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Brazilian Journal of Development 1614

ISSN: 2525-8761

Síntese e caracterização de derivados da L-fenilalanina e L-tirosina


alinhada à “Química Verde” e avaliação da toxicidade

Synthesis and characterization of L-phenylalanine and L-tyrosine


derivatives in line with “Green Chemistry” and evaluation of toxicity

DOI:10.34117/bjdv7n1-110

Recebimento dos originais: 05/12/2020


Aceitação para publicação: 07/01/2021

Adriany da Silva
Acadêmica de Farmácia - UFMT/CUA - Barra do Garças - MT
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso - CUA
Endereço: Rua Simeão Arraia, 1000 - Centro - Barra do Garças - MT
E-mail: adriany.silva12@hotmail.com

Jair Marques Junior


Mestre em Ciência de Materiais pela UFMT/CUA - Barra do Garças - MT
Instituição: POLITEC - Gerência de Medicina Legal Paul Harris
Endereço: Rua Independência, 210, Barra do Garças - MT
E-mail: jairmarquesjunior@yahoo.com.br

Claudemir Batalini
Doutor em Química Orgânica pela USP/FFCLRP - Ribeirão Preto - SP
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso - CUA
Endereço: Rod. MT 100, km 3,5 - Zona Rural, Pontal do Araguaia - MT
E-mail: pirapotimao@msn.com

RESUMO
A maioria dos fármacos encontrados atualmente na terapêutica moderna são de origem
sintética, levando os grupos de pesquisa a estarem constantemente à procura de novos
candidatos a fármacos. Sínteses e processos conduzidos com vistas a uma menor agressão
ao meio ambiente ganham espaço atualmente em meios acadêmicos e industriais,
alinhados aos princípios da “Química Verde”. Este trabalho foi realizado seguindo esse
propósito, em que as substâncias N-(L-fenilalaninil)-benzamida (P1) e N-(L-benzoato de
tirosinil)-benzamida (P2) foram preparadas através de reações de benzoilação dos
aminoácidos de partida L-fenilalanina e L-tirosina, pelo clássico método de Schotten-
Baumann, em meio aquoso e temperatura ambiente. Os produtos foram purificados por
recristalização e caracterizados por ponto de fusão, cromatografia em camada delgada
(CCD) e espectroscopias no ultravioleta-visível (UV-VÍS) e no infravermelho (IV).
Foram ainda investigadas as atividades antioxidante qualitativa com o radical
difenilpicrilhidrazil (DPPH) e de potencial tóxico frente à larvas de Artemia salina Leach.
Apenas P1 indicou significante atividade antioxidante. O teste de toxicidade dos produtos
revelou serem atóxicos, de acordo com os valores de concentração letal média (CL50)
obtidos. Apesar dos rendimentos baixos obtidos nas reações, as caracterizações sinalizam
para o sucesso das sínteses de P1 e P2, numa estratégia sintética econômica, rápida e de
baixo impacto ambiental.

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Palavras Chaves: Aminoácidos. Química Verde. Síntese orgânica. Potencial tóxico.


ABSTRACT
The majority of drugs currently found in modern therapy are of synthetic origin, leading
research groups to be constantly looking for new drug candidates. Syntheses and
processes conducted with a view to less aggression to the environment are currently
gaining ground in academic and industrial circles, in line with the principles of “Green
Chemistry”. This work was carried out following this purpose, in which the substances
N-(L-phenylalaninyl)-benzamide (P1) and N-(L-tyrosinyl benzoate)-benzamide (P2)
were prepared through benzoylation reactions of the starting amino acids L-phenylalanine
and L-tyrosine, by the classic Schotten-Baumann method, in aqueous medium and at
room temperature. The products were purified by recrystallization and characterized by
melting point, thin layer chromatography (TLC) and ultraviolet-visible (UV-VIS) and
infrared (IR) spectroscopies. Qualitative antioxidant activities with the
diphenylpicrillidrazil radical (DPPH) and of toxic potential against Artemia salina Leach
larvae were also investigated. Only P1 indicated significant antioxidant activity. The
toxicity test of the products proved to be non-toxic, according to the mean lethal
concentration values (LC50) obtained. Despite the low yields obtained in the reactions,
the characterizations signal for the success of the syntheses of P1 and P2, in a synthetic
economic strategy, fast and with low environmental impact.

Keywords: Amino acids. Green Chemistry. Organic synthesis. Toxic potential.

1 INTRODUÇÃO
A procura por candidatos a fármacos que possuam atividades biológicas está
presente na humanidade desde os primórdios e geralmente envolvem etapas complexas
em seu planejamento e desenvolvimento molecular. Levantamentos na literatura creditam
que cerca de 85% dos fármacos disponíveis na terapêutica moderna são de origem
sintética (BARREIRO; FRAGA, 2008). O ramo da química medicinal se preocupa
principalmente em estudar as relações moleculares da ação dos fármacos, relacionando a
atividade biológica com a estrutura química, visando, sempre que possível, gerar
substâncias candidatas a novos fármacos que se revelem seguros quanto ao uso
(BARREIRO et al., 2002; ALCÁNTARA, 2017).
lcántara AR (2017) Biotransforma ons in Drug Synthesis: A Green and
Powerful Tool for Medicinal Chemistry. J Med Chem Drug Des 1(1)
A síntese orgânica é o processo de construção de moléculas orgânicas a partir de
precursores simples. As sínteses de compostos orgânicos são realizadas por muitas
razões, uma delas com o fim de descobrirem moléculas com caraterísticas estruturais que
aumente determinado efeito medicinal ou reduzam efeitos indesejáveis. Em outras
situações, as sínteses orgânicas podem ser necessárias para testar hipóteses sobre um

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mecanismo de reação ou sobre como um determinado organismo metaboliza um


composto (SOLOMONS; FRYHLE; SNYDER, 2014). A síntese química de fármacos
exige conhecimentos dos mecanismos que regem as reações químicas, dos métodos de
purificação, dos métodos de caracterização dos candidatos a fármacos e dos métodos de
avaliação de atividades biológicas.
Tanto em meios acadêmicos como industriais tem-se buscado atualmente
desenvolver metodologias que causem menos danos ao meio ambiente. A área da química
sintética têm se alinhado a esses princípios e vem trabalhando com a concepção de uma
química ambientalmente mais recomendável, mais sustentável, a chamada “Química
Verde” (tradução livre de “Green Chemistry”) (LENARDÃO et al., 2003). Os produtos
químicos de amanhã devem ser projetados para preservar a eficácia da função, reduzindo
ou eliminando o perigo (ZIMMERMAN et al., 2020).
A Química Verde é definida como o "desenvolvimento de produtos e processos
químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias perigosas"
(ANASTAS; WARNER, 1998). A definição de Química Verde e seu conceito foram
formulados pela primeira vez no início dos anos 90. Este conceito pode também ser
atribuído à tecnologia limpa, já é relativamente comum em aplicações industriais,
especialmente em países com indústria química bastante desenvolvida e que apresentam
controle rigoroso na emissão de poluentes e vem, gradativamente, sendo incorporado ao
meio acadêmico, no ensino e pesquisa (COLLINS, 1995; SINGH; SZAFRAN; PIKE,
1999; HAFEZ et al., 2013; BALAJI; DALAL, 2018; ZIMMERMAN et al., 2020).
O presente trabalho objetivou a modificação estrutural dos aminoácidos L-
fenilalanina e L-tirosina, através de reações de benzoilação, usando o clássico método de
Schotten-Baumann, seguindo alguns dos requisitos da “Química Verde”. As substâncias
N-(L-fenilalaninil)-benzamida (P1) e N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2) (Figura
1) foram assim preparadas, caracterizadas e avaliadas com relação à atividade
antioxidante qualitativa e toxicidade.

2 METODOLOGIA
2.1 MODIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS PELO MÉTODO SCHOTTEN-
BAUMANN
A estratégia de síntese deste trabalho baseou-se na clássica reação de Schotten-
Baumann, conduzida em meio aquoso básico e temperatura ambiente (SCHOTTEN,
1884; BAUMANN, 1886; MARVEL; LAIZER, 1941; SOARES; SOUZA; PIRES, 1988;

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BALAJI; DALAL, 2018). Nessa reação, cloretos de ácido aromático podem combinar
com fenóis e aminas aromáticas para a produção de ésteres e amidas aromáticas. Na figura
1 encontra-se o esquema geral das duas sínteses:

Figura 1 - Esquema geral das sínteses dos aminoácidos modificados N-(L-fenilalaninil)-benzamida (P1) e
N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2).

ESQUEMA GERAL DAS REAÇÕES:

COOH

H N CH
CH2 O COOH
H CH + HCl
L-fenilalanina
N CH2
H
NaOH 10%, t. a.
P1

N-(L-fenilalaninil)-benzamida

O
C
Cl COOH O
H
cloreto de benzoíla H CH
N CH2 O COOH O
H L-tirosina CH O + HCl
N CH2
NaOH 10%, t. a. H
P2

N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida

Fonte: Os autores.

Para a execução de cada uma das duas reações, foram adicionados inicialmente
0,012 mols de cada aminoácido (L-fenilalanina e L-tirosina) em solução aquosa de NaOH
(hidróxido de sódio) a 10% e as reações foram mantidas em agitação à temperatura
ambiente por 30 minutos. Em seguida, adicionou-se lentamente 0,06 mols de cloreto de
benzoíla e o sistema foi mantido sob agitação em temperatura ambiente por 6 horas. Foi
realizada a correção do pH da reação, adicionando-se lentamente HCl (ácido clorídrico)
concentrado. Os cristais formados foram filtrados em funil de Büchner, lavados com água
destilada e secos em estufa à cerca de 50ºC (SOARES; SOUZA; PIRES, 1988).

2.2 PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS SINTETIZADOS P1 E


P2
Os cristais brutos obtidos do produto P1 foram recristalizados em acetato de etila,
enquanto P2 foi recristalizado em água destilada (SOARES; SOUZA; PIRES, 1988;
VOGEL, 1981). Os valores de pontos de fusão foram obtidos manualmente, feitos em
duplicata, em tubo de ensaio de 30 cm de altura e 3,0 cm de diâmetro, preenchido com

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glicerina, acoplado a um termômetro (VOGEL, 1981). Para as análises de cromatografia


em camada delgada (CCD), foram utilizadas placas pré-fabricadas ALUGRAM®
(Macherey-Nagel) de sílica gel UV 254 de 5,0 cm x 10,0 cm como fase estacionária e
diclorometano metanol 10% como fase móvel, observando as manchas que caracterizam
as substâncias em câmara escura com lâmpada de ultravioleta-visível (COLLINS;
BRAGA; BONATO, 1997). Para a obtenção dos espectros de ultravioleta-visível (UV-
VÍS) foi utilizado aparelho Lambda 25 Spectrometer da marca Parkin Elmer, usando
como solvente diclorometano na concentração de 1x10-4 mol.L-1. Espectros de
infravermelho (IV) foram obtidos em espectrofotômetro modelo Spectum 100 FT-IR
Spectrometer (Perkin Elmer) com transformada de Fourier. As amostras foram analisadas
em resolução de 4 cm-1, na região entre 4000-600 cm-1 (MCMURRY, 2005; PAVIA et
al., 2015), usando os próprios cristais, sem solubilização em solvente.

2.2 TESTES DE SOLUBILIDADE DOS PRODUTOS P1 E P2


Os testes de solubilidade dos produtos P1 e P2 foram realizados frente a diversos
solventes disponíveis, com diferentes polaridades, à temperatura ambiente e à
temperatura de banho maria em torno de 70ºC. Os solventes utilizados foram: hexano,
diclorometano, clorofórmio, acetato de etila, acetona, etanol, metanol e água. A técnica à
temperatura ambiente consistiu em adicionar uma pequena quantidade das amostras em
5 mL de cada solvente em tubos de ensaio, agitou-se e observou se as amostras foram
solubilizadas ou não. Já na técnica à 70ºC repetiu-se o mesmo processo, porém, as
amostras nos tubos de ensaio foram levadas à banho maria em temperatura de 70ºC por 5
minutos (VOGEL, 1981).

2.3 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE QUALITATIVA DOS


PRODUTOS P1 E P2
O teste de atividade antioxidante qualitativo foi realizado com o radical
difenilpicrilhidrazil (DPPH), desenvolvido por Brand-Willams e colaboradores (1995,
apud: ROCKENBACH, 2008), utilizando cromatografia em camada delgada (CCD). Foi
usado rutina hidratada (P.A. - Sigma Aldrich) como padrão comparativo. Nas placas de
CCD foram colocadas rutina hidratada, o aminoácido de partida e o produto da síntese e
em seguida foram eluídas em diclorometano:metanol 10%. Após secagem, as placas
foram observadas em câmara de ultravioleta-visível e posteriormente sobre as placas
foram nebulizadas a solução 0,4 mmol.L-1 do radical DPPH em metanol, para observação

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do aparecimento de manchas amarelas sob o fundo de coloração púrpura, indicativo de


possível atividade antioxidante (SOUSA et al., 2007).

2.4 AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TÓXICO DOS PRODUTOS SINTETIZADOS P1


E P2 FRENTE ÀS LARVAS DE ARTEMIA SALINA LEACH
A avaliação da toxicidade frente às larvas de Artemia salina Leach foi realizada
tanto para os produtos das sínteses P1 e P2 como para os aminoácidos de partida L-
fenilalanina e L-tirosina. Seguiu-se os procedimentos de Meyer et al. (1982), com
algumas modificações, além de outras literaturas de apoio (SORGELOOS; VAN DER
WIELEN; PERSOONE, 1978; PARRA, 2001; POUR; SASIDHARAN, 2011;
BATALINI et al., 2020; MEDEIROS et al., 2020). Para a obtenção das larvas de A.
salina, foram mantidos cistos em uma solução aquosa de sal marinho 0,037 g.mL-1 (m/v),
com pH ajustado para 7,0 (pela adição de solução aquosa de NaOH 0,1 mol.L-1), sob
aeração e iluminação constante com uma lâmpada de 40 W (em torno de 37-40ºC), por
48 horas até sua eclosão. Em seguida, foi preparado uma solução de concentração 5,0
mg.mL-1, a partir da diluição de 50 mg de cada amostra analisada e etanol PA. Desta
solução padrão foram transferidos 25 μL, 50 μL, 100 μL, 300 μL, 500 μL, 700 μL, 1000
μL, 1300 μL, 1600 μL e 2000 μL para tubos de ensaio, que foram mantidos em estufa a
50ºC até evaporação total do solvente. O procedimento foi realizado em triplicata. Após
a evaporação total do solvente, foram adicionados a cada tubo 3 mL da solução salina, 10
larvas de A. salina e completado o volume do tubo de ensaio com a adição de solução
salina até 5 mL, obtendo-se as concentrações finais nos tubos de 25 μg.mL-1, 50 μg.mL-
1
, 100 μg.mL-1, 300 μg.mL-1, 500 μg.mL-1, 700 μg.mL-1, 1000 μg.mL-1, 1300 μg.mL-1,
1600 μg.mL-1 e 2000 μg.mL-1 respectivamente. O tubo controle foi preparado contendo
somente 5 mL de solução salina e 10 larvas de A. salina. Após 24 horas de exposição,
com auxílio de lupa e bastão de vidro, foi feito a contagem do número de larvas
sobreviventes, sendo consideradas mortas aquelas larvas que permaneceram imóveis por
mais de 10 segundos após agitação branda dos tubos. Foi então realizado o cálculo da
concentração letal média (CL50) dos produtos das sínteses e dos produtos de partida a
partir das concentrações estudadas utilizando o programa Statplus 2008 (LHULLIER;
HORTA; FALKENBERG, 2006).

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 MECANISMOS DE REAÇÃO DAS PREPARAÇÕES DOS AMINOÁCIDOS
MODIFICADOS P1 E P2
Nas figuras 2 e 3 estão representados os mecanismos de reação propostos para
elucidar as etapas previstas para as preparações dos produtos das sínteses P1 e P2. Em
um primeiro momento constata-se que os produtos de partida (L-fenilalanina e L-
tirosina) possuem o mesmo mecanismo de reação para o grupo amínico (NH2) (Figura
2). Porém, a L-tirosina possui um grupo a mais onde ocorre outro mecanismo de reação
(grupo fenólico - OH), apresentado na figura 3.
As etapas do mecanismo de reação são as mesmas tanto para a benzoilação do
grupo amínico quanto para o grupo fenólico. Na primeira etapa, o meio básico favorece
a desprotonação do fenol, gerando um ânion fenóxi. Seguindo mecanismo SN2
(substituição nucleofílica bimolecular), o ânion fenóxi é fortemente básico para atacar a
carbonila do cloreto de benzoíla, na segunda etapa, gerando um intermediário iônico com
carbono sp3 tetraédrico, cuja estabilidade é intermediária. A terceira e última etapa é o do
restabelecimento da carbonila, com retorno a um carbono de hibridização sp2
estabilizado, mediante a saída do grupo fortemente eletronegativo cloro, formando assim
o produto éster aromático e/ou uma amida aromática.

Figura 2 - Mecanismo de reação proposto para a benzoilação do grupo amínico (NH 2) presente nos
aminoácidos de partida L-fenilalanina e L-tirosina.

O
-
C
R N + OH t.a. R NH- Cl
+
H H (do NaOH 10%) (1a etapa) (ânion aminóxi) (2a etapa)
(amina; R=aromático)
(cloreto de benzoíla)

O-
O
C Cl C
N R N R
(3a etapa) H
H

(produto com a parte amina benzoilada)


(estado intermediário)

Fonte: Os autores.

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Figura 3 - Mecanismo de reação proposto para a benzoilação do grupo OH fenólico presente no aminoácido
de partida L-tirosina.

O
-
C
R O + OH t.a. R O- Cl
H
+
(do NaOH 10%) (1a etapa) (ânion fenóxi) (2a etapa)
(fenol; R=aromático)
(cloreto de benzoíla)

O-
O
C Cl C
O R O R
(3a etapa)

(produto com o OH fenólico benzoilado)


(estado intermediário)

Fonte: Os autores.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS SINTETIZADOS P1 E P2


Na tabela 1 encontram-se os rendimentos reacionais dos produtos P1 e P2 após
recristalização, bem como outros dados de caracterização.

Tabela 1 - Dados de caracterização e rendimentos das sínteses de P1 e P2.


Substâncias Pontos de fusão Fator de UV-VÍS. Rendimento
(ºC) Retenção (FR) ( máx.) (%)

L-fenilalanina 272 (lit.) 0,03 --- ---


273 (exp.)

L-tirosina 297 (lit.) 0,05 --- ---


285 (exp.)

N-(L-fenilalaninil)- N/E (lit.) 0,35 248 nm 22,4


benzamida (P1) 115 (exp.)

N-(L-benzoato de N/E (lit.) 0,76 246 nm 7,0


tirosinil)-benzamida (P2) 136 (exp.)

(lit.) = literatura; (exp.) = experimental; (N/E) = não encontrado; ( máx.) = comprimento de onda máximo;
(nm) = nanômetros.
Fonte: Os autores.

O ponto de fusão é um teste útil para caracterizar um material, pois a temperatura


em que uma substância funde é frequentemente tão característica que pode ser usada para
identificar um sólido (KOTZ et al., 2016). Como observado na tabela 1, os pontos de
fusão dos produtos P1 e P2 apresentaram valores completamente diferentes dos exibidos
pelos aminoácidos de partida, o que pode conferir segurança do sucesso das reações. A

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diferença nesses valores pode estar relacionada com a perda de hidrogênio na estrutura
tanto do P1 e do P2 durante as sínteses, fazendo com que o ponto de fusão reduza
demasiadamente, fato este esperado e que ocorreu.
Em relação aos fatores de retenção (FR), usando CCD, tanto os aminoácidos de
partida quanto os produtos da síntese apresentaram uma única mancha em eluente
diclorometano metanol 10%; observa-se que os valores de FR dos produtos é maior que
dos aminoácidos e esses resultados eram os esperados pois P1 e P2, tendo sido
modificados a partir da benzoilação dos aminoácidos de partida, apresentam menores
polaridades e portanto, tem mais afinidade com o eluente, dando valores maiores de FR.
Com relação aos rendimentos obtidos, podem ser classificados como baixos,
possivelmente devido a perdas no processo de obtenção dos cristais no final da síntese e
ainda perdas durante a recristalização.
De acordo com Pavia e colaboradores (2015), o espectro de ultravioleta-visível
(UV-VÍS) é mais útil quando se tem uma ideia geral da estrutura da molécula, sendo
importante combinar esses dados com infravermelho e RMN; na ausência de
infravermelho e RMN os dados de UV-VÍS devem ser levados apenas como dica. Ao
analisarmos os espectros observamos que P1 e P2 apresentam comprimento de onda
máximo bem característico e esses dados não foram encontrados na literatura.
Na tabela 2 são expostos os dados de infravermelho obtidos dos dois produtos
sintetizados P1 e P2 e os espectros de infravermelho são exibidos nas figuras 4 e 5.

Tabela 2 - Principais estiramentos no infravermelho das substâncias sintetizadas P1 e P2.


Produtos Estiramentos no infravermelho (cm -1)

N-(L-fenilalaninil)-benzamida O-H (3400-2400), C=O (1680-1630), C=C (1600 e 1475), C-N


(P1) (1350-1000)
N-(L-benzoato de tirosinil)- O-H (3400-2400), C=O (1680-1630), C=C (1600 e 1475), C-O
benzamida (P2) (1300-1000)
Fonte: Os autores.

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Figura 4 - Espectro de Infravermelho do produto N-(L-fenilalaninil)-benzamida (P1)

Fonte: os autores

Figura 5 - Espectro de Infravermelho do produto N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2).

Fonte: os autores.

Ao relacionarmos os espectros de infravermelho com as estruturas planejadas,


notamos que para o P1 apresentaram-se banda em O-H indicando ácido carboxílico,
banda em C=O indicando amida, banda em C=C relacionado a anel aromático, banda em
C-N indicando amina. Para o P2 apresentaram-se banda em O-H de ácido carboxílico,
banda em C=O indicando amida, banda em C=C indicando anel aromático e banda em C-
O, podendo ser indicativo de ésteres. Os dados de infravermelho obtidos, desta maneira,
se revelaram importantes na direção de assegurar a ocorrência de êxito nas preparações
de P1 e P2.

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3.3 TESTES DE SOLUBILIDADE DOS PRODUTOS P1 E P2


A bateria de testes foi realizada à temperatura ambiente e a quente, com
solventes de diferentes polaridades. Na tabela 3 encontram-se os resultados obtidos tanto
dos materiais de partida (os aminoácidos) como para os produtos sintetizados N-(L-
fenilalaninil)-benzamida (P1) e N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2). Os solventes
estão alocados em ordem crescente de polaridade (do hexano para água).

Tabela 3 - Resultados dos testes de solubilidade das substâncias sintetizadas N-(L-fenilalaninil)-benzamida


(P1) e N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2).
N-(L- N-(L-benzoato de
fenilalaninil)- tirosinil)-
Solventes L-fenilalanina L-tirosina benzamida (P1) benzamida (P2)
t.a. 70oC t.a. 70oC t.a. 70oC t.a. 70oC
Hexano
(-) (-) (-) (-) (-) (-) (+) (+)
Diclorometano
(-) () (-) () () () (+) (+)
Clorofórmio
(-) () (-) () (-) (-) (+) (+)
Acetato de etila
(-) () (-) () () (+) (+) (+)
Acetona
(-) () (-) () () (+) (+) (+)
Etanol
(-) (-) (-) (-) () () (+) (+)
Metanol
(-) () (-) () () (+) (+) (+)
Água
(-) (+) (-) () (-) (-) (-) (+)
Legenda: t.a. = temperatura ambiente; * A temperatura de 70oC foi a do banho maria em que cada tubo de
ensaio de análise era mantido; ( + ) = solúvel; ( - ) = insolúvel; (  ) = parcialmente solúvel.
Fonte: Os autores.

Apesar de ser um procedimento relativamente simples, econômico e rápido, o


teste de solubilidade realizado permitiu algumas observações importantes no sentido de
colaborar para a justificativa de êxito nas sínteses de P1 e P2. A primeira observação é a
de que o comportamento de solubilidade dos produtos P1 e P2 comparado aos
aminoácidos de partida é completamente diferente: enquanto os aminoácidos testados à
temperatura ambiente apresentaram total insolubilidade em todos os solventes, P1 e
especialmente P2 revelaram-se mais solúveis. À quente, o comportamento também
projeta-se no mesmo sentido. Análise das estruturas químicas das substâncias envolvidas
(Figura 6) permite um melhor entendimento da solubilidade encontrada.

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Figura 6 - Estruturas químicas dos aminoácidos utilizados como materiais de partida e os dois produtos
obtidos.

O COOH
COOH
CH
H N CH N CH2
CH2
H
H
L-fenilalanina N-(L-fenilalaninil)-benzamida (P1)

O COOH O
COOH O
H
CH O
H CH N
N CH2 CH2
H H

L-tirosina N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2)

Fonte: Os autores.

A solubilidade de uma substância orgânica está diretamente relacionada com a


estrutura molecular, especialmente com a polaridade das ligações e da espécie química
como um todo (momento de dipolo). Geralmente, os compostos apolares ou fracamente
polares são solúveis em solventes apolares ou de baixa polaridade, enquanto que
compostos de alta polaridade são solúveis em solventes também polares (MARTINS;
LOPES; ANDRADE, 2013). A baixa solubilidade dos aminoácidos frente aos solventes
empregados pode estar relacionado ao fato de que suas estruturas apresentam grupos
polares (OH, COOH e NH2), que conferem ligações de hidrogênio e o anel benzênico
como grupo apolar. Essa espécie de competição entre forças polares e forças apolares
evidenciado por conta das estruturas químicas de L-fenilalanina e L-tirosina podem gerar
comportamento de baixa solubilidade, seja qual for a polaridade do solvente. Por outro
lado, o processo de benzoilação efetuado nas reações para obtenção de N-(L-
fenilalaninil)-benzamida (P1) e N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2) acarretou
uma diminuição das interações de hidrogênio e muito possivelmente, os produtos P1 e P2
apresentam estruturas químicas cuja polaridade é intermediária, explicando o fato de
serem mais solúveis em solventes de média polaridade. Essa linha de raciocínio pode
explicar a notável solubilidade acentuada de P2 frente a P1, uma vez que P2 é oriundo de
dois sítios benzoilados da L-tirosina (NH2 e OH), devendo gerar assim uma estrutura
química que equilibre melhor as forças polares e apolares.

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3.4 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE QUALITATIVA


A avaliação da atividade antioxidante qualitativa foi realizada pela técnica de
DPPH, baseado na eliminação do radical livre estável 1,1-difenil-2-picrilhidrazil. Os
antioxidantes podem trazer benefícios para a qualidade de vida, uma vez que eles têm
capacidade de proteger um organismo de danos causados por radicais livres, prevenindo
ou adiando o início de várias doenças, tais como doenças cardiovasculares, crônicas e
neurodegenerativas (OLIVEIRA, 2015).
Os resultados indicaram tonalidades amarela para L-fenilalanina, L-tirosina e o
produto P1, indicando potencial atividade antioxidante. O produto benzoilado P2 não
apresentou atividade antioxidante. Para a L-fenilalanina e L-tirosina foram constatados
em literatura que as mesmas possuem atividade antioxidante, confirmando que nossos
produtos de partida eram autênticos. Assim, era esperado atividade antioxidante para os
dois produtos, porém o P2 não apresentou. Segundo Leite (2016), a atividade antioxidante
da L-tirosina está atribuída a presença de grupos fenólicos e à capacidade deste de
servirem como doadores de hidrogênio; na síntese de P2, entretanto, a função –OH da
tirosina é modificada por um grupo benzoil, o que faz com que o P2 perca sua atividade
antioxidante. Para confirmar estes resultados seria necessária uma avaliação de forma
quantitativa.

3.5 AVALIAÇÃO DE POTENCIAL TÓXICO FRENTE ÀS LARVAS DE ARTEMIA


SALINA LEACH
A tabela 4 revela os valores de concentração letal média (CL50) obtidos para os
dois produtos sintetizados e na figura 7 se encontram os gráficos de CL50 obtidos para P1
e P2:

Tabela 4 - Valores de CL50 encontrados nas análises de toxicidade das substâncias sintetizadas N-(L-
fenilalaninil)-benzamida (P1) e N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2).

Produto CL50 (μg.mL-1)

N-(L-fenilalaninil)-benzamida (P1) 1200,0

N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2) 1300,0

Fonte: Os autores.

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Figura 7 - Gráficos de CL50 obtidos para os produtos sintetizados; (A) N-(L-fenilalaninil)-benzamida (P1);
(B) N-(L-benzoato de tirosinil)-benzamida (P2).

(A) (B)

Fonte: os autores.

Observou-se uma porcentagem de mortes extremamente baixa de larvas de A.


salina, para os dois produtos, nas diferentes concentrações estudadas. O controle
(experimento contendo somente solução salina e larvas de artemias) e os dois
aminoácidos de partida das sínteses não apresentaram nenhuma morte de larva até a
máxima concentração investigada (2000 μg.mL-1). Os valores encontrados de CL50 foram
comparados com os preconizados na literatura (NGUTA et al., 2011). Nessa literatura,
valores de CL50 menores que 100 µg.mL-1 são classificados como muito tóxicos, CL50
entre 100 e 500 µg.mL-1 são considerados moderadamente tóxicos, CL50 entre 500 e 1000
µg.mL-1 apresentam fraca toxicidade e CL50 acima de 1000 µg.mL-1 são considerados
atóxicos. Como era esperado, os aminoácidos L-fenilalanina e L-tirosina se revelaram
absolutamente atóxicos frente às larvas de Artemia salina, uma vez que o valor de Cl50
apresentado foi da ordem de 25000 μg.mL-1. Os resultados encontrados de CL50 para os
produtos sintetizados N-(L-fenilalaninil)-benzamida (P1) (1200,0 μg.mL-1) e N-(L-
benzoato de tirosinil)-benzamida (P2) (1300,0 μg.mL-1) (Tabela 4), as credenciam como
substâncias atóxicas frente às larvas de Artemia salina, propiciando assim um uso seguro
dessas substâncias.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A modificação estrutural dos aminoácidos L-fenilalanina e L-tirosina seguindo a
estratégia clássica de Schotten-Baumann revelou-se simples, econômico e menos
agressivo ao meio ambiente, enquadrando-se em praticamente metade dos princípios da

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“Química Verde”, com destaque para: Princípio 1 - Prevenção, pois evita a produção de
resíduos; Princípio 3 - Síntese de produtos menos perigosos; Princípio 4 - Desenho de
produtos seguros; Princípio 5 - Solventes e auxiliares mais seguros; Princípio 6 - Busca
pela eficiência de energia e Princípio 8 - Evita a formação de derivados (LENARDÃO et
al., 2003). Os rendimentos das sínteses não foram satisfatórios, sendo necessária a
otimização no processamento sintético. Quanto à caracterização dos produtos, os mesmos
apresentaram características de acordo com as estruturas planejadas, demostrando que as
sínteses ocorreram com êxito. Apenas o produto P1 apresentou atividade antioxidante e
tanto P1 como P2 demonstraram atoxicidade nos testes frente às larvas de Artemia salina,
o que os condicionam como substâncias modificadas de uso seguro.

AGRADECIMENTOS
À UFMT - Campus Universitário do Araguaia e aos membros pesquisadores do
LAPQUÍM - Laboratório de Pesquisas em Química de Produtos Naturais, UFMT/CUA.

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