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RESUMED
GABRIELLE NUNES - 2020.1 e 2020.2
IAIS
TOR
ORA
LAB
Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 1
[habilidades.laboratoriais]
FATORES PRÉ-ANALÍTICOS
Inclui a indicação do exame, bem como a redação, a leitura e a interpretação da solicitação, a transmissão das instruções ao
paciente, avaliação do seguimento dessas instruções, procedimentos de coleta, acondicionamento, transporte e preservação
da amostra até a realização do exame.
1. Atendimento ao paciente:
- Cadastro
- Instruções de coleta
2. Coleta do material
3. Transporte e separação de amostra
4. Avaliação da qualidade da amostra
5. Distribuição da amostra
ATIVIDADE FÍSICA: a realização de exercícios físicos pode causar aumento na atividade sérica de algumas enzimas,
como a Aspartato aminotransferase. Esse aumento pode persistir por 12 a 14 horas após o fim do exercício.
JEJUM: para a maioria dos exames laboratoriais preconiza-se jejum de 12 a 14 horas, com algumas exceções. A falta
do jejum pode ocasionar lipemia e turbidez do soro, que podem interferir em algumas metodologias e alterar o
resultado final dos exames.
DIETA: na semana de realização do exame, o paciente deve manter sua dieta habitual.
FÁRMACOS E ÁLCOOL: Ambos podem interferir no resultado dos exames, por isso é importante registrar o nome dos
medicamentos utilizados pelo paciente e questioná-lo acerca da ingestão de álcool, pois interfere nas dosagens
de glicose, triglicérides e Gama GT (perfil hepático).
GARROTE: não deve permanecer no braço do paciente por mais de um minuto. Acima desse tempo, ocorre
aumento da pressão intravascular, facilitando a saída de líquido e pequenas moléculas para o espaço intersticial,
provocando hemoconcentração.
HEMÓLISE: é a liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro quando ocorre ruptura das células
sanguíneas. Pode interferir na dosagem de alguns analitos e é reconhecida pelo aspecto avermelhado do soro ou
plasma após a centrifugação ou sedimentação devido à hemoglobina proveniente dos eritrócitos rompidos.
Erro de laboratório é a falha de uma ação planejada que não se completou como foi proposta, ou o uso de um plano incorreto
para alcançar uma meta, que pode ocorrer em qualquer parte do ciclo de laboratório (desde o pedido da análise até o laudo
de resultados e sua interpretação e a reação aos erros). A fase pré-analítica é responsável por 70% dos erros ocorridos no
laboratório.
→ Material hemolizado
▪ Interpretação incorreta da solicitação médica
▪ Perda da solicitação médica
▪ Erro na identificação do paciente
▪ Coleta em tubo inadequado
COLETA
TIPOS DE AMOSTRA
TUBOS
Os tubos se diferenciam pelas substâncias que “reagem” com o sangue. São diferenciados uns dos outros através das cores de
suas tampas.
TAMPA CINZA Tubo com fluoreto de sódio (NaF), utilizado para estabelecer o nível de glicose pois inibe a glicólise.
Pode conter anticoagulante ou não
Tubo utilizado para análise da glicemia e da quantidade de lactato.
OBS: Sempre homogeinizar os tubos que apresentam anticoagulante; Quando for transferir a amostra, colocar pela parede do
tubo (evitar contato e hemílise); Fazer esfregaços sem anticoagulante; Não centrifugar a amostra para obter soro antes da
retração do coágulo.
ORDEM DE COLETA:
EXEMPLOS:
- Hemograma, grupo sanguíneo (ROXO) ; hemoglobina glicada, glicemia em jejum, glicose pós-prandial (CINZA);
colesterol, triglicerideo, ureia, creatina (VERMELHO)
PUNÇÃO VENOSA
VANTAGENS:
Facilidade de manuseio
Quantidade de anticoagulante proporcional ao volume de sangue a ser coletado (coleta com maior qualidade)
Conforto ao paciente (1 punção é capaz de tirar vários tubos)
Garantia de qualidade
Segurança do profissional de saúde e do paciente
VANTAGENS:
DESVANTAGENS:
PROCEDIMENTO DE COLETA
PACIENTE NO LEITO: Verificar identificação na pulseira ou no leito (mesmo assim, perguntar seu nome se o paciente estiver
acordado
2. Materiais colhidos fora do laboratório devem ser devidamente identificados por etiquetas com os dados o paciente e
então encaminhados aos setores técnicos;
3. TRANSPORTE: Maletas térmicas ou isopor com gelo.
4. Punção no adulto:
- BRAÇO: veias da fossa antecubital, com agulha ou tubo a vácuo
- MÃO: arco venoso dorsal.
OBS: Evitar áreas com terapias ou hidratação intravenosa, cicatrizes ou hematomas, membro superior perto do local onde foi
realizado procedimentos cirúrgicos, fístulas arteriovenosas, veias que já sofreram trombose.
OBS: ANTISSEPSIA:
O sangue contém duas classes de proteínas: albumina (60% de todo grupo das proteínas) e globulina (40%).
FUNÇÕES: Transporte, manutenção da pressão coloidosmótica, imunidade humoral, atividade enzimática, coagulação entre
outras.
1. Quando fazer este exame? Para determinar o estado nutricional e triagem distúrbios renais e hepáticos, e diversas outras
doenças.
2. Qual a amostra? Sangue, urina, LCR, líquido amniótico, pleura, saliva ou vezes.
3. Qual o método utilizado? Método do biureto, substâncias que possam reagir com íons cúpricos são interferentes nos
resultados.
4. É necessária alguma preparação? Não
5. O que é quantificado neste exame?
Quantidade de proteínas totais no sangue, em especial quanto ao teor de albuminas e globulinas.
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Relação entre albumina e globulinas (A/G), sendo normal ligeiramente acima de 1. Quando baixa corresponde
a uma superprodução de globulinas (casos de mieloma múltiplo ou nas doenças autoimunes) ou um déficit de
produção de albumina (problemas hepáticos, como a cirrose) ou, ainda, uma perda seletiva de albumina da
circulação (doenças renais, como a síndrome nefrótica); quando alta sugere um déficit de produção de
imunoglobulinas (doenças genéticas e alguns tipos de leucemia)
6. Teste mais específicos podem ser solicitados quando se pretende obter um diagnostico mais preciso (Dosagem de
albumina, testes das enzimas hepáticas e a eletroforese das proteínas séricas)
- A eletroforese de proteínas separa e mede, além da albumina, quatro ou mais grupos de globulinas, incluindo as
imunoglobulinas (fração gama), que compreendem os anticorpos presentes no plasma.
Níveis baixos de proteínas totais (Hipoproteinemia): Sugerem uma alteração hepática, uma alteração renal o uma doença na
qual as proteínas não são digeridas ou absorvidas corretamente.
- Valores baixos podem ser encontrados em situações de desnutrição grave ou condições de má-absorção (doença celíaca
e a doença inflamatória intestinal), perda renal de proteínas, queimaduras e hipertireoidismo.
Níveis altos de proteínas totais (Hiperproteinemia): Podem ocorrer em situações de inflamação crônica (hepatite ativa
crônica), infecciosas (infecções bacterianas), de doenças da medula óssea,
VALORES DE REFERÊNCIA
desidratação e neoplasia.
Proteínas totais (PT): 6,0-8,0 g/dL
- Elevação das proteínas totais geralmente decorre do aumento da produção de Albumina (Alb): 3,5-5,5 g/dL
anticorpos em algumas doenças infecciosas ou em alguns tipos de câncer, em Globulina: PT - Alb
especial o mieloma múltiplo.
ALBUMINA
1. Por que fazer este exame? Para avaliar doenças hepáticas ou doenças renais ou o estado nutricional.
2. Quando fazer este exame? Quando há suspeita de doença renal ou hepática; para avaliar o estado nutricional em
casos de desnutrição ou antes de uma cirurgia.
HIPERALBUMINEMIA HIPOALBUMINEMIA
Outras nomenclaturas: Eletroforese de proteínas séricas, EPS, EFPS, Eletroforese de proteínas urinárias, EPU, EFPU e EFI
O que está sendo pesquisado? A eletroforese de proteínas é um método para
separação das proteínas encontradas no soro ou na urina. A eletroforese e
imunofixação é um método para detecção de proteínas específicas,
geralmente imunoglobulinas.
- Na eletroforese as proteínas séricas são separadas em cinco ou seis grupos
principais. Essas frações são denominadas albumina, alfa 1, alfa 2, beta e
gama. A fração beta algumas vezes é subdividida em beta 1 e beta 2. A.
GAMA Imunoglobinas
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Desnutrição
BETA Hipercolesterolemia Cirrose
Anemia ferropriva
Alguns casos de mieloma múltiplo ou
MGUS
GAMA Policlonal: Diversas doenças imunes genéticas
- Doença inflamatória crônica Deficiência imune secundária
- Artrite reumatoide
- Lúpus eritematoso sistêmico
- Cirrose
- Dença hepática crônica
- Infecção aguda e crônica
- Imunização recente
Monoclonal:
- Macroglobulinemia de Waldenström
- Mieloma múltiplo
- Gamopatia monoclonal de significado
clínico indeterminado (MGUS)
É o teste bioquímico mais realizado em laboratório e mede a quantidade de glicose no sangue do paciente no momento da
coleta. Utilizado para detectar hiperglicemia e hipoglicemia, para auxiliar no diagnostico de diabetes e para monitorar os
níveis de glicose em pessoas já diagnosticadas.
A dosagem da glicemia geralmente é feita no soro ou no plasma, mas alguns laboratórios medem-na no sangue total,
que é 10% a 15%mais baixa.
O método mais utilizado atualmente para a dosagem da glicemia é o enzimático
O tubo ideal para a coleta deve conter fluoreto (tampa cinza): Devem ser centrifugados em até 4 horas após a
coleta. A coleta sem fluoreto pode ser efetuada, mas deve ser centrifugada logo após a venopunção (em até 2
horas)
OBS: Mas por que há essa diferença? O armazenamento prolongado da amostra, sem centrifugação e sem fluoreto, permite
metabolismo da glicose pelas hemácias, que não necessitam de insulina para captação de glicose
PERFIL GLICÊMICO
▪ 1,5-anidroglucitol
▪ Glicemia capilar: é realizada através da coleta de sangue de capilares sanguíneos geralmente do dedo, através da
perfuração cutânea por uma lanceta, sendo o nível de glicose verificado em aparelhos próprios para esse fim. Importante
na auto-monitoração.
Glicosímetro + fitas reagente
▪ Monitorização contínua: Importante em DM1.
Chip subcutâneo
PERFIL LIPÍDICO
LÍPIDES
Triglicérides (TG), colesterol, fosfolípides e ácidos graxos. Os principais para a clínica são os triglicerídeos e o colesterol,
quantificados a partir dos níveis de lipoproteínas (lípides + apolipoproteínas).
Os níveis de colesterol aumentam por 2 fatores principais: o genético e a dieta, taxas altas no sangue provocam o endurecimento
da parede das artérias, formando placas de gordura que são chamados de ateromas, compondo a patologia aterosclerose.
- LDL está diretamente ligada às doenças de risco coronariano, como aterosclerose porque deposita o excesso de
colesterol na parede das artérias. Por outro lado, a lipoproteína HDL remove o colesterol das paredes, levando-o de volta ao
fígado.
O excesso de triglicérides no soro causa uma cor esbranquiçada e leitosa que chamamos de lipemia.
COLESTEROL TOTAL
▪ Soro ou plasma (heparina) isentos de hemólise.
▪ Após jejum de 12 a 16 horas, o sangue é colhido com o mínimo de estase possível.
▪ O soro ou plasma devem ser separados, no máximo, duas horas após a coleta.
▪ O uso de anticoagulantes como: citrato, EDTA e oxalato, provocam resultados
ligeiramente diminuídos.
VARIÁVEIS ANALÍTICAS:
1. TG +CT +HDL= Método colorimétrico enzimático
2. LDL = Fórmula de Friedewall (TG < 400)
LDL= CT – HDL – TG/5
3. Point-of- Care testing
VALORES DE REFERÊNCIA
Glicemia em jejum < 100 mg/dL HDL
Glicemia aleatória < 200 mg/dL
Deve-se utilizar o soro e paciente
TOTG: Jejum < 100 mg/dL deve estar em jejum obrigatório de 12
Após 2horas < 140 mg/dL hrs.
Soro, plasma (colhido com EDTA ou heparina) e outros líquidos biológicos. O sangue deve ser colhido após jejum de 12-14 horas.
Coletas pós-prandiais mostram variações superiores a 100% sobre o triglicéride basal.
Como o consumo de álcool provoca elevações nos teores dos triglicerídeos, recomenda-se sua não ingestão nas
24 horas antes da coleta.
VALORES DE REFERÊNCIA
SÍNDROME METABÓLICA
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL:
Homens > 102 cm
Mulheres > 88 cm
TRIGLICERÍDEOS >150 mg/dL
HDL colesterol
Homens < 40 mg/dL
Mulheres < 50 mg/dL
Pressão arterial: PAS > 130mmHg ou PAD > 85mmHg
GLICEMIA DE JEJUM > 110 mg/Dl
OBS: Não é um critério utilizado mas também pode ser analisado> Ácido úrico (VN: 3,4-7,0 mg/dL para homens e 2,4-5,7
mg/dL para mulheres)
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[HEMOGRAMA]
INTRODUÇÃO
HEMOGRAMA: Estuda as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas), bem como as patologias ligadas
ao mesmo. Está composto pelo eritrograma (série vermelha), leucograma (série branca) e plaquetograma.
ERITROPOIESE
ERITROGRAMA
Está relacionado ao estudo das anemias e eritrocitoses. Está comporto por parâmetros e índices hematimétricos.
PARÂMETROS:
ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS:
- VCM = Ht x 10 / Hm
HCM: Hemoglobina corpuscular média; corresponde ao peso de hemoglobina presente no sangue; VN: 27-33 pcg
- HCM= Hb x 10/ Hm
- CHCM= Hb x 100/ Ht
RDW: Índice Geral de anisocitose (variação no tamanho das hemácias); Amplitude de distribuição das hemácias; VN: 11-15%
▪ Microcitose: Termo técnico usado para descrever as hemácias diminuídas de tamanho. Corresponde a um VCM
abaixo de 80 fentolitros (adultos)
▪ Macrocitose: Termo técnico utilizado para as hemácias aumentadas de tamanho. Corresponde a um VCM acima
de 100 fentolitros (adultos)
Hipocromia: Redução da coloração do eritrócito. Pode ser citado quando ocorre a diminuição do HCM e/ou do CHCM.
Qualquer condição que provoca microcitose pode vir acompanhada de Hipocromia.
Policromasia: Presença de reticulócitos em sangue periférico (hemograma); o termo é usado para descrever hemácias com
cores diferentes; O significado clínico é que a medula está mandando a célula precursora da hemácia para o sangue
periférico.
▪ Quando a policromasia é descrita no hemograma de um paciente que está fazendo uso de sulfato ferroso, é a
prova que a medula está respondendo ao tratamento.
Anisocromia: Variabilidade acentuada na densidade de cor dos eritrócitos, o que indica um contéudo desigual de Hb entre
as hemácias.
Pecilocitores ou poiquilocitoses: Qualquer formato anormal da hemácia caracteriza uma poiquilocitose. É obrigado a sua
descrição quando encontrada na lâmina do paciente.
Anemia é a diminuição do volume de hemácias ou de hemoglobina (Hb) por unidade de volume de sangue. Como os valores
de Hb variam de acordo com a idade e gênero, a OMS considera anemia em crianças menores de cinco anos e gestantes
quando os níveis de Hb encontram-se abaixo de 11g/dL. Para crianças entre 5 e 11 anos, quando a Hb for inferior a 11,5g/dL;
em adolescentes de 12 a 14 anos e mulheres não-grávidas, níveis abaixo de 12g/dL; e em indivíduos do sexo masculino acima
de 15 anos e mulheres após menopausa, quando menor que 13g/dL.
Sinais específicos de algumas anemias: Icterícia, glossite, neuropatias; Unha em colher, queilose angular e língua careca (anemia
ferropriva); Presença de petéquias associadas a trombocitopenias; Esplenomegalia associada a doença hepática crônica;
ANEMIA FERROPÊNICA
FISIOPATOLOGIA: O ferro é um componente estrutural e funcional da hemoglobina, cada Hb é formada por 4 átomos de ferro.
Na ausência ou diminuição do ferro, vai ocorrer uma diminuição na concentração da hemoglobina, a hemácia vai reagir
diminuindo seu tamanho para “segurar” o resto da hemoglobina que está dentro da mesma.
→ Vale a pena lembrar que nos casos de má absorção, também pode ocorrer deficiência combinada de vitamina B12,
sendo que nesses casos o voluma corpuscular médio (VCM) pode estar normal, dificultando o diagnóstico.
→ Não há perda fisiológica do ferro, sendo assim, essa perda pode ser provocado por sangramentos decorrentes de
úlceras, gastrites e miomas, parasitoses, deficiência alimentar e gestação;
CARACTERÍSTICAS DO ERITROGRAMA: Hemoglobina e hematócritos abaixo do valor de referência; VCM e HCM abaixo do valor
de referência; RDM acima do valor de referência; Presença de microcitose, hipocromia e na maioria dos casos pecilocitoses por
eliptócitos e células em alvo; Pode apresentar plaquetose; O número de reticulócitos, assim como em qualquer outra anemia
hipoproliferativa, encontra-se diminuído.
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Dosagem da ferritina sérica: Avalia o estoque corporal de ferro, valores abaixo de 15 ng/mL em adultos refletem uma deficiência
de ferro.
Saturação da transferrina: (calculada a partir da relação ferro sérico/capacidade ferropéxica total) reflete a medida de ferro
disponível para eritropoese, independente dos estoques de ferro. O índice de saturação de transferrina abaixo de 15% é
considerado como ferropenia.
OBS: Na talassemia B heterozigótica as hemácias tendem a ser mais microcíticas do que na anemia ferropriva, e
consequentemente, os valores de VCM e HCM tendem a ser mais baixos e o número de hemácias mais altos. Além disso, o
tamanho das hemácias na anemia ferropriva é mais heterogêneo do que na talassemia B heterozigótica, em decorrência das
hemácias produzidas em diferentes fases da deprivação do ferro durante a instalação da anemia ( RDW (+))
Tratamento com reposição de ferro, sendo o sulfato ferroso o melhor quando se leva em consideração custo/benefício.
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
FISIOPATOLOGIA: Resultante do defeito da síntese do DNA causada por deficiência de vitamina B12 e/ ou ácido fólico. O defeito
de síntese de DNA leva a maturação anormal de RBC (déficit na maturação nuclear das hemácias). Devido a falta de
amadurecimento são visualizados os macrócitos ou megaloblastos, além de outras células jovens das outras linhagens.
CARACTERÍSTICAS DO ERITROGRAMA: Hemoglobina e hematócritos diminuídos; VCM e HCM aumentados; RDW acima do valor de
referência; Anisocitose por macrocitose, policromasia, hemácias jovens (eritroblastos). Podendo apresentar alterações em
outras séries sanguíneas, como leucopenia, plaquetopenia ou mesmo pancitopenia.
DEMAIS EXAMES: Nos leucócitos é comum a presença de neutrófilos polissegmentados (5% ou mais de neutrófilos com 5 lobos
ou pelo menos um neutrófilo com mais de 6 lobos). Outras alterações laboratoriais comuns são: aumento de bilirrubina indireta,
DHL alto, devido à eritropoese ineficaz e reticulócitos baixos. No mielograma, a apresentação é típica com hiperplasia da
linhagem vermelha e presença de eritroblastos com maturação megaloblástica, mielócitos e metamielócitos de volume
aumentado, com núcleos gigantes.
É definida como uma anemia hipoproliferativa e é o tipo mais frequente entre pacientes hospitalizados. Laboratorialmente pode
apresentar-se por hipoferremia na presença de estoques adequados de ferro. Ocorre sempre associada a infecções crônicas
como tuberculosa, HIV, neoplasias, doenças inflamatórias como lúpus e artrite reumatoide, doenças inflamatórias intestinais,
doenças renais, dentre outras.
FISIOPATOLOGIA: Ativação do sistema imune e inflamatório, liberação de citocinas e proteínas de fase aguda provocando:
1. Anormalidades no metabolismo do ferro e deficiente utilização do mesmo;
2. Produção inadequada de eritropoetina (glicoproteína que controla a eritropoiese) e bloqueio na resposta dos
precursores eritróides a EPO;
3. Redução no tempo de vida das hemácias
4. Proliferação e diferenciação inadequada das células eritróides.
Geralmente são anemias normocromicas e normocíticas, mas com a retenção do ferro, pode haver microcitose e hipocromia.
A retenção do ferro ocorre devido a presença das citocinas que reduzem o ferro para a eritropoese, causando uma discreta
ferropenia (ferro sérico), mas com estoques normais. (Ferritina).
A deficiência na síntese de eritropoetina decorrente da insuficiência do rim prejudica o processo de eritropoiese, assim como,
toxinas urêmicas e drogas podem contribuir para a inibição da eritopoese, provocando, desta forma, a anemia. Essa anemia
apresenta-se como normo, normo, podendo ser micro/hipo.
HEMOGRAMA: Hemoglobina, HTC, RBC baixos; índices normais; Morfologicamente as hemácias podem apresentar pecilocitoses
como esquizócitos e cremação (equinócitos e acantócitos); Leucograma e plaquetograma geralmente normais, salvo quando
estão associadas a outras patologias infecciosas; Acompanhar a cinética do ferro no paciente: ferro, ferritina, IST;
LEUCOGRAMA
Está relacionado aos estudos das infecções bacterianas e virais e expressa alterações na fisiologia dos leucócitos; Os leucócitos
desempenham suas funções nos tecidos e são células transitoriamente localizadas no sangue e deixam a vasculatura pelas
vênulas e atuam no tecido conjuntivo, linfoide e na medula óssea,
OBS: Blastos (células periféricas que em condições não fisiológicas podem ser identificadas no hemograma); Podendo ser um
processo infeccioso (leucocitose) desvio à esquerda (células imaturas aparecem, e pode ser um desvio escalonado ou não
escalonado):
▪ Escalonado:
▪ Não escalonado:
OBS: Os tipos de linfócitos não são identificados através do leucograma, apenas em exames específicos;
É composto por: WBC (Número total de leucócitos) + contagem diferencial dos leucócitos presentes em sangue periférico.
VALORES DE REFERÊNCIA
Leucócitos: VN= 4000-11000/ mm3
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O QUE É DESVIO A ESQUERDA? Escalonado, quando obedece a maturação das células, ou não escalonado? Quando é
identificado? Bastões > 10% ou > 500/mm3 ; Exames complementares devem ser solicitados para diferenciar a linha dessas células
imaturas.
GRANULÓCITOS OU POLIMORFONUCLEARES
NEUTRÓFILOS
Maior proporção no sangue periférico. Realizam fagocitose e, por isso, são responsáveis
pela destruição intracelular de bactérias (Presença de enzimas e proteínas no seu
citoplasma);
Pequena vida média na circulação: poucas horas a 6 dias; Núcleo multilobado (3-4
lóbulos), unidos por filamentos finos, pigmentação mais intensa.
EUSINÓFILOS
São pouco numerosos (2-5% dos leucócitos) e possuem vida média de 8 a 12 dias.
Apresentam grânulos citoplasmáticos grandes e refráteis que coram-se com eosina, assim
como, núcleo tipicamente bilobulado unido por fino filamento de cromatina.
Essa proteína é citotóxico para o Schistosoma mansoni e induzem a liberação da histamina dos basófilos e mastócitos. Essa
proteína é tóxica para helmintos e bactericida para E. coli e Staphylococcus aureus. Neutraliza a heparina, atuando nos
processos de coagulação e fibrinólise.
BASÓFILOS
São os granulócitos mais escassos do sangue (0 – 1% dos leucócitos). Possuem grânulos
metacromáticos ricos em histaminas, serotonina e leucotrienos. É a principal fonte de
histamina em circulação, que contribui como agente quimiotático para os eosinófilos para
atraí-los para o foco inflamatório.
MONONUCLEADOS OU “AGRANULÓCITOS”
LINHAGEM LINFOCITÁRIA
São o segundo grupo em proporção numérica no sangue periférico (30-35%) e são as
únicas células do organismo capazes de reconhecer especificamente diferentes
antígenos (resposta inata adquirida);
Existem linfócitos grandes e linfócitos pequenos, ambos são células em repouso que
quando estimuladas pelo antígenos são ativadas e estão diretamente ligadas as respostas
imunológicas contra vírus; Linfocitose (+) e leucopenia (-);
MONÓCITOS
Correspondem a 3-7% dos leucócitos (macrófagos) do sangue , são as maiores células nos
esfregaço sanguíneo e possuem vida curta: 4 a 8 horas em circulação, onde migram para
os tecidos recebendo o nome de macrófagos ( Constituem o sistema fagocítico
mononuclear: monócitos do sangue e macrófagos dos tecidos).
São células que apresentam: núcleo ovoide (em forma de rim ou ferradura), cromatina
mais frouxa que de linfócitos (mais claro) e citoplasma basófilo (com granulações pouco
visíveis);
OBSERVAÇÃO:
OS MONÓCITOS SÃO GERADOS NA MÉDULA ÓSSEA E ESTÃO APENAS DE PASSAGEM NO SANGUE PERIFÉRICO, ONDE
PERMANECEM POR 3 DIAS. ESSAS CÉLULAS DIRIGEM-SE AOS TECIDOS DO CORPO ONDE SE TORNAM MACRÓFAGOS RESIDENTES:
Células de Kupfer (fígado), osteclastos (tecido ósseo), macrófagos alveolares (pulmão), micróglia (sistema nervoso), células
mesangiais (rins);
SANGUE PERIFÉRICO
No sangue periférico é normal encontrarmos os leucócitos maduros durante a contagem diferencial:
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
▪ Granulações tóxicas em neutrófilos
▪ Vacúolos citoplasmáticos em neutrófilos e monócitos
▪ Atipias linfocitária
▪ Presença de blastos
▪ Hipersegmentação de neutrófilos
Alterações do hemograma:
OBS: Os únicos tipos de leucócitos que destroem bactérias são neutrófilos e monócitos, portanto em infecções bacterianas não
existe a necessidade de aumentar outro tipo de leucócito, apenas os dois que fazem fagocitose.
INFECÇÕES VIRAIS
Alterações no hemograma:
PLAQUETOGRAMA
São componentes sanguíneos com vida média de 10 dias, correspondem a pequenos fragmentos citoplasmáticos e em
condições normais são 200 a 400 mil/mL. No processo de eritropoiese são derivados de megacariócitos da medula óssea.
COMPLEMENTOS
COLETA E ARMAZENAMENTO
Coletar a primeira urina do dia ou 4 horas após a última micção (para avaliar a capacidade de concentração urinária, retenção
urinária mínima de 2 horas).
As principais indicações para a urinálise são investigação e acompanhamento de doença renal, “screening” de doenças
congênitas hereditárias ou assintomáticas, acompanhamento de patologias que podem cursar com acometimento renal (ex:
lúpus eritematoso sistêmico, hipertensão arterial, diabetes mellitus, entre outros), investigação de infecções do trato urinário e
litíase renal.
PADRONIZAÇÃO: Requisição > orientação > coleta > entrega da amostra > armazenamento > análise > liberação resultado
COLETA IDEAL: 1ª urina da manhã (É uma urina mais concentrada, sendo o jato médio p/ realizar uma assepsia); 2ª urina da
manhã; coleta isolada aleatória.
COMPONENTES DA ANÁLISE
COMPOSIÇÃO DA URINA
95% da composição é do solvente (água) e 5% corresponde aos solutos (sais, uréia, creatinina)
▪ Uréia: Resultado da degradação de proteínas e aminoácidos e corresponde a quase 50% da parte sólida da urina
▪ Creatinina: indicador de lesão renal
▪ Sais inorgânicos: cloretos, sódio e potássio.
FATOORES QUE INFLUENCIAM NA COMPOSIÇÃO DA URINA: Dieta, atividade física, metabolismo corporal, hormônios( ex: Beta
HCG), posição corporal e o uso de medicamentos. Presença de outros elementos: células, cilindros, cristais, muco e bactérias.
EXAME FÍSICO
VALORES DE REFERÊNNCIA
ASPECTO Límpido/ transparente Refere-se transparência da amostra e alterações podem ser correlacionados
com algumas doenças
Turvação/ opaco: piúria, excesso de células epiteliais, muco, fecalúria,
precipitação de fosfatos (urina alcalina) ou ácido úrico (urina ácida).
Ligeiramente turvo; leitoso/ acentuadamente turvo; hemorrágico.
COR Vai do incolor ao amarelo - Tons de amarelo: urocromos endógenos (intensidade varia de acordo com o
escuro grau de hidratação)
- Amarelo claro: urina diluída/ volume aumentado, diabetes mellitus, insipidus
- Amarelo escuro: urina concentrada/ volume diminuído, febre , desidratação
- Vermelha/ rosa: hemácias (no sedimento, após centrifugação), hemoglobina
ou mioglobina
- Cor de coca cola (marrom escura): presença de bilirrubina, icterícia (bilirrubina,
urobilinogênio)
- Corantes e medicamentos (ex.: metildopa, Piridium)
- Preto – presença de melanina
- Verde ou azul – presença de corantes ou medicamentos
DENSIDADE 1.010 a 1025 1.010= isostenúria (densidade urinária = densidade do plasma). < 1.010=
hipostenúria (pode ie até 1.003 – quase “água pura”). Ambas as situações
podem indicar perda da capacidade de concentração urinária (doenças
tubulares, fases iniciais da IRC) ou apenas hiperidratação.
COR
▪ Cor normal da urina: amarelo citrino
▪ Pigmento UROCROMO
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ASPECTO
Elementos que influenciam no aspecto da urina: a presença de células epiteliais, hemácias, leucócitos, cilindros, cristais,
microrganismos, muco e gordura.
DENSIDADE
Mede a concentração de elementos solúveis na urina. A queda na densidade pode ser resultado da incapacidade dos túbulos
renais de concentrar a urina (diabetes insípido).
ANÁLISE QUÍMICA
A análise química é realizada através de tiras ou fitas reativas, essa iram reagir com os componentes da urina.
É feita uma análise comparativa cuidadosa com a tabela de cores. São determinados valores semiquantitativos: traços, 1+, 2+,
3+ ou 4+.
TÉCNICA PADRONIZADA:
PH
▪ VN: 4,5-8,0 (normalmente ácido)
▪ pH ácido: jejum, doenças
respiratórias, diabetes
▪ pH alcalino: vômitos,
hiperventilação; quando
apresenta um pH alcalino
constante pode indicar
sucessíveis infecções urinárias
▪ pH= 9 (repetir coleta)
OBS: Pacientes que apresentam cristais normalmente apresentam pH correspondente à natureza destes.
TEMPO DE COLETA: Uma possível demora ou erra na fase analítica (coleta ou transporte) pode estimular a proliferação de
bactérias e o acúmulo de nitrito na amostra, indicando um falso pH alcalino.
Juntamente com os pulmões, os rins constituem o principal regulador do equilíbrio acidobásico. A determinação do pH fornece
informações valiosas para avaliar e tratar doenças e determinar a propriedade de uma amostra para exame bioquímico. O pH
de uma amostra de urina recentemente eliminada varia de 5,0 a 6,0. O pH da urina pode ser controlado por regulação dietética
e medicação.
PROTEÍNAS
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Normalmente não é eliminada em quantidades detectáveis. Membrana glomerular permite a passagem de moléculas com PM
< 70.000 Da.
OBS: Pacientes apresentam variações na quantidade de proteína na dieta, como exemplo muito consumo de carne.
Proteinúria postural: ocorre apenas quando o indivíduo permanece em posição ereta. A excreção diária pode atingir até 1g.
Proteinúria funcional - Excreção de proteínas associada a estados febris, exposição ao calor ou ao frio intensos, exercícios físicos
intensos.
GLICOSE
Glicosúria não é fisiológico: Praticamente toda a glicose é reabsorvida, principalmente no tubo contorcido proximal através do
transporte ativo. No entanto, o rim apresenta um limiar de reabsorção de 160 a 180 mg/dL aproximadamente.
MÉTODO DE DETECÇÃO DA TIRA REATIVA: Baseado na reação de oxidação da glicose e a formação do ácido glucônico e água
oxigenada
BILIRRUBINAS
A fita reagente detecta o produto da degradação da heme da hemoglobina. Apenas a forma conjugada é solúvel em água
e eliminada pelas vias biliares.
UROBILINOGÊNIO
Também é formado pela digestão da hemoglobina. É um pigmento formado no intestino pela ação da bactéria sobre a
bilirrubina conjugada.
▪ Característico de: obstrução hepática, lesão hepática, transtorno hemolítico e constipação (até 10%)
▪ Resultado: Normal, traços, 1+, 2+, 3+, 4+
CORPOS CETÔNICOS
Indicador de desnutrição, desidratação e diabetes mellitus, já que são formados através do metabolismo de lipídios. São eles
ácidos aceto-acético, ß-hidróxido butírico e acetona.
SANGUE
Apresenta-se como uma urina vermelha e pode indicar hemácias, hemoglobina ou mioglobina, sendo assim é necessário
investigar as causas e os componentes. RESEULTADO: Negativo, traços, 1+, 2+, 3+
NITRITO
É um composto formado pela conversão de nitrato a nitrito por bactérias (geralmente bactérias gram-negativas como E. coli,
K.enterobacter Pseudomonas), ainda é possível que infecções bacterianas com bacteriúria não apresente nitrito (ex. bactérias
gram positivas). Além disso, dietas ricas em vegetais podem culminar na presença de nitrito na urina.
OBS: Maioria das infecções urinárias são provocadas por E. coli (+90%)
- Detecta a presença de leucócitos, estando presentes a urina apresenta-se alcalina / pouco concentrada. Não serve para
quantificar os leucócitos. Resultado: negativo, 1+, 2+, 3+.
ATENÇÃO ao tempo de reação: Amostras colhidas após armazenamento vesical de 4 horas podem apresentar nitrito por ação
de bactérias externas
SEDIMENTOSCOPIA
LEUCÓCITOS
Os leucócitos podem penetrar na urina a partir de qualquer ponto do trato urinário ou de secreções do trato genital. Esses
leucócitos em geral são neutrófilos e indicam inflamação em qualquer ponto do trato urinário, sendo assim, seria observado
microrganismos + leucócitos.
▪ Leucocitúria sem bacteriúria: Trichomonas sp, Chlamydia trachomatis, leveduras, processos inflamatórios renais
▪ Presença de grumos piocitários – grupo de leucócitos- indica infecção aguda.
▪ Presença de cilindros leucocitários indica pielonefrite
▪ Piócitos: leucócitos mortos.
HEMÁCIAS
Quando o paciente apresenta acima de 2 hemácias em campo indica sangramento em qualquer ponto do trato urinário,
coagulopatia ou uso de anticoagulantes.
ISOMORFISMO DISMORFISMO
CILINDROS
Os cilindros são elementos exclusivamente renais. A formação ocorre no interior da luz do túbulo contorcido distal e ducto coletor,
é resultado da “solidificação” da proteína (Tamm-Horsfall) e pode incluir qualquer material ou estrutura presente no interior do
túbulo. Servem como proteção imunológica contra infecções.
▪ Formação facilitada pela presença de proteínas plasmáticas, pH ácido e concentração elevada de solutos
▪ Podem ser cristais diferentes: hialino, leucocitário, hemáticos, epitelial, granuloso, céreo
CRISTAIS
CRISTAIS NORMAIS:
CASOS CLÍNICOS
1. Paciente: M. M. S, sexo : Masculino, 20 anos, realizou um sumário de urina com a seguinte justificativa: Justificativa: Febres,
leucocitose, com neutrofilia e desvio a esquerda, dor ao urinar, poliúria. Resultado: Cor: amarelo claro, Aspecto: turva,
Densidade:1,020, Proteínas: ausente, Glicose: ausente, Acetona: ausente, Sangue: ausente, pH: 6,0, Urobilinogenio: normal, Pig.
Biliares: ausente, Nitrito: presente, Células: várias, Leucócitos: incontáveis, Hemácias: 1-2 p/c, Muco: raros, Bacteriuria: presente,
Cilindros: ausente, Cristais: ausente. Identifique as principais alterações no exame de urina e o possível diagnóstico?
Urina amarelo claro que corresponde a uma urina de volume aumentado, turva, com densidade ideal. Leucocitose, neutrofilia
com desvio a esquerda (bacteriana), poliúria, dor ao urinar
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O paciente apresenta incontáveis leucócitos na urina e bacteriuria, além do quadro clínico de dor ao urinar e poliúria que
correspondem a um processo de infecção do trato urinário por bactérias. Assim como , apresenta hemograma compatível com
infecção bacteriana (leucocitose por neutrofilia e desvio a esquerda).
2. Paciente: M. M. S, sexo : Masculino, 30 anos, realizou um sumário de urina com a seguinte justificativa: Dores articulares,
ácido úrico sanguíneo elevado. Resultado: Cor: amarelo claro, Aspecto: límpida, Densidade:1,018, Proteínas: ausente, Glicose:
ausente, Acetona: ausente, Hemoglobina: ausente, pH: 7,8, Urobilinogenio: normal, Pig. Biliares: ausente, Nitrito: presente,
Células: raras, Leucócitos: 0 a 1 p/c, Hemacias: ausente, Muco: alguns, Bacte riuria: presente, Cilindros: ausente, Cristais:
Numerosos cristais de ácido úrico. Identifique as principais alterações no exame de urina e o possível diagnóstico?
pH=7,8 alcali, presença de nitritos, bactérias presentes, presença de cristais de ácido úrico. Esse exame apresentou uma
inconsistência pela alteração de pH, correspondendo a um erro na fase pré-analítica (alteração no pH > proliferação de
3. Homem de 25 anos de idade VEGETARIANO, procura o médico queixando-se de micção frequente e dolorosa. A
análise da urina mostra os seguintes resultados: Cor: amarelo escura; aspecto: turva; pH: 8,0; Proteína: negativo; Cetonas:
negativo; Bilirrubina: negativo; Sangue: moderado; Urobilinogênio: 0,1 EU; Nitrito: positivo; Leucócitos: +++; Densidade: 1020.
Achados no exame de urina: O paciente apresenta uma urina alcalina, densa, turva, presença, hematúria (a urina tá turva),
leucocitúria e nitrito positivo. Provavelmente esse paciente apresenta uma infecção urinária bacteriana do trato urinário baixo
(uretrite), que na maioria das vezes é provocada pela bactéria E. coli (gram-negativa que produz nitrito)
REVISÃO LABORATORIAIS
QUESTÕES
1. Bacilo Gram-negativo, não fermentador de glicose, oxidase positiva, tem grande importância clínica em casos de
infecção relacionada à assistência à saúde, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva. Essas são características
da bactéria
a) Pseudomonas aeruginosa.
b) Escherichia coli.
c) Streptococcus agalactiae.
d) Enterococcus faecalis
e) Staphylococcus aureus
2. Paciente: M. M. S, sexo : Masculino, 30 anos, realizou um sumário de urina com a seguinte justificativa: Dores articulares,
acido úrico sanguíneo elevado. Resultado: Cor: amarelo claro, Aspecto: límpida, Densidade:1,018, Proteínas: ausente,
Glicose: ausente, Acetona: ausente, Hemoglobina: ausente, pH: 7,8, Urobilinogenio: normal, Pig. Biliares: ausente, Nitrito:
presente, Células: raras, Leucócitos: 0 a 1 p/c, Hemacias: ausente, Muco: alguns, Bacteriuria: presente, Cilindros: ausente,
Cristais: Numerosos cristais de ácido úrico. Identifique as principais alterações no exame de urina e o possível diagnóstico?
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pH=7,8 alcali, presença de nitritos, bactérias presentes, presença de cristais de ácido úrico. Esse exame apresentou uma
inconsistência pela alteração de pH, correspondendo a um erro na fase pré-analítica (alteração no pH > proliferação de
3. Ao considerar as possibilidades diagnósticas que os índices hematimétricos trazem na análise da série vermelha, analise
as afirmativas abaixo. 1) O histograma é uma ferramenta gráfica que permite identificar microcitose e macrocitose. 2)
Uma hipocromia denuncia uma concentração de hemoglobina reduzida e a necessidade de cuidados quanto às
funções respiratórias do paciente. 3) O CHCM é um parâmetro que contribui significativamente para um diagnóstico
diferencial. 4) A indicação de uma microcitose ou de uma macrocitose pode ser observada a partir do resultado do
volume corpuscular médio encontrado na análise da série vermelha. Estão corretas, apenas: *
a) 1, 3 e 4
b) 1, 2 e 4
c) 2 e 3
d) 2, 3 e 4.
e) 1 e 3
4. A análise da série leucocitária, sobretudo no que tange à contagem diferencial, é fundamental para alguns diagnósticos
1) A análise do leucograma mais fiel é realizada a partir dos dados relativos e exige considerar a contagem dos subtipos
dos leucócitos.
2) É necessário aos profissionais de saúde reconhecer a linhagem dos neutrófilos para diagnósticar infeções virais.
3) Achados clínicos como granulações tóxicas, vacúolos ou hipersegmentação nuclear são indicativos de bacteremias.
4) Níveis plasmáticos aumentados de monócitos são indicativos de doenças agudas, normalmente. Estão corretas,
apenas:
a) 1e3
b) 2 e 3.
c) 1e4
d) 1, 2 e 4
e) 1e2
6. Com relação aos exames laboratoriais de rotina parasitológica, marque a opção incorreta *
a) O método de Baerman-Moraes serve para detecção de larvas e utiliza-se do termotropismo das larvas de Ascaris
lumbricoides para a sua detecção.
b) O método da centrífugo-flutuação foi desenvolvido por Faust e colaboradores e é eficiente tanto para a concentração
de ovos de helmintos quanto cistos de protozoários.
c) O método MIF (Mertilolato-Iodo-Formol) serve para a pesquisa de ovos, cistos e trofozoítos.
d) São exemplos de métodos para concentração de ovos e cistos: Willis; De Rivas; Lutz/Hoffman; e Craig.
e) O método de Hoffman é indicado principalmente para a pesquisa de Schistosoma mansoni. Serve também para
pesquisa de larvas e ovos de outros vermes.
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7. Assinale a alternativa correta. O tipo morfológico bacteriano denominado Estafilococos é caracterizado por: *
a) Grupos de 4 cocos unidos
b) Cocos agrupados 2 a 2
c) Cocos agrupados de forma aleatória, semelhante ao formato de um cacho de uvas
d) Grupos de 8 cocos unidos, de forma semelhante a um cubo
e) Vários cocos dispostos em cadeia similar a um cordão de pérolas
8. A análise da série leucocitária é muito significativa para o diagnóstico de infecções bacterianas, sobretudo em estados
3) Os linfócitos típicos contribuem para a defesa celular, mas as atipias linfocitárias determinam as bacteremias.
4) Níveis plasmáticos aumentados de eosinófilos são indicativos de alergias em adultos e doenças parasitárias em
9. A partir das figuras abaixo, correlacione os tipos de ovos e seus respectivos parasitos. 1) Ascaris lumbricoides infértil (5), 2)
Enterobius vermicularis (2) , 3) Taenia sp( 1 ) , 4) Trichuris truchiura( 3) , 5) Schistosoma mansoni( 4 ) A sequência correta, de
a) 5, 3, 2, 1, 4
b) 5, 2, 1, 3, 4.
c) 3, 1, 4, 2, 5
d) 2, 3, 1, 4, 5.
e) 1, 3, 2, 5, 4
10. Um aluno de Medicina realizou a coloração de Gram, que é um método para corar lâminas de vários materiais biológicos
na identificação de bactérias. Observou ao final do método que trocou a ordem dos corantes, colocando primeiro a
fucsina, em seguida o lugol, depois o descorante e por último o cristal violeta. Nesse caso, o que irá acontecer? *
a) As bactérias gram negativas ficarão coradas em rosa.
b) As bactérias gram positivas ficarão coradas de roxo.
c) Ele não conseguirá visualizar nada na lâmina, pois não haverá nenhuma bactéria corada
d) As bactérias gram positivas não irão corar.
e) As bactérias gram negativas ficarão coradas de roxo
O exame parasitológico de fezes (EPF), também conhecido A consistência das fezes está diretamente ligada à
como protoparasitológico, é usado para identificar quantidade de água que contém, e são classificadas
alterações gastrointestinais, auxiliando no diagnóstico de em: fezes formadas, semiformadas, pastosas, diarreicas
parasitoses intestinais por meio das fezes. ou líquidas.
Para que serve? Identificar ovos e lavas de Microscópico: permite identificar ovos e larvas de helmintos,
helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de trofozoítos, oocistos e cistos de protozoários, podendo ser
protozoários. classificado em quantitativo ou qualitativo.
É indicado para pesquisa de ovos de S. mansoni, A. Este procedimento é simples e eficiente para pesquisa
lumbricoides, T. trichiura e Ancilostomídeos. de larvas de Strongyloides stercoralis nas fezes e
Cistos de protozoários não são visualizados nessa também de Ancilostomídeos.
preparação.
Não é possível a execução deste método em fezes Para a execução desse método, o ideal é que as fezes
diarreicas. sejam colhidas no dia do exame, pois a refrigeração diminui
a viabilidade das larvas. Fezes diarréicas ou coletadas em
conservador não se são adequadas para esse método.
QUALITATIVOS
EXAME DIRETO
Dissolução das fezes em solução fisiológica 9% e posterior
análise na lâmina. Identificação de trofozoíto > Protozoário
MÉTODO DE WILLIS/FAUST
Método de centrífugo-flutuação utilizado para a pesquisa
de cistos de protozoários e ovos de helmintos.
MÉTODO DE LUTZ/HOFFMAN
É o método de sedimentação espontânea para a análise de
ovos mais pesados- capazes de sedimentar, como os ovos
de lombriga e do Schistosoma mansoni.
Cisto multinucleado.
Hymenolepis nana: A infecção é por Taenia saginata e Taenia solium Schistosoma mansoni –
ovos contaminando o meio ambiente, (solitaria) – Teniase: A infecção é através Esquistossomose: A infecção é através
entrando pela boca. Causa diarréia, de carne de gado (saginata) e porco de água contaminada contendo larvas
desconforto abdominal em infestações (solium) crua ou inadequadamente de hospedeiros caramujos. Causa
massivas em crianças. Pode ser cozida. Causa desconforto abdominal, disenteria, fibrose das paredes intestinal
assintomático. apendicite aguda. Partes do verme ou da bexiga, fibrose hepática,
(proglotes) podem ser expelidas nas hematúria.
fezes.
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FIMBRIAS OU PILI:
BENEFÍCIOS MALEFÍCIOS
- Microbiota endógena são apêndices filamentosos, presentes nos pólos ou
- Intoxicação microbiana
- Decompositores homogeneamente distribuídas.
- Biotecnologia - Doenças infecciosas
- Biorremediação
▪ Pili sexual: troca de material genético entra as
-Produção de antibióticos
- Ciclos biológicos bactérias durante a reprodução.
- Digestão de alimentos
- Engenharia genética FLAGELO:
Apêndices de flagelina, em forma de filamentos, que
• Poucos MOS são exclusivamente patogênicos, alguns
servem para a sua locomoção, fator de virulência e
são potencialmente patogênicos e a maioria não é
quimiotaxia.
GLICOCÁLIX:
Polímeros orgânicos viscoso, composto de polissacarídeo,
polipeptídeos e que são muito variáveis entre as espécies.
COLORAÇÃO DE BAAR
GRAM-NEGATIVAS Membrana externa: impermeabiliza a
Utilizada para identificação do gênero Mycobacterium, já
células; oferece proteção extra
contra enzimas digestivas. que essas não coram-se com o GRAM. São bacilos
Espaço periplasmático: rico em aeróbicos imóveis, não-formadores de esporos, de parede
enzimas hidrolíticas; enzimas celular atípica.
relacionadas a virulência (beta-
lactamase); apresenta sistema de • Esse gênero pode provocar lepra (Mycobacterium
transporte de açúcar e captaçãoo leprae) e tuberculose (Mycobacterium tuberculosis);
de outros metabólitos
LPS/ endotoxina: muito imunogênico
- Pode ser liberado em infecções e ser
tóxico
- Pode funcionar como receptor e
bloquear a resposta imune
COLORAÇÃO DE GRAM
Faz a cultura da bactéria e aplica um pouco de água É um exame no tecido feito pelos patologistas. A proposta
oxigenada. do TUPF é a de fornecer um diagnóstico laboratorial de fácil
execução e de grande sensibilidade das infecções
- Teste positivo: bolhas / Staphylococcus sp causadas por esta bactéria.
- Teste negativo:nada/ Streptococcus sp
INFECÇÕES BACTERIANAS
2. COAGULASE: A bactéria produz a enzima coagulase
que na presença do plasma provoca sua coagulação. GRAM POSITIVAS
Demora 4 horas.
- Teste positivo: coagula o plasma / Staphylococcus Aureus
STAPHYLOCCUS SP.
- Teste negativo: não coagula/ Staphylococcus sp.
Gênero de bactérias gram-positivas que compreende várias
espécies, como S. aureus, S.saprophyticus e S. epidermidis.
PARA GRAM NEGATIVAS
1. Sthaphyloccus aureus
1. TSI (Tríplice Açúcar e Ferro): Identifica se a bactéria
produz gás, o H2S reage o ferro formando um É o mais comum em infecções piogênicas na pele, fossas
precipitado preto (sulfato ferroso). nasais, garganta e intestino. Exemplos: foliculite, furunculose,
osteomielite, endocardites e pneumonias.
2. SIM(Sulfato/Indol/Motilidade): Determina a habilidade
do microorganismo de metabolizar o triptofano em Tratamento: bastante sensível as penicilinas, cefalosporinas,
indol. eritomicinas, tetraciclinas e clorafenicol.
Tratamento: penicilinas.
Gabrielle Nunes | P2 | 2020.1 4
GRAM NEGATIVAS
NEISSERIAS
Cocos gram-negativos que ocorrem aos pares na maioria
das vezes (diplococos), causadoras de gonorréia e
meningite.
PSEUDOMONAS
• Principal espécie: Aeruginosa
• Bactéria oportunista que pode causar várias infecções.
• Pacientes hospitalizados representam incidência maior
de contaminação.
ANTIBIÓTICOS
LOCAL DE AÇÃO
CULTURA DE URINA
Gabrielle Nunes| P3 | 2020.2
LEUCEMIAS
CARACTERÍSTICAS GERAIS RELEMBRANDO
Doença clonal do tecido hematopoiético caracterizada Linhagem linfoide: células NK, células T e células B.
pela proliferação anormal de células progenitoras de
linhagem mieloide ou linfoide, ocasionando produção Linhagem mieloide: Neutrófilos, monócitos, eosinófilos,
insuficiente de células sanguíneas normais. mastócitos e basófilos; plaquetas e hemácias.
Morfologicamente classificada em LLA-L1, LLA-L2 e LLA-L3 Geralmente é assintomático, mas podem cursar
com astenia, perda de peso e linfoadenopatia;
Quadro: geralmente apresenta anemia e plaquetopenia; Leucocitose e linfocitose, também são comuns
na maioria dos casos há leucocitose. Hiperfosfatemia e anemia e plaquetopenia;
hipocalcemia; Ácido úrico aumentado; DLH 2
(Desidrogenase láctica) aumentada;
GRUPOS
LLC TÍPICA OU CLÁSSICA: Os linfócitos maduros são a
maioria, presença de raros ou nenhum prolinfócitos ou
linfócitos atípicos;
LEUCEMIAS CRÔNICAS LLC com transformação prolinfocítica: Presença de 11
a 54% de prolinfócitos no sangue periférico;
DEFINIÇÃO MISTA: presença de até 10% de prolinfócitos e
frequentemente linfócitos atípicos
Neoplasia originada de precursores hematopoiéticos
(mieloide x linfoide), mas essas células de replicação
desordenada conseguem atingir a maturidade, fato este
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
que a diferencia da leucemia aguda. Observa-se células
em graus diferentes de maturação e nem sempre são EXAMES SOLICITADOS
células disfuncionais.
Hemograma, mielograma, citoquímica,
Células menores e de tamanho diferenciados imunofenotipagem e biópsia de medula óssea.
CITOQUÍMICA
A aplicação de corantes bioquímicos às células do
sangue e medula óssea, de maneira a mostrar sua
composição sem modificar apreciavelmente sua
morfologia.
CASOS CLÍNICOS
HEMOGRAMA 1
▪ Anemia
▪ Plaquetopenia.
▪ 92% de blastos
▪ LMA
Solicitar mielograma e
imunofenotipagem.
Provavelmente está com
um quadro de hemorragias;
4
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REVISÃO LABORATORIAIS P3
PNEUMONIAS
O patógeno não é identificado em até 60% dos casos de pneumonia, mas o conhecimento do perfil etiológico das pneumonias
é indispensável para orientar a terapêutica.
Vírus são responsáveis pela maioria das PAC, em em torno de 90% até um ano de idade e 50% em escolares. Destaca-se o Vírus
Sincicial Respiratório, como o de maior incidência. Outros responsáveis em ordem de frequência são: Influenza, Parainfluenza 1
e 3, Adenovírus, Rinovírus, além de Metapneumovírus e Bocavírus.
Os quadros bacterianos são responsáveis por infecções mais graves, com maior comprometimento do estado geral. Desses o
Estreptococo pneumoniae é o agente mais frequente, de difícil isolamento em hemoculturas e mais facilmente em culturas de
líquido pleural, 1/3 das pneumonias confirmadas radiologicamenteOutras bactérias: Estreptococos do Grupo A, Estafilococos
áureos, Hemófilus influenza e Moraxela catarralis,Em 50% dos casos é possível uma coinfecção (vírus e bactérias).
HEMOGRAMA
▪ Leucograma global e frações
▪ A presença de eosinofilia em quadros de pneumonia afebril pode sugerir infecção por Chamydia trachomatis
PROTEÍNA C REATIVA
▪ Pneumonias graves elevam muito a PCR, então os valores são altos, geralmente acima de 50mg/dL no método de
turbidimetria
▪ PCR quantitativa: o valor de referência é menos que 10 mg/dL
PCT | PROCALCITONINA
PCT (procalcitonina): Marcador de atividade inflamatória que pode ser detectada por método imunoluminométrico
monoclonal, considerado menos sensível. É um marcador melhor de gravidade do que a proteína C reativa- CASOS DE SEPSE.
Gabrielle Nunes | P3 | 2020.2 2
Níveis séricos elevados também são vistos em outras doenças pulmonares, como na pneumonite química e na lesão por inalação
em queimados
EXAMES ESPECÍFICOS
HEMOCULTURA
Exame utilizado para o diagnóstico etiológico dos quadros
bacterianos e é recomendado a realização da
hemocultura para todos os casos hospitalizados. Seu baixo
rendimento (taxa de isolamento média de 10%) talvez
induza os clínicos a evitar a sua solicitação. Apesar disso, o
exame é importante, especialmente em serviços de
referência, pois o conhecimento do padrão de
resistência/sensibilidade aos antimicrobianos, com
destaque para o pneumococo, é crucial.
I. Colher antes da antibioticoterapia, ou antes, da próxima dose de antibiótico. Quando possível, suspender o antibiótico
por 28-48 horas para realizar a coleta.
II. Colher preferencialmente no inicio pródromos febris ou da ascensão do pico. Em casos graves, pode ser coletada a
qualquer momento, não sendo obrigatório o pico febril.
III. No caso de sepse, pneumonia, meningite, pacientes neutropênicos, colher em seguida duas amostras, em dois locais
diferentes e iniciar antibioticoterapia.
SOROLOGIA
▪ Sorologia para: (1) Mycoplasma pneumoniae (a sorologia é recomendada considerando-se que a IgM se eleva em 7 a
10 dias após o inicio do processo; (2) Clamydia sp. (pesquisa de IgM ou IgG)
▪ Partículas de látex são esferas de poliestireno que podem ser usadas como suportes na absorção de proteína solúvel a
Ag polissacarídeo.
Pesquisa de antígenos do pneumococo e do H. influenzae tipo b, inclusive até cerca de 5 dias após o início de antibióticos.
DIARREIAS AGUDAS
▪ Exame macroscópico das fezes: a observação das fezes já nos indica a presença de sangue, muco, pus e parasita
▪ Exame parasitológico de fezes: este exame procura identificar a presença de parasitas, protozoários e helmintos que
podem determinar diarreia
Método mais comum: HPJ
Gabrielle Nunes | P3 | 2020.2 3
▪ A pesquisa de vírus nas fezes pode ser feita de rotina através da técnica de Elisaimunoensaio ou látex para identificar
rotavírus e adenovírus
▪ pH fecal e substâncias redutoras- esta determinação irá detectar a intolerância aos carboidratos
▪ Hemograma- este exame poderá auxiliar nos processos infecciosos acompanhados de invasão da mucosa intestinal,
quando revela leucocitose e desvio para a esquerda
▪ Identificação de bactérias enteropatogênicas- através da coprocultura
DIARREIAS CRÔNICAS
▪ Técnicas sorológicas: para amebíase e esquistossomose e o PCR para amebíase e giardíase
▪ Teor de gordura nas fezes (Teste de Sudam III)– utilizado para identificar quantitativamente a perda de gordura pelas
fezes ou a Esteatorreia
▪ Colonoscopia
▪ Testes sorológicos para doenças celíacas (antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase)
▪ Exames de imagem
▪ Dosagem de eletrólitos no suor
▪ Biópsia
▪ Absorção de triglicerídeos
▪ Dosagem de alfa-1-antitripsina nas fezes: é empregada nos processos diarreicos de longa duração para detectar a
perda proteica nas fezes
▪ Teste de hidrogênio expirado: esse teste detecta o hidrogênio no ar expirado após a fermentação de carboidratos na
luz intestinal e sua absorção pela mucosa
▪ Teste de tolerância a carboidratos: ex. teste de tolerância à lactose
QUESTÕES
1. A bilirrubina é formada através da degradação de hemoglobina pelo sistema fagocitário macrofágico. A bilirrubina
indireta circula ligada à albumina e a direta é uma produção de conjugação aos hepatócitos. Sobre o metabolismo,
2. Quais exames laboratoriais contribuem para o diagnóstico da pneumonia na criança? Quando estão indicados? *
Paciente apresenta ao resultado do leucograma compatível com quadros infecciosos, sejam eles virais (linfocitose) ou
bacterianos (leucocitose com tendência de desvio à esquerda); Proteína C reativa; hemocultura; Sorologias específicas p/ o
agente atípicos e pesquisa viral em swab de nasofaringe. A pesquisa laboratorial não é indicada para pneumonias adquiridas
hospitalar.
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3. Um homem de 52 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de fraqueza e falta de ar há cinco meses.
Durante a anamnese médica, relatou perda de apetite e emagrecimento de 10 kg nos últimos quatro meses, e negou
ocorrência de sangramentos e vícios como tabagismo e etilismo. No exame físico, foi detectada hepatoesplenomegalia
e, a partir dos sinais e sintomas clínicos, foi necessária a realização de exames laboratoriais, entre eles o hemograma, que
apresentou leucometria de 120 000 leucócitos/mm³ de sangue, presença de células da linhagem mieloide em vários
estágios de diferenciação, basofilia, anemia normocítica e normocrômica e trombocitose. Com suspeita de quadro
leucêmico, foi solicitada urgência na internação hospitalar do paciente e requerido mielograma, que evidenciou
hiperplasia mieloide acentuada, com relação mieloide: eritroide de 17:1. Exames genéticos e moleculares evidenciaram
presença do cromossomo Philadelphia e do gene BCR-ABL1. Com base nas informações apresentadas e nos achados
4. A leucemia é originada na medula óssea, local onde as células sanguíneas são produzidas. Os glóbulos brancos
(leucócitos) são as células acometidas e se reproduzem de forma descontrolada, gerando os sinais e sintomas da doença.
De acordo com a célula envolvida, divide-se em mieloide e linfoide. O que diferencia uma leucemia da outra? *
a) Mieloide deriva da célula-tronco madura e linfoide, dos linfócitos.
b) Mieloide deriva dos leucócitos granulosos e linfoides dos leucócitos não -granulosos.
c) Mieloide pode ser o granulócito ou o basófilo e linfoide o linfócito e o monócito.
d) Mieloide deriva da célula-tronco mieloide e pode ser o granulócito, eosinófilo, basófilo, monócito ou eritrócito e na
linfoide, o linfoide é a célula doente
e) Na mieloide, apenas a célula mieloide eosinófilo é a célula doente e, na linfoide, a célula doente é o linfócito
derivado da célula-tronco linfoide.
O efeito prozona é um fenômeno que ocorre quando existe excesso de anticorpos no soro testado, o qual interfere na formação
do complexo antígeno-anticorpo necessário para que aconteça a reação de floculação.
6. No Brasil a doença falciforme constitui um grupo de doenças e agravos relevantes, exigindo cuidadoso processo de
7. Norte-americanos em viagem para países em desenvolvimento, e passageiros em aeronaves e navios de turismo onde
ocorram erros na preparação dos alimentos estão em grande risco de sofrer de diarreia infecciosa aguda. Qual o agente
d) C. difficile.
e) E. coli enterotóxica.
8. Nas Leucemias ___________ observamos paciente com clínica de ___________, febre por _______ __ e ________ de mucosas
por _________. *
a) Agudas , tosse , astenia, sangramento , plaquetopenia
b) Agudas , anemia , infecção, sangramento , plaquetopenia
c) Agudas, anemia, infecção, sangramento, deficiências de fatores da coagulação
d) Crônicas, astenia, infecção, palidez, deficiência de fatores da coagulação
e) Crônicas, astenia, infecção, sangramento e plaquetocitose
9. Ao iniciar o pré-natal, uma gestante teve prescrição de suplementação de ferro e ácido fólico, a ocorrer durante toda a
gestação.Essa é uma recomendação do Ministério da Saúde como parte do cuidado no pré-natal, que tem como um dos
objetivos: *
a) suprir uma eventual deficiência nutricional da gestante;
b) reduzir o risco de baixo peso da criança ao nascer;
c) prevenir a incidência de anemia falciforme neonatal;
d) evitar que uma anemia evolua para leucemia gestacional;
e) reduzir o risco de má-formação congênita.
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DOSAGEM DA ALP
A fosfatase alcalina é uma enzima presente nas células
dos canais biliares. Seu aumento pode indicar lesão
hepática canalicular (colestase, hepatite, obstrução das
vias biliares por cálculo), carcinomas, metástases e
OBS: Os fatores II, VII e X são dependentes da vitamina K.
durante o crescimento ósseo.
REVISANDO: A protrombina é um elemento proteico da
Os valores normais variam de laboratório para laboratório,
coagulação sanguínea, também denominada de fator II,
ficando, porém, o limite ao redor de 130 U/L. Em menores
sintetizada no fígado onde a vitamina K atua como
de 18 anos pode ser mais elevado.
cofator. Esta proteína, sob ação do Ativador de
Protrombina transforma-se em trombina, a qual catalisa a
reação de transformação do fibrinogênio em fibrina,
constituindo-se em elemento fundamental da chamada
AVALIAÇÃO DA SÍNTESE HEPÁTICA
“cascata de coagulação”.
Os testes mais comuns para avaliar a capacidade
sintética do fígado são a albumina sérica e o tempo de DOSAGEM SÉRICOS DE PROTEÍNAS TOTAIS E
protrombina (que requer a presença de fatores de ALBUMINAS
coagulação produzidos no fígado).
Aproximadamente 300 a 500 g de albumina são
distribuídos nos fluidos corporais, e o fígado adulto médio
PROVAS DE COAGULAÇÃO
sintetiza aproximadamente 15 g por dia (200 mg / kg por
A deficiência de fatores de coagulação ocorre dia).
frequentemente durante o curso da doença hepática .
Dentre os fatores de coagulação, apenas o fator VIII e von A meia-vida da albumina no soro é de aproximadamente
Willenbrand não são sintetizados pelo fígado . 20 dias, com 4% do pool total de albumina sendo
degradado diariamente.
A avaliação geralmente é feita de forma mais geral a
partir da análise do TEMPO DE PROTROMBINA (TP OU TAP). HIPOALBUMINEMIA
é um teste para avaliar a via extrínseca e a via comum da
Pode ou não ser um quadro relacionado à função
cascata de coagulação, ou seja, os fatores VII, X, V, II e o
hepática, inclusive pode ser provocado por
fibrinogênio. inflamações sistêmicas, síndromes nefróticas e
desnutrição.
O tempo de protrombina estará aumentado em casos de
deficiência de fibrinogênio e de qualquer um dos fatores É comum em lesões hepáticas crônicas, como a cirrose.
Reflete dano hepático grave, quando há queda na
mencionados, como por exemplo, na doença hepática.
síntese dessas PTN.
▪ O TP geralmente é normal ou levemente prolongado As concentrações séricas de albumina tendem a ser
na maioria dos pacientes com hepatite aguda normais nas doenças hepáticas agudas, porém deve
infecciosa ou tóxica ser considerada a possibilidade de doença hepática
crônica quando a concentração sérica de albumina
estiver abaixo de 3 g/ dL (30 g / L) nesses pacientes.
▪ Em pacientes com hepatites fulminantes de etiologia
infecciosa ou tóxica, o TP é significadamente Lesão CRÔNICA: (-) Síntese e concentrações das PTN
aumentado. plasmáticas; diminui albumina, alfa 1, alfa 2, beta e
imunoglobulinas;
VALOR DE REFERÊNCIA: 10 – 14 s Lesão AGUDA: aumento de proteínas de fase aguda
(citocinas); diminui albumina e aumenta alfa 1 e alfa 2;
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ELETROFORESE DE PROTEÍNAS
GAMA-GT
A gama-GT é uma enzima microsomal encontrada nos
hepatócitos e nas células epiteliais biliares. Esta enzima
constitui um marcador sensível de comprometimento da
função hepatobiliar, mas a utilidade desse teste é limitada
pela baixa especificidade.
- Taxa de filtração glomerular (ml/min): Medida indicativa do A creatinina é livremente filtrada pelo glomérulo e não é
número de néfrons em funcionamento, a partir da estimativa reabsorvida nem metabolizada pelo rim. Entretanto,
de clearance de um marcador. Mulheres (TFG= 100mL/min); aproximadamente 25% da creatinina urinária é proveniente
Homens (120mL/min) da secreção tubular, sendo esta, mais significativa quanto
menor for a TFG.
- Marcadores exógeno, padrão-ouro: Inulina (é filtrado
livremente pelo glomérulo; não é secretada, reabsorvida, Outro problema é o fato do valor da creatinina sérica acima
sintetizada ou metabolizada pelo rim; fisiologicamente inerte; do normal adotado pela maioria dos laboratórios (1,3 mg/dL)
possui concentração estável no plasma; outras substâncias só ocorrer a partir de diminuição da ordem de 50%-60% da
iohexol, iotalamato ou o radiofármaco DTA; limitações TFG. O relativo descompasso da creatinina com o real estado
técnicas; funcional e sua baixa sensibilidade e especificidade se
traduzem em diagnóstico e tratamento tardios.
3. Análise da reabsorção tubular de água e eletrólitos
Para monitorar a progressão da doença renal, a avaliação
da depuração endógena da creatinina (DEC), medida em
MARCADORES ENDÓGENOS DA TFG urina de 24 horas, constitui uma alternativa para avaliação
mais fidedigna quando comparada aos níveis de creatinina
UREIA
plasmática.
Origem: Principal metabólito nitrogenado derivado da
degradação de proteínas pelo organismo, sendo que 90% CLEARANCE DE CREATININA:
deste analito é excretado pelos rins e o restante eliminado
Clearance de creatinina ajustado= Creatinina na urina de 24
pelo trato gastrintestinal e pela pele.
horas/ creatinina sérica x volume de urina por minuto x
É um preditor fraco da filtração glomerular. pois 40%-70% 1,73/área corpórea
retornam para o plasma por um processo de difusão
OBS: A área corpórea pode ser estimada a partir no
passiva tubular, que é dependente do fluxo urinário.
normograma, parâmetro que relaciona altura e peso.
Circunstâncias que alteram os valores séricos da ureia: a
Significado Clínico: A velocidade de filtração glomerular é
dieta, a taxa de produção hepática, desidratação,
determinada não só pelo número de néfrons em
trauma,insuficiência cardíaca congestiva, infecção,
funcionamento, mas também pela capacidade funcional
destes néfrons.
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FÓRMULAS MATEMÁTICAS:
PROTEÍNAS
LIMITAÇÕES: Ausência de padronização na avaliação da As proteínas plasmáticas, quando em estado pérvio dos
creatinina laboratorial; tendência de superestimar o glomérulos, não conseguem atravessar para o filtrado
clearance – Obesidade; ajuste da superfície corporal glomerular (tanto pelo tamanho, como pela carga);
minimizar o erro;
PROTEINÚRIA
EQUAÇÃO DO ESTUDO MDRD (MODIFICATION OF DIET IN RENAL
As proteínas com peso molecular inferior a 60 kDa são filtradas
DISEASE)
livremente pelos glomérulos e reabsorvidas nos túbulos
Esta equação envolve seis variáveis: idade, sexo, raça( proximais. A proteína total excretada na urina varia de 20 mg
afroamericano), e concentrações séricas de creatinina, ureia a 150 mg/dia, da qual metade corresponde à albumina e o
e albumina. restante quase totalmente à proteína de Tamm-Horsfall.
DESVANTAGENS:
PODACITÚRIA
Os podócitos ou células epiteliais viscerais são células
altamente especializadas, que revestem a superfície urinária
do tufo capilar glomerular e que, juntamente com as células
endoteliais e a membrana basal, constituem a barreira de
filtração glomerular, assegurando sua permeabilidade
seletiva.
VANTAGENS:
COAGULOGRAMA
SISTEMA HEMÓSTÁTICO
ENDOTÉLIO VASCULAR
Antiplaquetárias: óxido nítrico e prostaciclinas
(vasodilatadores, evita o contato entre plaqueta e
endotélio, sem iniciar a cascata de coagulação)
SUBSTÂNCIAS TROMBÓTICAS
PLAQUETAS (Grânulos plaquetários)
Fator tecidual: ativador dos fatores de coagulação
Tromboplastina: ativa a protrombina
Fator plaquetário: Inativa as substâncias anti-trombóticas
Fator de Von Willenbrand: Conecta a plaqueta a matriz
tecidual;
Fibrinogênio: Conecta as plaquetas na outra;
FATORES DE COAGULAÇÃO
Proteínas, a maioria produzida no fígado, com função de
ajudar a estancar as hemorragias quando ocorre o
rompimento de vasos sanguíneos.
Existem 13 tipos diferentes de fatores de coagulação (I- Ao haver uma lesão tecidual, no primeiro momento há
XIII). São ativados quando ocorre o rompimento do vaso uma vasoconstricção temporária na tentativa de
sanguíneo, onde a ativação do primeiro leva à ativação
aproximar um vaso do outro. (2) Aderência das plaquetas
do seguinte até que ocorra a formação do coagulo pela
ação dos 13 fatores. à matriz tecidual a partir do fator de Von Willenbrand; (3)
Agregam-se umas as outras a partir do fibrinogênio
Inativos: XII, XI, IX, X, VIII, VII, V
produzido na cascata de coagulação > trombo >
Ativos: VIII
fibrinólise.
Ativador inicial: fator tecidual
HEMOSTASIA HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
PRIMÁRIA XII > Ativação por contato > XII a
Atua regredindo os Subdividida em via intrínseca VII + VITAMINA K > FATOR TECIDUAL > VIA
sangramentos por (fatores VIII,IX e XI), extrínseca
meio da formação (fator VII) e comum (X, V,
de um trombo ou protrombina e fibrinogênio), atua
tampão evitando o ressangramento, na Os eventos comuns da coagulação (via final comum),
plaquetário. formação de uma rede adesiva quer sejam iniciados pela via extrínseca ou intrínseca, são
de fibrina que consolida o trombo. a ativação do fator X(Xa), a conversão de trombina a
partir da protrombina pela ação do fator Xa, formação de
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fibrina estimulada pela trombina e estabilização da fibrina Plasminogênio > plasmina (dissolve o coágulo) > Lise do
pelo fator XIIIa. coágulo localizado;
CASCATA DE COAGULAÇÃO
AVALIAÇÃO LABORATORIAL da
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA:
AVALIAÇÃO LABORATORIAL da
HEMOSTASIA PRIMÁRIA:
CONTAGEM DE PLAQUETAS
A plaquetometria normalmente varia entre 150.000 –
450.000/mm3.
TROMBOCITOSE TROMBOCITOPENIA
Reativo Deficiência de produção
Infecção Doenças da medula óssea
PL: PROVA DO LAÇO
Pós-cirurgia Deficiência nutricional
Deixar o garrote ou tensiômetro por cinco minutos no
Pós-esplenectomia Aumento da destruição
braço do paciente, e após este tempo verificar a
Malignidade Medicações, álcool formação de petéquias.
Hemorragia Doença autoimune
→ Avaliar resistência capilar e plaquetopenias
Doença mieloproliferativa CIVID
→ O braço que foi realizado para o PL não deve ser
Hiperesplenismo utilizado para punção.
Consiste numa perfuração padronizada no lóbulo da Como os quatro fatores são sintetizados no fígado três dos
orelha, para verificar o tempo que este sangramento vai quais são vit K dependentes (II, VII, X)
demorar a parar.
→ Valor Normal: 10-14 segundos
→ Avalia número e função plaquetária.
→ Está em desuso, pois só se apresenta alargado O TP é utilizado para auxiliar no estudo das coagulopatias
com plaquetas inferiores a 50.000. secundárias as doenças hepatobiliares, tratamento com
dicumarínicos (anticoagulantes) e quando há suspeita de
O TS depende da hemostasia primária (plaquetas, fator de carência de vit k.
von Willebrand), mas também da integridade vascular
cutânea. O valor normal é de 3-7min. Muito utilizado para monitorar pacientes em uso de
anticoagulantes orais, como a Varfarina (Marevan®),
O procedimento correto é: Realizar com lancetas através do cálculo do INR/RNI (Razão Normalizada
padronizadas que cortam até 3 mm, ferimento pequeno Internacional).
na superfície do antebraço, sob pressão de até 40 mm de
mercúrio. → Em pacientes hígidos e sem uso de
anticoagulantes, o INR deve variar entre 1,0 a 1,3.
T.S aumentado: Trombocitopenia idiopáticas, defeitos vasculares, → Em pacientes que utilizam anticoagulantes, como
uremia, uso de medicamentos anticoagulantes. Varfarina, o INR deve variar entre 2,0 e 3,0.
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DEMAIS TESTES
INTRODUÇÃO TRIAGE: Método com a finalidade de determinar
O D-dímero é um PDF (produto da degradação da fibrina), quantitativamente o D-dímero através do método
ou seja, são fragmentos liberados quando há lise do do imunoensaio quantitativo.
polímero de fibrina formado pela cascata de coagulação.
• Emergências
O exame de Dímero-D possui um alto valor preditivo
Existem equipamentos que conseguem liberar uma
negativo (VPN), cerca de 99%, ou seja, se o resultado do
gama de taxas séricas como enzimas e proteínas.
exame for negativo, a chance de o paciente possuir
Ex. Troponina, CK-MB, D-dimer, mioglobina;
qualquer uma das situações é descartada.
• VPN altera com a idade, sendo menor nos idosos. ELEVAÇÃO NAS TAXAS DE D-DÍMERO
O nível sérico do D-dímero é útil no diagnóstico da trombose Outras causas para elevação do D-dímero: IAM, sepse,
venosa profunda (TVP) e do tromboembolismo pulmonar neoplasias, coagulação intravascular disseminada, anemia
(TEP). falciforme, IC, pneumonias e no pós-operatório geral.
Nos pacientes com TVP OU TEP, a fibrinólise endógena leva A combinação de suspeita clínica de TEP, associada a níveis
à formação do DD, que é detectado uma hora após de Dímero-D superiores a 500 ug/L como passo inicial,
formação do trombo e permanece elevado, em média por progredindo-se para a realização de cintilografia pulmonar,
7 dias. Angiotomografia e angiografia, formam a tríade de
abordagem diagnóstica mais eficaz em pacientes com
suspeita de TEP.
RECOMENDAÇÕES
• ELISA
• ELISA rápido quantitativo, semiquantitativo ou
qualitativo;
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• Bom valor preditivo negativo para excluir IC
ESCORE DE PERC (BNP<100pg/mL).
Idade maior ou igual a 50 anos?
• > 400 pg/mL : diagnóstico provável
FC maior ou igual a 100 bpm?
SpO2 < 95% em ar ambiente? CASOS CLÍNICOS
Hemoptise?
CASO 01: Paciente masculino, 74 anos. Dispneia súbita há 1
Uso de estrógeno? dia. Antecedentes Pessoais: (1) TEP prévio após fratura de
Diagnóstico prévio de TEV? fêmur direito; (2) Mobilidade reduzida; (3) Varizes de MMII.
Cirurgia ou trauma recente? Exame físico: FC = 110 bpm; SpO2 78% a.a.; edema unilateral
MID;
Edema unilateral de membros inferiores?
BAIXA PROBABILIDADE + NENHUM DOS FATORES ACIMA = Escore de Wells: +1,5 +3,0 +1,5 + 3,0 = 9,0 Alta probabilidade
NÃO PRECISA DOSAR D-DÍMERO. > realizar exames de imagem + entrar anticoagulantes.
• O dímero D não deve ser usado em pacientes com alta CASO 02: Paciente masculino, 70 anos. Síncope após
probabilidade clínica. viagem de avião em classe executiva (10h). Antecedentes
pessoais: TEP há 12 anos em pós-operatório ortopédico; HPB;
Um teste negativo exclui TEP em pacientes com baixa início recente de doxazosina (alfa-bloqueador/
(qualquer método) ou intermediária (ELISA) probabilidade vasodilatador)
clínica, sem a necessidade de exames de imagem
adicionais. Escore de Wells: TVP ou TEP prévias (+1,5): Probabilidade
baixa;
TVP X IC
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
No sentido de diferenciar e realizar o dignóstico pode-se
associar a dosagem do D-dímero com a dosagem do NT-
ProBNP que é capaz de indicar o grau de insuficiência
cardíaca
DOENÇAS REUMÁTICAS
- Metodologia acessível
- Baixo custo
- Que possam ser utilizados no diagnóstico precoce,
INTRODUÇÃO monitoramento e estadiamento da doença;
ESCLERODERMIA: Doença do sistema imunológico que É útil para identificação, diferenciação, classificação,
provoca o endurecimento da pele, a qual se torna estadiamento e localização de tumores, monitoração pós
espessa, lisa e sem elasticidade. cirurgia e recorrência da neoplasia ou metástases.
FEBRE REUMÁTICA: é uma doença inflamatória que pode PSA pode se elevar também em casos de cirrose, embolia
comprometer as articulações, o coração, o cérebro e a pulmonar, impotência
pele de crianças de 5 a 15 anos.
Quadro clínico das neoplasias de próstata: bloqueio
FIBROMIALGIA: Síndrome caracterizada por dor muscular parcial ou completo do trato urinário ou com a próstata
generalizada crônica, dor à palpação da musculatura, comprimindo a uretra.
alterações do sono, cansaço e problemas com o humor,
a concentração e a memória. VALORES DE REFERÊNCIA
GOTA: doença inflamatória que acomete sobretudo as Relação PSA TOTAL/LIVRE: maior que 25%
articulações e ocorre quando a taxa de ácido úrico no
sangue está em níveis acima do normal. • PSA total até 2,50ug/L
• A relação PSA livre/PSA total inferior ao valor de
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES): Doença inflamatória referência somente será significativa se o PSA livre.
crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir
em diversos órgãos de forma lenta e progressiva ou mais
rapidamente
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
ALFAFETOPROTEINA (AFP)
MARCADORES TUMORAIS
É uma glicoproteína sintetizada pelo fígado, saco vitelínico
Refere-se a uma categoria ampla de substâncias e aparelho gastrointestinal. Diagnóstico e monitoramento
produzidas pelos tumores ou pelos organismos em resposta do tratamento de alguns tipos de câncer de fígado,
à presença tumoral, com expressão ou quantificação de testículos, ou de ovários.
diferencial no sangue, urina ou outros tecidos de pacientes
• Concentração máxima na 12º e 15º semana de
com neoplasias.
gestação, quando muito elevadas podem indicar má
formações do tubo neural, gravidez múltiplas, morte
- Alta sensibilidade e especificidade fetal;
Gabrielle Nunes 2
CALCITONINA