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SANTO
CAMPUS CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
Cachoeiro de Itapemirim
2023
DOUGLAS GOESSE CARDOSO
GHABRIEL BARBIERI MOLINAROLLI
Cachoeiro de Itapemirim
2023
(Biblioteca do Campus Cachoeiro de Itapemirim)
CDD: 536.2
Bibliotecário/a: Jacqueline Machado Silva CRB-ES nº 640
DOUGLAS GOESSE CARDOSO
GHABRIEL BARBIERI MOLINAROLLI
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________
Prof. Dr. Erick Bernabé Zanelato
Presidente da Banca - Orientador
Instituto Federal do Espírito Santo
____________________________
____________________________
Prof. Dr. Carlos Eduardo Gomes
Ribeiro
Membro da Banca
Instituto Federal do Espírito Santo
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS
Emitido em 04/07/2023
Visualize o documento original em https://sipac.ifes.edu.br/documentos/ informando seu número: 2, ano: 2023, tipo:
FOLHA DE APROVAÇÃO-TCC, data de emissão: 04/07/2023 e o código de verificação: 241cf89413
RESUMO
Nota-se que com o passar dos anos e com o avanço tecnológico, a informática
vem tendo um papel cada vez mais relevante na sociedade. Sabendo que
progressivamente os estudantes sabem lidar com essas novas tecnologias, inseri-las
em aulas torna-se cada vez mais natural e necessário. Aliado ao ensino com
metodologias ativas de aprendizagem e protagonismo estudantil, aulas práticas
permitem a solidificação dos conhecimentos transmitidos pelo professor. Por meio da
necessidade de ampliação dos aparatos didáticos relacionados com a disciplina de
Transferência de Calor e usando a robótica educacional como ferramenta, esse
trabalho visa apresentar as etapas de projeto, a construção de módulos de estudos
da supra disciplina e a apresentação de resultados de medição satisfatórios quando
comparados a dados empíricos. A robótica educacional se mostra um aparato útil, de
simples utilização e cada vez mais presente no cotidiano quando buscamos explorar
e compreender com mais clareza conteúdos que apresentam um teor de dificuldade
elevado e que não apresentam tantos meios práticos para facilitar o seu entendimento.
Além da atuação direta do discente nas etapas do projeto, surgiu a ideia de um projeto
mais viável financeiramente através de kits didáticos, que foram construídos com os
conhecimentos tecnocientíficos multidisciplinares como informática, seleção dos
materiais, processos de fabricação, entre outros adquiridos ao longo do curso de
graduação e que serviram para exemplificar situações do cotidiano que são estudadas
em sala de aula, mais especificamente nas matérias de transferência de calor. Assim,
foi possível projetar e construir quatro equipamentos capazes de estudar diferentes
conteúdos de condução do calor, incluindo comparativos entre análises gráficas tanto
analíticas como experimentais e computacionais. Portanto, pôde-se, com esse
projeto, construir kits eficientes e que estudam diversos conteúdos, uma vez
conhecida a versatilidade de aplicação desta metodologia por meio de exemplos
diretos que abordam conceitos estudados ao longo da graduação.
Palavras-chave: Transferência de calor, robótica educacional, kits didáticos.
ABSTRACT
It is noted that over the years and with technological advancements, computer
science has been playing an increasingly relevant role in society. Knowing that
students are progressively adept at handling these new technologies, incorporating
them into classes becomes more natural and necessary. Coupled with teaching using
active learning methodologies and student empowerment, practical lessons allow for
the solidification of knowledge transmitted by the teacher. Through the need to expand
didactic tools related to the Heat Transfer discipline and using educational robotics as
a tool, this work aims to present the project stages, construction of study modules for
the supra-discipline, and presentation of satisfactory measurement results when
compared to empirical data. Educational robotics proves to be a useful apparatus, easy
to use, and increasingly present in everyday life when we seek to explore and
understand content that presents a high level of difficulty and lacks practical means to
facilitate understanding. In addition to the direct involvement of students in the project
stages, the idea of a financially viable project emerged through didactic kits, which
were constructed using multidisciplinary techno-scientific knowledge such as computer
science, material selection, manufacturing processes acquired throughout the
undergraduate course, and served to exemplify everyday situations that are studied in
the classroom, specifically in the heat transfer subjects. Thus, it was possible to design
and build four devices capable of studying different heat conduction contents, including
comparisons between both analytical and experimental graphical analyses. Therefore,
with this project, efficient kits were built that study various contents, once the versatility
of applying this methodology is known through direct examples that address concepts
studied throughout the undergraduate program.
Key-words: Heat transfer, educational robotics, didactic kits.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Valores de temperatura das caixas em função do tempo ....................... 23
Quadro 2 - Valores calculados de temperatura nos pontos de medição dos sensores
.................................................................................................................................. 27
Quadro 3 - Valores observados de temperatura nos pontos de medição dos sensores
.................................................................................................................................. 28
Quadro 4 - Valores observados de temperatura nos pontos de medição ................. 30
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Variação de temperatura ao longo do tempo do kit de radiação ............ 23
Gráfico 2 - Distribuição teórica de temperaturas ao longo dos cilindros ................... 27
Gráfico 3 - Distribuição observada de temperatura ao longo dos cilindros. ............. 28
Gráfico 4 - Distribuição de temperatura ao longo da parede composta ................... 30
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Placa Arduino Uno ..................................................................................... 8
Figura 2 - Exemplo de utilização do Arduíno IDE para programar um código ............ 8
Figura 3 - Esquematização do processo condução em uma parede simples ............. 9
Figura 4 - Esquematização do processo de convecção em uma panela .................. 10
Figura 5 - Troca por radiação em uma superfície ..................................................... 11
Figura 6 - Materiais existentes no Campus .............................................................. 13
Figura 7 - Suporte de arduíno desenhado pelos autores no software Inventor ........ 14
Figura 8 - Componentes de um kit didático montado pelos autores no software
Inventor ..................................................................................................................... 15
Figura 9 - Detalhamento placa Arduino Uno............................................................. 16
Figura 10 - Placa protoboard de 400 pinos .............................................................. 17
Figura 11 - Sensor DS18B20.................................................................................... 18
Figura 12 - Sensor DS18B20 cabeado ..................................................................... 18
Figura 13 - Principio de funcionamento dos módulos termoelétricos peltier ............. 19
Figura 14 - Kit para estudo de radiação montado na prática. ................................... 20
Figura 15 - Kit ilustrado de superfícies estendidas ................................................... 20
Figura 16 - Kit de superfícies estendidas montado na prática (aleta maior) ............. 21
Figura 17 - Kit de superfícies estendidas montado na prática (aleta menor) ............ 21
Figura 18 - Representação parede composta em série ............................................ 22
Figura 19 - Kit sobre parede composta em série montado na prática ...................... 22
Figura 20 - Dependência espectral da absortividade e da refletividade ................... 24
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2.2.2 Convecção....................................................................................... 9
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 12
3.2.3 Sensores........................................................................................ 17
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 19
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 32
1 INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento tecnológico, nota-se que com o passar dos anos, a
informática vem tendo papel cada vez mais relevante na sociedade. Podemos
observar que o maquinário de estabelecimentos comerciais, como supermercados,
shoppings, hospitais e entre outros lugares, vem sendo cada vez mais modernizado.
Num contexto onde dentro de escolas cada vez mais alunos têm acesso a
dispositivos móveis como celulares e tablets para trocar informações, entende-se que
o uso da tecnologia como instrumento de aprendizagem vem se tornando cada vez
mais necessário e importante. De acordo com Borba e Penteado (2007), “os
estudantes sabem lidar diariamente com tecnologias deste século e, por isso, os
professores devem inseri-las em aulas. Isso fará com que o docente se aproxime tanto
da linguagem, quando do cotidiano dos estudantes”.
Para Cabral (2010), a robótica educacional é um recurso tecnológico que
permite aos alunos explorarem e compreenderem com mais clareza assuntos que são
abordados de forma teórica em sala de aula quando comparados ao ensino
tradicional.
A escolha do tema, levando em consideração estes pressupostos, surgiu a
partir da experiência do orientador do trabalho como professor, no que diz respeito à
dificuldade e falta de compreensão dos alunos em relacionar a vida cotidiana com os
conteúdos abordados.
1.1 JUSTIFICATIVA
Esse projeto possibilitou a apresentação na prática de conceitos que
apresentam maior dificuldade de assimilação apresentados nas disciplinas de
transferências de calor, área de estudo dentro do curso que apresenta índices
elevados de reprovação dada sua dificuldade. De acordo com dados disponibilizados
pela Coordenadoria de Registros Acadêmicos (CRA) do IFES - campus Cachoeiro,
enquanto as matérias voltadas para a mecânica dura apresentam um índice de
aprovação de cerca de 71%, disciplinas de termofluidociências exibem um decaimento
nesse percentual para 46% aproximadamente. Esses foram dados obtidos através de
uma média feita para quatro períodos nos anos de 2018 e 2019. Essas datas foram
consideradas por conta da mudança de metodologia de ensino que precisou ser
adotada no período pandêmico.
6
1.2 OBJETIVOS
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Aqui serão elencados alguns conceitos básicos dos temas tratados nesse
trabalho, como Arduino, a linguagem de programação usada nele, métodos de
transferência de calor, propriedades térmicas.
2.1 ARDUINO
De acordo com Souza et al (2011), “o arduíno é uma plataforma de hardware
open source, de fácil utilização, ideal para criação de dispositivos que permitem
interação com o ambiente, criando possibilidades ilimitadas”. Para mais detalhes
sobre aplicações mais detalhadas sobre o arduíno, uma fonte poderosa de
informações é o livro “Arduino Descomplicado - Como elaborar projetos de eletrônica”,
dos autores Oliveira et al (2015).
2.2.1 Condução
De acordo com Incropera e Dewitt (2014, p. 37) “a condução pode ser vista
como a transferência de energia das partículas mais energéticas para as menos
energéticas de uma substância devido às interações entre partículas”.
Por exemplo, em uma parede de tijolos, estes são compostos por átomos que
estão em constante movimento aleatório devido a sua energia térmica. Há uma colisão
constante entre estas partículas. Supondo dois pontos desta parede, A e B, onde A
está mais aquecido que B, podemos definir que a energia cinética de A é maior.
Quando há uma colisão, parte desta energia cinética é transferida, o que ocorre
múltiplas vezes entre as partículas. Consequentemente, as partículas na região B
ganham energia cinética e sua temperatura aumenta, enquanto em A as moléculas
perdem energia e sua temperatura diminui. Isso ocorre até que as temperaturas da
região A e B alcancem o equilíbrio térmico.
2.2.2 Convecção
Dois mecanismos abrangem a transferência de calor por convecção. Através
do movimento global, ou macroscópico, do fluido e devido ao movimento molecular
aleatório (difusão). De acordo com Incropera e Dewitt (2014, p. 41) esse movimento
está associado ao fato de que um grande número de moléculas, em dado momento,
estar se movendo coletivamente. Na presença de um gradiente de temperatura, este
movimento contribui para a transferência de calor. Os referidos autores
10
2.2.3 Radiação
Incropera e Dewitt (2014, p. 45) explicam a radiação como sendo a energia
emitida pela matéria que se encontra em uma temperatura diferente de zero. Os
autores complementam, dizendo “independente da forma da matéria, a emissão pode
ser atribuída a mudanças nas configurações eletrônicas dos átomos ou moléculas que
constituem a matéria. A energia do campo de radiação é transportada por ondas
eletromagnéticas”.
A transferência de calor por radiação não depende da presença de um meio
material para ocorrer, diferente da condução, por exemplo.
11
𝒌 = 𝒆√𝜶 (1)
3 METODOLOGIA
Aqui serão apresentadas as metodologias utilizadas para o desenvolvimento
da nossa proposta, que se fazem necessários para a construção dos kits de estudo,
entre eles máquinas de laboratórios do campus, materiais e softwares.
3.1 CONCEITOS
Foram utilizados alguns conceitos aprendidos durante a trajetória no curso para
a realização deste projeto. Como por exemplo, os citados anteriormente referentes a
transferência de calor, condução, convecção, condutividade térmica, etc.
Conceitos de processos de usinagem e solda, vistos nas matérias de processos
de fabricação serão a base para a construção do projeto. A ideia aqui é utilizar
máquinas e técnicas de manuseio que foram passadas para a montagem do kit,
fazendo uso do torno, furadeira de bancada, esmerilhadeira, fresadora, entre outros.
Foi realizada uma análise cuidadosa na seleção dos materiais para a
construção dos kits, levando em consideração a necessidade de medições de
temperatura e a obtenção de resultados satisfatórios para análise. Nos laboratórios
do campus, há uma ampla quantidade de matéria-prima disponível, incluindo tarugos
de aço (Figura 6), placas de alumínio e tarugos de tecnil. Após avaliar qual desses
materiais se adequaria melhor à ideia inicial, foi escolhido aquele que não apenas
proporcionasse bons resultados, mas também fosse viável financeiramente para o
projeto.
13
3.2.3 Sensores
Dentre os tipos de sensores de temperatura disponíveis no mercado, sejam
eles termopares, RTDs e termistores, foi escolhido o termistor DS18B20 que além de
ter um excelente custo-benefício ele também é de fácil utilização. Esse sensor pode
ser encontrado na forma convencional ou cabeado, como mostrado nas Figuras 13 e
14. os dois modelos serão utilizados. Vale ressaltar que, tanto o sensor com cabo
quanto o normal são digitais e permitem a utilização de diversos sensores em uma
única porta Arduino.
De acordo com o datasheet, o sensor de temperatura DS18B20 tem uma
temperatura de operação na gama de -55 C a +125 °C e tem uma precisão de ±0,5
°C ao longo de uma faixa de -10 C a +85 °C, o que atende as necessidades do projeto.
A seguir uma Figura ilustrando o sensor descrito.
18
4 RESULTADOS
Foram montados três equipamentos capazes de mensurar e analisar as
propriedades e conceitos estudados e já abordados neste trabalho. Com todos esses
conceitos estudados é possível idealizar alguns tipos diferentes de equipamentos para
a medição tanto de radiação, convecção e calor.
O kit mostrado na Figura 14 tem por objetivo estudar a absorção de calor em
diferentes materiais e com cores diferentes utilizando a radiação provinda de duas
lâmpadas incandescentes de 100W. Testes comparativos foram feitos entre duas
caixas metálicas, uma pintada de preto e outra de branco. O processo foi repetido,
porém utilizando uma caixa metálica e uma de madeira. O aparato em funcionamento
pode ser observado abaixo e é a conclusão do design do desenho CAD apresentado
anteriormente na Figura 8.
20
4.1 RADIAÇÃO
Valores de temperatura foram medidos ao longo de um dado período de tempo
para os 3 casos estudados, que são: uma caixa de aço pintada de preto, uma também
de aço, porém pintada de branco e uma caixa de madeira. Utilizando o auxílio do Libre
Office Calc, podemos analisar o gráfico de variação de temperatura ao longo do
tempo.
Kit de radiação
Temperatura x Tempo
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Caixa Met. Tempo
Preta Caixa Met. Branca
(min)
Caixa de Madeira
Tempo (min) Temp. Caixa Met. Temp. Caixa Met. Temp. Caixa de
Preta (ºC) Branca (ºC) Madeira (ºC)
0 28 28 28
5 43,63 31,25 35,94
10 57,25 41,19 43,56
15 64,56 48,31 47,88
20 68,06 52,31 50,44
25 69,44 54,38 51,75
30 69,69 55,5 52,94
35 69,94 56,13 54,13
40 70,62 56,81 54,94
Fonte: Autores (2023)
24
Nota-se também que a caixa feita de madeira tem sua temperatura menor se
comparada tanto a caixa branca, quanto a preta, isso ocorre pois a condutividade
térmica, a capacidade de um material conduzir calor é menor na madeira. Enquanto o
aço atinge valores de cerca de 60 W/m.K de condutividade térmica, a bibliografia do
autor Incropera (2014) traz valores entre 0,12 e 0,16 W/m.K para a madeira.
𝒉
𝜽 {𝐜𝐨𝐬𝐡[𝒎.(𝑳−𝒙)]+( ).𝐬𝐢𝐧𝐡[𝒎.(𝑳−𝒙)]}
𝒎.𝒌
= 𝒉 (2)
𝜽𝒃 {𝐜𝐨𝐬𝐡(𝐦.𝐋)+( ).𝐬𝐢𝐧𝐡(𝒎.𝑳)}
𝒎.𝒌
𝒉. 𝑷
𝒎 = √( ) (3)
𝒌. 𝑨
Onde:
𝜃 = Temperatura no ponto “x”, em Kelvin, dada por: 𝑇𝑥 − 𝑇𝑎𝑚𝑏 ;
𝜃𝑏 = 𝜃0 = Temperatura de base, dada por: 𝑇𝑥=0 − 𝑇𝑎𝑚𝑏 ;
L = Comprimento total da aleta, em metros;
x = Ponto onde se deseja obter a temperatura, em metros;
h = Coeficiente de transferência de calor do ambiente, em W/m2.K;
k = Condutividade térmica do material, em W/m.K;
P = Perímetro, em m.
26
Como o material dos cilindros é o mesmo, assim como o ambiente onde eles
se encontram, os valores de k e h poderão ser utilizados nos dois casos.
Foi utilizado o seguinte:
k = 60W/m.K
h = 15 W/m2.K
50
Temperatura (°C)
45
40
35
30
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330
Comprimento (mm)
Aletas Cilíndricas
Temperatura (°C) 52
47
42
37
32
27
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330
Comprimento (mm)
𝒌. 𝑨
𝒒̇ = . ∆𝑻 (5)
𝑳
Onde:
𝑞̇ = Fluxo de calor, em W/m;
k = Condutividade térmica do material, em W/m.K;
A = Área da face onde ocorrerá o aquecimento, em m 2;
L = Comprimento da parede, em m;
∆𝑇 = Gradiente de temperatura entre as faces medidas, em K.
𝒒̇ . 𝑳
∆𝑻 = (6)
𝒌. 𝑨
30
45
40
35
30
0 11 22
Comprimento (mm)
gradiente de temperatura da parede de madeira foi maior que na parede de aço, o que
também pode ser observado através da inclinação da reta no gráfico 4.
32
5 CONCLUSÃO
Ao longo deste trabalho, exploramos a aplicação da robótica educacional no
estudo de transferência de calor, utilizando quatro equipamentos que possibilitam o
estudo de radiação, convecção e calor. Com base nos resultados obtidos, tanto os
dados empíricos como os dados experimentais foram coerentes e convenientes entre
si, o que demonstra a eficácia desses equipamentos na análise da transferência de
calor.
A robótica educacional mostrou-se uma abordagem promissora para o estudo
desses fenômenos físicos complexos. Os alunos envolvidos neste projeto tiveram a
oportunidade de construir, programar e operar os equipamentos, além de analisar e
interpretar os dados coletados em diferentes cenários. Essa abordagem prática e
interativa proporcionou uma compreensão mais profunda dos princípios fundamentais
da transferência de calor.
Através da utilização dos equipamentos para estudo de radiação, convecção e
calor, foi possível observar as diferentes contribuições desses mecanismos no
processo de transferência de calor. Os resultados mostraram claramente como cada
tipo de transferência de calor afeta o sistema estudado, permitindo uma análise
abrangente e precisa.
Com base nos resultados obtidos e na coerência dos dados empíricos e
experimentais, concluímos que a aplicação da robótica educacional no estudo da
transferência de calor é altamente benéfica para os alunos de Engenharia Mecânica.
Essa abordagem oferece uma oportunidade única de aprendizado, combinando teoria
e prática de forma integrada, promovendo o desenvolvimento de habilidades técnicas,
análise crítica e resolução de problemas.
Recomenda-se que futuros estudos explorem ainda mais a utilização da
robótica educacional em outros campos da Engenharia Mecânica, ampliando o
escopo de investigação e proporcionando uma formação ainda mais completa para os
alunos. Além disso, é importante continuar aprimorando os equipamentos utilizados,
buscando maior precisão e capacidade de análise para impulsionar ainda mais o
campo da robótica educacional aplicada ao estudo da transferência de calor.
33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRAVO, Edilson. Arduíno: o que é, pra que serve, como funciona e tipos. Kalatec
Automação, 2021. Disponível em: <https://blog.kalatec.com.br/arduino-o-que-e/>.
Acesso em 03 de Janeiro de 2023.
arduino/#:~:text=O%20Arduino%20%C3%A9%20baseado%20na,c%C3%B3digo%2
0est%C3%A1%20escrito%20ser%C3%A1%20gravado.>. Acesso em 03 de Janeiro
de 2023.
SOUZA, Anderson R. de et al. A placa Arduino: uma opção de baixo custo para
experiências de física assistidas pelo PC. Revista Brasileira de Ensino de Física
[online]. 2011, v. 33, n. 1 [Acessado 12 Dezembro 2022], pp. 01-05. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1806-11172011000100026>. Epub 18 Abr 2011.
ZHANG, Zong-Xian. Rock fracture and blasting: theory and applications. 1 ed.
Amsterdan: Elsevier, 2016.
36
#include <OneWire.h>
#include <DallasTemperature.h>
#define DS18B20_OneWire 2
OneWire oneWire(DS18B20_OneWire);
DallasTemperature sensortemp(&oneWire);
uint8_t sensor1[8] = { 0x28, 0xF8, 0x4E, 0x16, 0xA8, 0x01, 0x3C, 0xBD };
uint8_t sensor2[8] = { 0x28, 0xBB, 0x51, 0x16, 0xA8, 0x01, 0x3C, 0x82 };
uint8_t sensor3[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xC2, 0x38, 0xF4, 0x1D };
uint8_t sensor4[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xFB, 0x2A, 0x02, 0x99 };
uint8_t sensor5[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xFB, 0x25, 0x5F, 0xA7 };
uint8_t sensor6[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xFB, 0x87, 0x89, 0x52 };
void setup() {
sensortemp.begin();
Serial.begin(9600);
}
void loop() {
sensortemp.requestTemperatures();
Serial.print("Sensor 1: ");
valortemperatura(sensor1);
Serial.print("Sensor 2: ");
valortemperatura(sensor2);
Serial.print("Sensor 3: ");
valortemperatura(sensor3);
Serial.print("Sensor 4: ");
valortemperatura(sensor4);
Serial.print("Sensor 5: ");
valortemperatura(sensor5);
Serial.print("Sensor 6: ");
valortemperatura(sensor6);
Serial.println();
37
delay(100);
}
void valortemperatura(DeviceAddress deviceAddress) {
float grausC = sensortemp.getTempC(deviceAddress);
Serial.print(grausC);
Serial.println("ºC");
}
38
#include <OneWire.h>
#include <DallasTemperature.h>
#define DS18B20_OneWire 2
OneWire oneWire(DS18B20_OneWire);
DallasTemperature sensortemp(&oneWire);
uint8_t sensor1[8] = { 0x28, 0xD8, 0x7F, 0x16, 0xA8, 0x01, 0x3C, 0x42 };
uint8_t sensor2[8] = { 0x28, 0xA2, 0x87, 0x16, 0xA8, 0x01, 0x3C, 0x8D };
uint8_t sensor3[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xC2, 0x30, 0x46, 0xE5 };
uint8_t sensor4[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xC2, 0x31, 0xEE, 0x4C };
uint8_t sensor5[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xC2, 0x05, 0xDE, 0xE4 };
uint8_t sensor6[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xCD, 0x4B, 0x71, 0x12 };
void setup() {
sensortemp.begin();
Serial.begin(9600);
}
void loop() {
sensortemp.requestTemperatures();
Serial.print("Sensor 1: ");
valortemperatura(sensor1);
Serial.print("Sensor 2: ");
valortemperatura(sensor2);
Serial.print("Sensor 3: ");
valortemperatura(sensor3);
Serial.print("Sensor 4: ");
valortemperatura(sensor4);
Serial.print("Sensor 5: ");
valortemperatura(sensor5);
Serial.print("Sensor 6: ");
valortemperatura(sensor6);
Serial.println();
delay(100);
39
}
void valortemperatura(DeviceAddress deviceAddress) {
float grausC = sensortemp.getTempC(deviceAddress);
Serial.print(grausC);
Serial.println("ºC");
}
40
#include <OneWire.h>
#include <DallasTemperature.h>
#define DS18B20_OneWire 2
OneWire oneWire(DS18B20_OneWire);
DallasTemperature sensortemp(&oneWire);
uint8_t sensor1[8] = { 0x28, 0x0E, 0xEB, 0x16, 0xA8, 0x01, 0x3C, 0x9C };
uint8_t sensor2[8] = { 0x28, 0xF5, 0x41, 0x16, 0xA8, 0x01, 0x3C, 0x98 };
uint8_t sensor3[8] = { 0x28, 0xFF, 0x64, 0x06, 0xCD, 0x5D, 0x4A, 0xCA };
void setup() {
sensortemp.begin();
Serial.begin(9600);
}
void loop() {
sensortemp.requestTemperatures();
Serial.print("Sensor 1: ");
valortemperatura(sensor1);
Serial.print("Sensor 2: ");
valortemperatura(sensor2);
Serial.print("Sensor 3: ");
valortemperatura(sensor3);
Serial.println();
delay(100);
}
void valortemperatura(DeviceAddress deviceAddress) {
float grausC = sensortemp.getTempC(deviceAddress);
Serial.print(grausC);
Serial.println("ºC");
}
41
#include <OneWire.h>
#include <DallasTemperature.h>
#define dados 2
OneWire oneWire(dados);
DallasTemperature sensors(&oneWire);
int ldr = A0;
int valorldr = 0;
void setup(void)
{
Serial.begin(9600);
Serial.println;
sensors.begin();
pinMode(ldr, INPUT);
}
void loop(void)
{
valorldr=analogRead(ldr);
Serial.print("Valor lido pelo LDR = ");
Serial.println(valorldr);
Serial.print(" Requerimento de temperatura...");
sensors.requestTemperatures();
Serial.println("Pronto");
Serial.print("A temperatura é: ");
Serial.print(sensors.getTempCByIndex(0));