Estatística Descritiva

Representação
Tabular
Parte I

Profa. Dra. Katiani Pereira

 Representação Tabular
Profa. Dra. Katiani Pereira

■ A representação tabular consiste em apresentar os dados estatísticos por meio de

tabelas. Ou seja, depois de realizado um levantamento de dados, eles são colocados
em arquivos, sob a forma de matrizes.

• As linhas dessas matrizes/tabelas correspondem ao que se observou em cada

elemento pesquisado.

• As colunas correspondem às características (variáveis) levantadas.

 Qual a importância da organização e
apresentação dos dados?
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■ Facilitar a leitura e interpretação;

■ Não esquecer de tratar nenhum dado;

■ Comparação dos dados;

■ Facilitar e agilizar os cálculos (em situações com muitos dados).

 Por exemplo: na atualização das páginas de um site, podemos querer avaliar o perfil dos
indivíduos que acessam esse site. Então precisamos levantar, junto a cada indivíduo, algumas
de suas características, tais como: sexo, idade, nível de instrução e provedor utilizado.
Realizada a pesquisa, podemos organizar os dados obtidos em uma matriz de dados, da
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seguinte forma:
 Representação Tabular
Profa. Dra. Katiani Pereira

■ A organização apresentada no exemplo anterior é uma primeira etapa, que ainda

não permite que realizemos cálculos importantes com os dados obtidos.
Costuma-se analisar os dados de cada variável estatística separadamente. Em
alguns casos precisa-se considerar a influência de uma variável analisada sobre
as outras. Para análise detalhada de cada variável estatística usamos distribuições
de frequências.
 Distribuição de Frequências
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■ Um dos primeiros passos para analisar um arquivo de dados, especialmente

quando o número de observações for grande, é realizar a distribuição de
frequências de cada variável. A distribuição de frequências consiste na
organização dos dados de acordo com a ocorrência dos diferentes resultados
observados.
 Frequências Relativa
■ Para construir a distribuição de frequências com os dados de uma variável deve-se
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contar a quantidade de resultados observados em cada categoria.

• Frequência absoluta 𝑓𝑖 : indica quantos indivíduos da amostra escolheram aquela

“resposta” na coleta de dados.

• Frequência relativa 𝑓𝑟𝑒𝑖 :

𝑓𝑖
𝑓𝑟𝑖 =
𝑛

Onde n é o tamanho da amostra

 Tabela de Frequências
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• Frequência relativa percentual 𝑓𝑟𝑒𝑖 %: é a representação da frequência

absoluta no formato percentual.

𝑓𝑟𝑖 % = 𝑓𝑟𝑖 ∗ 100

• Frequências Acumuladas 𝐹𝐴𝑖 e 𝐹𝐴𝑖 %: são frequências acumuladas das

primeiras classes úteis para determinadas pesquisas e avaliações.
 Tabela de Frequências
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■ Vamos realizar a construção de tabelas de frequências dependendo do tipo de

variável:

1. Análise de variáveis qualitativas

2. Análise de variáveis quantitativas

 Análise de variáveis qualitativas
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■ Veremos através de exemplos

como descrever e explorar dados
de variáveis qualitativa, ou seja,
aquelas cujos possíveis resultados
são observados na forma de
categorias.
 Exemplo 1: Consideremos a sequência de conceitos obtidos na prova de Matemática por 60
alunos de uma turma:
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Abra o arquivo do Excel disponibilizado pela professora para poder realizar os cálculos.
 Exemplo 1: Consideremos a sequência de conceitos obtidos na prova de Matemática por 60
alunos de uma turma:
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Vamos construir a tabela de distribuição de frequências dos conceitos desses alunos.

Frequência Frequência Absoluta Frequência Frequência Relativa
Conceito
Absoluta (𝑓𝑖) Acumulada (𝐹𝑖) Relativa % (𝑓𝑟) Acumulada % (𝐹𝑟)
A
B
C
D
E
Total
 Preenchendo esta tabela utilizando o software Excel temos:
Frequência
Frequência Frequência Absoluta Frequência
Conceito Relativa
Absoluta (𝑓𝑖) Acumulada (𝐹𝑖) Relativa % (𝑓𝑟)
Acumulada % (𝐹𝑟)
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A 9 9 15% 15%
B 18 27 30% 45%
C 27 54 45% 90%
D 4 58 7% 97%
E 2 60 3% 100%
Total 60 100%

Interpretação: Podemos verificar que dos 60 alunos quase a metade (27 alunos) tiraram conceito
C na prova, que é a mesma quantidade dos que tiraram conceito A e B juntos. E apenas 6 alunos
tiraram conceitos D e E. Essas mesmas intepretações poderiam ser realizadas utilizando as
porcentagens.
 Exemplo 2: Para adequar os produtos às preferências dos clientes, um projetista de páginas
de internet pretende conhecer o perfil dos indivíduos que acessam seus sites. Pensando nisso,
ele fez uma pesquisa e levantou algumas características dos visitantes de seu site, tais como o
sexo, idade, nível de instrução e o provedor utilizado. Geralmente esse tipo de pesquisa
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envolve centenas ou milhares de respondentes, mas aqui consideraremos apenas uma

amostra de pessoas sorteadas.
 Vamos construir a tabela de distribuição de frequências para o exemplo 1 e realizando os cálculos
no software Excel para o preenchimento da tabela de distribuição de frequência do provedor
usado pelos visitantes do site, temos:
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Frequência Frequência Absoluta Frequência Frequência Relativa

Provedor
Absoluta (𝑓𝑖) Acumulada (𝐹𝑖) Relativa % (𝑓𝑟) Acumulada % (𝐹𝑟)

A
B
C
D
Total
 Preenchendo essa tabela utilizando o software Excel temos que:

Frequência Frequência Absoluta Frequência Frequência Relativa

Provedor
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Absoluta (𝑓𝑖) Acumulada (𝐹𝑖) Relativa % (𝑓𝑟) Acumulada % (𝐹𝑟)

A 10 10 25 % 25 %
B 17 27 43 % 68 %
C 7 34 18 % 85 %
D 6 40 15 % 100 %
Total 40 100 %

Interpretação: é possível verificar que a quase a metade dos usuários (42,5%) do site utilizam o
provedor B. e apenas 15% dos usuários utilizam o provedor D, que é o provedor menos utilizado.
Além disso vemos que mais da metade dos usuários, ou seja, 67,5 utilizando os provedores A ou B.
 Análise de variáveis quantitativas
■ Uma variável estatística é dita quantitativa quando os possíveis resultados da coleta de dados são
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números em certa escala. A análise dos dados quantitativos difere um pouco da análise de variáveis
qualitativas. Normalmente buscamos por três informações principais nas variáveis quantitativas:

1ª) Faixa em que os valores ocorrem com maior frequência.

2ª) Valores discrepantes, que podem ter sido originados de erros de mensuração ou digitação, mas
também podem corresponder a elementos que apresentes comportamentos muito diferente dos demais.

3º) Forma da distribuição, a fim de compará-la, com modelos probabilísticos, o que nos permite usar
técnicas mais avançadas de análise.
 Variáveis quantitativas discretas
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■ O tratamento da distribuição de frequências para dados quantitativos discretos

possui dependerá da quantidade de dados envolvidos no processo. Se a quantidade de
dados é pequena, então trabalha-se da mesma forma que os dados qualitativos, caso a
quantidade de dados for grande, então necessita-se subdividi-los em classes, que é a
forma que se trabalha os dados quantitativos contínuos. Veremos os dois casos
separadamente.
 Variáveis quantitativas discretas
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a) Variáveis quantitativas discretas: pequena quantidade de dados

■ Quando há uma pequena quantidade de dados o tratamento desta esta pode ser
realizada de forma análoga à distribuição para dados qualitativos, vejamos um
exemplo:
 Exemplo 3: A tabela abaixo representa o número de componentes defeituosos em cada lote
de 500 componentes produzidos. Foram inspecionados 50 lotes, fornecendo os seguintes
valores:
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5 3 2 1 4 5 5 6 7 4
5 5 4 5 3 6 7 7 5 5
4 6 6 4 2 3 0 5 6 3
8 4 4 4 3 0 2 3 2 4
1 4 5 4 6 2 5 6 4 3
 Vamos construir a tabela de distribuição de frequências deste exemplo:

Número de Frequência Frequência Absoluta Frequência Frequência Relativa

comp. Defe. Absoluta (fi) Acumulada (Fi) Relativa % (fr) Acumulada% (Fr)
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0
1
2
3
4
5
6
7
8
Total
 Assim a tabela de frequências completa no Excel desse exercício é dada por:

Número de Frequência Frequência Absoluta Frequência Frequência Relativa

comp. Defe. Absoluta (fi) Acumulada (Fi) Relativa % (fr) Acumulada% (Fr)
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0 2 2 4% 4%
1 2 4 4% 8%
2 5 9 10% 18%
3 7 16 14% 32%
4 12 28 24% 56%
5 11 39 22% 78%
6 7 46 14% 92%
7 3 49 6% 98%
8 1 50 2% 100%
Total 50 100%
 Exemplo 3: A tabela abaixo representa o número de componentes defeituosos em cada lote
de 500 componentes produzidos. Foram inspecionados 50 lotes, fornecendo os seguintes
valores:
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Interpretação: Observa-se que apenas 2 lotes não apresentaram componentes defeituosos,

representando 4% do total de lotes inspecionados. O número de componentes eletrônicos
defeituosos mais frequente foi o de 4 componentes, ocorrendo em 12 lotes, o equivalente a
24% dos lotes. Ocorreu o número de 5 componentes defeituosos em 10 lotes, o equivalente a
20% dos 50 lotes, sendo o segundo predominante. Ocorreram 28 lotes, o equivalente a 56%
do total de lotes inspecionados, com 4 componentes defeituosos ou menos.
Até a próxima aula