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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO - UNIJUÍ

CURSO DE BIOMEDICINA

GABRIELA MAIO CABRERA

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS COMO BIOMARCADOR


DE DESFECHO CLÍNICO NA COVID-19

Ijuí-RS, 2021
GABRIELA MAIO CABRERA

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS COMO BIOMARCADOR DE


DESFECHO CLÍNICO NA COVID-19

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação


apresentado ao Curso de Biomedicina da
Universidade Regional do Noroeste do Estado
do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) como requisito
parcial para a obtenção do título de Bacharel(a)
em Biomedicina.

Orientador: Prof. Matias Nunes Frizzo.

Ijuí, Dezembro de 2021.


CURSO DE BIOMEDICINA

A COMISSÃO ABAIXO ASSINADA APROVA O PRESENTE TRABALHO DE


CONCLUSÃO DE CURSO INTITULADO:

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS COMO


BIOMARCADOR DE DESFECHO CLÍNICO NA COVID-19

ELABORADO POR
GABRIELA MAIO CABRERA
COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE

BACHAREL EM BIOMEDICINA

COMISSÃO EXAMINADORA:

MATIAS NUNES FRIZZO


Professor/Orientador

VÍTOR ANTUNES DE OLIVEIRA


Professor/Banca
RESUMO

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS COMO BIOMARCADOR DE


DESFECHO CLÍNICO NA COVID-19

Gabriela Maio Cabrera, Matias Nunes Frizzo

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada por um novo coronavírus, que se disseminou
pelo mundo inteiro devido à sua característica de fácil contágio. Em pouco tempo esse vírus
estabeleceu-se um status de pandemia em todo o planeta com rigorosos protocolos de saúde
para evitar ao máximo sua disseminação. Diante disso, foi preciso investigar a fisiopatologia
da doença, seu diagnóstico, assim como os biomarcadores para o prognóstico e desfecho dos
pacientes. Neste contexto, o estudo tem como objetivo avaliar a contagem global de leucócitos
e as relações leucocitárias como biomarcadores laboratoriais de prognóstico e desfecho na
internação hospitalar de pacientes com COVID-19. Realizou-se um estudo retrospectivo,
descritivo e analítico a partir da coleta de dados clínicos e laboratoriais de pacientes internados
em um hospital localizado no município de Ijuí-RS. Os parâmetros clínico e laboratoriais
avaliados foram o leucograma e calculadas as relações leucocitárias, referentes a admissão e
desfecho dos pacientes. Os dados foram analisados com estatística descritiva com média, desvio
padrão e teste t de Student e ANOVA de uma via, sendo considerado nível de significância de
5%. Nossos resultados demonstram que a contagem global de leucócitos demonstra-se como
um potencial biomarcador de desfecho clínico de pacientes COVID no momento da internação
hospitalar.

Palavras-chave: COVID-19. Biomarcadores. SARS-CoV-2. Leucometria.


ABSTRACT

GLOBAL LEUKOCYTE COUNT AS A CLINICAL OUTCOME BIOMARKER AT


COVID-19

Gabriela Maio Cabrera, Matias Nunes Frizzo

COVID-19 is an infectious disease caused by a new coronavirus, which has spread all over the
world due to its easily contagious characteristic. In a short time, this virus has established a
pandemic status across the planet with strict health protocols to prevent its spread as much as
possible. Therefore, it was necessary to investigate the pathophysiology of the disease, its
diagnosis, as well as the biomarkers for the prognosis and outcome of patients. In this context,
our study aims to evaluate the global leukocyte count and leukocyte relationships as laboratory
biomarkers of prognosis and outcome in hospital admission of patients with COVID-19. A
retrospective, descriptive and analytical study was carried out based on the collection of clinical
and laboratory data from patients admitted to a hospital located in the city of Ijuí-RS. The
clinical and laboratory parameters evaluated were the white blood cell count and the leukocyte
ratios were calculated, referring to patient admission and outcome. Data were analyzed using
descriptive statistics with mean, standard deviation and Student's t test and one-way ANOVA,
considering a significance level of 5%. Our results demonstrate that global white blood cell
count is a potential biomarker of clinical outcome in COVID patients at the time of hospital
admission.

Keywords: COVID-19. Biomarkers. SARS-CoV-2. Leukometry.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Contagem Global de Leucócitos e relações leucocitárias na internação dos pacientes e


sua associação com o desfecho de alta ou óbito. ................................................................... 15
Figura 2 Contagem Global de Leucócitos e relações leucocitárias na alta ou óbito e sua
associação com o desfecho de alta ou óbito. ......................................................................... 16
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................................. 12
Delineamento do estudo ..................................................................................................... 12
Ética .................................................................................................................................... 12
Amostra .............................................................................................................................. 12
Procedimentos .................................................................................................................... 13
RESULTADOS .................................................................................................................. 14
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 18
ANEXOS ............................................................................................................................ 21
ANEXO 1 – NORMAS DA REVISTA .............................................................................. 21
SUBMISSÃO DO ARTIGO

O presente artigo será submetido à revista contexto e saúde (ISSN: 2176-7114 (Atual - Online)
https://www.revistas.unijui.edu.br/indexphp/contextoesaude/index). A revista apresenta
QUALIS CAPES, Quadriênio 2013-2016 de Interdisciplinar B4.
9

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS COMO BIOMARCADOR DE


DESFECHO CLÍNICO NA COVID-191
GLOBAL LEUKOCYTE COUNT AS A CLINICAL OUTCOME BIOMARKER AT COVID-19

Gabriela Maio Cabrera2, Matias Nunes Frizzo 3

1
Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido para o Curso de Biomedicina da Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ).
2
Acadêmica do Curso de Biomedicina da Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). E-mail: gabriela.cabrera@sou.unijui.edu.br
³ Professor do Programa de Pós Graduação em Atenção Integral à Saúde e do Curso de
Biomedicina (UNIJUÍ). E-mail: matias.frizzo@unijui.edu.br

RESUMO: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada por um novo coronavírus, que se
disseminou pelo mundo inteiro devido à sua característica de fácil contágio. Em pouco tempo
esse vírus estabeleceu-se um status de pandemia em todo o planeta com rigorosos protocolos
de saúde para evitar ao máximo sua disseminação. Diante disso, foi preciso investigar a
fisiopatologia da doença, seu diagnóstico, assim como os biomarcadores para o prognóstico e
desfecho dos pacientes. Neste contexto, o estudo tem como objetivo avaliar a contagem global
de leucócitos e as relações leucocitárias como biomarcadores laboratoriais de prognóstico e
desfecho na internação hospitalar de pacientes com COVID-19. Realizou-se um estudo
retrospectivo, descritivo e analítico a partir da coleta de dados clínicos e laboratoriais de
pacientes internados em um hospital localizado no município de Ijuí-RS. Os parâmetros clínico
e laboratoriais avaliados foram o leucograma e calculadas as relações leucocitárias, referentes
a admissão e desfecho dos pacientes. Os dados foram analisados com estatística descritiva com
média, desvio padrão e teste t de Student e ANOVA de uma via, sendo considerado nível de
significância de 5%. Nossos resultados demonstram que a contagem global de leucócitos
demonstra-se como um potencial biomarcador de desfecho clínico de pacientes COVID no
momento da internação hospitalar.

Palavras-chave: COVID-19. Biomarcadores. SARS-CoV-2. Leucometria.


10

ABSTRACT: COVID-19 is an infectious disease caused by a new coronavirus, which has


spread all over the world due to its easily contagious characteristic. In a short time, this virus
has established a pandemic status across the planet with strict health protocols to prevent its
spread as much as possible. Therefore, it was necessary to investigate the pathophysiology of
the disease, its diagnosis, as well as the biomarkers for the prognosis and outcome of patients.
In this context, our study aims to evaluate the global leukocyte count and leukocyte
relationships as laboratory biomarkers of prognosis and outcome in hospital admission of
patients with COVID-19. A retrospective, descriptive and analytical study was carried out based
on the collection of clinical and laboratory data from patients admitted to a hospital located in
the city of Ijuí-RS. The clinical and laboratory parameters evaluated were the white blood cell
count and the leukocyte ratios were calculated, referring to patient admission and outcome.
Data were analyzed using descriptive statistics with mean, standard deviation and Student's t
test and one-way ANOVA, considering a significance level of 5%. Our results demonstrate that
global white blood cell count is a potential biomarker of clinical outcome in COVID patients at
the time of hospital admission.

Keywords: COVID-19. Biomarkers. SARS-CoV-2. Leukometry.

INTRODUÇÃO
Em 2019, o SARS‐CoV‐2 foi identificado como agente etiológico da doença causada
pelo novo coronavírus que rapidamente se espalhou pelo mundo com cerca de 264 milhões de
casos e mais de 5,23 milhões de mortes, no Brasil os dados de novembro de 2021 são de 22.1
milhões de casos e mais de 615 mil mortes. No estado do Rio Grande do Sul, os dados da doença
são de 1,49 milhões de casos e 36.165 mil mortes pela doença, sendo que os dados do município
de Ijuí apresenta 14363 casos e 259 óbitos, em 04 de dezembro de 2021(1)
O coronavírus é um vírus de RNA de fita única positivo que pode infectar humanos,
mas também pode infectar uma variedade de animais. Tyrell e Bynoe(2) descreveram o
coronavírus pela primeira vez em 1966 e cultivaram o vírus de pacientes com resfriado comum.
Existem quatro subfamílias, nomeadamente α, β, γ e δ Coronavírus, sendo que o SARS-CoV-2
pertence à família dos Beta coronavírus. O coronavírus é envolto em uma membrana, com
grande quantidade de proteína S em sua superfície externa, conferindo ao vírus a aparência
característica de uma coroa. Esta proteína desempenha um papel fundamental no vírus que entra
na célula porque reconhece e interage com o receptor ACE2. A novidade descrita no estudo
11

publicado na revista Science é que o NRP1 é um receptor secundário que também contata a
proteína S ajudando o coronavírus a se ligar à célula e facilita sua entrada na célula (3)
Os principais sintomas clínicos iniciais da doença do novo coronavírus - COVID-19 são
febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem apresentar dores, congestão nasal, dor de
cabeça, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato, erupção cutânea na
pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Esses sintomas geralmente são leves e
começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas, mas apresentam apenas sintomas
muito leves, sendo que cerca de 80% dos pacientes se recuperam da doença sem precisar de
tratamento hospitalar. Uma em cada seis pessoas infectadas por COVID-19 fica gravemente
doente e desenvolve dificuldade de respirar. Pacientes idosos e/ou que tenham comorbidades
associadas como hipertensão, doenças cardiovasculares e respiratórias, diabetes ou câncer, têm
maior risco de ficarem gravemente doentes(4).
A COVID‐19 pode causar diversas alterações sistêmicas e já foram encontradas
alterações em marcadores laboratoriais de inflamação, função renal, cardíaca e hepática os quais
podem ser correlacionadas com pior prognóstico do paciente(5). Embora esteja bem
documentado que a COVID-19 se manifeste principalmente como uma infecção do trato
respiratório, dados emergentes indicam que deva ser considerada uma doença sistêmica que
envolve múltiplos sistemas, incluindo sistema cardiovascular, respiratório, gastrointestinal,
neurológico, hematopoiético e imunológico (6).
O sistema imunológico atua como uma defesa contra patógenos contagiosos, na
COVID-19, as células humanas, quando infectadas são reconhecidas por esse sistema seja ele
inato ou adaptativo produzem citocinas pró-inflamatórias. Após o início dos primeiros
sintomas, há um aumento nas manifestações clínicas da doença com um desenvolvimento
pronunciado de mediadores inflamatórios e citocinas, que tem sido caracterizado como uma
“tempestade de citocinas”. Neste momento, uma linfopenia (absoluta e relativa) significativa
se torna relevante e um importante indicador de desenvolvimento de agravos(7).
O quadro clínico da COVID-19 na forma mais severa é caracterizado por uma
tempestade inflamatória de citocinas, com alterações hematológicas e da coagulação que podem
levar ao dano tecidual e morte, diante disso é destacamos a importância em avaliar os
biomarcadores leucocitários na estratificação precoce de pacientes com maior risco de agravos
e mortalidade (8). Os biomarcadores hematológicos utilizados no diagnóstico e prognósticos de
pacientes com COVID19 são muito relevantes no acompanhamento de pacientes, pois são
(5)
preditores de complicações, agravos e de outros quadros infecciosos graves . A avaliação
cuidadosa do leucograma e suas respectivas relações celulares podem auxiliar no prognóstico
12

e desfechos dos pacientes, contribuindo também na formulação de abordagens de tratamento


adaptadas às diversas situações, além de permitir atenção especial àqueles pacientes que
apresentam maior necessidade.
A contagem global de leucócitos, bem como as relações celulares como preditores de
gravidade e prognóstico em diversas doenças crônicas. Resultados elevados da contagem global
de leucócitos e da relação neutrófilo linfócito (RNL) estão associados a valores de citocinas
inflamatórias mais elevados os quais correlacionam-se com maior gravidade do quadro
inflamatório, desta forma hipotetizamos que os são biomarcadores importantes ferramentadas
para avaliar o prognóstico e desfecho da COVID-19 (9). A utilização destes parâmetros poderá
ser aplicada no manejo e avaliação dos pacientes permitindo ações mais assertivas para o
tratamento. Neste contexto, nosso estudo tem como objetivo avaliar a contagem global de
leucócitos e as relações leucocitárias como biomarcadores laboratoriais de prognóstico e
desfecho na internação hospitalar de pacientes com COVID-19.

MATERIAIS E MÉTODOS
Delineamento do estudo
Este trabalho trata-se de um estudo retrospectivo descritivo analítico realizado a partir
da avaliação de prontuários (dados clínico e laboratoriais) de pacientes internados em leitos
clínicos e Unidades de Terapia e Intensiva de um Hospital localizado no município de Ijuí-RS.

Ética
O estudo foi realizado de acordo com todas as recomendações da Resolução nº
466/2012, do Conselho Nacional de Saúde - CONEP(10), sendo que o estudo foi primeiramente
autorizado pelo hospital e posteriormente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
UNIJUÍ, parecer nº 5.073.813. Dessa forma, os pesquisadores garantem o sigilo dos dados,
sendo que nenhum tipo de informação que venha comprometer ou identificar o participante será
divulgado, as informações poderão ser usadas exclusivamente para pesquisa científica.

Amostra
Para a obtenção dos dados, foram avaliados todos os prontuários do referentes ao
período de janeiro a dezembro de 2021, utilizando os seguintes critérios:
Critérios de inclusão: Foram incluídos no estudo todos os prontuários que apresentavam
a descrição dos dados sociodemográficos, avaliação clínica e evolução, exames laboratoriais do
período de internação, tempo de internação, tipo de leito e desfecho.
13

Critérios de exclusão: Foram excluídos do estudo os prontuários que não continham a


descrição completa de todos os dados necessários para o estudo como: variáveis
sociodemográficos, avaliação clínica, evolução e exames laboratoriais do período de
internação, tempo de internação, tipo de leito e desfecho

Procedimentos
Após a análise dos prontuários, e seleção dos mesmos os dados de cada paciente foram
plotados em um banco de dados contendo todas as seguintes variáveis: dados da internação,
dados clínicos e laboratoriais, evolução, escores de gravidade e desfechos. A coleta de dados
pelo sistema apresenta integridade e segurança na coleta de dados, bem como o sigilo com todo
o material analisado.
As informações foram obtidas por meio dos prontuários dos pacientes, através de uma
análise dos dados como: identificação do paciente (idade e sexo), período de internação
(admissão e alta/óbito), desfecho (alta/óbito), evolução clínica pelo corpo clínico e equipe de
enfermagem. Além disso, foram coletados todos os dados referentes aos hemogramas dos
pacientes, incluindo principalmente o leucograma.
Após a coleta dos parâmetros hematológicos, foram calculadas as relações celulares
utilizando-se a contagem global de leucócitos e as contagens absolutas de cada subtipo c
leucocitário. As relações celulares foram obtidas pelos seguintes cálculos:
- Relação Neutrófilo Bastão/ Neutrófilos Totais (Relação bastão/neutrófilos totais):
Será realizada a contagem diferencial de 200 neutrófilos, sendo as 200 células estratificadas em
neutrófilos bastonetes e neutrófilos totais, determinando assim a relação entre eles.
- Relação Neutrófilo Bastonete/ segmentado (Relação bastão/seg):
Será realizada a contagem diferencial de 200 neutrófilos, sendo as 200 células estratificadas em
neutrófilos bastonetes e segmentados, determinando assim a relação entre eles.
- Relação Neutrófilo Bastão /Leucócitos totais (Relação bastão/WBC):
Utilizaremos a contagem absoluta de neutrófilos bastonetes e a contagem global de leucócitos,
expressos em mm³ para proceder o cálculo da referida razão.
- Relação Neutrófilo/ linfócito/:
Utilizaremos a contagem absoluta de neutrófilos e linfócitos expressos em mm³ para proceder
o cálculo da referida razão.
- Relação Monócito/ Linfócito:
Utilizaremos a contagem absoluta de monócitos e linfócitos expressos em mm³ para proceder
o cálculo da referida razão.
14

Análise estatística
Análise estatística descritiva usando média e desvio padrão, teste T de Student e
correlação de Pearson entre a contagem global de leucócitos e relações leucocitárias com o
desfecho dos pacientes (alta ou óbito), sendo considerado um nível de significância de 5%.

RESULTADOS
Analisamos os prontuários de 108 pacientes, dos quais 43 mulheres (39,8%), 65 (60,1%)
homens de pacientes com COVID-19 que ingressaram num hospital. A idade média dos homens
foi de 54 ± 15,7 anos e das mulheres foi de 56 ± 15,3 anos. Dos 108 pacientes avaliados, 87
pacientes tiveram desfecho alta hospitalar apresentavam idade média de 51 ± 15,2 anos, sendo
54 (62,0%) do sexo masculino e 33 (97,9%) do sexo feminino. Já os 21 pacientes com desfecho
óbito apresentavam idade média de 66 ± 15,1 anos, sendo 11(52,3%) do sexo masculino e 10
(47,6%) do sexo feminino.
Identificamos na admissão a contagem global de leucócitos está significativamente mais
elevada nos pacientes que evoluíram para o óbito (13.100 ± 9.916/mm3), quando comparada
com os resultados dos pacientes que apresentaram desfecho de alta (9.200 ± 4.251/mm3),
conforme a figura 1.
Já na análise das relações leucocitárias não encontramos diferenças entre os resultados
das relações entre os grupos com desfecho alta e óbito. A relação Bastão/Segmentados nos
pacientes que evoluíram para o óbito foi de 0,05 ± 0,108/mm3, enquanto os resultados dos
pacientes que apresentaram desfecho de alta foram de 0,03 ± 0,099/mm3. Na relação Bastão/N.
Totais, os resultados dos pacientes que evoluíram para o óbito foram de 0,05 ± 0,072/mm3
enquanto os com desfecho de alta 0,03 ± 0,067/mm3. Também na relação Bastão/WBC os
resultados dos pacientes que evoluíram para óbito foram de 0,04 ± 0,067/mm3 e dos pacientes
de alta forma 0,03 ± 0,056/mm3. A RML para os pacientes que evoluíram para óbito foi 0,09 ±
0,16/mm3 e dos pacientes com alta foi de 0,10 ± 0,34/mm3. Na análise da RNL os pacientes do
grupo óbito tiveram resultados de 3,50 ± 0,36/mm3 e os pacientes com alta foi de 3,36 ±
0,61/mm3 conforme a figura 1.
15

Figura 1 Contagem Global de Leucócitos e relações leucocitárias na internação dos pacientes


e sua associação com o desfecho de alta ou óbito.

Legenda: 1a - Contagem Global de Leucócitos - teste t de Student entre os grupos alta ou óbito.
1b - Relação Neutrófilo Bastão e Neutrófilo Segmentado - teste t de Student entre os grupos
alta ou óbito. 1c - Relação Neutrófilo Bastão e Neutrófilo Totais - teste t de Student entre os
grupos alta ou óbito. 1d - Relação Neutrófilo bastão e contagem global de leucócitos - teste t
de Student entre os grupos alta ou óbito. 1e - Relação Monócito Linfócito - teste t de Student
entre os grupos alta ou óbito. 1 f - Relação Neutrófilo Linfócito - teste t de Student entre os
grupos alta ou óbito.

Identificamos no momento da alta ou óbito dos pacientes avaliados a contagem global


de leucócitos está significativamente mais elevada nos pacientes que evoluíram para o óbito
(18.100 ± 11.710/mm3), quando comparado com os resultados dos pacientes que apresentaram
desfecho de alta (11.200 ± 4.082/mm3). Na análise das relações leucocitárias a relação
Bastão/Segmentados está significativamente mais elevada nos pacientes que evoluíram para o
óbito (0,08 ± 0,13/mm3) quando comparado com os resultados dos pacientes que apresentaram
desfecho de alta (0,02 ± 0,05/mm3). A relação Bastão/N. Totais, os resultados dos pacientes
que evoluíram para o óbito (0,08 ± 0,09/mm3), estão significativamente mais elevados do que
os pacientes que apresentaram desfecho de alta (0,02 ± 0,04 /mm3). Na relação Bastão/WBC os
resultados dos pacientes que evoluíram para óbito (0,06 ± 0,08/mm3) foram significativamente
mais elevados que os resultados dos pacientes tiveram alta (0,02± 0,03/mm3), conforme a figura
2.
16

Já na RML não identificamos diferença significativa para pacientes que evoluíram para
óbito (0,07 ± 0,20/mm3) quando comparados aos pacientes com que tiveram alta (0,08 ±
0,18/mm3). Na análise da RNL também não identificamos diferenças entre os grupos óbito (6,07
± 6,5) e alta (2,98 ± 9,64), conforme a figura 2.

Figura 2 Contagem Global de Leucócitos e relações leucocitárias na alta ou óbito e sua


associação com o desfecho de alta ou óbito.

Legenda: 2a - Contagem Global de Leucócitos - teste t de Student entre os grupos alta ou óbito
(inserir valor de p). 2b - Relação Neutrófilo Bastão e Neutrófilo Segmentado - teste t de Student
entre os grupos alta ou óbito. 2c - Relação Neutrófilo Bastão e Neutrófilo Totais - teste t de
Student entre os grupos alta ou óbito.2d - Relação Neutrófilo bastão e contagem global de
leucócitos - teste t de Student entre os grupos alta ou óbito. 2e - Relação Monócito Linfócito -
teste t de Student entre os grupos alta ou óbito. 1 f - Relação Neutrófilo Linfócito - teste t de
Student entre os grupos alta ou óbito.

DISCUSSÃO
Nossos resultados demonstram que na análise hematológica, a contagem global de
leucócitos tem um importante papel como biomarcadores do desfecho clínico dos pacientes
COVID-19 no momento da internação hospitalar. Além disso, sua utilização tem um importante
papel de prognóstico a fim de orientar a conduta clínica de forma mais preventiva para as
complicações da doença, bem como a própria mortalidade.
Os achados do nosso estudo demonstram que a contagem global de leucócitos, um
parâmetro do hemograma, de baixo custo e universal, contém informações importantes quanto
17

ao desfecho e prognóstico dos pacientes internados. Neste sentido, a leucometria no momento


da internação hospitalar tem capacidade de predizer a mortalidade. Segundo Inah (2020)(11),
pacientes que foram a óbito apresentaram valores iniciais mais elevados de contagem de
leucócitos o que reforça nossos resultados, sendo que neste mesmo estudo foi observada PCR
também elevada em pacientes com aumento na leucometria(11).
Segundo Henry (2020), em pacientes com doenças graves, o aumento de leucócitos
pode significar um risco aumentado de deterioração clínica e resultados adversos. Os dados
indicam que o aumento de leucócitos é impulsionado pelo aumento de neutrófilos, assim como
tem um caráter informatovo de prognóstico desfavorável(12). No estudo de Huang et al.
(2020)(13) os resultados indicaram que os neutrófilos, assim como a contagem global de
leucócitos são uma expressão da tempestade de citocinas e alta inflamação e desempenham um
papel importante na COVID-19 e em infecções relacionadas com a doença. Além disso, análise
de 67 pacientes com COVID-19, confirmam que a contagem de linfócitos pode prever a
admissão na unidade de terapia intensiva (UTI).
Um estudo publicado em março analisou 69 pacientes hospitalizados UTI observou as
alterações mais frequentes nas contagens de células sanguíneas causadas pela infecção por
coronavírus. Cerca de 19 pacientes (29,2%) apresentaram leucopenia, sendo a linfopenia foi
observada no hemograma de 24 pacientes (36,9%). Os resultados observados neste estudo
demonstram que a linfopenia nos pacientes mais graves está relacionada ao óbito. Linfopenia
<600 / mm³ pode ser considerada um indicador de admissão precoce na UTI e logo após um
marcador de gravidade para óbito se o seu resultado na admissão e durante a internação se
encontrar em declínio pode se tornar um biomarcador importante (14). No entanto, nosso estudo
demonstrou que o aumento na contagem de leucócitos, já na internação hospitalar, ou seja, de
forma mais precoce, o risco para a mortalidade dos pacientes com COVID-19.
Anormalidades na contagem global dos leucócitos circulantes no sangue periférico são
comuns em infecções virais, mas um conjunto de anormalidades numéricas e morfológicas
observadas em pacientes com COVID-19 não são comuns em outras pneumonias causadas por
infecções virais. Leucocitose e as razões celulares, assim como as alterações morfológicas são
os achados mais consistentes no hemograma de pacientes com COVID-19. O reconhecimento
das alterações nestes parâmetros leucocitários não só fornece significado auxiliar para o
(15)
diagnóstico, mas também orienta a evolução da infecção .
Neutrófilos, linfócitos e plaquetas são células sanguíneas que desempenham um papel
no processo inflamatório, relações RNL e RPL são recomendadas como marcadores de
inflamação sistêmica. A RNL é considerada o fator mais preditivo entre as múltiplas variáveis
18

que determinam a gravidade da doença. Numerosos estudos demonstraram a eficácia da relação


neutrófilos / linfócitos na previsão de desfechos da doença, como doença grave, hospitalização,
admissão em terapia intensiva, intubação e morte(16). Além disso, em comparação com outras
ferramentas de avaliação de risco, tem maior sensibilidade e especificidade, sendo que
resultados de RNL elevada combinada com proteína C reativa reduzida indicam um prognóstico
ruim. A identificação precoce de casos graves permite o rastreamento precoce e o início
imediato do tratamento (17). Destacamos, ainda, que a contagem global de leucócitos e suas
relações são biomarcadores acessíveis e facilmente disponíveis em todos os laboratórios, os
quais devem ser mais investigados na progressão e severidade de doenças.

CONCLUSÃO
Os resultados demonstram que a contagem global de leucócitos demonstra-se como um
potencial biomarcador de desfecho clínico de pacientes COVID no momento da internação
hospitalar. Além disso, a implementação destes parâmetros laboratoriais nos protocolos clínicos
de pacientes hospitalares de COVID tem um importante papel prognóstico e de orientação de
conduta clínica a fim de prevenção para o desenvolvimento de complicações e da mortalidade
da doença.

REFERÊNCIAS

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9. ALVES, JMR. Relação neutrófilo-linfócito e resposta imune como fatores de


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10. Brasil, Ministério da Saúde. Coronavírus Brasil. 2021. Disponível em:


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12. Henry BM, de Oliveira MHS, Benoit S, Plebani M, Lippi G. Hematologic, biochemical
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PMID: 32339335; PMCID: PMC7267477.

15. Research, Society and Development, v. 10, n.11, e400101119838, 2021 (CC BY 4.0) |
ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19838.

16. Arli C, Gulmez I, Saraç ET, Okuyucu Ş. Assessment of inflammatory markers in


otosclerosis patients. Braz J Otorhinolaryngol. 2020;86:456–60. Brazilian Journal of
Otorhinolaryngology [online]. 2020, v. 86, n. 4 [Acessado 3 Dezembro 2021], pp. 456-
460. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.bjorl.2018.12.014>. Epub 28 Ago 2020.
ISSN 1808-8686. DOI https://doi.org/10.1016/j.bjorl.2018.12.014.

17. Chan AS, Rout A. Use of Neutrophil-to-Lymphocyte and Platelet-to-Lymphocyte


Ratios in COVID-19. J Clin Med Res. 2020; 12 (7): 448-453. DOI: 10.14740 /
jocmr4240
21

ANEXOS

ANEXO 1 – NORMAS DA REVISTA

Diretrizes para Autores


São aceitos trabalhos na seguinte categoria: Artigos Originais nos idiomas português, inglês ou
espanhol. Não serão aceitos Relatos de Experiência.
O nome dos autores não deve aparecer no corpo do texto e também devem ser eliminados
trechos que prejudiquem a garantia de anonimato e traços de identificação da origem nas
propriedades do documento. Os dados de identificação dos autores devem ser registrados
diretamente e apenas nos campos apropriados da página de cadastramento do usuário. Deverão
ser preenchidos, obrigatoriamente, os seguintes dados: instituições de origem, minicurrículo,
respectivos e-mails e código Orcid. Esses dados não devem constar no arquivo Word enviado
pelo portal.

Os trabalhos devem ser digitados em Word for Windows ou compatível.

Letra tipo Times New Roman, tamanho 12


Papel formato A4
Espaçamento entrelinhas de 1,5
Margens (direita, esquerda, superior e inferior) de 2,5 centímetros
Figuras e tabelas deverão ser inseridas no texto em ordem sequencial e numeradas na ordem em
que são citadas no texto
As referências deverão estar em acordo com as normas Vancouver
(https://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html)
Recomenda-se até 30 referências
Ao menos 75% das referências devem ser dos últimos 5 anos
As referências citadas no corpo do texto devem ser listadas consecutivamente, em algarismos
arábicos, sobrescritos, sem citar os nomes dos autores (exceto aquelas que constituam
referências teóricas ou metodológicas). Quando forem sequenciais, indicar o primeiro e o
último algarismos, separados por hífen. Exemplo: 1-3; quando intercalados, eles devem ser
separados por uma vírgula. Ex.: 1-2,4.
22

Entre a citação numérica e a palavra que a precede, não deve haver espaço. Exemplo:
Coronavírus3-6,16,21.
Não deve ser mencionada a indicação da página consultada para a referência citada no artigo.
As referências bibliográficas utilizadas serão apresentadas no final do artigo, listadas na ordem
em que aparecem no texto.

Exemplos de referência

LIVRO: 6 Rios TA. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. 2. ed. São
Paulo: Cortez; 2001.

ARTIGO EM PERIÓDICO: 5 Pai SD, Langendorf TF, Rodrigues MCS, Romero MP, Loro
MM, Kolankiewicz ACB. Validação psicométrica de instrumento que avalia a cultura de
segurança na Atenção Primária. Acta paul. enferm. [Internet]. 2019 Dec [cited 2021 Jan 26];
32(6): 642-650. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002019000600642&lng=en.
Epub Dec 2, 2019. https://doi.org/10.1590/1982-0194201900089. Acesso em: 20 jun. 2020.

DISSERTAÇÕES E TESES: PREFERENCIALMENTE NÃO USAR, POR SER


CONSIDERADA LITERATURA CINZENTA.

As notas de rodapé devem ser numeradas ao longo do texto e utilizadas apenas quando
efetivamente necessárias.

Os trabalhos devem submetidos em uma das seções da revista:


(https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/about/editorialPolicies#sectionP
olicies)

Artigo Original: Aceita todo tipo de pesquisa original nas áreas da Saúde, incluindo pesquisa
com seres humanos e pesquisa com animais. O artigo deve ser estruturado nos seguintes itens:
Título, Resumo, Introdução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusão e
Referências. (Até 20 páginas).
23

Recomendações para todas as categorias de trabalhos

Título: que identifique o conteúdo do trabalho em até 15 palavras. Apresentá-lo no idioma do


trabalho e em Inglês.

Resumo: até 250 palavras, elaborado em parágrafo único, sem subtítulo, acompanhado de sua
versão em inglês (Abstract). O primeiro resumo deve ser no idioma do trabalho e deve conter
objetivo, método, resultados e conclusão.

Descritores: de 3 a 6, que permitam identificar o assunto do trabalho, em português


(Descritores) e inglês (Descriptors), conforme os “Descritores em Ciências da Saúde”
(http://decs.bvs.br), podendo a Revista modificá-los se necessário.

Introdução: deve apresentar o problema de pesquisa, a justificativa, a revisão da literatura


(pertinência e relevância do tema) e os objetivos coerentes com a proposta do estudo.

Método: deve identificar o tipo de estudo, a população ou a amostra estudada, os critérios de


seleção, o período do estudo e o local (quando aplicado), os métodos estatísticos, quando
apropriado, e as considerações éticas (nº de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa e uso
de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido).

Resultados: devem ser descritos em sequência lógica. Quando forem apresentados em tabelas
e ilustrações o texto deve complementar e não repetir o que está descrito nestas. Pode ser
redigida junto com a discussão ou em uma seção separada.

Discussão: deve conter a comparação dos resultados com a literatura e a interpretação dos
autores. Pode ser redigida junto com os resultados ou em uma seção separada. Deve trazer com
clareza a contribuição do trabalho e comentários a respeito das limitações do estudo.

Conclusões ou Considerações Finais: devem destacar os achados mais importantes, levando


em consideração os objetivos do estudo e as implicações para novas pesquisas na área.
24

Referências: recomenda-se o uso de, no máximo, 30 referências atualizadas (75% dos últimos
cinco anos), sendo aceitáveis fora desse período no caso de constituírem referencial
fundamental para o estudo.

Figuras e tabelas: figuras e tabelas deverão ser inseridas no texto em ordem sequencial,
numeradas na ordem em que são citadas no texto. Devem ser devidamente numeradas e
legendadas. Em caso de utilização de figuras ou tabelas publicadas em outras fontes citar a fonte
original.

Aspectos éticos: em pesquisas que envolvem seres humanos a submissão deverá conter o
número do parecer do Comitê de Ética, conforme prevê o parecer 466/2012 do Ministério da
Saúde, o qual deve vir anexo nos documentos complementares. Da mesma forma, as pesquisas
que envolvam experimentos com animais devem guiar-se pelos princípios éticos adotados pelo
Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) e deverá ser informado o
número do parecer da Comissão de Ética de Experimentação animal (Ceua). O parecer deve vir
em anexo nos documentos complementares.

Critérios de Avaliação
O manuscrito segue as normas de apresentação da Revista Contexto & Saúde?
O problema investigado está estabelecido com clareza?
O problema investigado é significativo, inovador e importante para a área?
O problema investigado mostra relevância nacional ou internacional e não é de interesse
demasiadamente local?
A literatura científica abordada é atual, pertinente e está discutida de modo completo e
adequado?
O método de investigação é adequado?
Está suficientemente claro e replicável?
A análise dos dados está clara, apresentada adequadamente e correta?
A apresentação dos resultados está adequada?
A discussão e as conclusões estão respaldadas e coerentes com resultados e dados apresentados
e/ou com a revisão bibliográfica apresentada?
O texto é claro, coerente e bem organizado, contribuindo para divulgação científica de
qualidade?
25

Tempo para Publicação


O tempo estimado para o processo de avaliação é de 6 meses, sendo o tempo total (da submissão
até a publicação) de 10 meses.

Processo de Avaliação pelos Pares


Os artigos submetidos à Revista Contexto & Saúde são avaliados por, no mínimo, dois
pareceristas externos, selecionados por especialidade e/ou afinidade em relação ao conteúdo do
artigo.
Os pareceristas devem relatar aos editores quaisquer conflitos de interesse que possam influir
em suas opiniões sobre o manuscrito.

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