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3 CARBURADOR x INJEGAO ELETRONICA Até aqui, voo8 ja sabe como sdo classificados os no- vos sistemas de alimentacdo ¢ ignicdo, agora, neste mo- mento, devemos fazer um comparativo entre a estratégia de funcionamento do carburador com a injecdo eletrénica «¢ da igni¢ao convencional com a ignicdo digital 3.1 - MARCHA LENTA Nesta situapo, a borboleta aceleradora, comandada pelo motorista, esta fechada e o motor deve estar em fun- cionamento com uma rotago de marcha lenta estabiliza- da, Este controle da rotapo minima de funclonamento do motor é feito da seguinte forma nos sistemas carburados e injetado: Sistema Carburado Neste caso, ar & dosado por um edlibre de are por 4 uma pastoger minima pela borbleta aceleradora, pes § sagem esta que ¢regulada por um parafuso, chamad de | parafuso de regulagem da rotar0 de marcha lenta 4 Sistema injetado pela estratégia angulo x rotagio © parafuso de regulagem da rotagdo ¢ substitulde por j um atuador chamado, corretor da marcha lenta, que age | dretamente sobre a borboleta aceleradora, abrindo-a OU § permitindo um maior fechamento da mesma. A modificagdo da posicao da borboleta & sentida por um sensor especifico (sensor de posi¢ao da borboleta), indicando para a Unidacle de Comando Eletrénica (U.C-E.) a necessidade de se buscar no mapa um outro tempo basico de injegdo. (Com um tempo de injeedo diferenciado para maior ou para menor, a disponibilizaco de energia (mistura-ar-com- bustivel) se altera proporcionalmente e o resultado é sen- tido por um sensor de rotagSo do motor. A U.CE, compara o valor de rotaeao enviado pelo sensor com 0 que deveria ser a rota¢o nominal do mo- tor, indicando a necessidade de agir novamente no corre tor da marcha lenta para permitir uma maior abertura ou lum maior fechamento da borboleta aceleradora, voltando 20 passo inicial Avantagem é que arotacdo de marcha lenta ¢ corrigida, a todo instante devido a esta estratégia de trabalhar com © controle da marcha lenta em malha fechada. Sistema injetado - densidade x rotacéo Paralela a passagem de ar pela borboleta principal J existe uma outra que € comandada pela U.C.E. através do corretor da marcha lenta. Um sensor de pressio esta medindo a pressdo absoluta no coletor de admisso, ands a borboleta aceleradora, A sttuagdo de borboletafechada & sentida pelo sensor {de posicdo de borboleta, e a U.C.E. comanda o corretor Jida marcha lenta no sentido de permitr uma maior ou ener admissao de ar pela passagem adicional. © sensor de pressio absoluta sente, através de uma vvariago na pressao do arno coletor,informando a U.C.E, Injecao Eletrénica 3.2 - MOTOR FRIO ou EM FASE DE AQUECIMEN- to ‘Quanto maior for a pressdo, maior a densidade, mai- or a massa, maior o fluxo de massa, maior devera ser 0 tempo de injegdo, assim se a U.C.E, se pretende aumen- tar a rotaco, aumenta a passagem de ar pelo corretor da Carter marcha lenta e, se pretende 0 contrario, diminuir a rota- BA fo deve diminuir a passagem de ar pelo corretor. ee © sensor de rotagao informa o valor de rotagéo do fuabeahalllt ‘motor, a U.C.E. compara com o valor nominal memoriza- do e atua, em malha fechada, novamente no corretor da marcha lenta, Sistema injetado - fluxo de ar ‘Do mesmo modo que anteriommente descrto, a U.C.E. controta uma passagem adicional de ar, paralela a borbo- leta de aceleragio, com o aunilio de um corretor da mar- cha lenta, Todo o ar que passa pela borboleta aceleradora ou por esta passagem de ar € medida por um sensor medi- dor do fluxo de ar (vazio). Assim, quando a U.C.E. co- manda o corretor para que este aumente a passayem de ar, 9 mecidor de fuxo de ar, incicara para a UCCE. que a vazio de ar aumentou e que por isso mesmo, deve-se aumentar 0 tempo em que o injetor de combustivel deve ficar aberto (tempo de injegao). Logicamente que neste caso a rotapdo aumentara Na necessidade de diminuir a rotagao, a U.C.E. atua No sentido de restringir a passagem de ar pelo corretor da marcha lenta. © sensor de rotagéo informa o valor de rotagdio do ‘motor, a U.C.E, compara com o valor nominal memoriza~ do e atua, em malha fechada, novamente no corretor da marcha lenta, Sistema injetado - massa de ar © controle € muito semelhante ao sistema anterior, a Unica diferenga esta em como é medida a quantidade de at anit, que no caso ¢ um sensor medior de txo de AA massa de ar (© principio de funcionamento deste e de outros componentes serdo descritos mais adiante) Admitindo mais ar através do corretor da marcha len- ta, 0 medidor de massa de at informa a U.C.E. deste au- mento, que compensa a mistura com um aumento da quantidade de combustivel, permitindo que o eletroinjetor fique mais tempo aberto. Consequentemente a rotago aumenta, 0 que ¢ sentido por um sensor especifico. Se o valor de rotagdo estiver acima do valor nominal a ser im- posto, entdo a U.C.E., procede de forma inversa, restrin- gindo'a passagem adicional de ar. ‘Sistema injetado sem corretor da marcha lenta. Alguns sistemas de injego apresentam ainda 0 para~ fuso de regulagem da marcha lenta: séo sistemas mais antigos ou mais ‘baratos’ © parafuso pode atuar diretamente sobre a borboleta aceleradora como no carburador. E 0 caso do sistema 67.11 da Magneti Marelli no Mille EP. (Ou pode ainda atuar na passagem adicional de ar, paralela a borboleta aceleradora, Utiizam desta solugao 0s sistema LE @L3.1- Jetronioda Bosch eIAW-4V3-P8 15. da Magneti Marelli. Fabio Ribeiro von Glehn 3.4» ACELERACAO RAPIDA ‘A.acelera¢ao rapida realizada com uma abertura rapi- Com 0 motor frio, aparecem muitas perdas por Jcondensag3o do combustivel nas paredes trias do coletor |de admissao e do proprio ciindro. Para compensar estas perdas, a solugao € enriquecer a mistura e estabiizar a marcha lenta numa rotagdo acima da rotagdo nominal com Jo motor quente, Sistema Carburado © motorista, sentindo que o motor possa estar frio, faciona, através de cabos e alavancas, uma outra borbo- Ieta anterior & borboleta aceleradora, aumentando © po- der de suce0 de combustivel pelo giglé de marcha lenta 4 rotacao do motor é elevada, gracas a um outro conjun- to de alavancas que atua no sentido de efetuar uma pe- |quena abertura na borboleta de acelerago, é a chamada labertura positiva da borboleta, Sistema Injetado Um sensor de temperatura da agua do motor informa 8 U.C.E. da temperatura do motor esta por sua vez en- Fiquece @ mistura acrescendo ao tempo basico de inje- J¢30, um tempo de abertura maior quanto mais baixa for a temperatura. A rotagdo do motor é elevada atraves do Jcomretor da marcha lenta, utlizando-se dos mesmos mé- todos anteriormente descrites. Caso no exista 0 corretor Jda marcha lenta, voce entendera posteriormente. ores Tet Cote 3.3 « PROGRESSAO A progressao @ a passagem da posigao de marcha lenta para uma condi¢so de elevagdo gradativa da rota- 980 do motor. Sistema carburado A medida que 0 motorista atua abrindo a borboleta aceleradora, 0 ponto de baixa pressio no difusor vai su- indo no sentindo da garganta do venturi, e permitindo a Jadmisso de combustivel por pequenos orficias ainda no Jeanal de marcha lenta, porém acima da posigao de re- pouso da borboleta aceleradora, Sistema injotado A abertura da borboleta é sentida pelo sensor de post 0 da borboleta e 0 enriquecimento da mistura se torna Gradual. © tempo basico, porém, segue a estratégia de definigdio do tempo de injeco da U.C.E. (angulo x rota 90, densidade x rotagdo, medigéo volumeétrica ou medi- 40 massica). da da borboleta aceleradora. Sistema carburado © movimento rapido de abertura da borboleta aceleradora, faz com que através de um conjunto de ala- vaneas, um diafraama pressione um certo volume de com- bustivel por um injetor, proporcionando um enriquecimento dda mistura, Sistema injetado © movimento rapide de abertura da borboleta aceleradora é sentido pelo sensor de posic¢ao da borbole- ta. Com esta informagao, a U.C.E. realiza um enriqueci- ‘mento da mistura proporcional & velocidade com que o motorista abre a borboleta aceleradora, Vale lembrar que o tempo basico de injecdo depende dos parametros anteriormente descritos, assim quando 0 motorista abre a borboleta aceleradora, os sensores res~ onsaveis pela determinagao da quantidade em massa de ar admitido vao atuar normalmente, e esta informagao 6 utiizada pela U.C.E. para determinaeao do tempo basi- 0 de injegdo. O enriquecimento da mistura é feito sobre teste tempo basico, com a vantagem sobre o sistema carburado de que este efeito ¢ proporcional a velocidade de abertura da borboleta aceleradora, proporcionando uma acelerapdo constante sem os famosos “buracos’ de ace- lerago, to comuns nos carburadores, 3.5 - PLENA CARGA A borboleta aceleradora encontra-se agora, totalmen- te aberta e o motorista deseja poténcia maxima do moter. Sistema carburado O arraste do motor neste instante € t3o intenso que permite a suceao de uma parcela adicional de combusti- vel por um injetorligado diretamente & cuba de combusti- vel. Sistema injetado Para enriquecer, a U.C.E. acrescenta um tempo extra de injegao ao tempo basico, e para reconhecer a estrate- gia de plena carga conta com o sensor de posicao da borboleta aceleradora Ciclo Engenharia

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