Você está na página 1de 2

COLÉGIO INSTITUTO FRANCISCO DE

ASSIS O “Quarto
Poder” e
Ativi5 Vargas DIP censura
Disciplina Professor(a) Visto da democrática
3° Bimestre Turma: 3___
História Clarice Coordenação:
Por Reynaldo Carilo
Aluno(a):___________________________________________________________________
Carvalho Netto em
____Nº _______ 24/09/2013 na
edição 765
A ideia de quarto poder surgiu a partir de meados do século 19 como recurso no meio de sociedades
democráticas: um órgão responsável por fiscalizar os abusos dos três poderes originais (Legislativo, Executivo
e Judiciário). Esse poder, representado pela imprensa, teria como dever denunciar violações dos direitos nos
regimes democráticos – o que ocasionalmente não acontece – nos quais as leis são votadas “democraticamente”
e os governos são eleitos pelo sufrágio universal.

Por muitos anos, o quarto poder recebeu o título de “voz dos sem vozes” e seus representantes sofreram
grandes retaliações por diversos segmentos, o que não impediu que se mantivesse como forte contrapeso na
balança social com os demais poderes. A mídia, com suas ferramentas de alcance e representatividade, seria “os
olhos e ouvidos” da humanidade, a vontade e opinião do povo. Inclusive, as informações produzidas/veiculadas
pelo quarto poder são o meio pelo qual a opinião pública se expressa. Ou seria o contrário?

O quarto poder hoje é orientado por um feixe de grupos econômicos e financeiros planetários e de
empresas globais. A revolução midiática agrupa uma imprensa centralizadora e por vezes totalitária, imprensa
que já possui autonomia e autoridade e controla o fazer jornalístico, cinematográfico, editorial, como um
tentáculo sem fim. Sendo assim, como um quarto poder poderá não alcançar e construir uma opinião pública
nivelada?

Uma democracia de faz de conta


A informação surge, se desenvolve e limita-se às fronteiras de interesses comerciais dessas organizações.
Mas o ponto positivo do cenário pós-moderno é que aos poucos os cidadãos enxergam mais claramente com
olhos desconfiados as ações das grandes mídias – exemplo mais vivo são as últimas manifestações
desencadeadas em junho no país. Até as ações do quarto poder foram questionadas.

A desconfiança do povo surge do momento em que a contingência de informação põe em dúvida a sua
autenticidade. O fenômeno é denominado por Ignacio Ramonet como uma “censura democrática”.
Contrariamente ao que se pensava, a censura não é uma arma exclusiva de regimes autoritários, que agem por
supervisão e amputação constante das informações. O quarto poder do século 21 instala entre a informação
livre e o espectador obstáculos comunicacionais compostos por circulação de mais e mais informação, o
chamado “bombardeio informativo”, recheado de novas roupagens que desviam a atenção e/ou superficializam
o conteúdo, em uma espécie de “manobra” para que o receptor não perceba quais outras informações lhe são
ocultadas e dissolvidas pela “censura”.

Dessa forma, o amplo recebimento de numerosas informações limita o acesso à informação. Esse
mecanismo atrofia inclusive o desenvolvimento intelectual da “massa”, bloqueando o caminho e a construção
de uma opinião pública realmente formada e consistente.

O quarto poder não representa mais – não em sua totalidade – o conceito de fiscalizar os poderes e nortear
os cidadãos. Por ele agora passam filtros que são geridos por interesses particulares, amputando informações,
direcionando olhares, minando o funcionamento intelectual, em uma verdadeira democracia de faz de conta.

Reynaldo Carilo Carvalho Netto é graduado em Rádio e TV pela Universidade Estadual de Santa Cruz
http://observatoriodaimprensa.com.br/diretorio-academico/_ed765_o_quarto_poder_e_censura_democratica/

Correio da Manhã
O Quarto Poder
Conhecemos bem o que é o poder local. Estamos atentos à luta pelo poder e à forma como se exerce esse
poder. E temos presente que a nossa Constituição consagra o princípio da separação dos poderes - o legislativo,
o executivo e o judicial. Mas mantemos alguma displicente ignorância sobre o que será o "quarto poder".
Os dicionários, pelo menos alguns, são omissos a esse respeito. Referem o abuso do poder, o poder de
encaixe, o poder temporal e, claro, o supremo poder. Mas nada sobre o quarto poder. Que é isso, afinal?
Na Câmara dos Comuns, na Inglaterra de 1792, segundo reza a História, Edmund Burke comentou um dia,
apontando para a galeria da Imprensa: "Ali está sentado o quarto estado, mais importante que todos os outros".
A expressão ficou e, transformada em "quarto poder", tem-se mantido para designar a Imprensa e, mais tarde,
os outros meios de comunicação. Mas será correto chamar-lhe poder? Esta palavra significa "autoridade", que
não lhe assenta, embora já lhe possa assentar "influência".
Mas a comunicação social é demasiado vulnerável para constituir um poder. Curioso, mesmo paradoxal, é
que a classe política reconheça a importância desse "quarto poder", e que os políticos a ele recorram para
projetar a sua imagem, em particular na televisão. Aqui já não existe separação de poderes. O que conta é ser a
TV a única janela aberta para o mundo a que se podem debruçar.

https://www.cmjornal.pt/opiniao/detalhe/o-quarto-poder
1) Qual é o objetivo original da imprensa e das mídias de informação?
2) A imprensa e as mídias se desviaram de seu papel original e desempenham hoje outra. Identifique esse
desvio e a quem serve a imprensa hoje? (grupo social/econômico).
3) Relacione o “quarto poder” com o DIP de Getúlio Vargas
3) O que é uma fake news? Conceitue.
4) Você conhece alguma fake news que alterou os rumos da História do Brasil?
Descreva.
(lembre-se das nossas aulas: Qual a fake news produzida no governo Vargas?)
5) Voce acredita que a impressa possa ser “neutra ou imparcial?”

Você também pode gostar