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NR 11 - Operação e Manutenção de Trator Agrícola.

Foto Ilustrativa

Para o usuário deste manual:


Este manual foi preparado para ser utilizado como material de referência apenas
para Operadores que tenham realizado o Programa de Treinamento de Operação e
Manutenção de Tratores Agrícolas
apresentado pela QUALIFICA CURSOS
As informações contidas neste manual não deverão ser usadas por pessoas que
não tenham realizado o devido treinamento, pois o uso de informações incompletas
poderá resultar em danos tanto para a máquina, como também comprometer a
segurança e saúde de pessoas interligadas a mesma.

Nota: A QUALIFICA CURSOS., reserva-se no direito de alterar as informações


contidas neste manual conforme surgirem às necessidades devido às mudanças nos
equipamentos aqui citados, sem prévio aviso a pessoas que portarem material antes
fornecido.

OBJETIVO DO CURSO

 Sensibilizar os operadores de Tratores quanto á necessidade de neutralizar


ao máximo a possibilidade de provocar acidentes.
 Adoção de procedimento de rotina pautada pelas normas de segurança.
 Cumprimento ao disposto na NR-11 da Port. 3214/78 MTB.

Pág. 1 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
LEGISLAÇÃO

NR-11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE


MATERIAIS.
11.1 Normas de Segurança para operação de elevadores, transportes industriais, e
máquinas transportadoras.
11.1.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de
trabalho permitida – R$ 630,00.
11.1.5 Nos equipamentos de transportes, com força motriz própria, o operador
deverá receber um treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará
nessa função. 1.
11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser
habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portar um cartão de
identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. 2.
11.1.6.1 O cartão terá validade de 1 (UM) ano, salvo imprevisto, e, para a
revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta
do empregador. 1.
11.1.7 Os equipamentos de transportes, motorizados deverão possuir sinal de
advertência sonora (buzina). 1.
11.1.8 Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados
e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente
substituídos. 1.
11.1.9 Nos locais fechados ou poucos ventilados, a emissão de gases tóxicos,
deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima
dos limites permissíveis. 2.
11.3.1 O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga
calculada para piso. 1.
11.3.2 O material armazenado deverá ser disposto de forma á evitar a obstrução de
portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergência, bem como dificultar o
trânsito, iluminação, etc. 1.
NR-12 - Máquinas e equipamentos: que utilizarem ou gerarem energia elétrica
devem ser aterrados eletricamente, conforme prevê a NR-10 (Aterramentos).
NR-12- A manutenção das máquinas e equipamentos deve ser feitas de acordo com
as instruções fornecidas pelo fabricante ou de acordo com as normas técnicas, bem
como o equipamento parado desligado. 1.

- O operador não pode se afastar das áreas de controle das máquinas sob-
responsabilidade, quando em funcionamento. 1.- Nas paradas temporárias ou
prolongadas, os operadores devem colocar os controles em posição neutra, acionar

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o freios e adotar medidas, com o objetivo de eliminar riscos provenientes de
deslocamento. 1.

NR-18 - Devem ser tomadas precauções especiais quanto da movimentação de


máquinas e equipamentos próximos a redes elétricas. 4.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

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CONTEUDO PROGRAMATICO
Seção 1 – Informação geral e segurança
Ao usuário
Identificação do produto
Considerações ecológicas importantes
Trabalhar em segurança
Decalcomanias de segurança
Símbolos universais
Emissões de ruídos

Seção 2 – Comandos, Instrumentos e Funcionamento


Cabine
Assentos
Freio de estacionamento, acelerador e pedais de comando
Console de instrumentos
Instrumentos analógicos e digitais
Tipos de transmissões

Seção 3 – Operação de Campo


Partida e parada do motor
Tomada de força traseira
Hidráulico com sensibilidade mecânica nos braços inferiores
Válvulas de controle remoto
Tração dianteira
Engate de Três Pontos
Ajuste de Bitola
Lastro de Pneus
Índice de Antecipação

Seção 4 – Lubrificação e Manutenção


Informação Geral
Limpeza de filtros de ar
Verificar níveis de óleos
Lubrificações de graxeiras

Considerações Ecológicas Importantes


O solo, o ar e a água, constituem fatores vitais da agricultura e a vida em geral. Onde a
legislação ainda não condiciona o tratamento de certas substâncias requeridas pela avançada
tecnologia, deve o bom senso orientar a forma de destruir os produtos de natureza química e
petroquímica.
O texto que se segue, são recomendações que poderão ser muito úteis:
- Familiarize-se e certifique-se de que compreende a legislação sobre estes casos, aplicável no
Brasil.
- Quando não existe legislação, obtenha informações dos seus fornecedores de óleos, filtros,
baterias, combustíveis, anticongelantes, produtos de limpeza, etc. Em relação aos seus efeitos
sobre o Homem e a natureza, bem como a forma de armazená-los, utilizar e destruir tais
substâncias. Os técnicos agrícolas são, em muitos casos, capazes de ajudá-lo neste assunto.
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Sugestões Úteis
1. Evite encher os depósitos de combustíveis com latas ou sistemas de entregas de
combustível inadequados sob pressão, que poderão dar origem a consideráveis
derramamentos.
2. De uma forma geral, evite o contato com a pele, de todos os tipos de combustíveis, óleos,
ácidos e solventes, etc. A maior parte desses produtos contém substâncias que podem ser
perigosas para a sua saúde.
3. Os óleos modernos contêm aditivos. Não queime combustíveis contaminados e/ou óleos
usados, em sistemas normais de aquecimento.
4. Evite derramamentos quando estiverem drenando óleo usado do motor, sistemas de
arrefecimento, lubrificantes da caixa de marchas, óleo hidráulico, óleo para freio, etc. Não
misture óleo de freios com combustíveis ou lubrificantes. Armazene estes produtos com a
devida segurança até poder proceder á sua destruição de forma correta e de acordo com as
disposições legais e com os recursos disponíveis.
5. As modernas misturas usadas no sistema de arrefecimento, isto é, anticongelantes e outros
aditivos, devem ser substituídas a cada dois anos. Não devem ser lançadas no solo, devendo
sim, ser recolhidos e destruídos nas maiores condições de segurança.
6. Não abra o sistema de ar condicionado. Estes sistemas contêm gases que não devem ser
lançados na atmosfera. O representante ou o especialista de ar condicionado dispõe de uma
unidade especial de extração para este fim, procedendo depois é recarga do sistema.
7. Reparar, imediatamente, qualquer fuga ou defeito no sistema de arrefecimento do motor ou
no sistema hidráulico.
8. Nunca aumente a pressão num circuito pressurizado pois poderá dar origem à explosão de
qualquer componente.
9. Proteja os tubos durante as operações de solda, pois as fagulhas que saltam podem abrir
furos ou enfraquecer, dando origem à perda de óleos, líquidos de arrefecimento, etc.

Trabalhar em segurança
Um operador cuidadoso é o melhor operador. A maior parte dos acidentes pode ser evitada
observando certas orientações. Para evitar acidentes, leia e observe as orientações que se
seguem antes de conduzir, trabalhar ou prestar assistência ao trator. O equipamento deve ser
utilizado apenas por aqueles que são responsáveis e estão habilitadas a fazê-lo.
Segurança do equipamento

Nota: Este texto salienta uma técnica ou processo correto de operação


.

Atenção: Este texto adverte o operador de potenciais danos no equipamento se certos


procedimentos/cuidados não forem observados, fique atento com esses símbolos.
Pág. 5 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS
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Importante: Este texto informa o operador de qualquer coisa que ele precisa saber, com o
objetivo de evitar pequenos danos, no caso de não observado certo procedimento.

Segurança Pessoal palavra CUIDADO utiliza-se quando um comportamento seguro,


segundo as instruções de funcionamento e manutenção bem como as

praticas comuns de segurança, protegerão o operador e terceiros do


envolvimento em acidentes.
A palavra AVISO denota a presença potencial de hipótese de acidentes que
poderá causar ferimentos graves. Utiliza-se para avisar os operadores e
terceiros, para terem o maior cuidado e atenção para evitar qualquer acidente de
surpresa com o equipamento.
A palavra PERIGO denota uma prática proibida relacionada com um acidente
grave.
A não observação das instruções CUIDADO, AVISO e PERIGO, Poderão ter como
conseqüência graves acidentes pessoais ou mesmo a morte.

O Trator
1. Leia o manual do operador cuidadosamente antes de começar a utilizar o trator. A falta de
conhecimento sobre o seu funcionamento poderá dar origem a acidentes.
2. Apenas aqueles devidamente treinados e qualificados devem ser autorizados a trabalhar
com o trator.
3. Para evitar quedas, utilize os corrimãos e os degraus quando entrar ou sair do trator.
Mantenha sempre os degraus e a plataforma livres de lama e sujeira.

4. Substitua todas as decalcomanias de segurança que se apresentem em falta, ilegíveis ou


danificadas.

Atenção: para evitar acidentes, nunca se posicione no implemento ou entre esse e o trator,
quando estiver ajustando a posição do implemento
Para evitar ferimentos graves, manter sempre as mãos e roupas afastadas da ventoinha em
movimento e respectiva correia.

Pág. 6 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Aviso: Sistema de arrefecimento sob pressão. Esperar resfriar e depois tirar a tampa com
cuidado.

Controles de Instrumentos e Funcionamento


Ajustes do Banco do Operador
Posição Vertical Posição Horizontal Suspensão

Afrouxar as três porcas Erguer a haste e mover Ajustar a mola de suspensão


e ajustar verticalmente na o banco na posição de acordo com o peso do
posição desejada. desejada. operador.
Obs. O ajuste correto do assento permite ao operador maior agilidade e facilidade de operação
por estar mais próximo aos comandos.
Freios de Estacionamento, Acelerador e Pedais de Freio
Freio de Estacionamento
Nota: Acionar o freio de estacionamento sempre que
descer do trator, pois alguns modelos de tratores
poderão se movimentar mesmo engatados.

Importante: Antes de iniciar a marcha, verificar se o


freio de estacionamento está completamente
destravado.
Obs. Somente aplicar o freio de estacionamento
depois do trator estiver totalmente parado.

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QUALIFICA CURSOS
Pedais de Freio
Nos tratores com tração nas quatro rodas, a
Trava para interligar os
tração para o eixo dianteiro é ligada
pedais de freio automaticamente quando se aplicam os freios, de
forma a assegurar uma frenagem nas quatro
rodas. Além disso, também existem os freios a
disco dianteiros, opcionais. Seja qual for o
sistema que estiver montado, é importante ter
sempre em mente a eficiência da frenagem nas
quatro rodas. Tomar o devido cuidado nas
frenagens bruscas.

Os freios são atuados por dois pedais (2) e (3). Podem ser atuados independentemente, para
facilitar as curvas em espaços reduzidos ou ligados ao outro para frenagens normais. Para o
trabalho no campo, os freios devem estar separados. No entanto, devido aos pedais estarem
muito próximos, é sempre possível aplicar ambos os pedais quando necessário.
Nota: Para sua segurança, ligar os dois pedais dos freios quando se deslocar a velocidade de
transporte ou se tiver acoplado um reboque ao trator e disponha de freios hidráulicos.
Pedal de acelerador
O pedal do acelerador (1) pode ser usado indepen-
1 dentemente do acelerador manual para controlar a
velocidade do trator. Ao conduzir na estrada, reco-
menda-se usar o pedal do acelerador.
Nota: Ao soltar o pedal do acelerador, a velocidade do
motor reduz-se ao nível estabelecido pelo acelera- dor
manual. Quando usar o pedal do acelerador, ajustar o
acelerador manual para a posição de velocidade mínima
(alavanca toda para trás).

Alavanca do Acelerador
A alavanca do acelerador controla a rotação do motor.
Empurrar progressivamente a alavanca para frente para
+ - acelerar o motor. Puxá-lá para trás para reduzir a
aceleração (rotação) do motor.
Nota: No momento da operação utilizar somente a
alavanca do acelerador, para se obter uma rotação estável.
Utilizar o pedal do acelerador somente em estradas ou
para manobrar o trator.

Pág. 8 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Transmisi
Transmisióónn
série

TS
série
Syncro
SyncroCommand
Command TS
Modelos de Transmissões
Mudanças de velocidades 12 x 12

FF 11 33 II III
III

NN NN NN

RR 22 44 IIII

Transmissão 12x 12
Selecionar a marcha desejada Gamas
Inversor

Velocidades
Esta transmissão totalmente sincronizada oferece 12 velocidades a frente e 12 em marcha ré.
O funcionamento opera-se por meio da alavanca de marchas (velocidades) da alavanca de
gamas, e da alavanca de inversão, juntamente com o pedal de embreagem.
Alavanca Principal de Velocidades

A alavanca principal de velocidades, juntamente com o pedal de embreagem, usa-se qualquer


uma das quatro (4) ou cinco (5) relações, sendo que o trator esteja parado ou em movimento.
Nota: Sempre diminuir a rotação do motor para fazer a mudança de marchas.

Alavanca de Gamas
A alavanca de gamas em conjunto com o pedal de embreagem, se utiliza para selecionar uma
das três (3) relações (I é a gama de velocidades mais baixa: II e III são gamas de velocidades
mais altas). Essa transmissão tem 12 velocidades a marcha ré. O desenho da transmissão
permite fáceis mudanças de velocidade dentro da mesma gama, incluindo a marcha à ré, com
o trator em movimento.
Nota: Parar totalmente o trator para efetuar mudanças de gamas.
Alavanca de Inversão
A alavanca de inversão é utilizada para selecionar o sentido de marcha avante ou ré, ao engatar
qualquer uma das marchas, desde que o pedal de embreagem esteja acionado. Para inverter o sentido de
marcha, reduzir a rotação do motor ao mínimo, parar o trator, pressionar o pedal de embreagem e
deslocar a alavanca de inversão para frente ou para trás, conforme o sentido de deslocamento
desejado.

Pág. 9 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Advertência: Para evitar o movimento inadverdito do trator, ter o cuidado de evitar o contato
acidental com as alavancas de mudanças. Parar sempre o trator aplicando firmemente o freio de
estacionamento e colocar todas as alavancas das mudanças em neutro antes de descer do
trator.
Nota: Quando trabalhar em temperaturas inferiores a -18 graus com o óleo da transmissão
frio, evitar a utilização do sistema de inversão, tanto quanto possível, até que o óleo aqueça.
Importante: Pressionar a fundo o pedal de embreagem ao mudar de velocidade. Se
pressionar apenas parcialmente o pedal de embreagem ao efetuar uma mudança, poderá
danificar os componentes da transmissão. Para evitar o desgaste prematuro, nunca utilizar o
pedal de embreagem como um descanso para o pé. Se for necessário rebocar o trator, todas as
alavancas das mudanças devem ser colocadas na posição de neutro antes de parar o motor,
pois casos contrários poderão verificar-se danos nos componentes da transmissão durante o
reboque.
Transmissão 18 x 6 Semi Powershift

Alavanca de inversão eletro-hidráulica


A transmissão semi-powershift possui 18 marchas a frente e 6 marchas a ré, é
controlada eletronicamente, é atuada por meio de um comando do powershift

incorporando três botões elétricos utilizados. Efetuar suavemente as mudanças


ascendentes e descendentes, bem como para as mudanças de gama.

Importante: Um trator equipado com essa transmissão não pode ser rebocado para
partida no tranco e não deve ser rebocado por outro que não seja apenas para retirar do
campo ou para colocá-lo em cima do caminhão ou carreta. Nunca mude de uma gama
para outra quando estiver trabalhando com equipamento que penetre no solo (arados,
etc.), pois o trator parará bruscamente.
2 3
O comando
Controle dodo Powershift é utilizado para selecionar
Powershift
uma de seis marchas. As marchas 1 a 6 podem ser
selecionadas sequencialmente em cada uma das gamas,
usando o botão para multiplicar (2) ou desmultiplicar
(1). A necessidade de efetuar uma mudança de gama é
indicada por meio de um sinal sonoro ao ser atingido o
limite das velocidades do powershift.

Pág. 10 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
1
Para passar para a gama mais alta seguinte acionar o pedal de embreagem e pressionar o botão de
multiplicar (2). Para baixar uma gama, acionar o pedal da embreagem e pressionar o botão de
desmultiplicar (1). Um mostrador digital (3) e Led´s próximos ao comando do powershift indicam a
gama e a velocidade selecionadas.
Quando em transporte do trator, sem nenhum implemento, as gamas podem ser passadas utilizando-se
o botão de gamas.
Alavanca de inversão
Alavanca de inversão localizada á esquerda do volante, serve para selecionar o sentido de
marcha para frente ou para trás. A alavanca possui uma mola para evitar o seu deslocamento
acidental.
Não é necessário pressionar o pedal de embreagem ao atuar a alavanca de inversão.
Nota: Se a alavanca de inversão for deslocada para frente ou para trás com o freio de
estacionamento aplicado, soará um alarme sonoro.

Advertência: Para evitar o movimento acidental do trator, parar sempre o motor, colocar a
alavanca de inversão em neutro e aplicar firmemente o freio de estacionamento antes de
descer do trator. A transmissão não evitará que o trator se desloque mesmo com o motor
parado.
Pedal de Embreagem
O pedal é necessário para trocar de gama e deslocar o trator
para acoplá-lo ao equipamento ou para trabalhar em espaços
reduzidos, quando as relações mesmo baixas, não garantem
uma velocidade suficientemente lenta, a rotações
moderado/baixas do motor, de forma a assegurar um
controle rigoroso. Para tratores com transmissões mecânicas
usa-se a embreagem para a passagem de marchas.

Painel de Instrumentos Analógico/digital

Luzes de avisos

Pág. 11 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Indicador de
Indicador de temperatura do motor
combustível

Tacômetro e Horimetro

Luzes de aviso

1 - Nível do líquido do radiador 8 - Filtros de óleo da 15 - Luzes de sinalização


2 - Baixa pressão de óleo do transmissão obstruído 16 - Velocidades altas
motor 9 - Baixa pressão no óleo 17 - Velocidades baixas
3 - Alerta de mau funcionamento da transmissão 18 - Tração ligada
de carga da bateria 10 - Sem função 19 - Bloqueio ligado
4 - Filtros
Pág. 12 de ar obstruído
CURSO DE 11 - Setas
OPERAÇÃO lado
DE esquerdo
TRATORES 20 - Baixo nível do fluído de
AGRíCOLAS
5 - Sistemas de
QUALIFICA CURSOS arranque a frio 12 - Sem função freio
6 - Freio-de-mão acionado 13 - Sem função 21 - Seta lado direito
7 - Águás no combustível 14 - Faróis altos
Comando
Luzes Limpador pára-brisa

•Girando para posição 1, Lanternas •Alavanca na posição 1 para trás, Intermitente


•Girando para posição 2, Luz baixa •Alavanca na posição 2 para trás, Velocidade lenta
•Alavanca para baixo, luz alta •Alavanca na posição 3 para trás, Velocidade alta
•Alavanca para cima pisca os faróis •Apertando a extremidade, esguicha água
•Alavanca para frente pisca à direita
•Alavanca para trás, pisca à esquerda
•Apertando a extremidade da alavanca para
dentro, buzina

Operação de Campo
Partida e Parada do Motor
Nunca dar partida no tranco ou rebocando o trator. Isso provocará cargas excessivas sobre o
conjunto da transmissão.
Os interruptores de segurança de partida em neutro impedem a ativação do motor de partida a
não ser que a alavanca de inversão esteja em neutro, e o pedal de embreagem acionado.
Antes de funcionar o motor, observe o seguinte procedimento:
- Ocupe o lugar do operador.
- Assegurar-se de que o freio de estacionamento está firmemente aplicado.
- Verificar se todas as alavancas de mudanças estão em neutro.
- Assegurar-se que a TDF esteja desengatada.
- Colocar as válvulas de controle remoto na posição de neutro.
- Verificar se a alavanca de acelerador de mão está em baixa rotação.
- Acionar o pedal de embreagem.
Importante: Apenas motores com turbo a alta velocidade de funcionamento do turbo, torna
imprescindível uma lubrificação correta ao dar partida no motor. Nestas condições, deixar o

Pág. 13 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
motor funcionando em marcha lenta a cerca de 1.000 Rpm durante cerca de 3 minutos antes
de utilizar o trator, e também antes da parada total do motor.
Partida em tempo quente ou com o motor quente
Colocar a alavanca do acelerador manual a cerca da metade do seu curso, acionar o pedal de
embreagem e girar a chave de partida apara a posição (5) para acionar o motor de partida.
Acionar o motor até que entre em funcionamento, mais nunca por um período maior que 60
segundos.
Nota: Depois de acionar o motor de partida, é necessário girar a chave de partida para a
posição “off” (desligada) para que o motor de partida possa ser novamente acionado.

Voltar à alavanca do acelerador para a posição de marcha lenta e verificar se todas as luzes de
aviso se apagam e se as leituras dos indicadores apresentam-se normais.
Partida em tempo frio abaixo de 4 Graus e com o motor frio
Colocar o acelerador manual a meio curso e girar a chave de partida para a esquerda, para
acionar o sistema de partida a frio (quando instalado).
Uma luz indicadora (5) acenderá no painel de instrumentos, indicando que o termostato foi
ativado.

Girar a chave para a posição (2). Quando a luz se apagar, acionar a embreagem e girar a chave
2
2

totalmente para a direita, para a posição (5). Acionar o motor de partida até que o motor entre
em funcionamento, mas nunca pro mais de 60 segundos seguidos.

Nota: Desde que a chave seja girada para a posição de partida (5), dentro de 3 segundos
depois de a luz de aviso apagar, o termostato será reativado durante o funcionamento do
motor de partida.
- Se o motor não entrar em funcionamento, repetir o processo anterior. Se ainda assim o motor
não der partida, deixar a bateria recuperar durante 4-5 minutos e em seguida repetir o
processo.
- Quando o motor entrar em funcionamento, colocar novamente o acelerador na posição de
marcha lenta e verificar se todas as luzes de aviso se apagam e as leituras se apresentem
normais.

Tomada de Força Traseira


A tomada de força (TDF) transfere a potencia do motor, diretamente para o equipamento
semi-montado ou rebocado, através de um eixo estriado, na traseira do trator.
Encontram-se disponíveis 4 sistemas de TDF traseira, dependendo do modelo e pais de
destino:
a) TDF de 2 velocidades, com eixos de saída substituíveis.

Pág. 14 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
b) TDF de 2 ou 3 velocidades selecionáveis e com eixos de saída substituíveis e com
interruptores montados nos pára-lamas para trabalhos estacionários com a TDF.
c) TDF de 3 velocidades sincronizada com o avanço, disponível com a TDF de 3 velocidades
com eixo substituível, acima descrita.
A TDF é engatada e desengatada por meio de um botão (1) no console do lado direito, quando
é uma TDF de acionamento hidráulico. E acionada através de uma alavanca quando mecânica.

Tomada de força Hidráulica Tomada de força mecânica


Tem disponível para alguns modelos de trator um dispositivo de “partida suave” com o intuito
de tornar mais fácil a saída de equipamento pesado, de elevada inércia, acionado pela TDF. O
engrena-mento suave é feito através de um interruptor oscilante (1) do lado direito da coluna.
Figura 4.
2 1

Fig. 3 Fig. 4
Esse dispositivo amortece a embreagem da TDF nos primeiros 5 segundos de engrena-mento,
de forma a permitir uma partida mais lenta e gradual.
Importante: Está instalado um freio automático na TDF para imobilizar rapidamente a
rotação do eixo, ao ser desligado. Para evitar esforço excessivo no freio, reduzir a velocidade
do implemento, reduzindo a velocidade do motor antes de desengatar a TDF. Isto é
particularmente importante no caso de implementos pesados que tenham elevada inércia.
Idealmente, esses implementos devem ser dotados de uma embreagem de segurança. Para

evitar danos ao freio ao trabalhar com implementos de elevada inércia, pressionar o


interruptor do freio (2) Fig. 3, e deixar o implemento parar automaticamente.
Eixos de saída da TDF
Eixo de 06 estrias para velocidade de 540 RPMs.

Eixo de 21 estrias para 1000 RPMs.

Nota: Somente acionar a TDF com motor em baixa rotação a fim de evitar danos nos
componentes da transmissão, do mesmo proceder na hora desligar a TDF.

Hidráulico e Terceiro Ponto


Hidráulico com Sensibilidade Mecânica nos Braços Inferiores
Pág. 15 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS
QUALIFICA CURSOS
O sistema hidráulico aqui descrito é um sistema que avalia mecanicamente as alterações da
carga de tração através dos braços inferiores do engate de 3 pontos. O sistema permite ao
operador selecionar Posição Controlada, Esforço Controlado, uma combinação de ambos, ou
flutuação.
O sistema é controlado pela alavanca de Esforço Controlado (3), alavanca de Posição
Controlada (2) e interruptor de subida rápida (1). Este interruptor permite que o engate de 3
pontos ( e o implemento) subam, independentemente da posição das alavancas de comando.
Interruptor de Subida e Descida (1)

Alavanca de Posição Controlada (2)

Alavanca de Esforço Controlado (3)

Posição Controlada permite um controle preciso e sensível dos implementos, como sejam os
pulverizadores, ancinhos, segadeiras, etc. que trabalham acima do solo. Uma vez ajustada, a
Posição Controlada manterá constante a altura do implemento.
Esforço Controlado é mais um controle preciso e sensível dos implementos montados ou
semi-montados trabalhando no solo. As alterações na profundidade de trabalho ou na
consistência do solo, farão com que a carga de tração do implemento aumente ou diminua.
Perigo: Para evitar a subida inadvertida do engate de 3 pontos, antes de dar partida no motor,
assegurar-se de que o botão de subida rápida (1) esteja acionado conforme mostrado acima.
Importante: Alguns equipamentos montados ou semi-montados, poderão interferir e
danificar a cabine. Para evitar a possibilidade de danos na cabine, verificar folgas, levantando
lentamente o equipamento, usando a alavanca de Posição Controlada (2). Se alguma parte do
equipamento ficar a menos de 10 cm da cabine, suspenda a subida. Parar o motor, baixar o
equipamento até o solo e ajustar o excêntrico limitador de altura.

1 3 Ajuste da altura máxima do engate de 3 pontos:


•Ligar motor
•Abaixar completamente os braços do engate no interruptor.
•Colocar a alavanca de Esforço Controlado totalmente para frente
•Erguer os braços do hidráulico até a altura desejada (através da
alavanca de Posição Controlada).
•Soltar a porca de bloqueio (2) e rodar o quadrante (1) até tocar no
rolete (3)
•Após o ajuste travar o quadrante apertando a porca de bloqueio (2).
Fig. 29
2

Pág. 16 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
O excêntrico limitador da altura encontra-se na extremidade do lado direito transversal do
hidráulico. Afrouxar a porca de aperto (2) e girar o excêntrico limitador para a esquerda de
forma a diminuir a altura do implemento. Girar para a direita para aumentar a altura. O
excêntrico (1) apresenta em contato com o rolete (3) na posição de altura mais baixa. Apertar
a porca após a regulagem. Para se conseguir a altura máxima da elevação, girar o excêntrico
completamente para a direita até ficar afastado do rolete.
Nota: O excêntrico limitador de altura apenas afeta o funcionamento do botão de subida
rápida. Quando o excêntrico entra em contato com o rolete, cancela o sinal do botão de subida
e evita que o engate de 3 pontos suba mais.
Repetir a fase anterior para verificar a folga entre o implemento e a cabine. Se a folga não for
adequada, deslocar o excêntrico mais para a esquerda. Quando a folga for satisfatória,
prosseguir com a operação.
Funcionamento da Posição Controlada
Importante: Ajustar sempre o sistema para Posição Controlada em qualquer altura quando não
estiver trabalhando com Esforço Controlado, como no caso de engatar ou transportar
equipamento ou quando não está acoplado equipamento.

Deslocar a alavanca de Esforço Controlado (3) completamente para frente no quadrante.


Ajustar a altura/profundidade requerida do implemento, utilizando a alavanca de Posição
Controlada (2). Puxar a alavanca para trás para levantar o implemento e empurrar para frente,
para baixar. A altura/profundidade do implemento é relativa á posição da alavanca no
quadrante.
Funcionamento do Esforço Controlado
Quando começar a trabalhar, deslocar a alavanca de Posição Controlada (2) completamente
para frente e baixando o implemento para trabalho, usando a alavanca de Esforço Controlado
(3). Empurrar a alavanca para frente para aumentar a tração e puxar para trás para diminuir.
Na maior parte das circunstâncias o movimento para frente da alavanca de controle do
levantador, aumentará a profundidade do implemento, e para trás reduzirá a profundidade.
Uma vez ajustado, o sistema hidráulico do trator ajustará automaticamente a profundidade do
implemento, de forma a manter um esforço uniforme no trator, reduzindo assim ao mínimo, a
patinagem das rodas.
Observar o implemento enquanto este avança pelo
solo. Se a reação do sistema hidráulico (movimento
vertical do implemento) for muito grande ou muito
freqüente, deve-se reduzir a sensibilidade do
1
sistema através do ajuste das barras espaçadores do
sensor.
Para deslocar um espaçador, retirar a porca e o
parafuso, o batente e o tirante inferior e o
espaçador. Reinstalar primeiramente o tirante (1)
Fig. 30 pelo espaçador e pelo batente (2). Fixar
seguido
o batente com a porca e o parafuso. Apertar a
2
porca firmemente.

Pág. 17 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
O espaçador (2) montado na barra sensora, contra a face interna do tirante inferior (1). Esta
posição de maior sensibilidade, recomendada para implementos leves ou cargas com pouca
tração. Para reduzir a sensibilidade do sistema, deslocar os espaçadores em ambas as
extremidades da barra sensora para a parte externa dos tirantes inferiores. Veja figura 30.
Na figura 30 a extremidade esquerda da barra sensora está representada com o espaçador (2)
instalado contra a face externa do tirante inferior (1). Está é a posição menos sensível,
recomendada para os implementos mais pesados ou em condições de cargas com grande
tração.
Gancho de Implementos e Regulagens

Regulagem do terceiro Ponto


Braço móvel para acoplamento de
Regulagem do Braço Implemento

Quando operar com equipamento de hidráulico alguns pontos deve ser verificado:
Centro de Resistência:
O alinhamento do centro de resistência, ou centralização, faz-se necessário para evitar a tração
deslocada do trator. Consiste em fazer a linha central longitudinal de o trator passar pelo
centro de resistência do implemento a ser tracionado.
A distância dos braços inferiores do sistema de levantamento hidráulico até as rodas traseiras
do trator devem ser iguais, ou seja: deve-se centralizar o corpo do implemento em relação ao
trator, fazendo com que a resultante das forças resistentes se posicione sobre a linha de tração.
Nivelamento do Implemento:
O nivelamento longitudinal e transversal do corpo do implemento permite que todos os
pontos possam trabalhar a mesma profundidade.
Longitudinal: A regulagem é feita atuando-se no terceiro ponto do sistema de levante
hidráulico.

Transversal: A regulagem é feita no braço nos braços do sistema de levante hidráulico, pela
manivela niveladora, naqueles tratores que não possuem esta manivela, nos dois braços
laterais.
Caso o implemento a ser utilizado seja o arado, devem-se antes de iniciar o trabalho no
campo, proceder outras regulagens de extrema importância:
1) Regulagens dos ângulos para arados de discos.
- Ângulo horizontal (abertura): maior largura de corte (principalmente para o primeiro disco).
Recomendação 42-60 grau (solos argilosos, médios e arenosos).

Pág. 18 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
- Ângulo vertical (inclinação): maior ângulo corresponde a menor profundidade de corte.
Recomendação: 15-25 graus (solos argilosos, médios e arenosos).
Além disso, é importante observar que a largura de corte também pode ser regulada pela
posição da barra transversal (tanto para discos quanto para aivecas). A profundidade de corte
pode ainda ser regulada pela alavanca de Posição Controlada do sistema de levante hidráulico
do trator, tanto para disco quanto para aivecas.
2) Roda Guia
Tem a função de observar os empuxos laterais (maior estabilidade). Suas regulagens estão
relacionadas ao pré-estabelecimento dos ângulos vertical e horizontal e da pressão da mola,
que afeta a profundidade de operação maior pressão, menor profundidade (levanta o
implemento) menor pressão, maior profundidade (afunda o implemento).

Válvulas de Controle Remoto


As válvulas de controle aqui descritas são do tipo de centro aberto. Na figura (33) estão
representadas duas válvulas.
As válvulas são utilizadas para acionar cilindros hidráulicos externos, motores, etc. Podem ser
instaladas duas três ou quatro válvulas de controle remoto, as quais estão localizadas
centralmente, na parte traseira do trator.

Fig. 33 Fig. 34
As válvulas são acionadas por meio de alavancas (figura 34) localizadas a direita do assento
do operador.
Cada válvula de controle remoto tem três ou quatro posições de funcionamento, dependendo
da especificação, como segue:
1. Subida: Puxar a alavanca para trás para estender o cilindro ao qual está ligada, e levantar o
implemento.
2. Neutro: Empurrar a alavanca para frente a partir da posição de subida, para selecionar o
Neutro e desativar o cilindro a ela ligado.
3. Descer: Empurrar a alavanca, além do neutro, para recolher o cilindro e baixar o
implemento.

4) Flutuação: Empurrar a alavanca completamente para frente, além da posição “descer”, para
selecionar “flutuação”. Isto permitirá ao cilindro estender ou recolher livremente, permitindo
assim ao equipamento como niveladoras, etc. “flutuar” ou seguir o contorno solo.
As posições de estender, neutro, recolher ou flutuar estão devidamente identificadas por
símbolos numa decalcomania juntos ás alavancas de controle.
Nível do óleo do eixo traseiro/hidráulico quando se utiliza equipamento hidráulico remoto.

Pág. 19 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Ao verificar o nível de óleo do eixo traseiro, é conveniente assegurar-se de que o óleo se
encontra na marca de máximo da vareta com o trator estacionado em piso nivelado. No
entanto, quando acoplar equipamento auxiliar ás válvulas de controle remoto deve-se ter
presente que o equipamento utiliza o óleo do eixo traseiro e que o nível do óleo abaixa
drasticamente. Trabalhando com o trator com um baixo nível de óleo poderá causar danos nos
componentes do eixo traseiro e da transmissão.
Nota: Antes de acoplar cilindros remotos, parar o motor e limpar cuidadosamente as uniões
para evitar a contaminação do óleo.
Acoplamento de Cilindros Remotos
As válvulas de controle remoto são utilizadas para acionar cilindros hidráulicos externos,
motores hidráulicos, etc. Montados em implementos acoplados ao trator. Cada válvulas são
do tipo de auto-vedação/bloqueio imediato, mas permitem que os tubos do cilindros se soltem
facilmente se o implemento desengatar do trator.
A união superior de cada par é para as mangueiras de alimentação, e a inferior para as
mangueiras de retorno.
Advertência: Nunca trabalhar nem permitir que alguém trabalhe próximo de equipamento
que esteja levantado, em virtude de este cair ao ser aliviada a pressão no sistema ou no caso
de falha em uma mangueira, etc. Antes de desconectar cilindros ou equipamentos, assegurar-
se de que os equipamentos ou implementos se encontram devidamente apoiados. Utilizar
sempre um suporte adequado para os equipamentos que necessitem ser assistidos enquanto na
posição levantada.
Para acoplar um cilindro remoto, inserir o tubo de alimentação e/ou de retorno através do
rasgo no guarda-pó da borracha, assegurando-se que está corretamente assentado na união.
Verificar se há folga suficiente no tubo (s), que permita que o trator/implemento possa girar
para ambos os lados.

Antes de desconectar os tubos, equilibrar a pressão nas uniões dos tubos e no trator. Para
tanto, dar partida no motor e deslocar a alavanca da válvula para “descer” e depois para trás
para “subir” e voltar ao neutro.
Para desconectar, segurar o tubo a uma pequena distância da união, pressionar o tubo para
frente, para dentro e, em seguida, puxar rapidamente o tubo para libertar a união. Limpar o
guarda-pó de borracha e inserir a união.

Tração Dianteira
Para tratores que possuem tração dianteira auxiliar, tomar os devidos cuidados quando operar
o mesmo, nunca utilizar a tração a uma velocidade acima de 15 kilomêtros por hora, e
também quando estiver operando com equipamento frontal, conjunto de lâmina frontal, etc. A
fim de evitar danos aos componentes do eixo dianteiro.

Pág. 20 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Em alguns modelos de trator a ligação é ligada através de uma tecla posicionada no painel do
trator, ou por uma alavanca posicionada a esquerda do assento do operador em outros
modelos.
Ajuste de Bitolas
O ajuste das bitolas das rodas dianteiras e traseiras é feito através da alteração do aro em
relação ao disco, do aro e/ou disco em relação ao cubo ou intercambio as rodas traseiras.
Cuidado: As rodas do trator são muito pesadas. Devem ser armazenadas de forma que não
possam cair e provocar acidente.
Veja alguns modelos de aros e discos e
suas formas de regulagem. (fig.34)
Fig. 34
A bitola é a distância de centro a centro
dos pneus dianteiros ou traseiros dos
tratores. A finalidade de se regular a bitola
é adequar o trator á cultura, ao implemento
e a operação.
As bitolas podem ser: ajustáveis no eixo
variação da bitola são feitas soltando-se as presilhas e prendendo a roda no eixo, pré-fixadas,
obtidas com diferentes posições do disco ou calota.
Ou servo ajustáveis: o ajuste da bitola é feito soltando-se as presilhas que prendem a roda ao
aro e girando-se o eixo traseiro ou dianteiro.
Para tratores 4 x 2, a bitola do eixo dianteiro deve ser ajustada nesse eixo.

Pág. 21 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
• A bitola dos rodados traseiros pode ser
variada trocando de posição dos discos dos
aros.

• Também podem ser girados os discos de


fixação.

• Podem ser trocadas de lado as rodas


completas já que os aros estão localizados
fora do centro.

O tipo de disco central que estiver montado afetará a largura da bitola. Identificar o tipo de
disco que o trator possui, e posteriormente consultar a tabela no manual do produto, para
verificar posições relativas do aro e do disco para obter a largura da bitola desejada.
Os desenhos em corte apresentados na figura 34 mostram as posições relativas do aro e do
disco relativamente ao cubo nas diferentes larguras de bitola.
Importante: Quando intercambiar os conjuntos das rodas esquerdas e direitos, assegurrar-se de
que o “V” do desenho da banda de rolagem esteja sempre apontando no sentido de marcha
avante.
Nota: Com os pneus de medidas maiores, as regulagens das bitolas mais estreitas podem não
ser conseguidas devidas á distância mínima entre os pneus e os pára-lamas ou equipamento.
As larguras das bitolas podem variar até 25 mm (1pol.), dependendo da medida do pneu.
Advertência: Nunca trabalhar com o trator com uma roda ou aros desapertados. Apertar
sempre as porcas com o torque específico e nos intervalos recomendados pelo fabricante.
Ao montar ou ajustar novamente uma roda, apertar os parafusos como seguinte torque e
verificar novamente o torque após ter conduzido o trator a uma distância de 200 metros (200
jardas), e depois ao completar 1 hora e 8 horas de trabalho e, posteriormente a cada 50 horas.
Porcas do disco dianteiro ao cubo: 200 Nm (108 lbs, - pé)
Porcas do disco traseiro ao cubo: 250 Nm (184 bs, - pé)
Porcas do disco traseiro ao aro: 450 Nm (330 lbs, - pé)
Instalação de rodas duplas, e rodas para cultivo em fileiras
Pode ser desejado instalar rodas duplas, rodado para cultivo em linha, rodas arrozeiras, etc.
Que possam ser fixadas ou aparafusadas aos cubos, discos ou aros das rodas existentes. As
rodas duplas estão disponíveis no eixo extensível.
Rodas de ajuste mecânico:
“Dependendo do modelo do trator, encontram-se disponíveis rodas de ajuste mecânico com
uma gama de medidas de pneus em aros de “34” e 38”. A vantagem destas rodas é que a
largura da bitola pode ser modificada, usando a potência do motor e sem necessidade de ter
que levantar o trator.
As rodas com ajuste mecânico são dotadas de discos de ferro fundido e podem ser
aparafusados diretamente aos flanges dos eixos traseiros.

Pág. 22 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Cada disco soldado está fixado em grampos em calhas soldadas ao aro, formando uma espiral.
O movimento dos grampos ao longo das calhas obriga o aro a deslocar-se para dentro ou fora,
em relação ao disco que está aparafusado ao eixo.
Duas calhas têm uma série de furos abertos a determinados intervalos. Cada uma destas calhas
tem um par de batentes que normalmente, estão aparafusados a furos adjacentes de ambos os
lados do grampo. Os batentes servem para posicionar firmemente um dos grampos. O
reposicionamento dos batentes, de um furo para o seguinte, depois de afrouxados os parafusos
de todos os grampos, permite que o disco da roda gire em relação ao aro e pneu, alterando
assim a largura da bitola.
Lastro e Pneus
O desempenho máximo do trator depende de um lastro apropriado e de uma correta escolha
dos pneus. A máxima eficiência será conseguida quando o peso do trator for correto para a
aplicação pretendida.
Os pneus selecionados para seu trator devem ser capazes de suportar o peso do trator e
equipamento e devem também assegurar uma tração adequada para a utilização da potência
do trator, transformando-a em potência útil na barra de tração. Manter sempre a pressão
correta de acordo com a carga. Nunca encher os pneus em demasia.
Nota: Os pneus radiais trabalham com baixas pressões, e apresentam com a pressão correta
uma deflexão lateral 20% superior á dos pneus convencionais.
Fatores que Afetam o Desempenho dos Pneus:
- Pressão correta para a carga a transportar.
- Deslizamento ou patinagem correta.
- Medida correta do pneu para a carga a transportar.
- Volume correto de lastro líquido.
- Manutenção da mesma pressão em ambos os pneus de um mesmo eixo.
Selecionar o Lastro
Quando as cargas de potência do trator variam, o peso ótimo do trator será alterado. Isto
significa que poderá ser necessário adicionar ou retirar lastro de forma a obter o melhor
desempenho do trator. Um lastro adequado melhorará consideravelmente o funcionamento e a
condução do trator.
Ambos os pneus de um mesmo eixo devem ser tratados da mesma forma quanto á escolha do
lastro e pressão dos pneus.
A quantidade de lastro adequado é afetada por:
- Peso final do trator.
- Condições do solo e da tração.
- Tipo de implemento, montado, semi-rebocado ou rebocado.
- Velocidade de trabalho.

Pág. 23 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
- Potência do trator.

- Tipo e medida do pneu.

- Pressão dos pneus


Nota: Nunca usar mais lastro do que o necessário. O excesso de lastro deve ser retirado
quando não for necessário.
Pouco Lastro:
- Condução irregular.
- Patinagem excessiva das rodas.
- Perda de potência.
- Desgaste dos pneus.
- Maior compactação do solo.
- Consumo excessivo de combustível.
- Baixa produtividade.
Lastro Excessivo:
- Custos de manutenção mais altos.
- Maior desgaste da transmissão.
- Perda de potência.
- Maior compactação do solo.
- Consumo excessivo de combustível.
- Baixa produtividade.
Para o máximo desempenho em condições de grande tração, deve adicionar-se peso ao trator
sob a forma de lastro líquido, pesos de ferro fundido ou uma combinação de ambos.
O lastro na parte frontal do trator pode ser necessário para a estabilidade e controle da direção
quando o peso é transferido do eixo dianteiro para o eixo traseiro, ao levantar um implemento
montado na traseira por meio do engate de 3 pontos.
Ao levantar o implemento montado na traseira do trator, para
a posição de transporte, o peso sobre as rodas dianteiras deve
ser pelo menos 20% do peso total do trator.
Pode ser necessário lastro adicional dianteiro, ao transportar
equipamento de grandes dimensões no engate de 3 pontos.
Conduzir sempre lentamente em terreno irregular, qualquer
que seja a quantidade de lastro utilizado na frente do trator
Para um desempenho ideal e eficiente, os tratores com tração nas duas rodas, devem ser
lastrados de forma que cerca de um terço do peso total do trator (sem implemento), esteja
sobre as rodas dianteiras. Os tratores com tração dianteira devem ser lastrados de forma que o
peso sobre as rodas dianteiras seja cerca de 40-45 % do peso do trator.
Adicionar lastro adicional dianteiro, conforme necessário, para se obter estabilidade durante o
trabalho e o transporte. Lastrar a parte dianteira nem sempre assegura uma estabilidade
adequada se o trator for utilizado a grande velocidade em terreno acidentado. Reduzir a
velocidade do trator e tomar o máximo cuidado nestas condições.
Pág. 24 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS
QUALIFICA CURSOS
Ao utilizar equipamento montados á frente, adicionar peso ás rodas traseiras de forma a
manter a estabilidade da tração.

Limitações de Lastro:
O lastro deve ser limitado pela capacidade de carga dos pneus ou trator. Cada pneu tem uma
capacidade de carga recomendada pelo fabricante e nunca deve ser excedida. Se for
necessária uma quantidade maior de peso para uma boa tração, usar pneus maiores.

O lastro pode ser aumentado montando-se pesos de ferro fundido ou enchendo os pneus com
uma solução líquida de cloreto de cálcio. Os pesos de ferro fundido são recomendados por
serem muito fáceis de retirar quando não são necessários.
Lastro Líquido:
Encher os pneus dianteiros e traseiros com lastro líquido é um método conveniente de
aumentar o peso. Recomenda-se a utilização de uma solução de cloreto de cálcio e água. Esta
solução garante um baixo ponto de congelamento e uma densidade maior do que a da água.

O lastro líquido deve ser até 75% para Lastro de ferro fundido fixados no
pneus diagonais, e 40% para pneus radiais. disco da roda.
Para encher um pneu com a solução de água, a válvula deve encontrar-se no ponto mais alto
da roda. Para verificar a pressão, a válvula deve se encontrar-se no ponto mais baixo a roda,
se o pneu contiver lastro liquido. Torna-se necessário o uso de equipamento especial para
lastrar pneu.
Nota: Não se recomenda o uso de lastro líquido dos pneus dianteiros para tratores 4 X 2.
Pressões dos Pneus:
Depois de receber seu trator, verificar as pressões dos pneus, depois efetuar uma verificação
das pressões a cada 50 horas ou semanalmente. Os pneus montados no seu trator podem ser
do tipo com ou sem câmara de ar.
Ao verificar as pressões, inspecione se há danos na banda de rodagem e nos costados do pneu.
Uma avaria, por menor que seja, se não sanada devidamente, pode levar á inutilização do
pneu.

Pág. 25 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
A pressão afeta a carga que um pneu pode transportar. Localize as medidas dos pneus do seu
trator nas tabelas de cargas e pressões dos pneus no manual do proprietário. Nunca rodar com
os pneus com pressões excessivas ou insuficientes.
O enchimento ou reparo dos pneus pode ser uma operação perigosa. Sempre que possível,
confiar estas operações a pessoal devidamente habilitado.

O lastramento consiste em adicionar pesos no trator, com os objetivos de aumentar a


estabilidade, a aderência (devido á redução de patinagem) e a capacidade de tração dos
tratores causada pelo aumento da transferência de peso (TP). TP é o máximo de peso que
pode ser transferido do peso dianteiro estático (PDE) para a barra de tração. A força de tração
deve ser tal que não ocasione uma transferência de peso superior a 80% do peso estático do
eixo dianteiro.

Os lastros em tratores agrícolas podem ser adicionados na frente do trator (frontal) e nas
laterais (rodas traseiras do trator).
PTE
PDE
TP

FTM

HB

DEE

TP = FTM * HB = 80% * PDE


DEE

Onde:

FTM= Força de tração máxima, KGF.


HB = Altura da barra de tração, mm.
PTE = Peso traseiro estático, KGF.
PDE = Peso dianteiro estático, KGF.
TP = Transferência de peso, KGF.

Pág. 26 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
DEE = Distância entre os eixos, mm.
Os lastros somente devem ser utilizados em operações que exijam maior força de tração, os
tipos de lastros normalmente utilizados nos tratores agrícolas são: água, colocada dentro da
câmara de ar, no interior dos pneus de tração (no máximo 75% do volume de água nos pneus
diagonais, para os pneus radiais somente em caso de extrema necessidade coloca-se 40 % do
volume de água), e ferro fundido, colocado nos discos das rodas motrizes ou na parte frontal
do trator, preso ao pára-choque.
Os lastros devem ser de fácil colocação e remoção. Nos cultivadores, pulverizadores e
semeadoras que requeiram menor força de tração, há menor exigência de lastros, e nesse caso
podem ser retirados. A não remoção destes pode trazer os seguintes inconvenientes: maiores
compactações do solo, maior consumo de combustível e consequentemente maior desgaste da
máquina.
Para os implementos montados, ou seja, acoplados no sistema de levante hidráulico, utilizam-
se somente os lastros frontais.

Índice de Antecipação
O índice de antecipação serve para verificar as compatibilidades dos pneus, sendo que para
tratores com tração dianteira, os pneus têm que girar de maneira que nem a transmissão, ou a
tração seja afetada. Isso geralmente ocorre quando é colocado pneus recauchutados, pneus
que tiveram seus diâmetros alterados, ou pneus que estejam com calibragens irregulares.
Modo Prático:
1. Posicionar o trator em uma superfície seca e plana preferencialmente de asfalto se possível.
O mesmo deve estar lastrado e com a correta calibragem dos pneus.

Fig. 01

Ponto de contato Ponto de contato


Pneu dianteiro/solo Pneu traseiro/solo

Pág. 27 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
2. Com um giz, marcar a face lateral do pneu dianteiro e traseiro, no ponto em que estes
tocam o solo, conforme figura 01:
3. A seguir, numerar as garras do pneu dianteiro no sentido contrário ao movimento. Utilizar a
face lateral do pneu para esta marcação, conforme Figura 02:
4. Após ter feito as marcações, movimentar o trator á frente em linha reta, á uma distância
equivalente de dez voltas exatas no pneu traseiro, contando ao mesmo tempo o número
completo de voltas, mais as garras (frações de voltas), do pneu dianteiro. Para esta etapa,
observar o seguinte:

9 10
8 11
12
7
13
6
Fig. 02
5 14
4 15

3 16
2 17
1 18
19

- A tração dianteira deve estar desligada.


- Não deve haver patinagem dos pneus, no momento da partida.
- A velocidade deve ser constante, em torno de 5 km/h.
- O pneu traseiro deve deslocar-se dez voltas exatas.
- O trator deve deslocar-se em linha reta.
5. Repetir o mesmo procedimento com a tração ligada.
6. Para calcular o fator de deslizamento (antecipação), utilizar a fórmula.

A-B
F % = (-------------) x 100
B

Onde: F % = Fator de compatibilidade de pneus (valor dado em %)


A = Número de voltas do pneu dianteiro com a tração ligada.
B = Número de voltas do pneu dianteiro com a tração desligada.
F aceitável = 1% a 5% positivo

Pág. 28 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Exemplo: Um pneu dianteiro de 22 garras, com a tração desligada, girou 13 voltas completas
mais 8 garras. Transformando em fração temos 8/22 (8 dividido por 22), obtendo-se 0,363.
Isto significa que o pneu dianteiro deu 13,363 voltas, que corresponde ao “B” da fórmula.
Com a tração ligada girou 13 voltas completas, mais 11 garras. Transformando em fração
temos 11/22, obtendo-se 0,500. Isto significa que o pneu dianteiro deu 13,5 voltas,
corresponde ao “A” da fórmula.

Substituindo os valores na fórmula temos:

A-B
F % = (--------------------)
x 100
B

13,500 – 13,363
F % = (-----------------------
-) x 100
13,363

0,137
F % = (-----------------) x
100
13,363
Nota: Se os valores encontrados forem acima do aceitável, recomenda-se abaixar a pressão
dos pneus dianteiros, caso o valor seja menor aumente
F % =a0,010
pressão, e se= aumentando
x 100 1,02 ou
diminuindo a pressão dos pneus não conseguiroualcançar
seja: o fator aceitável, recomenda a
substituição dos pneus a fim de evitar problemas na tração dianteira, ou na transmissão do
trator. F = 1,02 %
Lubrificação e Manutenção
Enchimento do Reservatório do Combustível:
1. Limpar a área em redor da tampa do reservatório para evitar a entrada de poeira e
contaminar o combustível.
2. Retirar a tampa e colocá-la numa área limpa durante o reabastecimento. A tampa é fixada
ao reservatório por meio de uma corrente para evitar sua perda.
3. Após o reabastecimento, colocar a tampa e apertá-
la.

Pág. 29 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
Nota: Substituir sempre uma tampa danificada ou perdida por outra original.
Manutenção do Filtro de Ar do Motor:
Limpar o elemento externo quando acender no painel de instrumentos a lâmpada de restrição,
ou a cada 600 horas (ver manual do fabricante), o que ocorrer primeiro. Executar a
manutenção no período máximo de uma hora após a lâmpada ter acendido.

Nota: Só limpar o elemento externo quando se acender a lâmpada de restrição no painel ou a


cada 600 horas. A freqüente limpeza do filtro, encurtará a vida útil do mesmo.
Fig. 01 Fig. 02 Fig. 03

Limpar o acumulador de pó Substituir a cada 1.200


horas

• Limpar o filtro primário cada vez


que acender a luz no painel.
• Limpar o filtro como máximas
cinco vezes, a seguir substituí-lo.
• Observar os cuidados na limpeza
e posterior montagem indicada no
Manual do Operador.
• Substituir a cada 1.200h.

Nota: Não retirar e nem limpar o elemento interno (figura 03).

Pág. 30 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
1. Examinar o elemento externo, utilizando o método, se tiver poeira esta danificado devendo
ser substituído por outro novo. O elemento interno deverá também ser substituído neste
momento.
2. Limpar o elemento externo, utilizando o método A, B ou C, dependendo do estado do
elemento.
Deverá utilizar o método A e B, tratando-se de poeiras secas.
3. Método C deverá ser utilizado se o elemento contiver fuligem, estiver oleoso, muito
contaminado ou após a utilização por 5 vezes dos métodos A ou B.
Nota: O elemento externo do filtro só pode ser limpo pelos métodos A ou B, até 5 vezes ou
lavado (método C) uma vez, antes da troca.
Método A
Bater levemente na palma da mão os extremos do elemento.
Importante: Para não danificar o elemento não bater contra superfícies duras.

Método B
Utilizar ar comprimido que não exceda 2 bar (30 psi), introduzir o bocal da mangueira de ar
dentro do elemento filtrante mantendo-o afastado 150 mm, soprando poeira do interior para o
exterior.
Método C
Mergulhar o elemento em água morna com um pouco de detergente sem sabão, manter o
elemento na água, com o lado aberto fora dela, pelo menos por 15 minutos. Manter a parte
aberta do elemento acima da superfície da água.
Importante: Nunca utilizar na limpeza, diesel, gasolina, solventes ou água muito quente, pois
poderá danificar o elemento.
Após mergulhar o elemento na água, agitar o mesmo evitando que a água suja do exterior do
elemento se espalhe para o interior do mesmo.
Enxugar o elemento do interior para o exterior, em água corrente limpa, até que saia água
isenta de poeira, se utiliza ar comprimido não exceder 2 bar (30 psi). Um ligeiro fio de água é
suficiente para garantir que o elemento não se rompa.
Sacudir o excesso de água do elemento, deixando o secar ao ar. Não utilizar, ar comprimido,
lâmpada ou qualquer fonte de calor para secar o elemento.
Nota: A secagem de um filtro demora normalmente cerca de três dias.
Importante: Não experimente secar o elemento com calor ou ar comprimido, e não instalar
até estar completamente seco, pois pode danificá-lo. Recomenda-se utilizar nessa operação
um novo elemento e reservar o previamente limpo para outra operação. O elemento
sobressalente deverá ser guardado num lugar seco e protegido para evitar poeiras ou danos.
Nota: O elemento externo do filtro, só pode ser lavado uma única vez.

Pág. 31 CURSO DE OPERAÇÃO DE TRATORES AGRíCOLAS


QUALIFICA CURSOS
4. Examinar danos no elemento colocando uma lâmpada acesa dentro dele. Substituir o
elemento se verificar a passagem de um fio de luz, ou se existirem áreas onde o papel esteja
menos espesso.
5. Verificar a existência de aglomerados no elemento, deformação no invólucro e danos na
junta de borracha. Substituir o elemento do filtro de estiver danificado.
6. Limpar o interior do alojamento do filtro de ar, com uma vareta e pano úmido, não
danificar o elemento interno. Certificar de que o extremo interno do alojamento esteja limpo e
liso, para garantir uma boa fixação da vedação da borracha do elemento.
7. Instalar o elemento já limpo ou novo. Verificar a vedação da porca borboleta e apertá-la.
Substituir a porca borboleta/vedação, caso esteja danificada.
Nota: Se a lâmpada continuar acesa após a limpeza, talvez seja necessária a substituição do
elemento externo e interno.

Verificar o Nível do Líquido de Arrefecimento do Motor

Quando no painel de instrumento acender a lâmpada de nível


baixo do liquido de arrefecimento, parar o imediatamente
motor e verificar o nível do liquido.
Mínino

O sistema de arrefecimento funciona sob pressão, controlada pela tampa de pressão do liquido
de arrefecimento. É perigoso retirar a tampa enquanto o sistema estiver quente. Quando o
sistema arrefecer, girar a tampa de reservatório com um pano grosso até a primeira trava,
liberando a pressão antes de retirá-la totalmente. Nunca retirar a tampa do radiador antes de
retirar a tampa do tanque de expansão.
Com o motor frio, verificar o nível do liquido de arrefecimento no tanque de expansão, que
deverá estar acima da marca do fundo. Se for necessário completar, retirar a tampa de pressão
e adicionar uma mistura de 50/50 de água e anticongelante conforme especificado pelo
fabricante.
Verificar o Nível do Fluido dos Freios
Reservatório de Fluido de Freio

Verificar o nível do fluído de freio sempre que


fizer alguma intervenção na região do motor
(como limpeza de filtros). O mesmo deve estar
acima da marca do “mínimo”, completando se

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necessário. Caso o nível fique abaixo no mínimo, acenderá luz indicativa no painel.
Fluído: Óleo mineral de Freio

Drenar o separador de água do sistema de combustível:


Importante: Antes de desligar ou afrouxar qualquer parte do sistema de injeção de
combustível, limpar completamente toda a área de trabalho para evitar contaminação.
Se o painel de instrumentos a lâmpada indicadora sinalizar a existência de água no
sedimentador de combustível e o copo sedimentador como segue:
Fig.01 Fig. 02 Fig. 03

3
1. Afrouxar os parafusos de sangrar (01) no conjunto do filtro frontal.
2. Abrir os bicos de drenagem, no filtro e no sedimentador, afrouxando os botões (02) e (03).
3. Deixar drenar o combustível contaminado, até sair o combustível limpo que deve ser
recolhido num recipiente próprio. Fechar os bujões de drenagem.
4. Ligar a chave de partida para acionar a bomba elétrica do combustível e sangrar o filtro
(quando o modelo possui bomba elétrica, ou manual). Quando o combustível, isento de bolhas

de ar começar a sair pelo orifício do parafuso de sangrar (01) apertar o parafuso e desligar a
chave de partida.

Verificar o Nível do Óleo do Motor:


Verificar o nível do óleo do motor com o trator estacionado sobre superfície plana, e após o
motor ter sido desligado a pelo menos 5 minutos.
Fig. 01 Fig.02 Fig. 03

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Vareta de nível do Filtro de óleo do motor Bucal de enchimento
Óleo do motor
1. Retirar a vareta do óleo do motor, limpar e tornar a introduzi-lá.
2. Retirar a vareta do óleo, novamente, e verificar o nível que deverá estar entre as marcas da
vareta.
3. Caso seja necessário adicionar óleo, retirar o bucal de enchimento (fig. 03) e adicionar óleo
novo até estar entre as marcas da vareta. A quantidade de óleo entre as marcas superior e
inferior da vareta é cerca de 1,8 litros.
Nota: Não adicionar óleo acima da marca superior. O óleo em excesso queimará, produzindo
fumaça e dando a falsa impressão do consumo do óleo. Não funcionar o motor com nível de
óleo abaixo da marca inferior (mínimo) da vareta.
4. Reinstalar o bucal de enchimento.

Atenção: Seguir as orientações do fabricante, quanto aos períodos de troca do óleo do motor,
sempre substituir o filtro de óleo do motor, junto á troca de óleo.
5. Verificar o nível diariamente ou a cada 10 horas (o que ocorrer primeiro).

Limpar as colméias do radiador, do trocador de calor do óleo e do condensador


do ar condicionado: (50 horas).
Verificar se as colméias estão entupidas ou com resíduos de palha. Se notar algo, limpar como
segue:
Atenção: Proteger os olhos e a roupa durante a operação de limpeza. Manter a área livre de
curiosos para evitar que sejam atingidos por partículas esvoaçantes.

1. Limpar utilizando ar comprimido ou água sob pressão que não exceda 7 bares (100 psi).
Fig. 01 Fig. 02 Fig. 03

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2. O condensador do ar-condicionado e o trocador de calor do óleo da transmissão (se
equipado) deslocam-se para uma manutenção facilitada. Para abrir os dois fechos rápidos
basta girar no sentido anti-horário.
3. Para facilitar o acesso ao radiador, deslizar para fora o trocador de calor do óleo da
transmissão e o condensador do ar condicionado.
4. Iniciar o jato de água ou de ar através de cada colméia, e de trás para frente. Primeiro
limpar o radiador, depois o condensador do ar condicionado e por fim o trocador de calor do
óleo da transmissão. Endireitar cuidadosamente qualquer aleta dobrada.
Nota: Se qualquer substância oleosa bloquear a colméia, utilizar uma solução com detergente
e remover com água sob pressão.

Limpar os filtros de ar da cabine (se montados)


O ar da cabine, introduzido pelo ventilador, passa através dos filtros (01) figura 01, situados
de cada lado do teto da cabine.
Fig. 01 Fig. 02

Filtro de ar da cabine Depósito de água para os limpadores

de pára-brisa (adicionar água limpa sempre .


que necessário)
Antes de limpar os filtros, desligar o ventilador, fechar o teto, todas as janelas e uma porta.
Fechar energicamente a outra porta. A pressão resultante, desalojará grande parte da poeira
por baixo dos filtros.
Nota: Em condições úmidas como em certas manhãs, não ligar o ventilador antes de limpar
os filtros. As partículas de poeira penetrarão no filtro dificultando sua remoção.
Filtros Externos:
Afrouxar os parafusos da tampa, retirar os elementos um de cada lado e limpá-los.
- Batendo ligeiramente numa superfície plana coma face externa voltada para baixo.
- Com ar comprimido a uma pressão inferior a 6,9 bares (99,7 psi).

Limpar as bases dos filtros com um pano. Quando voltar a montar os elementos, a seta de
identificação deve ficar voltada para o interior da cabine.
Nota: Os filtros são feitos de um papel especial, com uma tira vedante em borracha, colada na
superfície superior. Não danificar o elemento quando retirá-lo.
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Limpar o elemento com ar comprimido que não exceda 2 bar (30 psi). Soprar a poeira da face
limpa para a face suja. Para evitar danos ao papel, o bocal da mangueira deverá estar a uma
distância de pelo menos 300 mm do mesmo.
Limpar os alojamentos dos filtros com um pano que não solte fiapos. Reinstalar os elementos,
colocando-os com as faces limpas para cima e recolocar as tampas.

Nota: Substituir os filtros com maior freqüência em condições de extrema poeira.

Considerações Finais

As informações contidas nesse manual orientam o operador sobre as técnicas de operações do


equipamento oferecendo-lhe segurança e conforto para assegurar que sua jornada de trabalho
ocorra da maneira mais segura possível, a não observação destas pode trazer sérios riscos e
graves acidentes ao operador.
Quanto a manutenção periódica que o equipamento deverá sofrer para se ter um bom
desempenho durante o trabalho, terá que ser seguida construindo assim com facilidade um
prolongamento da vida útil de seu equipamento.
As regras de garantia também deverão ser observadas atendendo sempre o que o fabricante
recomenda.
Atenciosamente
Silvestre Fontes
Instrutor Técnico
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RECIFE PE

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