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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

ESTRUTURA E LOCALIZAÇÃO DAS LÍNGUA BANTU

Nome e Código:

Curso: Língua Portuguesa

Disciplina: Linguística Bantu

Ano de Frequência: 2º

Turma:

Nampula, Agosto de 2022


ESTRUTURA E LOCALIZAÇÃO DAS LÍNGUA BANTU

Nome e Código:

Curso: Língua Portuguesa

Disciplina: Linguística Bantu

Ano de Frequência: 2º

Turma:

Trabalho de caracter avaliativo a ser apresentado


na disciplina de Linguistica Bantu, no curso de
Língua Portuguesa, na Universidade Católica de
Moçambique.

Regente da disciplina: Luís Ramos António

Nampula, Agosto de 2022


Classificação
c Indicadores Padrões
Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura 0.5
organizacionais  Discussão
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto do 2.0
trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico (expressão
Conteúdo 3.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica nacional e
2.0
internacional relevante na
área de estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Referência Normas APA
 Rigor e coerência
s 6ª edição em
das citações/referências 2.0
Bibliográfi citações e
bibliográficas
cas bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................6

2. SITUAÇÃO LINGUÍSTICA NA ÁFRICA.................................................................................7

2.1. Classificação das línguas africanas e o grupo das línguas Bantu..........................................8

2.2. Origem das línguas bantu....................................................................................................10

2.3. A língua Rhonga ou o Xirhonga..........................................................................................10

2.4. A língua Sena e Chinhungue...............................................................................................10

2.5. A língua Macua.......................................................................................................................10

3. Estrutura das línguas Bantu........................................................................................................12

3.1. Sintaxe.................................................................................................................................12

CONCLUSÃO................................................................................................................................13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................14
1. INTRODUÇÃO

Em o português que é a língua oficial, não é falado por a maior das pessoas, averiguas que as
línguas maternas, é que são utilizadas na sua maioria. Nesse ponto de vista o estudo da língua
Bantu, constitui um importante meio de comunicação entre os nativos. O desenvolvimento de
estudos de língua Bantu é importante na criação de estratégias que visem possibilitar a
implantação de uma educação bilíngue em Moçambique, a valorização, a preservação e a
documentação das línguas africanas (Castro, Diniz, & Valias, 2017).

As línguas denominadas bantu elas fazem parte de um grupo de línguas da África. Não existindo
um levantamento fidedigno da totalidade das línguas bantu, mas existem dados que são em torno
de 500 a 600 línguas. Tendo em vista as possessões portuguesas na África constituírem-se
principalmente nas áreas de língua bantu e nigero-congolesas (também denominadas de benue-
congo), as línguas de base bantu, elas ajudam a formatar um novo traçado da linguística, assim
como contribuir fortemente para a formação de uma cultura (Bantu et al., 2010).

Os primeiros estudos acerca das classificações estruturais e tipológicas tiveram início com os
estudos de Adam Smith (1761) e somente depois do século XIX que se desenvolveram sobretudo
na Alemanha. Esses estudos estruturais procuram descrever vários tipos linguísticos encontrados
nas línguas, a partir de um único modelo estrutural (Santiago, 2013).

O termo Bantu designa uma família de línguas que pertence ao grupo Níger - Congo. Estas
línguas são faladas desde o sul dos Camarões, na região sudeste da Nigéria perto da fronteira com
os Camarões, Gabão, República do Congo, República Democrática do Congo, Uganda, Quénia,
Tanzânia, Angola, Zâmbia, Malawi, Moçambique, Zimbabué, Namíbia, Botswana, Suazilândia e
África do Sul. Apresenta uma diversidade linguística, é a maior de todo o continente africano,
com cerca de 310 milhões de falantes (Marcelino & Cumbane, 2014).
2. SITUAÇÃO LINGUÍSTICA NA ÁFRICA

Conforme Benjamim Santos (2007:15), refere que a realidade linguística na África é


caracterizada pelo elevado número de línguas que ainda não estão descritas, pela existência de
línguas ameaçadas de extinção e pelo facto de as civilizações africanas privilegiarem a oralidade
como meio de comunicação e de transmissão de seu saber tradicional.

De acordo Santiago (2013), refere os estudos linguísticos, na África existem mais ou menos 1250
línguas diferentes, isso sem levar em conta o aspecto dialeto de cada uma delas, e dentro dessas
existem línguas das família linguística Bantu, que ocupam mais ou menos 3/5 de todo continente
africano, sendo a maior família de línguas da África, tanto quanto ao número de falantes, quanto
a área geográfica. Conforme Greenberg, essas línguas têm origem do tronco Benue-Congo do filo
Niger-Congo, são línguas excessivamente ricas, além de terem algumas características próprias,
como por exemplo, a presença dos prefixos classificadores e o papel intrínseco dos tons, como
conforme mostra a figura 1.

Figura 1: Niger –Congo e Subdivisões


Fonte: http://www.docstoc.com/docs/49358292/NIGER-CONGO

2.1. Classificação das línguas africanas e o grupo das línguas Bantu

As línguas africanas são classificadas em quatro grandes famílias, segundo Greenberg (1963): (i)
a Afro-Asiática, (ii) a Nilo-Sahariana, (iii) a Congo-Kordofoniana e (iv) a Khoi e San. Essas
grandes famílias estão representadas.

Cada uma das famílias é constituída por subfamílias onde, por sua vez, são divididas em grupos
constituídos por diversas línguas. A família Congo-Kordo faniana se subdivide em duas
subfamílias: Kordo faniana e Níger-Congo dividida em diversos grupos linguísticos, dentre eles
está o grupo das Línguas Bantu, como ilustra a figura 2 (Castro et al., 2017).

Figura 2: Famílias Linguística da África .

Fonte: http://www.docstoc.com/docs/49358292/NIGER-CONGO

De acordo com Ngunga (2004), aponta que o grupo Bantu tem aproximadamente 600 línguas
faladas por cerca de 220 milhões de pessoas. Para além disso, essas línguas são classificadas em
um mesmo grupo devido a características similares. o autor reforça que, algumas dessas
características perpassam por questões tais como:

 Terem um sistema de gêneros gramaticais que não referenciam à noção de sexo, em que
os indicadores de gênero devem ser prefixos;
 ((ii) possuírem classes organizadas em pares que, geralmente, opõem o singular ao plural
de cada gênero;
 Serem dotadas de um vocabulário comum a outras línguas, pressupondo uma língua
comum de origem.
 Terem um conjunto de radicais invariáveis a partir dos quais, por meio da aglutinação de
afixos, a maior parte das palavras é formada.

Conforme o teórico Guthrie (1967-71) classificou as línguas Bantus, geográfica e


genealogicamente, agrupando-as em zonas apresentadas na figura 2.

Figura 2: Zonas e grupos de línguas Bantu

Fonte: Guthrie (1967-71)


2.2. Origem das línguas bantu

A palavra "Bantu" (que significa "povo" em muitas línguas bantu), referem-se a um grupo de
cerca de 600 línguas bantu e aos seus falantes, hoje conta com cerca de 90 milhões de pessoas.
Os estudos linguísticos apontam que essas línguas provêm do Proto-bantu, que é uma língua
hipotética, considerada uma possível mãe das atuais línguas bantu faladas na África Central, na
região dos Camarões e da Nigéria Oriental moderna, há aproximadamente 3000 anos atrás.

No território Moçambicano, encontram-se actualmente cerca de 20 línguas Bantu espalhadas por


todo pais, encontradas nas zonas G, P, N e S, respectivamente (Castro et al., 2017).

2.3. A língua Rhonga ou o Xirhonga

O Xirhonga é uma língua Bantu falada em Moçambique por aproximadamente 239.307 pessoas.
Conforme Bachetti (2006), onde pertence ao subgrupo linguístico Tsonga, junto com as línguas
Changana e Tshwa. Onde este subgrupo está espalhado nas províncias de Maputo, Gaza a
Inhambane, na região sul de Moçambique, juntamente com outras línguas de outros subgrupos. A
língua Xirhonga está concentrada principalmente na Província e na Cidade de Maputo (Castro et
al., 2017).

2.4. A língua Sena e Chinhungue

Sena é uma língua Bantu falada em Moçambique por aproximadamente 289.307 pessoas.
Conforme Bachetti (2006), onde pertence ao subgrupo linguístico Chinhungue, junto com as
línguas Sena. Onde este subgrupo está espalhado nas províncias de Sofala, Tete, Manica a I, na
região centro de Moçambique, juntamente com outras línguas de outros subgrupos. A língua Sena
está concentrada principalmente na Província e na Beira (Castro et al., 2017)

2.5. A língua Macua

De acordo com Ngunga (2004, p.31), afirma que os falantes das línguas bantu terem inicialmente
emigrado da região dos montes camarões em direcção ao Sul, um importante centro de dispersão
do núcleo proto-bantu deve-se ter estabelecido na região de Shaba, planalto de Katanga, na actual
República Democrática de Congo”. Os lomwes estão nos locais onde hoje estão como resultado
de migrações bantu, sendo localizáveis, em grande parte, na província central da Zambézia, nos
distritos de A. Molócue, Gilé, Ile, Mocuba, Namarrói, Pebane, Milange, Gurué, Molumbo, e
Nampula, distritos de Murrupula, Ribáwé, Moma e Malema (Ngunga e Faquir, 2011).

Tabela 1; Línguas faladas em Moçambique

Línguas Falantes Província onde se fala


Makhuwa 4.097.788 Nampula, Cabo Delgado, Niassa, Sofala, Zambezia
Português 1.693.024 Todos
Changana 1.660.319 Gaza, Maputo, Inhambane, Niassa
Sena 1.218.337 Manica, Sofala, Tete e Zambezia
Lomwe 1.136.073 Nampula, Niassa e Zambezia
Nyanja 903.857 Niassa, Tete e Zambezia
Chuwabu 716.169 Nampula, Sofala e Zambezia
Ndau 702.464 Manica e Sofala
Tshwa 693.386 Gaza, Inhambane, Maputo e Sofala
Nyungwe 457.292 Manica e Tete
Yaawo 341.796 Cabo Delgado e Niassa
Copi 303.740 Gaza, Inhambane, Maputo e Manica
Makonde 268.910 Cabo Delgado
Tewe 259.790 Manica
Rhonga 235.829 Gaza, Inhambane, Maputo e Manica
Tonga 227.256 Gaza, Inhambane, Maputo e Manica
Manyika 133.961 Manica
Cibalke 112.8524.5 Manica
Mwani 77.915 Cabo Delgado
Koti 60.771 Nampula
Shona 35.878 Tete
Swahili 15.255 Cabo Delgado
Línguas de sinais 7.503 Todas
Outras LMs 310.259 Todas
Total 15.670.424 100.0 Todas

3. Estrutura das línguas Bantu

3.1. Sintaxe

De acordo com Marcelino & Cumbane (2014), refere que em línguas Bantu, existe uma ordem
linear comum denominada SVO que exibem positivamente o parâmetro de sujeito nulo, i.e., e
quando apagado, o sujeito é recuperável por meio de um morfema que o controla a partir do
verbo, equiparável à desinência de número dos verbos do Português. Este morfema, em
linguística Bantu, é designado prefixo verbal ou controlador de sujeito (CS), e que encerra traços
de número, género ontológico e classe nominal a que pertence o nome.

Por exemplo:

[Xitshwa]

(1a) Paulo (S) inyikele (V) amakabwe (O1) ambuti (O2).

Paulo ofereceu irmão (O1) cabrito (O2) ‘

O Paulo ofereceu cabrito irmão.4’

Paulo (S) inyikile (V) ambuti (O2) amakabwe (O1).

Paulo ofereceu cabrito (O2) irmão (O1) ‘

O Paulo ofereceu cabrito irmão.’

Os exemplos acima mostram a ordem linear SVO, com dois objectos sucessivos pós-verbais.
Estas construções de duplo objecto devem-se à capacidade de subcategorização de objectos por
parte do verbo.
CONCLUSÃO

Concluiu- se que cada língua tem sua estrutura interna e características morfológicas relevantes,
sendo assim, elas foram divididas por tipos e podem ser: Aglutinante (ex: as Línguas bantu),
Isolante (por ex: Chinês ) e Flexional (como o latim), sendo que nenhuma língua é puramente
isso ou aquilo: trata-se de uma dominante (tal língua será essencialmente – mas não
exclusivamente isso ou aquilo), que pode inclusive mudar no decorrer da história de uma língua
(assim, podemos exemplificar essa situação da seguinte maneira: as línguas germânicas são
flexionais, o inglês é uma língua germânica, mas não é flexional, pois ela perdeu quase todas
essas as suas flexões devido aos fatores históricos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bantu, D. E. P., Portugu, E. M., Consequ, A., Morfofonol, N., Selmo, G., Apontes, A., & Latina,
A. (2010). Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos Círculo Fluminense de
Estudos Filológicos e Linguísticos. (2009), 41–58.

Castro, R. C. De, Diniz, T., & Valias, O. (2017). O emprego dos diminutivos em Xirongha
(Bantu, Tsonga).

GREENBERG, J. H. (1963). Languages of Africa, 2 ed. Bloomington: Indiana University Center


in Anthopology, Folklore and Linguistics.

GUTHRIE, M. (1953). The classification of Bantu languages. Oxford University Press.

Marcelino, R., & Cumbane, M. (2014). O Português Língua não Materna como Produto das
Estruturas das L1 ( Bantu ). 1.

NGUNGA, Armindo. Introdução à linguística bantu. 2.ed. Maputo: Imprensa universitária, 2014.

NGUNGA, Armindo; FAQUIR, Osvaldo G. Padronização da ortografia de línguas

Santiago, J. D. E. L. (2013). HISTÓRICO-COMPARATIVA BANTU : Os Cinco Grandes


Herbívoros Africanos.

http://www.docstoc.com/docs/49358292/NIGER-CONGO-LANGUAGES

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