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HISTÓRIAFATOS E CURIOSIDADES

História e curiosidades sobre a famosa


Ponte Rio-Niterói
A obra faraônica é uma das maiores do mundo e já recebeu nomes
como a Rainha Elizabeth II em um desfile de carro aberto.
Por Rotas De Viagem Em 30 jul, 2020

- Tempo de leitura: 7 minutos -


O Rio de Janeiro, como Cidade Maravilhosa que é, tem lá seus
exageros em forma de monumentos. O Cristo Redentor que, de
braços abertos, abençoa o povo carioca. O Pão de Açúcar e seus
bondinhos de altura estonteante. Mas, poucas guardam tanta história
e curiosidades como a famosa Ponte Rio-Niterói. A obra faraônica é
um dos símbolos do Rio de Janeiro, e personalidades de peso, como
a Rainha Elizabeth II, já trafegaram por ela.

Oficialmente chamada de Ponte Presidente Costa e Silva, a Ponte


Rio-Niterói integra a Rodovia BR-101, que sai do nordeste brasileiro
em direção ao sul do país. Mais do que sua extensão descomunal,
atravessa a Baía de Guanabara e tem importância inquestionável. A
construção é responsável por ligar a capital a diversos outros pontos
do estado, como a própria Niterói, Região dos Lagos e São Gonçalo.

Por isso, o tráfego de veículos segue intenso naquela que está entre
as sete maiores pontes do mundo. Hoje, a ponte é, praticamente, um
verdadeiro cartão-postal, com o característico vai e vem de carros,
aviões passando por cima e navios por baixo de sua estrutura.

A Ponte Rio-Niterói virou um cartão postal muito conhecido do Rio de


Janeiro
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Conheça mais a história e curiosidades sobre a famosa Ponte Rio-
Niterói, uma paisagem hoje totalmente integrada ao Rio de Janeiro.

História da Ponte Rio-Niterói


Até a construção da Ponte Rio-Niterói, o acesso à Niterói era feito por
uma barca ou através uma viagem terrestre que passava por Magé,
totalizando mais de 100 km. E, embora a inconveniência fosse maior
nos anos 60, em virtude do aumento no fluxo de veículos, os projetos
para unir as duas regiões de maneira mais rápida vêm desde muito
antes. Digamos que, desde os tempos de imperador.

A construção atravessa a Baía de Guanabara e tem importância


inquestionável para a ligação do Rio de Janeiro a outras partes do
estado, como, por exemplo, à própria Niterói
A primeira ideia de um projeto que ligasse Rio de Janeiro e Niterói
data de 1875, quando Dom Pedro II contratou o engenheiro inglês
Hamilton Lindsay-Bucknall. O objetivo inicial do imperador era
construir um longo túnel sob a Baía de Guanabara, fruto de seu
encanto pelas obras do metrô de Londres. O engenheiro contratado,
então, deveria realizar estudos acerca da viabilidade de realizar uma
obra de grande porte na região.
Anos depois, a alternativa apresentada foi erguer uma ponte ligando
as duas cidades. Contudo, apesar das vantagens incontestáveis do
empreendimento, a maior dificuldade seria a própria execução, além
dos altos gastos envolvidos. Por isso, o projeto foi protelado, sem ser
esquecido. Autoridades e empresários seguiram discutindo sobre a
possibilidade de levantar a ponte, chegando a apresentar várias
propostas até metade do século XX.

Nesse meio tempo, até uma licitação chegou a ser realizada mas, a
construtora vencedora faliu e a obra nem foi iniciada. Cerca de 100
anos depois da ideia inicial de Dom Pedro II, já no governo militar da
década de 60, o debate novamente veio à tona. Em 1963, foi criado
um grupo de trabalho para estudar o projeto de uma ponte entre as
duas cidades. Dois anos depois, uma comissão executiva foi
formada para cuidar do projeto definitivo da construção.

O projeto de construção foi, então, idealizado por Mário Andreazza,


na época Ministro dos Transportes, e assinado pelo presidente Costa
e Silva, em 1968. A apresentação oficial do projeto aconteceu em
novembro do mesmo ano, na Escola de Engenharia da Universidade
Católica de Petrópolis (UCP). Mas, a ocasião era festiva e merecia
uma grande celebração, além da simples apresentação.

A construção da Ponte Rio-Niterói


Por isso, uma inauguração simbólica foi feita também em 1968, com
a ilustre presença de Elizabeth II e sua alteza real, Príncipe Filipe,
Duque de Edimburgo. Mas, as obras só começaram mesmo em
janeiro de 1969. A grande vantagem é que, em um século, as
tecnologias avançaram, trazendo a possibilidade real de empreender
uma obra deste porte, sob a responsabilidade de Antônio Alves de
Noronha Filho e Benjamin Ernani Diaz.

O que não significa, entretanto, inexistir dificuldades em transpor os


9 km que separam, sobre o mar, Rio de Janeiro e Niterói. Uma delas
era garantir que as rochas oceânicas suportassem o peso da
estrutura de aço, concreto e asfalto. Foi aí que os engenheiros
projetaram levar as perfuratrizes até ilhas flutuantes na Baía de
Guanabara para, depois, colocá-las dentro de tubos e, assim, perfurar
a rocha. Isso evitava o contato com a água.
Construção da Ponte Rio-Niterói
Ainda, estruturas metálicas eram instaladas até a superfície e, sobre
elas, construídas as fundações da ponte onde, depois, seriam
erguidos os pilares de sustentação às pistas. É importante observar
que, dos 13 km de extensão, aqueles 9 km eram sobre a água. Por
isso, foi necessário construí-los em blocos erguidos por guindastes
que, posteriormente, eram instalados nos pilares e soldados uns aos
outros.
A construção envolveu o içamento de blocos que posteriormente
eram soldados uns aos outros
A operação exigia cuidado e vigilância, uma vez que as estruturas de
sustentação levavam quatro dias até serem erguidas pelos
guindastes. Enquanto isso, a obra precisava ser monitorada de perto,
pois havia a contração e expansão das peças devido à variação de
temperatura. Os cálculos eram acompanhados através de um painel
até que as estruturas fossem finalmente encaixadas e soldadas
umas às outras.

Ah, vale lembrar que toda a estrutura utilizada nas obras foi fabricada
na Inglaterra. Os módulos chegavam por transporte marítimo e a
própria importação era difícil, considerando o movimento que havia
na Baía de Guanabara. Os desafios não pararam por aí! A altura do
vão central deveria ser maior que no restante da estrutura, permitindo
que barcos e navios se deslocassem sob a ponte.

O problema foi solucionado pela engenharia associada à tecnologia


e, no projeto, o ponto mais alto da ponte acabou a 72 metros do nível
do mar. Após tantos desafios, a Ponte Rio-Niterói ficou,
finalmente, pronta em março de 1974, mesmo período em que foi
inaugurada. A obra, com toda a sua imponência, atravessa a Baía de
Guanabara com 72m de altura no ponto mais alto e 13,29 km de
comprimento.
O ponto mais alto da Ponte Rio-Niterói possui incríveis 72 metros de
altura

Curiosidades sobre a Ponte Rio-Niterói


Obviamente, tanta grandiosidade e obstáculos teve seu custo.
Estima-se que mais de trinta pessoas tenham perdido a vida durante
as obras da Ponte Rio-Niterói. O número, entretanto, foi levantado
conforme reportagens da época e pesquisadores apontam que pode
ser bem maior. Em um dos acidentes, datado de 25 de março de
1970, morreram 12 pessoas, mas não pôde ser publicado devido à
censura.

Ademais, especula-se que muitos operários foram concretados junto


aos pilares que sustentam a Ponte. No acidente de 1970, inclusive,
houve o rompimento de um “tubulão”, um tipo de fundação profunda
de concreto. Não houve tempo suficiente para que os trabalhadores
saíssem e foram totalmente encobertos pelo concreto. Há, também,
algumas lendas urbanas rondando a Ponte Rio-Niterói.

A mais conhecida delas é a de uma senhora que passeia pela ponta,


sempre vestida de branco, trazendo uma rosa vermelha na mão.
Lendas e tragédias à parte, vejamos algumas curiosidades acerca da
Ponte Rio-Niterói:

• o primeiro veículo que fez a travessia da Ponte foi o Rolls-


Royce do presidente Médici, enquanto o carro do coronel
Rodrigo Ajace inaugurou o pedágio

Presidente Médici inaugurando a Ponte

• a ponte tem oscilações propositais mediante ventos superiores


a 55 km/h, de forma a não danificar a estrutura da ponte.
Quando isso acontecia, a ponte era interditada. Em 2004,
atenuantes criados pela UFRJ foram implantados, diminuindo
as oscilações em 80%
• a ponte foi projetada para receber 50 mil veículos por dia, mas
hoje, esse número representa só um terço do movimento
normal
• depois de ultrapassar a ponte, é possível percorrer 4.577 km de
BR-101, desde Touros, no Rio Grande do Norte, até Rio Grande,
no Rio Grande do Sul, sem interrupções.
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Rotas De Viagem

Equipe de redatores do Portal Rotas de Viagem. Voltada para a produção de conteúdos de viagens,
curiosidades, aspectos culturais, vida no exterior, dentre outros assuntos do Brasil e de todo o mundo.
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