Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
63
Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
• Conhecer as terminologias mais utilizadas na gastronomia.
• Estudar as etapas do pré-preparo de vegetais e de produtos de origem animal.
• Conhecer técnicas de dessalgue, de reidratação de alimentos e de pré-preparo de aromáticos.
Tópicos de estudo
• Termos e Técnicas de Cozinha.
• Definição de termos utilizados na gastronomia.
• Método de cocção por condução.
• Método de cocção por convecção.
• Pré-preparo de vegetais.
• Tipos de vegetais.
• Cortes clássicos de vegetais.
• Técnicas de pré-preparo de vegetais.
• Pré-preparo de carnes, aves e pescados.
• Pré-preparo de carne.
• Pré-preparo de peixes e frutos do mar.
• Pré-preparo de carnes suínas.
• Pré-preparo de aves.
• Outros pré-preparos.
• Pré-preparo de aromático.
• Dessalgue.
• Reidratação.
• Empanamento.
Contextualizando o cenário
O ato de preparar refeições envolve diferentes técnicas que são aplicadas em grupos específicos de alimentos.
Muitas dessas técnicas se originam dos conceitos da Gastronomia Clássica francesa e acompanham profissionais
do mundo inteiro.
Desse modo, a escolha dos ingredientes, as técnicas de cortes e os métodos de cocção realçam o sabor de cada
alimento, padronizam os pratos e, assim, transformam o ato de comer em uma experiência sensorial.
Pensando nisso, como podemos fazer uso das técnicas culinárias e quais são os benefícios de seu emprego
no dia-a-dia de uma cozinha?
Nos próximos tópicos, portanto, iremos conhecer algumas das técnicas que compõem as habilidades básicas da
64
Nos próximos tópicos, portanto, iremos conhecer algumas das técnicas que compõem as habilidades básicas da
Gastronomia Clássica, assim como a definição dos termos mais utilizados na cozinha. Acompanhe!
65
66
67
68
Principais termos técnicos utilizados pela Gastronomia
Fonte: Adaptado de GOMENSORO, 1999.
Esses termos são clássicos e básicos, originários, em sua maioria, do berço da gastronomia, a França, sendo
utilizados em cozinhas de todo o mundo.
O livro “The professional chef” (2011) apresenta técnicas e termos da Gastronomia para
aqueles que querem se aventurar na cozinha. Ilustrado com o passo a passo de cada técnica e
forma de preparo, é uma obra de grande relevância no cenário da gastronomia mundial
(AMERICA, 2011).
Conhecidos alguns termos gastronômicos e a importância destes para padronizar a linguagem e facilitar a
comunicação, a seguir estudaremos as técnicas de cocção.
69
Fonte: © Dragon Images / / Shuttterstock.
O método de cocção por condução consiste em propagar o calor do exterior para o interior através do contato
direto com uma superfície sólida. Exemplo: o fogo aquece uma panela e o seu metal aquece o alimento (SEBESS,
2008).
Existem diferentes tipos de condutores de calor, sendo cada um empregado de acordo com o alimento e com o
que se espera de cada preparação. Segundo Sebess (2008), a água conduz mais calor que o ar, enquanto os
metais, como o cobre e o alumínio, conduzem calor de forma mais rápida.
O quadro a seguir evidencia os principais métodos de cocção por condução, assim como sua aplicação. Observe:
70
Cocção por condução
Fonte: Adaptado de BARRETO, 2010.
A escolha do método de cocção por condução deve ser feita a partir da escolha do ingrediente, do tipo de corte e
porcionamento no qual ele se encontra e do que se espera da preparação em questão. Considerando esses
aspectos, o emprego adequado do método proporciona um alimento cozido por igual e sem que haja perda de
cor e sabor.
Há também outros métodos de cocção, diferentes dos mencionados anteriormente, eles são conhecidos como
cocção por convecção, como veremos a seguir.
71
Fonte: © Valeria Aksakova / / Shuttterstock.
No método por convecção natural, há uma movimentação contínua de ar que circula pelo alimento, o
aquecendo por inteiro. Exemplo: água em ebulição cozinhando um legume ou ar quente assando um bolo. Já o
método por convecção artificial utiliza recursos artificiais para acelerar a movimentação das moléculas. Um
exemplo prático são os fornos com circulação de ar (SEBESS, 2008).
O quadro a seguir ilustra os principais métodos de cocção por convecção, assim como suas definições.
Tanto no método de cocção por condução, como no método por convecção, qualquer tipo de alimento pode ser
preparado, de vegetais a carnes. Dito isso, a seguir, iremos conhecer um pouco mais sobre o preparo de vegetais.
72
3.2 Pré-preparo de vegetais
Os vegetais, além de serem excelentes fontes de nutrientes, dão aos pratos mais vida através de suas cores
vibrantes. Ademais, eles são ricos em aromas e texturas, conferindo mais sabor e beleza aos pratos.
Nos próximos tópicos, portanto, iremos conhecer as principais técnicas de preparo de vegetais, respeitando o
que a natureza oferece e escolhendo os mais adequados para cada preparo. Acompanhe!
Para saber como preparar os diferentes tipos de vegetais, então, é preciso conhecer suas classificações, pois
existem técnicas específicas que respeitam as características de cada um, tornando, assim, o consumo mais
prazerosos.
De acordo com Barreto (2010), os vegetais se dividem da seguinte forma. Clique na interação para conhecê-las.
Hortaliças Alface, agrião, acelga, couve, espinafre, radicchio, rúcula, entre outros.
Legumes de
Abóbora, abobrinha, berinjela, chuchu, pimentão, tomate, etc.
fruto
Legumes de raiz Beterraba, cenoura, nabo, rabanete
Legumes de
Aipim, batatas, cará, inhame.
tubérculos
Legumes de talo Aipo, aspargo, broto de bambu, erva doce, palmito, etc.
Legumes de flor Alcachofra, brócolis, couve-flor.
Legumes de
Alho, alho porró, cebola, cebolinha.
bulbo
Leguminosas Ervilha, favas, feijões, grão de bico, lentilha, soja, vagem.
Frutas In natura, secas ou cristalizadas.
Oleaginosas Castanhas, amendoim, amêndoa, nozes, etc.
Cereais Arroz, aveia, centeio, cevada, milho, trigo.
Os vegetais, em suas mais diversas variações, são amplamente utilizados na Gastronomia e fazem toda a
diferença no prato, tanto no visual como no sabor. E, para extrairmos o melhor de cada um deles, é preciso seguir
determinadas técnicas. Desse modo, a seguir, iremos conhecer os cortes clássicos de vegetais.
73
3.2.2 Cortes clássicos de vegetais
A Gastronomia possui uma área voltada especialmente para o pré-preparo de vegetais, com técnicas de cortes
que os padronizam.
A tabela a seguir evidencia os principais cortes utilizados em vegetais, assim como a característica e a aplicação
de cada um. Observe:
Corte de vegetais
Fonte: Adaptado de WRIGHT e TREUILLE, 2005.
Todas as medidas dos cortes são aproximadas. O ideal é manter o padrão para a cocção acontecer por igual e
deixar o prato mais elegante.
74
Fonte: © Robyn Mackenzie / / Shuttterstock.
Além de técnicas de corte, os vegetais também exigem algumas técnicas de pré-preparo, que visam facilitar a
produção e potencializar as características de cada um. Desse modo, conheceremos mais sobre essas técnicas a
seguir.
ASSISTA
O filme “Ratatouille” (2007) conta a história de um rato que sonha em ser cozinheiro de um
grande restaurante da França. É uma obra repleta de ação, técnicas de gastronomia e amor
pela cozinha (RATATOUILLE, 2007).
O pré-preparo de vegetais, que envolve os passos que antecedem e facilitam o preparo, exige cuidados tanto na
compra como na higienização. Na hora da compra dos vegetais, é preciso estar atento, principalmente, ao
exterior do alimento, pois essa característica fornece uma boa avaliação de sua condição. Assim, é preciso
verificar se as cascas estão íntegras, sem pontos de fungos ou amassadas. Já na higienização, antes de cortar, é
essencial lavar as cascas em água corrente com escova apropriada e colocar os vegetais em solução de 1 litro de
água com 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio. Deixar 15 minutos e enxaguar bem.
O quadro a seguir demonstra as principais características e técnicas de pré-preparo dos diferentes grupos de
vegetais. Observe:
75
Preparo de vegetais
Fonte: Adaptado de SEBESS, 2008.
Outra técnica muito utilizada é o preparo do tomate concassé, que corresponde ao método de retirar a pele do
tomate. Nesse método, é preciso fazer um corte superficial na base do tomate e mergulhá-lo rapidamente
(aproximadamente 10 segundos) em água fervente, dando, em seguida, um choque térmico em água gelada ou
recipiente com gelo. Feito isso, é só puxar a pele que ela sai facilmente.
Esse método utilizado no tomate concassé, e também em outros vegetais verdes escuros, é chamado de
branqueamento, e corresponde à técnica de dar choque térmico no alimento para que sua cocção interna pare.
Assim como o preparo correto de vegetais, também é preciso conhecer as técnicas de preparo de carnes em
76
Assim como o preparo correto de vegetais, também é preciso conhecer as técnicas de preparo de carnes em
geral, como veremos a seguir.
Observe o quadro a seguir que indica o preparo adequado de cada tipo de carne:
77
Preparado de carnes bovinas
Fonte: Adaptado de BARRETO, 2010.
Para a preparação dessas diferentes peças, há alguns cortes clássicos. Clique nos ícones e confira.
•
Tournedos
Bife mais grosso de 3 cm de altura.
•
Escalope
Bife mais fino de 1 cm de altura.
•
Medalhão
Bife com 2 cm de altura.
78
•
Chateaubriand
Bife com 4 cm de altura.
Ao realizar cada corte, no entanto, é preciso levar em consideração o direcionamento das fibras, sendo que o
ideal é cortar contra os veios (WRIGHT; TREUILLE, 2005).
No preparo de carnes, o ideal é salgá-las somente no momento da cocção para que as peças não percam líquido e
ressequem. Porém, as peças inteiras representam uma exceção, pois precisam de mais tempo para absorver os
temperos.
Conhecidos os requisitos para o pré-preparo de carnes, a seguir estudaremos o de pré-preparo de peixes e frutos
do mar.
79
Aspectos para escolha de peixes
Fonte: Adaptado de BARRETO, 2010
Ao comprar um peixe inteiro, devemos retirar suas escamas com o auxílio de uma faca e contra o seu
direcionamento, como ilustrado na figura a seguir:
Ao abrir o peixe, deve-se retirar as vísceras e a espinha dorsal e, depois, retirar suas espinhas pela barriga. Com o
auxílio de uma pinça, deve-se puxar todas as espinhas que é possível visualizar e sentir com o toque dos dedos.
Esse processo deve ser feito também com peixes comprados em postas ou com filés para evitar riscos de
consumo.
Já o manejo de frutos do mar, que são os moluscos (marisco, ostra, lula, polvo) e crustáceos (camarão, lagosta,
lagostim, caranguejo, siri), têm particularidades e exigem cuidados na escolha.
80
Fonte: © nirapai boonpheng / / Shuttterstock.
Um bom molusco ou crustáceo deve ter aroma neutro e agradável, e, se possível, não conter sulfito, pois sua
utilização em quantidades inadequadas pode causar sérias reações alérgicas (BARRETO, 2010).
ESCLARECIMENTO
O sulfito é um aditivo alimentar utilizado pela indústria para conservar e evitar o
deterioramento de alimentos, principalmente de peixes e de frutos do mar. (KATHLEEN;
RAYMOND, 2018).
81
Retirada do intestino do camarão com uma pinça
Fonte: © weera sreesam / / Shuttterstock.
Conhecidas as técnicas adequadas para obter excelentes resultados nos pratos feitos à base de peixes e de frutos
do mar, a seguir iremos estudar o pré-preparo de carnes suínas.
CURIOSIDADE
A carne suína, por muito tempo, foi vista com maus olhos por transmitir alguns tipos de
doenças. No entanto, atualmente, é considerada uma carne segura para consumo pois passa
por rigoroso processo de fiscalização de criação, higiene e segurança (RESENDE, 2015).
As principais carnes suínas são: lombo, pernil, paleta, carré e costeletas. Além disso, seus subprodutos também
são muito utilizados, como toucinho, presunto, embutidos e defumados (SEBESS, 2008).
82
Fonte: © shubin42 / / Shuttterstock.
A carne suína tende a ressecar com o calor. Para que isso não ocorra e para que ela se mantenha macia, então, é
preciso deixar a carne em marinadas com ervas, sal, pimenta e algum acidulante (limão, laranja, vinho, cachaça,
vinagre, entre outros) (BARRETO, 2010).
Para preparar a costela de porco, o pernil e o lombo, o ideal é deixá-los marinando por 24 horas e, em caso de
peças inteiras, pode-se assar em forno, em panela de pressão ou em churrasqueira. Já a costela cortada, em
porções ou bifes de lombo, por exemplo, pode ser grelhada em chapa ou em grelha.
Conhecidos os passos que farão diferença no resultado final da carne suína, a seguir estudaremos o pré-preparo
de aves.
83
Fonte: © Robyn Mackenzie / / Shuttterstock.
Outro importante preparo de aves é o frango à passarinho. Primeiramente, para desossar a ave, é preciso colocá-
la inteira com o peito virado para cima, puxar suas pernas para se desconectarem e realizar um corte pelas
juntas. Depois, é preciso separar as coxas das sobrecoxas. Já para cortar os peitos, deve-se segurar uma asa e
cortar a carcaça ao meio utilizando uma tesoura, separando, assim, a carne dos ossos. Para cortar as asas, então,
basta fazer um corte nas juntas (SEBESS, 2008).
Para cada tipo de ave, existe uma técnica específica, como ilustra o quadro a seguir. Observe:
84
Técnica específica para cada tipo de ave
Fonte: Adaptado de BARRETO, 2010.
Conhecidas as diferentes técnicas de pré-preparo - de vegetais a aves -, a seguir conheceremos outros pré-
preparos que compõem a rotina de trabalho em uma cozinha e que são indispensáveis ao cozinheiro.
85
Utilize as especiarias inteiras e, se necessário, moa ou rale na hora do preparo. Dessa forma, os
aromas permanecem por mais tempo (DUCASSE, 2005).
Já as ervas são utilizadas, na maioria das vezes, frescas e possuem aroma marcante. O ideal é que elas sejam
acrescentadas ao final da preparação para que os aromas não se percam. As ervas mais utilizadas são: salsa,
cebolinha verde, manjericão, orégano, tomilho, sálvia, alecrim, coentro, hortelã e louro. É importante ressaltar
que as ervas também podem ser desidratadas, o que aumenta seu tempo de prateleira, mas diminui sua
capacidade de aromatizar (VIANNA, 2018).
Nas técnicas de gastronomia, podemos encontrar agentes aromáticos que são bases de diversas preparações. São
eles:
Os agentes aromáticos também podem entrar no preparo de marinadas, que servem para acrescentar sabor às
carnes mais rígidas. As marinadas, compostas por ervas, especiarias e algum acidulante (vinagre, limão, vinho),
ficam agindo por algumas horas, fazendo com que o alimento a ser temperado absorva melhor os aromas e
sabores (BARRETO, 2010).
86
Bouquet garni, amarrado de ervas utilizado para aromatizar líquidos.
Fonte: © bonchan / / Shuttterstock.
3.4.2 Dessalgue
Uma técnica muito importante para o preparo, transporte e conservação de alimentos é o dessalgue.
Antigamente, quando não existia refrigeração, o modo mais eficaz para a conservação de alimentos,
especialmente carnes, era salgá-los. Assim, peças eram submetidas ao sal para retirar toda sua umidade,
evitando, então, a proliferação de microrganismos patógenos (FRANCO, 2010).
Porém, carnes salgadas não são recomendáveis, pois o excesso de sal é prejudicial ao organismo. Para eliminar o
sal excedente, então, existe a técnica do dessalgue, que elimina o excesso de sal das carnes, tornando-as
adequadas para consumo.
Segundo Lobo (2016), o método tradicional de dessalgue consiste em lavar o alimento a ser dessalgado (carne
seca, carne de sol, charque, bacalhau) em água corrente. Posteriormente, deve-se dispor a peça em um recipiente
e cobrir com água (para cada 500 g do alimento, 5 xícaras de água) e deixar em geladeira por 24 horas.
Outra técnica de dessalgue consiste em colocar o alimento em uma panela e cobrir com água fria, acrescentando
2 colheres de sal para cada 500g. Assim que se formar bolhas na panela e subir uma espuma branca, deve-se,
então, desligar o fogo. Se necessário, repetir o processo. (LOBO, 2016).
87
ESCLARECIMENTO
Colocar sal na água para dessalgar a carne faz parte de um processo chamado osmose, em que
a peça transfere, através do calor, a maior parte de seu sal para seu interior (LOBO, 2016).
3.4.3 Reidratação
Outro importante processo no preparo de alimentos é a reidratação. Alguns alimentos são secados para serem
transportados ou, até mesmo, para durarem mais tempo em prateleiras de supermercado. Para consumi-los
novamente, então, eles devem ser reidratados.
A reidratação corresponde ao processo em que parte da água de um alimento que passou por secagem é
recuperada. Também é o processo que amolece fibras de cereais e leguminosas para facilitar seu cozimento
(SEBESS, 2008).
O processo de reidratação de leguminosas é feito colocando-as de molho em água por, no mínimo, 12 horas. Ao
88
O processo de reidratação de leguminosas é feito colocando-as de molho em água por, no mínimo, 12 horas. Ao
reidratar leguminosas, a água do remolho não deve ser utilizada, mas descartada, pois essa água acaba
apresentando ácido fítico, impedindo a absorção de nutrientes. (LOBO, 2016)
CURIOSIDADE
O ácido fítico é considerado um agente antinutricional por bloquear a absorção do ferro no
organismo (SHAHIDI, 2013).
3.4.4 Empanamento
O empanamento é uma importante forma de apresentar alimentos e que, facilmente, agrada os mais variados
paladares.
Empanar é a técnica que consiste em recobrir alimentos em misturas, visando proteger o sabor e a textura, além
de conferir crocância a esses alimentos. Depois de recobertos, eles podem ser fritos por imersão em óleo ou
assados em forno (BARRETO, 2010).
Sendo um dos métodos de cocção mais populares, tem diferentes formas de preparo, como aponta Barreto
(2010) no quadro a seguir. Observe:
89
Diferentes formas de preparo
Fonte: Adaptado de BARRETO, 2010.
Um bom empanado requer ingredientes de qualidade, técnica adequada e gordura quente para que a crocância e
o tom dourado sejam o destaque do prato.
As técnicas clássicas de Gastronomia que aprendemos até aqui visam o melhor desempenho das equipes de
cozinhas ao redor do mundo, resultando em preparações altamente bem desenvolvidas e, consequentemente,
mais saborosas.
Proposta de atividade
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um fichamento, destacando os
principais conceitos abordados ao longo do capítulo. Ao produzir seu fichamento, considere as leituras básicas e
complementares realizadas.
Recapitulando
Neste capítulo, conhecemos as principais técnicas de preparo de alimentos utilizadas em cozinhas de todo o
mundo e que fazem toda a diferença no produto final.
Assim, passamos pelos principais termos técnicos utilizados em uma cozinha e conhecemos, também, os
diferentes métodos de cocção. Vimos que o método por condução, por exemplo, consiste em transmitir o calor
para o alimento através do contato direto com uma superfície aquecida, enquanto o método por convecção
consiste em cozinhar o alimento através do calor originário de meio líquido ou gasoso.
Além disso, estudamos as preparações de diferentes categorias de alimentos. Vimos que os vegetais, por
exemplo, possuem técnicas específicas, como cortes clássicos (brunoise, julienne, chiffonnade , entre outros) e
métodos de cocção recomendados para cada tipo.
Conhecemos, também, o preparo e o corte de carnes, de bovinas a frutos e peixes do mar, compreendendo suas
técnicas especificas, assim como os cuidados que devem ser tomados tanto na preparação como na compra
desses insumos.
Por fim, aprendemos a importância dos agentes aromáticos para evidenciar sabores, assim como as
especificidades das técnicas de dessalgue, reidratação e empanamento.
Neste capítulo, portanto, foi possível perceber que uso correto das diversas técnicas para diferentes ingredientes
é essencial em uma cozinha, uma vez que faz toda a diferença no prato final.
90
é essencial em uma cozinha, uma vez que faz toda a diferença no prato final.
Referências
CIA (The Culinary Institute Of America). The professional chef. 9 ed. Wiley, 2011.
BARRETO, R, L. P. Passaporte para o sabor: Tecnologias para a elaboração de cardápios. 8 ed. São Paulo: Senac,
2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. 2 ed. Brasília - DF, 2014. Disponível
em:<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf>.
Acesso em: 14 de março de 2019
DUCASSE, A. Ducasse de A a Z: Um dicionário amoroso da cozinha francesa. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.
GOMENSORO, M. L. Pequeno dicionário de gastronomia. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999.
KATHLEEN, M. L.; RAYMOND, J. L. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
LOBO, R. Cozinha Prática. São Paulo: Senac, 2016.
RATATOUILLE. Direção de Brad Bird. EUA: Pixar, 2007. 1h50, son., color.
RESENDE, C. M. C.; CAMPOS, R. M. L. Benefícios da carne suína na saúde do consumidor. Nutri Time, Petrolina, v.
12, n. 6, p.4457-4463, nov. 2015. Disponível em:<https://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos
/349_-_4457-4463_-_NRE_12-6_nov-dez_2015.pdf>. Acesso em: 14 de março de 2019
SEBESS, M. Técnicas de Cozinha Profissional. 2. ed. Rio de Janeiro: SENAC 2008.
SHAHIDI, M. E. F. Bioquímica de alimentos. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2013.
VIANNA, F. S.V. et al. Manual Prático de Cozinha - SENAC. São Paulo: Senac, 2018.
WRIGHT, J.; TREUILLE, E. Le cordon bleu: Todas as técnicas culinárias. São Paulo: Marco Zero, 2005.
91