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LEI ORGÂNICA
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
Capítulo I
DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º O Município de São José dos Pinhais, pessoa jurídica de direito público interno, no
pleno uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei
Orgânica, votada e aprovada por sua Câmara Municipal.
Parágrafo Único - São símbolos do Município de São José dos Pinhais a Bandeira, o Hino
e o seu Brasão, representativos de sua cultura e história.
Art. 3ºConstituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações
que a qualquer título lhe pertençam.
SEÇÃO II
DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO
Art. 5º O Município poderá dividir-se, para fins administrativos, em distritos a serem
criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei após consulta plebiscitária à
população diretamente interessada, observada a legislação estadual e o atendimento aos
requisitos estabelecidos no Art. 6º desta Lei Orgânica.
§ 1º A criação de Distritos poderá efetuar-se mediante fusão de dois ou mais Distritos, que
serão suprimidos, sendo dispensada, nessa hipótese, a verificação dos requisitos do Art. 6º
desta Lei Orgânica.
I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte exigida para a criação
do Município;
III - na inexistência de linhas naturais, utilizar-se-á linha reta, cujos extremos, pontos
naturais ou não, sejam facilmente identificáveis e tenham condições de fixidez;
Parágrafo Único - As divisas distritais serão descritas trecho a trecho, salvo, para evitar
duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais.
Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA
Art. 9º Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse
e ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes
atribuições:
XIII - planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente em sua zona
urbana;
XVI - cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento que se tornar prejudicial à
XVIII - regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso
comum;
XXVI - prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino de lixo
domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;
XXX - prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto socorro, por seu
próprios serviços ou mediante convênio com instituição especializada;
XXXII - fiscalizar, nos locais de venda, peso, medidas e condições sanitárias dos gêneros
alimentícios;
XXXIV - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua
de erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;
SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA COMUM
Art. 10 É da competência administrativa comum do Município, da União e do Estado,
observada a lei complementar federal, o exercício das seguintes medidas:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
Art. 11 Ao Município compete suplementar a legislação federal e a estadual no que couber
e naquilo que diz respeito ao seu peculiar interesse, visando a realidade local.
Capítulo III
DAS VEDAÇÕES
Art. 12 Ao Município é vedado:
X - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
XII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos, ressalvada
a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Capítulo I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 13 O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal.
Parágrafo Único - Cada legislatura terá a duração de quatro anos, compreendendo cada
ano uma sessão legislativa.
I - a nacionalidade brasileira;
V - a filiação partidária;
§ 2º A alteração do número de Vereadores poderá ser efetuada pela Câmara Municipal, por
meio de Decreto Legislativo, em havendo variação no número de habitantes do Município,
conforme contagem populacional oficialmente divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, e observados os limites estabelecidos no artigo 29, inciso
IV, da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/2008)
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subseqüente, quando recaírem sem sábados, domingos e feriados.
Art. 16 As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria dos votos, presente a
maioria dos seus membros, salvo disposições em contrário constantes na Constituição
Federal e nesta Lei Orgânica.
Art. 17 A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a deliberação sobre o
projeto de lei orçamentário.
Art. 19 As sessões serão públicas, salvo deliberação em contrário, de dois terços (2/3) dos
Art. 20 As sessões somente poderão ser abertas com a presença de no mínimo, um terço
(1/3) dos membros da Câmara.
SEÇÃO II
DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA
Art. 21 A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão preparatória, a partir de 1º de janeiro do
primeiro ano da legislatura, para posse de seus membros.
§ 1º Sob a Presidência do Vereador mais votado nas últimas eleições municipais, dentre os
presentes, os Vereadores prestarão os seguintes compromissos:
§ 2º Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretário que for designado para esse
fim, fará a chamada nominal de cada Vereador, que declarará:
"Assim o prometo."
§ 3º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no
prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal.
Art. 22O mandato da Mesa Diretiva será de dois anos, permitida a reeleição de seus
membros, para o mesmo cargo, na eleição imediatamente subseqüente. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 4/1998)
§ 3º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da mesma, pelo voto de dois
terços (2/3) dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso e ineficiente no desempenho
de suas atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para a complementação do
mandato.
Art. 25 A indicação dos Líderes será feita em documento subscrito pelos membros das
representações partidárias, à Mesa, nas vinte e quatro horas que se seguirem à instalação
do primeiro período legislativo anual.
Parágrafo Único - Ausente ou impedido o Líder, suas atribuições serão exercidas pelo
Vice-Líder.
Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete elaborar seu
Art. 27
Regimento Interno, dispondo sobre sua organização, polícia e provimento de cargos dos
seus serviços e, especialmente, sobre:
V - comissões;
VI - sessões;
VII - deliberações;
Art. 28 Por deliberação da maioria dos seus membros, a Câmara poderá convocar
Secretário Municipal ou Diretor equivalente para, pessoalmente, prestar informações
acerca de assuntos previamente estabelecidos.
II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e fixem os
respectivos vencimentos;
V - promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário,
desde que não aceita esta decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito;
VI - fazer publicar os atos da Mesa, as resoluções, decretos legislativos e as leis que vier a
promulgar;
X - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para esse
fim;
SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 33 Compete à Câmara, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias de
competência do Município e, especialmente:
I - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas;
III - votar o orçamento anual e plurianual de investimentos, bem como autorizar a abertura
de créditos suplementares e especiais;
X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo;
XIV - autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com outros
Municípios;
VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na
Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e na Legislação Federal aplicável;
XI - aprovar convênio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Município com
a União, o Estado, outra pessoa jurídica de direito público interno ou entidades
assistenciais culturais;
XX - fixar, observado o que dispõem os Arts. 37, XI, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da
Constituição Federal, o subsídio dos vereadores em cada legislatura para a subseqüente,
sobre a qual incidirá o imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/2012)
XXI - fixar, observado o que dispõem os Arts. 37, XI, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da
Constituição Federal, em cada legislatura para a subseqüente, o subsídio do Prefeito e do
Vice-Prefeito. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/2012)
SEÇÃO IV
DOS VEREADORES
Art. 35 Os Vereadores são invioláveis no exercício do mandato, e na circunscrição do
Município, por suas opiniões, palavras e votos.
a) firmar ou manter acordo com o Município, com suas autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer as cláusulas uniformes;
b) aceitar cargos, emprego ou função, no âmbito da administração pública direta e indireta
municipal, salvo mediante aprovação em concurso público e observado o disposto no Art.
82, I, IV e V desta Lei Orgânica.
II - desde a posse:
IV - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das sessões
ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada pela
edilidade;
§ 2º Nos casos dos incisos I e II a perda do mandato será declarada pela Câmara por voto
secreto e maioria absoluta, mediante representação da Mesa ou de Partido Político
representado na Câmara, assegurada ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III e VI, a perda será declarada pela Mesa da Câmara,
de ofício ou mediante representação de qualquer de seus membros ou de Partido Político
representado na Casa, assegurada ampla defesa.
II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento não
ultrapasse 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 16/2017)
§ 4º A licença para tratar de interesse particular não será inferior a 30 (trinta) dias, e o
Vereador não poderá reassumir o exercício do mandato antes do término da licença.
§ 2º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcular-se-á
o quorum em função dos Vereadores remanescentes.
§ 2º A Resolução que fixar o subsídio deverá prever o valor a ser descontado nos casos de
faltas dos Vereadores às sessões ordinárias da Câmara Municipal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 11/2012)
Art. 41O subsídio do Presidente da Câmara e do Primeiro Secretário poderá ser superior,
no máximo, a 50% (cinquenta por cento) e 20% (vinte por cento), respectivamente, do
fixado para o Vereador. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/2012)
SEÇÃO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Art. 42 O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - resoluções, e
VI - decretos legislativos.
II - do Prefeito Municipal.
§ 1º A proposta será votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada
por dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 2º A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da Câmara com o
respectivo número de ordem.
Art. 44 A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e ao eleitorado que a
exercerá sob a forma de moção articulada, subscrita, no mínimo, por cinco por cento do
total do número de eleitores do Município.
Parágrafo Único - Serão leis complementares, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica:
II - Código de Obras;
IV - Código de Postura;
Parágrafo Único - Não será admitido aumento da despesa nos projetos de iniciativa
exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no Artigo 166, §§ 3º e 4º, da
Constituição Federal.
Parágrafo Único - Nos projetos de competência exclusiva da Mesa da Câmara, não serão
admitidas emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvada a fixação da
remuneração dos servidores da Câmara, se proposta pela maioria dos Vereadores.
Art. 48 O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 3º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem deliberação pela Câmara, será a
proposição incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se às demais proposições, para que se
ultime a votação.
Art. 49 Aprovado o projeto de lei será este enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, o
sancionará.
§ 4º Usando o Prefeito o direito do veto, no prazo legal, será ele apreciado dentro de 30
(trinta) dias, a contar do seu recebimento, em uma só discussão e votação, considerando-
se mantido o veto que não obtiver o voto contrário da maioria absoluta. Se o veto não for
apreciado nesse prazo, considerar-se-á mantido pela Câmara. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 6/2006)
§ 7º A não promulgação da lei no prazo de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos
dos §§ 3º e 5º, criará para o Presidente da Câmara a obrigação de fazê-lo em igual prazo.
As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação
Art. 50
à Câmara Municipal.
§ 3º O decreto legislativo poderá determinar a apreciação do projeto pela Câmara que fará
em votação única, vedada a apresentação de emenda.
Art. 52A matéria constante de projeto de lei rejeitada somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Câmara.
Art. 52-A
Art. 52-A Todos os prazos previstos para a tramitação de matérias sujeitas ao processo
legislativo serão contados em dias corridos, salvo disposição expressa de "dias úteis", e
não correrão nos períodos de recesso da Câmara Municipal, conforme disposto em seu
Regimento Interno. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2019)
SEÇÃO VI
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 53 A fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Município será exercida pela
Câmara Municipal, mediante controle externo e pelos sistemas de controle interno do
Executivo, instituídos em lei.
§ 3º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará de
prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado.
§ 4º As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado serão
prestadas na forma da legislação federal e estadual em vigor, podendo o Município,
suplementar essas contas, sem prejuízo de sua inclusão na prestação anual de contas.
Capítulo II
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
Art. 56 O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários
Municipais ou Diretores equivalentes.
Parágrafo Único - Decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-
Prefeito, salvo por motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado
vago.
§ 2º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxiliará o
Prefeito, sempre que por ele for convocado para missões especiais,
I - ocorrendo a vacância nos três primeiros anos de mandato, dar-se-á eleição noventa dias
após a sua abertura, cabendo aos eleitos completar o período dos seus antecessores;
Art. 64 O subsídio do Prefeito Municipal e Vice-Prefeito, será fixado por Lei de iniciativa da
Câmara Municipal, em parcela única, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X
e XI, da Constituição Federal.
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
Art. 65 Ao Prefeito, como chefe da administração, compete dar cumprimento às
deliberações da Câmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Município, bem como
adotar de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de utilidade pública, sem
exceder as verbas orçamentárias.
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir os
regulamentos para sua fiel execução;
IX - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos
servidores;
XIV - prestar à Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, as informações solicitadas pela mesma,
salvo prorrogação, a seu pedido, por prazo determinado e com a concordância da Câmara
em face de complexidade da matéria ou dificuldade de obtenção, nas respectivas fontes,
dos dados pleiteados;
XVI - superintender a arrecadação dos tributos bem como a guarda e aplicação da receita,
autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos
créditos votados pela Câmara;
XXIV - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as
verbas para tal destinadas;
XXVII - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do Município;
XXIX - conceder auxílios, prêmios e subvenções nos limites das respectivas verbas
orçamentárias e do plano de distribuição, prévia e anualmente aprovado pela Câmara;
XXXII - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia do cumprimento
de seus atos;
XXXV - publicar até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.
SEÇÃO III
DA PERDA E EXTINÇÃO DO MANDATO
Art. 68 É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na administração pública direta
ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto na
Constituição Federal, Constituição Estadual e nesta Lei Orgânica.
Art. 72 Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo do Prefeito, quando:
II - deixar de tomar posse, sem motivo justo, aceito pela Câmara, dentro do prazo de 10
(dez) dias;
SEÇÃO IV
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO
Art. 73 São auxiliares do Prefeito:
II - os Subprefeitos
Art. 75 São condições essenciais para a investidura nos cargos de Secretário Municipal,
Diretor Geral, Diretor de Departamento, Presidente e Diretores da Companhia de
Desenvolvimento de São José dos Pinhais - CODEP:
I - ser brasileiro;
II - estar no exercício dos direitos políticos;
III - ser maior de 21 (vinte e um) anos;
IV - ser residente no município de São José dos Pinhais há pelo menos 1 (um) ano;
V - ser eleitor do município de São José dos Pinhais.
Parágrafo Único - A escolha do Secretário Municipal, Diretor Geral, Diretor de
Departamento, Presidente e Diretores da Companhia de Desenvolvimento de São José dos
Pinhais - CODEP, deverá recair, preferencialmente em pessoas de notória capacidade
profissional, relativa ao cargo que irá ocupar. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 13/2013)
I – ser brasileiro;
Art. 76 Além das atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários Municipais ou
Diretores equivalentes:
III - apresentar ao Prefeito, relatório anual dos serviços realizados por suas repartições;
Art. 80Os auxiliares diretos do Prefeito farão declaração de bens no ato da posse e no
término do exercício do cargo.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL
Capítulo I
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 81 A Administração Pública direta e indireta do Município, obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e também ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez
por igual período;
VI - é garantido ao Servidor Público Municipal Civil o direito à livre associação sindical, bem
como aos eleitos presidentes da instituição, a liberação do horário integral de trabalho, para
dedicar-se àquela função, durante toda a sua gestão;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
complementar federal;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiências e definirá os critérios de sua admissão;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superior aos pagos
pelo Poder Executivo;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público, não serão computados
nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou
idêntico fundamento;
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais, terão dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma
da lei;
XIX - somente por lei específica, poderão ser criadas empresas públicas, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação pública;
§ 4º A lei federal estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízo ao erário, ressalvadas as respectivas ações
de ressarcimento.
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
Art. 83 O pagamento dos vencimentos aos servidores públicos municipais deverá ser
efetuado até o último dia do mês vencido, corrigindo-se os seus valores, se tal prazo for
ultrapassado.
Capítulo II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 84 O regime jurídico único e o plano de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas do Município é o estabelecido pela
Lei Municipal nº 41/89.
§ 2º Aplica-se a esses servidores o disposto no Artigo 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV,
XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição Federal. (Revogado pela
Emenda à Lei Orgânica nº 9/2009)
São direitos dos servidores públicos, entre outros: (Redação acrescida pela
Art. 84 A -
Emenda à Lei Orgânica nº 9/2009)
III - Garantia de vencimento nunca inferior ao salário mínimo para os que percebem
remuneração variável; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 9/2009)
VI - Salário família para os dependentes, na forma da lei; (Redação acrescida pela Emenda
à Lei Orgânica nº 9/2009)
VII - duração de jornada de trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
horas semanais, facultadas a compensação de horário, escalas e redução de jornada;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 17/2019)
VIII - Repouso semanal remunerado; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
9/2009)
X - Gozo de férias anuais remuneradas, pelo menos, com um terço a mais que a
remuneração normal, vedada a contagem em dobro; (Redação acrescida pela Emenda à
Lei Orgânica nº 9/2009)
XII - Licença paternidade nos termos fixados em lei; (Redação acrescida pela Emenda à
Lei Orgânica nº 9/2009)
XIII - Proteção do trabalho da mulher, nos termos da lei; (Redação acrescida pela Emenda
à Lei Orgânica nº 9/2009)
XIV - Redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e
segurança; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 9/2009)
XVII - Adicionais por tempo de serviço, na forma que a lei estabelecer; (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 9/2009)
XVIII - Licença prêmio, licença sem vencimento, licença para tratamento de saúde e licença
por motivo de doenças de pessoa de família, na forma da lei; (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 9/2009)
Parágrafo Único - O direito previsto nos incisos XI e XII deste artigo também será exercido
pelo pai e mãe adotivos, nos termos da lei. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 9/2009)
III - voluntariamente:
a) aos trinta e cinco ano de serviço, se homem, e aos trinta anos, se mulher, com proventos
integrais;
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e
cinco anos, se professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco anos, se mulher, com
proventos proporcionais a esse tempo;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta anos, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
§ 1º Lei complementar poderá estabelecer exceções no disposto no inciso III, "a" e "c", no
caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres e perigosas.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e
o eventual ocupante da vaga, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
Capítulo III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 88 O Município poderá constituir guarda municipal, força auxiliar destinada à proteção
de seus bens, serviços e instalações, nos termos da lei complementar.
Capítulo IV
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
Art. 89 A Administração Municipal é constituída pelos órgãos integrados na estrutura
administrativa da Prefeitura e de entidades dotadas de personalidade jurídica própria.
I - autarquia - o serviço autônomo, criado por lei e com personalidade jurídica, patrimônio e
receitas próprios, para executar atividades típicas da administração pública que
representam, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizadas;
Capítulo V
DOS ATOS MUNICIPAIS
SEÇÃO I
DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS
Art. 90 A publicação das leis e atos municipais far-se-á por meio de órgão eletrônico oficial
do município e/ou por meio de órgão de imprensa local e/ou por imprensa oficial do Estado.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/2017)
§ 1º Caso se opte por órgão de imprensa para a divulgação das leis e atos administrativos,
sua escolha se dará através de licitação, na qual se levarão em conta não só as condições
de preço, mas também as circunstâncias de periodicidade, tiragem e distribuição.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/2017)
§ 3º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
§ 4º Se as publicações das leis e atos oficiais do Município forem realizadas por órgão
eletrônico oficial, deverá ser disponibilizado na forma impressa, mediante solicitação dos
interessados. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/2017)
SEÇÃO II
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Art. 91 Os atos administrativos de competência do Prefeito, devem ser expedidos com
obediência às seguintes normas:
a) regulamentação de lei;
b) instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes de lei;
c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração municipal;
d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por lei, assim
como de créditos extraordinários;
e) declaração de utilidade pública ou necessidade social, para fins de desapropriação ou de
servidão administrativa;
f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que compõem a administração
municipal;
g) permissão de uso dos bens municipais;
h) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
i) normas e efeitos externos, não privativos, da lei;
j) fixação e alteração de preços.
a) admissão de servidores para serviços de caráter temporário, nos termos do artigo 81, IX,
desta Lei Orgânica;
b) execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei.
Parágrafo Único - Os atos constantes dos itens II e III deste artigo, poderão ser delegados.
SEÇÃO III
DAS PROIBIÇÕES
Art. 92 O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e seus respectivos cônjuges, e os
servidores municipais, não poderão contratar, direta ou indiretamente, com o Município,
persistindo essa proibição até 06 (seis) meses após findar as respectivas funções.
SEÇÃO IV
DAS CERTIDÕES
Art. 94 A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer a qualquer interessado, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias, certidões dos atos, contratos e decisões, desde que requeridas
para fins de direito determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor
que negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverão atender às requisições
judiciais se outro não for fixado pelo juiz.
Capítulo VI
DOS BENS MUNICIPAIS
Art. 95 Cabe ao Prefeito, a administração dos bens Municipais, respeitada a competência
da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 96Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva,
numerando-se os móveis segundo o que for estabelecido em regulamento, ficando esse
sob a responsabilidade do Chefe da Secretaria ou Diretoria a que forem distribuídos.
Art. 100 A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia
avaliação e autorização legislativa.
Art. 101 É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos parques,
praças, jardins ou largos públicos, salvo pequenos espaços destinados à venda de jornais
e revistas ou refrigerantes.
Art. 102O uso de bens municipais, por terceiros, só poderá ser feito mediante concessão,
ou permissão a título precário e por tempo determinado, conforme o interesse público o
exigir.
§ 1º A concessão de uso dos bens públicos, para uso especial e dominicais, dependerá de
lei e concorrência, e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato,
ressalvando-se a hipótese do § 1º do Art. 99, desta Lei Orgânica.
§ 3º A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita, a título
precário, por ato unilateral do Prefeito, através de decreto.
§ 5º O § 4º deste artigo não se aplicará aos loteamentos já aprovados como abertos, nem
aos loteamentos já existentes no Município. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 12/2012)
Art. 103 Poderão ser cedidos a particulares, para serviços transitórios, máquinas e
operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízos para os trabalhos do Município, e o
interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada e assine termo de
responsabilidade pela conservação e devolução dos bens cedidos.
Art. 104 A utilização e administração dos bens públicos de uso especial, como: mercados,
matadouros, terminais em geral, recintos de espetáculos e campos de esportes, serão
feitas na forma da lei e regulamentos respectivos.
Capítulo VII
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
Art. 105 Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município, poderá ter início sem
prévia elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente conste:
§ 2º As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e
demais entidades da administração indireta, e, por terceiros, mediante licitação.
Art. 106 A permissão de serviço público a título precário, será outorgada por decreto do
Prefeito, após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor pretendente,
sendo que a concessão só será feita com autorização legislativa, mediante contrato,
precedido de concorrência pública.
As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo com aprovação
Art. 107
da Câmara, tendo-se em vista a justa remuneração.
Parágrafo Único - Nenhuma tarifa de Serviço Público Municipal poderá ser cobrada, sem
que o mesmo esteja em perfeitas condições de uso e ou aproveitamento, à disposição do
contribuinte.
Art. 108Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como nas compras e
alienações, será adotada a licitação, nos termos da lei.
Art. 109 O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante
convênio com o Estado, a União ou entidades particulares, bem assim, através de
consórcio com outros municípios.
Capítulo VIII
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
SEÇÃO I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
Art. 110 São tributos municipais, os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria,
decorrentes de obras públicas, instituídos por lei municipal, atendidos os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e nas normas gerais de direito tributário.
II - transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis, por natureza
ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direito à sua aquisição;
§ 1º O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo nos termos da lei, de forma a
Art. 112 As taxas só poderão ser instituídas por lei em razão do exercício do Poder de
Polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos à disposição pelo Município.
Art. 113 A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos proprietários de imóveis
valorizados por obras públicas municipais, tendo como limite total e despesa realizada.
Art. 114 O Município poderá instituir contribuição cobrada de seus servidores para o
custeio em benefício e em favor destes, no sistema de previdência e assistência social.
SEÇÃO II
DA RECEITA E DA DESPESA
Art. 117 A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, da
participação em tributos da União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de
Participação dos Municípios e da utilização de seus bens, serviços, atividades e de outros
ingressos.
Art. 119A fixação de preços públicos devidos pela utilização de bens, serviços e atividades
municipais, será feita pelo Prefeito mediante edição de decreto, conforme lei aprovada pela
Câmara.
Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos, sendo
reajustáveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.
Art. 120 Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pela
Prefeitura sem prévia notificação.
Art. 121A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição Federal
e às normas de direito financeiro.
Art. 122 Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível
e crédito votado pela Câmara, salvo a que correr por conta de crédito extraordinário.
Art. 123 Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que dela conste a
indicação do recurso para atendimento dos correspondentes encargos.
SEÇÃO III
DO ORÇAMENTO
Art. 124 A elaboração e execução da lei orçamentária anual e plurianual de investimentos,
obedecerá as regras estabelecidas na Constituição Federal, na Constituição do Estado, nas
normas de Direito Financeiro e nos preceitos desta Lei Orgânica.
Parágrafo Único - O Poder Executivo publicará até 30 (trinta) dias após o encerramento de
cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Art. 125 Os projetos de lei relativos ao plano plurianual e ao orçamento anual e os créditos
adicionais, serão apreciados pela Comissão competente da Câmara Municipal, à qual
caberá:
§ 3º A execução das emendas previstas no § 1º, não serão obrigatórias quando houver
impedimentos legais e técnicos,
I - até cento e vinte dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, enviará
ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento;
II - até 30 dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao
Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
III - até 30 dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto
de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 14/2014)
I - o orçamento fiscal referente aos poderes do Município, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta ou indireta;
Art. 127O Prefeito enviará à Câmara, no prazo consignado na lei complementar federal, a
proposta de orçamento anual do Município para o exercício seguinte.
Art. 128 A Câmara não enviando, no prazo consignado na lei complementar federal, o
projeto de lei orçamentária à sanção, será promulgada como lei, pelo Prefeito, o projeto
originário do Executivo.
Art. 129 Rejeitado pela Câmara, o projeto de lei orçamentária anual, prevalecerá para o
ano seguinte o orçamento do exercício em curso, aplicando-se-lhe a atualização dos
valores.
Art. 130Aplicam-se ao projeto de lei orçamentária, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as regras do processo legislativo.
Art. 131 O Município, para execução de projetos, programas, obras, serviços ou despesas
cuja execução se prolongue além de um exercício financeiro, deverá elaborar orçamentos
plurianuais de investimentos.
Parágrafo Único - As dotações anuais dos orçamentos plurianuais deverão ser incluídas no
orçamento de cada exercício, para utilização do respectivo crédito.
Art. 133 O orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão da receita, nem a
fixação da despesa anteriormente autorizada. Não se incluem nesta proibição:
Art. 136 A despesa com pessoal ativo e inativo, do Município, não poderá exceder os
limites estabelecidos em lei complementar.
Art. 137 As despesas com publicidade dos Poderes Legislativo e Executivo deste
Município, serão obrigatoriamente objeto de dotação orçamentária específica.
Art. 138 O Município poderá destinar recursos para promoção de desporto especial,
reabilitatório, incentivando também as manifestações desportivas, bem como à promoção
de cursos voltados à área de reabilitação e integração social, das pessoas portadoras de
deficiências.
TÍTULO IV
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
Capítulo I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DAS ATIVIDADES ECONÔMICA E SOCIAL
Art. 139 O Município, na sua circunscrição territorial e dentro de sua competência
constitucional, assegura a todos, dentro dos princípios da ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, existência digna, observados os
seguintes princípios:
I - autonomia municipal;
II - propriedade privada;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
Capítulo II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 141 A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal,
conforme diretrizes fixadas em leis, tem por objetivo ordenar o plano de desenvolvimento
das funções da cidade e seus bairros, dos distritos e dos aglomerados urbanos e garantir o
bem estar de seus habitantes.
§ 3º Os imóveis urbanos desapropriados pelo Município serão pagos com prévia e justa
indenização em dinheiro, salvo nos casos do inciso III, do parágrafo seguinte.
§ 4º O proprietário do solo urbano incluído no Plano Diretor, com área não edificada ou não
utilizada, nos termos da lei federal, deverá promover seu adequado aproveitamento sob
pena, sucessivamente de:
III - desapropriação com pagamento mediante título de dívida pública municipal de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas assegurados o valor real da indenização e os juros
legais.
Art. 142 O Plano Diretor do Município, contemplará áreas de atividade rural produtiva,
respeitadas as restrições decorrentes da expansão urbana.
Capítulo III
DA POLÍTICA AGROPECUÁRIA
Art. 143 A política de desenvolvimento agropecuário será executada pelo poder público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas pela lei concernente à matéria.
Art. 144 Os imóveis públicos não poderão ser adquiridos, e portanto desvinculados do
Art. 145O Município atuará no campo de sua competência, no meio rural para fixação de
contingentes populacionais, possibilitando-lhes acesso aos meios de produção e geração
de rendas, estabelecendo as necessárias infra-estruturas destinadas a viabilizarem esse
propósito.
Art. 146 A atuação do Município na zona rural, terá como principais objetivos:
Art. 147 Como principais instrumentos para o fomento da produção da zona rural, o
Município utilizará a assistência técnica e extensão rural, o armazenamento, o transporte, o
associativismo e a divulgação das oportunidades de créditos e de incentivos fiscais.
Art. 148O Poder Público Municipal cadastrará todas as propriedades rurais, classificando-
as por tamanho de áreas e por especialidade de produção agropecuária, definindo o
verdadeiro percentual de abastecimento e de exportação intermunicipal.
Parágrafo Único - O abate de animais para fins de comercialização, bem como os produtos
derivados de origem animal, deverão obedecer as normas estipuladas pelo SIPA - Serviço
de Inspeção de Produto de Origem Animal, órgão do Ministério da Agricultura.
Capítulo IV
DA ORDEM SOCIAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 150 A ordem social tem por base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e
a justiça social.
Art. 151
SEÇÃO II
DA SAÚDE
Art. 152 O Município integra, com a União e o Estado, com os recursos da seguridade
social, o Sistema Único Descentralizado de Saúde, cujas ações e serviços públicos na
circunscrição territorial são por ele dirigidos com as seguintes diretrizes:
I - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízos dos
serviços assistenciais;
II - participação da comunidade;
SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 154 O Município executará na sua circunscrição territorial, com recursos da seguridade
social, consoante normas gerais federais, os programas de ação governamental na área de
assistência social.
Capítulo V
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO DESPORTO E DO LAZER
SEÇÃO I
DA EDUCAÇÃO
Art. 155 O Município manterá seu sistema de ensino em colaboração com a União e o
Estado, atuando, prioritariamente, no ensino fundamental e pré-escolar.
SEÇÃO II
DA CULTURA
Art. 158 O Município apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações
culturais, prioritariamente ligadas diretamente a sua história, a sua comunidade e aos seus
bens.
Art. 159 Ficam sob a proteção do Município os conjuntos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, ecológico e científico tombados pelo Poder Público Municipal.
Parágrafo Único - Os bens tombados pela União ou pelo Estado merecerão idêntico
tratamento, mediante convênio.
Art. 161 O acesso à consulta aos arquivos da documentação oficial do Município é livre.
SEÇÃO III
DO DESPORTO E DO LAZER
Art. 162 O Município fomentará as práticas desportivas formais ou não formais, dando
prioridade aos alunos de sua rede de ensino e às promoções desportivas dos clubes locais.
Capítulo VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 165 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
comunidade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Capítulo VII
DOS DEFICIENTES, DA CRIANÇA E DO IDOSO
Art. 166 A lei disporá sobre a exigência e adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso
público e dos veículos de transporte coletivo a fim de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deficiência física ou sensorial.
Art. 168 Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade do transporte
coletivo urbano, e às pessoas portadoras de deficiências, comprovadamente carentes de
recursos financeiros.
Art. 169 Fica o Município com encargo de custear as despesas de água e energia elétrica,
das escolas especiais e entidades que se dediquem exclusivamente às pessoas portadoras
de deficiências e com o menor abandonado, conforme dispuser a lei.
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 170 O Prefeito Municipal e os Vereadores à Assembléia Municipal Constituinte, no ato
e na data de promulgação, prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir esta
Lei Orgânica.
Art. 171 A revisão desta Lei Orgânica será realizada pelo voto da maioria absoluta dos
membros da Câmara Municipal, logo após a revisão da Constituição Estadual, prevista no
Art. 2º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias daquela Carta.
Art. 173 É lícito a qualquer cidadão obter informações e certidões sobre assuntos
referentes a administração municipal.
Art. 174O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e serviços públicos de
qualquer natureza.
Art. 175 Até a aprovação da lei complementar referida no Art. 136 desta Lei Orgânica, é
vedado ao Município despender mais do que sessenta e cinco por cento do valor da receita
corrente, limite este a ser alcançado no máximo em cinco anos à razão de um quinto por
ano.
Os Servidores Públicos Municipais serão regidos por Estatuto próprio, cuja lei será
Art. 176
aprovada no prazo máximo de doze meses da promulgação desta Lei Orgânica.
Parágrafo Único - Enquanto o Município não contar com o estatuto de que trata este artigo,
os servidores públicos municipais serão regidos pelo Estatuto dos Funcionários Civis do
Paraná e suas alterações.
Art. 177 A lei que se refere ao acesso dos Servidores Públicos ao vale transporte e vale
refeição, definido no Art. 87, será encaminhada pelo Poder Executivo no prazo máximo de
noventa dias da promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 178Até a entrada em vigor da lei complementar federal, o projeto do plano plurianual,
para vigência até o final do mandato em curso do Prefeito e o projeto de lei orçamentária
anual, serão encaminhados à Câmara até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para a sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Art. 179 A lei a que se refere o § 3º, do artigo 9º, será discutida e votada no prazo de cento
e vinte dias da promulgação deste Lei Orgânica.
Art. 182O Município mandará imprimir esta Lei Orgânica para distribuir nas escolas,
entidades representativas da comunidade, gratuitamente, de modo que se faça a mais
ampla divulgação do seu conteúdo.
Art. 183Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos integrantes da Câmara Municipal,
será promulgada pela Mesa e entrará em vigor na data de sua promulgação, revogadas as
disposições em contrário.
MESA EXECUTIVA
SEGISMUNDO SALATA
Presidente
DIRCEU PRÉCOMA
1º Secretário
VEREADORES CONSTITUINTES: