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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JUDAS TADEU –

CSJT

ANA PAULA LOPES CARVALHO PITA

ESTUDO COMPARATIVO E PROGRESSÃO FUTURA DOS MÉTODOS


FERTILIZAÇÃO IN VITRO – FIV APLICADOS EM PACIENTES NO BRASIL

Santos
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JUDAS TADEU – CSJT

ANA PAULA LOPES CARVALHO PITA

ESTUDO COMPARATIVO E PROGRESSÃO FUTURA DOS MÉTODOS


FERTILIZAÇÃO IN VITRO – FIV APLICADOS EM PACIENTES NO BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Centro Universitário São Judas Tadeu – CSJT
Campus Unimonte, como exigência para do Curso
Bacharelado em Biomedicina

Orientadora: Profa. Me. Katucha Rocha de Almeida Farias

Santos
2021
ANA PAULA LOPES CARVALHO PITA

ESTUDO COMPARATIVO E PROGRESSÃO FUTURA DOS MÉTODOS


FERTILIZAÇÃO IN VITRO – FIV APLICADOS EM PACIENTES NO BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Centro Universitário São Judas Tadeu – CSJT
Campus Unimonte, como exigência para do Curso
Bacharelado em Biomedicina

Orientadora: Profa. Me. Katucha Rocha de Almeida Farias

BANCA EXAMINADORA
Nome do
examinador:
Titulação:
Instituição:

Nome do
examinador:
Titulação:
Instituição:

Local: Centro Universitário São Judas Tadeu – Campus Unimonte


Data da aprovação: / /
RESUMO

A cada dia torna-se mais constante a procura por técnicas de reprodução assistida
no país, junto de seus avanços tecnológicos e aprimoramento de seus métodos.
Nos últimos anos a ciência vem aproximando cada vez mais um número crescente
de pessoas ao tão sonho dourado de ter um filho. O presente trabalho se justifica
pela grande importância em apresentar a importância do Biomédico na técnica e o
cenário de oportunidades que deve ser construído nos próximos anos para este
profissional. Através de levantamentos por meio de artigos e dados oficiais, e em
conta de observações que fazem referência a técnica de Fertilização in Vitro – FIV,
destacando a inseminação artificial e a reprodução in vitro como mais utilizadas
dentre as técnicas de reprodução assistida esta pesquisa tem como objetivo o
estudo do crescimento no Brasil dos ciclos de células germinativas das técnicas de
Fertilização in Vitro – FIV, apresentando os dados futuros de acordo com o conceito
de progressão aritmética e geométrica, e relacionando estes dados com o aumento
do número de postos de trabalho para os profissionais da área de Biomedicina.
Ainda no âmbito dos objetivos específicos, este projeto prospectará dados
estatísticos futuros, em até 10 anos pela técnica de Fertilização in Vitro – FIV.
Apresentando os resultados quantitativos e qualitativos deste estudo em possíveis
aumento na quantidade de postos de trabalho para o Biomédico no Brasil. A
metodologia apresenta dados consistentes do crescimento no número de
procedimentos de FIV baseado em dados oficiais gerados ao longo de 7 anos. O
resultado mostra a tendência e contínua crescente da técnica FIV no cenário
brasileiro, possibilitando e previsionando novos estudos e quantidades de postos
de trabalho destes profissionais.

Palavras chave: Reprodução Assistida, FIV, ICSI, Empregos Biomedicina


ABSTRACT

Every day the demand for assisted reproduction techniques in the country becomes
more constant, together with its technological advances and the improvement of its
methods. In recent years, science has increasingly brought a growing number of
people closer to the golden dream of having a child. The present work is justified by
the great importance in presenting the importance of Biomedical in technique and
the scenario of opportunities that must be built in the coming years for this
professional. Through surveys through articles and official data, and taking into
account observations that make reference to the technique of In Vitro Fertilization -
IVF, highlighting artificial insemination and in vitro reproduction as the most used
among assisted reproduction techniques, this research aims to objective is to study
the growth in Brazil of the germ cell cycles of in vitro fertilization techniques - IVF,
presenting future data according to the concept of arithmetic and geometric
progression, and relating these data to the increase in the number of jobs for
Biomedicine professionals. Still within the scope of specific objectives, this project
will prospect future statistical data, in up to 10 years using the technique of In Vitro
Fertilization - FIV. Presenting the quantitative and qualitative results of this study in
possible increase in the number of jobs for Biomedical in Brazil. The methodology
presents consistent data on the growth in the number of IVF procedures based on
official data generated over 7 years. The result shows the tendency and continuous
growth of the IVF technique in the Brazilian scenario, enabling and foreseeing new
studies and quantities of jobs of these professionals.

Keywords: Assisted Reproduction, IVF, ICSI, Biomedicine Jobs.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES E QUADROS

Figura 1 – Diagnóstico Genético Pré-Implantacional na fibrose Cística ………......09

Figura 2 – Biópsia Embrionária ……………………………………………………...10

Figura 3 – Ovócito Humano ……………………...................................................…...10

Figura 4 – Representação dos tipos de segmentação meroblástica ……….........….…..11

Figura 5 – Procedimento FIV - Infográfico Passo a Passo …………………............…...12

Quadro 1 – Atuações do Biomédico especializado em Reprodução Humana Assistida

………………......................................................................................…............…...15

Quadro 2 – Resumo dos dados informados no SisEmbrio referentes à produção de células

(oócitos) e embriões segundo a Unidade Federativa (ano base: 2014) ...........22


LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS

Gráfico 1 – Previsão Aritmética e Geométrica dos Procedimentos de Reprodução Assistida

- 2024 a 2029 – segundo dados RBMO e SBRA.............................................21

Gráfico 2 – Número de ciclos realizados nos anos de 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017,

2018 e 2019 (dados cumulativos). Brasil 2019 .............................................23

Gráfico 3 – Previsão Aritmética dos Procedimentos de FIV no Brasil - 2012 a 2029 .......23

Gráfico 4 – Previsão Geométrica dos Procedimentos de FIV no Brasil - 2012 a 2029 .......24

Tabela 1 – Ciclos DGPI de 159 centros na América Latina……….…………………17

Tabela 2 – Técnicas de Reprodução Assistida na América Latina: registros de

2014………………………………………………………………………….…18

Tabela 3 – Previsão Aritmética dos Procedimentos de Reprodução Assistida no

Brasil, 2024 e 2029……………………………………………………………20

Tabela 4 – Previsão Geométrica dos Procedimentos de Reprodução Assistida no

Brasil, 2024 e 2029……………………………………………………………20


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária


BCTG - Bancos de Células e Tecidos Germinativos
DGPI – Diagnóstico Genético Pré-Implantacional
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis
FIV – Fertilização in Vitro
hCG – Gonadotrofina Coriônica Humana
ICSI – Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides
OMS – Organização Mundial de Saúde
PA – Progressão Aritmética
PCR – Reação em Cadeia da Polimerase
PG – Progressão Geométrica
PGD – Preimplantation Genetic Diagnosis
RBMO – Reproductive Biomedicine Online
REDLARA – Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida
RHA – Reprodução Humana Assistida
RMA – Reprodução Medicamente Assistida
SISEMBRIO – Sistema Nacional de Produção de Embriões
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
TRA – Técnicas de Reprodução Assistida
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1
1.1 OBJETIVOS 3
1.1.1 OBJETIVO GERAL 3
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO. 4
2. DESENVOLVIMENTO 4
2.1 REFERENCIAL TEÓRICO 4
2.1.1 BIOÉTICA 4
2.1.2 INFERTILIDADE E ESTERILIDADE 5
2.1.3 REPRODUÇÃO ASSISTIDA – RA 7
2.1.4 DIAGNÓSTICO GENÉTICO PRÉ-IMPLANTACIONAL – DGPI 8
2.1.5 FERTILIZAÇÃO IN VITRO – FIV 11
2.1.6 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E ICSI 12
2.1.7 ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO EM RHA 14
2.2 METODOLOGIA 15
2.2.1 MÉTODO DE PREVISÃO: PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA 16
2.2.2 DADOS DOS PROCEDIMENTOS FIV E ICSI NO BRASIL – RBMO E SBRA 17
2.2.3 DADOS DOS PROCEDIMENTOS FIV NO BRASIL – ANVISA 19
2..2.4 PREVISÃO DE PROCEDIMENTOS RA PARA 2024 E 2029 NO BRASIL 20
3. RESULTADOS 22
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 25
5. REFERÊNCIAS 28
ANEXO 33
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho se justifica pela grande importância em apresentar a


importância do Biomédico na técnica de Reprodução Humana Assistida e o cenário
de oportunidades que deve ser construído nos próximos anos para este profissional.

A conquista de um sonho em poder gerar uma vida e que dela venha a sua
linhagem de descendentes legitimados pelos laços sanguíneos, a cada dia torna-se
mais constante essa procura por técnicas de reprodução assistida no país, junto de
seus avanços tecnológicos e aprimoramento de seus métodos nos últimos anos; a
ciência vem aproximando cada vez mais um número crescente de pessoas ao tão
sonho dourado de um filho. (LUNA, 2015). Este TCC seleciona artigos publicados
entre 2000 à 2020, onde também foram incluídos artigos originais revisados, com
termos referente a tratamento de Reprodução Assistida e Diagnóstico Genético Pré-
Implantacional para auxílio de levantamento informativo. Como parte da
competência do Biomédico, seguindo as premissas da ética profissional e
habilidades adquiridas, este estudo referência também as normas sobre o
diagnóstico, a metodologia e o comparativo das técnicas FIV e ICSI.

Inúmeros casais das mais variadas orientações sexuais também estão se


beneficiando da fertilização, pois hoje com o tempo cada vez mais escasso e
principalmente o fator idade antes tão preponderante para a escolha do momento
certo, às vezes, poderia esbarrar nas complicações do dia a dia moderno fazendo
com que as pessoas possam tomar essa decisão em um momento mais oportuno
de suas vidas. (LUNA, 2015)

Desta forma, chamando a atenção para esse profissional, cada dia mais
inserido no mercado, onde a competência do biomédico vem conquistando através
de muito trabalho e dedicação o seu espaço. Contribuindo de maneira significativa
para evolução e aperfeiçoamento da reprodução assistida e tendo como motivação
do projeto, de servir de inspiração e uso de base para especializações e pesquisas
futuras. (SANTOS, 2019)

A infertilidade tem sido um fator que tem acompanhado muitos casais que

1
procuram engravidar, seja por problemas genéticos, socioeconômicos ou idade
avançada. Resultando nas buscas por tratamento que os auxiliem no cumprimento
com êxito de seus objetivos, muitos casais optam pela reprodução assistida, uma
técnica que teve um grande avanço no Brasil nos últimos anos. (FÉLIS, 2016)

Dados inéditos mostram que, em quase 3 décadas, mais de 80 mil


bebês foram fruto de tratamentos para infertilidade; mulheres acima
de 40 são destaque. O Brasil lidera o ranking latino-americano dos
países que mais realizaram fertilização in vitro (FIV), inseminação
artificial e transferência de embriões – 83 mil bebês brasileiros
nasceram, em 25 anos, por meio de tratamentos de reprodução
assistida. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO
ASSISTIDA, 2019)

Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (DGPI) é um método que pode ser


realizado por diferentes técnicas, utilizada no tratamento de reprodução assistida,
com o objetivo de seleção de embriões saudáveis, antes de sua implantação na
mulher. (POMPEU, 2015). O DGPI é uma técnica bastante difundida pelo mundo e
sua comprovada eficiência tem permitido a muitos casais a geração de
descendentes, nascimento de filhos saudáveis e a cura filhos doentes. Por isso,
espera-se que a procura por esta técnica aumente. No Brasil, há dificuldade em
encontrar bancos de dados que permitam o acesso ao número de procedimentos
realizados e aplicações indicadas. Isso impede que seja traçado um panorama real
sobre o uso do DGPI no país. (MENDES, 2013)

“Esse método surgiu em 1960, quando foi utilizado em coelhos e, no


ano de 1990, teve sua primeira aplicação com sucesso em
humanos. Atualmente o PGD é indicado principalmente para casais
que possuem alguma doença de herança genética familiar, entre
outras aplicações. Sua regulamentação ainda não está bem definida
no Brasil e seu acesso é restrito a poucos casais devido seu alto
custo. Porém, tratando-se de uma nova metodologia muito
pesquisada e que promete novas aplicações, o PGD pode ser
considerado um método promissor” (POMPEU, 2015)

2
O planejamento e estudo acadêmico deste projeto, iniciou-se em 2020/1 na
disciplina do curso bacharel em Biomedicina do Centro Universitário São Judas –
Campus Unimonte, denominada TCC 1 (PITA, 2020/1), onde o resultado
apresentado foi o estudo referenciado e bibliográfico das principais técnicas de
fertilização conhecidas e oferecidas ao público brasileiro, com o título de
Reprodução Humana Assistida – Diagnóstico Genético Pré Implantacional (PGD),
o objetivo foi o aprofundamento científico das técnicas mais utilizadas. Já no
semestre na disciplina de Projeto Interdisciplinar 3A, em 2020/2, o aprofundamento
no tema apresentou um diagnóstico matemático, através de cálculo de progressões
aritméticas e geométricas, um resultado interessante dos próximos anos no Brasil,
sem contar o impacto relacionado ao momento pandêmico da COVID 19, que
impacta todos os setores do mundo. O título do projeto que antecede o projeto do
trabalho de conclusão de curso é Diagnóstico Genético Pré-Implantacional – DGPI:
Estudo comparativo e progressão futura dos Métodos Fertilização em Vitro – FIV e
Injeção Intracitoplasmática de Espematozóides – ICSI aplicados em pacientes no
Brasil (PITA, 2020/2), em anexo a este estudo.

Agora, o objetivo geral e específico deste estudo levará em conta o


aperfeiçoamento dos dados e equações algébricas, para apresentação do TCC
do curso bacharel em Biomedicina, trazendo referências que corroborem os
estudos aplicados nos semestres anteriores.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 OBJETIVO GERAL

Tem-se como objetivo geral, o estudo do crescimento no Brasil dos ciclos


de células germinativas das técnicas de Fertilização in Vitro – FIV, apresentando os
dados futuros de acordo com o conceito de progressão aritmética e geométrica, e
relacionando estes dados com o aumento do número de postos de trabalho para os
profissionais da área de Biomedicina.

3
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.

Prospectar dados estatísticos futuros, em até 10 anos, dos ciclos de células


germinativas de embriões humanos pela técnica de Fertilização in Vitro – FIV.
Apresentando os resultados quantitativos e qualitativos deste estudo em possíveis
aumento na quantidade de postos de trabalho para o Biomédico no Brasil.

2. DESENVOLVIMENTO

O estudo bibliográfico apresenta dados e referências relativas à prática da


Reprodução Assistida – RA, através do Diagnóstico Genético Pré-Implantacional –
DGPI e as metodologias de Fertilização In Vitro – FIV e Injeção Intracitoplasmática de
Espermatozoides – ICSI para um estudo comparativo dos casos realizados no
Brasil.

Diante do apresentado, se torna indispensável o levantamento e narrativa


resumida do estudo da ética e bioética.

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1.1 BIOÉTICA

A falta de legislação federal no Brasil faz com que as decisões sobre o DGPI
corram o risco de serem tomadas de um ponto de vista unilateral, apenas da classe
médica. É necessária uma lei federal que estabeleça diretrizes para a realização do
DGPI e que permita uma visão mais ampla das questões envolvidas no seu uso,
realizada por profissionais de diversas áreas (MEDEIROS; 2007). Também é
necessária a aprovação de políticas públicas que permitam um maior acesso da
população de baixa renda as técnicas de RHA, pois o procedimento ainda tem custo
muito elevado (BUCOSKI, 2008).

Apesar de todos os benefícios, existem diversas questões éticas que


permeiam a utilização da técnica de DGPI, como o descarte de embriões
diagnosticados com anomalias genéticas, erros na manipulação dos embriões e seu

4
possível lesionamento, práticas eugênicas, dentre outras, e embora seja uma
tecnologia eficiente na prevenção de doenças, existem discussões atuais sobre o
DGPI e uma possível desvinculação com os reais objetivos de pesquisa, ou seja, na
seleção de características conforme a vontade dos pais (GUERRA, 2014).

Com o avanço da reprodução assistida, ao longo dos anos foram surgindo


grandes questionamentos a respeito moral e ético dos procedimentos realizados, o
que resultou em normas regulamentadoras e regulamentações específicas, levando
em consideração tais aspectos como: sociais, religiosos, culturais e financeiras.
Questões referente ao destino de embriões, descarte, seleção de sexo do embrião,
utilização de PGD, reprodução pós morte e redução embrionária, foram de fato
levantados de forma conflitantes no que contribuiu para o surgimento de uma
regulamentação. (LEITE, 2014)

Quanto a questão do descarte de embriões excedentes, Meirelles (2000)


pondera que há quem acredite que o embrião encontrado no laboratório já é, se
considerado e nomeado, como feto e por tanto pode ser visto como um ser humano
merecendo então proteção jurídica, incluindo o direito à vida.

Em tratamentos de reprodução assistida, processos de gravidez múltiplas


se tornam frequentes devido à transferência de mais de um ou dois embriões. Desta
forma, por decisão médica ou por decisão do casal, cabe a redução do número de
fetos a serem gerados através da redução embrionária. Cabe a técnica, a eliminação
de alguns embriões, pois, normalmente os embriões eliminados são aqueles fora
das considerações de motilidade e vitalidade, para então dar continuidade à
gestação. Essa técnica é levada a conflitos e discussões na sociedade, devido sua
semelhança ao aborto por questões éticas e morais que estão englobadas. (LEITE,
2014).

2.1.2 INFERTILIDADE E ESTERILIDADE

O anseio de ter um filho é sem dúvida o mais comum entre a humanidade,


presente na maioria dos adultos. Mas infelizmente para a concretização de tal
anseio muitas vezes são necessários certos tipos de tratamentos. Seja por motivo
de esterilidade ou infertilidade, que são dois conceitos distintos. (FÉLIS, 2016).

5
Embora muitas pessoas encaram a infertilidade e esterilidade como um caso
em comum, elas têm suas diferenças. De acordo com a OMS – Organização Mundial
de Saúde, a tentativa de conceber naturalmente sem sucesso por um ano ou mais,
em idade reprodutiva, sem uso de métodos contraceptivos, é denominado como
infertilidade. Na esterilidade podemos encarar a difícil capacidade de gerar. (FÉLIS,
2016)
A nossa sociedade passou por muita evolução nas últimas décadas,
incluindo muitas conquistas para as mulheres, inclusive a disputa de seu espaço.
Como consequência de tamanha transformação, a parentalidade tem se adiado nos
projetos tanto de homens como de mulheres no nosso meio social, ou seja, o ato de
gerar e construir uma família tem ocorrido de forma mais tardia comparada aos
tempos anteriores. O que faz desafiar a medicina, já que mesmo com tanta tecnologia
e tratamentos em reprodução, podem não ocorrer com tanto sucesso, podendo levar
a consequências psicológicas e conflitos conjugais. (FÉLIS, 2016)

A prevalência de infertilidade indica que 8% a 10% dos indivíduos


em idade reprodutiva e um em cada seis casais têm problemas de
fertilização. (FÉLIS, 2016)

Um dos fatores importantes que contribuem para o sucesso das técnicas de


reprodução assistida, é a idade da mulher. Estudos mostram a diminuição de
fertilidade da mulher em 50%, na idade entre os 30 e os 35 anos, e 75% entre os 35
e os 40 anos. Podendo considerar também muitos fatores patológicos que podem
gerar uma gestação tardia, como hipertensão, miomas, diabetes mellitus, obesidade
e pré-eclâmpsia. Contando também com complicações fetais e no recém-nascido
como, baixo peso, anomalias cromossômicas, abortos espontâneos, sofrimento fetal
e até mesmo o óbito neonatal. (FÉLIS, 2016).

Não podemos ignorar que o homem também influencia em alguns fatores


a qual está relacionado, sendo elas patológicas como, caxumba, decorrente de
algum traumatismo testicular, DST´s, contagem e motilidade de espermatozoides,
sedentarismo, uso de drogas e bebidas alcoólicas. Problemas decorrente de
exposições químicas, radiação e uso de medicações. Tendo em vista também o

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estresse e a faixa etária. (FÉLIS, 2016)

2.1.3 REPRODUÇÃO ASSISTIDA – RA

A Reprodução Assistida (RA) se baseia na utilização de técnicas,


tecnologias, equipamentos e práticas médicas e biomédicas para a obtenção de
embriões in vitro. Algumas variações são encontradas nos termos empregados, tais
como “Reprodução Humana Assistida” (RHA), “Técnicas de Reprodução Assistida”
(TRA) e “Reprodução Medicamente Assistida (RMA)”, no entanto, possuem o mesmo
significado (CORRÊA, 2015).

Diante as dificuldades e impossibilidades de procriar de maneira natural,


muitos casais recorrem ao método de reprodução assistida. Este que tem por objetivo
facilitar a procriação por intervenção de técnicas e equipe médica especializada.
(MEIRELLES, 2000)

Um dos grandes desafios neste século 21, em nossa ótica, é tornar estas
técnicas acessíveis àqueles que delas possam se beneficiar, sem perder de vista as
diversidades culturais e pessoais, assim como as questões éticas que tais avanços
impõem. Na América Latina os principais centros (56 do Brasil) ligados à Rede
Latinoamericana de Reprodução Assistida (REDLARA) reportaram em 2006 o
número de 29.763 ciclos com aspirações, resultando em 8.662 gestações e 8.462
bebês nascidos. Este registro mostra uma ponta do iceberg, daqueles que
conseguiram chegar ao processo. (SOUZA, 2008)

Os avanços das técnicas de biologia celular, em parceria com a engenharia


genética produzem ferramentas que são utilizadas no DGPI para o diagnóstico de
doenças atribuídas às anomalias de origens cromossômicas e gênicas e também
para a seleção dos embriões mais saudáveis que virão a ser transferidos (ADJUK,
2013).

Podemos destacar a inseminação artificial e a reprodução in vitro como mais


utilizadas dentre as técnicas de reprodução assistida. (MEIRELLES, 2000)

7
2.1.4 DIAGNÓSTICO GENÉTICO PRÉ-IMPLANTACIONAL – DGPI

Diagnóstico Genético Pré-Implantacional – DGPI ou PGD (Preimplantation


Genetic Diagnosis) tem como finalidade a seleção de embriões geneticamente
saudáveis, obtidos através de FIV ou ICSI antes da sua implantação no útero
materno. Comparada às técnicas de amniocentese, a cordocentese e a retirada de
amostras de células das vilosidades coriônicas, a DGPI é a menos invasiva.
(MENDES, 2013).

O primeiro procedimento de DGPI realizado com sucesso foi


reportado em 1990, sendo utilizado para evitar o nascimento de
crianças com doença ligada ao cromossomo X e atualmente é
realizado em diversas clínicas pelo mundo (BASILLE et al., 2009).
Segundo Harper e colaboradores (2012), no período de 1997-2007
foram realizados 26.609 procedimentos de DGPI pelo mundo,
resultando em 19.901 transferências de embriões, 5.187 gravidezes
clínicas e 5.135 nascimentos. Porém, 6.708 procedimentos de DGPI
não resultaram em transferências, pois, todos os embriões foram
considerados inviáveis ou de diagnóstico inconclusivo. (MENDES,
2013)

No DGPI utiliza-se a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) e


citogenética molecular. (BIAZOTTI, 2015)

Atualmente essa técnica é aplicada na identificação de doenças genéticas,


doenças de aparecimento tardio e também na terapia gênica, com a realização de
transplante de medula óssea em pacientes que apresentam dificuldades para
encontrar doadores compatíveis, nesse caso, o DGPI atua como uma ferramenta
que visa selecionar um embrião compatível com o paciente enfermo, e as células-
tronco do cordão umbilical utilizadas no tratamento são extraídas após o nascimento
do bebê (POMPEU, 2015).

O DGPI é indicado principalmente para casais cientes de que têm alto risco
de gerarem um filho com uma doença genética. Geralmente, quem procura o

8
procedimento do DGPI são casais que já possuem uma criança afetada por uma
doença genética. O DGPI também é indicado para casais que recorrem a
fertilização in vitro por problemas de fertilidade de um dos indivíduos ou no caso
de mulheres com idade materna avançada, que apresentam um maior risco de
gerar uma criança com alterações genéticas, principalmente aquelas derivadas das
trissomias (SWANSON, 2007)

O processo de DGPI se inicia a partir da obtenção dos ovócitos utilizados na


FIV, entretanto em estágio de cultivo de 4 a 8 células, para que possam retiradas e
submetidas ao DGPI, figura 1. (BIAZOTTI, 2015)

Figura 1 - Diagnóstico Genético Pré-Implantacional na fibrose Cística

Fonte: BIAZOTTI, 2015

Para a realização da coleta de células embrionárias, pode-se fazer a retirada


de um ou dois blastômeros de cada embrião. É de suma importância a realização
da biópsia em estágio de blastocisto, devido a maior quantidade de células para a
realização da análise genética. (BIAZOTTI, 2015)

O procedimento consiste em uma pequena avaliação na região pelúcida,

9
injetando uma agulha através da abertura, iniciando então a aspiração dos
blastômeros, figura 2. (MENDES, 2013)

Figura 2 - Biópsia Embrionária

Fonte: (MENDES, 2013, https://drabarbarabrigati.com.br/)

Segundo Carino (2002), zona pelúcida é um invólucro glicoproteico que rodeia


os ovócitos em crescimento e os maduros, assim como, os embriões pré-
implantados dos mamíferos, já os blastômeros vem do processo de clivagem, que
são diversas divisões mitóticas que o zigoto sofre, causando um rápido aumento no
número de células que passam a ser denominadas de blastômeros e se tornam
menores a cada divisão, a fim de ocuparem de forma ordenada o espaço delimitado
pela zona pelúcida, figura 3 e figura 4 ilustrativas (MOORE, 2000).

Figura 3 – Ilustração - Ovócito Humano

Fonte: http://biologia-no-vestibular.blogspot.com/2012/06/ufpb-reproducao-humana.html

10
Figura 4 – Ilustração e Representação dos tipos de segmentação meroblástica

Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/desenvolvimento/segmentacao

2.1.5 FERTILIZAÇÃO IN VITRO – FIV

Um método muito utilizado no tratamento de reprodução assistida. Consiste


no processo de fertilização fora do corpo, ou seja, células dos ovários são fecundadas
pelos espermatozoides no laboratório, feito isso, ocorre a transferência do óvulo para
o útero para que se ocorra a gestação. (CAETANO, 2000)

O processo de FIV se inicia através de utilização hormônio (gonadotrofina),


infográfico passo a passo, figura 5, que auxiliará na produção de folículos. Ao
alcançar o tamanho ideal do folículo e tendo a taxa hormonal ideal, faz-se o uso do
hCG – Gonadotrofina Coriônica Humana, que finaliza a maturação do óvulo. Com a
liberação do óvulo e, consequente rompimento espontâneo do folículo, é feita a
punção de cada folículo, através de uma agulha, com auxílio de um ultrassom
transvaginal. A fertilização ocorre no laboratório, em placas com meio de cultura,
inserindo os espermatozoides junto ao óvulo. Ocorrendo a fertilização, os embriões
são transferidos para a cavidade uterina por via de cateter. (CAETANO, 2000)

Outro fator intimamente ligado a infertilidade feminina é a gestação após os 35


anos. Nessa fase da vida da mulher ocorre uma redução considerável da capacidade
reprodutiva em decorrência da diminuição das células sexuais femininas, que pode

11
resultar em infertilidade (PEREIRA, 2009)

Figura 5 Procedimento FIV - Infográfico Passo a Passo

Fonte: ORIGEN: Centro de Medicina Reprodutiva, 2020 - https://origen.com.br/fiv-


fertilizacao-in-vitro

A coleta de células para análise dos embriões pode ser feita através de três
métodos conhecidos. O primeiro método é a retirada de um ou dois blastômeros do
embrião. Para isso, é feita uma pequena dissecção na zona pelúcida e através desta
abertura é injetada uma agulha acoplada a aparelho aspirador, que realiza a
aspiração dos blastômeros. Esse procedimento é feito quando o embrião está no
estágio de 6 à 8 células, no terceiro dia após a fertilização in vitro. Os blastômeros
são analisados no mesmo dia em que são retirados. (ADIGA et al, 2010).

2.1.6 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E ICSI

Inseminação artificial ou a ICSI (Injeção Intracitoplasmática de


Espermatozoides), define-se como a introdução do esperma na cavidade uterina,

12
utilizando um tubo, em fase de ovulação. Utiliza-se este meio com objetivo de fertilizar
a mulher com o esperma de seu companheiro, no qual é coletado previamente por
meio de masturbação. Podendo ser classificada como homóloga e heteróloga.
(SOUZA, 2010).

Na Inseminação Artificial Homóloga e a Heteróloga, a primeira consiste na


inseminação que utiliza apenas os materiais genéticos e biológico dos pais, sendo
assim, não há possibilidade de recepção de doação realizada por terceiros. Podendo
esta, também ser realizada de forma Post Mortem, ou seja, após a morte do marido
ou da própria mulher, sendo necessário uma pessoa que gere o embrião por
substituição. Já na Heteróloga, se concebe por meio de uma doação de materiais
genéticos de terceiros ou uma doação destes materiais de forma anônima. (SILVA,
2002)

A técnica de ICSI foi desenvolvida no ano de 1992 em Bruxelas, sendo


considerada uma técnica inovadora para tratamento da infertilidade masculina. Ela
está enquadrada no grupo de técnicas de grande complexidade e transformou o
tratamento para a infertilidade masculina de alto grau, aumentando a possibilidade
de êxito nesse tratamento (SILVA, 2011).

Caracteriza-se pelo uso de espermatozoides, óvulos ou ambos, derivados


de terceiros, sem qualquer vínculo, no qual são armazenados em bancos de sêmen.
Em casos de comprovação de esterilidade definida ou possíveis transmissões de
patologias genéticas, é frequente a utilização deste método. Podendo ser utilizado
também em casos de esterilidade tanto da mulher quanto do homem, por ausência
de óvulos e espermatozoides, recorrendo então a doação de embriões. Envolvendo
além do casal, o anônimo, sendo ele o doador de gametas, que auxiliará na
constituição da família, sem qualquer tipo de vínculos presentes ou futuros.
(AMORIM, 2018)

A ICSI, possibilita a paternidade ao homem que tenha poucos


espermatozoides pela maturação de espermátides (células precursoras, imaturas),
mas a mulher precisa ser medicalizada. Conforme Tamanini (2004), isso reduz a
ideia de que a infertilidade é um problema apenas feminino. Enquanto o homem é

13
marcado com uma falha na fertilidade, a mulher que não produz óvulos, ou não tem
útero, é tida como incapaz de gerar filhos, e marcada como mais necessitada da
ajuda tecnológica.

2.1.7 ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO EM RHA

A Biomedicina vem sendo exercida em laboratórios para se cumprir as


atividades de análises clínicas, cujo foco está tanto em pesquisas, quanto em
análises. Este segmento, na mesma proporção que a Medicina e a tecnologia, vêm
acompanhando os avanços e as descobertas (CÂMARA, 2016).

Ainda de acordo com Câmara (2016), de forma generalizada, ao biomédico


vem sendo incumbida desde a tarefa de um espermograma, até o acompanhamento
do desenvolvimento embrionário. Atuando em laboratórios, este profissional vem se
ocupando da Andrologia e Embriologia, lhe sendo confiados os exames que avaliam
qualidade de sêmens, as atividades de manipulações de gametas e embriões. Nos
laboratórios de Andrologia, além do espermograma, o biomédico prepara o sêmen
para as técnicas de reprodução humana assistida, bem como promove uma bateria
de testes funcionais. Já nos laboratórios de Embriologia, este profissional ocupa-se
de mimetizar in vitro o que acontece in vivo. Ainda, cabe ao mesmo o cuidado com
os rigores da qualidade de seus serviços prestados para que não interfira na
micromanipulação de gametas, garantindo a realização da fertilização e a promessa
de um embrião desenvolvido adequadamente, para que esteja apto à transferência
eficiente para o útero

O Quadro 1, segundo Camara (2013) é adaptado para horas trabalhadas e


ressalta a atuação de cada técnica da Biomedicina na reprodução humana assistida,
onde o Biomédico especializado nessa área tem diversas fontes de atuação.
Compiladas e organizadas ao Quadro 1, com o aumento de colunas de horas
trabalhadas e tempo gasto por cada técnica biomédica e previsão em estudos
futuros, pode previsionar o número de postos de trabalhos para o Biomédico em 5 e
10 anos futuros no Brasil.

14
Quadro 1 – Atuações do Biomédico especializado em Reprodução Humana Assistida

Fonte: Câmara (2013)

2.2 METODOLOGIA

O presente estudo referenciado apresenta métodos qualitativos e


quantitativos das técnicas FIV aplicados no Brasil e, por ter tido como base
conteúdos já publicados, por meio de artigos, livros e publicações de dados, através
de comparações e apresentações das principais técnicas de reprodução assistida
e seus dados efetivos, discutiremos esses resultados como forma de entender de
forma efetiva de quanto representa a técnica de Fertilização in Vitro – FIV em
nascimentos pelo país.

A metodologia estudada tem como pretensão a comparação e agrupamento


dos resultados realizados individualmente, e por centros clínicos, de pesquisadores
brasileiros sobre as técnicas Fertilização in Vitro – FIV na população brasileira, bem
como, a entrega de um diagnóstico quantitativo e qualitativo sobre este estudo
referenciado.

15
2.2.1 MÉTODO DE PREVISÃO: PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

Hoje em dia, a estatística e a matemática são fundamentais para um


conhecimento de projeções futuras. Infelizmente, muitos assuntos são tratados pela
matemática, mas não demonstrado no dia a dia. Assim, uma equação de previsão
pelo método aritmético está sempre nas nossas vidas quando os valores crescem
ou decrescem de forma constante. Já na progressão geométrica está presente nos
fenômenos que o crescimento é exponencial.

Neste trabalho, o uso desta metodologia será necessário para apresentar


possíveis previsões do número de procedimentos de reprodução assistida que
aumentarão ao logo de 10 anos no Brasil, se a tendência de crescimento continuar
auxiliando o setor no planejamento, investimento e disponibilidade de profissionais
e empresas.

Conceituando, segundo Miguel (2014), Progressão Aritmética é uma


sequência de números reais em que diferença entre um termo qualquer (a partir do
2◦) e o termo antecedente é sempre a mesma (constante), já a Progressão
Geométrica, é uma sequência de números reais em que divisão entre um termo
qualquer (a partir do 2◦) pelo seu antecedente é sempre a mesma (constante). As
expressões gerais, que nos permite encontrar um termo qualquer, através da
progressão aritmética e progressão geométrica são:

PA: 𝑎𝑛+1 = 𝑎1 + (𝑛 − 1). 𝑟

PG: 𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 . 𝑞 = 𝑎1 × 𝑞 𝑛−1

Onde: an = termo representado


r = razão constante
q = razão constante
n = número sequencial do termo

16
Do ponto de vista clínico e biomédico, estes dados trazidos na metodologia
do trabalho, apesar de ainda não serem tão acessíveis ao meio acadêmico, nos dão
suporte para assegurar que os tratamentos propostos, protocolos de estimulação,
bem como diagnóstico estão sendo efetivos no tratamento da infertilidade de casais
brasileiros, mostrando que o Brasil está no caminho certo da reprodução assistida.
O resultado proposto apresenta uma previsão aritmética e geométrica futura dos
procedimentos FIV, nos próximos anos e décadas considerando um crescimento
linear dos Diagnósticos Gestacional Pré-Implantacional apresentados de 2014 à
2019.

2.2.2 DADOS DOS PROCEDIMENTOS FIV E ICSI NO BRASIL – RBMO E SBRA

Segundo a RBMO – Reproductive Biomedicine Online (2015), dados de 159


centros distribuídos por toda a américa latina, correspondentes a ciclos frescos,
embriões crio-preservados, ovodoação, ciclos com PGD e PGS entre outros,
formam um banco de dados com 65.534 ciclos, onde 41,34% dos casos de FIV/ICSI
foram realizados em mulheres com idade entre 35 a 39 anos e 23,35% dos ciclos
em pacientes de 40 anos. A taxa de gestação clínica e bebês nascidos foi maior em
ciclos de FIV quando comparados aos ciclos de ICSI, sendo também mais altas em
ciclos com transferência de embrião descongelado, e em ciclos frescos com doação
de óvulos, Tabela 1.

Tabela 1 – Ciclos DGPI de 159 centros na América Latina

Fonte: RBMO, 2015 - https://embriologia.sbrh.org.br/?p=1180

Segundo o resultado de estudo (PITA, 2020/2) em 2014, o Brasil

17
representava 54 centros de distribuição (33,96%), sendo 43,27% das técnicas
FIV/ICSI na américa latina, como apresentado na tabela 2.

Tabela 2 - Técnicas de Reprodução Assistida na América Latina: registros de 2014

Fonte: RBMO, 2015 - https://embriologia.sbrh.org.br/?p=1180

Ainda na Tabela 3, segundo a RBMO (2015), no Brasil em 2013, realizamos


14.974 ciclos de ICSI já em 2014 foram 14.473, uma redução de cerca de 3,3%,
entretanto, quando comparamos os números de ciclos com transferência de
embriões crio preservados notamos um crescimento de 15,1% em 2014, o que
mostra o avanço e confiança nessa metodologia. Outro ponto forte deste ano é que
o uso da crio-preservação para a preservação da fertilidade cresceu cerca de 32%
em relação ao mesmo período de 2013.

Segundo a ANVISA (2015), no Brasil de 2015 existiam 106 laboratórios de


Reprodução Humana. Desses apenas nove eram instituições públicas e 97
particulares. Das instituições públicas, seis fornecem todo o tratamento de forma
gratuita e três instituições públicas fornecem o serviço de forma gratuita, porém
cobram pela medicação utilizada pelo casal. A cidade do Rio de Janeiro, conta com

18
um serviço público que fornece apenas os exames para estabelecer o diagnóstico
da causa da infertilidade.

Já em 2019, segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida


(SBRA, 2019). Os percentuais de congelamento de embriões humanos para uso em
técnicas de reprodução assistida também avançaram ao longo dos anos, foram
congelados 99.112 embriões em 157 (85,8%) das clínicas cadastradas na Anvisa e
que responderam na elaboração dos dados de 2019, um aumento de 11,6% em
relação ao que foi congelado em 2018 (88.776).

Em relação aos ciclos de FIV, os dados de 2019 mostram que a técnica vem
crescendo no Brasil ao longo dos anos. Nesse ano, foram realizados 43.956 ciclos
de fertilização, o que representou um crescimento de mais de 800 ciclos em relação
ao ano anterior. Já a partir do total de embriões congelados (99.112) e dos ciclos
realizados (43.956) em 2019, foram registrados 25.210 embriões transferidos por
meio de técnicas de reprodução assistida (SBRA, 2019).

2.2.3 DADOS DOS PROCEDIMENTOS FIV NO BRASIL – ANVISA

O SisEmbrio – Sistema Nacional de Produção de Embriões foi criado pela


Resolução de Diretoria Colegiada/Anvisa RDC no 29, de 12 de maio de 2008, e
atualizado pela RDC no 23/2011, com os seguintes objetivos:

• Conhecer o número de embriões humanos produzidos pelas técnicas de


fertilização in vitro criopreservados (congelados) nos Bancos de Células e
Tecidos Germinativos - BCTG, mais conhecidos como clínicas de Reprodução
Humana Assistida;

• Atualizar as informações sobre embriões doados para pesquisas com células-


tronco embrionárias, conforme demanda da Lei no 11.105/2005 (Lei de
Biossegurança) e Decreto no 5.591/2005;

• Divulgar informações relacionadas à produção de células e tecidos germinativos


no Brasil;

• Divulgar os indicadores de qualidade dos Bancos, bem como possibilitar o acesso

19
à população aos indicadores de qualidade dos serviços.

Considera-se como ciclo realizado de fertilização in vitro, os procedimentos


médicos nos quais a mulher é submetida à produção (estímulo ovariano) e retirada
de oócitos para realizar a reprodução humana assistida. O número de oócitos
produzidos se refere à quantidade de oócitos captados durante os procedimentos
médicos dentro de um ciclo de fertilização (ANVISA, 2019).

2..2.4 PREVISÃO DE PROCEDIMENTOS RA PARA 2024 E 2029 NO BRASIL

Para Pita (2020/2), considerando os dados totais já computados em 2014 e


2019 pelo RBMO e SBRA, aplicando a expressão de progressão aritmética e
geométrica, como forma de revelar dados de previsão futura, chega-se resultados
aritméticos interessantes de procedimentos de reprodução assistida, de 37,96% de
aumento para 2024 (60.643) e 75,92% para 2029 (77.330) em relação ao ano de
2019. Os resultados da expressão geométrica apresentam 61,19% (70.855) de
aumento para 2024 e 159,83% (114.213) para 2029 em relação ao ano de 2019,
Tabelas 3 e 4.

Tabela 3: Previsão Aritmética dos Procedimentos de Reprodução Assistida no Brasil, 2024 e


2029

Fonte: PITA, 2020/2

Tabela 4: Previsão Geométrica dos Procedimentos de Reprodução Assistida no Brasil, 2024


e 2029

20
Fonte: PITA, 2020/2

Como forma de uma apresentação gráfica e didática, os gráficos 1 e gráfico


2, corroboram os dados tabelados, apresentando as curvas lineares e exponenciais
que as expressões de progressão propõem.

Gráfico 1: Previsão Aritmética e Geométrica dos Procedimentos de Reprodução Assistida -


2024 a 2029 – segundo dados RBMO e SBRA

Fonte: PITA, 2020/2

Mesmo que em 2020, especialistas prevendo uma queda de reprodução


humana assistida devido ao momento pandêmico que sociedade enfrenta, os
procedimentos de FIV continuarão em um estágio de crescimento, obrigando um
melhor estudo e aprofundamento dos meios, para realização da técnica e ciclos em
todo o território nacional.

21
3. RESULTADOS

Com o aprofundamento da pesquisa, e o aumento de dados referenciados


através dos dados dos Relatórios do Sistema Nacional de Produção de Embriões –
SisEmbrio (ANVISA, 2020), os gráficos de previsões aritméticas e geométricas
pretende relacionar dados mais consistentes e reais, estabelecendo números mais
previsíveis das técnicas de Fertilização in Vitro nos próximos 5 e 10 anos.

A divulgação da resolução nº 23/2011 da Anvisa definiu novos dados de


criação de células e tecidos germinativos, para proporcionar a otimização de
indicadores de qualidade dos BCTGs. O quadro 2 resume os dados quantitativo de
tratamentos de fertilização in vitro ocorridos, número de oócitos criados, número de
embriões transferidos e quantidade de embriões desprezados por serem
considerados inviáveis (ANVISA, 2015).

Quadro 2: Resumo dos dados informados no SisEmbrio referentes à produção de células


(oócitos) e embriões segundo a Unidade Federativa (ano base: 2014)

Fonte: SISEMBRIO/ANVISA, 2015

O Gráfico 2 mostra os dados enviados até o ano de 2019 e demonstram que


o número de ciclos de fertilizações in vitro vem crescendo no Brasil. Em 2019, foram

22
realizados 43.956 ciclos de fertilização in vitro, resultando no crescimento de 859
ciclos em relação ao ano anterior. Considera-se como ciclo realizado de fertilização
in vitro os procedimentos médicos nos quais a mulher é submetida a produção
(estímulo ovariano) e retirada de oócitos para realizar a reprodução humana
assistida (RHA)

Gráfico 2: Número de ciclos realizados nos anos de 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017,
2018 e 2019 (dados cumulativos). Brasil 2019.

Fonte: SISEMBRIO/ANVISA, 2020,

O Gráfico 2 apresenta o número de ciclos de fertilização in vitro realizados


no período de 2012 a 2019. Em 2019, houve um crescimento de mais 858 ciclos
(2%) em relação ao ano anterior.

Com isso, o cálculo estatístico aritmético é apresentado no Gráfico 3, e


apresenta os valores estatísticos de ciclos FIV reais, baseados na constante K, entre
os anos 2019 e 2018, proporcionando números mais consistentes e reais de 48.246
ciclos em 2024 e 52.536 ciclos para o ano de 2029, dado a pesquisa anterior
realizado pela autora desta pesquisa.

Gráfico 3: Previsão Aritmética dos Procedimentos de FIV no Brasil - 2012 a 2029

23
Fonte: Autor,

O resultado geométrico é apresentado no Gráfico 4, com os valores


estatísticos de ciclos FIV reais, baseados na constante q, entre os anos 2019 e 2018,
proporcionando números reais de 48.510 ciclos em 2024 e 52.534 ciclos para o ano
de 2029.

Gráfico 4: Previsão Geométrica dos Procedimentos de FIV no Brasil - 2012 a 2029

Fonte: Autor,

24
Pretendia-se nesta pesquisa quantificar, através da padronização dos
procedimentos realizados pelo Biomédico na técnica de fertilização in vitro, o tempo
necessário de cada procedimento, quadro 1, e com isso possibilitar um número
provável de postos de trabalho futuro para este profissional. Porém, não houve
tempo hábil para esta quantificação, pois não há dentro de cada técnica, o tempo
mínimo necessário ou pesquisas relacionadas a tempo gasto em procedimentos
biomédicos. Este resultado será discutido nas considerações finais e projeções
futuras desta pesquisa.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Antigamente somente pessoas mais abastardas que possuíam um certo


status de poder aquisitivo financeiro tinham acesso à realização ao tão esperado
sonho do filho biológico pois recorriam ao que tinha de mais moderno e quase
sempre fora do Brasil.

Atualmente, como mostra o presente trabalho de conclusão de curso, o


sonho e a possibilidade em gerar seus próprios filhos (herdeiros de sangue) e poder
dar continuidade aos seus descendentes, bem como também a opção da outra
vertente onde procura-se postergar esse momento para quando for mais
conveniente.

As tecnologias desenvolvidas nos grandes centros e clínicas de reprodução


assistida humana em solo brasileiro estão cada vez mais eficientes e elaboradas,
transformando sonhos em realidade mais viáveis aos casais heterossexuais e
homoafetivos que cultivam o grande sonho em ter sua própria prole.

Os gráficos e resultados sinalizam esse potencial de crescimento como um


ambiente favorável ao trabalho professional do biomédico e membros integrante

25
desta equipe multidisciplinar, haja visto que, a prospecção de crescimento das
pessoas que recorrem as técnicas de RA, apresentam um salto exponencial bastante
elevado sendo algo muito positivo para o campo de trabalho profissional.

Mostrou-se números e tendências que nos levam a acreditar que a


Reprodução Assistida no Brasil, e as técnicas de FIV e ICSI ainda tem muito a
crescer, tanto em quantidade atingida como tecnologia e barateamento dos custos,
tornando essa técnica acessível financeiramente. Mesmo sabendo que o Mercado
comercial, tem alguns fatores que possibilitam mudanças nos rumos pré destinados
pela ciência matemática, onde os termos algébricos das progressões, proporcionam
um mundo de possibilidades.

Os resultados apresentados no gráfico 3, mostra dados mais consistentes


perante ao estudo realizado pela autora em 2020/2, diminuindo a previsão aritmética
em 12.397 procedimentos em 2024 e 24.794 procedimentos em 2029. Esta
informação ainda tem um significado relevante para a quantidade de postos de
trabalhos que aumentará para o profissional de Biomedicina, que atua em
reprodução humana assistida, pois o aumento de 4.554 procedimento para 2024 e
9.578 procedimentos para 2029 em relação ao ano de 2019, promoverá mais postos
de trabalho aos formados nesse período.

Já previsão geométrica apresenta diferenças maiores para este novo estudo,


visto que neste resultado, segue a projeção dos anos de 2018 e 2019 para 2024 e
2029. Com isso as diferenças relacionadas ao 1º e 2º estudo, realizado pela autora,
está em 22.345 procedimentos para o ano de 2024 e 60.679 procedimentos para o
ano de 2029. Este resultado fica acentuado devido a grande distância dada ao
estudo anterior, 2014 e 2019, do que a diferença dois últimos dois anos
apresentados, 2018 e 2019.

Como citado anteriormente nos resultados desta pesquisa, pretendia-se


quantificar, através da padronização dos procedimentos realizados pelo Biomédico
na técnica de fertilização in vitro, o tempo necessário de cada procedimento e com
isso possibilitar um número provável de postos de trabalho futuro para este

26
profissional. Porém, não houve tempo hábil para esta quantificação, pois não há
dentro de cada técnica, o tempo mínimo necessário ou pesquisas relacionadas a
tempo gasto em procedimentos biomédicos. O aumento de procedimentos de FIV
ao longo dos últimos 7 anos, garante que esta técnica continuará crescendo pelo
Brasil em todos os setores (hospitais públicos e privados), além de clínicas
credenciadas, garantindo a importância deste estudo referenciado.

Como parte integrante de um trabalho de conclusão de curso e exigência


para a colação ao curso bacharel em biomedicina do Centro Universitário São Judas
Tadeu – CSJT Campus Unimonte, pretende-se, em programas de lato senso ou
stricto censo, trazer estudos mais aprofundados sobre projeções futuras de
procedimentos de reprodução assistida e o quanto isso aumentará significantemente
o número de postos de trabalho do Biomédico, bem como, busca de novas
referências e pesquisas detalhadas sobre o tema.

27
5. REFERÊNCIAS

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ANEXO 1 – BANNER ELETRÓNICO – PROJETO INTERDISCIPLINAR 3A

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