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Óleo queimado, qual é o seu lugar?

Processo de refinamento do
óleo lubrificante
Processo de refinamento do óleo lubrificante e a forma como pequenas oficinas
de bairro lidam com o descarte da mesma.

Ana Caroline de Matos Almeida, Eliton de Sousa Barbosa, Giovanna Camille


Stringhi, Mariana Fernandes brandão, Sidmar Do Nascimento Lopes
Centro Universitário Senac - SP

Técnico em Marketing e Gestão Financeira.

{giovannacamillestringhi@gmail.com, sidmar6@gmail.com)

Resumo. Este artigo é elaborado como forma de avaliação para a conclusão


dos cursos Tecnologia em Marketing e Gestão Financeira no Centro Universitário
Senac, com o objetivo de desenvolver o trabalho em grupo e ideias para atitudes
mais sustentáveis. Orientado pelo professor ALESSANDRO AUGUSTO ROGICK
ATHIE.

1. Introdução
Neste artigo abordaremos como tema principal o refinamento do óleo
lubrificante, partindo do princípio da necessidade de trabalhar e desenvolver
ideias que possam ser aplicarem em favor da sustentabilidade. O óleo está muito
inserido no dia a dia da sociedade, já que é muito usado como lubrificante para
maquinas motorizadas e transporte automotivo. Presente em grande quantidade
no mercado, o óleo precisa ser trocado regularmente, mas como é feito o
descarte dessa matéria?

Colocamos como objeto de estudo, pequenas oficinas, localizadas em bairros


geralmente periféricos, para que possamos entender como e se são feitos os
descartes correto desse material, já que é um produto perigoso para a saúde
humana, saúde do meio ambiente, e economicamente sustentável, já que o óleo
lubrificante pode usar apenas 3% do petróleo extraído, sendo assim, é
inteligente fazer o uso dessa matéria com sabedoria, reutilizando-a em todas as
suas possibilidades. O objetivo do grupo é desenvolver uma ideia que possa
ampliar e melhorar os métodos de reciclagem já existentes, pensando em toda
jornada do óleo, até chegar nos pontos de refinamento desse óleo. Para isso
faremos uma pesquisa de campo com essas oficinas e entender quais as
problemáticas que elas apresentam.

2. Métodos de pesquisas
o Pesquisa bibliográfica: Para obter os dados mais brutos e gerais, o grupo
está procurando artigos e reportagem nas mídias digitais. Usados para
compreender a relação o óleo com o mercado, como por exemplo as leis
já existentes para que esse produto seja descartado, e como isso interfere
na sociedade.
o Para dados mais completos, vamos estar buscando nossos próprios dados
através de pesquisa de campo, procurando oficinas, e fazer uma análise
geral de como elas se comportam em relação a esse fator, para ao fim
tirar uma conclusão geral.
o Critérios de inclusão: Oficinas de porte pequeno, localizadas em bairro, de
preferência em regiões periféricas, que tem menos acesso as coletas que
são aplicadas as oficinas de grande porte.
o Características do grupo: formado por quatro estudantes do Centro
Universitário Senac, que cursam marketing e gestão financeira entre o
segundo e terceiro semestre dos cursos.
o Procedimentos: Fizemos uma pesquisa sobre a importância de coletar óleo
corretamente e assim desenvolveremos uma ideia para que esse processo
seja ampliado e melhorada nas periferias de São Paulo.
o Análise estatística: a concluir
3. Texto: Malefícios do descarte incorreto do óleo lubrificante
O óleo lubrificante é usado para reduzir o atrito e o desgaste entre as superfícies
em movimento relativo, por isso ele é muito usado no mercado de Transportes
automotivos e máquinas motorizadas, que são totalmente dependentes da
substância para a manutenção e uso correto do equipamento. Por ele ser um
produto que precisa de troca constante para que não prejudique o
funcionamento das maquinas, os óleos antigos (já usados) que são retirados, se
tornam um resíduo perigoso, podendo causar impactos irreversíveis ao meio
ambiente se descartado incorretamente.

Por vir do petróleo, o óleo já é tóxico e, geralmente, contém diversos tipos de


aditivos que, em altas concentrações, potencializam seus efeitos contaminantes.
O óleo lubrificante, além de carregar essa carga original, gera compostos
perigosos para a saúde e o ambiente, tais como dioxinas, ácidos orgânicos,
cetonas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Ele também contém
elementos tóxicos, como cromo, cádmio, chumbo e arsênio, oriundos da fórmula
original ou absorvidos do próprio motor. Esses elementos podem gerar grande
contaminação, causando desequilíbrio no meio ambiente, como a contaminação
do solo, da água deixando o ambiente toxico, afetando a cadeia produtiva de
alimentos, causando nos seres humanos intoxicações agudas, ou até mesmo
câncer, já que são elementos extremamente cancerígenos, e se manuseados
incorretamente pode afetar gravemente a vida de um ser humana.

A legislação brasileira estabelece que todo óleo lubrificante usado deve ser
rerrefinado. Descartá-lo de qualquer outra forma é um crime ambiental. As
normas de descarte são regidas pelas leis do Conama (Conselho Nacional do
Meio Ambiente) e pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) respeitando a Política
Nacional de Resíduos Sólidos. (Resolução CONAMA nº 362) A reciclagem do óleo
lubrificante é realizada em refinarias certificadas, removendo impurezas
químicas, sujeira e metais pesados. No processo é realizado um teste para
determinar a adequação da desidratação, que vai remover a água que será
tratada. Quem vende óleo lubrificante ou apenas efetua a troca deve ter como
missão principal recolher em segurança esse resíduo, retirando-o do motor e
armazenando-o em local apropriado para entregar ao coletor autorizado pela
Agência Nacional de Petróleo (ANP).

4. Descarte incorreto de óleo em oficinais de bairro.


Atualmente já temos em grandes oficinas mecânicas, principalmente aquelas
credenciadas com alguma grande empresa já existe a coleta desse óleo,
enquanto elas separam e armazenam, outras empresas fazem o serviço de
coleta, e transporta esse material para as refinarias. Se isso já existe, por que
ainda não alcançou os pequenos empresários?

Pois bem, podemos considerar alguns pontos. Primeiramente, quando pensamos


em pequenas oficinas, podemos relacionar com espaços pequenos, geralmente
os mecânicos até mesmo revezam os carros para que haja o conserto dentro do
estabelecimento, pois é, qualquer tambor ou recipiente que serve de
armazenagem do óleo ocuparia um espaço, e dificultaria o trabalho diário das
pessoas, isso acaba sendo algo frustrante para o mecânico autônomo. Já temos
uma cultura muito pouco voltada para o meio ambiente, as ações tomadas são
derivadas de algum tipo de incentivo, o que para esse público ainda não tem
nada que os interesse, para que possam ter esse “trabalho a mais”. Outro ponto
que não podemos descartar, é a falta de fiscalização, segundo um artigo de um
site oficial do governo do Mato Grosso do Sul, Educação fiscal, um dos maiores
problemas do Brasil é a fraca fiscalização, o que facilita para que as regras
sejam ignoras ou fraudadas como acontece nas coletas.

5. Qual ou quais as formas de resolução desses problemas


O Brasil hoje tem um cenário bem favorável no quesito reciclagem de óleos
lubrificantes, principalmente nas regiões sul e sudeste. A visto disso, as
empresas entenderam que estavam na hora de investir em inovações e tiveram
retornos favoráveis com o aumento da demanda vindos de interesses ambientais
e econômicos. (BARROS; PIEKARSKI, 2018)

A logística reversa do óleo pós consumo está bem presente atualmente, pois
entendem-se a crescente no setor automobilístico junto com a falta de estímulo
no que diz respeito consumo sustentável. (BATISTA; OLIVEIRA²; MOURA;
SANTOS, 2019)

A logística reversa traz como benefícios a aplicação de legislação ambiental que


toda empresa é obrigada a aplicar, no que diz respeito reutilizar seus produtos.
A economia, pois os materiais serão reutilizados, assim não gerando novos
custos de matéria prima, além disso aproxima aquele consumidor que exige da
empresa conscientização ambiental. (CIPRIANO, 2017)

O incentivo que pode ser aderido pelos órgãos responsáveis pela fiscalização do
descarte legal do óleo lubrificante, são novas fórmulas de chegar nessas
pequenas oficinas. Hoje, a maior empresa coletora de OLUC em todo país é a
LAWART (BARROS; PIEKARSKI, 2018), então o incentivo poderia começar pela
empresa. Poderiam selecionar pequenos grupos e fazer o apontamento dessas
pequenas oficinas, entender o porquê as empresas coletoras não chegam nela e
montar uma logística na qual faça com que atendam essa demanda e como
forma de recompensa ser abatidos alguns impostos se uma determinada
demanda for atingida.
Empresas atuantes na coleta e referência do OLUC no Brasil. Fonte: ANP, 2014

Formas de incentivos:

ü Salientar a preservação do meio ambiente


ü Cadastrar pequenas oficinas
ü Incentivar pequenas empresas através de redução de custos
ü Mostrar para pequenas oficinas que todo o óleo utilizado pode trazer
lucros, pois as empresas pagam por esse óleo
ü Incentivar ainda mais o refino, pois como já dito é favorável para
empresas que coletam esse óleo.
ü Hoje uma empresa que coleta óleo chega a pagar R$15,00 por litro de
óleo retirado
ü Gestão ambiental mais eficiente por parte dos órgãos ambientais
ü Economia de recursos naturais
ü Geração de empregos
ü Aumento de rendas

Fiscalização

A CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabelece a Lei Federal –


9.966/2000 que previne, controla e fiscaliza toda poluição causada pela
destinação do óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob
jurisdição nacional. A Resolução CONAMA – 09/1993 indica que todo óleo
lubrificante usado / contaminado, terá que ser recolhido e ter uma destinação
adequada, a fim de que não afete de forma negativa o meio ambiente. A
Resolução 362/2005 usufrui sobre o refino de óleo lubrificante.

O óleo lubrificante só pode ser retirado por pessoas jurídicas licenciadas e


autorizadas pela ANP, após cumprir com todas as normas estabelecidas. A coleta
é totalmente restrita, pois não é difícil encontrar empresas que não se adequam
nos parâmetros legais. Dito isso, é fácil entender por que as oficinas têm uma
certa dificuldade de direcionar o óleo contaminado. Não tem por que as
empresas se preocuparem com as pequenas, sendo que as oficinas maiores
ofereceram em escala maior e nessa situação que é encontrado descartes
ilegais.

A fiscalização não é fraca no que diz respeito ser um coletor, mas ela é fraca
quando não percebe a enormidade de oficinas de bairros que não tem o
conhecimento dos riscos que podem ser gerados por uma substância nociva ser
descartada de forma errada. Os pontos de coletas também são falhos e precisam
ser melhorados. A legislação para empresas que utilizam o óleo lubrificante
precisa ser mais rigorosa ou simplesmente ser criadas políticas na qual
incentivem a sensibilidade com o meio ambiente.

6. Envolvido no Processo
Vamos pensar e separar todo o processo para conseguir identificar quem fará
parte dele.

Primeiramente devemos pensar nos donos de oficinas, essas são as primeiras


pessoas que entrar no processo pois são elas são as responsáveis por trocar os
óleos e pela armazenagem do produto até que passe o caminhão coletor. Eles
solicitam a coleta, e com o comprovante garante seus incentivos fiscais.

Gorverno será responsável pelos incentivos ficais, que pode ser de nível federal,
estadual ou municipal. Em 2015, a Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou um projeto
que, durante 20 anos, dará incentivos fiscais as empresas que adotarem
processos produtivos e de descarte que não poluam o meio ambiente.

Um dos incentivos fiscais mais famosos nesse sentido é o IPTU Verde. Esse
projeto é um conjunto de leis que beneficia pessoas e empresas que adotaram
medidas sustentáveis em seus imóveis. Esse programa oferece descontos que
variam entre 0,3% e 100% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),
responsabilidade dos municípios, oferece descontos que variam de município
para município.

Qualquer empresa pode fazer o pedido de algum dos incentivos fiscais, cabe ao
governo avaliar cada solicitação de acordo com certos critérios como
compatibilidade de custos, interesse público, cumprimento da legislação e
capacidade técnica do empreendedor ou gestor da empresa.

As coletas só podem ser feitas por empresas credenciadas pelo governo, as


licenças podem ser consultadas e expedidas pela ANP (Agência Nacional de
Petróleo) e Órgãos ambientais que a empresa precisa para comprovar a
rastreabilidade. Para esse artigo, escolhemos uma empresa especializada em
coletas desses produtos, Lwart Soluções Ambientais, segundo o site deles, eles
são líderes nacionais e referência mundial na produção de óleo básico a partir de
óleo lubrificante usado e contaminado. Eles fazem coletas em 3.300 municípios
brasileiros e o resíduo é, então é encaminhado a um dos centros de coleta para,
depois, ser transportado à fábrica, em Lençóis Paulista, para o rerrefino. Lá,
transformamos o óleo usado em óleo básico, com altíssima qualidade e pureza

Possuem 17 centros de coletas:


1. Lençóis Paulista - SP
2. São José do Rio Preto - SP
3. Osasco - SP
4. Goiânia - GO
5. Belo Horizonte - MG
6. Duque de Caxias - RJ
7. Linhares - ES
8. Feira de Santana - BA
9. Maringá - PR
10. Cascavel - PR
11. Curitiba - PR
12. Canoas - RS
13. Campo Grande - MS
14. Cuiabá - MT
15. Belém - PA
16. Recife - PE
17. Fortaleza – CE

Eles realizam a operação através de solicitações pelo site, ou pelo contato


telefônico,0800 Disque Coleta Lwart, que eles disponibilizam no site. A coleta
não gera nenhum custo para as oficinas, pois á empresa retira o produto no
endereço. Para a coleta ser realizada, o óleo não pode conter mais que 5% de
água, pois, desta forma, não é compatível com o processo de rerrefino. Assim
como eles, existem outras empresas especializadas que se disponibilizam á fazer
essas coletas.

7. Engajamento das pessoas


No início do ano os encargos costumam assustar um pouco os motoristas de
veículos e donos de oficinas pois o orçamento fica um pouco apertado, e não
tem como escapar, pois, são obrigatórios.

Os impostos de um veículo automotor são divididos em três categorias: IPVA,


DPVAT e licenciamento para os motoristas, e para os donos de oficinas são
podemos usar os exemplos o IPTU.

O IPVA (imposto sobre propriedade de veículo automotores) é uma taxa cobrada


anualmente pelo governo do estado onde o veículo se localiza, uma taxa
baseada na tabela FIPE e são cobrados em média 1,5% a 4% os valores da
tabela são atualizados mensalmente.

DPVAT (Danos pessoais causados por veículos automotores por via terrestres). A
DPVAT serve para indenizar vítimas de acidentes de trânsito, valendo para todos
os que sofrerem um acidente de trânsito, havendo veículo ou não.

Licenciamento é a taxa paga anualmente, obrigatória e serve para garantir a


adequação do veículo para circular em vias, esta taxa está vinculada a questão
de segurança do carro e emissão de poluentes.

IPTU: O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é um tributo municipal


cobrado anualmente de proprietários de imóveis em zonas urbanas. O valor é
referente a cada imóvel. Portanto, se a pessoa possuir mais de um, deve pagar
para todos

Uma novidade, a inserção de um percentual a ser abatido na taxa licenciamento,


aos motoristas que realizarem a troca de óleo de seus veículos automotivos, em
locais que façam descarte de óleo de acordo dom todas as normas ambientais.
Essas oficinas que estão dispostas a receber esse óleo e guardar para coleta,
também receberão o seu desconto nos impostos. A ideia é desenvolver um
aplicativo que faça a ligação entre oficinas e motoristas e ajude no processo de
comprovação do descarte correto. O aplicativo teria uma função de monitorar a
troca de óleo em mecânicas autorizadas quem faram o descarte correto e não só
o dono do veículo teria uma isenção dos impostos como os donos de oficinas ao
descartar e reutilizar o óleo de formar correta, também teriam uma isenção em
seus impostos e encargos do estabelecimento.

8. 5W2H

Para desenvolver melhor nossa teoria, utilizaremos uma ferramenta de


Marketing em que chamamos de 5W2H. A ferramenta é um checklist
administrativo de atividades, prazos e responsabilidades que devem ser
desenvolvidas com clareza e eficiência por todos os envolvidos em um projeto.
Para isso responderemos a seguinte pergunta: O que? (What); Por que? (Why);
Quem? (Who); Onde? (Where); Quando? (When); Como? (How); Quanto? (How
much).

O que é? É um aplicativo criado pelos órgãos públicos, que terá como função
incentivar e controlar o descarte do óleo, dessa forma receberá as informações
dos usuarios, armazenando as informações para no final conseguir calcular os
descontos de cada parte participante.

Por que? Vivemos em um momento tecnológico, onde smartphones estão cada


vez mais presentes na vida das pessoas, com isso a ideia do aplicativo fica mais
atrativa, pensando nisso, devolver um aplicativo para facilitar o a interação e o
processos de descarte de oleo.

Quem? Os órgãos públicos serão responsáveis pelo desenvolvimento e


atualização do aplicativo, além de se responsabilizarem pelos dados oferecidos
pelos usuarios, fazendo assim o controle das coletas, para no final calcular os
benéficos.

Além disso, também teremos os usuarios que serão os motoristas e os donos de


oficinas, que farão cadastros para participar dos benefícios das pessoas, esse
cadastro precisará saber de ele quer estar no app como motorista ou como dono
de oficina para distribuir suas funções no APP corretamente.

Por último, as refinarias que fazer as coletas de óleo, que estão dispostas a fazer
as coletas nas oficinas.

Onde? inicialmente para teste, pode ser aplicado no Municio de São Paulo, e ir se
expandido, a intenção final é que seja uma ideia aplicada no âmbito Nacional.
Quando? Para conseguir desenvolver, o prazo que vamos estipular é de 1 ano,
com a previsão de aplicação do segundo semestre de 2023 até o de 2024.

Como? Modo de uso do App: o aplicativo será linkado com o site:


www.gov.com.br/site que são relacionados aos serviços estaduais e
Detran/carteira digital, lá estará tudo relacionado ao veículo, tanto multas
quanto revisões a serem feitas, com isso quando houver a troca de óleo nas
oficinas credenciadas, o app gerara um código que ficara registrado e quando
houver a necessidade de acesso para pagamento que poderá ser feito dentro do
aplicativo onde ficara atualizações sobre encargos que devem ser pagos a
respeito do veículo e da própria carteira de motorista. Também havendo dados
da tabela FIPE, para isenção da porcentagem de alguns impostos sobre troca
correta de óleo e atividades ´regulares do veículo.

O aplicativo vai disponibilizar um espaço para que mandem fotos e documentos


que comprovam a troca do óleo nas oficinas credenciadas ao APP, e também das
oficinas disponibilizarem um documento que comprove que o óleo foi coletado,
assim o APP vai registrar os passos que essas pessoas estão tomando, para no
final calcular o seu benéfico. Por fim, o APP vai contabilizando cada vez que
enviado esses comprovantes, a porcentagem de desconto, assim as pessoas
podem acompanhar os seus benéficos.

Quanto? Sobre o valor estimado do APP, não conseguimos ter acesso, teria que
ser desenvolvido junto com as empresas especializadas.

Sobre os descontos, a ideia é aplicar o desconto conforme a regularidade das


trocas, quantos mais vezes fazer o descarte correto ao ano, maior será a
porcentagem do desconto, principalmente para as oficinas, uma forma de
incentivar cada vez mais que eles façam o armazenamento e o descarte correto
do óleo.

9. Conclusão

O presente trabalho procurou abordar a falta de coleta de óleos lubrificantes nas


pequenas oficinas, partindo do princípio de que existe a obrigatoriedade na
coleta desse resíduo totalmente prejudicial ao meio ambiente.

O óleo lubrificante é classificado pela norma Brasileira NBR 10.004/2004 na


classe I: perigosos, pois podem causar prejuízos a saúde humana ou ao meio
ambiente. Entende-se que a partir desta classificação o quanto se torna
importante o descarte legal deste resíduo, conhecimento que as pequenas
oficinas ainda não se preocupam da forma que deveria.

O recolhimento deste óleo só pode ser realizado por coletores licenciados pela
ANEP e além do licenciamento é preciso cumprir suas obrigações como firma o
órgão, dentre eles garantir que todo óleo coletado será destinado ao refino.

Alguns dados do Sindicato Nacional da Industria do Refino de Óleos Minerais


ressaltam que a coleta dos óleos lubrificantes não se estende, pois existem
locais do país (Brasil) ondem os refinadores ficam distantes e não existem
adequação no deslocamento desse resíduo. Também entendem a dificuldade de
alguns revendedores encontrarem coletores, pois ficam em regiões com acesso
limitado e volume baixo de óleo, não havendo o interesse das coletoras e desta
forma destinando o óleo da maneira que lhe convém.

Então entendemos que mais do que incentivar é preciso que a legislação e as


empresas envolvidas na cadeia reversa estejam mais presentes nessas regiões
de difícil acesso, com isso buscando maneiras e conscientização no que diz
respeito a melhoria de qualquer impacto que venha gerar ao meio ambiente.

De forma a complementar, nada como um bom incentivo a empresas coletoras e


aos revendedores, como a diminuição de taxas e impostos.
Referências

DESCARTE” DE ÓLEO LUBRIFICANTE. Sinergia, 2018. Disponível em:


<https://sinergiaengenharia.com.br/noticias/descarte-de-oleo-lubrificante/ >. Acesso
em: 30. set. 2022

DESCARTE INCORRETO DE ÓLEO LUBRIFICANTE PODE GERAR DANOS IRREVERSÍVEIS À


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<https://www.ecycle.com.br/descarte-incorreto-de-oleo-lubrificante-pode-gerar-danos-
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Acesso em: 30. set. 2022

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Nacional. Educa fiscal, 2019 Disponível em: <
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