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Módulo: Otorrinolaringologia.
3º Semestre
1º Grupo
Discentes:
Módulo: Otorrinolaringologia.
3º Semestre
1º Grupo
Celso Impéua
As doenças inflamatórias do ouvido são sem dúvida das situações mais frequentes que surgem
tanto nos atendimentos permanentes como nas consultas do nosso dia-a-dia.
Cedo nos podem apoquentar, sobretudo nos primeiros anos de vida, provocando otites muitas
vezes recorrentes que, para além da otalgia, podem levar à otorreia e nalguns raros casos à
perfuração timpânica que se pode, desde logo, instalar limitando a qualidade de vida da
criança e mais tarde do adulto.
É também nestes primeiros tempos que surge aquela que ainda hoje é a primeira causa de
surdez infantil, a otite serosa, com a instalação de um exsudado seroso ou seromucoso na
caixa do tímpano que vai limitar os movimentos da membrana timpânica e cadeia ossicular,
retardando a progressão das zonas sonoras em direcção ao ouvido interno.
A otite externa é definida como sendo uma infecção ou inflamação do canal auditivo externo
e pavilhão auricular.
Introdução, consiste em fazer uma breve nota introdutora do assunto chave, que será
também acompanhada pela inquietação do desenvolvendo de tal artigo, seus objectivos, e
a razão da escolha do tema;
Desenvolvimento, neste ponto será feito um desenvolvimento teórico trazido por
diferentes autores que estudam questões relacionadas ao tema em questão.
Conclusão, a que faz se o resumo do processo do desenvolvimento do trabalho de forma
detalhada.
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1.1. Objectivos
1.1.1 Geral
Descrever as causas da obstrução do canal auditivo
1.1.2 Específicos
Descrever a otite externa e identificar as causas comuns.
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2. Desenvolvimento
Etilogia
Conduta:
Consiste na remoção do cerúmen , do corpo estranho com ou sem irrigação. Somente os CE
vivos e os cáusticos são casos de urgência. ( LAIN, M.G. et al. 2013)
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Sangramento grave através do ouvido externo, que é suspeita de fractura da base
craniana
Os métodos de primeiros socorros não tiveram êxito e o paciente estiver com forte dor,
estiver perdendo audição ou estiver com sensação de alguma coisa estar ainda dentro
do ouvido.
Quadro clino: Otalgia que se irradia para região temporal e mandibular, , eritema, otorreia,
prurido, hipoacúsia (de condução)e hipersensibilidade à palpação, Febre e linfadenopatia em
casos mais graves
Antibioticoterapia:
Hidrocortisona gotas para reduzir a inflamação: 5 gotas 3 vezes ao dia durante 7 dias
Sistêmica – casos graves com manifestações gerais, infecção disseminada ao redor docanal
auditivo externo, linfadenite, estado tóxico.
Quadro clinico: Prurido, otalgia localizada, edema, eritema do CAE, pontos de flutuação.
Conduta
O mesmo que o anterior, no entanto nos casos graves usar drogas antiestafilocócicas:
Amoxicilina (500 mg) com ácido clavulâmico (125), oral, 500 mg de 8 em 8 horas por 7 dias
ou flucloxacilina 250 mg, oral, 250 mg de 6 em 6 horas por 7 dias. Os furúnculos não devem
ser mexidos, deve-se aguardar pela sua maturação, fistulização e cura espontânea. Só em
casos excepcionais o especialista deve recorrer à incisão do furúnculo.
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Otite externa crónica: Geralmente ocorre quando os processos infecciosos e inflamatórios
não são tratados adequadamente e tem uma etiologia Mista (infecção + hipersensibilidade).
Flora não patogénica
Conduta
Tratamento local com objectivo de restaurar a pele normal do CAE e promover produção de
cerúmen: limpeza frequente e debridamento local, seguido de aplicação de violeta de
genciana.
Otite externa granulosa: Consiste em exsudação purulenta do 1/3 interno do CAE, incluindo
a MT. Pode ocorrer em pacientes que não trataram adequadamente um episódio prévio de OE.
Conduta
Limpeza do CAE com água morna seguida de secagem. Aplicação de antibiótico tópico
(gentamicina, cloranfenicol) e transferência para o médico.
Otite externa fúngica (Otomicose): causada por Aspergillus spp e Candida spp.
Anamnese e exame físico. Otoscopia: fungos de coloração negra, acinzentada, verde escuro,
amarela ou branca, com fragmentos celulares no canal auditivo externo (CAE)
Conduta
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Quadro clinico: Otalgia com mais de 1 mês, otorréia purulenta persistente, acometimento dos
nervos cranianos (paralisias relacionadas com os nervos facial, vago e acessório – rouquidão,
disfagia, aspiração e alterações respiratórias)
Diagnostico
Conduta
Otite externa herpetica: O Herpes Zoster Oticus ou Síndrome de Ramsay Hunt é a infecção
dos gânglios do nervo acústico e do gânglio geniculado do nervo facial pelo Vírus do Herpes
Zoster. O agente etilogico é Viral (herpes simplex e zoster)
Quadro clínico: Por Herpes Zóster: paralisia facial periférica, otalgia, zumbidos, erupção
cutânea vesicular no pavilhão e CAE ipsilateral, hipoacúsia: Síndrome de Ramsey Hunt
Diagnostico
Clínico: Síndrome de Ramsey Hunt: paralisia facial periférica, otalgia e erupção cutânea
vesicular
Conduta
Síndrome de Ramsey Hunt: Prednisolona oral, 40mg/dia durante 2 dias, 30mg/dia durante os
seguintes 7-10 dias; seguir diminuindo progressivamente a dose, associado a: Aciclovir 800
mg oral 5x/dia durante 7 dias.
Otorréia serossanguinolenta
Pericondrite e Condrite
Conduta
Tópica: Cloranfenicol gotas auriculares a 5%, 3-5 gotas 2-3 x/dia. Hidrocortisona creme (2-
3x/dia) para reduzir a inflamação.
Sistêmica (caso não melhore ou casos graves): oral – ciprofloxacina; ou se mais grave –
ampicilina 1 gr EV de 6 em 6h + Gentamicina 160 a 240 mg EV 1x/dia
Quadro clinico: Edema da pele do pavilhão, com eritema e aspecto áspero, lembrando
“casca de laranja”. É comum acometimento da face e manifestações sistêmicas: febre,
calafrios, taquicardia
Conduta
Amoxicilina (500mg) e ácido clavulâmico (125 mg) – 500 mg de 8 em 8 horas por 7 dias ou
Otohematoma
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O sangue se acumula entre o pericôndrio e a cartilagem na face externa do pavilhão auricular,
mais comumente no terço superior.
Conduta
2.2.6 Prevenção:
Aconselhar os pacientes (e a população em geral) a evitar a manipulação do CAE com
limpezas frequentes com cotonetes ou a introdução de qualquer instrumento, para
evitar a laceração da pele.
Uso de protectores auriculares em nadadores
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3. Conclusão
As causas mais comuns de obstrução do canal auditivo externo são: cerúmen e corpos
estranhos. O diagnóstico é feito pela anamnese e exame físico do ouvido externo com o
otoscópio.
As infecções do ouvido podem afectar o ouvido externo, a chamada otite externa ou podem
afectar o ouvido médio, chamada de otite média.
Geralmente em caso de otite externa não há febre; há dor com a manobra de tracção do
pavilhão auricular para cima e para fora e de pressão da área pré-auricular (trago); o tímpano
não é afectado.
O Herpes Zoster Oticus ou Síndrome de Ramsay Hunt é a infecção dos gânglios do nervo
acústico e do gânglio geniculado do nervo facial pelo vírus do Herpes Zoster. Trata-se de uma
Otite Externa.
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4. Referencias bibliográficas
Lain, M.G. et all. 2013. Manual ORL,Oftalmogia e Estomatologia: Obstrucao do canal
auditivo, Otite externa. pp. 66-71
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