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TCC - Mayara Alves
TCC - Mayara Alves
Bauru
2014
CAMILA MAYARA DA SILVA
BAURU
2014
A IMPORTANCIA DA MUSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Pedagoga.
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Banca
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DEDICATÓRIA
Agradeço primeiramente a Deus que me deu forças para chegar até aqui, a
meus pais Iltemar e Valdelice, que me apoiaram e me deram forças, agradeço
também ao meu Noivo Lucas que me incentivou quando pensei em iniciar a
faculdade mesmo estando debilitada, mas me deu o maior apoio no momento que
eu mais precisava.
Aos meus pais Luiz e Ruth mesmo não estando mais entre nós a quem, eu
rogo todas as noites a minha existência. Apoiaram-me nos momentos de
dificuldades, quero agradecer também meus irmãos. Que embora não tenham
conhecimento disto, mas iluminaram de maneira especial os meus pensamentos me
levando a buscar mais conhecimentos.
Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta
caminhada. Agradeço também ao meu esposo, Renato, que de forma especial e
carinhosa me deu força e coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades,
e não deixando de agradecer de forma grata e grandiosa meus pais, Marcia e
Paulo, a quem eu rogo todas as noites a minha existência.
Pai, sua presença significou segurança e certeza de que não estava sozinha
em muitos momentos difíceis que passei nessa longa caminhada pena que tive que
terminá-la sem você. Você me faz muita falta.
Friedrich Nietzsche
RESUMO
It is known that through musical games, the teacher can develop in their students
logical reasoning, language, motor coordination body, creativity, self-esteem, self-
image, artistic sensitivity, attention and memory. Music is so important to man and
his experience, scholars in the field of education point to the need of inclusion of
music in early childhood education, emphasizing one of the central points of your
educational design, the importance of music in the development of spiritual values
and ethical children. The present study aimed to investigate what is the true role that
music can play in a child's education and social and educational development of the
child. The musical learning actively and continuously integrates practice, reflection
and awareness, bringing the experience to increasingly elaborate stages of
expression and expansion of world knowledge. It has been seen that despite its
importance to music still continues to be considered as extra work that can be
developed or not in school reality and often music education is just seen as a
teaching resource to assist in learning other subjects considered relevant. The
teacher should use music and musical education as a means to help learning, not
content, however, to just putting music to listen to the student, or to provide
opportunities to play an instrument, but to explore the musicality in all its aspects . It
was concluded that listen and learn a song, participate in games wheel and rhythmic
activities are actions that arouse, stimulate and help develop a taste for musical
activity, as well as providing the experience of the structural elements of musical
language. The child through play relates to the world and day after day playing
discovers how to make music.
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 12
CONCLUSAO........................................................................................................ 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 37
ANEXOS................................................................................................................ 41
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INTRODUÇÃO
escritores, também se espera que o ensino musical não venha formar músicos, mas
que sua utilização desenvolva um processo de criação em que alunos e professores
possam ir construindo suas próprias músicas, através do ato educativo.
As questões que nortearam este estudo foram: Quais as reais vantagens do
emprego da música na educação infantil? Quais os benefícios da música para o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e educacional de crianças? Os profissionais estão
e são preparados para utilizar esta modalidade e usufruir o máximo de seus
recursos na educação de crianças?
O presente estudo objetivou investigar qual é o verdadeiro papel que a
música pode desempenhar dentro da educação infantil e na formação social e
educacional da criança. Objetivou, ainda: contribuir para o ensino-aprendizagem;
desvendar a atração e a relação criada entre a criança e a música; refletir acerca da
validade da utilização da música como instrumento educacional; contribuir na
formação, maturação psicológica e no aprendizado dos alunos, despertando sua
criatividade; contribuir para um melhor entendimento de como o educador pode
realizar um trabalho com música; e servir de instrumento para a reflexão da
importância de uma educação, musical não só para o desenvolvimento cognitivo,
mas para um desenvolvimento total do ser humano.
Apesar de sua importância a música ainda continua a ser considerada como
um trabalho a mais que pode ser desenvolvido ou não na realidade escolar e muitas
vezes a educação musical é apenas vista como recurso didático para auxiliar na
aprendizagem de outras disciplinas consideradas relevantes.
Apesar de sua importância a música ainda continua a ser considerada como
um trabalho a mais que pode ser desenvolvido ou não na realidade escolar e muitas
vezes a educação musical é apenas vista como recurso didático para auxiliar na
aprendizagem de outras disciplinas consideradas relevantes.
Visconti e Biagioni (2002) dizem que o objetivo do professor é sugerir
atividades lúdicas, capazes de desenvolver o raciocínio, a sensibilidade rítmica e
auditiva do aluno com a finalidade dos seus alunos se tornarem mais receptivos aos
outros conhecimentos e mais sociável na interação com o ser humano.
Do mesmo modo, Libâneo (2000, p.27-28) destaca que a presença do
professor é assim conceituada como “indispensável para a criação das condições
cognitivas e afetivas que ajudarão o aluno a atribuir significados às mensagens e
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Este é o motivo pela qual uma música pode ser interpretada, compreendida e
até executada de modos diferentes.
Para Jeandot (1997, p.13), a música é “a linguagem do coração humano”.
Este conceito nos leva à uma ideia de ritmo, que é o básico elemento das
manifestações da vida e um princípio fundamental também na música. Certos povos
às vezes desconhecem uma melodia e a harmonia, porém nenhum desconhece o
ritmo.
O conceito de música varia de cultura para cultura. Embora a linguagem
verbal seja um meio de comunicação e de relacionamento entre os povos,
constatamos que ela não é universal, pois cada povo tem sua própria maneira de
expressão através da palavra, motivo pelo qual há milhares de línguas espalhadas
pelo globo terrestre.
A música é uma linguagem universal, mas com muitos dialetos, que variam de
cultura para cultura, envolvendo o modo de cantar, de tocar, organizar os sons e
estabelecer as notas básicas e seus intervalos.
Nesse sentido, questiona-se: é possível estabelecer a essência da música?
Manifestação sonora de espírito do universo? Sem nenhuma dúvida, pode-se dizer
que a música, estando tão vinculada estreitamente ao mundo pré-verbal e às
emoções, constitui uma privilegiada linguagem, por meio da qual os seres humanos
comunicam - se entre si.
Muitos são os achados literários que postulam sobre a importância da música
na formação humana. Friedenreiche (1990, p.186) afirma que “o ensino de música,
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Toda a educação da criança, até a troca dos dentes, precisa ser dirigida
principalmente no sentido de uma permeação sadia do corpo físico. Para tanto
deverão ser dadas, através dessas explanações, algumas indicações importantes.
Naturalmente deve o educador, apoiando-se nessas noções básicas generalizadas,
proceder individualmente e, sem cair em atitudes esquematizadas, orientar-se
sempre de acordo com o que lhe é oferecido em cada caso específico.
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Com isto queria dizer que o homem evita tocar conforme ritmos incompatíveis
com os que dão características a sua natureza, por exemplo, sua pulsação cardíaca,
já que tal procedimento lhe provocaria estresse. Atualmente, com o avanço
tecnológico, o homem é apto de programar músicas mais lentas ou mais rápidas,
que podem ser efetuadas pelos instrumentos.
Nicole Jeandot também contribui nesse sentido mostrando a criança como um
ser musical, necessitando por parte dos educadores auxílio para construir seu
conhecimento sobre música.
Jeandot (1997, p.86) apresenta-nos seu ponto de vista de que “a música
representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade ao ser humano,
especialmente no referente às crianças”.
Quanto mais elas possuem oportunidade de comparar as ações feitas e as
sensações obtidas através da música, mais seu conhecimento e sua inteligência,
vão se desenvolvendo.
A criança não é uma artista, nem um ser simplesmente contemplativo, porém
antes de tudo um ser “rítmico-mímico”, que utiliza de modo espontâneo os gestos ao
saber de sensação que eles despertam. É apenas observar um bebê com uma
colher à sua disposição antes da refeição: ele a bate na mesa, repetindo este gesto
para renovar a sensação que provocou. Pode repeti-lo de várias maneiras e diversas
vezes, diversificando seus efeitos. Este princípio da variação e da repetição.
[...] emoções de toda espécie são produzidas pela melodia e pelo ritmo;
através da música, por conseguinte, o homem se acostuma a experimentar
as emoções certas; tem a música, portanto, o poder de formar o caráter, e
os vários tipos de música, baseados nos vários modos, distinguem-se pelos
seus efeitos sobre o caráter – um incentivando a renúncia o outro o domínio
de si, um terceiro o entusiasmo, e assim por diante, através da série
(ARISTÓTELES apud TAME, 1984, p.19).
Tame (1984, p.52) explica que, “na música a criança vivencia, a princípio,
apenas o fator volitivo, expresso no ritmo”. Nessa idade, a música rítmica atua de
maneira plástica sobre os órgãos. Por isso, é muito importante, na primeira infância,
que meios pedagógicos, tais como canções infantis, deixem uma harmoniosa
impressão rítmica aos sentidos. Deve-se dar menor valor ao conteúdo e valorizar
mais a bela sonância. Quanto mais estimulante for a atuação sobre a audição e a
visão, tanto melhor.
Nesse sentido, pode-se dizer que as brincadeiras musicais contribuem para o
reforço de todas as áreas do desenvolvimento infantil, representando um inestimável
benefício para formar e equilibrar personalidade da criança e a riqueza de estímulos
que a criança recebe por meio de várias experiências musicais contribui
significativamente para o seu desenvolvimento intelectual.
Sendo a música tão importante para o homem e sua vivência, estudiosos no
campo da educação como Tame (1984) apontam para a necessidade da inclusão da
música na educação escolar infantil, salientando como um dos pontos centrais de
sua concepção educacional, a importância da música no desenvolvimento dos
valores espirituais e éticos das crianças.
lei que implantou a educação artística intentava uma maior universalização das artes
e um compromisso do Estado em fornecer por 8 anos formação artística para a
população. A ideia era que não existiria mais uma disciplina de educação musical e
sim uma de educação artística na qual um único professor polivalente contemplasse,
com uma carga horária semanal de 1 hora aula, a música, o teatro e as artes
visuais.
Desta forma a postura do professor devia ser voltada mais para os processos
envolvidos nas diversas opções artísticas e não para o produto artístico final.
Segundo Fernandes (2004) desde a Constituição Nacional de 1998 já havia
um indicativo de retorno do ensino de artes como componente do ensino obrigatório
e, portanto, com a indicação dos conteúdos.
Assim, neste aspecto a LDBEN/96 surgiu para regulamentar o dispositivo
constitucional, pois indica que o Estado, por meio da educação básica (educação
infantil, ensino fundamental e ensino médio), deve garantir a criação artística e que o
ensino de arte fará parte do currículo obrigatório. Para dar forma às proposições
desta Lei outras normalizações tiveram que ser feitas como o Referencial Nacional
de Educação Infantil (BRASIL, 1998) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
para os ensinos fundamental e o médio. Ambos os regulamentos contemplaram,
como se esperava, o ensino de artes.
O documento de música presente em RCNEI segue a estrutura igual dos
demais documentos e encontra-se organizado em introdução, com um texto
ressaltando a presença da música na Educação Infantil e outro que faz
considerações a respeito da criança e a música em diferentes fases do seu
desenvolvimento. Na sequência o documento apresenta os conteúdos, os objetivos,
gerais orientações para o professor, registro, observação e a avaliação formativa e
termina com sugestões das obras musicais e a discografia.
A Música é uma das áreas de trabalho integrantes do âmbito da experiência e
do Conhecimento de Mundo. Neste sentido, o documento do campo de música traz
em seu texto uma proposta de ensino musical a ser desenvolvido por profissionais
de Educação Infantil. A concepção que RCNEI adota compreende a música como
uma linguagem e área de conhecimento e tem que esta tem características e
estrutura próprias devendo ser tida como: apreciação, produção e reflexão (BRASIL,
1998).
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A presença da música nos mais diferentes espaços faz com que a ela se
legitime como linguagem e forma de conhecimento. No contexto escolar essa
presença se faz também em diversas situações do cotidiano e vem atendendo a
vários objetivos juntamente com as demais áreas de conhecimento. A música,
presente nas culturas, nas mais variadas situações, faz parte de uma educação
desde há muito tempo, sendo que, na Grécia Antiga, era tida como fundamental
para a formação de futuros cidadãos ao lado da Filosofia e da Matemática (BEYER,
1999).
É no século XX que ocorrem as maiores revoluções na música, na pedagogia
e na educação musical. É também neste século que se caracteriza o educador
musical como se conhece hoje em dia, inclusive no Brasil.
No que se refere à educação em geral muitas teorias e práticas novas se
impuseram com o intuito de responder às demandas da época. Segundo Fonterrada
(2005), estava à vista a “dissolução do ser humano em meio à vida coletivizam-te
ordenada pelas condições massificadoras, pela maquinaria e pela burocracia” (p.
85).
Assim, com a anulação do individual pelo coletivizam-te a arte criativa
tenderia a perder sua força. A luta contra este estado de coisas se reproduziu na
educação como um todo e na educação musical especificamente.
A música na Educação Infantil acontece de várias maneiras e com diferentes
objetivos. Nesse sentido podemos afirmar que sua presença é fundamental para o
desenvolvimento das crianças sendo que pode ser trabalhada de distintos modos no
contexto escolar. Isso se confirma no cotidiano escolar em diversas atividades como
a recreação, as festividades ou comemorações, na formação de hábitos e também
como pano de fundo e recurso didático para diferentes fazeres da Educação Infantil.
Sendo assim, até o momento, o que percebemos é uma visão e uma prática
utilitaristas da música na escola de Educação Infantil, o que se distancia da
concepção de música como conhecimento que possui conteúdos próprios e
metodologias particulares (BEAUMONT, 2003; FONTERRADA, 2005).
Desta forma, refletir sobre as funções que o ensino de música poderá assumir
na escola nos motiva a considerar o cotidiano escolar, as práticas culturais de
professores e alunos, mas também outros variados propósitos pelos quais ela
poderá aparecer, de acordo com o contexto e as situações particulares e suas
próprias possibilidades como linguagem artística.
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qual se “inventa tradição”, como coloca Goodson (1995), mas como algo a ser
construído socialmente.
Portanto entender as práticas educativas desenvolvidas pelas professoras de
Educação Infantil no cotidiano, de algum modo procedem de orientações
curriculares e se traduzem em práticas curriculares - uma vez que o currículo não é
algo que se constitui a priori e sim decorre de experiências e de saberes -
acreditamos que, nesse contexto, a música estará ou não presente nos currículos de
acordo com essas práticas de professoras uni docentes. Então, tendo em
consideração que o currículo também é expressão de princípios pedagógicos,
ideológicos, sociais e políticos, este se configura como algo que se encontra entre o
que acontece realmente na sala de aula o que é prescrito.
A partir dessa concepção, procuramos refletir acerca do currículo da
Educação Infantil, no que se refere à música como um dos eixos educativos a ser
trabalhado na escola de Educação Infantil pelas professoras.
Como postulado acima, a Educação Infantil, segundo a LDBEN de 1996
constitui a “primeira etapa da Educação Básica, tendo como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico,
intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (LDBEN
9.394/96, título V, capítulo II, seção II, art. 29).
Ainda segundo o artigo 30 da referida Lei, a Educação Infantil deve ser
oferecida em creches (para crianças de 4 meses até três anos de idade) e pré-
escolas (para crianças de quatro a seis anos de idade).
O RCNEI é um oficial documento que não possui impacto na prática
pedagógica de professores da Educação Infantil (PENNA, 2004), principalmente em
tratando-se da linguagem musical.
O desconhecimento de certos professores sobre o documento observa-se,
ainda, no específico caso da música, uma linguagem que colabora para que haja
dificuldades para a sua efetivação na prática.
Para Instituições da Educação Infantil, o RCNEI desenvolveu categorias
curriculares para organizá-los. Nesta organização - tendo em consideração a
elaboração dos conhecimentos e das diferentes linguagens, a construção de
identidades nas crianças, os processos da socialização e desenvolvimento de
autonomia das crianças - optou-se pela criação dos âmbitos e eixos de trabalho.
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Conforme afirma Nóvoa (2004), o professor ensina aquilo que é e naquilo que
é se encontra muito do que ele ensina. Perrenoud (2002, p.39) também confirma
isso, dizendo que "nossa ação sempre é a expressão daquilo que somos".
Pensar em música num contexto mais amplo significa perceber que esta pode
acontecer nas mais variadas formas e que ela não necessariamente precisa apenas
ser vivenciada através do canto. A música é constituída de sons e silêncios e está
presente no cotidiano de todo o ser humano, bastando-lhe para isso a iniciativa de
começar a explorar suas atividades a partir destes sons e silêncios. Podemos
explorar os diferentes sons corporais (bocejos, murmúrios, estalos, palmas, etc.).
Pode-se explorar os sons em diferentes materiais do cotidiano (na rua, em
casa, nos objetos que nos cercam... entre muitos outros) e, a partir desta
exploração, criar novas formas de organização destes sons. Com a voz podemos
entender as diferentes possibilidades de inflexão melódica. Podemos explorar os
ritmos, os instrumentos, perceber diferenciações de timbres e buscar e analisar a
música que encontramos na mídia em seus mais diferentes aspectos.
Szönyi (1996) indica alguns pontos sobre a educação musical salientados
pelo educador. A educação musical deve se estender e ser acessível a todos, pois é
de vital importância na formação geral. Para isto deve fazer parte da educação
proposta pelo Estado, com organização e controle adequado. Além disso, deve
haver uma boa formação de professores e um diálogo internacional com cooperação
e intercâmbio de ideias.
O primeiro educador musical da criança é a família, em especial a mãe.
Becker (1989) fala que quando a mãe canta para a criança dormir, ensina seu filho a
bater palmas, está educando musicalmente seu filho. Depois, na escola, a criança
terá sua educação musical formalizada.
A autora lembra que cabe aos professores dar oportunidades para os
educandos utilizar a música como uma forma de se comunicar e não deve existir a
ilusão de haver um grande interesse das crianças pela música só por elas estarem
cercadas de músicas através do rádio, televisão, pois isso não basta para
desenvolver um senso crítico musical. Atividades lúdicas como canto, brinquedos e
rodas cantadas são importantes para despertar a sensibilidade da criança.
Schaefer (1991) acredita que o trabalho do professor é descobrir o potencial
criativo das crianças para fazer música por si, apresentar aos alunos os sons do
ambiente, tratar a “paisagem sonora do mundo” como um composição musical da
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sobre estas janelas é que quase todas se abrem até os 10 anos de idade, daí a
importância da educação infantil em todas as áreas. Segundo Ilari (2003) a principal
importância disto tudo para educação musical é a ideia de que basta para criança
fazer música para que desenvolva sua inteligência musical. Esta música deve ser
variada e manuseada por meio de diversos dispositivos e modalidades do fazer
musical.
Mas a autora aponta mais especificamente para algumas atividades como o
canto (que desenvolve ao menos 6 sistemas do cérebro), os jogos musicais (que
podem estimular diversos sistemas também), a execução instrumental (desenvolve
os sistemas de controle de atenção, memória, orientação espacial, ordenação
sequencial, o sistema motor, o de pensamento superior e, no caso de grupos
musicais, o sistema de pensamento social), a composição e a improvisação musical
(desenvolve também diversos sistemas), a notação musical (tanto a notação
“inventada” pela criança quanto a tradicional desenvolvem os sistemas de orientação
espacial, ordenação sequencial e do pensamento superior), a construção de
instrumentos (desenvolve sistemas como o do pensamento superior, de ordenação
sequencial, o motor e de controle da atenção).
É interessante notar que este contexto que o autor chama de renovação da escola
está em sincronismo com o histórico do desenvolvimento da educação no século
XX.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEYER, Ester. Fazer ou entender música? In: BEYER, Ester (Org.). Idéias em
educação musical. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 9-31.
BRITO, Teça Alencar de. Música na Educação Infantil. São Paulo: Peirópolis,
2004.
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BRITO, Teca Alencar de. A música como uma das formas de conhecimento de
mundo: a proposta do Referencial Nacional para a educação Infantil. In:
ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 7,
1998, Pernambuco. Anais... Pernambuco: ABEM, 1998. p. 83-87.
MOREIRA, Antônio Flávio e SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.). Currículo, cultura e
sociedade. Cortez Editora: São Paulo, 1994.
PENNA, Maura. Música na Escola: analisando a proposta dos PCN para o ensino
fundamental. In: PENNA, Maura (coord.) É este o ensino de Arte que queremos?
Uma análise das propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais. – João Pessoa:
Editora Universitária/CCHLA/PPGE, 2001. p.113-134.
TAME, David. O poder oculto da música. Trad. Octavio Mendes Cajado. São
Paulo: Cultrix, 1984.
ANEXOS
5- A aula de educação musical ela pode colaborar com a rotina dentro da sala
de aula?
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