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DÁDIVA

Pérola única entre a matéria vulgar


Por ti irei sempre mais do que além
Porque em todos os dias a celebrar
Para mim não haverá mais ninguém

Artistas seduzidos fazem arte por ti


Abrindo neles os refúgios sem cruz
Afim estou de saber se já tudo vivi
Após espelhar no meu ser a tua luz

Rasgo a roupa que me mantém preso em mim


Retomo o rumo infinito no trilho traçado em ti
Recordo o ritual partilhado que jamais esqueci

As viagens que já fizemos em nós


Ainda vivo o amor que criámos sós
As vertigens que já sentimos a cair
Assim foram os desejos a cumprir

Tempo esquecido veste a escuridão


Tomara que nada mais seja em vão
Tantos nomes e não lembro nenhum
Tudo isto para dizer que somos um

Imagens perenes seladas por espíritos infantis


Ideias ébrias esculpidas por versos inefáveis
Imperatriz angelical das minhas paixões senis

Diogo Figueira

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