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AMANDA KAREN COSTA FERREIRA CHAGAS

PREVALÊNCIA DE ZUMBIDO EM INDIVÍDUOS COM DESORDEM


TEMPOROMANDIBULAR: estudo observacional

Artigo apresentado à Universidade CEUMA, como


exigência parcial, para obtenção do título de
bacharel em Fonoaudiologia.
Orientadora: Prof. Dra. Rachel Costa Façanha

SÃO LUÍS
2022

19
PREVALÊNCIA DE ZUMBIDO EM INDIVÍDUOS COM DESORDEM
TEMPOROMANDIBULAR: estudo observacional

TINNITUS PREVALENCE IN INDIVIDUALS WITH


TEMPOROMANDIBULAR DISORDER: observational study

Amanda Karen Costa Ferreira1


Rachel Costa Façanha2

Resumo
Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) é um conjunto de manifestações
clínicas relacionadas aos músculos mastigatórios e aos associados à face. O equilíbrio das
estruturas e das funções do sistema estomatognático dependem do adequado funcionamento
da articulação temporomandibular. O desequilíbrio poderá acarretar uma disfunção dessa
articulação e causar diversos sinais e sintomas, podendo estar associado a sintomatologias
auditivas, com manifestações otológicas do tipo zumbido. Objetivo: Esta pesquisa investigou
a prevalência de zumbido em indivíduos com disfunção temporomandibular. Metodologia:
Foi do tipo observacional, transversal e quantitativo. A amostra foi composta por
conveniência, por indivíduos adultos atendidos nas Clínicas Escola de Odontologia e de
Fonoaudiologia da Universidade CEUMA. Para o diagnóstico de disfunção
temporomandibular, foi utilizada a versão em português do questionário Reasearch Diagnostic
Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD): eixo1. Para a avaliação da dor, foi
aplicada a Escala Visual Analógica (EVA). A mensuração do zumbido foi realizada pela
aplicação do protocolo Avaliação do Zumbido, Dor e PGS. Os dados foram tabulados para
análise descritiva e inferencial (nível de significância de 5%). As análises foram realizadas
por meio do Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS, version 21.0, IBM
Corporation, Armonk, New York, USA). Resultados: A prevalência do zumbido para
indivíduos com DTM foi de 64,4%. Houve associação estatisticamente significante entre a
DTM e o zumbido, assim como o grau de incômodo do zumbido (p < 0,001). O lado do
zumbido apresentou relação sgnificativa com o lado da DTM (p < 0,001). Conclusão:
Conclui-se que indivíduos com DTM mostraram maior prevalência de zumbido que
indivíduos sem DTM.

Palavras-chave: Disfunção Temporomandibular; Zumbido; Sintomas Auditivos.

Abstract

Introduction: Temporomandibular dysfunction (TMD) is a set of clinical manifestations


related to the masticatory muscles and those associated with the face. The balance of the
structures and functions of the stomatognathic system depends on the proper functioning of
the temporomandibular joint. The unbalance may lead to a dysfunction of this joint and cause
several signs and symptoms, which may be associated with hearing symptoms, such as
tinnitus. Objective: This research investigated the prevalence of tinnitus in individuals with
temporomandibular dysfunction. Methodology: It was of the observational, cross-sectional,
and quantitative type. The sample was composed by convenience, by adult individuals seen at
1*
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Uniceuma, como exigência parcial, para a obtenção do título de bacharel em
fonoaudiologia.
1
Amanda Karen Costa Ferreira Chagas, Graduanda em Fonoaudiologia (UNICEUMA). E-mail: amandafono2608@gmail.com
2
Rachel Costa Façanha, Doutora em Odontologia (UFU, UniCEUMA). E-mail: rachel.facanha@ceuma.br
19
the Odontology and Speech Therapy School Clinics of CEUMA University. For the diagnosis
of temporomandibular dysfunction, we used the Portuguese version of the Reasearch
Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) questionnaire: axis1. For
pain assessment, the Visual Analogue Scale (VAS) was applied. Tinnitus was measured by
applying the Tinnitus, Pain and PGS Assessment Protocol. The data was tabulated for
descriptive and inferential analysis (significance level of 5%). Analyses were performed using
the Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS, version 21.0, IBM Corporation,
Armonk, New York, USA). Results: The prevalence of tinnitus for individuals with TMD
was 64.4%. There was a statistically significant association between TMD and tinnitus, as
well as the degree of tinnitus nuisance (p < 0.001). The side of the tinnitus had a significant
relation with the side of the TMD (p < 0.001). Conclusion: We concluded that individuals
with TMD showed a higher prevalence of tinnitus than individuals without TMD.

Keywords: Temporomandibular Disorder; Tinnitus; Hearing Symptoms.

INTRODUÇÃO

A articulação temporomandibular (ATM) faz parte do sistema estomatognático,

responsável pela fonação, respiração, sucção, mastigação e deglutição. Uma disfunção nesta

estrutura geralmente acarreta dor na região da ATM, limitação ou assimetria dos movimentos

mandibulares, assim como sons articulares.1, 2, 3, 4

As possíveis modificações nas estruturas da ATM são provenientes de causas

multifatoriais5 tornando-se fonte de estudos multiprofissionais, envolvendo diversos

especialistas na área da odontologia e médicos, incluindo o fonoaudiólogo, o fisioterapeuta e

o psicólogo, pois atinge diretamente o sistema estomatognático (SE) e suas funções, com

possíveis alterações psicofisiológicas6 e psicossociais.7

O equilíbrio das estruturas e das funções do SE dependem do adequado funcionamento

da ATM, que precisa da oclusão dental correta para a realização das funções ao movimentar a

mandíbula8. O desequilíbrio poderá acarretar em uma disfunção dessa articulação e causar

diversos sinais e sintomas, como ruídos, desvios ou restrições durante o movimento

mandibular9, podendo estar associado a sintomatologias auditivas 10, com manifestações

otológicas do tipo zumbido e otalgia11; dor de cabeça musculoesquelética e mialgia dos

músculos mastigatórios12.
19
A disfunção temporomandibular (DTM) pode estar associada a diversos fatores, como

lesões por traumas, doenças sistêmicas adquiridas, neoplasias, estresse emocional, má oclusão

dentária, alterações da postura e/ou da musculatura mastigatória e das estruturas adjacentes,

presença de movimentos não funcionais da mandíbula (bruxismo), hábitos de apertar os

dentes ou uma combinação de tais fatores13.

Os principais sintomas da DTM são: dores na ATM, nos músculos mastigatórios,

estalidos, crepitação, otalgia, dor articular, dor facial, cansaço, limitação na abertura da boca,

dores durante a mastigação, zumbidos entre outros. A DTM não tem cura, mas pode ser

tratada e controlada. Para controlar a DTM é indicado reduzir o estresse, relaxar os músculos

e evitar o hábito de ranger os dentes14.

Dentre as repercussões da alteração da musculatura mastigatória provenientes da DTM

associadas ao sistema auditivo, encontram-se a disfunção da tuba auditiva, plenitude

auricular, desequilíbrio, perda da audição, dor no ouvido e zumbido. Isso acontece devido à

grande proximidade anatômica e funcional entre as estruturas da orelha e a ATM, incluindo a

inervação e vascularização15.

A presença de sintomas otológicos do tipo zumbido em pacientes com desordem

temporomandibular é constante. Porém, ainda não existe uma concordância sobre a origem

desse sintoma. Na literatura há vários artigos que comprovam essa associação, entretanto, não

há uma relação estabelecida entre DTM e zumbido16.

O zumbido é uma das sintomatologias auditivas, conhecido como um som aparente

percebido na orelha sem estímulo, sendo descrito, também, como um som provido do cérebro

que afeta 17% da população em geral, apresentando como uma das etiologias mais frequentes

a DTM17.

Há uma quantidade restrita de estudos que enfatizam o zumbido nas DTMs. Logo, faz-

se necessária a realização de estudos que investiguem a relação entre este e a DTM.

19
Este estudo procurou acrescentar dados que contribua no esclarecimento dessa

possível associação entre disfunções temporomandibular e o zumbido e a sua provável

influência na qualidade de vida dos indivíduos com DTM e zumbido subjetivo. Com este

propósito, objetivou-se investigar a prevalência do zumbido em casos de disfunção

temporomandibular (DTM).

METODOLOGIA

Tratou-se de um estudo observacional transversal e quantitativo.

A amostra foi composta por 87 indivíduos adultos que foram atendidos nas Clínicas

Escola de Odontologia e de Fonoaudiologia da Universidade CEUMA, no município de São

Luís, estado do Maranhão, no período de outubro de 2020 a janeiro de 2022.

Foram excluídos aqueles com comprometimento ou alteração do meato acústico

externo, para minimizar o viés de confundimento.

Foi executado um cálculo amostral com base na frequência de 43,9% de sintomas

auditivos18. Foi considerado um erro de estimação de 5 e nível de confiança de 95%, obtendo-

se um “n” amostral inicial de 121 indivíduos. Como a população (N) de adultos atendidos

anualmente na clínica Integrada é em torno de 1.693 indivíduos, foi realizado um ajuste para

populações finitas, chegando a um “n” amostral de 87.

Em cumprimento aos requisitos exigidos pela Resolução 466/2012 do Conselho

Nacional de Saúde, a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade CEUMA– UniCEUMA, sob Nº 4.579.424. Todos os indivíduos deram seu

consentimento informado para inclusão antes de participarem do estudo.

Os convidados a participar da pesquisa receberam todas as explicações necessárias

quanto aos objetivos da pesquisa e quanto a possíveis riscos e benefícios.

19
Para diagnosticar a DTM, foram utilizados os critérios internacionais de diagnóstico,

realizado pela própria pesquisadora, na versão em português do questionário Reasearch

Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD): eixo 119, contendo

informações sobre a saúde geral; a saúde bucal; o nível de dor facial (escala analógica visual

de 0 (nenhuma) a 10 (pior dor possível)); os movimentos mandibulares; o zumbido; as

doenças articulares; a relação com as funções estomatognáticas e as características

demográficas, e a avaliação clínica da ATM.

No que tange a avaliação de dor na região temporomandibular, foi aplicada a Escala

Visual Analógica (EVA), com variação de 0 a 1020. Quanto maior a pontuação, maior a

sensação de dor. A dor proveniente da DTM foi avaliada durante a função mandibular e a

palpação das estruturas, com limitação ou desvios nos movimentos mandibulares, ruídos na

ATM, e relação oclusal estática ou dinâmica anormal.

Em seguida, os pacientes foram encaminhados para a mensuração do zumbido e o grau

de incômodo deste, mediante a aplicação do protocolo Avaliação do Zumbido, Dor e PGS 21,

realizado pela mesma pesquisadora.

Os dados foram tabulados para análise descritiva e inferencial (nível de significância

de 5%). As análises foram realizadas por meio do Statistical Package for the Social Sciences

(IBM SPSS, version 21.0, IBM Corporation, Armonk, New York, USA).

RESULTADOS

Todos os 87 sujeitos elegíveis para a pesquisa foram submetidos ao diagnóstico de

DTM e a análise de mensuração e grau de incômodo do zumbido, não havendo perdas para o

estudo.

19
Foram encontradas maiores frequências de sujeitos do sexo feminino, na faixa etária

de 18 a 35 anos, e com DTM do tipo muscular/articular. O bruxismo diurno (50,6%) foi mais

frequente que o bruxismo noturno (35,6%). A saúde geral boa e o estalido mostraram

frequência expressiva entre os indivíduos pesquisados (51,7% e 39,1% respectivamente). A

prevalência do zumbido foi de 64,4% (Tabela 1).

A DTM mostrou-se associada significativamente com grau de dor facial, bruxismo e

estalido (p < 0,001) (Tabela 2).

Houve associação estatisticamente significante entre a DTM e o zumbido e o grau de

incômodo do zumbido e a otalgia (p < 0,001) (Tabela 3).

O lado do zumbido foi associado ao lado do diagnóstico da DTM (Tabela 4).

Tabela 1. Caracterização da amostra do estudo (n=87)


n (%)
Sexo
Masculino 20 (23)
Feminino 67 (77)
Faixa etária
18 a 35 anos 68 (78,2)
36 a 57 anos 18 (20,7)
Saúde geral
Excelente 10 (11,5)
Muito boa 9 (10,3)
Boa 45 (51,7)
Razoável 23 (26,4)
DTM
Sem DTM 37 (42,5)
DTM muscular 9 (10,3)
DTM articular 19 (21,8)
DTM muscular e
22 (25,3)
articular
Bruxismo Noturno
Não 56 (64,4)
Sim 31 (35,6)
Bruxismo Diurno
Não 43 (49,4)
Sim 44 (50,6)
Estalido
Não 53 (60,9)
Sim 34 (39,1)
Zumbido
Não 31 (35,6)
Sim 56 (64,4)

19
Frequência absoluta: n; Frequência relativa: %;

Tabela 2. Relação entre tipo de DTM e variáveis demográficas e maxilofaciais (n=87)


Sem DTM DTM DTM DTM
muscular articular muscular e
articular
Variáveis demográficas e n (%) n (%) n (%) n (%) P valor*
maxilofaciais
Sexo
Masculino 15 (40,5) 1 (11,1) 3 (15,8) 1 (4,5)
0,005
Feminino 22 (59,5) 8 (88,9) 16 (84,2) 21 (85,5)
Faixa etária
18 a 35 anos 31 (83,8) 7 (77,8) 13 (68,4) 17 (81,0)
0,624
36 a 57 anos 6 (16,2) 2 (22,2) 6 (31,6) 4 (19,0)
Grau da dor facial
Nenhuma dor (0) 28 (75,7) 0 (0,0) 3 (15,8) 0 (0,0)
Leve (1 a 2) 2 (5,4) 0 (0,0) 1 (5,3) 0 (0,0)
< 0,001
Moderada (3 a 7) 6 (16,2) 7 (77,8) 8 (42,1) 9 (40,9)
Intensa (8 a 10) 1 (2,7) 2 (22,2) 7 (36,8) 13 (59,1)
Bruxismo noturno
Não 33 (89,2) 5 (55,6) 7 (36,8) 11 (50,0)
< 0,001
Sim 4 (10,8) 4 (44,4) 12 (63,2) 11 (50,0)
Bruxismo diurno
Não 27 (73,0) 4 (44,4) 6 (31,6) 6 (27,3)
0,001
Sim 10 (27,0) 5 (55,6) 13 (68,4) 16 (72,7)
Estalido
Não 34 (91,9) 5 (55,6) 6 (31,6) 8 (36,4)
< 0,001
Sim 3 (8,1) 4 (44,4) 13 (68,4) 14 (63,6)
*Teste de razão de verossimilhança; Teste 2 de tendência linear

Tabela 3. Relação entre tipo de DTM e variáveis otológicas (n = 87)


Sem DTM DTM DTM DTM
muscular articular muscular e
articular
Zumbido n (%) n (%) n (%) n (%) P valor*
Zumbido
Não 26 (70,3) 0 (0,0) 3 (15,8) 2 (9,1)
< 0,001
Sim 11 (29,7) 9 (100,0) 16 (84,2) 20 (90,9)
Grau de incômodo do zumbido
Nenhum (0) 26 (70,3) 0 (0,0) 3 (15,8) 2 (9,1)
Leve (1 a 2) 2 (5,4) 3 (33,3) 1 (5,3) 1 (4,5)
< 0,001
Moderado (3 a 7) 9 (24,3) 6 (66,7) 14 (73,7) 12 (54,5)
Intenso (8 a 10) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (5,3) 7 (31,8)
*Teste de razão de verossimilhança; Teste 2 de tendência linear.
19
Tabela 4. Relação entre lado dos sintomas e alterações otológicas e lado da DTM (n=87)
Sem DTM DTM lado DTM lado DTM ambos
direito esquerdo os lados
Zumbido n (%) n (%) n (%) n (%) P valor*
Lado do zumbido
Nenhum 26 (83,9) 2 (6,5) 2 (6,5) 1 (3,2)
Lado direito 4 (21,1) 10 (52,6) 0 (0,0) 5 (26,3)
<0,001
Lado esquerdo 4 (33,3) 0 (0,0) 6 (50,0) 2 (16,7)
Ambos os lados 6 (24,0) 3 (12,0) 3 (12,0) 13 (52,0)
*Teste de razão de verossimilhança; ** Dado perdido.

DISCUSSÃO

Este estudo demonstrou que indivíduos com DTM apresentaram maior prevalência de

zumbido de que indivíduos sem DTM. Estes achados, incluindo os relacionados à face,

podem colaborar com a valiação e o diagnóstico de médicos, cirurgiões dentista,

fonoaudiólogos e fisioterapeutas.

O bruxismo diurno e o estalido foram as características maxilofaciais mais prevalentes

na caracterização amostral (50,6% e 39,1%), apresentando associação significativa (p <

0,001), em maior frequência, com a DTM envolvendo a articulação. Esta relação pode ser

explicada devido a DTM estar associada a diversos fatores de risco, como alterações da

postura e/ou musculatura da mastigação, bruxismo e hábitos parafuncionais orais 22 e ainda à

dor miofascial, artralgia e patologia articular como deslocamento de disco e ruídos

articulares23.

Alguns autores 24,25 revelam que a prevalência de sintomas otológicos do tipo zumbido

é significativamente maior em um grupo com Disfunção Temporomandibular se comparado a

um caso controle, corroborando com os achados desta pesquisa que demonstrou uma relação

significativa entre o zumbido e os grupos classificados pelo RDC/TMD: eixo119 (64,4%). A


19
explicação pode se dá, possivelmente, pelo fato das manifestações da alteração da

musculatura mastigatória provenientes da DTM, associadas ao sistema auditivo, acontecerem

devido à grande proximidade anatômica e funcional entre as estruturas da orelha e a ATM,

incluindo a inervação e vascularização26.

Os resultados desse estudo mostraram uma associação significativa entre o zumbido e

a DTM (p < 0,001), assim como o grau de incômodo deste (p < 0,001), principalmente nas

alterações com comprometimento articular da ATM, que corrobora com os resultados de uma

pesquisa que registrou 70% de pacientes, acometidos com zumbido crônico, com o

diagnóstico clínico de disfunção da ATM com comprometimento articular 27. Esta relação

pode ser justificada pois o ouvido se encontra contido no osso temporal e relaciona-se com o

côndilo mandibular, separado deste apenas pela parede timpânica28.

Os lados de percepção do zumbido apresentaram associação significativamente

estatística (p < 0,001) com o lado de diagnóstico da DTM. Essa relação é possível, pois a

anatomia e a fisiologia da ATM encontram-se associadas à orelha média29.

Apesar das divergências encontradas na literatura quanto à associação entre sexo e

DTM, a presente pesquisa demonstrou maior em indivíduos do sexo feminino, semelhante a

uma pesquisa já realizada30.

Com base nos dados encontrados na literatura, entendemos que as teorias encontradas

servem para esclarecer a presença de zumbido em indivíduos com DTM. Esse estudo afirmou

que o relato de queixa de zumbido é comumente relatado por indivíduos com esta

comorbidade.

CONCLUSÃO

19
Indivíduos com DTM mostraram maior prevalência de zumbido, enfatizando a

necessidade de estudos futuros que permitam analisar tais associações, servindo de alerta aos

profissionais de odontologia, medicina, fonoaudiologia e fisioterapia quanto aos cuidados e

tratamento desta população exposta e os encaminhamentos necessários para a avaliação

auditiva. Sinais de zumbido podem ser bons preditores para DTM, assim profissionais que

trabalham dentro desse campo, devem estar atualizados para diagnosticar de forma clara

ambas as doenças.

19
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19
APÊNDICE A

UNIVERSIDADE CEUMA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DOUTORADO INSTERINSTITUCIONAL EM ODONTOLOGIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Comitê de Ética em pesquisa da


UNIVERSIDADE CEUMA:
Rua Josué Montello, N° 01 – Renascença II –
CEP: 65075-120 – São Luis – MA
Fone / Fax: (98) 3214-4212 e-mail:
cep@ceuma.br

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:


Título do Estudo:

PREVALÊNCIA DE ZUMBIDO EM INDIVIDUOS COM DESORDEM


TEMPOROMANDIBULAR: Um estudo observacional

Você está sendo convidado(a) a participar de um estudo de pesquisa que se destina


investigar a relação da disfunção temporomandibular (DTM) com o zumbido.
Sua participação nos ajudará a conhecer melhor sobre a disfunção temporomandibular
e o zumbido, além de permitir o planejamento de algumas ações específicas voltadas para a
realidade dessa população.
O procedimento de coleta de dados será através da avaliação e diagnóstico da DTM e
dos exames auditivos (audiometria tonal limiar (mínimo de intensidade que consegue ouvir))
e acufenometria (medida da frequência e intensidade do zumbido), realizados na Clínica
Escola de Fonoaudiologia e Odontologia da Universidade do CEUMA.

19
Os riscos serão mínimos, uma vez que você será acompanhado por especialistas da
área. Você poderá ter algum desconforto por ficar em cabine fechada para a realização de
exames auditivos e durante o procedimento de manipulação da articulação
temporomandibular e/ou os músculos da face. Você contará com a assistência do pesquisador,
se necessário, em todas as etapas de sua participação no estudo.
Os benefícios deste estudo, mesmo que indiretamente, será contribuir com o
fornecimento de dados científicos para as áreas da saúde, além de adquirir conhecimentos
sobre sua saúde.
Sempre que você desejar será fornecido esclarecimentos sobre o estudo. A qualquer
momento, você poderá recusar a continuar participando do estudo e, também, poderá retirar
seu consentimento, sem que para isto sofra qualquer penalidade ou prejuízo.
Será garantido o sigilo quanto a sua identificação e das informações obtidas pela sua
participação, exceto aos responsáveis pelo estudo, e a divulgação das mencionadas
informações só será feita entre os profissionais estudiosos do assunto. Você não será
identificada em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo.
Você será indenizado(a) por qualquer despesa que venha a ter com sua participação
nesse estudo e, também, por todos os danos que venha a sofrer pela mesma razão, sendo que,
para essas despesas estão garantidos os recursos.

Rachel Costa Façanha Amanda Karen Costa Ferreira


Pesquisadora Responsável Pesquisadora Assistente

Contato: Rachel Costa Façanha


Telefone: (98)988996555
E-mail: rachel.facanha@hotmail.com

São Luís, ______/_____/______

___________________________________
Assinatura do sujeito

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ANEXO 1

Versão em português do questionário


Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD): Axis II (Dworkin;
LeResche, 1992).

Nome do Investigador Prontuário do Paciente


Data: ____/____/____
dia mês ano

Nome do Paciente:
Critérios Diagnósticos de Pesquisa em Disfunção Temporomandibular (DTM): Eixo II
Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD): Axis II

Por favor, leia cada pergunta e marque com um X somente a resposta que achar mais correta.

Ótima 1
Boa 2
1. O que você acha da sua saúde em geral? Regular 3
4
Ruim
5
Péssima

Ótima 1
Boa 2
3
2. Você diria que a saúde da sua boca é: Regular
4
Ruim 5
Péssima

Não 0
3. Você já sentiu dor na face em locais como: a mandíbula (queixo), nos lados da cabeça, na Sim
frente do ouvido, ou no ouvido nas últimas quatro semanas? → Se a sua resposta foi NÃO, 1
passe para a pergunta 14.a
→ Se a sua resposta foi SIM, passe para a próxima pergunta

4. Há quanto tempo a sua dor na face começou pela primeira vez?


→ Se começou há um ano ou mais, responda a pergunta 4.a
→ Se começou há menos de um ano, responda a pergunta 4.b

4.a. Há quantos anos a sua dor na face começou pela primeira vez? ____ ____ anos

→ Passe para pergunta 5

4.b. Há quantos meses a sua dor na face começou pela primeira vez? ____ ____ meses

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5. A dor na face ocorre? O tempo todo 1
Aparece e desaparece 2
Ocorreu somente uma vez 3

6. Você já procurou algum profissional de saúde para tratar a sua dor Não 1
na face? Sim, nos últimos 6 meses 2
Sim, há mais de seis meses 3
1
2
7. Em uma escala de 0 a 10, se você tivesse que dar uma nota para a sua dor na face agora, neste exato momento, que nota
3
você daria, onde 0 é “nenhuma dor” e 10 é a “pior dor possível”?
4
5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6
Nenhuma A pior dor dor possível 7
8
9
10

1
2
8. Pense na pior dor na face que você já sentiu nos últimos seis meses, dê uma nota para ela, onde 0 é “nenhuma dor” e 10 é
3
a “pior dor possível”?
4
5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6
Nenhuma A pior dor dor possível 7
8
9
10
1
2
9. Pense em todas as dores na face que você já sentiu nos últimos seis meses, qual o valor médio você daria para essas
3
dores, utilizando uma escala de 0 a 10, onde 0 é “nenhuma dor” e 10 é a “pior dor possível”?
4
5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6
Nenhuma A pior dor dor possível 7
8
9
10

10. Aproximadamente quantos dias nos últimos 6 meses você esteve afastado de suas atividades diárias como: trabalho,
escola e serviço doméstico, devido a sua dor na face? ____ ____ dias

1
2
11. Nos últimos 6 meses, o quanto esta dor na face interferiu nas suas atividades diárias, utilizando uma escala de 0 a 10,
onde 0 é “nenhuma interferência” e 10 é “incapaz de realizar qualquer atividade”? 3
4
5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6
Nenhuma Incapaz de realizar 7
8
interferência qualquer atividade 9
10
1
2
12. Nos últimos 6 meses, o quanto esta dor na face mudou a sua disposição de participar de atividades de lazer, sociais e
familiares, onde 0 é “nenhuma mudança” e 10 é “mudança extrema”? 3
4
5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6
Nenhuma Mudança 7
8
mudança extrema 9
10
1
2
13. Nos últimos 6 meses, o quanto esta dor na face mudou a sua capacidade de trabalhar (incluindo serviços domésticos),
onde 0 é “nenhuma mudança” e 10 é “mudança extrema”? 3
4
19
5
6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7
Nenhuma Mudança 8
9
mudança extrema 10
Não Sim
0
1
14.a. Alguma vez a sua mandíbula (queixo) já ficou travada de uma forma que você não conseguiu abrir totalmente a boca?
→ Se você NUNCA teve travamento da mandíbula, passe para a pergunta 15.a
→ Se você JÁ TEVE travamento da mandíbula passe para a próxima pergunta
0
Não Sim
1

14.b. Este travamento da mandíbula (queixo) foi grave a ponto de interferir com a sua capacidade de mastigar?
0
Não Sim
1

15.a. Você ouve estalos quando mastiga, abre ou fecha a boca?


0
Não Sim
1

15.b. Quando você mastiga, abre ou fecha a boca, você ouve o barulho (rangido) na frente do ouvido como se fosse osso
contra osso?
0
Não Sim
1

15.c. Você já percebeu ou alguém falou que você range (ringi) ou aperta os dentes quando está dormindo?
0
Não Sim
1

15.d. Durante o dia, você range (ringi) ou aperta os seus dentes?


0
Não Sim
1

15.e. Você sente a sua mandíbula (queixo) “cansada” ou dolorida quando acorda pela manhã?
0
Não Sim
1

15.f. Você ouve apitos ou zumbidos nos seus ouvidos?


0
Não Sim
1

15.g. Você sente desconfortável ou diferente a forma como os seus dentes se encostam?

0
Não Sim
1

16.a. Você tem artrite reumatóide, lúpus ou qualquer outra doença que afeta muitas articulações (juntas) do seu corpo?
0
Não Sim
1

16.b. Você sabe se seus avós, pais ou irmãos já tiveram artrite reumatóide, lúpus ou qualquer outra doença que afeta muitas

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articulações (juntas) do corpo?
0
Não Sim
1

16.c. Você já teve ou tem alguma articulação (junta) que fica dolorida ou incha, sem ser a articulação (junta) perto do ouvido?
→ Se você NÃO teve dor ou inchaço, passe para a pergunta 17.a
→ Se você JÁ TEVE dor ou inchaço, passe para a próxima pergunta
0
Não Sim
1

16.d. A dor ou inchaço que você sente nessa articulação (junta) apareceu várias vezes nos últimos doze meses?
Não Sim
0
1
17.a. Você teve recentemente alguma pancada ou trauma na face ou na mandíbula (queixo)?
→ Se a sua resposta foi NÃO, passe para a pergunta 18
→ Se a sua resposta foi SIM, passe para a próxima pergunta
0
Não Sim
1

17.b. A sua dor na face já existia antes da pancada ou trauma ?


0
Não Sim
1

18. Durante os últimos 6 meses você tem tido problemas de dor de cabeça ou enxaqueca?

19. Quais atividades a sua dor na face ou problema na mandíbula (queixo) impedem, limitam ou prejudicam?
a. Mastigar Sim 0 g. Atividade sexual Não Sim 0
1 1
Não
0 h. Limpar os dentes ou a face Não Sim 0
1 1
b. Beber (tomar líquidos) Sim
Não
0 i. Bocejar (abrir a boca quando Não 0
1 está com sono) 1
c. Fazer exercícios físicos ou Sim
ginástica
Não Sim
0 0
1 1
d. Comer alimentos duros Sim j. Engolir Não Sim
Não
0 k. Conversar Não Sim 0
1 1
e. Comer alimentos moles
Não Sim
0 0
1 1
f. Sorrir ou gargalhar l. Ficar com o rosto normal: sem a Sim
aparência de dor ou triste
Não Sim Não
Ótimo 1
Bom 2
21. O quanto você acha que tem sido os cuidados que tem tomado com a sua saúde de uma forma
Regular 3
geral?
Ruim 4
Péssimo 5

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Ótimo 1
Bom 2
22. O quanto você acha que tem sido os cuidados que tem tomado com a saúde da sua boca? Regular 3
Ruim 4
Péssimo 5

23. Qual a data do seu nascimento? Dia _____ Mês ____________ Ano ______
1
2
24. Qual o seu sexo ? Masculino Feminino
Aleútas, Esquimó ou Índio Americano
1
Asiático ou Insulano Pacífico
2
Preta
3
25. Qual a sua cor ou raça? Branca 4
Outra 5
→ Se a sua resposta foi Outra, passe para as próximas alternativas sobre a sua cor ou raça:
Parda 6
Amarela 7
Indígena Fonte: 8
Rio de Janeiro: IBGE, 2000.

Porto Riquenho 1
Cubano 2
Mexicano 3
4
26. Qual a sua origem ou dos seus familiares? Mexicano Americano
5
Chicano 6
Outro Latino Americano 7
Outro Espanhol 8
Nenhuma acima
→ Se a sua resposta foi Nenhuma acima, passe para as outras alternativas sobre a sua origem ou dos seus familiares:
Índio
Português 9
Francês 10
Holandês 11
Espanhol 12
Africano Italiano 13
Japonês 14
Alemão 15
Árabe 16
17
Outro favor especificar: _________________________
18
Não sabe
19
20

27. Até que ano da escola você freqüentou?


→ Marque com um X apenas uma resposta:

Nunca freqüentei a escola 00


Ensino básico (primário) 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série
Ensino fundamental (ginásio) 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
Ensino médio (científico) 1ª ano 2ª ano 3ª ano
Ensino superior (faculdade ou pós-graduação) 1ª ano 2ª ano 3ª ano 4ª ano 5ª ano 6ª ano

Não 1
Sim
2
28.a. Durante as duas últimas semanas, você trabalhou em emprego ou negócio, pago ou não (não incluindo
trabalho em casa) ?
→ Se a sua resposta foi SIM, passe para a pergunta 29
→ Se a sua resposta foi NÃO, passe para a próxima pergunta

Não 1

19
Sim
28.b. Embora você não tenha trabalhado nas duas últimas semanas, você tinha um emprego ou negócio?
→ Se a sua resposta foi SIM, passe para a pergunta 29 2
→ Se a sua resposta foi NÃO, passe para a próxima pergunta
Sim, procurando emprego
28.c. Você estava procurando emprego ou afastado temporariamente Sim, afastado temporariamente do trabalho do
1
trabalho, durante as duas últimas semanas? Sim, os dois, procurando emprego e afastado 2
temporariamente do trabalho 3
Não 4
Casado(a)- esposo(a) morando na mesma casa 1
29. Qual o seu estado civil? Casado(a)- esposo(a) não morando na mesma casa 2
Viúvo (a) 3
Divorciado (a) 4
Separado (a) 5
Nunca Casei – Solteiro (a) 6
Morando junto 7

30. Quanto a sua família ganhou por mês nos últimos 12 Coloque o valor: R$ ______________ meses?
Favor NÃO preencher. Deverá ser preenchido pelo profissional
____ 0 –1 salário mínimo
____ 1 – 2 salários mínimos
____ 2 – 5 salários mínimos
____ 5 – 10 salários mínimos
____ mais de 10 salários mínimos
___ ___ ___ ___ ___ - ___ ___ ___
31. Qual o seu C.E.P.?

Muito Obrigado. Agora veja se você deixou de responder alguma questão

EXAME CLÍNICO RDC/TMD

Nome:___________________________________Data:__________Observador: _____________________________

I. História
Presença de dor facial 0 SEM DOR 1 DIREITA 2 ESQUERDA 3 AMBOS
Esquerd
Direita

Localização da dor facial Sem dor Músculo Articulação Ambos Sem dor Músculo Articulação Ambos
0 1 2 3 0 1 2 3
a

II. Padrão de abertura (5) Especificar:

Recto 0 Desvio lateral esquerdo não corrigido 3


Desvio lateral direito não 1 Desvio lateral esquerdo corrigido 4
corrigido Desvio lateral direito 2 Ambos 5
corrigido
III. Extensão de movimento vertical Dor lado direito Dor lado esquerdo
Incisivos de referência: 1.1/2.1 mm Sem dor Músculos Articula Ambos Sem dor Músculos Articulaç Ambos
Ção ão

Abertura indolor não assistida


Abertura máxima não 0 1 2 3 0 1 2 3

assistida Abertura máxima 0 1 2 3 0 1 2 3

assistida
IV. Relações Incisais mm
19
Trespasse vertical
Trespasse
horizontal Linha Desvio mandibular é: D E relativamente à maxila

média
V. Excursões Dor lado direito Dor lado esquerdo
mm Sem dor Músculos Articula- Ambos Sem dor Músculos Articula- Ambos
Ção ção

Lateral direita 0 1 2 3 0 1 2 3
Lateral 0 1 2 3 0 1 2 3
esquerda 0 1 2 3 0 1 2 3
Protrusão
VI. Sons Estalido recíproco
articulares: Ruídos Mediçã eliminado com
o do abertura protrusiva
abertura
estalido Não Sim N/A
(Nenhuma
(> 2 de 3 Nen- Crepitação Anterior)
observações, na Crepitação hum Estalido
mm
palpação durante grosseira leve
abertura
)
Esquerda: 0 1 1 1 0 1 2
ABERTURA 0 1 1 1 0 1 2
Esquerda: FECHO
0 1 1 1 0 1 2
Direita: ABERTURA 0 1 1 1 0 1 2
Direita: FECHO

Sons: excursões Sons direita Sons esquerda


(> 2 de 3 Crepitação Crepitação Crepitação Crepitação
observações, Nenhum Estalido grosseira leve Nenhum Estalido grosseira leve
na
excursão)
Excursão direita 0 1 1 1 0 1 1 1
Excursão 0 1 1 1 0 1 1 1
esquerda 0 1 1 1 0 1 1 1
Protrusão

VII. Palpação muscular e articular

DIREITA ESQUERDA

Protocolo RDC Protocolo RDC


mod- Sem mod-
Sem dor suave severa suave severa
dor erada
Erada

Locais não dolorosos

Mastóide (porção lateral superior) 0 1 2 3 0 1 2 3

Frontal (em linha com a pupila, abaixo do cabelo) 0 1 2 3 0 1 2 3

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Vértex (1 cm lateral topo crânio) 0 1 2 3 0 1 2 3

Músculos extra-orais e cervicais

Temporal posterior (“parte de trás da têmpora”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Temporal médio (“meio da têmpora”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Temporal anterior (“parte anterior da têmpora”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Masseter origem (“bochecha/abaixo do zigomáti)co” 0 1 2 3 0 1 2 3

Masseter corpo (“bochecha/lado da face”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Masseter inserção (“bochecha/linha da mandíbula”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Região mandibular posterior (“mandíbula/ região da


garganta”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Região submandibular (“abaixo do queixo”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Dor articular

Pólo lateral (“externo”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Inserção posterior (“dentro do ouvido”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Músculos intra-orais

Área do pterigóideu lateral (“área retromolar superior”) 0 1 2 3 0 1 2 3

Tendão do temporal (“tendão”) 0 1 2 3 0 1 2 3

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ANEXO 2

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