Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
A otite é uma das doenças mais comuns em crianças, afetando a maioria delas
pelo menos alguma vez na vida. Mas, para além de provocar dor e outros sintomas de
desconforto, a otite pode colocar a audição em risco. As perdas auditivas de grau "leve",
nem sempre são fáceis de detectar em crianças, principalmente as menores. Entretanto
a perda condutiva, mesmo que leve, pode provocar abafamento do som, essa alteração
pode provocar não só a dificuldade de ouvir em crianças, mas também a dificuldade de
perceber os detalhes que uma informação sonora pode acarretar.
Pereira e Ramos (1998) conceituam as otites médias como uma das doenças
mais diagnosticadas pelos pediatras, na infância. Ela acomete, principalmente, lactentes
e crianças e cursa com menor frequência em crianças maiores e adolescentes. Pode
acometer, em pequena escala, pessoas adultas.
Maranhão et al. (2013, p.476) afirmam que a “ otite média (OM) deve ser
encarada como uma afecção dinâmica, com um espectro clínico que pode se estender
desde uma condição benigna autolimitada até uma doença prolongada e por vezes
complicada.
Otite média aguda - Otite em crianças mais comum. Trata-se de uma infecção
aguda no ouvido médio com início rápido dos sinais e dos sintomas.
Otite média secretora - Essa otite infantil é uma inflamação da orelha média
em que há uma coleção líquida em seu espaço e a membrana do tímpano está
intacta.
Otite média recorrente - Caracterizada quando o paciente apresenta vários
episódios da doença em poucos meses.
A otite média pode gerar um líquido conhecido como efusão da orelha média.
Essa secreção pode ser fina e líquida (serosa), espessa e viscosa (mucoide) ou purulenta.
O tratamento pode ser clínico, com medicamentos como antibiótico, anti-inflamatórios
e analgésicos. Em casos persistentes, a cirurgia pode ser indicada: uma pequena incisão
no tímpano é feita para aspirar as secreções (PEREIRA; RAMOS, 1998).
A otite média pode ser um episódio único e agudo, durando cerca de duas
semanas, ou pode ser recorrente, com três episódios durante um intervalo de seis meses
ou quatro episódios em doze meses.
A otite média aguda (OMA) é uma das infecções mais comuns na infância e o
principal motivo para uso de antibióticos em crianças, pois praticamente todas têm pelo
menos um episódio de OMA antes de completar 3 anos e, dessas, 20% apresentarão
múltiplos episódios (SIH; BRICKS, 2008, p. 759).
A OMA é uma das formas mais frequentes de infeção das vias aéreas superiores,
pode ser unilateral (afetar apenas o ouvido esquerdo ou o direito) ou afetar ambos os
ouvidos (otite bilateral). A otite infantil mais prevalente é a otite média aguda, a maior
incidência de otite média aguda ocorre no bebé entre os seis meses e um ano e meio de
idade, diminuindo progressivamente com a idade.
O primeiro episódio de otite média aguda surge frequentemente no primeiro ano
de idade, sendo que até aos 5 anos de idade mais de metade das crianças já teve pelo
menos um episódio infecioso. Após os 5 anos de idade as otites médias agudas são
menos frequentes, tornando-se pouco comuns na idade adulta.
O presente estudo teve como objectivo principal de fazer uma abordagem sobre
a otite média em crianças, desta feita conclui-se que, a otite média é uma da doenças
infecciosas mais comuns nas crianças e é definida como uma inflamação da orelha
média que pode ser causada por diversos fatores: infecção (viral ou bacteriana),
disfunções da tuba auditiva, depressão do estado imunológico, alergias, problemas
ambientais e, em alguns casos, problemas sociais. A otite média, em suas diferentes
formas e manifestações, tem sido muito pesquisadas especialmente quando se refere a
populações infantis, consideradas como de maior risco para esta patologia.