Você está na página 1de 39
enc. Gti sco gn Ho, japan. agdsto de 1934. Com um ana Sees Se gas tates, se gan teen Sig en Bas fala ae 2am & 2 Si Siinara: “aod do Colegio Sto. ‘Antonie Masia e Sem. Sdo Palo. v st novamente com teatro. Fo} dores do Teatro. Paulista do-Batadarite @ sex presidente. Comm Te P. £. Soma ator na peca de esiréia’ do ru — "A Hua da_igreja” de Lennox ‘Ro- "Esta Lé Fora um Inspeior" de J. ley; “O Impetuos ‘Capltao Tle she. Com seu trabalho no papel ae "ng pega de, Priestley: fol" premias 0 fom o “Arleauim” de melhor ator do UeFestival Paulista de Amadores. Teatrals, Tendo entrado em contacto com diversas peréonalidades de mundo teatral, Guarnieri deeidivese “Aefinitivamente pelo tenito, dedicando-lhe © seu tempo. Ainds como amador, em vitude de. um Aebrdo firmed entre-o- FP, B. eo Tea. tro de Arena, atuou paquéle conjunto par- ticipando da _montagem de “Escola de Ma- Bios” de Moligre “Diss | Felies’ de Claude “Andné Puget. Nessa época. recebeu © prémio maximo do programa “Chance na”® T. Vite as Becker, ey em al- sins teattos. das_2° fetas no. Canal 7 Oplando pelo profissionatismo, inferpretow 9 papel de George em “Ratas_¢ ‘Homens” de John Steinbeck no Teatro de Arena, ai the valeu o prémlo de “Rovelagio de At ge 1908, conteridg pela Assoclacto Paul ta jeos i fo entanto, atuansio.como ator do elen- co-permanente. do Teatro-de- Arena, Guar odo denen "att nor fe “"eserever, Pariieipando como stor tas imonintens do ‘Aronay tay Hora” es ab erevia a sua primeira peca “les Nab Usam Shack Fie", ae sorla. montada pelo. Teatee fe “Arena ‘emt foverciro de 1880 Guumiest nig. doseuidon tabi dos» ¢ ‘enema. Aci rum convlig, gp. Roberto e Santes, intecpreton ‘e-principal $pel. mass sili aime "0-Gmndo Steen Pear luzido por reira. santos, que the valeu 0 ride Mine aver “be ® Cinema, conferida pela: ertiea earioca “ales ‘Nig Usem. Black-Tie", no entany , 6 que dafiaao_autor os momentos de ‘kior tlesila, abtendg ‘um enorme gaits Se erie ‘ete ‘peranecendn ena urane"um ano eT a “Ace do interior pais Tisle pare. platéias ae mals diversas, tems ye chm grande “tees Com “es pooa huainien reeebeu 03 primlos de “itevels. elo de Alor” de 4950," confetido’ pela * A, P. C. T. prémio “Governador do Esta- de Sao Paulo” & premio “sack” to mes fo"anp. Atwalmente sua. sogunda’ pees: ‘Gimbab_ Presidente. dof Valentes™ cneon tere em cartaz no. teatro Maria Dells" Gor- {ey Sbetenda.tambem um dow maioree wu: 00 Ho teatro pautisin.” Na. jwontagern do ow, Daag. Guarneri partici comma atoigiigente, acompanar ny peoiramada par \ NOSSO AMIGO “GIMBA” 4 uma histéria simples, a do nosso bom amigo Gimba: quando aparece em cena vert de um pasado triste € a exaustdo resolveu The um conflito ético, de sorte que néo mais deseja a clasificagio de perigoso_facinora Encontrou um lugar edénico © quer levar sua mulata para 1A. A peca 6 a observacao désse movimento luz de uma relagéo evolutivo-involutiva, pols contra a esperanca de Gimba existem fendéncias antagonicas: 0 grave perigo de um rival enciumado, » imponderivel ea sempre desagradavel organizacto policial Quando as coisas comecam a piorar, fica cla- Fo que as definigbes que os jornais deram ao herdinio convem: ee & um rapaz eansado Sua mulata precisaré animé-I0, ¢ 0 faz com tal habilidade que éle consegue ainda reu nir © restinho de nervo que possui, Mas 0 mecanismo ja estava urmado'e vem a de- silusdo. “Quando 0 homem vislumbra a ver- dade, Sobrevem a noite do infortiinio", diz Bertolt Brecht através de Galileo Galilei, = c isto serve para Gimba. fle deixa a Ie- genda, a mulata ea navalha, que sera em palmada_por Tico, evja personalidade em plasmacdo nao consexve resistir & morte de seu idolo. O menin® Tico eontinuara o dea ma: de Gimba'—e também provavelmente terminara morto numa favela: numa das cento.¢ vinio ¢ sete favelas quo existem no Rio de Janeiro. Gimba é um mialandro querido, pois re presenta o arrivismo se tim srupa’humano, eontrarlo aos que os lancaram na malséria; quando Guid afirma que nao se pode desis- tir de viver, vols €-a ‘nica coisa que se possul, ela sintetiza téda uma condicho © simples resumo da peca © a goografia fem que ela se desenrola para que se tome eléncia. do. enorme contedide social deste drama de gente pobre, ndo estivesse Gian- francesco Guarnieri evire os escritores mais “engajados” da atual dramaturgia brasileira no Teatro 'PRESIDEN- fancesco GUar~ fron Carneiro, que teatral, eserovou para 0 “Dis jo” umaa brilhante -eronica em ‘que ‘expende interessaniissimos conceltos sobre featio gue, com a devida yenia, trancerevemos abatxo: ESCOLA DE > =k por FLAVIO RANGEL Trantando-se_do segundo trabalho de um dramaturgo tao importante, nfo sera de- mais observar-Ihe os progressos desde “les nao usam black tie”. Do ponto de vista po- Isieo, “Gimba” parece ser mais bem Tesol- vida," pois a tendéneia ressaltando da pro- pria’ situaedo, nao 6 explicitamente formu- Tada; do ponto de vista de estrutura teatral & algunas vézes mais ambiciosa e no que diz espeltc 4 composied® dos personagens, 0 au- tor og informa sempre numa base dicotomi ea, usando como. recurso. principal * uma Constante transmutacao, oriunda dos cheques Seterm nados pela Thudneia da ago — 0 que ge um: certs forma € novo em dramaturgia da nosss epoca. Em duas horas de acao, existe am nico “strip-tease”” psiquiétrie? E sendo um eseritor autenticamente brasi- leiro, rac bebe sta inspiracio em teatro al- gum’ de qualquer época, de qualquer parte - do imundo; vai bused-la’ nas fontes popula es de seu pais, ¢ usa alguns elementos tea- trais aavetones, unificando-os para servir @ agio ° “Gisba’ 6 uma pega arrojada © cora- Josa, cheia de invengfo e de uma inspira~ {Ga0" poetica’ que permancee presente em Erance parte do seu desenvolvimento Ingul repisar 0 velho tema da neces sidade de uma dramaturgia nacional. Se ainda existe alguém que prefira comedian tes versiteis e. apresentagies histrionicas: Particulares a ‘dramaturgos, gostaria que. Wisse satisfago dos nossos inlerpretes em contacts coma sua lingua e retratando a gente de seu povo. Nés falamos dos perso- hagens desta peca como se éles fossemn no: Sos velhos amigos, © nos debrugamos sobre @les com carinhe, compreensio ¢ vontade de ajuda-los. Assim atuou sibre todos 0 texto: transformou Teatro Maria Della Costa numa grande familia, a tal _ponto gue a alguns instantes da estréia, Glanfran. eesco Guaraieri € 0 almoxarife das nossas esperanias tor teatral escreve sobre “Gimba” Logo que cheguel a So Paul, corri a0 ten ro, para garantir um lugar, Meno na vespertl porque a noite havia o Nat “King” Cole. & pre oe mais cl menos populares. no Paramount Eu ja lera, ja ouvira falar mule da pegs. OF critiens, fazendo ‘restrig6es. Os ijectadores, 1 vyando 0 espetdeulo. Compreené) 9 teatro como se {Ora uma mensagem. © aor tem algume cols tansmitir aos outros. Professor, dik @ seus alunos, do alto da cara. ssacerdote AION DE CASTRC \ \ lstrin 0 pulpita.Broreveria versos, se fosse que a inspinagia de ‘Tillo Costa _Giovansia\, oats. Mealrologo, lanca pecas. ‘Divertem-me 25 reconstfuiy a favele carloca. Gibitd ¢ um epi< STROMEAIEF TgelrGs, dE costumes; fetes para des~ setio sem profuingidade em ua vida, cheie de —gansar-0 espirito das atribligies de tede odin, tanta ternufa, dé tania lua, de tanta renuncia, SMS cic ie Sates, nk arte teatral, #q bra de tanta dedieago. Empresta-Ine Maria Delis “Gs de revoita-ou de-spalusos que vem do ‘cor- Costa a avtoridade de um devempenlo eal, sf de ouem*escreve, pita na voz dos que in- made, inesquecivel. Guid ® um. reiraio, Um ferpretAity ¢ seiderrama por score a plaiéia hec- reirate. que ile diante de nossos olhos. a. sua Serogencs. fot cm busca dese erito que entrei, ieigulee. na sua coragem, 10 seu smor ralsr aibado. Uitte, nc. Twatzo Maria Della. Coste hal por Tico, gue Celests Lima interpreta de ma- wag Simba ¢ uma eles. Nao sei se serd ri. nein excepcional. Gorosamonte um espetacwio teatral, naquele sens Allds, a pera termina.nondo fim a uma car- iso Festrita que os eritioos entendem um espe- reira e inielanda outra earretra nos avalioy do facile featral. Mas, sobretudo, € um quadro psl- crime. Gimba merren porgtle Gabiré, preterido Pilanté, real, da vida brasileira, uma fotografia no amor de Guid, o foi denunelar oy ile O Pere = #o ‘morro, do_malondro, do crime. E tudo Isso seguiam em ‘nome da ei. Tiea mao’ perdoara fom una nova moyimentagéo, que traz ao pal- Jamale & Policia, que matow a Gimbs dessrmado, “€0 dedinas do mulafinhos ‘resados ¢ cabrechas saindo do barraco pata-se entregar i dustiss ‘sebudldas, ‘para exatlar @ hatilicade -choror a Seu primetro erlime na mabhit de juventtder & ‘morte do~ “presidente aos valentes” aif em plblieo. Depols, virgo dutres. Quarido B possivel que, na construgic de alguns tie Tico dese as escadas do morro, inlcla ‘emhen 08; 0 auior néo se-tenbo revelado trrepreensivel. autra deseida, pelos desvéot da Hegaiidacle, Gene ‘Mas -Gianfrancesco Guamieri tem vinte ¢ do's, ba _ter§ substituto, A incompeensto dos que Minte e trés anos, ¢ unt monine. Viu a vida, nio tem a seu cargo a prevencao ¢ a sepresdiy dos 8 vivew ainda. Ao menos, nso a vivew tanto que erimés nfo permite que um Uandido nad sele 4 puideste fixar em tinias detmitivas, sem nuan- — substituldo por outro bandido, ces “MeTEMUDEGR “OU instavels.. Aquéte bandido ianirancesco Guarnier\ devia estar pense que parece ter médg nao é 1p bandido que 2 “do°no “Esaundtdo da Morte quando dow a am Smeginagéo popular etiou, nfo & falvex o bandl- polielal meontrolado & missle ‘Ge tiquidar Ginn do que os. crithior dewtestros.fcreditam-quo-seja ba, gue da a-seu trabalho. ma, atusalldete © erdadeira. Mas ¢ obandido como éle é, 0 indiscutivel, “— coldea todo 0 publica aqui ¢ om Talso Bandido, 0 que se ternou bandido yor ewips qualquer pantordo ‘pas, contra a estipita mene ios que deviam encaminhs-lo no primeitp érto, talidade, que se protende erieir em codigo ae ——t nla BSESCUD Ate got conins da Yetta sem en aia = possbliigade & redengay, Gimba no é covarde, Carli, aquéle “opéstolo de bondade, que o ¢ jhumaho. “Matai olnbe € verdade, mas hiuhea saimpre novo SadiCabral vive com sbsohuth se ‘alow POE erstagstEMPRE maton para no mor- guranga, porgue personaem¢ inserprete aH afl- retail Iii. deis0 usstar. nal imesma -BessoA. For tim enleanta seve-t, Para Youbur. Sia asracio J a tanalliade , € sempre umd, alia auludlely Al, Esch vane de uma:tazenda nd Mito Gromo, lowrande a,ter- “ auleutica wooaehe artes Gur ee WE eases fA em contacto com a natureca com a milla quando junts trakalhaVamos ni mesma ettaeds Guid. Acorda; mo tnatante final, pars eiijnéerar Sadi sempre foi Catia, ‘Vive dev propsie. papel Se 5 autcridades foliciais, sob comprdmissa de. A pega 6, afinal, a.mensagem de desespero erpeltarhe vida. fle cumpre sug parfe, Nas"} dos que sspiram 2 timo eborianidade do neler so ale cumpre Sin partes re ® ‘Sho. "Mensagem que ucompanha. 0. expectador # Kika depoin qué Wosee a Puno, Hels wits ves. Guid & outra figura, que fae parte ao mor- Mensagem que mulloaplaueat mss em ‘eae 7, que salta do morro en ‘corpo inisiro. Gim- tes deverlam mediiar a. fol o seu homem. Gimba volte a set o ho. ""'E nko era Gece rlmeiro onjetivo do tea! ‘mem, assim ele reaporece entre. os casebres com tai! Na forma do que estabelecem as leis que prot nenhuma representasao desta peca, seja por g ser realizada sem autorizagao expressa da SO DE"AUTORES TEATRAIS. Atendendo aos di midos pelo autor, com emprésas profissionais, ‘TACAO desta pega deverd ser auterizada, pelos SBAT, a qualquer Cia. profissional, Grémios de fs Radio, ete, sem que 0 autor GIANFRANCESCO G@ARNTER dado priviamente sua aprovacao A stde da SBAT ou As suas nos Estados, — ; = GIMBA, presidente dos valentes — Personagens © seus criadores: Ve — MALANDRO 1 . «a+: Frederico Santana “=MALANDRO 2 . Batista de Oliveira * . . Edson de Souza ..- Ivan de Paula Maria Della Costa - . Celeste Lima ~ te dev ena. Ruthnéa Moraes ~ . ereege . ie re Raul Martins Rew A aig . Oswaldo Louzada JM. Ans CHICA MALUCA « > Hema de Castro ~ —CAREAD ..... ae vssee Sadi Cabral 0 MAZE : Gianfraneesco Guarnieri : Sebastiao Campos Jorge Vicira Jacyra Costa < ‘ Paulo Pinheiro »o++ Benjamin Cattan * Vitor Jamil - Eugénio Kusnet --.-_ Altamiro Martins, eee Tonid Savino. te en aee eere eae sonGinGagao do barraco. Quarto de Gulomar. Fora do burraca, terreiro limitade OF umn declive do morra? ‘Uma trilha sinuos contue ao terreire, A. ditcica, ee barrace de Chica Maluea, sitiade & helra de uma esearpa, Diversos barracos en % camnpltami-se um sdbre-o autre, = 4 PROLOGO © guadro em absoluta escuridio. _ MALANDRO 1 — Com semvergonha ¢ di ilumina em resisténela um grupo Pancada! O-filha da mae tava dando felo em gs cue conversam, “Sie jovens, cla da Doral 2 ‘MALANDRO 2 — Mostrei pra @le!... Anda : ou, detine dzendo por ai que val me mata, tal e coisa... 25 jiem dade: Conversa, mata ninguém. : MALANDEO 1 - Faeilita nfo, aquéle cara 6 traigoeiro) + . MALANDRO 2 — Ew mostro pri 6le!. ‘MALANDRO 3 — Viram o movimento de Ura por ai? MALANDRO 1 — TA grande, m6? MALANDRO 3 — Com 0 Tico salto por af, 56 Podia ta, MALANDRO 2.— "Tag sévos atras do home! Gmea, PRESIDENTE DOS VALENTES I — AQW@Be cara § doente, —Giinda, todo 0 motto te ehorou a aopaiieraen Delxou a mulata pra gente consoli =MALANDRO-9.— Lasei-en.:. Déle quero Deixow a mulata pra gente ust na hora “h* cist SSS ‘Sumit da vide cansado de eanss, MALANDRO 1 — G esquisto-o cara.” Topel Tuma fest, Meninote sin- Gimba, 01, Gimba, of Gimba, ai, ai, x j= Gara branca que tem leni- Vestido de zineo tieou = ms. 610 de mau © samba hoje ¢ triste de solugo =e Com éss¢ nda quero gra Bein Gimba 0 mone desbou! nono 9+ Também quando pega orem = 5 MMANDRO 1 — B10s ue io brancos que MALANDRO 1 — (Passathe a cachaga) ‘Bonjto! Vendido tambem? es savafiah esbranquigando, cara ‘NEGRAO ~ Esse nunca. moleque! S6 cont ‘Tae ome nomet ses: con Orme nome! Pre _NEGRAO~ 61. else respeita... Vo8és sido moleques néo eo- 3 — Ops, Negeao..: Senta hecatam o Gimba. ; MALANDRO 2— Owvlio tala... ="(Olfewnay a garrata de NEGRAG:— O-négo tem historia “tm gole? ‘MALANDRO 3 — Tudo que diz é verda- a fat. Bevo. Deve de, @ Ry eae NEORKO'~Go 61 1 tata coisa, cotta que _seuaoko ‘a0. os~-Dinguém conta. erie MALANDRO 1 — Conta pe nds! NEGRAO'— Cnt prA auc? (Ouve-se fongingua “unre ‘sirene que au- menté poco a ‘poll pire loge parat subita~ mena). NEGRAO Tio ai éles, MALANDRO:S —Andam por ai que nem. (Prolonga a liimia palavra. siléncid (Apontando « garrata) Passa pr ci. todos? tet =m sai Jello? inks’ pratd‘sem~ “""eonAo —tnda agorinna, encontraram _ ésses cara Gudtla 1 um tira morto. Hoje val sal faisca. 9 que ganbaro as minhadetstos!», \eABANDRO 2 = "Matarom ae MALANDRO 2 — D4 noles; ls" 2 NEGRAO — Apareceu morto, NEGHAO — F pancada l4 rosblve? Delxa MALANDRO 1 — Tito? pete NEGRAO ~~ Navalha. — MALANDRO 8 — Mete uns ai. # MALANDRO 3 — Devin ti na coin ae MALANDEO 1 — Moto 1a, on ris ie ‘MALANDRO 1 ~ Deve sé coisa do Tico... 2 NEGRAO — (Levanta-re irritado) ‘MALANDRO 2 — Canfa pra néis af. MALANDRO-1-— Nada, ué!_O home & NEGRAO — Canta pra que? se £6? E se £0? MALANDRO 2 — Pra alegré a noite. NEGRAO — E alegria aqui tem véz? Mas ‘Yamnds.1ésD8 quem canta Deus gosta, (Pau- ‘$8, DéBa @ Caixa de fésforos e comega a ba~ ‘twoar), ot ‘antigo. 1—-Meto Id (Comeca a ba- tucar batebdo com o pente na garraia). NEGRAO — (Insptradissimo) ém do mew moro esqueces tando-se do grupo dro bamba due ex muito conheci esquerda que deve caer“ ‘{MAEANDRO’S = Todo" ehclo de mistério, ——-MACANDRO.1-=Deim élo. Ficow assim ae panenaa—~~ . ‘MALANDRO.2 — T'esconjuro! NEGRAO—-Vocés munoa owviram, fala de ‘Guo, na 6? Vopey nfo gabé nada, munca ou ‘Vira Yala do Guid.=-Pots morava aqui, nésse hbatraca_velho.-Guid..Néea cem por cento, béa de rebotado. Queria que vissem ela no ensaio da escola, GRANDE mulhd! Gastava de hone, REVISTA DE TEATRO | ‘Voots nfo viram nada... Diz que moleque’ virando home andaya com a mulhé! Chiea — Chica Maluoat les gritava — Chica mor- rea. Eu tava em catia quando motreu a Chica, (Pereebe a garrafa de cachaca esqnecida. Bebe (cantargla) Giiiba, 61 Gimba / 9 morto Anteiro canta,por U,.. Gimba, nego velo! . Guid... Todo mundo enrabicada por Guid. ‘vou. = Por aqui pessoal? (egrao cobre 0 rosto com a3 mos). & Guib, de home no duro! B se ndo 1dse/ .- VOZ DE GIMBA — (Camara de éco) home:pra ela-ala eam navaliiada a See ae nee’ L ba. ae = For all...voots vem comigo. ~~ Val-levahdo-ésse pro carro! (Os teés milantiNOs,Jevantam-se assusta. =A) a —Glomé gostava de Gimba... + Gamo estava! : ‘ores aproximaniio-se) >“ — Nio.adlanig fa28 trea, motequer <= ORAL, eorRal © NEGRAQ™— Pots tot aqui... Tao vindo_pré 64. -y-MALANDRO Lie ——-NEGRAGe Aci mesmo onde a. gente Re EBangpt 0 cote or —=Paradinho-aft aaa _ABOPAO —"Anel mesmo e inf nada oud. ee MALANDRO1.— Tao "pogshdo toad’ mundo! ~-MALANDRO 2— # memo se atranca! NEGRAO = Ali... Olha 14! (Aponta para aieite). MALANDRO 3 Vamo_ gonte! ~~ corsendo-a tina) SNHGRAG — 6 barraco de Chica... Ma- ata, firme nos despacho. Exi em pes- ao sabe nada! Macum. gurenta, 1:50 que 6. Gobem Fim do Prétogo fuséoo00! , VO2 DE GUIO — Gimbat YOu DE TICO—GUIO! 0 GIMBA 54 ehegou? =o VOR DE GIMBA — la, néga boat |, @Batucada aumenta) YOu DE GUIO —"Ticot!t NEGRAG = (Tirando, as mos do resto) . Teo... mulequel «SANTANA — (Aparécendo no allo da tri- Tha) Paradovai! NEGRAG: = Spar-vem. nat POLICIAL 1 = préso, Negro! NEGRAO + CAvaugando) Sentana des gragado! = SANTANA — Delegadio Santana, seu vaga- ‘bundo, delegado Santana. Leve Oe 6 amigo (Negi Or ous. tros dots poliotatsy tenta reagir. © levado a tapas pare’ o-alto-da-trilha) NEGRAO — Santana desuragado, Santa na desgracacol "_ Gantana triunfante domina a favéla com. oolhar. sai), VO% DE GIMBA— (Camara de éeo) ‘@uldo000! 7 * Voz DE GUIO — Gimba: VO2 DE TIGO — Guio, Gimba j4 ehegou? YOu DE GUIO.— Tico! TICO — Gimba... Gimba... Gimba.. A Miz apagarse em resisiéneta. .. x GIMBA, PRESIDENTE DOS VALENTES PRIMEIRO TEMPO Ao abrir 6 pano, Guid entra no barraco. ‘Tico, deitado, gardto magro, palido, sua febril. ® ainda-dia — § horas dx,tarde. GUIO — Entiando) Tico! Tu levantou de novo muleque! ‘TICO — Leyantei nao, Guid. GUI — Sei que no! (encosta a palma ‘da mio na testa do menino). Ta quente ainda. Nas costal GUIO — Endo val levanta da cama que tu “@ capaz de morré, 142 ‘TCO — 74... Cage Garis? GUIO — Na privata ‘TloO — Diz pra éle vim pra c& GUIO — Deixa Gariba ado. TICO — (ap6s breve pjish) TO com séde cGuio:vaiate-a tina Desar aeua para 0” mening; “No alto do deciive surgem Rul e ‘Amélia._ Ble a persegue rindo) = jlanado! ~ Devolve 0 ai- : ae sore gt (emia he Dihio DW cas ontadas ‘ia. barriga. GUIO — Néo'é neda, nfo, Loge passa. ‘emia deste a teilha. bepeeatids pa Rul, Este consegue agarri-fé. -Torce-the 6 braco) + RUL—Dé o dinheiro! AMELIA — Me larga estipido! RUI — © dinheiro! AMELIA — Ta mie quebrando 0 brago, orquetra! RUT— Dat AMELIA — Me larga que. eu dou! (Rui ‘trowxa 0 apertio) Toma, té-aqul.. Pra que & ‘que et: preciso dessa mixaria. RUI— (Pondo 0 dinheiro no boise) ‘a d4 tim beljo aqui ho papai AMELIA — Tu é bésta! RUT — Vamo! AMELIA — (Acaba sortindo. Com dengo abraga Rul. -Beijam-se). ‘GUIO.— (Aparecndo na porta do barraco) Comegaram cédo com agartacio! AMELIA — (Espevitadissima) Aproveltan- do tempo! RUI — Tudo bem, D, Guiomar -Ago- GUIO ~ Cotno sempre AMELIA — Bsse bestéo aqui quase me quebra 0 brago, D. Guioma! ‘GUIO — Set responde com beijo RUI— A papai aqui nao ha quem resista! AMELIA — Ensirido! GUIO — Home anda bem é com por- rete. ‘RUI— Tou com pena do Garibo, GUIO — Nao. se ineomede aue fi levou as aete. AMBLIA — B 0 Tico? GUIO — Na mesma. DA trabalho o peste! AMELIA — Coltado! (Corte para o barra co. Gciomtar senta-se num tijolo, apotando-se nas duas mos, corpo para tras — A Tico) Como vei méw malandrao? ‘TICO ~ Cum da! j (Rui otha para Guo ave parece absorta olhando 0 horizonte AMSLIA = Qlie.@ 18:0? Home nao sente 8, e se aguente firme ‘TICO — T6 aguentando, num ta? AMELIA — Assim t4 bom. (Com um len+ co enxuga a testa. do. menino) RUI —Té thateadaD, Guioma? GUIO — Com que? RUI — Seb 14, parece. GUIO — Nada nao. Calo. ‘TICO — (Tirando de sob o cobertor um punhado de bolinhas-de gude e mostrando-as -< a Améliay. Ve. ‘AMELIA — Bonito. TICO — Qué ima? ) Ancenta — Bu num jogo. ‘Tico — Bufeite. Enfeite pra moga bo- nita.. AMBLIA — Guarda elas, fain dace... ‘ICO — (Reeolhe as bolinhas depresa). Doi. RUI— (Que api Cantando ‘TICO ~- Guid disse bom vou t@ de comeca a Tonga, Volta 26708. Guo = “Bntrando na harreco) 7. brabo ‘6 eal hoje: ‘CHICA — Chega aac ~-IGO— Et tenho que entré, GUIO num © qué: te a fique no vento. g GBICA — Chega aqui perto, um pouco so = Tico = efiquatito a velha se eprint enter CHCA — Continua com médo da velha? ‘doida, mio. Delza alee, = Tso = BU-Voy. entra. “OHIGA. —_Delzd sie 0 bobo. . ‘TIO: — Grouando tropeca num Ujole & ear agen ebreS per. — Prd. que teameto> eo. Sitio! ICA — FOU? CVA seguré-I0 com tadey: = “QUO — Te fa sila do novo, (mo terreito). Ja pra dentro, + (Da-Ibe ea Blas sen ieee ie ~~ “Chtoaveorre paza a cama e st cobre até a eatega. cOm-o coberter) CHICA + Queria 36 agrada die, GUIO — # bom nfo agradé, nao; Tem over agrade, ‘CHICA — @uera bem a0 men‘no, GUAGE. — TA certo, mise ¢ bom, nfo chegé rerio dele. CHIBA ~ © morro & ue todos. —sie'é 0 mec terzeiro,,. CHICA Sempre com panca.de grd-tina! ome ‘— Fri uo asousti 0 garoto, D. che, aie 2 sssisté. 0 gardto. eu Ie" querd astusté gue? éle, rézas pro bem... soni va nfo, fique 14 com sous CHICA — Onguinosa e desgragadal GUlo — 44 falet GUIO — Vamo sainido! CHICA — tAfsstando.se devagar) 2 0 “fego, Guid = 6 tego sempre diz tudo. # 36 Stentd no f6go.-.-B-t vai pag ‘GUIO — Num tow boa hoje... é bom nao me apurrinha! CHICA — Poe, pie desprezo, enxota ‘a Chica... Num fay mal porque tu paga. GUIO — (Pegando pedras no chao. Grits) Val andando, Chicg, vai andando. CHICA — Maluea, stint A velha aqui so ‘vendo as eolsal-«Rh Turse arrastande pelo barraco, andando Je um lado pr outro, com bieho earpinteiro, com agonin que roi, que rol que roeu a yell... A velha queria mais, a velha queria yive.— entéo 0 fogo faion © f6go moxtrou pra velha (Olhando para o sito) n'é, mew -vetho?. © f0g0 nfo Talon? — “Ero fog0 vai te abraza tambémy-tu val ¢o- mhecé 0 fég0.— ¢ nunea mais val enxotd a ‘velha. . E nunca mate vai enxota ningtiém, porque © fégo val gritd, 28 pro mal, 7. “Quiz fa28 bem, posso fazé mal = 6... meu vellig, WE? Enxota, enxota ‘volha que 0 fégo ti nfo enxota! GUI6 — (im desespero camega & atiras edras) CHICA ~ Pearefa gue 0 fégo tu nao po- relat Pedreja! Attra, ativa pedra, Gré-tina, ‘greulhosa, deseragada! ‘Tw vai va, tu val ve ‘Ho petréteo, © petidleo explode © 6 16g0 fala, 9 feo verre tal eritanda) GABIRG — (Aparecendo no alts do decit- ve) Deixa ela, Guid! CHICA — (fara de cena). Rezas pro. bom revis pro mal. ‘GUIO — Velha agourenta, med hospicio Se ERS er ‘GABIRO — Deixa pra iy pata "vetho macumbstra... ‘G@uIO — £88 one ela. sasst Gur0 — > GABIRG — 7a viet GUIO — Sal moteaue! GARIRO — Tu mora comigo num mor? GUIO — 74 pri nagoe home que. mande em miint oe ae — (aésando a mao na cicatriz que fem AO resto) © ‘nico macho que conhect.. GABIRO ~ Se macho é usé navalha tu pode erieonfra outro! GUI6 — (Com: energiay Deixa de papo, T viuo emprégo? GABIRG —"Té tudo Gerto j4, Aum 19 ‘SUIO — se ty nao arruma jeito de pers ésse.também.. ‘GABIRO: = fogt a -embtée0? aeons ra - = 2 GUIO— tw § vagabundo, cabins: GABIRG —“Gomida nunca te fate) GUIO — Pedindovwamheire emprestada em ‘ido quanto ¢ canto GADIRG — Nay sue Hick ase yer? GUIO — E tu quer que'tu"viva de sorriso? ~ Aguentands-ailets-esa_efichecao: tmploran + do remédio pro eo, sem nada pri vest? Vow eb ior : GABIRO — Ty no: naseeu rica 10 SAG mgm velho, meInd meu tem- finns sempre mot. gui- ‘Quando? quando foi que eu Val se aguentando, Pra a GUIO—B sem ped tcenea!: pode deixa 7 que ew resoWvende, vr * GABIRG — E € nicths i mesma. GUI0 — Quando eu quist, O"barraco £ new... ‘eo mum Bode £ mii thé, Gabino, ¢ GaBIRO — F, Otmba tinha? Tinha é Rayallin’ pré te mared a cara! GUIO — Home como 0 Gimba no precica 4 dinheiro! GABIRG — Tu precisa é de pancada! GUIO — Eserta, moleque. Tu tava embet- sedio, vim contigo por earidade, pra nao ouvi mais teus gemidost Entio aguenta a mao autetinho: seu safado? Te todo 0 meu eari- sep Yagabundo — ¢ tu © dinhetra que.os home me dav; talé de ruindado? Vira gente em babado por mulhé, = Tu me arrespeita! ‘== "Te respeita por que? Tu fé nao Sabe VE mals as coisas. Ti é muleque, prec, ‘sustentel dots meses, dando tho, Sustentava ta — cntava, ver de'tleé bofeteia Gui) (Tico senta.se-na cama alarmado) GUIO = Ah! Na cara nio—! .(avanga Para Gablro), y GABIRG... Te. mato, desgracada! GUIO — TA pri noscé home... Ta pra asc home! (Agarra Gabiré) GABIRG — Te mato! (Guid domina féeilmente o franzino Ga- ‘in6. Dé-the-sOeos no testo). GUIO — Ta pensando.que eu sou o que, ‘Seu vagabundo? es GABIRO — Eu fago uma desgraga, Gui6! TICO — (Que fol até a fresta do barr, observer) Gulé... Gud... Quero gual GUIO — Precisa ereseé! Percisa ¢ mueque! ‘TICO —-Guid}. Agu: (Guio solta Gabir6 que ja néo ofereeia Resistencia. Enxuga a testa‘eom o brago, Cont Basso firme.entra io barraco © da gun a ‘Tico. Gabir6.passan mo pelo rosto, o nariz 69. Guid salta-¢ briscameniey BorRRO — Cm. desesvero) Pra que isso, ~Gilio2 Rea. que gd —— GUI0 — Tu nunes mais avanca pré mim: GABIRO— Guide Guls, en sel: Te fen mui --. Eu abusel até... Mas num fala Aaquele jeito! GUIO — (Afastando-se déte) Vida. bésta! ‘GABIRO — Guid, o gente sempre se dou bem... Prd que iso agora? Nunca neguel tra, Ualho, tu sabe bem... A vida, Guld, is véses a tae isso! GUIO — Me aa sosstgot GABIRO — Eu gosto te vocé, muthé... # demals, eu g08to démals. E € bom! © qus ou PUGE fazé eu fae0, prd te dé conforta, Aguens {a8 ma® um poueo Guid, um dia a gente von ‘segue coisa meth! ‘GUIO — oF GABIRO — Gorisegue sim! Tudo vai me- Tora! Bsse emprégo agora... ja fiquei bom 0 pé num tem mais galho. GUIO — 0 pa! GABIRO — Eu sel que sow melo erlanca, hhomem vivido! Gui » Val dizé-que num sou homem procs? GUIO — sim, Gabir6, 6 sim (Querendo livrar-1se) GABIRG — Ty anda doenga do ‘Tico, imag peri! melo trritada, 6 a @ gente nao pode deses- = unten} hides Gabird (paws ‘autto-peilsam. nro remédlo. do 2 queda? $00. pau. as Hs we G—# bom! = Dis dle enta até cancer! mee: ‘Tinba um cara ri Sessa com 0 nae fol 1a. Pegou uma nos olhamo pré Agua Oreara’tave: bom; born fio Procura:éte = canto = ‘QUie ¢18s0, Guid. Se anima! 76 suanda:6leo! ‘CABINS — (Mig sarndo, ‘tocando o na- Tg Valente, Tein? GUIO — Fu sim! 8 Seep SeRe seats nla 6 quis fio? COM a eb sorrisoy Tu a Ties = Paz tempo que tu.norvair ‘Tent 9 Tleo pré quiz, . => Burtico com cle. Vaid! Ne: 4 nuinea mais apare- 8 bom pra distra{: ©ARLAO — (Sirgindo na trilha) Salve! vyamo.chegando, — Quem é vivo sempre aparece! — Que ¢ is? Nem fay trés dlas “que five aq. GUIO.~. (Com une atestia sitita) Prec Be tear be a catts. eu as ae a £0 (Ondo atenamenie pra CARLAO — No nariz? GABIRG — Nada... 0, apes or al, parece que Pag * ss GIMBA, PRESIDENTE DOS VALENTES CARLAO — ‘T4 molé, companhetrot GABIRO — 0 pé. CARLAO — Que pé, tu anda é abusando de pinga! QABIRO —Té que nem! —, CARLA — Mas fo, hein! © Tico como é que vait GUIO — vai. VARLAO — (Entra famillarmente no bar- 860). - TICO — (ue estivera a olhar pela fresta © se meteu apressadamente na cama) Oi Como & que €2 CARLAO — como 6 que & pergunto eu, general? Quando é que vamo tic na vertical? “TICO = 3a FOUTS “GUI no deixa! GUIO — Todo:chelo de dor, ai, Vai fea Ra ema até saré. Depois trabaiha} CARLKO — Jé val pegd no batente? GABIRO — H pretiso .(A Tico) Nao é, muleque? . ICO — fDesanimado) 6. CARLAO,— Trabalho 6 bom. crirando eMBb i= offer quenr tata! RUr~ 96-com:Gablrét -aUi6, GARLAG — Parece crlanca, Gut6, ‘GUIG = Ba sabja. que éle ‘voltava, sablat ‘GIMBA ~ (Aparecendo utraito ua trilia) Bia nega, Boat —ToDos — opal = CAREAO "Ti € lousy mesmo, heini, va -gabando: = ° = amar ear se hal (A Rui)-Me adisculpe. hein! (garrando Amélia) Da um abraco eabeludd! (Passando a may na cabeca de Ru!) Olha tamantiol. & tu Catlao do pesto! Saudade bateul @PAUSA) © agora a-nége boa! Como é que & Duin abrone ou no aa? GUIO — bo, (Abragam-se. Gulé ehora). GMA — Chil Fleando yotha amolecen “Dela de chéro. Cadé; Cadé-a navathay wei disso, — Bom. Navalha € pra home. de mulhé ¢ caine, legal? Sim sinkigi io mudou nada, — (Que estivere observando pela ials resiste e Gtira-se para fora) tando-0 do cho) Como € que ¢, ta grande! ‘TICO — Tu ta igual: * ‘GIMBA — Igual tsa, niais esooladot TICO — Ti matou muita gente) SIMBA — Quéim mata. € Deus! awente : ‘TICO — Meio doente. GIMBA - (Levando-o para o barraco) 2898 metiiio Wt com febte. Precisa cul. la... (Guid o segive até © barareo; os outros ficam em volta. GUIO — Tamo euidando. a eiMBA — Gut amo: cildando! preciso cchami médioo! ~ “GUIO — ya chamams, ~ GIMBA — Mas continua a fabre, precisa clam de novo, GARIBO — Tamo vendo isso, ‘GIMBA — Que Yamo-vend! Pode deixé, a- roll, amanha eu trago um nem que seja a ‘AaDa. (Tita um revolver do ~ “gavel Pode delet por (4-GUIO) DA ‘AMELIA Th ta ‘GABIRO — Poisé, amid, tw sabe... GIMBA — Sei, sei, Lega}, muito legal) GAGS — Aga quero AYE, La eto ‘GIMBA — Boa, boa, ‘TO fedendo! (Os dois seem) — Cara grande! —~ Néo mudé nada. CARLO — Semmpie alesre 0 eanado AMBLIA— 09 dole estan aon GUIO ~ Se conhem née & de hoje. Por qu2 pum Ia fiedt? < RUI — Vou avisé a turma. ‘Tu me espera aa : ‘RUI — fa grudenta, yo AMA — Sendo quisé, no prcetsa volt? CARLAO — Acho bem vocés dois casa. ogo! (Rut sa), . GEnquanto isso tides se sentaram como Pueram dentro do barraco, Gimba volta som Gabiré, enxugandosse com n camisa que Vestlay pelto mid. ~ Tava pdo-de uma agile Fol duro chegé até aqui. Na estasio ay GIMBA — Isso & segrédo CARLAO —.T% com’ médo aue alguém eagoete om val aqulets 0 corpo? GIMBA — Que é que ti cha? TICO — Aquieta, nfo! GIMBA — 7 brabo o bichinho.. = T€ muito saido, Jétava demorando. __GDMBA — Vida de home nio ¢ em casa. mania de fazé sermao, Nioé Tico? J ae CARLAO — Vai peg’ no batente assim SARLAO — $6 td falando que t precias que fied bom,” SS aerdaned ey: GiMma — Ho duro? =. -GIMBA.—(Apontando urldo) tase al € ©‘ TICO — Pold €, Ht acha cortor tim grande cars; mas ae GIMBA —~ Sa vida, nl, Trabaihg, ganna = faaé erm z Sess sae = > ire UTS Ie ‘TICO — Ail Na, “Giiba, esse Ha6r +, 58 trés. anos. GIMBA — E por que néo? Malandragem GINGA —Uin pou em badd caito. Co. € bom pré um cara que tiem eu. Pra to nao. ‘heel Ue “CRS era. Aogais, gente bamnba. To é erianga, Pretisa apeendé multe oles emi Sao' Pino... * ‘tabalhando se-aprende. BY mesmo 4 traba. SOABIRG a7 Wel uma poredo de tempo, nao é darlao? 6 que € Gaia em-Bko Pawlor, * CARLAQ — Trabalhou duro, © sn Bold eryOto"Ate atranquel ¢ 45.” \” GINA — Bu fui companheto de fébrien sea + lo Gatlio. ‘TICO — Dopois encheu, nao 6? — GIMBA'— Dépois acontecen ina poretio de cotsa. - “TICO — POS. “Hh ja the enehil~ GUIO — "PELE me onckends, Fea quieto ra Escurece) rE ifs. Trag dws garra- fas de pinga), Entdo'mestre, como-eque val? GIMBA — Fi vigarista dearaque. Num idem cana ainda nip? < MAOZINHA — Que cana! Papai é vivol,. ‘Tiouxe uma pinga. } Sima — © bom: i i j ¢ nem pri roubs, MAOZINHA — 0 resto do pessoal vem Mico — & mumé, tu teve muita? aqui, vem a turma da escola... Hoje é festat ‘GINGA Ol. delegado. TA ficando, home! ‘GUIO.—Viotazé banzs pri chamé po- GUIO — Entao mum. teyer + Ticias : GIMBA — nao. é-pra te? GIMBA ~— Defxa vim! TS com meu 32 af AMELIA — Deve ter tldo uma porgaot.. MAOZINHA — Boa! Vou procura jus ami- SIMBA — Wie: implora; que tw quer que go legal e ja venho, tA? ~ @t face Rien * GIMBA — Val; fuinha! (Pausa) & bom i f@ se serve ésse prepari fOgo 14 fora! i “ GABIRO — By fago! mba é lengo, Ga- AMELIA ~ Bu afudo. | (Vio para tora, gnde comecamt @ preparar a fogusira) a seve GIMBA — (Servinde pinga a Carlio) « ‘velho mies- bom dd coméeo. (Na-porta) Qué pinga, cabins? +) GABIRO — No, agora nfo, obrigado. GIMBA — (A Guid} Entio tue Gabiré, ,. i GUI0 — Gal pra 1 __—GAREXO — ante = ee ee = CsSEAO— Tai, temipo avo? sore, nio 7 ‘vebem). ‘enipontt = + tere. naga; ngo,-Daqui a, dosbem pi ei pie. —SAREAO = GUIS — Fiea al e nao se mexe Sg nate Ea ita! Festa & festa? + GIMBA = 8. (Tirando um clgarro) tem Toyo Gabir6? _GABIRO ~~ (ATobandows tirn a caixa de {0sf0tG. Ro: conse rleear. DA a cata a, cue REA ~ Tio tt ‘nelo-espantado! che. ° 3, CABIN — Ninguem esperava ec... © § (sab Hoje val até as CARLKO — se’ 6 3A — Perigo ¢ bom, faz 0 homem. — Se ou sobesse, preparava axoe, = ‘Abragande Guid) Deu mais. REVISTA DE TEATRO mpeiido _proposital. GIMBA — Salve, salve! Entdo, & saude Np eto (Derang io “cBAS para 0 santo ~CRRERO <= Faland6 sérlo, ‘Gimba, num ‘Val dé bolo oti tua-calinanio? a GIMBA ‘bolo nada! CARLAO — files flo te marcando, vio.te "CHES — Me snc ane aU: = Yelk Gimbat = “© que Lago. -Pré que se “CARLAO— Be. GIMBA—Dotxs 0 grote aqul. Nao aeon- que spouse vou Pensa. = ” xosto' surpresa. Leva Guio para longe dos outros) Sabe, néga, senti falta, \- (Gabizé impaclenta.se ¢ val até eles) © GUIO-— No duro? ‘GIMBA — ‘To dizendo. GABIRO — A turma vai fazé bané hoje ase GUTO — (Sein ouvir Gabirs) Eu também GIMBA — Nés ti é amolecendo! = GRO — 8 bom. GABIRO — Acho: bom avisi pro pessoal um fazé muito barilho. .. GIMBA — (Sem desfitar Guid) Val euida 1, f640, vai Gabird, “A@abira esbaya uma reacdo. Depots, vaga- ~Yosamente, #0-afasta, dos dols. quo continusm & fitar-se) “AMELIA — (Moxendo na togueira) Pitha me quelmou! GABIRG — Parece besta. Nio mex no 180. saber AMELIA = TO. allgando 0 tégo, ora! “GABIRO (Empurrando-a com brutali- ek “GIMPA — Ja pat, J4 pard. Tu ta meio psitulsito mesmo, Gabire! “OABIRO to) Paece que to! {Cano segura-o. pelo brago e vio os dots para o elmo do declive, Amélia olha pri Gn- Ditd e faz um gesto de desprezo. Trritada cor- Ye para o bartacg, ‘Tico ao ouvir a aiscusae devs ter ido espiar ma tresta, voltando logo ara a cama. GIMBA vai para junto de Gule que se mantivera muda e pousaihe a mio ‘no ombro).. TICO — (A Aniéuay Num sel poravle Gul6 ‘ho me delxa Jaf, tem fogo! AMSLIA — (@angada) seréno faz mal ‘THCO — Tu belgon com Gabité? > AMELIA — £ um besta! (esa um Gibi € sentarse no cho, Tico da cama procura seompanhar os quadtinhos). (Pausa) GIMBA — (Dé a tia tragada © joga fora 0 sigarro) Tu t4 diferente Guid! ) GUIO— Tou sim. Sow mais de nada. ‘um gesto de protes. ‘\ «. GIMBA — Qud:alie ei fe diga? (Pausa) ~ _ Ew também, "QUIO™= o-que? OIMBA — Mute. tho que pra pt6. va- = lentia te murehando: Papat aqui prego. = bbaixando o prégo é metho sumi. A gente mum. 4 mais. conta, ‘GUIO — De quer OIMBA = De tush GUIO — Tu pode aquieté tun vida! GIMBA — Babe Guid... 5 guerendo, GUIO — No duro? GIMBA'— (Fag que sim com a cabera) 0 que me sauerina-é que 0 mais & prosa. ‘OTMBA — Se ct 16:60 o. mesmo Gimba, 0 mba gue. dava_ sosségo, dava... von- fade de sé Gimba, Mas 6 prosa, viu Guid, ‘prose: Me:fizeram, A gente vat aproveltando, fama écolss gostosa, max no fundo, c& no sumbigg; at oe ‘GUIO — E os esitagos que tu fz? GIMBA — 2. Jogado. fora num t6 no, mas do ¢ como éles dizi. - @UIO — Que é que tit queria mals? “GIMBA = Sti Ta, fa88 grit Acaba cont “fest derenistinos daxruba: bandeja de gareao; S Agarrdcuny delegado'e batt pra dane no na ~ Dorf. do Mynicioal.(Gii. ri. Ta Kindo? Tu i tazia? Entrava om. testa ‘fied tudo ni Home © 9 tina que-dansé : ava_capada’ — , GUIO = "Rosal re GIMBA— Nobsa.o.quo? Madhlo.¢-que-éie era, Ja Imagind? Bp subinde o morro, bolso ‘cheio de dinheiro. Um.montio: “toma zehte que tudo ¢ nosso!" — ‘Tu fa anda oue n ainha! Boil fae operacao pra ajeita 6 corte. ‘VIO — Delxa 0 corte (Sorri triste) & recordaeao GIMBA — Epa! Ta me cantando, néga? GUIO — Tu té no petto GIMBA — Bom ouvi diz... (sepia pela * porta do barraco) Como é, molecio? = TICO— A turma 4 demorando! GIMBA — Lago tio ai (A Amélia) Desa- = mara a cara moa; jé deu né! ‘AMELIA —Delxa eu 16! (Gimba 11 ¢ volta para Guio) GUIO - Isso aqui t4 enchendo, Gimba. GIMBA — 0 que? — Tudo. Sabe, depois que tu toi... fut prd zon ‘aes — Pri que, mulhe? GUIO — Sei 14... Larguel togo, nao é para mim. Precisa ta peito, sabe? = Vamo la! Cade, cadé a Guid de ‘GIMBA, PRESIDENTE ‘DOS VALENTES acaba com os baile? GUIO — Fleou por 14 GIMBA — Larga de dizé bobage! sabe, ehcontret_ em Sao Paulo aguéle amigo de Mato-Grosso. .. GUIO — Qualr GIMBa"—O-que'me ajudo a pird. En- contrel de novo éle. Bde novo qué me ajuda, fol com minha. valentla, © éle prometew.. (Gomecam a se-ouvir vores no declivey No duro, Guid, @e prometen. VOZES — Salve mestre Gimba! NEGRAO — © samba hoje é em home- nage! _ Gritos, Gimba) MAOZINHA — TA {Oda a turma aqui, Gimbao. » GIMBA — T6 vendo, Um abracdo pri tad vores! (Gimba 6 abracado por alguns. Mstio os componentés da. escola, homens e mulheres, alguns malundros. Uns vinte ao todo. En- quanto Gimba € exmprimentado, ums come- cam a batucar-nos tamborins, outros refeste- Jamse junto Ad: fogo esticando euro do instrumento, Anvéla. sal apressada ao ouvir as.vozes. Tio vai“alé a porta) MAOZINHA.== E-a cachaca, como & GIMBA — (As mullierés) Vio servindo. . GABIRO == (Que descera com Carli um ‘poueo-afasiadd. dos.demais) Isso, vio servin« do! MAOZINHA-— Que-alegria ¢-esga, Ga- 1biré? Chegow a dono ¢ tu ri? HOMEM 1 — Fecha a boca, négo atdal MAOZINHA 4 # a yerdade, 6 xenio! HOMEM 2 — Guenta 2 mao GIMBA — Ninguém. entra no barraco, 0 ico ta doente! . — Quem mexé com 0 xod6 do Gimba, ‘vivas Yegozijo pela volta de apanha! GIMBA — Vamo deixé 0 garoto descansé. (Tico désanimado volta para a cama, xin- gando inaudivelmente) NEGRAO — Pesto’, atencio! (Far silen- io) Vamo dé inicio, (Apita dirigindo a escola semuem-se os toques da batueada tradicional, quando irrom- peo samba) “Salve, Salve general! ‘Teu retorno enche © morro de slegriay Hoje pra nés é carnaval! Chegou 0 mestre da. valentia!* Presidente dos valonio! AMELIA — © verso é meu! CORO: Li — 14 ld = a ts =e i la — a — a - — 8 — a — la =i — 14 — 01, salve © Gimba: - Bia Bey NEGRAO — Voltal * CORO — (Bis segunda parte) GIMBA — Legal! NEGRAO — Pré quem merece} mais uma! Wolta o samba deste 0 inicio, Bebe-se cnchaga ulfizando eanscas como também pass Sand as garrafus de mo em mo... Ao fim +o samba fica s6 batueada cada vea inals fre- netiew. omens e mulheres comecam a sam- bar. Nessas evoluedes devem se destaear Gim- clonal, Gabiré, Bate com a caneca na ma- da atuéada. mais a0°fundo. Modifiea-se 0 ritmo, passa.a togue de bréque com paucos. guindo se-¢onter. Em cada breque uma fala). . ‘MAOZINUA — Perdendo a vsportiva Ga- SS bie eee Senne rae pawns pls, Baba ne — Vird xibungo, Nossa, a — Num provoca rolo) wba cresee, cresee, Gimba ¢ Guid @angam juntos. Um diante do outro, brazos Jevantados. Gabiré como um raio: precipi- tasse sdbre Gimba, atirando a caneca no SnaOS GABIRG — Vamo chegd! vamo chega! amo enexa! R (A batucada cessa. Ouve-se apenas o tilin- tar de wma frigideira retardataria, Gilencio) = (Ainda com os bragos levan- fados mo compasso do batuque) Que é que hi, Giabire?- : ‘GABIRO — (Mais baixo) Vamo chega! = GIMBA — (abaixando os bragas) Qual é 0 causo? GABIRO — (Trémulo, hestta, Ouvem-se rises abafados) Nada. Cachaga, Dor de ca- beya, (Avanca para a turma em stléncio ¢ es- tora) Mas brineadeira. tem hora, tem hora! ns acim dér de cabega, von ent. aos REVISTA DE TEATRO Instrumentos, que vai. erescendo a0 poucos. Ginim 8"Gut6 samando ny am cols“ tim do ono, Gbiré fits os, dais, mal conse MAOZINHA — Chelra barbante queimado, bom! (Risos esparsos.Gabiré quase para, Pas- Sado 0 momento de hesitsedo vai para o bar- aco. Miosinha, debochando, comega a entoar @ segunda parte do samba “Presidente dos Valente” Ans Pontos 0 cbro val aderindo, Ga- biré eneontra ‘Tico que adormecew espiando ‘Pela reste. Levanta.o do chao e coloca-o na cama, Senta-se junto ae menino; olhar dis- tante). ‘CARLAO — Vao me desculpé gente, mais isso no. se faz! “ba e Guid, Junto ao barraco, afastado, em- — ailue) Durrado, dupprasauo forma. mals eanven: 2. Bor lees <.iit, sen Gasar Gi 0 — Nilo se deve maltraté um Setra. to barsaeo, fora. do.ritma,.-Em"bloco, noma, slida tials sem ratio... ’ ~~ muito junias,o& onttes destinies. Tums lf Deixa pré li! ‘GUI6 — Delxa pra fa 0 que? MAOZINHA — Fica braba no, Guid! Dia fe festa vale tudo, brincadeira! » GUIO-— De gente besta! GIMBA — B 6 bom par mesma} (sien ‘tio) Ouviu, 6-vigaristal MAOZINHA:— Bajulador e a um tempo, intmico) © mestse-taiow,-papai obedeceut “GIMBA — Delua-de-onda, muleque. Vamo em -frenle- pesioiy_prér nio-esfrié. Mote 1a Recomega:s baiucada) eee nm : : cIMBA ‘CARLAO- ‘bem aquit tra, ai os bambolelo! GULO.— Vamo ndis.: (Gér0 comesa @ cantar Voo8 passou. Em meio. A mmislea surge CHICA MALUCA) ;MAOZINHA —D. Chica Maluca, vamo ‘agal rebold com papal! (Agarra a velba e ro- dopia) Segura ela! (Atixa-a para 0 compa Mheiro que faz 9 mesmo, Chica ¢ atirada de um para outro, sempre gritando) CHICA — Deige.., Me larga... Mo del ‘abies! Se. GIMBA — Wou bem aqul {Vamo 14, Guid, oF 7 most a... Sens capetas, Wagem cama de gato a vetha cal. Uma muther ajuda-a a levantar) MAOZINHA — Hebeu, D. Chica, caindo sbainha2: A — Me larga, négo atdat OMEM 2) (Passando a mao na,barriga da" VeIRS) Qi 6 iss0, B, Chica, e? & filho do Inidorol “= Entio-vat - da! (Risadas) Tea GIMB4.— Vamo.lergé 4 mulné! MAOZINGA — Lupa: de:velha 6 ssilo! CARLEO — Val pré ens, val Dy Chica Sopuita-a) : CHICA — (Desvenoitna se de Caslio. Seus olltgg-s80- terri eis Esti possessm—Aponta 0 ‘gor-Ais Alit-Quem manda. e quem. governat ~ (Alguns se calam e se-afastam) — | \MAOZINHA — Quem govertia ¢ Getslio! a y— Race desgracadal —Va0 tudo s & mo ogo! # ali... Hali..: Mou velho fala; men veiho grild ié-dis-sltiras,® cot © fog, alo touot =~ /OMER L~ Tu 6 que ta 06 f0e0, valha? E “coMcA™= avanga pam éles.que veona) = Quem nde eniorga, vat enxerga, @iom ado Mame val temé! A esgraga val eal, ‘MAOZINHA — Ja tamo meio! GUO = Vai embora- Chica; val! CHICA —Sulvacg 6 ajuda a desgrara! ‘Bu-von! Vou-faze-despacho}- “morte-doida! ~ ‘Val_embors, meluea do mferna. .(Pauta) ents (Segurahto-a): Dela & yelba saeco: mada. come macumbat new-velhot=N'é" mew | OWL We mew vetho! — (Gem tolego, arfando) 0 sot pdespencou..,{Carlao- consegue doming-la. / Bnceera-a no barraco) Vem bala... Vem bala.» MAOZINHA — Ta doido, 6. ~ =. GIMBA— A gente. precisa-se bengé! — -HOMEM 1 — Isso é coisa do deménio! _ -RUE— (Do eimo do dective, aparece com Amélia} Ei genie! £ bom’ delxa de goada. A Mm ‘80 eoncentrando 1d emibaixo, Deve — Um montio détes 14, embaixo! IMBA,— Acabou a festa, gente. © me- INHA —. Ve gp to oobre, Glmba! a ee ‘sarees, —¥am- -Cegueiras-eancro, meneeaiets Fogo Sa iF (O-B0K: - e -GIMBA — (Depois de pausa) Velha agou- image OUI — 96 pode at enconto 1 GIMBA Vou faxd me benss, “GUI0-<-A polka, alma! = Tem nada, nfo, les nao sabe eerto ate toy Aqui. & depois nao ¢ tao diticn See ~ GIS — @-sim-Gimbat GIMBA — Nada. Zles pensam que estou com quadrihs... Nio te assusta nao... GUIG — some, Gimba, 2 melhé tu uni ‘Some agorat— GIMBA — 86-100 sober contigo, Gui. ark te aso “O-care ce. Mato-Gramty Prometeu, Prometeu arranja luga pra ngis ‘numas fazends I. Vamo pra 14. Tenho algim ‘@inhelro. Nos. pega: sossego, O pior fol essa ‘GUIS dana GUIS = reiiaday Deen 4 yetna ‘MatosGrasso? “*GIMBA = PEW travalhé, Néo faz mal, pao. Cansei, 006,.cansei,...Tu vem? _GUIO — © Theor : ‘busea- depois. Por en- “GUIO — Num esperava... Néis dois cansa Tinto, a GIMBA — Bom acontece! GUIO — B se a polica sobe agora? GIMBA — Ovinorro: é grande, Guid. Nin- gud fala. ‘GUIO — Vers descansi! Y{GIMBA © GUIO abracados vio em dire gio" a0 arraco. Gabiré na porta, chelo de GABIRG.— vamo dormi, auld. (Guid olha para Gimba indecisa) ~ SIMBA — (Sem se_alterar) Te hoje dor- me aqui, com ‘Tico, w= Pera lil Néo vai... - GIMBA — (Cortando) Guo é minha mu- thé. Wao 6? 5 Ginza com Guid. Val até a gavota e pega 9 revolver, Gaem ‘® esquerda.. Tico dorme. ‘Gabir5, ineste pelo desesnéro, depols de sorun. dos conségue dar alguns pasiog, Senta-se na ‘ang ge Me, © meni acres ta) oe 7 iba, volt né Si “ate Gimba yottou, Bor momento) reas X ‘Mesmo centio, Gabiré & porta do bar- raco-de Guid fuma pensativo. Tico dorme num sono agitado. € madrurada. 0 sol comeca a ~despantar, Seus raios sio fracos toldades por uvens ue prenuneiam chuva. Ouve-se um galo distante No alto os feilha dois vultes alnlgem-se ao barraco de * Chica. A porta se anre e os dots vultos en- tram, Partindd: dali, ouve-se indistintamente, um muraiirle de reess. Apés alguns momen. _ tos, Gabiré a alguns’ passos, agitado. Gulo- nar surge de combinagio. Otha pata ‘Nico, Vai alé a porta do barraco. GaBiRG — Vai adnbhde dormt vat Gus OUI — icra te fala ‘GABIRO-<.-10$ thusmfrios de_reza. ou- ‘veneseanaisistintamente) Ti com movimen. too baraco da Chica, Macumba ‘da boa! = oer tha que acontécé, Tu —GABIRG.=. ‘pode. Naor pode,» ‘GUIO_— Eu vou..cmbara, .Gabiré.- Vou ba oh GABIRO — va vat tarde. Ta nina pee 7a OUIG — Bu munes escondi, Gostei 6 de ‘um. Date, GABIRG — Tu gosta de quem te marea. Meu mal fol no te marca! GUIO — Nao adianta de nada fled désse elt. GARIRS = Vai acabé de dorms, Val fied com teu home! GUIO — Gabiro... GABIRG — PRESIDENTE DOS VALEN- TES. : GUIO — Num sou mulhé pré tu Gabirs, Fiz tudo, tu sabe. x GABIRO ~ Pancada, pancada} Mulhé se trata com pancada! GUIO — Besteira erté contvsio! GABIRO — Meu mal fol baba, fied de joe Jao. Fiquel de quatro, fiquel de quatro na tua Srentel ‘auIO 36 t® pogo uma coisa ‘Monkwenecieee ‘arrepen- ‘de. Ble gosta de yoo?, niio proveca éle. REVISTA DE TEATRO at = SEGUNDO TEMPO GABIRO + Que é que tu pensa que 6? Que 4 que tu pensa? Sempre, sempre val sé Pegi home ¢ Jargé. Yaa desgraga? Por que tu vive desgraeando os, outros, por ate eomi- 0? Que 6 que eu te the? GUIS — Ta t4 preclsando de descanso. (Wal saindo, Gabird segura-a pelo brago. 0 murmério de resa se transforma em eante basso) GABIRO — Dizi O que é que eu te fz? Eu ndo quero te v6 contente? Quero. Bu num vou trabalha? Vou. Que & que tu qué, Guld? 2sse home num presta, Ble tem € f0r¢0, 56 Bsse home mata, Guid. Tu vai vive correhdo a policia, sem Tuga prd ficé. fle te mata anuin dia de raiva,.. Guid GUIO — Ve se te aquietar GABIRO — B ya} acontece, viu? Val acon ‘eoe! Be vaf-te mared todinha como mareou stuia.cara! Todinhat: fle vai te tarea) GUIO = xe targa. Gabir6! GABIRG —= Tu-val sofre, Guid... Tu val sotret = GUIO — Me larga, t0uxo! (Desvenettha- se ate) ¢ —Cachorra! Cachorra! ~GUIG.— Batik home ums vés! GABIRO = Guid: Pelo amor de Deus num vail Num-yat-com:éiey-@vi0!- Nunca, nunca te esl nada. Num vai gom éle ,peto amér de Deus! GUI — Gaabiro) i GABIRO — teu sou mogo, eu sét! Ppr isso, Num me desgraga.a vida, Guio! Num me desgracat : ‘ 'GUIO — Delxa de esetndalo Gabirst ‘GABIRG — Ta J4 goston de mim. O jeito ce tu me agarravat ‘Tu me enfeiticou! Minha nega, minha néga. Num me deixa, Guid! GUIO — Gntensamente num’ susurro) Large de mim} GABIRG — Ew te mato, Guid, eu-te mato (Canto no barraeo de Chea aumenta) Tu val com éle eu te mato! Eu sou home, Guis! Nin. ‘suém me faz de emo! GUIO — Entfio matal’ (Gabiré estanca) Mata! QABIRG — (No auge do desespero) ciuid, Gul6! Ee belo teus pet Beljo tous pél Sem ‘tu eu num sou nada. # covardia ‘ue Porque em mum passo fom fe, nave Ht frag0. Diz gue flea, Guid, diz que flea. ‘ommpurr Deka | GuI0 — fando.0 com fOrea) de escandato, Gimba yal aeorda! i GABIRG ~ Deixa acorda! Deixa acorda! GUIO Flea quieto! Flea quieto! cavan- Ga-para.éle ¢ tapa-lhe a boca, Lutam. Gabi- _¥6 de um salto desvencitha-se, ‘Tico accrdow = @ yal até a porta do barraco, tonto de sino) GUIO'— Home nésse ponto 1 perdido. Tu 4 nojo} ~~ GABIRO — Tu vai choré chumbo, Guid! ‘Ty vat volté pré zona! Vou te vé morrendo sum hospital, apodrecendo em vida. Eu juro, Guid“ GUIO — (Volta-Ihe as costas, Sem dizer palayra empurra Tico para a cama, desapare- ee pela esquerda, ‘Tico deita-co ospantadiss!- mo, Gabird pasa ag mfos pelos eabelos. otha por momentos para o barraco de Chica onde i cantoria decresce do intensidade, Refreia 9 balo, Hntra no barraco e entia a eabeca na una de agua. No barruco de Chica. “Abre-se a porta ¢ = Sal uma mulher. visivelmente tonta, um grupo de péssbas~atravessa 0 declive; ¢.tivam juin _ to & portay TCO = Brigaram’butra véz2 GABIRG = Bw nao presta, Tico. Bla no Tico — For.aue? : —GABIRO a val oixd. a gente! ICO. — Agora que.o Gimba voltou? ‘mata! 00 — pra'se delonta GABIRO — Ruindade, Tico. Malvadeua! Bsse7home traz desgraga. Tu opviu ayGhica diz8. Bla sabe! ese home traz deagenéat . ‘TICO— Gimba é bom! GABIRO — fles vao'te delxé Tidot sles ‘ao te larga. Vio fugi, vio enbora. _# TICO — Eu éles num deixa! GABIRO — Nao? Coltada do moleque! Tu vai vé, Dagui a pouguinho:.0§ dols que rem ‘marido e mulhé, fugindo indo embora! ‘TICO — Dé umn Jelto dates tied GABIRO — Pra qué? Deixa {! Eu'mostro pra élest TICO — Num deixa i nao! GABIRO — Eu tomo conta dOcé, Sosseza, dorines TIGO — Num detxa 11 GABIRG — Dorme. ‘TICO — Num fala mais do Gimba? GABIRO — Fica quieto! TICO — Océs vive sempre brigando GABIRS — (ndteador nos labios) Psiu! “(Gabirgsal do barraco e dirige-se a0 bar- _ theo de Chica. 4 algunas mulheres e um _ -homem esto junto da porta. O homem pro- "tra Impedir = entrada de Gabiré). \ GIMBA, PRESIDENTE DOS VALENTES HOMEM — onde 6 que vai? GABIRO — Nao 6 da sua conta ! HOMEM — Pra fala com D. Chica pre- cisa esperé vee! GABIRO — # assumto urgente at HOMEM — Nao vamo se alter! sspera a vez € pronto! GABIRO — Comhego a Chica néo é de hoje, velo. Vou entré e é agora! HOMEM — Respeita ‘0s. trabalho! GABIRO — Sal de minha frente! ‘MULEER — Que ¢ isso, mogo? CHICA — (Abrindo a porta do parraco) Pra que é&se barulhio? HOMEM — © mogo aqui nio qué esperd a vee ‘ (A porta aberta do barraco deixa yer 2 luz de velas. sombras que se mexem li den- tro. Um canto surdo 6 ouvido) CHICA — Delia dle! "4 com jelto de alma pada! GABIRO — senhora' vat me ajudé D. Chica. A senhora-tem de me ajud: SHIGA — Mundo tem médo da vena, Ga- ire? GABIRG — As r02ts D. chica! CHICA —(Segurando-o pelo brago leva-o para longe dos do grupo) 8 tudo um desam- para! + GABIRO.— Bunipreciso. da. senhora D. Chest CHICA. = Precisa de mim? Fula, Fala sempre! 2 GABIRO — wu quero que a senhora taca uns “despacho pro Gimba., Sle qué. leva Cuiomé Bla qué me deixa. CHICA — © nego! O négo traz desgra- a... Sempre touxe. Vom bala. Multa bala, Bases hégo sempre triz desgraga! GABIRG — A senhora taz despacho néo foz2 CHICA — Prd bem e pro mal! (aponta o erupo) Bsses af... ses af ainda acreditam na volha. © velho se nia... se ria! Pro bem © pro mal, GABIRO — Entdo fez! Colsa certa, pri ‘mata. Os dols, Ha pode i, Pode { embora. ‘Mas quero vé ela dpodrecé, Apodreeé em vida! CHICA ~ (Pita longamente Gabiré, canto aumenta ¢ 8 silbuetas no barraco agi- tam-se furiosamente) Tu t4 rum menino! GABIRO — asa mulhé 6 0 diabo, Doxia chica! CHICA — Diabo. Hum! Tu no conhece hada, menino,.. (T) Ola 0 sol, Nem o so] ode sai, - al pra, GABIRO — Faz pré mim, D. Chica. Eu Pago! SO icgeta aan E perigoso » Pode volta. GABIRO — Volta ein quem? —* CHICA — Em quem fez, Em ta. Em mim, E volta. “Se nao pega, volta. santo déles é Torte. Velo lua quando passo por Guid, Volta. GABIRG — Volta nada, CHICA — Tu nao conhece nada, menino. A volta quetma, GABIRO — Unico jelto que eu tenho, D Chica. Unico jeito. Dou o que a senhora quisé. ‘Tem de 98 Jé CHICA = A. volta queimat ~~-GABIRO.— Bla. qué-mo-deixé, D: Chica. Bla precisa sofré. Presidente dos valente. Eu ‘queria podé-agarré éle, Na minha cara, no frente de todo mendo, Os dois, D. Chica, os dos. precisa sofrd. —.- CHICA — Mas volta, Tu no viu o togo. Foi volta. Volta que nem alot GABIRG — Queria sé dq tamanho dex ‘86 uma hors,_s6 una hora! Uma hora che-, gavat ~ CHICA — Pensel-que desse corto, Despa- eho-do grande. Depots togo, tégo gm tudo Febyoltaccse. — - ~-GABIRGS— Vanio arrisca! “SCHICA = Ty nfo vin, cAlguém dentro do Ingrtiito “raeebé d:unto” ¢tomecs a agliar-co € eontorcer-se fore dis vistas do. piblico) Tn nao vit, Menino! Fégo, fégo e ‘mals fog, Era petrélen.,Tuda explodia, Tudo do. © velho 1K no alto fled, feb aos, efita, Ferro, fon0, 0 mundo gemia, desabou o ou, Gabird! Desabou treo. Foi volta! @ABIRG — Por favor, D. Chica! CHICA — Nico. Nico meu Zilho. Volto bri fle também, Gritou pré mim. Prd mim ajusa! Bu parel, Sabla que exe volta. Pare! © f6g0, Gabiré, 0 fogo 6 quem manda! ‘GABIRG — Resolve de véz, velha. Faz ox nila faz? CHICA — Tu ta curtido de édio! (As contoredes da mulher dentro do bar- Yaco_chegam ao ange) GABIRO — Faz ot nio faz? CHICA — Nem 0 so! pode sai! # tudo tao bafado aqui! Mas vem a vinganea do céu! (Ns porta do barraco surge a muller pos~ ‘e884; dois homens tentan segtrd-la) GABIRG — Tem de taz8. D, Chica! CHICA — Vai embora, Gabird,.. CEnea- vminha.se para a mulher que se debate na porta, ‘Entoa um “ponto"; € acompanhada ~Pelon outros, a mulher se acalma, Entram © todos no barraco, Gabtrd fiea instantes para- \ REVISTA DE TEATRO 23 do olhando para o barraco) Gimba aparece no barraco da esquerda; vai até Tico. GABIRO — fles vio apodreet! (Desce va- gnrosamente a. trilha) GIMBA — Como vai moleque? ‘TICO — Bom! GIMBA — Vou aranja médico pr’océ. TICO — Tu vai embora? GABIRO — (Surge na porta do barraco Fita.Gimba com 6dio) GIMBA — (Frio) ‘Ta azédo, irmio? GABIRO — Presidente do valentes! (Sae correndo pela tritha) GIMBA — (Val até a porta do barraco) ‘TA perigoso teu padrinke ‘TICO.— TA com raiva d'océ! GIMBA — (Cortando) Hoje, moleque, nos vamo. arriba @sse corpo! > ‘TICO — Tu vai embora? GIMBA — Num me delxam fica! ‘FICO — Guid também val, né! B eu? *GIMBA = Por pouso tempo. Logo, logo ‘vero te buisca! TICO — Isso é sujelra, Gimbat GIMBA — Que ¢ isso, moleque? Num tem outro Jeito. Mas é-por. pouco. Depois nés vamo ‘pra Jonge. Nés trés, ta? ‘TICO — Eu tanibém vou embora por mj- nha_-conta. GIMBA — Vai é fica com Carlo até a wente vim. te buscé. ‘TMOO-——Dbixaeu-i agora, Gimba, Eu. ‘no atrapalizo, ‘nao. GIMBA — Agoranéo pode. Nao eria caso, delegado, sey ‘TICO — Océs é que téo criando caso. Eu podia i com vocts. Podia ajuda até, Nés po- dla forma quadritha, GIMBA — Delxa de papo! Tu nao pode tem com tu mesmo! * ' ‘TICO — Posso sim! GIMBA — Mixé 0 assunto, mixd! TICO — Sujeira! De tu eu no esperava isso, Gimba, # ingratidio! GIMBA — Vai chord agora? Tu nao aguenta a mao al. ‘Tex trabalho na quadri. tha val sé ésse. Esperd quietinho até eu vim te bused, té2 = TICO — Num v6 nessa, nao, Pensa que eu ‘sou bobo, €? Vocés tio querendo me elimina. GIMBA — Ja té dizendo bobage. ‘TICO — Eu sei. Eu sei, Pode deixé (Pausa) GIMBA — Escuta. Se eu te contd um se- stédo ty nio espalha pra ninguém? ‘TICO — Num quero sabé! GIMBA — Olha lit ‘TICO — Num quero sabe? (Wai sainio) ~~TICO.— Gimbat GIMBA — (Voltando-se). Hum? TCO —O gue é, hein? GIMBA — 0 que 6 0 que? Rip TAA mesmo, Tu pode espana. ~ TIO Conta, conta! ~_GIMBA: — & segrédo sério? Dist ‘GIMBA — Depots, depois eu eonto “Tico anr- Guna, eontar 3 Bao abre @ béea? de & que eu vou? GIMBA — (Misterioso) Maso-Grosso, ‘FICO — Onde & Mato-crosso? ieee dagut. La no serio! 1 ‘Tem cobirs, nao €? sce eae Ee « ‘ICO — Hein? TIGD — Migs que trabalho? Que tal? TIO = Trabalho de enxada? = GImBa = Tampon, Agu. “Heo sinus 09 Deve bom + TIGO — Usa revolve? FICO — (Avimando-se) Néo espaiho; nao, GIMBA — Vé 14, hein? B segrédo séxio. ‘TICO.— Pode deixé,.Ninguém vai sabo! GIMBA'—Entao, owe 1a, TH sabe pra ‘THEO, — (Palando baixe:também) Onde? = .GiEBA GIMBA — Trabalho de tazenda, Depois 4 venho te buseé ¢ vamos os érés pri 14, ‘FICO — Deixa de sé bobo, Gimba. Fica -__GINBA — Que o que! Trabalho em fazen- GIMBA — Ora niio? Tn nao gostaria de eat TA s6 se anda a cavalo. que inho. _GIMBA — Tem de ush pra mata as onga, GIMBA, PRESIDENTE pos VALENTES -GIMBA— "Ti bom, Vou busch 0 méaico GIMBA = "Os indi sto de nada. Num io nem pré saida, ‘TIE — intho, nds assusta éles, ‘gouado! GIMBA — A gente Jaga bol! TICO — Que bacana! A gente pode cagé Vai sé ‘TICO — (Ainda emburrado) O segrédo ai, pra burro! GIMBA — Vreé nfo qué sabé. GIMBA — Vaso yiv8 cagando} Entéo? ZICO.— Dia! ; "ICO — 0 que? GIMBA — = pensando dircito € meld _GIMBA —"Tu espara pu. vim te busca? ‘MICO — Espero firme. E vou treinando. ‘Vou Inga négo por ai % pamparra: GIMBA — Mas aguenta a mio, hein? Nada de se abri por ai. MIGO — Pode deixt, uél E val demora quanto? ‘GIMBA — Pouco tempo. ‘Ta aguenta a mio que um dis.eu chego © te levo, ta? ‘Tico — Bom. GIMBA — Mas vé 14! Nao pode cont pra sninguém! TICO = Pode deixal = alka 1a ‘TCO — Ge deseontia num precsave cone ‘GIMBA — Gonfio sim, moleque! ‘GUIS. tAparege vinda do quarto. 34 esta vestida para sar Trae uma pequena ma- lela) ‘Pa ainda nao fol ‘GINBA — 6% {ado agora: Tava conver- sando com.o Tike. ile tonox! SRI BRE G5 Pes wines ale a Z GUIO = $6 Gidria v8 num tops. Ta £1. *; Cando muito metido, modleque! F TICO — Eu ja sei pré onde voeés yao. Gimba conto, ‘GUIO — Conte pra ele? (Gimba confir- ma) FICO — Precisa % susto, nfo. Eu num fa10, (Carlfio © Médico descem pela trilha) GUIO—-Se-feié- tu nunca mais vé o Gimba, t ‘TICO — Que cisma, sd! Pode deixa GIMBA ~ ‘You indo GUIO — Te culda, Gimba. Bles* podem 6 por aft CARLAO — (Entrando) Bons dias GIMBA — Que ¢ isso, sou Carléo! CARLAO — TA agel ym grande médico. Sorte éle £6 subido hoje. GIMPA — ‘Tava saindo pra caié um na amarra} ‘MEDICO ~ Eeonomizou trabalho. CARLAO — (Batendo nas costas do mé. ico) 580 € do peitot 44

Você também pode gostar