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kleia Arnauth Fernandes

Classificação climática

Docente:
Eng°. EdsonAgapito Massango

Universidade Alberto Chipande


Beira
2022

ÍNDICE
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.....................................................................................3

1.1.Contextualizacao......................................................................................................3

1.2.Objectivos................................................................................................................3

1.2.1.Objectivo geral......................................................................................................3

1.2.2.Objectivo específicos............................................................................................3

1.3.Metodologia.............................................................................................................3

CAPITULO II: REVISAO DA LITERATURA............................................................4

2.1.Conceitos.................................................................................................................4

2.2.Classificação do clima segundo Kopper..................................................................5

2.3.Método da Classificação de Thornthwaite...............................................................7

2.4.Classificação climática em Moçambique..............................................................10

2.4.1Sofala...................................................................................................................10

Capitulo III: Considerações finais...............................................................................12

3.1.Conclusões.............................................................................................................12

Referencias bibliograficas............................................................................................13

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CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1.Contextualizacao

Os sistemas de classificações climáticas (SCC) são de grande importância, pois,


analisam e definem os climas das diferentes regiões levando em consideração vários
elementos climáticos ao mesmo tempo, facilitando a troca de informações e análises
posteriores para diferentes objectivos.

Um dos SCC mais abrangentes é o de Köppen (KÖPPEN e GEIGER, 1928), que


partindo do pressuposto que a vegetação natural é a melhor expressão do clima de uma
região, desenvolveu um SCC ainda hoje largamente utilizado, em sua forma original ou
com modificações. O estudo tem como objectivo efectivar as classificações climáticas
por meio dos modelos de Köppen e Thornthwaite, bem como a largar a classificação
para Moçambique concretamente Sofala.

1.2.Objectivos

1.2.1.Objectivo geral

 Analisar a classificação do clima.

1.2.2.Objectivo específicos

 Conceituar o clima e sua classificação;


 Classificar o clima segundo Köppen e Thornthwaite;
 Caracterizar a classificação do clima em Mocambique e Sofala.

1.3.Metodologia

Para o presente trabalho o grupo utilizou a metodologia indirecta, onde periodizou na


recolha fontes de dados secundários, a partir dos estudos já feitos sobre a matéria em
destaque, através da revisão biográfica em artigos, livros, vídeos entre outros, bem
como para sua compilação teve como base o manual de metodologia de investigação
científica da Universidade Alberto Chipande.

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CAPITULO II: REVISAO DA LITERATURA

2.1.Conceitos

O clima pode ser entendido como as condições atmosféricas médias em uma certa
região. Ele influencia diretamente a maioria das atividades humanas, em especial a
agricultura na qual define o nível de produtividade agrícola, condicionado
principalmente pela disponibilidade hídrica regional. Entretanto, os sistemas de
classificações climáticas (SCC) são pouco utilizados no âmbito de estudos agrícolas
pois, normalmente, considera-se sua escala de atuação muito abrangente.

Para Santos, (2018) define A Classificação climática como sendo aquele que tem o
intuito agrupar os diferentes segmentos do planeta associando-os de acordo com os
índices climáticos semelhantes, como por exemplo: os índices pluviométricos e a
radiação solar. Esses índices podem ser explorados para a classificação climática de
forma individual ou então serem reunidos e combinados estabelecendo assim as zonas
climáticas.

Além da classificação das zonas climáticas é de suma importância classificar também os


subtipos do clima, entretanto para isso é necessário técnicas analíticas e descritivas para
realizar o mapeamento dessas áreas facilitando assim a troca de informações e as
análises posteriores alcançando diferentes objectivos.

A classificação climática propõe-se identificar uma área e/ou região, zonas com
características climáticas e biogeográficas homogêneas, equipando de propostas
valiosas sobre as condições do meio ambiente e suas potencialidades de uso
(ANDRADE JÚNIOR et al., 2005). A espécie climática anual é de enorme importância
para o planejamento agropecuário (SILVA et al., 2010; SENTELHAS et al., 2008),
além da adaptabilidade das cultivares a diversos fatores, como os diferentes tipos de
solo de cada região (MONTEIRO, 2009). Levando-se em consideração os riscos que
envolvem a produção agrícola, Meireles et al. (2003) sugeriram que, a falta de dados
meteorológicos em determinadas regiões dificulta a tomada de decisão do produtor
rural, no que se refere ao uso da água no sistema produtivo, muitas vezes utilizando
mais água do que o necessário, impactando directamente no custo de produção,
colocando a viabilidade económica da actividade em risco.

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2.2.Classificação do clima segundo Kopper

Método da Classificação de Köppen Baseia-se na classificação de várias regiões, tipos e


variabilidades climáticas (SOUZA et al., 2013) indicado por três letras, indicando grupo
(Tabela 1), do indicador de tipo (Tabela 2) e indicador do subtipo (Tabela 3).

Figura 1: Caracterização do indicador de grupo climático

Codigo Tipo de Descrição


clima
A Tropical Climas megatérmicos: Temperatura média do mês mais frio
maior que 18°C; Estação invernosa ausente; Precipitação anual
superior a Evapotranspiração anual.
B Árido Climas secos (Precipitação anual menor que 500 mm);
Evapotranspiração anual superior a Precipitação anual;
Inexistência de cursos d’água permanentes.
C Temperado Climas mesotérmicos; Temperatura média do mês mais frio entre
-3 e 18°C (considerando a mínima média) *; Temperatura média
do mês mais quente maior que 10°C; Verão e inverno bem
definidas.
D Continental Climas microtérmicos; Temperatura média do ar do mês mais
frio menor ou igual a 3°C; Temperatura média do mês mais
quente maior que 10°C; Verão e inverno bem definido.
E Glacial Climas polares e de alta montanha; Temperatura média mês mais
quente maior que 10°C; Verão pouco definidos ou inexistente.
Fonte: SOUZA et al. (2013).

Tabela 2: Caracterização do indicador de tipo climático

Código Descrição Grupo


S Clima das estepes; B
Precipitação anual média
entre 380 e 760 mm.
W Clima desértico; B
Precipitação anual média <

5
250 mm
F Clima úmido; Ocorrência A-B-C
de precipitação em todos os
meses do ano; Inexistência
de estação seca definida;
Precipitação do mês mais
seco > 60 mm.
W Chuvas de verão A-B-C

W’ Chuvas de verão-outono A-B-C


S Chuvas de inverno- A-B-C
outono.
M Clima de monção; A
Precipitação anual média
>1500 mm e Precipitação
do mês mais seco < 60
mm.
T Temperatura média do ar E
no mês mais quente entre 0
e 10°C
F Temperatura média do mês E
mais quente < 0°C.
M Precipitação abundante E
(inverno pouco rigoroso)
Fonte: SOUZA et al. (2013)

Tabela 3. Caracterização do indicador de subtipo climático

Código Descrição Grupo


a: Verão quente Temperatura média do ar C-D
no mês mais quente maior
que 22°C.
b: verão temperado Temperatura média do ar C-D
no mês mais quente menor

6
que 22°C; Temperatura
média do ar nos 4 meses
mais quentes maior que
10°C
d: inverno muito frio Temperatura média do ar D
no mês mais quente menor
que 22°C; - Temperatura
média do ar maior que
10°C durante menos de 4
meses; Temperatura média
do ar no mês mais frio
maior que -38°C.
h: seco e quente Temperatura média anual B
do ar maior que 18°C;
Deserto ou semi deserto
quente (Temperatura anual
média do ar igual ou
superior a 18°C
k: seco e frio Temperatura média anual B
do ar menor que 18°C;
Deserto ou semideserto frio
(Temperatura anual média
do ar igual ou inferior a
18°C).
Fonte: SOUZA et al. (2013)

2.3.Método da Classificação de Thornthwaite

O método proposto por Thornthwaite (1948) utiliza dados do excesso e déficit hídrico
anual, derivada do balanço hídrico. Determinou para cada período o índice de hídrico
(Ih), que é a relação entre excesso de água pela evapotranspiração potencial expressa em
porcentagem (SILVA et al., 2014), dado pela equação.

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A seguir determinou-se o índice de aridez (Ia), que expressa a déficit hídrica em
porcentagem em relação a evapotranspiração potencial, variando de 0 a 100. Segundo
Miranda et al. (2008) quando o índice de aridez atinge valor 0, isso indica que não há
déficit hídrico, porém quando o Ia atinge o valor de 100, isso quer dizer que a déficit é
igual à evapotranspiração potencial, estando em condições de extrema aridez. O índice
de aridez é determinado pela equação.

Finalizado os cálculos do Ih e do Ia estimou-se o índice umidade (Iu) que relaciona os


dois índices acima e é responsável por determinar o tipo climático local (CUNHA et al.,
1999) obtendo o primeiro indicativo da fórmula climática representado por uma letra
alfabética maiúscula, com ou sem um algarismo subscrito (Tabela 4). O índice umidade
abrange período úmido a seco durante todo o ano em sua condição climática
(THORTHWAITE, 1948). Segundo esse mesmo autor, se ocorrer uma situação em que
a deficiência hídrica não ultrapassa 60% dos excedentes hídricos no período úmido,
então não ocorrerá uma seca, ou seja, o índice umidade terá que ser igual à zero (Iu = 0).
Este índice foi posteriormente utilizado para a classificação climática do local estudado,
equação seguinte.

Miranda et al. (2008) mostra que a segunda letra da fórmula, que pode ser maiúscula ou
minúscula com ou sem subscrito (Tabela 5), mostra o subtipo climático diferenciando o
período de umidade e aridez que correr durante o ano em função da distribuição
interanual da pluviosidade. Para determinação da terceira letra da fórmula climática é
necessário o índice de eficiência térmica. Este índice corresponde ao valor numérico da
evapotranspiração potencial, sendo a função direta da temperatura e do fotoperíodo. É
apresentada por uma letra maiúscula com apóstrofo e, com ou sem um algoritmo
subscrito (Tabela 6). Na determinação da quarta letra da fórmula leva-se em
consideração a porcentagem da evapotranspiração potencial que ocorrer nos meses do
verão, fornecendo o subtipo climático.

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(Tabela 7). É indicada por uma letra minúscula com apostrofo e, com ou sem um
algarismo subscrito.

Tabela 4. Chave inicial da classificação climática segundo Thornthwaite, baseado nos


índices de umidade.

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Tabela 6. Terceira chave de classificação climática segundo Thornthwaite, baseado no
índice térmico (ETo anual).

Tabela 7. Quarta chave de classificação climática segundo Thornthwaite, baseado na


relação entre a ETP de verão (ETPv) e anual (ETP).

2.4.Classificação climática em Moçambique

Em Moçambique o clima é classificado da seguinte forma:

 Clima húmido temperado;


 Clima quente temperado;
 Clima árido;
 Clima tropical etc.

2.4.1.Sofala

A pluviosidade indica valores de transição para as províncias do norte. A zona litoral


centro é mais húmida e apresenta estação de crescimento longa, ao contrário do interior
norte, mais semelhante ao sul de Tete. A pluviosidade sazonal ou os dias de precipitação
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não apresentam tendência significativa, mas a cobertura da vegetação apresenta
tendência decrescente. O El Niño reduz a pluviosidade de Janeiro a Março, enquanto o
La Niña melhora ligeiramente a pluviosidade durante a estação com início antecipado
da estação de crescimento, em suma, pode-se dizer que o clima é semidoido com mais
tendência de ter temperaturas crescentes no verão.

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CAPITULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS

3.1.Conclusões

Como nota de conclusão, referir que o clima pode ser entendido como as condições
atmosféricas médias em uma certa região. Ele influencia directamente a maioria das
actividades humanas, em especial a agricultura na qual define o nível de produtividade
agrícola, condicionado principalmente pela disponibilidade hídrica regional. Sendo que,
o mesmo depende de região para região segundo a sua classificação.

Destacam-se dois dos grande precursores no estudo das classificações do clima o


KOPPEN e THORNWAITE, que desempenharam um papel fundamental na
classificação climatérica. E por fim, referir que os climas mais predominantes de acordo
com o tema estudado destacam – se Clima húmido temperado; Clima quente temperado;
Clima árido, Clima tropical entre outros e concretamente a província de Sofala
predomina o clima semi-húmido.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE JÚNIOR, A. S.; BASTOS, E. A.; BARROS, A. H. C.; SILVA, C. O.;


GOMES, A. A. N. Classificação climática e regionalização do semi-árido do Estado do
Piauí sob cenários pluviométricos distintos. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v.
36, n.2, p.143-151, 2005

MIRANDA, E.E. Brasil em relevo. Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélite,


2008. Disponível em: . Acesso em: 2019.

MONTEIRO, J. E. B. A. Agrometeorologia dos cultivos: o fator meteorológico na


produção agrícola. 1. ed. Brasília: INMET, 2009. 530p.

OMETTO, J.C. Bioclimatologia vegetal. São Paulo: Ceres, 1981.

SANTOS, G. O.; HERNANDEZ, F. B. T.; ROSSETTI, J. C. Balanço hídrico como


ferramenta ao planejamento agropecuário para a região de Marinópolis, noroeste do
estado de São Paulo. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, v.4, p.142-149, 2010.

SILVA, A. P. N.; LIMA, F. J. L.; SILVA, A. O.; MOURA, G. B. A. Valores efetivos de


precipitação pluvial para manejo da irrigação na cana-de-açúcar em Goiana,
Pernambuco. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v.5, n.4, p.585-591, 2010.

SOUZA, A. P.; et al. Classificação climática e balanço hídrico climatológico no Estado


de Mato Grosso. Nativa, Sinop, v. 01, n. 01, p. 34 – 43, 2013.

THORTHWAITE, C. W. An approach towards a rational classification of climate.


Geographical Review, London, v.38, p.55-94, 1948.

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