Você está na página 1de 15

INSTITUTO POLITÉCNICO ISLÂMICO DE MOÇAMBIQUE

Curso: Técnico de Medicina Geral. Turma: 9

Tema: Obstrução do canal auditivo. Otite Externa

Módulo: Otorrinolaringologia.

3º Semestre

1º Grupo

Discentes:

Joana Caetano Simone № 9

Jordão Justino Cossa № 10

Maria Luís Daniel Nhomela № 16

Shamima Gervásio Miguel Escola № 25

Zé Luís Emílio Racibo № 29

Zeca Manuel Zeca № 31

Quelimane, Outubro 2021


Discentes:

Joana Caetano Simone № 9

Jordão Justino Cossa № 10

Maria Luís Daniel Nhomela № 16

Shamima Gervásio Miguel Escola № 25

Zé Luís Emílio Racibo № 29

Zeca Manuel Zeca № 31

Tema: Obstrução do canal auditivo. Otite Externa

Módulo: Otorrinolaringologia.

3º Semestre

1º Grupo

Trabalho de carácter avaliativo, como


requisita parcial da 2ª ACP, da
disciplina de otorrinolaringologia
leccionado pelo docente:

Celso Impéua

Quelimane, Outubro 2021


Índice
1. Introducao...........................................................................................................................1
1.1. Objectivos........................................................................................................................2
1.1.1 Geral...............................................................................................................................2
1.1.2 Específicos.....................................................................................................................2
2. Desenvolvimento................................................................................................................3
2.1. Obstrução do canal auditivo externo................................................................................3
2.1.1. Localização da obstrução..............................................................................................3
2.1.2. Factores Predisponentes:...............................................................................................4
2.1.3. Quadro Clínico..............................................................................................................4
2.1.4. Complicações................................................................................................................4
Exames auxiliares e Diagnóstico:...........................................................................................4
Conduta:..................................................................................................................................4
2.2. Otite externa.....................................................................................................................5
2.2.1. Factores Predisponentes................................................................................................5
2.2.2. Classificação.................................................................................................................5
2.2.3. Quadro clínico..............................................................................................................5
2.2.4. Diagnóstico diferencial da OE....................................................................................10
2.2.5. Complicações da OE..................................................................................................10
2.2.6 Prevenção.....................................................................................................................10
3. Conclusão..........................................................................................................................11
4. Referencias bibliográficas.................................................................................................12
1. Introdução
O presente trabalho tem como tema a obstrução do canal auditivo e das otites externas.

As doenças inflamatórias do ouvido são sem dúvida das situações mais frequentes que surgem
tanto nos atendimentos permanentes como nas consultas do nosso dia-a-dia.

Cedo nos podem apoquentar, sobretudo nos primeiros anos de vida, provocando otites muitas
vezes recorrentes que, para além da otalgia, podem levar à otorreia e nalguns raros casos à
perfuração timpânica que se pode, desde logo, instalar limitando a qualidade de vida da
criança e mais tarde do adulto.

É também nestes primeiros tempos que surge aquela que ainda hoje é a primeira causa de
surdez infantil, a otite serosa, com a instalação de um exsudado seroso ou seromucoso na
caixa do tímpano que vai limitar os movimentos da membrana timpânica e cadeia ossicular,
retardando a progressão das zonas sonoras em direcção ao ouvido interno.

A otite externa é definida como sendo uma infecção ou inflamação do canal auditivo externo
e pavilhão auricular.

A formação de rolhões de cerúmen deve-se a acumulação de uma substância produzida pelas


glândulas sebáceas e acúmulo de descamação da epiderme, que se acumula no canal auditivo
externo quando o mecanismo de auto-limpeza está alterado. É mais comum em crianças (que
produzem muito cerúmen e têm o canal auditivo mais estreito que nos adultos); em idosos
(que têm o canal auditivo externo mais seco) ou em pacientes com problemas mentais, ou em
casos de mal uso do cotonete ou outros instrumentos para limpar o ouvido.

O desenvolvimento desta ferramenta trilhara dentro de três fases nomeadamente:

 Introdução, consiste em fazer uma breve nota introdutora do assunto chave, que será
também acompanhada pela inquietação do desenvolvendo de tal artigo, seus objectivos, e
a razão da escolha do tema;
 Desenvolvimento, neste ponto será feito um desenvolvimento teórico trazido por
diferentes autores que estudam questões relacionadas ao tema em questão.
 Conclusão, a que faz se o resumo do processo do desenvolvimento do trabalho de forma
detalhada.

1
1.1. Objectivos

1.1.1 Geral
 Descrever as causas da obstrução do canal auditivo
1.1.2 Específicos
 Descrever a otite externa e identificar as causas comuns.

 Listar os sintomas comuns e identificar as várias formas de otite externa.

 Desenvolver um diagnóstico diferencial para otite externa.

 Descrever o tratamento para várias formas de otite externa.

2
2. Desenvolvimento

2.1. Obstrução do canal auditivo externo


A obstrucao do canal auditivo externo constitui uma das principais causas de atendimento de
foro ORL no servico de urgência. ( LAIN, M.G. et al. 2013, p. 66)

Etilogia

E as causas mais comuns são:

 Cerúmen (a também chamada cera de ouvido)


 Corpos estranhos (CE): sólidos (pedaço de lápis, pauzinho seco, ervilhas, missangas,
partes de brinquedos, areia), vivos (moscas, baratas, pulgas), líquidos (óleos
industriais, soluções ácidas ou alcalinas).
Secreções infecciosas do ouvido médio misturada a cerúmen ( LAIN, M.G. et al. 2013, p. 66)

2.1.1. Localização da obstrução


Pode estar localizada:

 No canal auditivo em vários níveis: geralmente o cerúmen (cera) é localizada perto do


tímpano. No caso de corpos estranhos a localização depende do seu tamanho.
No ouvido médio, se ultrapassa o tímpano: em caso de trauma grave com perfuração do
tímpano. ( LAIN, M.G. et al. 2013, p. 66)

Figura 1. Anatomia do aparelho audtiv


3
2.1.2. Factores Predisponentes:
A formação de rolhões de cerúmen deve-se a acumulação de uma substância produzida pelas
glândulas sebáceas e acúmulo de descamação da epiderme, que se acumula no canal auditivo
externo quando o mecanismo de auto-limpeza está alterado. É mais comum em crianças (que
produzem muito cerúmen e têm o canal auditivo mais estreito que nos adultos); em idosos
(que têm o canal auditivo externo mais seco) ou em pacientes com problemas mentais, ou em
casos de mal uso do cotonete ou outros instrumentos para limpar o ouvido. ( LAIN, M.G. et
al. 2013, p. 67)

2.1.3. Quadro Clínico


A sintomatologia depende da natureza da obstrução. No caso de obstrução por corpos
estranhos vai depender do tipo de corpo estranho e da lesão consequente.

 Obstrução por cerúmen : hipoacúsia, autofonia (ressonância da própria voz do doente)


e esporadicamente, otalgia e vertigem.
 Corpo estranho (CE) líquido: plenitude auricular, hipoacúsia e otalgia intensa
 CE vivo: sensação desagradável até dor lancinante
2.1.4. Complicações
Para LAIN, M.G. et al. (2013), as complicações em decorrência da permanência de corpo
estranho no canal auditivo são raras. As mais graves são as iatrogências, secundárias às
tentativas intempestivas de remoção realizadas por clínicos sem a adequada competência e
habilidade e sem o material apropriado. As complicações mais frequentes são:

 Lacerações da pele do canal auditivo externo;


 Perfuração da membrana do tímpano;
 Desarticulações e/ou lesões na cadeia ossicular;
 Lesão do labirinto e lesões do nervo facial.
Exames auxiliares e Diagnóstico:
O diagnóstico é fundamentalmente clínico (anamnese e exame fisico) e otoscópico.

Conduta:
Consiste na remoção do cerúmen , do corpo estranho com ou sem irrigação. Somente os CE
vivos e os cáusticos são casos de urgência. ( LAIN, M.G. et al. 2013)

Transferir imediatamente o paciente ao médico de referência, se:

 Suspeitar uma lesão grave na cabeça;


 Presença de perda de líquido transparente pelo ouvido com ou sem sangue, que é
suspeita de fractura da base craniana

4
 Sangramento grave através do ouvido externo, que é suspeita de fractura da base
craniana
 Os métodos de primeiros socorros não tiveram êxito e o paciente estiver com forte dor,
estiver perdendo audição ou estiver com sensação de alguma coisa estar ainda dentro
do ouvido.

2.2. Otite externa


A otite externa é definida como sendo uma infecção ou inflamação do canal auditivo externo
e pavilhão auricular.

2.2.1. Factores Predisponentes


 Micro traumas causados por um cotonete ou outros instrumentos usados para limpar
o canal auditivo externo – principal factor predisponente
 Humidade: que pode alterar o microclima do canal auditivo externo e predispor ao
crescimento de patógenos
 Irritação por substâncias como tinturas para cabelos, spray, creme
 Corpos estranhos que impedem a aeração do canal auditivo exteno (CAE) e produzem
irritação local
 Imunodepressão (HIV, diabetes, neoplasias malignas, quimioterapia, corticóides) que
predispõe a otite externa maligna ou fúngica)
 Desportos aquáticos: como a natação, predispoe a otite externa ( chamada otite)Otite
externa é mais comum em nadadores (às vezes chamado ‘ouvido de nadador’)
2.2.2. Classificação
 Otite aguda difusa
 Otite aguda localizada (forunculose)
 Otite crónica
 Otite granulosa
 Otite fúngica (otomicose)
 Otite maligna ou necrotizante
 Otite herpética
 Otite bolhosa
 Pericondrite e Condrite
2.2.3. Quadro clínico
O quadro clínico varia conforme a classe da otite externa, assim teremos:
5
Otite externa aguda difusa (ouvido do nadador) : Consiste num processo infeccioso e
inflamatório do ouvido externo. É causada por P. aeruginosa, Staphylococcus spp +

Quadro clino: Otalgia que se irradia para região temporal e mandibular, , eritema, otorreia,
prurido, hipoacúsia (de condução)e hipersensibilidade à palpação, Febre e linfadenopatia em
casos mais graves

Exame auxiliar e Diagnostico: Anamnese e exame físico. Otoscopia do canal auditivo


externo. geralmente normal
Conduta
Cuidados locais: limpeza atraumática do canal auditivo externo por aspiração e desbridamento
de restos celulares. Pode se usar água oxigenada para facilitar a remoção e limpeza de
fragmentos e crostas aderidas, com completa secagem do canal auditivo externo
posteriormente.

Analgésia: AINEs – ibuprofeno 200-400 mg oral ou diclofenac 25 a 50 mg oral, de 8 em 8


horas por 3-5 dias

Antibioticoterapia:

Tópica - Cloranfenicol gotas auriculares a 5%, 3-5 gotas 2-3 x/dia

Hidrocortisona gotas para reduzir a inflamação: 5 gotas 3 vezes ao dia durante 7 dias

Sistêmica – casos graves com manifestações gerais, infecção disseminada ao redor docanal
auditivo externo, linfadenite, estado tóxico.

Ciprofloxacina 500 mg oral de 12 em 12 horas durante 7 dias ou se mais grave, Gentamicina


80 mg EV de 8/8 h + Ampicilina 1 grama EV de 6 em 6 horas.

Otite externa aguda localizada (Furunculose).


É uma OE Aguda limitada a uma área do CAE, geralmente no 1/3 externo, onde existem
glândulas sebáceas e folículos pilosos. É causada por Staphylococcus (s.aureus ++++)
Streptococcus ++

Quadro clinico: Prurido, otalgia localizada, edema, eritema do CAE, pontos de flutuação.

Hipoacúsia (se oclusão do CAE). O diagnostico é essencialmente clinico.

Conduta

O mesmo que o anterior, no entanto nos casos graves usar drogas antiestafilocócicas:

Amoxicilina (500 mg) com ácido clavulâmico (125), oral, 500 mg de 8 em 8 horas por 7 dias
ou flucloxacilina 250 mg, oral, 250 mg de 6 em 6 horas por 7 dias. Os furúnculos não devem
ser mexidos, deve-se aguardar pela sua maturação, fistulização e cura espontânea. Só em
casos excepcionais o especialista deve recorrer à incisão do furúnculo.

6
Otite externa crónica: Geralmente ocorre quando os processos infecciosos e inflamatórios
não são tratados adequadamente e tem uma etiologia Mista (infecção + hipersensibilidade).
Flora não patogénica

Quadro clínico: Desconforto leve, prurido intenso, , ressecamento da pele do CAE e


hipoacúsia. Geralmente indolor. Otorréia mucopurulenta se infecção secundária agudizada.

O diagnostico e essencialmente clínico: aumento da espessura da pele do canal auditivo


externo (CAE), com sinais de ressecamento

Conduta

Tratamento local com objectivo de restaurar a pele normal do CAE e promover produção de
cerúmen: limpeza frequente e debridamento local, seguido de aplicação de violeta de
genciana.

Referência ao médico para uso de corticóides tópicos e gotas queratolíticas

Otite externa granulosa: Consiste em exsudação purulenta do 1/3 interno do CAE, incluindo
a MT. Pode ocorrer em pacientes que não trataram adequadamente um episódio prévio de OE.

Quadro clínico: Hipoacúsia, otorréia purulenta e prurido leve

O diagnostico e clínico. A otoscopia revela placas granulosas sesseis ou massa pedunculada

Conduta

Limpeza do CAE com água morna seguida de secagem. Aplicação de antibiótico tópico
(gentamicina, cloranfenicol) e transferência para o médico.

Otite externa fúngica (Otomicose): causada por Aspergillus spp e Candida spp.

Quadro clinico: Prurido é a manifestação clínica principal.Presença de Otorréia espessa

Exames auxiliares e diagnostico

Anamnese e exame físico. Otoscopia: fungos de coloração negra, acinzentada, verde escuro,
amarela ou branca, com fragmentos celulares no canal auditivo externo (CAE)

Conduta

Limpeza do CAE e secagem, aplicação de violeta de genciana (1-2x/dia) e antifúgicos tópicos


como clotrimazol (creme, 2-3 x/dia) por 7-10 dias. Antifúngicos sistêmicos não são eficazes.

Otite externa maligna ou Necrotizante: É uma infecção grave do OE e base do crânio,


tipicamente vista em diabéticos idosos e imunocomprometidos (HIV, neoplasias,
quimioterapia, corticoterapia)

Etiologia: P.aeruginosa +++, Aspergillus, S. epidermidis, S.aureus, Proteus Spp, Salmonella


Spp

7
Quadro clinico: Otalgia com mais de 1 mês, otorréia purulenta persistente, acometimento dos
nervos cranianos (paralisias relacionadas com os nervos facial, vago e acessório – rouquidão,
disfagia, aspiração e alterações respiratórias)

Diagnostico

Suspeita em qualquer paciente diabético com OE ou otalgia intensa e persistente.

Otoscopia: tecido de granulação no assoalho do CAE próximo à junção ósseo-cartilaginosa

Conduta

Transferência para o médico. Administrar pré-transferência Gentamicina 160-240 mg EV/IM

Otite externa herpetica: O Herpes Zoster Oticus ou Síndrome de Ramsay Hunt é a infecção
dos gânglios do nervo acústico e do gânglio geniculado do nervo facial pelo Vírus do Herpes
Zoster. O agente etilogico é Viral (herpes simplex e zoster)

Quadro clínico: Por Herpes Zóster: paralisia facial periférica, otalgia, zumbidos, erupção
cutânea vesicular no pavilhão e CAE ipsilateral, hipoacúsia: Síndrome de Ramsey Hunt

Por Hérpes simplex: semelhante ao H. zóster sem afecção do nervo facial.

Diagnostico

Clínico: Síndrome de Ramsey Hunt: paralisia facial periférica, otalgia e erupção cutânea
vesicular

Herpes Simplex: clínica.

Conduta

Síndrome de Ramsey Hunt: Prednisolona oral, 40mg/dia durante 2 dias, 30mg/dia durante os
seguintes 7-10 dias; seguir diminuindo progressivamente a dose, associado a: Aciclovir 800
mg oral 5x/dia durante 7 dias.

OE por herpes simplex: Aciclovir 200 mg

Otite externa bolhosa. É uma das otites mais dolorosas

A etiologia não é clara, sugere-se Mycoplasma spp, e ou causa viral

Quadro clínico: Vesículas ou bolhas hemorrágicas na porção óssea do CAE

Otorréia serossanguinolenta

Diagnostico: Fundamentalmente clínico (quadro clínico)

Condtuta: Eritromicina 500 mg de 6 em 6 horas por 10 dias.


8
Analgésicos para a dor. Limpeza e secagem do CAE

Pericondrite e Condrite

Pericondrite – inflamação do pericôndrio. Condrite – inflamação da cartilagem.

Podem acompanhar ou complicar infecções do CAE ou resultam de trauma acidental ou


cirúrgico do pavilhão auricular.

A etiologia é Polimicrobiana, P.aeruginosa, Gram +, S.aureus, Proteus, Gram


Quadro clinico: Dor e sensação de obstrução e plenitude do CAE. Pele é descamativa, com
crostas e secrecção seropurulenta. A orelha fica eritematosa, endurecida e dolorosa à
manipulação.

O diagnostic é fundamentalmente clínico (quadro clinic

Conduta

Debridamento, drenagem de pontos flutuantes e antibioticoterapia tópica e/ou sistêmica.

Tópica: Cloranfenicol gotas auriculares a 5%, 3-5 gotas 2-3 x/dia. Hidrocortisona creme (2-
3x/dia) para reduzir a inflamação.

Sistêmica (caso não melhore ou casos graves): oral – ciprofloxacina; ou se mais grave –
ampicilina 1 gr EV de 6 em 6h + Gentamicina 160 a 240 mg EV 1x/dia

Analgésicos para dor

Erisipela do Pavilhão: Geralmente secundária à OE aguda ou trauma, e causada por


S.aureus

Quadro clinico: Edema da pele do pavilhão, com eritema e aspecto áspero, lembrando
“casca de laranja”. É comum acometimento da face e manifestações sistêmicas: febre,
calafrios, taquicardia

O diagnostico é fundamentalmente clínico (quadro clínico)

Conduta

Amoxicilina (500mg) e ácido clavulâmico (125 mg) – 500 mg de 8 em 8 horas por 7 dias ou

Flucloxacilina 250 mg de 6 em 6 horas por 7 dias

Analgésicos para dor

Otohematoma

É o hematoma traumático do pavilhão auricular. Comum em praticantes de boxe e artes


marciais.

9
O sangue se acumula entre o pericôndrio e a cartilagem na face externa do pavilhão auricular,
mais comumente no terço superior.

A causa é Traumática, Sobreinfecção: S.aureus e S. epidermidis


Quadro clinico: Perda do contorno normal da superfície lateral do pavilhão auricular,
equimose, parestesia e dor local.

O diagnostico é clínico, feito pela história de trauma e exame físico

Conduta

Incisão e drenagem do hematoma, seguida de limpeza cuidadosa dos coágulos. Após a


drenagem, aproximam-se os retalhos sem suturá-los e coloca-se um penso compressivo.
Associam-se antibióticos de amplo espectro (amoxicilina com ácido clavulâmico,
ciprofloxacina, nas doses já acima mencionadas)

2.2.4. Diagnóstico diferencial da OE


 Furúnculo
 Dermatose
 Otite média aguda
 Eczema, AVC e Paralisia de Bell (no caso de Sindrome de Ramasay Hunt).
2.2.5. Complicações da OE
 Estenose do CAE
 Miringite com consequente perfuração da MT
 Celulite auricular
 Condrite
 Parotidite
 Otite externa maligna
 Osteomielite
 Sépsis

2.2.6 Prevenção:
 Aconselhar os pacientes (e a população em geral) a evitar a manipulação do CAE com
limpezas frequentes com cotonetes ou a introdução de qualquer instrumento, para
evitar a laceração da pele.
 Uso de protectores auriculares em nadadores

10
3. Conclusão
As causas mais comuns de obstrução do canal auditivo externo são: cerúmen e corpos
estranhos. O diagnóstico é feito pela anamnese e exame físico do ouvido externo com o
otoscópio.

As infecções do ouvido podem afectar o ouvido externo, a chamada otite externa ou podem
afectar o ouvido médio, chamada de otite média.

Geralmente em caso de otite externa não há febre; há dor com a manobra de tracção do
pavilhão auricular para cima e para fora e de pressão da área pré-auricular (trago); o tímpano
não é afectado.

O Herpes Zoster Oticus ou Síndrome de Ramsay Hunt é a infecção dos gânglios do nervo
acústico e do gânglio geniculado do nervo facial pelo vírus do Herpes Zoster. Trata-se de uma
Otite Externa.

11
4. Referencias bibliográficas
Lain, M.G. et all. 2013. Manual ORL,Oftalmogia e Estomatologia: Obstrucao do canal
auditivo, Otite externa. pp. 66-71

12

Você também pode gostar