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DA ESTRATÉGIA
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Folha de Rosto
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Dedicatória
Os autores
Figuras
Introdução
Capítulo 1
Modelo de maximização da estratégia
Capítulo 2
Estratégia: do pensar ao agir
ESTRATÉGIA
Breve história da estratégia de negócios
FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA
ESTRATÉGIA
PROCESSO DE GESTÃO DA ESTRATÉGIA
DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Capítulo 3
Alinhamento estratégico
POR QUE ALINHAR
A FORÇA DO ALINHAMENTO
MODELO DE ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
ALINHAMENTO VERTICAL
ABRANGÊNCIA NA FORMULAÇÃO DA
ESTRATÉGIA
Processo formal de planejamento
Envolvimento da média gerência na formulação
Consenso estratégico
ENVOLVIMENTO DAS PESSOAS COM A
ESTRATÉGIA
CAPACIDADES GERENCIAIS PARA
IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Negocie a estratégia
Comunique a estratégia
Permita o questionamento sobre as mudanças
Mantenha uma conversação sobre o que mais
importa
Mantenha uma conversação aberta
Crie uma linguagem apropriada
Gerencie as mudanças
Alocação dos recursos
Políticas e projetos das subunidades
Estrutura
ALINHAMENTO HORIZONTAL
Orientação para processos
Benefícios da gestão por processos
ORIENTAÇÃO PARA CLIENTES
ALINHAMENTO E DESEMPENHO
CASOS DE EMPRESAS COM FOCO NO
ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
Empresa “A”
Empresa “B”
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Perfil de diagnóstico de alinhamento plano de
ação
Plano de ação
Capítulo 4
Execução da estratégia
A IMPORTÂNCIA DA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA
FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO PARA A
EXECUÇÃO
A liderança e a execução
A cultura organizacional e a execução
A disciplina da execução
O CONTEXTO ORGANIZACIONAL PARA A
EXECUÇÃO
MODELO DE EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA52
Fator Direcionador
Fator Integrador
Fator Impulsionador
Fator Facilitador
Fator Liderança Executiva
ÁREAS DE DECISÃO ESTRATÉGICA
BARREIRAS À EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA
CASOS DE EMPRESAS COM FOCO NA EXECUÇÃO
DA ESTRATÉGIA
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Instrumento para avaliação dos fatores
determinantes do modelo para execução da
estratégia
Forma de avaliação
Plano de ação
FATORES DIRECIONADORES
FATORES INTEGRADORES
FATORES IMPULSIONADORES
FATORES FACILITADORES
FATOR LIDERANÇA EXECUTIVA
Instrumento para avaliação das barreiras à
execução da estratégia
Capítulo 5
Medição de desempenho
INTRODUÇÃO
SISTEMAS DE INDICADORES DE DESEMPENHO
(SID)
CONHEÇA ALGUNS MODELOS DE INDICADORES
DE DESEMPENHO MAIS DIFUNDIDOS
Balanced Scorecard (BSC)
Prisma de desempenho
Pirâmide de desempenho
CONSTRUA UM SISTEMA DE INDICADORES
CUSTOMIZADO
PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO
SID
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Instrumento para avaliação da dimensão
medição do modelo Max E
Forma de avaliação
Plano de ação
DESDOBRAMENTO DA
ESTRATÉGIA
VALIDAÇÃO DAS MÉTRICAS
SISTEMA DE BONIFICAÇÃO
DEFINIÇÃO DAS METAS-ALVO
INFRAESTRUTURA DO SID
Referências bibliográficas
Figuras
1 Procure material e artigos de apoio para o modelo no laboratório de gestão de projetos (LGP) da Escola
Politécnica da USP: www.poli.usp.br/lgp.
Capítulo 2
ESTRATÉGIA
A gestão estratégica diz respeito às ações que a organização desenvolve com o
objetivo de criar valor e obter uma posição sustentável em seu mercado de
atuação. A criação de valor é alcançada quando a empresa é capaz de formular e
implementar uma estratégia que outras empresas são incapazes de duplicar ou
encontram dificuldade de imitar. 2
Podemos pensar estratégia, então, como pensar e agir sincronizados, um movimento pautado pela
razão, imaginação e intuição, visando vencer a competição. Não basta buscar por um plano que
desenvolverá uma vantagem competitiva sem colocá-lo em prática com vigor e entusiasmo.
VOCÊ SABIA?
Que alguns autores, embora concordem que estratégia é algo singular, buscam traçar tipos comuns de
organização com relação à estratégia?3
Responda com qual das quatro afirmações sua organização mais se alinha:
( ) 1. Buscamos encontrar e manter um nicho de mercado seguro e específico, com produtos e
serviços relativamente estáveis. Tentamos proteger nosso mercado oferecendo produtos de alta
qualidade e serviços superiores. Podemos não estar na vanguarda, mas buscamos ser o melhor
executor em nosso mercado. Nossa eficiência operacional se destaca com relação aos concorrentes.
Nosso planejamento é estruturado e centralizado.
( ) 2. Buscamos localizar e explorar novas oportunidades de produtos e mercados, atuando de
modo amplo em ambiente em constante mutação. Somos em geral pioneiros em novos produtos e
tecnologias e em buscar novos negócios e mercados. Somos ágeis em responder às novas
oportunidades de mercado. No entanto, esse esforço impõe riscos e podemos às vezes não nos manter
fortes em todas as áreas de mercado em que entramos. Nosso planejamento é descentralizado, com
baixo grau de formalização e autonomia para profissionais especializados. Faz-se uso de feedback de
ações experimentais, orientado para a solução dos problemas à medida que surgem.
( ) 3. Em nosso carro-chefe, ou seja, produtos e mercados mais relevantes, buscamos posição de
liderança, com grande eficiência e sobrepujando os competidores. No entanto, mantemos um olhar
no futuro e podemos nos mover rapidamente para novos mercados mais promissores, seguindo os
pioneiros, que já desbravaram os potenciais e riscos no novo mercado. Monitoramos atentamente as
ações de nossos competidores em áreas compatíveis com a nossa, e embora seguidores trazemos
maior eficiência.
( ) 4. Não há uma clara definição estratégica. Não temos foco em um mercado específico nem
conseguimos ser pioneiros na descoberta de novos produtos e serviços. Em geral vivemos os desafios
do dia a dia da melhor maneira possível.
Veja qual o tipo de sua organização no final do capítulo.
Faça a ligação dos pontos fortes com as oportunidades e veja como eles potencializam as
oportunidades. Depois verifique se os pontos fortes podem neutralizar as ameaças ou ainda convertê-
las em oportunidades. Faça a ligação dos pontos fracos com as ameaças e veja como eles podem
deixar a organização ainda mais vulnerável às ameaças. Depois verifique se os pontos fracos podem
reduzir a capacidade da empresa em aproveitar as oportunidades disponíveis.
Defina a visão com base na análise. Trace as alternativas possíveis justificando com base nas três
análises anteriores. Você pode ainda priorizar as alternativas.
Você pode sofisticar a análise SWOT atribuindo pontuação aos pontos fortes e fracos e pesando as
ameaças e oportunidades. Com base nesses valores é possível priorizar as alternativas.
Pense quais são os recursos estratégicos da sua organização. Faça uma lista deles.
Depois de respondidas essas questões, e em consonância com a análise SWOT feita anteriormente,
plote os recursos na Figura 2.3 e faça a análise.
O recurso O recurso O recurso O recurso
ou ou ou ou capacidade
capacidade capacidade capacidade é
é é RARO? é difícil de INSUBSTITUÍVEL?
VALIOSO? IMITAR?
Não Não Não Não
Sim Não Não Sim/Não
Sim Sim Não Sim/Não
Sim Sim Sim Sim
genérico.
Figura 2.4. Roadmap genérico.
Alinhamento estratégico
O alinhamento estratégico é uma das principais condições para que as
empresas sobrevivam no seu mercado de atuação. Organizações alinhadas
normalmente apresentam desempenho superior.
Uma organização está alinhada quando há sinergia entre os seus elementos
internos e eles se reforçam mutuamente para a concretização da estratégia.
Difícil de ser obtido, o alinhamento deve ser visto como um processo. É
possível começar com um grau de alinhamento mínimo, identificar gradualmente
os pontos fortes e fracos da gestão até chegar a um grau de alinhamento superior.
No desenvolvimento deste capítulo inicialmente vamos discutir a força do
alinhamento, considerando exemplos de empresas que ao longo dos anos
definiram com clareza um posicionamento para o seu negócio e fizeram os
ajustes necessários para fortalecer sua posição. Também vamos apresentar um
modelo de alinhamento estratégico, que surgiu para atender as necessidades de
os executivos definirem quais elementos devem ser alinhados e como conduzir o
processo.
O capítulo se encerra com a apresentação da Ferramenta para Diagnóstico de
Alinhamento. Essa ferramenta permitirá avaliar o grau de alinhamento
estratégico da organização e quais elementos devem ser priorizados.
Após a leitura deste capítulo você terá condições de responder as seguintes
questões:
a) Por que alinhar?
b) Quais elementos devem ser alinhados?
c) Como conduzir o processo de alinhamento?
d) Quais dificuldades podem surgir e como superá-las?
BENEFÍCIOS DO ALINHAMENTO
Fortalece a estratégia.
Cria um senso de direção único.
Estabelece um diferencial que é reconhecido pelo mercado.
Cria valor para os clientes, para os acionistas e para os empregados.
Faz com que os colaboradores se voltem para um mesmo objetivo.
Os recursos são aplicados em áreas essenciais para o negócio.
Empresas mais bem alinhadas apresentam desempenho superior.
A FORÇA DO ALINHAMENTO
Vejamos o que o caso Habib’s nos ensina a respeito da força do alinhamento
por trás do sucesso das empresas.
HABIB’S
O Habib’s é a maior rede de fast-food do país genuinamente brasileira, e a maior do mundo como fast-food
de cozinha árabe. Surgiu em 1988 na capital paulista.
Atualmente são mais de 300 lojas espalhadas pelo país e um faturamento de cerca de R$900 milhões anuais.
Os alicerces da sua estratégia são preços baixos, alta variedade de produtos e a garantia da qualidade. O
Habib’s oferece preços baixos nos itens principais e estimula o cliente a consumir itens mais caros e
lucrativos, como bebidas e sobremesas, que chegam a dar lucro superior a 400%.
Para garantir a diversificação de produtos o cardápio inclui produtos característicos do paladar brasileiro,
como a pizza, o pastel, pastelzinho de Belém, bolinho de bacalhau e o chope.
Para sustentar a sua estratégia a empresa foca na gestão de custos em toda a sua cadeia produtiva e de
fornecimento. Optou pela verticalização como meio de controlar os custos e a padronização da qualidade. A
empresa mantém uma cozinha central em cada estado onde a rede de lojas está instalada, uma central de
produção de pães, discos de pizza e doces, uma indústria de laticínios, uma fábrica de sorvetes que também
abastece redes de supermercados e uma empresa de telemarketing, que também fornece serviços para outras
empresas.
O sistema de franchising garante a expansão dos negócios e o aumento de volume, que é importante para a
diminuição do custo unitário dos produtos. O crescimento se dá em ritmo acelerado: são aproximadamente
30 novas lojas por ano.
A localização das lojas também é cuidadosamente planejada. Nas ruas, as lojas do Habib’s normalmente se
localizam em esquinas com grande fluxo de pessoas de baixa renda, o público-alvo da empresa.
A empresa faz do marketing o seu aliado na consolidação do seu posicionamento de mercado. Instituiu
campanhas como “Nosso preço começa com zero”, destacando produtos com preços menores do que R$1.
Ela também investe no marketing esportivo com o patrocínio do São Paulo Futebol Clube, que lhe garante
uma loja no interior do estádio do Morumbi, e ainda a comercialização de seus produtos durante os jogos.
Uma das políticas da rede é não contrair financiamentos e isso é exigido também dos franqueados. A folha
de pagamento também deve ser enxuta. As metas são claramente definidas e orientam as decisões
estratégicas e operacionais. Elas orientam o número de novas franquias além do valor médio do tíquete por
cliente e da quantidade de sobremesas que devem ser vendidas.
Fonte: Adaptado de informações da empresa disponíveis em www.habibs.com.br.
ALINHAMENTO VERTICAL
O propósito essencial de uma organização como um todo precisa ser um
conceito comum e unificado com o qual cada unidade possa contribuir.
Cada departamento e time precisa ser capaz de ver a relação direta entre o
que eles fazem e a meta global.
O propósito essencial precisa ser claro, fácil de compreender, consistente
com a estratégia da organização e acessível por todos os grupos e
indivíduos.
Consenso estratégico
O consenso envolve o quanto os líderes compreendem e dão suporte à
estratégia da empresa, e é considerado crítico para a resolução de diferenças,
para promover uma direção estratégica única para a empresa, para aumentar o
comprometimento estratégico além de impulsionar o sucesso na implementação
da estratégia.
Em primeiro lugar ele precisa ser construído entre os estrategistas, que
necessitam buscar o acordo sobre as prioridades estratégicas. Em geral, o
comprometimento com a estratégia depende do quanto os gestores percebem que
a estratégia está alinhada aos interesses da organização e do quanto eles
percebem que ela está alinhada aos seus próprios interesses.
QUAL É O NOSSO GRAU DE CONSENSO SOBRE A
ESTRATÉGIA?
Negocie a estratégia
O estrategista tem o papel de construir e manter o suporte necessário para a
implementação da estratégia em meio às resistências que naturalmente podem
surgir devido ao interesse de determinadas partes em manter a velha estratégia
ou por falta de compreensão da nova proposta. 37
Comunique a estratégia
O processo de convencimento no sentido vertical é a única maneira que os
38
Gerencie as mudanças
O gerenciamento das mudanças se refere às ações que serão efetuadas na
estrutura, nos processos, nos planos das unidades e nos sistemas com a intenção
de alinhá-los à estratégia.
Alocação dos recursos
A alocação de recursos marca o momento em que a estratégia deixa de estar só
no papel e entra em ação e também serve como um sinal, interna e externamente,
de que a organização está rompendo com determinadas opções estratégicas para
adotar outras.
A gestão dos recursos implica determinar qual nível de recursos deve ser
diretamente alocado para cada mercado ou produto ou para viabilizar os projetos
das diversas áreas destinados a concretizar a estratégia.
Políticas e projetos das subunidades
Políticas e projetos não devem ser gerenciados apenas como componentes do
desdobramento da estratégia, mas como instrumentos para reforçar e dar apoio
às mudanças em vista dos ataques dos competidores.
Por meio da implementação dos projetos é que se garante o fortalecimento de
áreas críticas ao sucesso do negócio.
Estrutura
Refere-se às mudanças nos grupos, no sistema hierárquico e no modo como as
informações e decisões fluem no dia a dia para favorecer a implementação da
estratégia.
ALINHAMENTO HORIZONTAL
A Coca-Cola não percebeu a tendência do consumo de bebidas mais saudáveis. A concorrente, PepsiCo,
saiu na frente investindo em chás e isotônicos. Como resultado, em dezembro de 2005 a Pepsi ultrapassou a
Coca-Cola em valor de mercado, alcançando US$98,4 bilhões. A saída da Coca para reassumir a liderança
em valor de mercado foi a aquisição de empresas fabricantes de bebidas saudáveis.
No Brasil, a Embraer por décadas projetou seus aviões com base em uma visão mais técnica, colocando os
desejos dos seus engenheiros à frente dos desejos e necessidades dos potenciais compradores. Depois de
privatizada, no início da década de 1990, a empresa decidiu investir no ERJ-145, um jato de médio porte,
projetado de acordo com as tendências do mercado global. Foi o início de uma virada que colocou a
empresa na liderança de mercado em seu segmento.
Existem pelo menos três áreas nas quais se pode investir para desenvolver os
clientes: a primeira é o atendimento às suas necessidades; a segunda, o
relacionamento personalizado; a terceira, cuidar dos serviços e suporte pós-
venda.
Para isto, é necessário estar disposto a que clientes e outros influenciem
mudanças nos produtos e serviços pela participação nessas relações.
A orientação para clientes consiste na identificação dos segmentos de mercado
e clientes que a empresa deseja atender e que são a fonte de receita dos negócios.
Pressupõe também que a organização defina mecanismos para conhecer as suas
necessidades e tenha propostas específicas de como lhes entregar valor.
Foco no cliente é um dos princípios da norma ISO 9000 e para atendê-lo a
empresa terá que adotar alguns procedimentos:
ALINHAMENTO E DESEMPENHO
Existe uma relação entre o alinhamento e o desempenho das organizações. 44
Planos de Seguro de Saúde Privada atendem 47,9 milhões de pessoas.
Os planos de saúde geram 95% do faturamento dos centros de diagnósticos.
Mais de 70% dos beneficiários de planos de saúde estão vinculados a planos empresariais.
Os custos com assistência médica aumentam acima da média da inflação.
Poder de barganha tende a ficar nas mãos dos clientes (convênios e seguradoras).
Mercado de medicina diagnóstica é dependente de alta tecnologia e insumos importados.
Mercado tende a ser disputado por grandes conglomerados que estarão ofertando cada vez mais
exames a preços decrescentes.
Empresa “A”
A empresa adota a estratégia de diferenciação, baseada na marca, no atendimento diferenciado aos clientes,
na tecnologia e qualidade empregada em seus produtos.
A tecnologia, as competências das pessoas, a qualidade do atendimento e dos materiais e o conforto das
instalações são compatíveis com a referida estratégia.
A Empresa “A” é um caso em que a relação entre alto grau de alinhamento e bom desempenho pode ser
estabelecida. Forte alinhamento é característico de empresas que conhecem sua área de atuação, suas
competências e sabem como direcionar esforços para atingir as metas. Estas características podem ser
evidenciadas na empresa em questão.
O conselho de administração é formado por médicos renomados, que são os donos do negócio, e por
executivos de destaque em suas áreas de atuação. O envolvimento destes profissionais com o meio
acadêmico e de negócios é significativo, o que favorece a amplitude de informações para a tomada de
decisões estratégicas.
A Empresa “A” tem procurado ajustar-se às demandas do ambiente em termos de volume. Tem investido no
aumento da capacidade instalada e na construção de um laboratório estrategicamente posicionado, que dá
condições para a realização de exames para laboratórios menores de todo o país. Essas ações melhoram as
condições de longevidade do negócio, uma vez que este mercado tende a ser disputado por grandes
conglomerados que estarão ofertando cada vez mais exames a preços decrescentes.
Empresa “B”
A empresa tem uma estratégia claramente definida: atender as classes “C” e “D” com preços baixos e
ganhos de escala. Para tanto, definiu como processo essencial o processo de vendas externas a laboratórios
apoiados. Montou uma estrutura específica para atender laboratórios apoiados, incluindo local, equipe de
vendas, logística para coletar as amostras e entregar os resultados, incluindo o uso de recursos de
informática para troca de informações via internet. A equipe de vendas é remunerada pelo alcance de metas
de vendas e conquista de novos clientes.
Trata-se de uma estratégia que tem trazido resultados no curto prazo. Entretanto, diante do cenário do setor
a estratégia parece ser inadequada para melhorar a competitividade e longevidade da empresa. O aumento
na quantidade de clientes e de exame está sendo atendido pela otimização da capacidade atualmente
instalada, mas não há uma estratégia para aumentar essa capacidade para o futuro. Além do mais, os
investimentos em internet são facilmente copiáveis e uma tendência no setor.
Quanto ao alinhamento horizontal, a empresa possui uma rotina de realização dos exames padronizada, que
inclui atividades de correção e controle dos processos. No sentido vertical evidenciam-se algumas lacunas:
assuntos estratégicos restritos à alta administração e a seus supervisores, falta de definição de
conhecimentos e habilidades a partir da estratégia da empresa, falta de sistema de recompensa voltado ao
reconhecimento do trabalho grupal e ausência da medição da satisfação dos funcionários ante as mudanças
nos processos.
Daí classificar-se a empresa como um caso de alinhamento mínimo.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
1.1. PROCESSO 1 2 3 4 5 6 7 8 9
FORMAL DE
PLANEJAMENTO
1. As ações da nossa
empresa são
baseadas mais em
planos formais do
que na intuição.
2. Temos objetivos
de longo prazo,
formalizados e
conhec idos por
todos os gerentes.
3. Temos metas
específicas, de curto
prazo, formalizadas
e conhecidas por
todos os gerentes.
4. Temos um
sistema de
planejamento
estratégico mais
amplo, para o
desenvolvimento da
organização como
um todo.
Total =
Total % =
1.2. 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ENVOLVIMENTO
DA MÉDIA
GERÊNCIA NA
FORMULAÇÃO
1. Média gerência e
superiores
trabalham juntos
para decidir
o que será feito para
implementação da
estratégia, pela
média gerência.
2. A média gerência
toma conhecimento
da estratégia com
antecedência, antes
de ser chamada a
implementá-la.
3. Durante a
implementação da
estratégia, a média
gerência sente que
pode procurar os
seus superiores para
sugerir mudanças
nas atividades de
implementação.
4. As
responsabilidades da
média gerência, na
implementação, são
significativas.
Total =
Total % =
Total =
Total % =
1.4. CAPACIDADES 1 2 3 4 5 6 7 8
GERENCIAIS
PARA A
IMPLEMENTAÇÃO
DA ESTRATÉGIA
1. A alta
administração
desenvolve e
comunica um senso de
direção único a ser
compartilhado por
todos os membros da
organização.
2. Nossos executivos-
chave buscam obter,
entre si, o consenso
entre opiniões
conflitantes, a
melhoria da
coordenação e a
efetiva colaboração.
3. Fazemos uso da
tomada de decisão
compartilhada entre a
alta administração e a
média gerência.
4. Nossos executivos
buscam identificar os
obstáculos à
implementação da
estratégia antes de
colocá-la em ação.
Total =
Total % =
1.5. 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ENVOLVIMENTO
DAS PESSOAS
COM A
ESTRATÉGIA
1. As metas da
organização são
compreendidas por
todos os seus
membros.
2. Os empregados
são comprometidos
e mantêm um
elevado senso de
responsabilidade
para com a
organização.
3. A organização
como um todo se
esforça para
alcançar as
metas.
4. Os
conhecimentos e
habilidades de que
as pessoas precisam
são definidos a
partir da estratégia
da organização.
Total =
Total % =
1.6. 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ORIENTAÇÃO
PARA
PROCESSOS
1. Nossos
gestores cuidam
de como o
trabalho é feito,
bem como dos
seus
resultados.
2. Revisamos
nossos processos
de trabalho
regularmente
para saber o
quanto eles estão
funcionando.
3. Quando
alguma coisa sai
errada, nós
corrigimos as
causas apontadas
para evitar que o
problema ocorra
novamente.
4. Os processos
são revisados
para assegurar
que contribuam
para alcançar as
metas
estratégicas.
Total =
Total % =
1.7. 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ORIENTAÇÃO
PARA
CLIENTES
1. Buscamos
descobrir
continuamente
necessidades
adicionais dos
nossos
consumidores
que eles ainda
não
perceberam.
2. Incorporamos
soluções em
nossos produtos
e serviços para
necessidades dos
consumidores
ainda não
atendidas.
3. Buscamos
influenciar o
modo como
nossos
consumidores
usam nossos
produtos ou
serviços.
4. Trabalhamos
próximos a
pessoas-chave
do mercado,
visando
reconhecer as
necessidades dos
clientes com
antecedência de
meses ou até
mesmo anos
antes que a
maioria do
mercado possa
reconhecê-las.
Total =
Total % =
25 Leia mais sobre a relação entre eficiência e eficácia e a estratégia organizacional em Drucker (1963) e
Porter (1996).
26 Leia mais em Porter (1985).
27 Leia mais sobre alinhamento como configuração e como integração de sistema de atividades em Carmeli
e Tishler (2004), Porter (1996) e Siggelkow (2002).
28 Leia mais em Prieto (2006) e Prieto, Carvalho e Fischmann (2009).
29 Leia mais em Prieto (2011).
30 Os trabalhos de Bartlett e Ghoshal (1994), Campbell e Alexander (1997) e Nohria, Joyce e Roberson
(2003) discutem o real valor da definição da estratégia para os executivos.
31 Veja alguns trabalhos que desafiam o executivo a pensar sobre a essência dos seus negócios: Bartlett e
Ghoshal (1995), Collins e Porras (1996), Hamel e Prahalad (1994) Mills et al. (2002) e Nohria, Joyce e
Roberson (2003).
32 Adaptado de Labovitz e Rosansky (1997).
33 Sobre diferentes modelos de alinhamento estratégico e as respectivas visões, veja estudo comparativo em
Prieto, Carvalho e Fischmann (2009).
34 Leia mais em Boswell e Boudreau (2001) e Boswell (2006).
35 Sobre o alinhamento como vantagem competitiva, leia Powell (1992).
36 Sobre estratégia emergente e planejada veja Mintzberg e Waters (1985).
37 Leia mais em Hambrick e Canella (1989).
38 Sobre os processos gerenciais a serem desenvolvidos pelos executivos leia mais em Garvin (1988) e
Hambrick e Canella (1989).
39 Leia a pesquisa na íntegra em Prieto et al. (2006).
40 Leia mais em Beer e Eisenstat (2000, 2004).
41 Caso adaptado de Herzog (2003), revista Exame.
42 Interpretações da voz do cliente propostas por Labovitz e Rosansky (1997).
43 Texto adaptado de Cesar (2007).
44 Sobre alinhamento e desempenho leia Prieto e Carvalho (2011).
45 Adaptado de Zajac, Kraatz e Bresser (2000).
46 Leia mais no Caderno Foco Saúde Suplementar de junho de 2012, publicado pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), e no trabalho de Porter e Teisberg (2004).
Capítulo 4
Execução da estratégia
Neste capítulo o leitor conhecerá os elementos-chave para criar as condições
necessárias para uma execução bem-sucedida da sua estratégia. O
reconhecimento do papel da disciplina da execução, os fatores críticos de
sucesso e as barreiras à execução são tópicos abordados e discutidos. No sentido
de fornecer uma estrutura de referência para a construção da jornada de
execução da estratégia, o capítulo apresenta uma proposta de modelo de cadeia
de valor para a disciplina da execução, fornece instrumento para avaliar o grau
de prontidão da empresa para a execução e ilustra alguns cases de empresas que
se destacam pela ênfase e compromisso com a disciplina de execução da
estratégia.
A diferença entre uma empresa e sua concorrente é cada vez mais a habilidade
de executar. Se seus concorrentes estão executando os planos melhor do que
você, estão derrotando você aqui e agora: os mercados financeiros não irão
esperar para ver se sua complexa estratégia vai dar certo ou errado. Por isso, os
líderes que não conseguem executar não costumam ter uma segunda chance. 49
Execução como a principal tarefa do líder da empresa.
Execução como elemento-chave da cultura da empresa.
A Execução é uma disciplina e parte integrante da estratégia.
Figura 4.1. Fatores críticos de sucesso para a execução.
A liderança e a execução
Uma organização somente pode executar seus planos se o líder estiver
comprometido com a empresa de corpo e alma. Liderar é muito mais do que
pensar alto ou conversar informalmente com os investidores e com os
legisladores, embora isso seja parte do trabalho. O líder precisa estar envolvido
pessoal e profundamente no negócio. A execução requer um entendimento
abrangente do negócio, do seu pessoal e seu ambiente.
A competência na execução e implementação da estratégia é o teste decisivo
para a liderança. Liderança sem disciplina da execução é incompleta e ineficaz.
Sem a habilidade para fazer as coisas acontecerem, todos os outros atributos da
liderança tornam-se inoperantes. 51
O líder que executa, em geral, nem sequer precisa dizer às pessoas o que
fazer; faz perguntas de forma que elas próprias descubram o que precisam fazer.
Assim, ele as orienta, passando sua experiência como líder e educando-as para
que pensem de forma inovadora.
A execução não é programa que você transplanta para a organização. Um líder
que diz “OK, agora vamos executar para mudar” está meramente lançando a
moda do mês, que não vai durar muito tempo. Assim como o líder precisa estar
totalmente envolvido na execução, todos os demais membros da organização
devem entender e praticar a disciplina da execução. 49
A disciplina da execução
O cerne da execução está alicerçado em três processos-chave: o processo de
pessoal, processo da estratégia e o processo de operações. Toda empresa utiliza
49
esses processos de uma forma ou de outra. Mas é muito comum que eles fiquem
separados; planejados e gerenciados em torno de silos. As pessoas os executam
mecanicamente e o mais rápido possível, de modo que possam voltar para o seu
trabalho normal. Esses processos-chave estão onde as coisas importantes para a
execução precisam ser decididas.
Figura 4.2. Processos determinantes para a execução.
Fator Direcionador
A sugestão de composição para o Fator Direcionador abrange os seguintes
processos-chave: Boa Formulação da Estratégia Organizacional, Orientação para
Resultados/Cultura de Alta Performance e Gerenciamento dos Stakeholders –
principais partes interessadas no negócio.
Importantes autores que se dedicam às pesquisas e estudos sobre a disciplina
de execução da estratégia, Thain (1990), DeLisi (2000), Freedman e Tregoe
(2003), Bossidy e Charan (2004), Hrebiniak (2005), Kim e Mauborgne (2005),
destacam que o ponto de partida para uma execução bem-sucedida é uma
estratégia organizacional bem elaborada, consistente, realista e robusta. Uma
execução perfeita é incapaz de corrigir as deficiências e fraquezas de uma
estratégia mal planejada.
A definição de objetivos desafiadores e motivadores atrelados a uma cultura
de superação voltada à entrega de resultados têm também poder direcionador
para a execução da estratégia. O Gerenciamento dos Stakeholders justifica-se
pela ênfase e pela importância destacada por Neely, Adams e Crowe (2001),
Freedman e Tregoe (2003) e Kaplan e Norton (2004) sobre o impacto das
necessidades e demandas dos stakeholders nos rumos da estratégia
organizacional.
Fator Integrador
A sugestão de composição para o Fator Integrador abrange os seguintes
processos-chave: Desdobramento e Alinhamento da Estratégia, Processo de
Comunicação da Estratégia e Modelo para Acompanhamento do Desempenho,
Atualização e Revisão Estratégica.
A mobilização das pessoas, o claro entendimento do papel de contribuição de
cada um para o sucesso da execução da estratégia e a motivação para as ações
em prol de uma execução bem-sucedida são obtidos a partir de adequados
processos de desdobramento, alinhamento e comunicação da estratégia. É
preciso conquistar o coração e a mente das pessoas que irão fazer acontecer a
estratégia dentro da organização. Um processo sistemático de acompanhamento
do desempenho, atualização e revisão estratégica é fundamental para instituir um
legado de aprendizagem estratégica que deve ressaltar as lições aprendidas e as
boas práticas desenvolvidas para garantir perenidade e resiliência do processo de
execução da estratégia. O modelo do Balanced Scorecard, desenvolvido por
Kaplan e Norton (1996, 1997, 2000, 2004, 2008), é uma das ferramentas mais
largamente empregadas por empresas que têm alcançado sucesso em seus
processos de execução da estratégia.
Fator Impulsionador
A sugestão de composição para o Fator Impulsionador abrange os seguintes
processos-chave: Modelagem e Melhoria dos Processos de Negócio,
Competência em Gestão de Projetos, Competência em Gestão de Mudanças
(Change Management).
A execução da estratégia ocorre por meio dos principais processos de negócio.
Assim, uma vantagem competitiva no que diz respeito às competências para a
gestão da melhoria contínua do desempenho dos processos é o carro-chefe para
impulsionar as atividades e os recursos organizacionais na direção da
implantação da estratégia. A competência em gestão de projetos torna-se um
elemento vital para o sucesso da estratégia na medida em que as principais
transformações organizacionais e a busca por níveis de desempenho superiores
aos concorrentes passam, em sua grande maioria, por iniciativas que devem ser
planejadas e executadas por intermédio de projetos estratégicos. Na medida em
que os processos e os projetos geram mudanças significativas na estrutura e na
maneira como as atividades e os recursos são mobilizados dentro da
organização, a competência em gestão de mudança completa o tripé fundamental
para impulsionar a execução da estratégia organizacional.
Fator Facilitador
A sugestão de composição para o Fator Facilitador abrange, na realidade,
grandes grupos de processos-chave. Trata-se do fator de contribuição com a
composição mais eclética, na medida em que busca agrupar todos os elementos
de apoio e facilitação que devem alavancar os fatores direcionadores,
integradores e impulsionadores do modelo para a execução da estratégia. Nesse
contexto, destacam-se os seguintes grandes grupos de processos-chave: Pessoas,
Informação e Tecnologia e Estrutura Organizacional.
As pessoas representam a espinha dorsal de todo o processo para a execução
da estratégia. São elas que efetivamente fazem a execução da estratégia
acontecer ou não. No modelo de execução da estratégia aqui proposto, o
processo-chave Pessoas abrange as seguintes variáveis-chave: estabelecimento
de objetivos SMART (Specific – Específico; Measureable – Mensurável;
Attainable – Atingível; Realistic – Realista; e Timely – Em Tempo), definição
de mecanismos de reconhecimento e recompensa atrelados às entregas efetivas
dos resultados da estratégia organizacional, gerenciamento da cultura
organizacional que suporta os valores, atitudes e competências requeridas pela
Estratégia, desenvolvimento de competências e capacitação das pessoas e
gerenciamento de talentos.
Em relação ao processo-chave Informação e Tecnologia destacam-se as
seguintes variáveis-chave: Compartilhamento das Informações e Gestão do
Conhecimento, Processo de Inteligência Estratégica e Infraestrutura tecnológica
para suportar as análises e os processos de negócio que impactam as operações
organizacionais e os processos de tomada de decisão. Aqui, na realidade,
ressalta-se a importância de a organização projetar e operar um sistema de gestão
de informações e de conhecimentos que influenciam todo o processo de
planejamento, execução, controle e aprendizado da estratégia organizacional.
O processo-chave Estrutura Organizacional engloba as variáveis-chave de
Estrutura Organizacional alinhada aos requerimentos e demandas da Estratégia,
Escritório de Gestão da Estratégia e Processo Orçamentário subjacente ao Plano
Estratégico. A estrutura organizacional deve seguir a estratégia, ou seja, deve ser
um elemento viabilizador e facilitador para a execução da estratégia. Quando o
alinhamento Estratégia e Estrutura é adequado, ao analisar o desenho da
estrutura organizacional deveria ser possível inferir a natureza e os principais
aspectos da estratégia organizacional. A gestão da estratégia torna-se, cada vez
mais, uma disciplina-chave para o sucesso das organizações. Assim, a instituição
de uma função dedicada ao processo de gerenciamento da execução da estratégia
é peça determinante para a capacidade de execução organizacional. Por fim, mas
não menos importante, a execução depende de planejamento, gestão e alocação
adequados dos recursos financeiros da organização. Portanto, o plano financeiro
deve servir de apoio, de alavanca e fonte de financiamento para o plano
estratégico da organização.
Obstáculos Pesquisa Pesquisa As 5
Wharton– Universidade principais
Gartner de Wharton classificações*
(n = 243) (n = 200)
1. Incapacidade de gerenciar a 1 1 √
mudança ou superar a resistência
interna à mudança.
2. Tentar executar uma estratégia que 2 5 √
entre em conflito com a estrutura
existente de poder.
3. Compartilhamento deficiente ou 2 4 √
inadequado de informações entre
pessoas ou unidades de negócio.
4. Comunicação confusa de 4 5 √
responsabilidade e/ou obrigação para
decisões ou ações de execução.
5. Estratégia vaga ou deficiente. 5 2 √
6. Falta de sentimento de “pertencer” 5 8 √
à estratégia ou de planos de execução
entre os colaboradores.
7. Não ter orientações ou um modelo 7 2 √
para orientar os esforços de execução
da estratégia.
8. Falta de entendimento da função da 9 5 √
estrutura e do projeto organizacionais
no processo de execução.
9. Incapacidade de gerar “convicção” 7 10
ou acordos sobre as etapas ou ações
de execução.
10. Falta de incentivos ou incentivos 9 8
inadequados para dar suporte aos
objetivos de execução.
11. Recursos financeiros insuficientes 11 12
para executar a estratégia.
12. Falta de suporte para execução da 12 11
estratégia por parte das lideranças da
organização.
* Itens que se posicionaram, em pelo menos uma das pesquisas realizadas, no ranking das cinco variáveis
mais importantes para a execução da estratégia.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
FATORES INTEGRADORES
1. Desdobramento da Estratégia
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
2. Alinhamento da Estratégia
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
4. Comunicação da Estratégia
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
FATORES IMPULSIONADORES
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
FATORES FACILITADORES
Processo-chave: PESSOAS
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
2. Mecanismos de reconhecimento e incentivo alinhados aos objetivos
estratégicos
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
5. Gerenciamento de Talentos
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
a. Escalas de avaliação
Fator: Senso de urgência para remoção das barreiras
Nota 1: Baixo
Nota 2: Moderado
Nota 3: Elevado
Nota 4: Crítico
Fator: Senso de mobilização para remoção das barreiras
Nota 1: Baixo
Nota 2: Parcial
Nota 3: Moderado
Nota 4: Elevado
Fator: Prazo para remoção das barreiras
Nota 1: Longo prazo (superior a 12 meses)
Nota 2: Médio prazo (de 6 a 12 meses)
Nota 3: Curto prazo (de 3 a 6 meses)
Nota 4: Imediato (em até 2 meses)
b. Tabela para avaliação das barreiras à execução
Barreiras Senso de Senso de Prazo para Índice de
à Execução Urgência Mobilização (2) Remoção Prontidão (1+2+3)
(1) (3)
Medição de desempenho
Neste capítulo discutiremos como a organização pode criar uma cultura de
monitoramento da estratégia que conduza à eficácia.
O desenvolvimento deste capítulo considera inicialmente alguns sistemas de
indicadores de desempenho bastante difundidos. Em seguida parte-se para
algumas dicas para as empresas que querem montar seu próprio painel de
controle da estratégia.
O capítulo se encerra com a apresentação de um Painel de Controle de
referência e um estudo de caso.
Após a leitura deste capítulo você terá condições de responder às seguintes
questões:
a. Como garantir o sucesso do plano estratégico?
b. Quais são os modelos mais difundidos de indicadores de desempenho das
estratégias?
c. Como é possível monitorar a execução da estratégia?
d. Como construir um painel de controle da estratégia?
INTRODUÇÃO
O conceito de monitoramento da estratégia pode ser visto sob vários aspectos
e na perspectiva de diferentes interessados (stakeholders). Além disso, no nível
estratégico, os dados caracterizam-se pelo alto grau de incerteza, muitas vezes
estimativas ou inferências dos executivos. Portanto, pensar formas de monitorar
a estratégia e verificar a variabilidade nas rotas delineadas no plano estratégico é,
em geral, um grande desafio das organizações. Em especial em tempos de crise e
turbulência, em que a velocidade de resposta dos estrategistas é fundamental.
A cultura de sistemas de avaliação de desempenho ou sistemas de indicadores
de desempenho (SID) nas empresas surgiu nas áreas financeiras e correlatas,
como forma de manter acionistas e outros interessados atualizados quanto aos
resultados de eficiência e eficácia em relação aos seus investimentos. No
entanto, ao longo do tempo percebeu-se que essa visão unidimensional do
desempenho causava certa miopia, com efeitos nefastos para as organizações.
Quem ainda se lembra da época do “downsizing”, ou seja, enxugamento dos
quadros e níveis hierárquicos, que levou diversas empresas à anorexia, sem
recursos para empreender o plano estratégico?
Os sistemas de indicadores de desempenho surgem na camada mais alta e
portanto estratégica da empresa; paradoxalmente, aquela em que os dados
caracterizam-se pelo alto grau de incerteza. Muito dos desencantos nos sistemas
de desempenho está refletido nas seguintes afirmações: 55
ambiental.
VOCÊ SABIA?
Várias empresas já publicam seus balanços sociais e ambientais, além dos tradicionais balanços
econômicos.
Se sua organização está interessada em elaborar métricas que contemplem questões relacionadas com
sustentabilidade, tais como o Global Reporting Initiative (GRI) e o Instituto Ethos, o GRI busca dar
suporte às empresas na elaboração de seus relatórios de sustentabilidade, sugerindo uma série de
indicadores gerais e outros específicos por setor, como construção civil e óleo e gás. Acesse
www.globalreporting.org para mais informações.
O Instituto Ethos também apresenta um framework de avaliação, que integra também os indicadores
GRI e direcionamentos da norma ISO 26000. Para mais informações acesse www3.ethos.org.br/.
Prisma de desempenho
Menos difundido que o BSC, mas bastante interessante pois destaca a
perspectiva dos stakeholders, é o modelo conhecido como prisma de
desempenho (performance prism).
O prisma de desempenho é composto de cinco faces, e a base e o topo
envolvem os stakeholders (investidores, clientes, colaboradores, fornecedores,
comunidade e entidades regulatórias). Nesse sentido o modelo traz a
preocupação com responsabilidade social ao estender o elenco de stakeholders à
comunidade em geral.
Na base do prisma está a contribuição de valor que os stakeholders provêm
para a organização, que são espelhadas no topo pela satisfação dos deles a partir
de suas expectativas ante o desempenho da organização, conforme ilustra a
Figura 5.3.
Figura 5.3. Prisma de desempenho.61
Pirâmide de desempenho
Um dos modelos pioneiros de sistema de medição de desempenho que surgiu
no início dos anos 1990 foi a Pirâmide de Desempenho. Embora ele tenha uma
estrutura piramidal hierárquica típica das organizações daquela época, sua lógica
de desdobramento dos objetivos do topo para a base (top down) e de agregação
das medidas da base para o topo (bottom up) ainda são utilizadas na maioria dos
modelos de medição de desempenho. A Figura 5.5 mostra de forma adaptada os
elementos que compõem a pirâmide.
A concepção básica do modelo mostra que há uma orientação top down que
parte da visão da estratégia, traduzida em objetivos desdobrados para os vários
níveis até a camada de operações. Mecanismo inverso, numa abordagem bottom
up, traduz tais objetivos em medidas de desempenho na base, que são agregadas
até atingir o topo da pirâmide. Nesse sentido, merece destaque o conjunto de
elementos envolvendo a hierarquia organizacional, da visão que explicita a
estratégia da corporação, desdobrados para as unidades de negócio (mercado e
finanças), que impactaram o desenho dos processos (satisfação do cliente,
flexibilidade e produtividade) até atingir o nível operacional. Além disso, o
modelo enfatiza as modalidades de eficiência interna e externa, que dividem a
pirâmide ao meio. Enquanto a eficiência externa remete a questões mais
relacionadas com as funções operacionais de qualidade e entrega, a eficiência
interna remete a questões associadas à perda e ao tempo de ciclo.
Figura 5.4. Modelo do prisma de desempenho.
VOCÊ SE LEMBRA...
Num passado não muito remoto, a Enron Corporation, empresa americana do ramo de energia, uma
das líderes do setor, foi alvo de um dos maiores escândalos financeiros que ocasionou sua falência.
As investigações revelaram que a Enron manipulava os balanços financeiros, inflando seus lucros
artificialmente e incorporando registros de lucros futuros.
No bojo dessa falência fraudulenta há forte influência do sistema de bonificação dos seus mais altos
executivos e do CEO. Enquanto os executivos ganhavam bônus milionários, surgiam escândalos a
respeito da sua integridade e boa-fé dos balanços e da bolha no valor das ações, que era usado no
cálculo dos referidos bônus.
Embora tenha sido um caso-limite, que até gerou mudanças nas leis daquele país, ele não é isolado.
Após a crise de 2008 que assolou a economia mundial e que em grande medida teve suas raízes no
sistema financeiro americano, a opinião pública e os governos receberam com espanto os bônus
concedidos aos altos executivos por mais de uma dezena de bancos como o Citigroup e Bank of
America, que receberam ajuda pública para sair da crise.
Do mesmo modo, a pressão política e da opinião pública recentemente fez o executivo-chefe do
Royal Bank of Scotland (RBS) desistir de bônus. O banco havia sido resgatado pelo governo
britânico, e mesmo assim, pelo sistema de bonificação em vigor na instituição seu executivo fazia jus
a um bônus.
Atributo 1: poder, com capacidade de ser usado ou não para conseguir seus objetivos, tendo acesso e
influenciando ou impactando a empresa. Nesse caso o atributo “poder” deve ser entendido como a
habilidade de aplicar um alto nível de punição ou premiação em termos econômicos (por exemplo:
dinheiro, bens, serviços) e/ou coercitivos ou de força física (por exemplo: uso de armas, fechamento
da empresa, sabotagem, processos legais, greves) e/ou influência social positiva ou negativa (por
exemplo: reputação, prestígio, mídia).
Atributo 2: urgência, nas suas relações com nossa empresa, é insistente na procura de atenção por
parte de nosso time de gestores, comunicando constantemente suas reivindicações, demandas e
desejos que julga importantes. “Urgência” é entendida como o grau em que o pedido do stakeholder
exige atenção imediata.
Atributo 3: legitimidade em suas reivindicações, e o time de gestores de nossa organização entende
que tais reivindicações sejam justas e procedentes. (“Legitimidade” pode ser entendida como a
percepção generalizada ou a hipótese de que as ações de uma pessoa são desejáveis ou apropriadas,
em um sistema social com normas, valores, crenças e definições.)
Caracterize os stakeholders de acordo com os atributos que possuem, preencha a Tabela E2.1
assinalando quais atributos podem ser atribuídos a cada um dos stakeholders da sua lista. (Cada
stakeholder pode ter 1, 2 ou 3 atributos.)
Tabela E2.1. Caracterização do stakeholder por atributo.
Stakeholder Poder Urgência Legitimidade
Após preencher a tabela, volte à Figura 5.1 e plote todos os stakeholders. Faça uma análise do
resultado.
5.1.
Quadro 5.1. Fatores facilitadores e barreiras para a evolução dos SIDs.
Este caso mostra como uma empresa do setor de seguros desenvolveu seu próprio sistema de indicadores de
desempenho (SID), e, melhor ainda, utilizando um método já dominado pela empresa para desenvolvimento
de novas soluções.
É uma grande multinacional, presente em 44 países e com mais de 30 mil empregados no mundo. A unidade
brasileira conta com mais de 2 mil profissionais.
A empresa tem uma área de planejamento estratégico formalizado atrelada à vice-presidência financeira, e
conta com um Escritório de Gestão Estratégica, centro nervoso dos projetos estratégicos da organização.
A empresa também adota há muitos anos o programa Seis Sigma, com excelentes resultados. Esse programa
busca forte alinhamento estratégico com uma cultura de medição de desempenho, não só em termos de
eficiência, mas também de eficácia. O programa é conduzido por projetos, apoiado no pensamento
estatístico sistematizado com um roteiro preestabelecido, utilizando especialistas treinados. Os projetos Seis
Sigma podem ser de melhoria contínua, e nesses casos utiliza-se o DMAIC (Definir – Define; Medir –
Measure; Analisar – Analyze; Melhorar – Improve; e Controlar – Control), ou podem ser projetos de
desenvolvimento de novas soluções em que se adota o Design for Six Sigma (DFSS), cujo ciclo proposto é
o DMADV (Definir – Define; Medir – Measure; Analisar – Analyze; Projetar – Design; e Verificar –
Verify).72
A empresa, por meio da área de planejamento estratégico, resolveu utilizar o DFSS para projetar seu SID. A
escolha pareceu natural, pois era a forma que utilizavam para projetar.
O escopo do projeto foi a identificação dos indicadores-chave, os KPIs (Key Performance Indicators), a
medição desses indicadores por meio de ferramenta sistêmica de TI, vinculada com o planejamento
estratégico, e a implantação do processo de retroalimentação e acompanhamento dos indicadores.
A primeira fase do projeto (Define) consistiu em estabelecer o Caso de Negócio, a Carta de Projeto e o
Plano de Projeto. No Caso de Negócio foram identificados os objetivos estratégicos que direcionaram o
desenvolvimento do trabalho. Na Carta de Projeto, foram estudados o escopo, os stakeholders, as premissas
(inclusive orçamentárias), restrições e riscos, bem como ativos de processos organizacionais que incluíam
um histórico de um sistema de medição de desempenho implantado sem sucesso no passado. Tal tentativa
foi malsucedida devido à dificuldade e ao excesso de operações manuais que existiam no cálculo dos
indicadores periodicamente, o que reduzia o interesse da organização em manter as medições atualizadas.
Na fase da coleta de dados (Measure) foram utilizadas ferramentas estatísticas para o refinamento do escopo
do projeto. Uma destas ferramentas foi o Gráfico de Pareto, que indicou a Unidade de Automóvel (unidade
de negócios que trabalha com vendas de seguros para veículos automotores), que representava 79% do
faturamento, sendo, portanto, um bom ponto de partida para o piloto.
Ainda na fase de medição foi identificada a necessidade de implantação de uma pesquisa estruturada para o
levantamento das necessidades dos stakeholders (unidade de negócios, unidade administrativa, TI,
fornecedores, mantenedores, usuários do sistema e participantes de iniciativa anterior de SID). A pesquisa
contou com um formulário contendo questões abertas e fechadas. Parte das entrevistas foi realizada
pessoalmente, e em parte foram utilizados meios eletrônicos.
Com base nos resultados das entrevistas e das priorizações, foi identificada uma primeira lista de KPIs para
a implantação do sistema, conforme o Quadro C1.1.
Para estes indicadores, foi realizada a análise do sistema de medição, garantindo que os dados identificados
pudessem ser apurados com confiabilidade.
Neste momento, foi realizado o primeiro ciclo de discussão com a liderança da empresa, por meio de uma
apresentação formal ao corpo executivo. Houve então uma retroalimentação dos primeiros levantamentos e
um alinhamento de diretrizes para a construção do diagnóstico.
Subscrição Prazo de cotações dos produtos Frota, Gold e Restritos;
Prazo de aceitação da proposta em controles técnicos;
Prazo de aceitação da proposta em re-análise;
Qualidade de aceitação – proposta realizada x proposta aceita;
Prazo de emissão – do início de vigência à emissão sob
a ótica do cliente;
Qualidade de emissão – proposta com endosso de acertos
ou reemitidas;
Qualidade nas implantações do sistema de emissão e
nível de erros.
Sinistros Prazo para realização de peritagem;
Prazo para entrega do veículo ao cliente;
Qualidade de reparos dos veículos – medido por pesquisa;
Prazo do pagamento a oficina;
Prazo para decretação da perda total do veículo;
Prazo de recebimento da indenização pelo segurado
– data acidente × pagamento.
Atendimento Tempo de chegada do guincho ou serviço no local;
ao cliente
Tempo de espera para atendimento de assistência;
Perda de chamadas de assistência.
Quadro C1.1. Lista inicial de KPIs.
Na fase da análise (Analyse) de dados foram identificadas outras necessidades com relação aos indicadores
inicialmente identificados, tais como a necessidade de também tratar indicadores financeiros; a necessidade
de tratar não somente indicadores operacionais (Quadro C1.1), mas também indicadores estratégicos; a
necessidade de mitigar o desalinhamento entre os indicadores propostos na discussão inicial e os objetivos
constantes do planejamento estratégico da empresa.
Realizando-se uma nova discussão sobre os indicadores e utilizando-se de benchmarking com a Unidade de
Negócios da Colômbia, chegou-se a uma nova lista de KPIs, englobando métricas relacionadas com as
dimensões financeiras como rentabilidade, sinistralidade, comissionamento, gastos de gestão interna, custo
médio do sinistro e crescimento de prêmios; métricas relacionadas com a satisfação de clientes, como
permanência de clientes fiéis, crescimento de clientes fiéis, cancelamentos, índice de renovação, clientes
com sinistros que não estão renovando e clientes perdidos; além de algumas métricas relacionadas com o
desempenho dos processos, como produtividade, vida média de atendimento do expediente de sinistro,
tempo médio de emissão, cumprimento das metas da unidade e métricas relacionadas com os colaboradores,
como índice de satisfação dos colaboradores com o cumprimento do sistema de gestão de desempenho e
bônus.
Sobre estes indicadores foi realizada nova análise do sistema de medição para assegurar que as métricas
poderiam ser avaliadas de forma consistente e coerente com o objetivo estratégico sobre as quais versavam.
Esta fase também contribuiu para a geração de alternativas inovadoras para a execução dos processos de
medição, suporte e acompanhamento dos indicadores, bem como os sistemas de TI de suporte para estes
processos. Durante esta fase, chegou-se a quatro alternativas de implantação, as quais foram avaliadas sob a
luz das necessidades dos stakeholders, o que permitiu o desenvolvimento de uma solução híbrida
contemplando tanto as funcionalidades de uso quanto as necessidades de desenvolvimento sistêmico,
gerando a primeira versão do fluxo da solução.
Garantindo a metaetapa de monitoramento, os resultados da análise de dados foram novamente
apresentados ao corpo executivo, que propuseram pequenos ajustes, mas validou e apoiou a continuidade do
trabalho.
Para prosseguir com a etapa do Plano de Ação, foram utilizados os conceitos da fase de Desenvolvimento
(Design), quando foi realizado o detalhamento e refinamento da solução. Inicialmente, foi utilizada a
ferramenta QFD (Quality Function Deployment – desdobramento da função qualidade) para priorizar as
funções críticas da solução, considerando desde a coleta dos dados até o gerenciamento do sistema de KPIs.
Os fluxogramas detalhados da solução, contemplando os processos de desenvolvimento da ferramenta,
medição dos indicadores, geração dos relatórios e retroalimentação dos usuários do sistema, foram
desenvolvidos.
A partir daí, pode-se dar início à fase de Implantação, com o piloto de testes sobre a ferramenta de TI
desenvolvida.
No momento, o piloto está sendo replicado para as demais unidades da companhia. Neste desdobramento,
estão sendo mantidas as categorias de KPIs financeiros e não financeiros atrelados a cada um dos objetivos
estratégicos do planejamento estratégico. As ferramentas em uso estão representadas na Figura C1.1.
Figura C1.1. KPIs em uso durante a fase Verify do projeto.
Correspondendo a etapa de Avaliação, que se sobrepõe à última fase (Verify) do DFSS, a implantação e
replicação do projeto está em análise por parte dos avaliadores e dos executivos da empresa.
Nessa fase, o próprio uso dos dados gerados pelos indicadores selecionados fomentou a discussão dentro da
empresa sobre:
O número de KPIs a serem acompanhados.
Com isso, alguns dos indicadores originais sofreram um processo de reformulação conceitual, o que
era possível e previsto dentro do processo originalmente desenhado.
Nesse caso vemos que a empresa não só não utilizou nenhum modelo de
referência para construção do seu SID, como o desenvolveu de acordo com sua
cultura organizacional e utilizando infraestrutura de TI customizada e
desenvolvida na empresa.
Agora veja a lógica adotada por um instituto de pesquisa para construir seu
SID. Ela parte de uma lógica distinta, mas os dois casos têm algo em comum:
ambos alicerçaram o desenvolvimento do SID na premissa de que ele deveria
refletir sua cultura organizacional, não só nas dimensões e KPIs, mas também na
forma de desenvolvê-lo.
O Instituto de Pesquisa em estudo é uma empresa centenária, com mais de mil funcionários, 69% deles
pesquisadores e técnicos de nível superior.
O Instituto abrange áreas muito diversas, como construção e química, distribuídas em 11 divisões técnicas e
72 laboratórios.
Trata-se de uma instituição pública, controlada pelo governo por meio de um contrato de gestão, em que
metas orçamentárias devem ser atendidas.
Os recursos financeiros do Instituto vêm de serviços, projetos de pesquisa com empresas e órgão de
fomento, e por dotação orçamentária.
Embora no contrato de gestão houvesse metas orçamentárias e algumas poucas qualitativas, notadamente
havia um desbalanceamento com grande foco em indicadores financeiros, o que não permitia traduzir
corretamente a complexidade das atividades do Instituto.
A empresa faz anualmente um processo de planejamento estratégico. As três missões básicas do Instituto
são: Missão 1 – Um Instrumento de Políticas Públicas; Missão 2 – Apoio Tecnológico à Área de Produção
Industrial; e Missão 3 – Ativos Tecnológicos.
Participam do planejamento estratégico a Diretoria Executiva e os diretores das divisões. O sistema de
indicadores de desempenho do Instituto começou a ser desenvolvido para satisfazer as seguintes premissas:
refletir as missões; respeitar a singularidade de cada divisão técnica; aproveitar a estrutura de controle
existente e ser facilmente implementada com a infraestrutura disponível de TI. O novo SID deveria
contemplar os itens constantes no contrato de gestão que envolvia basicamente aspectos financeiros, mas
também incluía outros fatores importantes, como:
A prestação de serviços.
A avaliação de desempenho dos projetos de P&D deve ser baseada no pressuposto de que a sua natureza é
multidimensional. Cada dimensão reflete um fator crítico de sucesso.
Um grupo de três pesquisadores e um administrador foi designado para preparar o novo SID. A metodologia
utilizada por esse grupo tomou como referência a identificação dos Fatores Críticos de Sucesso (FCSs) e o
modelo de priorização multicritério conhecido como AHP (Analytic Hierarchy Process).74
Para obter a lista dos FCSs do Instituto e agrupá-los em dimensões, foram feitas várias dinâmicas
envolvendo um fórum especialmente constituído para esse fim, em que participavam membros da diretoria
executiva e os chefes das divisões. Esse processo resultou nas seguintes dimensões: desempenho financeiro,
envolvimento técnico, esforço comercial, desempenho tecnológico, disseminação do conhecimento,
treinamento, investimento, satisfação do cliente e qualidade.
Durante o processo de discussão, dois aspectos foram destacados: a importância relativa de cada dimensão
na consecução dos objetivos estratégicos e das missões, e a possibilidade de estabelecer um ranking de
desempenho entre as divisões do Instituto.
Com base nessa análise foi estabelecida a estrutura hierárquica do SID em quatro níveis, conforme ilustra a
Figura C2.1.
No topo da hierarquia está Desempenho Geral (DG), que sintetiza a avaliação geral de desempenho
estratégico. O segundo nível é composto das dimensões estratégicas. No terceiro nível, cada dimensão tem
um conjunto distinto de KPIs. Na dimensão quatro de desempenho tecnológico foi desdobrada em mais dois
níveis, no primeiro se agruparam os principais tipos de resultados (projetos de P&D, consultoria e serviços
especializados [CST], testes e ensaios laboratoriais [TE], tecnologia industrial básica [TIB], produção
especializada [PE], estudos de prospecção e suporte a políticas públicas [EPT]).
Uma vez montada a hierarquia, foram estabelecidos pesos comparativos para as dimensões e demais níveis
da hierarquia, seguindo o método do AHP, que utiliza comparações pareadas entre os critérios. A diretoria
estabeleceu o peso relativo entre as dimensões enquanto os diretores técnicos estabeleceram os pesos dos
KPIs.
A atribuição dos pesos das dimensões e dos KPIs não devem ser revistos antes do horizonte de três anos, no
entanto o peso dos KPIs e as suas metas devem ser revistas no processo de planejamento anual.
Figura C2.1. Hierarquia do SID.
Com base nessa estrutura também é possível ranquear as divisões anualmente, atribuindo bônus às de
melhor desempenho.
Este caso ilustra o trabalho feito por uma empresa de tecnologia na área de sustentabilidade e as métricas
utilizadas para acompanhar a evolução nessa dimensão. A empresa é de grande porte, com atuação
diversificada nas áreas de automação industrial, energia, saúde e soluções para infraestrutura e cidades. Sua
estratégia está intimamente ligada à inovação, buscando estar sempre atuante nas tendências globais, como
mudanças climáticas.
Dada a sua privilegiada posição de mercado, a empresa tem consciência de sua capacidade de influenciar o
mercado e parceiros. Nesse contexto, a área de sustentabilidade vem sendo estruturada e ganhando cada vez
mais reconhecimento. As diretrizes para a instituição da área de sustentabilidade no Brasil vieram da matriz,
mas logo foram abraçadas pela equipe.
No Brasil, inicialmente 20 pessoas ficaram envolvidas na estruturação da área de sustentabilidade, divididas
em grupos menores, para facilitar o desenvolvimento do trabalho.
Atualmente a estrutura é enxuta, composta por dois colaboradores e o diretor de Estratégia e
Sustentabilidade. A principal função da área é a de governança corporativa, realizando o alinhamento dos
conceitos e práticas de sustentabilidade disseminadas nas áreas de negócio, bem como consolidando
informações para suporte à elaboração de relatórios para publicação.
Além disso, a área de sustentabilidade é responsável pela gestão de stakeholders específicos relacionados
com o tema sustentabilidade, como, Ethos, CNI (Confederação Nacional da Indústria) e FGV (GVces).
Com essas parcerias, a empresa tem contato não somente com as próprias organizações, mas também com
as demais empresas que fazem parte dessas associações, possibilitando a troca de informações e
conhecimento.
A empresa possui grupos de trabalho focados em assuntos relacionados com a sustentabilidade, mas que
não estão sob supervisão formal da área de sustentabilidade, como os seguintes grupos: ecoeficiência,
cidadania corporativa e comunicação interna. A ideia é promover a participação daquelas pessoas que já
têm predisposição e motivação para se envolver com o assunto e montar grupos de trabalho para planejar e
implementar ações de sustentabilidade que tenham interseção com suas tarefas diárias. Dessa forma, a
empresa busca motivar as pessoas, dando autonomia para levar adiante atividades que promovam a
sustentabilidade, bem como promove o trabalho em equipes multidisciplinares. O Quadro C3.1 apresenta
uma síntese dos esforços da empresa no campo da sustentabilidade.
Empresa de Tecnologia
Sustentabilidade
na empresa
Início em 2010 no Brasil (em 2009 na Alemanha)
Área de sustentabilidade: objetivo de consolidar informações de ações
espalhadas pela empresa (papel de governança)
Times multidisciplinares de pessoas interessadas em sustentabilidade
com objetivos específicos: ecoeficiência, comunicação interna etc.
Certificações
ISO14000, ISO9000 e OHSAS 18000
ISO 26000: não há previsão
Exemplos de
ações sociais
Uma das tarefas do treinamento para novos gerentes de projeto é realizar
uma ação social, dado um orçamento restrito
Exemplos de
ações ambientais
Projetos para redução do consumo de energias nas unidades fabris
Alinhamento com área de gestão ambiental da empresa
Impacto para o
negócio
Para o negócio da empresa, construir a sua imagem em torno da
sustentabilidade tem grande potencial para agregar valor aos seus
produtos
Quadro C3.1. Esforços da empresa no campo da sustentabilidade.
Quanto aos indicadores gerais de sustentabilidade, a empresa sente dificuldade tanto para definir conceitos
e indicadores quanto para obter dados confiáveis.
A empresa está coletando pela primeira vez, de forma sistemática, dados relativos aos impactos
socioambientais de suas atividades. Muitos desses dados não estão disponíveis de forma estruturada e há
dificuldade de coleta de todas as iniciativas de sustentabilidade devido ao porte da empresa.
O Quadro C3.2 mostra os indicadores utilizados pela empresa para a elaboração do relatório mais recente
de sustentabilidade, cujos indicadores foram alinhados a nomenclatura do GRI (nível C).
A empresa trata de temas como tratamento de resíduos, saúde/segurança no trabalho e medidas de resposta
rápida à corrupção, mas ainda não utiliza de forma ampla. Esses indicadores foram escolhidos para este
relatório dada a relativa facilidade de obtenção dos dados, que não dependem da participação de atores
externos à empresa. No entanto, a ideia é expandir o conjunto de indicadores.
Código Descrição
Econômica EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades
para as atividades da organização devido a mudanças
climáticas.
EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de
benefício definido que a organização oferece.
EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de
membros de alta gerência recrutados na comunidade
local em unidades operacionais importantes.
Ambiental EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação.
EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de
disposição.
EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de
produtos e serviços e a extensão da redução desses
impactos.
Práticas LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de
Trabalhistas trabalho e região.
Ambientais
LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de
negociação coletiva.
LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos,
absenteísmo e óbitos relacionados com o trabalho, por
região.
LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento,
prevenção e controle de risco em andamento para dar
assistência a empregados, seus familiares ou membros
da comunidade com relação a doenças graves.
LA9 Temas relativos a segurança e saúde cobertos por
acordos formais com sindicatos.
LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário,
discriminadas por categoria funcional.
LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente
análises de desempenho e de desenvolvimento de
carreira.
Sociedade SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e
práticas para avaliar e gerir os impactos das operações
nas comunidades, incluindo a entrada, operação e
saída.
SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e
procedimentos anticorrupção da organização.
SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção.
Responsabilidade PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os
Produto/Serviço impactos na saúde e segurança são avaliados visando
melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos
a esses procedimentos.
PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida
por procedimentos de rotulagem, e o percentual de
produtos e serviços sujeitos a tais exigências.
PR5 Práticas relacionadas com a satisfação do cliente,
incluindo resultados de pesquisas que medem essa
satisfação.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
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2. A metodologia de criação e apuração das métricas é robusta e clara para os
gerentes e empregados, isto é, a coleta, as bases e os cálculos são validados.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
SISTEMA DE BONIFICAÇÃO
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2. Os prêmios dos sistemas de bonificação refletem as prioridades estratégicas,
são proporcionais ao valor que agregam e estão no compasso temporal
adequado ao período da ação que gerou o desempenho superior.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
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3. As métricas são ousadas e inovadoras.
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INFRAESTRUTURA DO SID
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
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4. O SID permite a elaboração de relatórios customizados por grupo de
stakeholders relevante, com o design apropriado, fazendo uso da variedade de
dashboards disponíveis.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
2005.
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Table of Contents
Folha de Rosto
Cadastro
Copyright
Dedicatória
Os autores
Sumário
Figuras
Introdução
Capítulo 1 - Modelo de maximização da estratégia
Capítulo 2 - Estratégia: do pensar ao agir
ESTRATÉGIA
Breve história da estratégia de negócios
FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA
PROCESSO DE GESTÃO DA ESTRATÉGIA
DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Capítulo 3 - Alinhamento estratégico
POR QUE ALINHAR
A FORÇA DO ALINHAMENTO
MODELO DE ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
ALINHAMENTO VERTICAL
ABRANGÊNCIA NA FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Processo formal de planejamento
Envolvimento da média gerência na formulação
Consenso estratégico
ENVOLVIMENTO DAS PESSOAS COM A ESTRATÉGIA
CAPACIDADES GERENCIAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA
ESTRATÉGIA
Negocie a estratégia
Comunique a estratégia
Permita o questionamento sobre as mudanças
Mantenha uma conversação sobre o que mais
importa
Mantenha uma conversação aberta
Crie uma linguagem apropriada
Gerencie as mudanças
Alocação dos recursos
Políticas e projetos das
subunidades
Estrutura
ALINHAMENTO HORIZONTAL
Orientação para processos
Benefícios da gestão por processos
ORIENTAÇÃO PARA CLIENTES
ALINHAMENTO E DESEMPENHO
CASOS DE EMPRESAS COM FOCO NO ALINHAMENTO
ESTRATÉGICO
Empresa “A”
Empresa “B”
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Perfil de diagnóstico de alinhamento plano de ação
Plano de ação
Capítulo 4 - Execução da estratégia
A IMPORTÂNCIA DA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA
FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO PARA A EXECUÇÃO
A liderança e a execução
A cultura organizacional e a execução
A disciplina da execução
O CONTEXTO ORGANIZACIONAL PARA A EXECUÇÃO
MODELO DE EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA52
Fator Direcionador
Fator Integrador
Fator Impulsionador
Fator Facilitador
Fator Liderança Executiva
ÁREAS DE DECISÃO ESTRATÉGICA
BARREIRAS À EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA
CASOS DE EMPRESAS COM FOCO NA EXECUÇÃO DA
ESTRATÉGIA
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Instrumento para avaliação dos fatores
determinantes do modelo para execução da
estratégia
Forma de avaliação
Plano de ação
FATORES
DIRECIONADORES
FATORES INTEGRADORES
FATORES
IMPULSIONADORES
FATORES FACILITADORES
FATOR LIDERANÇA
EXECUTIVA
Instrumento para avaliação das barreiras à
execução da estratégia
Capítulo 5 - Medição de desempenho
INTRODUÇÃO
SISTEMAS DE INDICADORES DE DESEMPENHO (SID)
CONHEÇA ALGUNS MODELOS DE INDICADORES DE
DESEMPENHO MAIS DIFUNDIDOS
Balanced Scorecard (BSC)
Prisma de desempenho
Pirâmide de desempenho
CONSTRUA UM SISTEMA DE INDICADORES CUSTOMIZADO
PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO SID
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Instrumento para avaliação da dimensão medição
do modelo Max E
Forma de avaliação
Plano de ação
DESDOBRAMENTO DA
ESTRATÉGIA
VALIDAÇÃO DAS
MÉTRICAS
SISTEMA DE
BONIFICAÇÃO
DEFINIÇÃO DAS METAS-
ALVO
INFRAESTRUTURA DO SID
Referências bibliográficas