparelho de vídeo e na tela apareceram os amigos e
ele. Todos os sonhos estavam gravados nas fitas. Alguém estava
monitorando tudo o que eles estavam fazendo durante o tempo
que eles usaram o pêndulo.
– Zee, alguém estava aqui nos observando. Isso é magia negra
e muito, muito forte – disse Loryn.
– Claro, pessoal, é o Crack, só pode ser. Ele enganou a todos
nós com a carta de baralho e nos trouxe até aqui. Isso é uma armadilha.
Corram!
Os quatro saíram correndo por um túnel que dava para fora
do metrô, mas, quando iam atravessar a enorme passagem, um
campo de força os jogou para dentro novamente, como se tivessem
levado um empurrão.
– Não, não, não. Nem pensem em fugir – disse Marina Capucci.
– O quê você... Você mentiu? – perguntou Zee abismado.
– Acha mesmo que eu iria amar alguém tão sujo e podre
como você, Zee Griston? Acorde, idiota! – falou a menina com
uma voz medonha.
– Eu só te atrai para te entregar para o maior kimbulo das trevas,
Terenzo Crack. Está com medo? É bom estar – disse a menina
novamente dando uma forte gargalhada.
– Você é mentirosa e nos enganou. Leve a mim e deixe meus
amigos irem embora – disse Zee enlouquecido.
– Não vou perder a chance de matar quatro coelhos com um
feitiço só, idiotas – disse a menina, com um tom de agressividade,
aos quatro amigos.
– Bandida – disse Loryn.
220
– Chega de elogios, paspalha. É hora de irmos para uma paisagem
mais à altura.
A kimbulo fez um grande furacão negro e os cinco sumiram.
Foram parar em uma espécie de sala, com uma enorme cratera no
chão. O lugar era iluminado por crânios humanos que seguravam
velas negras com as bocas. Zee e seus amigos deram as mãos e ficaram
assustados com a escuridão da gigantesca sala mal iluminada.
– Eu chamo as trevas. Eu invoco as sombras mútuas dos Mil
Mundos. A carne que apodrece, o dono da sujeira mundana, filho
do nosso Rei Éol, o príncipe da maldade. Eu chamo, até mim nesta
sala, meu irmão Terenzo Crack. Ouça o ventre obscuro de sua
irmã, que se nutre do sangue de ratos em total fidelidade a Magnus.
Eu chamo a ti, meu anjo das trevas – disse a menina como se
estivesse em estado de transe.
– O que está fazendo, Marina? Pare com isso – disse Zee.
– Cale a boca, verme insolente. Cale-se, não me atrapalhe! –
berrou a menina
– Somos amigos, lembre-se disso. Está dominada pelo mal,
acorde, Marina! Acorde por Zedom! Lembre-se que é uma pessoa
boa, lembre-se.
Mas a garota não parou.

18
O confronto e os olhos do Armagedom
223

E m meio às sombras apareceu um menino com vestes negras

como a escuridão que ali havia.


– Oto, o que está fazendo aqui?
– Não me chame de Oto com esse tom comum de um aluno
qualquer. Sou sobrinho de Terenzo Crack e de minha tia, que,
pelo que vejo, foi ótima em seu trabalho.
A menina Marina Capucci, que estava com uma expressão
muito estranha em sua face, em questão de segundos ficou envolvida
por uma fumaça negra. A fumaça foi dando forma a uma
mulher vestida com ossos e pedaços de cadáveres, com as cabeças
presas em correntes. O vestido era bizarro e a mulher tinha as
mãos cheias de sangue e os olhos muito verdes.
– Lady Escorpião, é você? – perguntou Zee impressionado.
– Sim, queridinho, sou eu. Sua namoradinha foi só uma marionete,
precisei dela para chegar até você. A essa hora, ela nem
sabe que estão aqui, Nem ela e nem aquele maldito Merlin sabem
– disse a obscura kimbulo com o olhar tomado pela escuridão.
– Somos uma fraternidade, Zee Griston. Trabalhamos para as
trevas e em minutos meu tio Crack destruirá você! – concluiu Oto.
– Mas como? Nós confiamos em você! Como pôde nos enganar?
– perguntou Doug
– Enganar? Quem vive se enganando são vocês, idiotas. Acre224
225
ditam mesmo no bem? Acreditam mesmo nas Leis de Zedom?
Vão morrer cedo, os quatro! – disse Lady Escorpião.
A cratera abriu-se ao meio e formou uma grande rachadura,
cheia de fogo, como o inferno. De lá saiu uma enorme sombra,
que logo mostrou uma pessoa, um kimbulo com aspecto de morto-
vivo, com toda sua pele apodrecida e olhos muito vermelhos e
enormes. O kimbulo usava com vestes feitas de pele humana.
– Olá, Senhor Zee Griston – disse, com uma voz monstruosa,
Terenzo Crack.
– Não fale comigo, seu monstro. – gritou Zee.
– Monstro, eu? Acho que o único monstro aqui é o senhor,
que me enoja com seu sangue de puro. Tenho nojo de menino
bonzinho – repetiu Crack.
O kimbulo fez aparecer várias correntes do chão, prendendo
Zee e seus amigos da cabeça aos pés, fazendo-os sentir muita dor.
– Eu mutilei seu pai, Zee, depois, comi os seus restos mortais
e agora vou fazer o mesmo com você. Mas, antes, temos negócios
a tratar.
O kimbulo fez aparecer uma enorme balança negra, uma balança
das trevas.
– Lady, minha irmã querida, iremos arrancar os olhos de Zee
Griston, pois apenas Éol pode devorar tal sujeira A sombra de Eol passou por de baixo de
um espelho como uma Cobra por debaixo das pernas de Zee usando um Turbante na Forma
de uma Abobora de barbas Roxas, e nós ficaremos
com a carne, roeremos até os ossos dele e dos amiguinhos dele.
A kimbulo aproximou-se com um punhal e arrancou os dois
olhos de Zee, que tremeu e esperneou de dor. Sua face estava ensanguentada
e seus amigos gritaram violentamente ao ver o amigo
perder os olhos. A kimbulo colocou os dois olhos na balança, à
espera de que acontecesse alguma coisa.
– Há algum problema, Crack. Não está funcionando. Éol não
chegou ainda, era para o portal estar aberto , Eol tinha a cabeça que parecia um nabo ou uma
beterraba palida de turbante que levitava – disse Lady Escorpião.
– Mas se abrirá, irmã. Esse garoto é o filho legítimo de Zedom.
Esses são os olhos, tenho certeza que são – respondeu Crack.
O kimbulo se aproximou da balança, erguendo-a sobre sua
cabeça.
– Éol, dono da sagrada moradia das trevas, trago-te a vida aos
Mil Mundos. Ofereço-lhe os olhos de Zedom como prova de meu
amor por ti e por todas as trevas existentes. Por nossas leis, sombra
ao mundo, venha Éol, venha! – Exclamou Crack para as trevas.
Mas nada aconteceu.
Zee, dormente de dor e totalmente cego, notou que havia um
pedaço de vidro, um frasco. Loryn leu em silêncio. No frasco estava
escrito:
Beba isso, Zee. Merlin
– Beba, Zee, rápido. Beba – falou bem baixo Loryn para Zee.
O garoto rapidamente abriu o frasco e, sem ver nada, engoliu
um líquido salgado com sabor de um soro, que se parecia muito
com lágrimas. Em questão de segundos toda a corrente que prendia
seu corpo foi quebrada. O garoto estava em pé.
– O que significa isso, moleque imundo?
– Trevanun! – murmurou Lady Escorpião em direção a Zee.
O feitiço bateu em Zee e voltou contra a kimbulo, que rapidamente
se rasgou como um papel.
– Eu, Zee Griston, sou o dono dos olhos do Armagedom,
filho de Zedom. Riveron! – gritou Zee fortemente.
Os olhos que estavam na balança rapidamente voltaram para a
face de Zee, que voltou a olhar nos olhos do grande assassino Crack.
– É hora de acertarmos as contas, Crack. Você me fez muito
mal e não permitirei que destrua meu mundo – disse Zee.
O menino levantou a cabeça e de seus olhos castanho-esverdeados
saiu uma forte luz dourada. Era a luz sagrada de Zedom
226 227
saindo como um tiro em direção a Crack, que foi acertado no peito,
caindo sobre o chão como uma estátua de pedra, quebrando
completamente. As correntes se soltaram e Doug, Loryn e Otávio
correram e abraçaram o amigo com muita verdade e carinho.
– Agora é a sua vez – disseram Otávio e Doug para Oto, que
correu.
– Volte aqui, seu covarde – disse Otávio.
– Profinideo – disse Doug.
E Oto, o menino gordinho, transformou-se em uma revista
em quadrinhos, com sua cara de terror na capa.
– Se eu não estivesse com o presente de Merlin estaríamos
mortos. Nunca pensei que um travesseiro salvaria minha vida –
disse Zee muito feliz.
– Acredite – disse Loryn chorando.
– Hora de voltarmos – disse Zee.
Eles estavam no subterrâneo do Vaticano.
Zee voltou ao seu quarto e encontrou-se com Merlin.
– Zee, o que aconteceu? – perguntou Merlin, que estava com
enorme tropa em sua casa.
– Senhor, Crack morreu. Recebi as lágrimas que me mandou
e derrotei Crack e Lady Escorpião. Eles queriam trazer um tal de
Éol para o nosso mundo, mas antes disso acontecer, com a ajuda
de Loryn, Otávio e Doug, derrotei Crack.
– Que bom, Zee. Que bom que está a salvo. Vou trazer nossos
corajosos amiguinhos de volta para o colégio. Onde eles estão? –
perguntou Merlin.
– Acho que no Vaticano. Tenho certeza que é lá – respondeu
Zee.
– Zee, quero que saiba que não lhe mandei nada. Se essas lágrimas
apareceram foi um presente de nosso Deus, Zedom, e isso,
pelo que vejo, mostra que ele é o pai e que finalmente resolveu
reconhecer o filho.
Zee sorriu e ficou feliz. Pouco tempo depois, Merlin voltou
com seus amigos. Estavam todos a salvo novamente na escola,
livres de Crack e do perigo.
– Zee, antes de ir queria te dizer algo – falou o kimbulo.
– Diga, Merlin – falou Zee.
– Isso foi só o começo, o pior ainda está por vir, mas, até lá,
está a salvo. Fique bem e, mais uma vez, boa sorte! – disse Merlin.
Zee estava com os Cards de Sirsi , Paracelso , Morgana , Merlin , Flamel , uma coleção de
kimbulos nos ovos alados de chocolate .
Zee Griston estava em casa e maquina de lavar estava enfeitiçada , então ele usou o feitiço
levitation , e fez a maquina levitar , logo Zee abriu Cards de Ovos alados de Coruja e achou
marmelada , Zee andou por kimbulândia , chegando até os quartos da ala dos luminarius , quando
encontrou com um poltergaist Birra , que estava mostrando uma especie de Galos Negros
enfeitiçados , Zee fora mais a frente e encontrou um telefone na forma de um porco que tinha o fio
do telefone como um rabinho de porco , Zee então encontrou um enorme caldeirão ele abriu um bau
e havia uma abobora magica , Zee então encontrou no balão de Kimbulândia criaturas andando
perto das cabines , criaturas monstros na cor azul que pulavam de um lado para o outro Zee então as
prendeu em jaulas . E usou o feitiço Philoplium , Zee encontrou em kimbulândia um enorme
caldeirão que pulava , e saltitava , as luvas de Zee estava com uma magia vermelha , ele girou as
luvas e logo enfeitiçou o caldeirão , e disse o encantamento “ Scented Candle Marmalade Ciga
Night Pig“ logo Zee disse Oblindeler Chama Vela , e então fora mais adiante e encontrou o livro os
olhos do armagedom , e encontrou um box de cards de kimbulos famosos . Zee atravessou uma
passagem secreta , atrás da pintura da Dama do Tricô que disse passoworld e Zee Griston disse
Sapo Ghost ,
Zee então chegou , a outra sala da luminarius onde havia uma decoração vermelha medieval , e
sofás de couro de dragão e uma lareira , Zee então viu os sois dourados do tapete e logo encontrou
um livro jogando Kimboll Ghost , onde aprisionara um fantasma no campo de kimboll .
E Zee então conjurou espirais roxos e saltou como molas e então pendurou-se subindo sobre uma
abobora gigante numa sala rodeada de fogo e então levitou chegando num lugar onde tinha que
assoprar uma flauta pra abrir uma porta encantada .
Ele assoprou a flauta e atravessou quando Bilba Dark virou uma Bola e Zee se equilibou sobre a
bola até o outro lado .
Da Sala .

19
Um balão feliz
231
A pós a morte de Crack, tudo ficou em paz em Kimbulândia.

Zee e seus amigos estavam felizes com suas notas de


final de ano, mesmo com algumas notas baixas, foi suficiente
para que eles passassem de ano tranquilamente. Zee conversou
com a verdadeira Nina, que ficou espantada em ouvir tudo
o que Zee lhe contou. A paz reinava sobre a catedral. Vários sapos
pulavam sobre o colégio, como tradição de final de ano letivo.
– É, conseguimos! – disse Zee.
– Sim, conseguimos – falou Loryn.
– Antes vivíamos no maior tédio em Torminel, agora conhecemos
coisas que jamais imaginávamos que existia – concluiu Doug.
– Devemos prometer mais uma coisa, pessoal – disse Otávio.
– Amigos para sempre? – perguntou Loryn.
– Amigos para sempre! – disse Zee muito feliz.
Todos os alunos se preparavam para voltar para suas casas
e estariam de volta no próximo ano, para darem continuidade a
seus processos de kimbolização. Merlin despediu-se dos meninos.
Antes de liberarem os alunos, os professores fizeram uma celebração
com o intuito de que alunos se mantivessem fiéis à escola e a
Zedom, em primeiro lugar.
Segundo a professora Rose Marry, onde houver luz, Zedom
estará lá, e Zee agora tinha certeza disso. A luz derrotou as trevas.
232
Ele nem imaginava o que o futuro lhe preparava, mas, naquele
momento, ele e seus melhores amigos só queriam uma coisa: se
divertirem com a magia que eles haviam ganhado de presente.
Todos os alunos fizeram uma grande fila e foram ao encontro do
gigantesco balão que já os esperava.
– Zee, eu estou feliz em não ter te perdido – disse Nina.
– Você não vai me perder – respondeu o garoto.
– Zee, corra o balão vai subir – gritou Loryn.
O garoto foi correndo para dentro do balão e entrou em sua
cabine. O céu ficou repleto de grandes inscrições que diziam:
Nunca deixa de sonhar. Kimbulândia é assim!
E os quatro amigos foram embora pelo céu em um gigantesco
balão, um balão muito, muito feliz.
Essa é a primeira aventura do filho de Zedom, Zee Griston.
Tempo de da Criança Cosmopocus .
Zee mergulhou no livro os olhos do armagedom , e fora praum lugar magico
onde parecia um parque de diversões no cosmo magico , ele viu varias coisas , por
exemplo vira um Dragão feito de luzes amarelas , que corria o céu , vira pequenas
corujas em sorvete e roxo , vira abobora areia movediça , via fogos de artificio que
explodia letras em japones no céu escrito Magic , vira um coral azul passar entre ele
perfeito , vira maçã que come e tem um pó magico parecido com bolo que parece
uma transformação magica ,.
vira uma calça magica Balão que transforma o kimbulo num Balão Gigante e ele
flutua em passos largos , vira um pula pula na bolha , vira uma esfinge de chocolate
com capacete que Dança em 3d , vira uma nuvem com uma mochila na forma de uma
Coruja que voa Zee com um macacão vermelho e óculos roxos pelo céu em
montanhas magicas , viu PlantoSapo que ao comer da planta se rejuvenesce , e ela da
uma ultra sorte , viu o planeta Bola Ruiva , que é astralizado e cheio de sorte , viu o
céu de arco-íris de Gelo num carro de arco-íris ,vira um autorama magico , vira uma
banheira ele em pedra como Davi tomando banho , vira uma terra medieval com
bruxas e caldeirões
campos com bandeiras língua de Dragão , numa sexta feira treze , vira sua avó Maria
na capa de um livro com uma vassoura como a primeira bruxa , segurandouma
vassoura , vira podia mergulhar no vento como se estivesse nadando ou voando ou
flutuando , voar num cavalo com a cabeça de uma coruja azul , Dançar com um
armário na forma de um espelho que jogava Zee por cima de Pato mágicos , rodar
como magia envolto de magia e brilho da cor do arco-íris .
Andar num balão na forma de um Ornitorrinco .
Entrar num Castelo feito de Gelocosmico Roxo , subir num caldeirão voador , e ir
pra montanhas de alpes de neve roxa .
Podia ver sentir flechas caindo num bolo de caramelo rosa.
Podia montar sobre um Ponêi .
Podia ver Galinhas Cósmicas Roxas e sentir Gosto de Chocolate quente
e um Faraó de Chocolate com um chicote magico de luz roxa
podia comer um Hamburguer da House com muito Bacon .
Podia virar um homem espelhar usa um barbeador Philips.
Podia ficar na época da maquina Polyshop de Abdominal magica .
Podia usar a magia de Merlin que o faz chegar quando as coisas estão tudo certo tudo
resolvido quantas vezes quiser .
Podia segurar uma bola na forma de uma mão e guarda-la flutuando.
O Balão estava Na Forma de um Ornitorrinco Gigante com Ovo Frito e na Cor
Cheddar . A assoprar o Corvilhão e o Cata Vento na Cevada
Zee acenava com uma Capa Roxa Roku de dentro do Balão .
Podia Guardar Vibes e Brisas de 2011 num pote.
E abrir e usar quando quiser .
Podia voar num monstrinho verde e cinza em forma de uma nuvem no ano atual .
Podia guardar bolas magicas e fazer com que elas voltem na hora que quiser.
Podia Guardar uma Bolsa Magica um isqueiro magico
podia ver a legião de Androids Humanos I-30 Fatale Taça Vinho agora .
Podia abrir uma porta magica e fazer alguém que se ama atravessar de volta .
Podia Guardar Bolhas de Ultra Amor e usar na hora que Quizer de We12.
Podia usar a magia da sorte em alto astral de 212 como Camelos Magicos .
Podia dar leite pra um monstrinho magico numa mamadeira.

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