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Massinga
22/01/2021
UNIVERSIDADE SAVE
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA
Massinga
22/01/2021
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Índice
CAPITULO I..............................................................................................................................5
1.Introdução................................................................................................................................5
1.1.Objectivos.............................................................................................................................5
1.2.Métodos.................................................................................................................................5
CAPITULO II.............................................................................................................................6
Referencial teórico......................................................................................................................6
2.Métodos de conservação/processamento de alimentos............................................................6
2.1.Método de conservação por frio...........................................................................................6
2.1.1.Refrigeração.......................................................................................................................6
2.1.2.Congelamento....................................................................................................................7
2.2.Conservação de alimentos pelo uso do calor........................................................................8
2.2.1.Branqueamento..................................................................................................................9
2.2.3.Pasteurização......................................................................................................................9
2.2.4.Esterilização.....................................................................................................................10
2.2.5.Secagem...........................................................................................................................10
2.2.5.1.Tipos de secagem e os seus mecanismos......................................................................11
i. Secagem natural.................................................................................................................11
ii. Secagem artificial..............................................................................................................11
2.2.6.Apertização......................................................................................................................11
2.2.7.Tindalização.....................................................................................................................12
2.3.Conservação de alimentos por Fermentação.......................................................................12
2.3.1.Fermentação alcoólica.....................................................................................................12
2.3.2.Fermentação acética:........................................................................................................13
2.3.3.Fermentação láctica:........................................................................................................13
2.4. Método de conservação de alimentos por sal....................................................................13
2.5.Conservação de alimentos por açúcar.................................................................................14
2.5.1.Doce em Massa................................................................................................................15
2.6.Conservação de alimentos por Defumação.........................................................................15
2.6.1.Defumação a frio..............................................................................................................16
2.6.2.Defumação a quente.........................................................................................................16
2.7.Conservação de alimentos por remoção de humidade........................................................16
2.7.1.Desidratação.....................................................................................................................16
2.7.2.Liofilização......................................................................................................................17
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CAPITULO I
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1.Introdução
A conservação de alimentos surgiu com a civilização humana, historicamente, o homem pré-
histórico, com a descoberta do fogo, criou o processo de defumação, usado até hoje na
preservação de alguns alimentos (como carnes e peixes), FILHO & VASCOCENLOS (2010).
Depois ele aprendeu a usar o sal na conservação das carnes, condimentos para melhorar a
palatabilidade, como também realizar fermentações de produtos de origem animal e vegetal.
O presente trabalho surge na cadeira de Higiene e Tecnologia de Alimentos e o mesmo versa
sobre os princípios básicos de higiene e tecnologia dos alimentos, sendo que o seu foco é
trazer os diferentes métodos de conservação/processamento dos alimentos. Esta actividade
vem sendo praticada ao longo da história pelo homem, associada à necessidade de
sobrevivência humana. Por tanto a necessidade da conservação dos alimentos é bastante
peculiar pelo facto das matérias-primas agro-alimentares serem de origem animal e vegetal,
sendo susceptíveis a alterações de diferentes origens, podendo ser físicas (luz e calor),
químicas (oxigénio e água) ou biológicos (microrganismos e enzimas), FILHO &
VASCOCENLOS (2010). Quanto a estrutura do trabalho contem o capítulo da introdução,
onde traz-se uma breve contextualização do tema do trabalho, mais adiante o desenrolar dos
tópicos, detalhando de forma clara os diferentes métodos de conservação/processamento de
alimentos e, finalmente, encontra-se os capítulos de constatações e referencias bibliográficas
respectivamente.
1.1.Objectivos
1.1.1.Geral
Conhecer os métodos de conservação e processamento de alimentos
1.1.2.Específicos
Indicar e explicar os métodos de conservação
Descrever as técnicas de cada método de conservação
1.2.Métodos
Para a efectivação deste trabalho recorreu se a pesquisa virtual, que consistiu na leitura de
obras (manuais e documentos) disponíveis na internet, sendo que para a sua compilação usou-
se o pacote informático Microsoft-Word.
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CAPITULO II
Referencial teórico
O frio é um dos métodos mais utilizados para a conservação dos alimentos, sejam alimentos
de origem animal ou vegetal, porque inibe ou retarda a multiplicação dos microrganismos,
além de retardar também as reacções químicas e enzimáticas (CINTRA, 2014).
Todos os microrganismos têm temperaturas ideais para seu crescimento e proliferação, sendo
assim, o princípio básico da conservação pelo frio é manter a temperatura abaixo do ideal para
evitar a disseminação microbiológica. Da mesma maneira que, as reacções enzimáticas
ocorrem em temperaturas ideais, o princípio para minimizá-las é o mesmo, manter a
temperatura abaixo da ideal (LINO, 2014).
Em seguida são apresentadas as principais técnicas usadas no método de conservação por frio
que são: Refrigeração e congelamento
2.1.1.Refrigeração
Alguns alimentos são sensíveis ao frio, como é o caso de muitas frutas e hortaliças, onde pode
causar danos pela baixa temperatura (entre 10°C e 13°C), afetando a estrutura da membrana
plasmática destes alimentos, causando alterações como murchamento das folhas, lesões
superficiais e alterações da cor. Pode ocorrer também a liberação de produtos voláteis nos
alimentos como a cebola, alho, pescados e frutas, enquanto outros são suscetíveis a absorvê-
los como leite e derivados, podendo incluir outras alterações neste processo como perda de
firmeza e crocância em frutas e hortaliças, envelhecimento de produtos de panificação e
aglomeração dos produtos em pó (AZEREDO, 2012).
2.1.2.Congelamento
O congelamento pode causar danos em alimentos em tecidos estocados abaixo de seu ponto
de congelamento, perdendo geralmente rigidez e se tornando pegajosos após seu
descongelamento; algumas verduras e frutas podem ser susceptíveis a danos causados pelo
congelamento, bem como no seu estado de refrigeração. A severidade do dano por
congelamento é afectada pela combinação de tempo e temperatura, assim como ocorre o dano
pelo frio (AZEREDO, 2012).
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2.2.1.Branqueamento
Tem como objectivo fixar a cor, reduzir a carga microbiana, inactivar enzimas que podem
causar deterioração, causando modificações no alimento como escurecimento. Além disso,
pode melhorar características sensoriais, como o amaciamento dos alimentos (LOPES, 2007).
2.2.3.Pasteurização
O tratamento térmico pode ser feito de duas formas que se diferenciam pelo binômio tempo e
temperatura:
2.2.4.Esterilização
2.2.5.Secagem
i. Secagem natural
2.2.6.Apertização
2.2.7.Tindalização
O processo implica em submeter o alimento a altas temperaturas que podem ser de 60° C a
90° C, durante alguns minutos por várias vezes intercalados por períodos de resfriamento.
Logo após, o produto é aquecido e em sequencia refrigerado por 24 horas, período em que os
esporos tomam a forma vegetativa. Em sequencia, procede-se um novo aquecimento, sendo
variável entre 3 a 12 aquecimentos para obtenção do nível de esterilização desejado. As
vantagens do método estão em preservar as qualidades organolépticas do produto. (CESAR,
2008).
2.3.1.Fermentação alcoólica
2.3.2.Fermentação acética:
2.3.3.Fermentação láctica:
Tipos de salga
Salga seca;
Salga húmida e;
Salga mista
A escolha de cada tipo depende de vários factores, como o tipo de matéria-prima, objectivo de
tratamento e factores económicos.
Salga seca: é o método mais simples de salga. Retira a humidade do produto alimentício (20-
30%); a partir da superfície. E penetra até a concentração ficar aproximadamente igual a toda
a extensão (4,3%). Algumas proteínas são desnaturadas durante a salga e, se for solúvel em
solução salina, poderão ser perdidas. O tempo de processo de salga dura de 3 a 15 dias. O
produto obtido pode ter pouco mais de 50% de água e cerca de 18% de sal. Nessas condições,
o produto mantido a temperatura ambiente pode favorecer o crescimento de bactérias
halofilícas, causadoras de colorações avermelhadas e odores estranhos.
Salga mista: é um processo combinado da salga seca e da salga húmida, sendo que o produto
é primeiramente salgado por salga seca e a salmora formada não é drenada, formando uma
salmora natural, onde o produto permanecerá imerso.
2.5.1.Doce em Massa
A elaboração de doces, em geral, é uma das formas empregadas para a conservação de frutas,
pois além do calor, é adicionado açúcar promovendo o aumento de sua concentração,
alterando a pressão osmótica e, com isso, a vida útil do produto é aumentada. Acredita-se, no
entanto, que este procedimento tenha sido adoptado inicialmente para a melhoria de sabor e
não com o objectivo específico de preservação (FILHO).
O doce em massa pode ser classificado quanto ao vegetal empregado em simples (preparado
com uma única espécie vegetal) e misto (mistura de mais de uma espécie vegetal). E quanto à
consistência em cremoso (pasta homogênea e de consistência mole) e em massa (massa
homogênea e de consistência que possibilite o corte) (MORETTO et al., 1986).
O princípio deste método consiste em impregnar nos produtos alimentícios (carne, pescados,
queijo entre outros) a fumaça obtida da combustão incompleta de algumas madeiras
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Dentre os compostos da fumaça, os fenóis e aldeídos dão aroma específico aos produtos
defumados e evitam a oxidação dos lípidos e juntamente com os ácidos orgânicos são os
principais responsáveis pela inibição do desenvolvimento dos microrganismos, prolongando
assim sua vida de prateleira (OGAWA e MAIA, 1999).
Dois métodos de defumação são comummente conhecidos: a frio e a quente. Pode ser
utilizado também a fumaça líquida, o método electrostático e a elaboração de produtos
defumados condimentados.
2.6.1.Defumação a frio
Na defumação a frio, uma vez tratada, a matéria-prima é submetida ao método de salga seca.
Regra geral, a defumação se faz a noite reservando o dia para operações de resfriamento e
secagem. Este processo dura de 3 a 4 semanas e a humidade final do produto é da ordem de
40%.
2.6.2.Defumação a quente
Este método consiste na retirada de água do alimento, ou seja, a sua desidratação. O objectivo
da redução da actividade da água de alimentos é a redução das taxas de alterações
microbiológicas
2.7.1.Desidratação
2.7.2.Liofilização
Neste processo, ocorre basicamente a retirada da água do alimento por sublimação, no qual o
alimento congelado é colocado no liofilizador sob vácuo, em pressão de 1 mmHg,
promovendo a desidratação. A vantagem desse processo são as perdas mínimas de nutrientes
e uma rápida reidratação do produto seco (CELESTINO, 2010).
e/ou sabor dos produtos; redução do peso e volume do produto e maior economia nos custos
de estocagem, transporte e distribuição do produto.
A maioria dos compostos responsáveis pelo aroma é mais volátil do que a água. Com a perda
de alguns voláteis durante a evaporação, a qualidade sensorial do produto pode ser
comprometida (AZEREDO, 2012).
O método de conservação pelo uso de aditivos consiste na adição de produtos químicos aos
alimentos (FILHO, 2010). Segundo a ANVISA, os aditivos são definidos como qualquer
ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, mas com o
objectivo de mudar as características físicas, químicas, biológicas e/ou sensoriais durante a
fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento,
armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento (BRASIL, 1997). De seguida estão
apresentados alguns agente usados na conservação e processamento de alimentos por uso de
aditivos,
2.8.1.Ácido cítrico
Os nitritos (NO2-) e nitratos (NO3-) (tabela 1) têm sua acção antimicrobiana dirigida,
exclusivamente, contra bactérias. A principal razão de seu uso é a inibição da bactéria
Clostridium botulinum, atacando os grupos aminos do sistema desidrogenase das células
microbianas inibindo o sistema e, além disso, os nitritos exercem uma acção inibitória
específica contra enzimas bacterianas que catalisam a degradação de glicose (AZEREDO,
2012).
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Os nitritos e nitratos são muito utilizados em carne e derivados, sendo associados à obtenção
de cor, sabor e textura, além de servir como antioxidante. Reagem com o pigmento da carne, a
mioglobina, para formar a cor característica da carne curada (DOSSIÊ, 2012).
Conservadores Produtos
Nitrato de sódio Conservas de carne: em salmoura, em cura
seca e em carne picada ou triturada
Nitrato de potássio Leite para fabricação de queijos
Nitrito de sódio ou de potássio Queijos
2.8.2.Sulfitos
Essa classe é composta por dióxido de enxofre (SO2), e sua actividade antimicrobiana
depende directamente da penetração de moléculas de SO2 nas células. Além de sua acção
antimicrobiana, os sulfatos (tabela 2) atuam como antioxidantes e inibidores de
escurecimento, enzimático e não enzimático, inibindo a polifenolxidase (PPO) e reagem com
compostos intermediários do processo de escurecimento enzimático. Contudo, reagem
também com compostos carbonílicos intermediários da reacção de Maillard, prevenindo a
acção de melanoidinas (AZEREDO, 2012).
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3.Constatações
4.Referencias bibliográficas
VASCOCENLOS M. A. S. & FILHO A. B. M., Técnico em Alimentos: Conservação de
Alimentos, e-Tec Brasil, 2010.
CINTRA P., Métodos de conservação dos alimentos, 2014.
AZEREDO, H.M.C. Fundamentos de estabilidade de alimentos. Brasília: Embrapa, 2012.
BRASIL. Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997. Aprova o Regulamento Técnico:
Aditivos alimentares - definições, classificação e emprego. ANVISA, 1997.
BRASIL. Resolução RDC nº 21, de 26 de janeiro de 2001. Aprova o “Regulamento Técnico
para Irradiação de Alimentos”. ANVISA: 2001. Disponível em: <
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/394219/Resolucao_RDC_n_21_de_26_de_janeir
o_de_2001.pdf/28d81caa-e8ba-44a8-bcdc-83f950a29f35> Último acesso em 19 de outubro de
2017.
CARNEIRO, H. Comida e saciedade: uma história da alimentação. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
CINTRA, P. Métodos de conservação de alimentos. 2014. Disponível
em:<https://nutrisaude14.files.wordpress.com/2014/11/mc3a9todos-de-conservac3a7c3a3o-
dos-alimentos2014.pdf> Último acesso em 19 de outubro de 2017.
DOSSIÊ. Conservação de alimentos. Food Ingredients Brasil: São Paulo, 2012. Disponível
em:http://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060607896001464976217.pdf.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
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