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Lucas.

4 5 antequam dies.

"in.sô.ni.a (origem da palavra insônia). Do latim insomnia.ae.: Incapacidade de


adormecer ou de manter o sono, que pode ultrapassar o período de um mês, sem razões
físicas aparentes ou uso de medicamentos que alterem o sono"

Esta noite, me deparei com Beatrice sentada na beirada da cama, confesso que foi
uma surpresa para mim encontrá-la daquela maneira. Beatrice estava encarando o
chão com uma cara de quem queria chorar e então me lembrei de quando era uma
criança, de quando eu as vezes quebrava as decorações da minha mãe brincando
com os meus irmãos, e essa cara era igualzinha a dela agora. Levantei-me da
cama em direção ao banheiro, a minha presença não pareceu importar para ela,
ao menos consigo dizer se ela está mesmo aqui...

É estranho se encontrar neste estado, uma transe entre o mundo real e a sua
imaginação, diziam filósofos que "A imaginação é efeito de uma experiência
sofrida, um acúmulo de sensações e sentimentos embaralhados, nela, só temos
conhecimento do que nos afeta." apesar de cientificamente estar correto, o que
nos leva a este sentimento de luta entre a realidade e a imaginação?

Apesar da minha cabeça aconselhar-me a tentar entender o que estava


acontecendo, o meu corpo me mandava voltar a dormir, e foi o que aconteceu.
Nada superava a sensação do corpo se moldando ao colchão e vice-versa.
Quando acordei novamente, Beatrice não estava mais lá, as minhas mãos
inquiriam sua silhueta, mas apenas lençóis bagunçados foram encontrados. Pego
o meu celular para checar o horário e toda a minha vida social, então vejo que eu
simplesmente havia perdido o horário para ir trabalhar e já era praticamente meio
dia, a única coisa que poderia passar na minha cabeça uma hora dessas é "fudeu''.

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